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teoria geral do processo II

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TEORIA GERAL DO PROCESSO – MATERIAL DE APOIO - PROFA. MARIANA SANTOS
OBSERVAÇÃO: ESTE É UM MATERIAL DE APOIO. A BASE PARA OS ESTUDOS DEVE SER A BIBLIOGRAFIA INDICADA E APRESENTADA NO PLANO DE ENSINO E DESTACADO DURANTE AS AULAS. 
BOM ESTUDO!
1ª Tópico – ARQUIVO CORROMPIDO
	ESTRUTURA DO CONTEÚDO
	1. Noções preliminares sobre jurisdição, ação e processo.
2. Relações do Direito Processual com outros ramos do Direito.
3. Finalidade do Direito Processual Civil, Penal e do Trabalho. 
4. Leis processuais: sua natureza e aplicação no tempo e no espaço. 
DEMAIS TÓPICOS
Direito processual é ramo da ciência jurídica que trata do conjunto de regras e princípios que regulamentam o exercício da função jurisdicional do Estado.
JURISDIÇÃO
do latim jurisdictio (que etimologicamente significa “dizer o direito”)
Tem jurisdição quem tem o poder de dizer o Direito.
Poder e dever do Estado, pois, se por um lado corresponde a uma manifestação do poder soberano do Estado, impondo suas decisões deforma imperativa, por outro corresponde a um dever que o Estado assume de dirimir qualquer conflito que lhe venha a ser apresentado.
HUGO ROCCO, segundo o qual a função jurisdicional ou judicial é a atividade que o Estado, intervindo na instância dos particulares, procura a realização dos interesses protegidos pelo direito, que restaram insatisfeitos pela falta de atuação da norma jurídica que os ampara.
JURISDIÇÃO 
CONTENCIOSA
LIDE
PARTES
SENTENÇA DE MÉRITO
FUNÇÃO JURISDICIONAL
VOLUNTÁRIA
ACORDO DE VONTADES
INTERESSADOS
HOMOLOGAÇÃO
ATRIBUIÇÃO ADMINISTRATIVA
AÇÃO
  é um direito a todos concedido. 
Através da ação podemos exercer nosso direito de provocar o Estado para dizer o Direito. 
A partir da ação se da o processo.
PROCESSO
Conjunto de atos concatenados que objetivam alcançar a sentença. 
Exemplo: CITAÇÃO
Primeiro vem a distribuição do processo, depois a citação (art. 219 do CPC). A citação é o primeiro ato do processo.
CONFLITOS
Formas de solução:
Autodefesa;
Autocomposição;
Heterocomposição. 
AUTOTELA
A ausência de um Estado organizado, com poder insuficiente para coibir os homens de buscar a solução de suas lides através da lei do mais forte e subjugo forçado do mais fraco.
A AUTODEFESA (OU AUTOTUTELA)
Utilizava-se da força física contra o adversário para vencer sua resistência e satisfazer uma pretensão. 
Remonta ao Código de Hamurabi, que consagrou a Lei de Talião — “olho por olho, dente por dente” — que impunha o revide na mesma medida que a injustiça praticada, sendo utilizada, principalmente, no combate aos criminosos.
Magna Carta (1215), impedia que qualquer pessoa fosse privada de seus bens ou de sua liberdade sem que fosse observado o devido processo legal, ficando proibida, portanto, a autotutela.
5º, inciso LIV, da Constituição Federal/88, temos também a regra do artigo 345 do Código Penal, que caracteriza a autotutela como ilícito penal, ao tipificar o crime de exercício arbitrário das próprias razões.
O Estado permite a autodefesa em situações excepcionais, tal como: na legítima defesa no âmbito penal (art. 25, CP).
AUTOCOMPOSIÇÃO
EXTRA OU ENDOPROCESSUALMENTE
antes da instauração do processo; 
durante a sua pendência, sendo que, na segunda hipótese, os incisos II, III e V do artigo
269 do CPC.
FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO 
RENÚNCIA – ARTIGO 269,V CPC
RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO – ARTIGO 269, II CPC
TRANSAÇÃO – ARTIGO 269, III CPC
HETEROCOMPOSIÇÃO
Juízo arbitral é uma modalidade de (julgamento do litígio por terceiro escolhido consensualmente pelas partes).
Não havendo possibilidade de acordo entre as
partes, caberá ao árbitro impor a sua decisão solucionando a controvérsia, tendo em vista terem as partes previamente acordado que se submeteriam àquilo que por ele viesse a ser decidido (Lei n° 9.307/96).
CORRENTES UNITARISTA E DUALISTA DA CIÊNCIA PROCESSUAL
a que acredita na unidade de uma teoria geral do processo (unitarista);
 a que sustenta a separação entre a ciência processual civil e a penal, por constituírem ramos dissociados, com institutos peculiares (dualista).
UNITARISTA
É a que entende pela existência de uma única teoria geral do processo, tendo em vista que a ciência processual seja penal, civil, ou até mesmo estrutura básica, comum a todos os ramos, fundada nos institutos jurídicos da ação,
da jurisdição e do processo trabalhista, obedece a uma estrutura.
NATUREZA DA NORMA PROCESSUAL
Natureza de direito público, o que significa que a relação jurídica que se estabelece no processo não é uma relação de coordenação apenas, mas de poder de sujeição, predominando o interesse público (resolução processual e, pois, pacífica do conflito) sobre os interesses divergentes do litigantes. 
LEIS PROCESSUAIS
" As leis processuais são espécies de normas jurídicas”.
São regras de conduta estabelecidas na sociedade com as características da generalidade, abstração, obrigatoriedade, bilateralidade, cogência e ainda, no caso específico das normas processuais, com a característica da instrumentalidade. 
Estão inseridas dentre as normas de caráter público, portanto, cogentes, existindo normas processuais dispositivas apenas em caráter excepcional.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE
Indica a prévia existência de normas processuais a assegurar e realizar todas as relações jurídicas de direito material. 
O princípio da instrumentalidade, segundo RUI PORTANOVA, mantém o processo preocupado com a lógica do procedimento e sua celeridade, mas, também, busca ser mais acessível, mais público e mais justo.
Segundo HORÁCIO WANDERLEI RODRIGUES, “para que o Estado possa fazer valer o seu direito, quando não é ele cumprido espontaneamente, é necessária a existência de um segundo nível de normas gerais estatais: o direito processual”.
GENERALIDADE
É a característica da norma jurídica que garante que com a sua efetiva entrada em vigor, a mesma terá por destinatário qualquer pessoa que se encontre em território brasileiro, admitindo-se exceções (ex. tratados internacionais).
ABSTRATAS
São abstratas porque encontram-se separadas do caso concreto. Caberá aos magistrados indentificar e aplicar a regra jurídica equivalente ao caso concreto.
COGENTE
Palavra latina que significa algo que é racionalmente necessário.(Dic.Aurélio) 
Algo imposto pela lógica. (Por exemplo, um argumento totalmente sólido é aquele cujas premissas são todas verdadeiras). (Dicionário Mor)
Em Direito, COGENTE é a regra que é absoluta e cuja aplicação não pode depender da vontade das partes interessadas. Tem que ser obedecida fielmente; as partes não podem exclui-la, nem modificá-la".
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO 
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE – ARTIGO 1° CPC
NÃO PERMITE O ESTADO BRASILEIRO A APLICAÇÃO DE NORMAS PROCESSUAIS ESTRANGEIRAS NO TERRITÓRIO NACINAL, COMO REGRA QUASE QUE ABSOLUTA.
EXCEÇÃO 
ARTIGO 13 DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL (LICC).
Art. 13 - A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
CORRENTES UNITARISTA E DUALISTA DA CIÊNCIA PROCESSUAL
a que acredita na unidade de uma teoria geral do processo (unitarista);
 a que sustenta a separação entre a ciência processual civil e a penal, por constituírem ramos dissociados, com institutos peculiares (dualista).
UNITARISTA
É a que entende pela existência de uma única teoria geral do processo, tendo em vista que a ciência processual seja penal, civil, ou até mesmo estrutura básica, comum a todos os ramos, fundada nos institutos jurídicos da ação,
da jurisdição e do processo trabalhista, obedece a uma estrutura.
NATUREZA DA NORMA PROCESSUAL
Natureza de direito público, o que significa que a relação jurídica que se estabelece no processo não é uma relação de coordenação apenas, mas de poder de sujeição, predominando o interesse público (resolução processual e, pois, pacífica do conflito) sobre os interesses divergentes do litigantes. 
LEIS PROCESSUAIS
" As leis processuais são espécies de normas jurídicas”.
São regras de conduta estabelecidas nasociedade com as características da generalidade, abstração, obrigatoriedade, bilateralidade, cogência e ainda, no caso específico das normas processuais, com a característica da instrumentalidade. 
Estão inseridas dentre as normas de caráter público, portanto, cogentes, existindo normas processuais dispositivas apenas em caráter excepcional.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE
Indica a prévia existência de normas processuais a assegurar e realizar todas as relações jurídicas de direito material. 
O princípio da instrumentalidade, segundo RUI PORTANOVA, mantém o processo preocupado com a lógica do procedimento e sua celeridade, mas, também, busca ser mais acessível, mais público e mais justo.
Segundo HORÁCIO WANDERLEI RODRIGUES, “para que o Estado possa fazer valer o seu direito, quando não é ele cumprido espontaneamente, é necessária a existência de um segundo nível de normas gerais estatais: o direito processual”.
GENERALIDADE
É a característica da norma jurídica que garante que com a sua efetiva entrada em vigor, a mesma terá por destinatário qualquer pessoa que se encontre em território brasileiro, admitindo-se exceções (ex. tratados internacionais).
ABSTRATAS
São abstratas porque encontram-se separadas do caso concreto. Caberá aos magistrados indentificar e aplicar a regra jurídica equivalente ao caso concreto.
COGENTE
Palavra latina que significa algo que é racionalmente necessário.(Dic.Aurélio) 
Algo imposto pela lógica.
 (Por exemplo, um argumento totalmente sólido é aquele cujas premissas são todas verdadeiras). (Dicionário Mor)
EM DIREITO, COGENTE é a regra que é absoluta e cuja aplicação não pode depender da vontade das partes interessadas. Tem que ser obedecida fielmente; as partes não podem exclui-la, nem modificá-la".
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO 
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE – ARTIGO 1° CPC
NÃO PERMITE O ESTADO BRASILEIRO A APLICAÇÃO DE NORMAS PROCESSUAIS ESTRANGEIRAS NO TERRITÓRIO NACINAL, COMO REGRA QUASE QUE ABSOLUTA.
EXCEÇÃO 
ARTIGO 13 DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL (LICC).
Art. 13 - A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
LEI PROCESSUAL NO TEMPO
LEI = APLICAÇÃO IMEDIATA – ENTRADA EM VIGOR (OBSERVADO O PRAZO DE EVENTUAL VACATIO LEGIS).
INCLUSIVE AOS PROCESSOS EM CURSO.
É IRRETROATIVA – NÃO ATINGE ATO PROCESUAIS JÁ PRATICADOS E FINDOS.
ATOS PROCESSUAIS
JÁ PRATICADOS
DE REALIZAÇÃO PROLONGADA
FUTUROS
JÁ PRATICADOS
SÃO AQUELES QUE, QUANDO JÁ REALIZADOS IMPLICAM IMEDIATA PASSAGEM DO PROCEDIMENTO PARA UM ESTÁGIO SUBSEQUENTE, COMO, POR EXEMPLO, A CONTESTAÇÃO OU INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. 
É IRRELEVANTE O ADVENTO DE NOVA LEI.
REALIZAÇÃO PROLONGADA
SÃO AQUELES CUJO EXAURIMENTO SÓ OCORRERÁ NO FUTURO, MUITO EMBORA SUA PRÁTICA TENHA SIDO INCIADA SOB A EGIDE DA LEI ANTIGA.
NÃO SÃO ATINGIDOS PELA LEI NOVA 	QUE ENTRAM EM VIGOR NA PENDÊNCIA DE SUA PRÁTICA. 
HIPERTIVIDADE DA LEI PROCESSUAL ANTIGA.
REALIZAÇÃO PROLONGADA
AUDIÊNCIA CONTINUADA
PERMANECE VÁLIDA A LEI ANTERIOR, DO INÍCIO DO ATO UNO, QUE TERÁ SUA EFICÁCIA PROLONGADA ATÉ O EXAURIMENTO.
ATO FUTURO
AINDA NÃO PRATICADO OU NÃO INCIADO.
SUJEITANDO-SE SUA PRÁTICA ÀS DISPOSIÇÕES DA NOVA LEI. 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS DO DIREITO PROCESSUAL. A TRIOLOGIA ESTRUTURAL DO DIREITO PROCESSUAL: JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO. A LEI PROCESSUAL CIVIL. NORMAS COGENTES E NÃO COGENTES.
INTRODUÇÃO
Princípio é ponto de partida. Pode significar, também, as conclusões e/ou os fundamentos de uma ciência.
Para DE PLÁCIDO E SILVA., princípios são o “conjunto de regras ou preceitos, que se fixam para servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando, assim, a conduta a ser tida em qualquer operação jurídica. Desse modo, exprimem sentido mais relevante que o da própria norma ou regra jurídica”.
Vocabulário Jurídico.
PRINCÍPIO # REGRA
A diferença entre princípio e regra é que a aplicação do primeiro é muito mais ampla, sem muitas limitações – ao passo que as regras são aplicáveis para determinadas situações específicas, previstas em si mesmas.
 Devido Processo Legal (art. 5º, LIV, CF/88)
“LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”
é a tradução de uma expressão inglesa “due process of Law”.
O princípio do acesso à justiça permite que se vá ao Judiciário, o princípio do devido processo legal indica as condições mínimas para o trâmite do processo.
O Estado-juiz não deve agir de qualquer forma, mas sim de uma forma específica, prevista em lei (regras previamente estabelecidas, para que todos saibam qual é a “regra do jogo”).
Somente mediante a observância de tais regras é que poderá alguém perder a vida-liberdade-patrimônio.
Tanto o autor como o réu são beneficiários do princípio.
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA
CF/88 – ARTIGO 5° - LV – 
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
É o direito de se apresentar defesa em relação a qualquer alegação que é formulada pela parte contrária. 
Vale destacar, porém, que a ampla defesa não significa que tudo aquilo que o réu pretende alegar / provar deve ser levado em consideração. A ampla defesa não é um princípio a ser aplicado de forma cega, sem o mínimo de reflexão – também há de se atentar para a parte contrária.
 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
5º da CF:
 
“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
Binômio: “informação e possibilidade de manifestação”.
Quando uma parte se manifesta, a outra também deve ter a oportunidade de fazê-lo.
É a garantia de que todos os atos do processo devem ser informados aos litigantes, e que é possível a manifestação em relação a tais atos.
 
Pela Constituição, o contraditório é usualmente é invocado juntamente com a ampla defesa:
* PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU IGUALDADE
5º, caput e inciso I da CF:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
 
“I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”
A idéia de igualdade é intimamente ligada à idéia de processo justo (ou seja, de devido processo legal), em que exista “paridade ou igualdade de armas” (par conditio). 
Nessa ótica, vale destacar que o princípio da igualdade não só se entende por tratar igualmente as partes, mas por tratar desigualmente os desiguais – na exata medida de suas desigualdades (ex.: isenção de custas somente para a parte hipossuficiente).
 
 PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE PROVAS ILÍCITAS
art. 5º da CF:
 
“LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos“
Pode-se entender como ilícita a prova que, em si mesmo, é ilícita (confissão obtida por tortura) ou a prova obtida por meio ilícito (gravação telefônica obtida sem ordem judicial).
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
No art. 5º, LX e no art. 93, IX:
 
“LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”
 
 
“IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”
O princípio é efetivado pelo livre acesso aos fóruns e tribunais, pela possibilidade de exame dos autos em cartório, pela realização de atos processuais (audiências e sessões) de portas abertas e, mais recentemente, pela divulgação de julgamentos e sessões pela internet.
 
Porém, o próprio textoconstitucional aponta ser possível a limitação na publicidade: em nome da intimidade e do interesse social, é possível alguma restrição à publicidade (CPC, art. 155: hipóteses de segredo de justiça).
 PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS / FUNDAMENTAÇÃO
CF, art. 93, IX:
 
“IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”
O dever de todo magistrado fundamentar, explicar, motivar sua decisão judicial.
PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO
Art. 5º da Constituição pela EC 45/04:
 
“LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”
A Convenção Americana de Direitos Humanos no seu artigo 8º, I, prevê que “Toda pessoa tem o direito a ser ouvida com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável (...)”.
Como saber se um processo teve uma duração razoável ou não?
A Corte Européia de Direitos do Homem fixa três critérios: 
a) complexidade do assunto;
b) comportamento dos litigantes e de seus procuradores ou da acusação e da defesa no processo; 
c) atuação do órgão jurisdicional, tanto no que se refere a sua estrutura, quanto no que se refere à atuação do juiz e servidores da justiça.
PRINCÍPIOS DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ E DO JUIZ NATURAL
De acordo com a Constituição Federal, os agentes estatais têm o dever de agir com impessoalidade (art. 37, CF/88), ou seja, sem levar em conta esses sentimentos ou interesses e, portanto, com abstração de sua própria pessoa.
Princípio da inércia e da demanda:
Consiste na redução do juiz à inércia até que a parte tome iniciativa para a formação do processo (art. 2º e 262, CPC).
PRINCÍPIO DA LEALDADE OU DA BOA-FÉ OBJETIVA PROCESSUAL
O princípio da lealdade ou boa-fé objetiva processual é um princípio que impõe aos sujeitos da relação jurídica o dever de respeito mútuo, de proteção da confiança, sempre atuando a favor da moralidade da justiça.
Interpretação da lei processual civil. 
 A lei processual no espaço e no tempo. 
Fontes do processo civil (analogia, costumes e princípios gerais do direito).
INTERPRETAÇÃO
 
INTERPRETAR 
SIGNIFICA DESCOBRIR O SIGNIFICADO
INTERPRETAÇÃO DA LEI
Interpretar a lei processual significa determinar o seu significado e fixar seu alcance.
Como se aplica determinada regra processual, diante de um problema concreto no bojo de um processo?
PRINCIPAIS METODOS INTERPRETATIVOS
 
gramatical (exegético): análise das palavras;
* Como as leis são feitas de palavras o interprete deve analisá-las de acordo com a forma que são escritas.
sistemático: análise dos dispositivos legais dentro do sistema jurídico como um todo.
O nosso ordenamento é feito de leis de toda natureza, os dispositivos legais não são interpretados de forma isolada mas sim de acordo com todo o ordenamento quando analisamos uma lei levando em conta outra lei.
 ex:
 histórico: análise das normas à luz de sua evolução histórica.
Como a lei é criada durante a nossa história, analisamos a lei de acordo com a vontade do legislador no momento em que criou a lei atendendo aos anseios da sociedade da época. 
Ex.: Lei Maria da Penha
comparativo: comparação com ordenamentos jurídicos alienígenas (direito comparado).
 Os diversos ramos do direito podem enfrentar problemas idênticos ou analógicos, logo a lei e a decisão a serem aplicados são usadas em comparação para solucionar o caso concreto.
finalístico (teleológico): análise dos objetivos / finalidade da norma.
CONFORME O RESULTADO, A INTERPRETAÇÃO SERÁ:
a) declarativa: interpretação concluirá pelo exato sentido das palavras.
 é aquele que atribui a lei o exato significado das palavras que a expressam.
b) extensiva / ampliativa: lei será aplicável a outras hipóteses não previstas no texto legal.
c) restritiva: interpretação limita a aplicação da lei a menos hipóteses que as previstas no texto;
d) ab-rogante: interpretação conclui pela inaplicabilidade da lei interpretada.
c) restritiva: interpretação limita a aplicação da lei a menos hipóteses que as previstas no texto;
é a interpretação que limita o âmbito de aplicação da lei a um circulo mais estrito de casos do que o indicado pelas suas palavras;
d) ab-rogante: interpretação conclui pela inaplicabilidade da lei interpretada.
 diante de uma incompatibilidade absoluta e irredutível entre dois preceitos legais ou entre um dispositivo de lei e um princípio geral do ordenamento jurídico, conclui pela inaplicabilidade da lei interpretada.
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO
A integração é um processo de preenchimento de lacunas, existentes na lei, por elementos que a própria legislação oferece ou por princípios jurídicos, mediante operação lógica e juízos de valor. 
A lacuna se caracteriza não só quando a lei é completamente omissa em relação ao caso, mas igualmente quando o legislador deixa o assunto a critério do julgador.
Os elementos de integração não constituem fontes formais porque não formulam diretamente norma jurídica, apenas orientam o aplicador para localizá-las. A pesquisa dos meios de integração não é atividade de interpretação, porque não se ocupa em definir o sentido e o alcance das normas jurídicas. 
ORDENAMENTO JURÍDICO
É o conjunto organizado de normas jurídicas, para ser eficaz o ordenamento deve ser unitário (com as fontes e normas obedecendo a uma hierarquia), coerente (evitando antinomias) e completo (evitando as lacunas).
Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.
Enquanto no ordenamento não existem lacunas, haja vista que sempre em algum ramo do direito haverá uma norma aplicável ao caso concreto, a Lei não é igual.
Se num caso concreto acontece uma lacuna o que acontece? Fica sem julgamento? Extingue o processo?
O art. 126 do CPC diz que o juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei.
Por isso para preencher as lacunas deixadas pelo legislador o direito processual utiliza a analogia e os princípios gerais de direito.
INTEGRAÇÃO DA LEI PROCESSUAL
 
Fala-se em integração diante da existência de uma lacuna na lei. 
 Assim, integrar é preencher uma lacuna.
 
A legislação pode apresentar lacunas, mas não o ordenamento jurídico. Assim, não pode o juiz deixar de decidir diante da ausência de lei específica para uma situação concreta (vedação no non liquet – CPC, art. 126).
 
Ou seja, para preencher determinada lacuna que se verifique na legislação, o intérprete se vale da integração.
 
À luz do caso concreto, é certo que muito tênue a linha que distingue a interpretação da integração. Para ilustrar esta afirmação, basta analisar a hipótese de interpretação ampliativa e integração por analogia.
Quanto à interpretação / integração das leis em geral, vale conferir o art. 4º e 5º da LINDB. “Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.” (ANTIGA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL)
 
Art. 4º - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Art. 5º - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
FORMAS DE INTEGRAÇÃO DA LEI
(i) analogia;
(ii) usos e costumes;
(iii) aplicação dos princípios gerais do direito.
 
Consiste a analogia em resolver um caso não previsto em lei, mediante a utilização de regra jurídica relativa a hipótese semelhante. (interpretação comparativa)
Quando a analogia não permite ou não consegue resolver o problema deve-se recorrer aos princípios gerais de direito, que compreendem não apenas os princípios decorrentes do próprio ordenamentojurídico, como ainda aqueles que o informam e lhe informam e lhe são anteriores e transcendentes.
ANALOGIA
A analogia pode ser definida como a utilização de uma norma´´x´´ , que apresente pontos de semelhança para a solução de um caso concreto , que , a princípio , não encontre no Ordenamento Jurídico regras específicas.
USOS E COSTUMES
Os usos e costumes representam importante fonte do direito, surgem através de comportamentos, atos ou condutas praticados reiteradamente que com o passar do tempo passam a integrar o cotidiano das pessoas.
PRINCÍPIOS
Origem geral do direito.
Venosa (2003), "os princípios gerais de direito são regras oriundas da abstração lógica do que constitui o substrato comum do Direito".
Os princípios são de grande importância para o legislador, "como fonte inspiradora da atividade legislativa e administrativa do Estado". (VENOSA. 2003)

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