Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Micro II AVI 2 GeneralidadesBorrelia e Leptospira · Espiroquetas · Gram-negativas · Helicoidais e finas · Ordem Spirochaetales · 3 gêneros causam doenças humanas: 1. Treponema e Borrelia (família Spirochaetaceae): Borreliose de Lyme e febres recorrentes endêmica e epidêmica 2. Leptospira (Leptospiraceae) Leptospirose Borrelia · Grandes · Cora por anilina (não é gram + nem gram -) · Mudança antigênica = escapa da eliminação imune · Visível em microscopia óptica em esfregaço de sangue periférico (caso de febre recorrente) · 7 a 20 flagelos periplasmáticos (movimento giratório)/fímbrias axiais · Microaerófilas · Necessidades nutricionais complexas (N-acetilglicosamina, ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa, glicose e aminoácidos) · Prevenção e controle: reduzir exposição ao inseto vetor com inseticida, repelente de insetos nas roupas e na pele e com roupas protetoras · uso de roupas protetoras que reduzem a exposição da pele a insetos · Patogênese e Imunidade · Regulação do crescimento de borrélias = expressão gênica positiva ou negativa de proteínas de superfície. · Proteína A de superfície externa (OspA): · Expressa na superfície de B. burgdorferi e residente no intestino médio de carrapatos em jejum · Liga-se a proteínas do intestino · Expressão reprimida durante a alimentação: espiroqueta migra para as glândulas salivares. · Proteína C de superfície externa (OspC) · crítica na transmissão do carrapato aos mamíferos, positivamente regulada. · B. burgdorferi: presente em pequeno número na pele quando o eritema migratório se desenvolve. Demonstrado por: · Cultura do organismo de lesões cutâneas ou detecção de ác. nucleicos bacterianos por PCR; Mas a cultura e PCR têm pouca sensibilidade na fase inicial e não estão disponíveis em laboratórios clínicos. · Não se sabe se manifestações tardias da doença são causadas por organismos viáveis ou se representam reatividade imune cruzada com antígenos de Borrelia. · Resposta imune diminuída quando lesões cutâneas iniciais se desenvolvem · Anticorpos produzidos em meses a anos: fazem eliminação das borrélias na corrente sanguínea, sua lise é mediada pelo complemento. · Febre recorrente: mecanismo incompletamente entendido: · não produzem toxinas conhecidas · são rapidamente eliminados quando há resposta com anticorpo específico · períodos cíclicos febris e afebris da febre recorrente = variação antigênica. · Muitos genes homólogos ao gene OspC, mas um deles é expresso por vez. · Mudanças da expressão de genes importantes acontecem com frequência de 10^-3 a 10^-4 por geração. · Nova população de espiroquetas com nova camada de lipoproteína aparece no sangue = novo episódio febril. · Doença de Lyme · Transmitida de camundongos (de patas brancas) para humanos por carrapatos duros · Reservatório: camundongos, cervos (cauda branca), carrapatos; · Vetores: Ixodes scapularis, I. pacificus, I. ricinus, I. persulcatus · Alterações dermatológicas (lesões cutâneas), reumatológicas, neurológicas e cardíacas. · ‘‘lesão eritematosa (eritema migratório)’’ · Causa: B. burgdorferi e cerca de mais 10 espécies de Borrelia (em animais e seres humanos) · B. burgdorferi (EUA e europa), B. garinii, B. afzelii (Europa e ásia): humanos · A resposta imune normalmente causa a clínica · Risco: pessoas expostas a carrapatos em áreas de alta endemicidade · Incidência sazonal: padrões alimentares dos vetores; nos EUA ocorre no final da primavera e início do verão (padrão alimentar da fase de ninfa dos carrapatos) · Diagnóstico por sorologia e/ou PCR · Tratamento: · precoce localizada ou disseminada: amoxicilina, tetraciclina, cefuroxima; · manifestações tardias: ceftriaxona ou penicilina intravenosa. · Febre recorrente clássica · doença febril: febre e septicemia recorrentes, separados por períodos afebris (variação antigênica). · Diagnóstico por microscopia · Tratamento com tetraciclina ou eritromicina · duas formas da doença: · Febre epidêmica ou recorrente do piolho, · Causada pela Borrelia recurrentis · Disseminada pelo Pediculus humanus · Transmissão pessoa-pessoa · ser humano = único reservatório · aglomeração de pessoas e condições sanitárias precárias · Etiópia, ruanda e sopé dos andes · Febre recorrente endêmica: · Causa: 15 espécies de Borrelia; · V: carrapatos moles do gênero Ornithodoros. · Reservatório: roedores, · pequenos mamíferos, carrapatos moles (Ornithodoros) Leptospira · taxonomia: fenótipo, relação sorológica e patogenicidade · Cepas patogênicas: Leptospira interrogans · Não patogênicas: Leptospira biflexa. · Cada uma das duas espécies contém diversos sorovares · Classificação não coerente com análise de ácidos nucleicos subdivisão do gênero em três outros, com 17 espécies no gênero Leptospira. · Leptospiras serão referidas como patogênicas (para humanos) ou não patogênicas, sem referências a espécies ou sorotipo · Espiroquetas espiralados e delgados · crescem lentamente em cultura · Complexos imunes = a doença renal (glomerulonefrite) · Geralmente branda, semelhante à síndrome viral · Leptospirose sistêmica meningite asséptica · Doença potencialmente fatal (síndrome de Weil) caracterizada por colapso vascular, trombocitopenia, · hemorragia, disfunção renal e hepática · Epidemiologia · Reservatórios nos Estados Unidos: roedores (principalmente ratos), cães, animais de fazenda e selvagens · Humanos: hospedeiro acidental da fase final · Organismo pode penetrar na pele através de pequenas fissuras na epiderme · As pessoas são infectadas com leptospiras pela exposição à água contaminada com urina de um animal · infectado ou por manipulação de tecidos de um animal infectado · Populações de risco são as expostas a córregos, rios e águas paradas contaminadas com urina; exposição · ocupacional de trabalhadores rurais, manipuladores de carne e veterinários · Infecção é rara nos Estados Unidos, mas tem distribuição mundial · A doença é mais comum durante meses quentes (exposição recreacional) · Diagnóstico · A microscopia não é útil, porque geralmente existem raros organismos presentes nos fluidos ou tecidos · Cultura de sangue ou LCR nos primeiros 7 a 10 dias da doença; urina após a primeira semana · A sorologia usando aglutinação microscópica é relativamente sensível e específica, mas não amplamente · disponível; teste ELISA é menos preciso, mas pode ser utilizado para triagem de pacientes · Tratamento, Prevenção e Controle · Tratamento com penicilina ou doxiciclina · Profilaxia com doxiciclina, mas não penicilina · Vacinação de rebanhos e animais domésticos · Controle de roedores · Rickettsia e Coxiella = família RickettsiaceaeRickettsia e Orientia · bacilos gram-negativos · aeróbios · vida intracelular obrigatória. · (DNA) = classificação não era válida. Foi observado que o gênero Rickettsia deveria ser subdividido em dois gêneros (Rickettsia e Orientia) e Ehrlichia, dividido em dois gêneros (Ehrlichia e Anaplasma). Este capítulo trata apenas de Rickettsia e Orientia, e os outros dois gêneros de organismos de vida intracelular são abordados no Capítulo 42. Os organismos da família Rickettsiaceae são pequenos (0,3 µm × 1 a 2 µm), com estrutura semelhante a bacilos gram-negativos, embora corem mal pela coloração de Gram e cresçam apenas no citoplasma de células eucarióticas. As espécies patogênicas de Rickettsia e Orientia (Tabela 41-1) são mantidas em reservatórios animais e artrópodes, e transmitidas por vetores artrópodes (carrapatos, ácaros, piolhos, pulgas). O homem é hospedeiro acidental. As espécies de Rickettsia são subdivididas em dois grupos: grupo da febre maculosa e grupo do tifo. Pelo menos 12 espécies de Rickettsia do grupo da febre maculosa têm sido associadas com doenças humanas. Rickettsia rickettsii (febre maculosa das Montanhas Rochosas) e Rickettsia akari (riquetsiose vesicular) serão discutidas neste capítulo. Para revisão de outros membros do grupo da febre maculosa, que estão distribuídos por todo o mundo, por favor, refira-se à revisão de Parola e colaboradores. Duas espécies de Rickettsia fazemparte do grupo do tifo – R. prowazekii e R. typhi. O gênero Orientia tem uma única espécie: O. tsutsugamushi. Ricketsia typhi Epidemiologia O tifo endêmico ou tifo murino é causado por R. typhi. A doença é mundialmente distribuída, principalmente em áreas quentes e úmidas. Nos Estados Unidos, são relatados anualmente 50 a 100 casos, a maioria nos estados do Golfo (especialmente Texas) e no sul da Califórnia. A doença endêmica continua sendo relatada em pessoas que vivem nas áreas temperadas e subtropicais costeiras da África, da Ásia, da Austrália, da Europa e da América do Sul. Os roedores são os principais reservatórios, e a pulga do rato (Xenopsylla cheopis) é o principal vetor. Contudo, a pulga do gato (Ctenocephalides felis), que infesta gatos, gambás, guaxinins e cangambás, é considerada importante vetor nos Estados Unidos. A maioria dos casos ocorre durante os meses quentes. Doença Clínica O período de incubação da doença é de 7 a 14 dias. Os sintomas aparecem abruptamente, em geral com febre, dor de cabeça forte, tremores, mialgias e náuseas. Erupção cutânea se desenvolve em cerca de metade dos pacientes infectados, quase sempre tardia e tipicamente restrita ao tórax e ao abdome. O curso da doença geralmente não é complicado, durando menos de 3 semanas, mesmo em pacientes não tratados. Diagnóstico Laboratorial Para confirmar o diagnóstico de tifo murino é usado teste de imunofluorescência indireta (IFI), específico para R. typhi. Titulações significativas são usualmente detectáveis em 1 a 2 semanas após o início da doença. Tratamento, Prevenção e Controle As tetraciclinas são eficazes no tratamento do tifo murino e os pacientes respondem prontamente a esses agentes. É difícil controlar ou prevenir o tifo endêmico, pois os reservatórios e vetores são amplamente distribuídos. Os esforços devem ser direcionados para o controle dos reservatórios roedores. Vacina eficaz não está disponível
Compartilhar