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guia de estudo de inteligencia revisada

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Prévia do material em texto

Núcleo de Pós-Graduação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INTELIGÊNCIA POLICIAL 
 
 
 
INTELIGÊNCIA 
POLICIAL 
 
 
 
Nome do Professor conteudista Milton Gabriel Junior 
Nome da Disciplina Inteligência Policial . Módulo 1 – nome do 
módulo O que é Inteligência Policial – Faculdade Campos Elíseos 
(FCE) – São Paulo – 2016. 
Guia de Estudos – Módulo 1 – O que é Inteligência Policial. 
1. ____________ 2. _____________ 3. _____________ 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO 1 - Contextualização sobre Atividades de Inteligência 
 
Introdução 
1. Contextualização histórica sobre inteligência 
1.1 A Atividade de Inteligência no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversa Inicial - Apresentar os objetivos/estrutura do módulo. 
 
 
No primeiro módulo, discutiremos os conceitos básicos sobre Inteligência Policial, para 
tanto inicialmente apresentaremos um panorama histórico a fim de contextualizá-lo sobre 
os princípios da Inteligência, como instrumento de assessoria e apoio às decisões mais 
adequadas na garantia e preservação da segurança do cidadão e do Estado, uma vez 
que a atividade de inteligência consiste na coleta e análise da informação; ao tomar 
conhecimento de um fato, de uma informação deve-se decompor, avaliá-la e interpretá-la 
como ferramenta de fundamental importância para o entendimento do cenário. Dessa 
forma, pode-se definir ações e dar maiores subsídios à investigação policial visando a 
proteção da sociedade e do Estado. 
 
Atualmente, vivemos a era do conhecimento e a sua disseminação via tecnológica se 
tornou matéria prima. A quantidade de informações e de fontes é incalculável, se 
dissemina de forma instantânea, praticamente, por isso urge ressaltar a importância da 
atividade de inteligência. 
 
A Atividade de Inteligência de Segurança Pública está a serviço da causa Pública, uma 
vez que tem por objetivo a salvaguarda e produção de conhecimento para a segurança 
da sociedade e do Estado, ela é regida por lei e obedece rigorosamente os princípios da 
administração pública, instituídos no art. 37 da Constituição Federal. O direito 
constitucional é base para a Atividade de Inteligência de Segurança Pública e tem como 
princípio básico a legalidade. Dessa forma, o do profissional de inteligência deve ter suas 
ações guiadas e desenvolvidas no irrestrito cumprimento do ordenamento jurídico, o não 
cumprimento da lei e de seus princípios acarretará sanções ao profissional de 
inteligência. 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjB1JGi-aPPAhWDFJAKHfQsDAUQjRwIBw&url=https://nyccurriculum.wikispaces.com/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNGcgjhMqK7vq6EeeNZzm937EMzE8g&ust=1474667107
 
 1. Contextualização histórica sobre inteligência 
A Atividade de Inteligência nos remete a origem das primeiras civilizações que temos 
conhecimento, pode-se dizer que a Atividade de Inteligência e a própria humanidade 
surgiram simultaneamente, uma vez que a busca pelo conhecimento faz parte do ser 
humano e conhecimento é um poderoso instrumento para se definir e estabelecer 
estratégias que visam o poder e controle sob as pessoas, povos etc. 
 
 
Existe uma origem mitológica da Inteligência segundo a qual 
Argus, que suplantou a hegemonia de Micenas, por volta do 
século XII a.C, protegeu de diversas maneiras suas 
mensagens enquanto vivo e criou uma rede eficaz de espiões, 
tornou-se o pai da Inteligência. Após seu falecimento, tornou-
se um semideus, e há diversas versões para sua “pós-morte”. 
Alguns vocábulos vindos de Argus são comuns à Inteligência: 
arguto, argúcia, argumento, argüir, etc. (REVISTA ABIN, 2005, 
p. 85) 
 
 
Na antiguidade, grande parte do campo de ação da Atividade de Inteligência se restringia 
ao ambiente militar, muitos povos e seus líderes guerreiros utilizavam pessoas infiltradas 
nas hostes inimigas, que enviavam informes aos seus chefes sobre os inimigos. Por que 
aquele que fosse detentor de melhores conhecimentos sobre o adversário, entrava em 
combate com nítida vantagem. 
 
Durante o Império Romano era comum a aristocracia possuir sua própria rede de 
agentes clandestinos que alimentava-os com informes, debates, conchavos e intrigas 
tanto nas ruas como no Senado romano. Segundo Harold Nicholson (1948) os romanos 
não estavam preparados para a arte da negociação ( a diplomacia), durante muitos 
séculos teve sua supremacia através da força de suas legiões do que pelas relações 
diplomáticas. Durante muitos séculos Roma, para resolver problemas enviava ao exterior 
 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiz3sns-qPPAhUMjpAKHQlYChAQjRwIBw&url=http://www.conteudounico.com/criacao-conteudo/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNG2hMzxdekafrzSQQzHpVI3YFi5LQ&ust=1474667543
 
missões que agiam em nome do governo, durantes essas missões muitos dos seus 
membros prestavam-se ao serviço de espionagem. 
 
Alexandre, O Grande, buscava informações com os viajantes que vinham de terras 
estrangeiras para obter informações sobre outros territórios. Na própria Bíblia é possível 
encontrar apontamentos sobre o uso da atividade de inteligência, como no Livro 
Números, do antigo testamento. Passagens relatam conversas do Senhor com Moisés 
que é aconselhado a enviar homens para espiar a terra de Canaã, levantar censo sobre 
os filhos de Israel. 
 
Maomé também se serviu da Atividade de Inteligência, enviou agentes para se infiltrar na 
cidade de Meca, lá obtiveram informações e avisavam sobre os planos de um ataque dos 
soldados árabes à cidade em que ele estava refugiado. Dessa maneira, ele se antecipou 
aos ataques e ordenou a construção de trincheiras e barricadas ao redor da cidade de 
Medina, o que impediu o avanço dos soldados. 
 
Com o fim do Império Romano, por volta de 800 D.C., e a formação dos Estados 
Nacionais houve um período de 4 séculos para se organizar e estruturar as formas de 
governo. A autoridade central ficou a cargo a Igreja Católica, única instituição que 
permaneceu e influenciou na formação dos países europeus e foi por influência da Igreja 
e da Cavalaria que a atividade de informação – espionagem- ficou adormecido ou 
abandonado pelo Poder central, uma vez que era considerado pecado tal atividade, 
retornando apenas no Renascimento. 
 
O Cardeal Richelieu (1585-1642) fundou na França o Gabinet 
Noir, que monitorava as atividades da nobreza, e Sir Francis 
Walsingham (1537-1590) frustrou os empreendimentos de 
Mary Stuart e Felipe II, ambos católicos, contra a coroa 
inglesa de Elizabeth I, protestante, por meio do serviço de 
Inteligência. (REVISTA ABIN, 2005, p. 87-88) 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira rede de informações ou de Atividade de Inteligência a que tem-se 
conhecimento e pode-se dizer, relativamente, organizada foi organizada durante o século 
XVI, no reinado de Elizabeth I. Já a primeira escola de Inteligência foi criada pelos 
russos, base para a Okhrana, polícia secreta dos czares. 
 
A evolução da humanidade levou também a evolução da atividade de inteligência, uma 
vez que o fluxo de informações, as tecnologias desenvolvidas para a transmissão da 
informação passou a ocorrer de forma cada vez mais rápida. Conforme a tecnologia 
avançava a Atividade de Inteligência também se modificava, dessa forma, os órgãos de 
inteligência passaram não só a utilizar o material humano, como também lançaram mão 
de ferramentas tecnológicas como mecanismo de obtenção, salvaguarda e transmissão 
das informações obtidas. 
 
 
Durante a Guerra da Secessão nos Estados Unidos, ocorreram muitos avanços na 
Atividade de Inteligência, uma vez que fez uso de fotos; códigos; cifras; telegrafia e 
reconhecimento aéreo por balões. Todavia foi durantea Primeira Guerra Mundial que 
nota-se um implemento nas Atividades de Inteligência seja pelo uso das tecnologias, seja 
pela criação dos primeiros órgãos de inteligência que cresceu e expandiu durante e após 
a Segunda Guerra Mundial. 
 
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o Exército Vermelho 
atuou como um eficaz agente do movimento comunista 
internacional. Os Estados Unidos descobriram que a Rússia 
os espionou mesmo quando eram aliados. Criaram então a 
CIA, seguida pela Agência de Segurança Nacional (NSA) para 
atuar com Sigint e passaram a basear suas decisões políticas 
nos relatórios de Inteligência, iniciando, dessa maneira, a 
Guerra Fria, momento em que houve um grande 
desenvolvimento tecnológico com o objetivo de monitorar com 
mais precisão os passos de cada potência. (REVISTA ABIN, 
2005, p. 89) 
 
Foi ao final da Segunda Guerra, no período que se convencionou chamar de “Guerra 
Fria”, onde o mundo se dividiu em dois grandes blocos: um bloco formado pelos países 
 
 
 
 
do Ocidente, que se uniram para fazer frente ao expansionismo do 
socialismo/comunismo, outro bloco formado pelos países socialistas/comunistas 
liderados pela extinta União Soviética. Neste contexto ocorreu o maior desenvolvimento 
da Atividade de Inteligência trabalhando de forma ininterrupta para prever; conter 
possíveis ameaças de um eventual conflito, a Atividade de Inteligência era 
predominantemente voltada para os aspectos político-ideológicos e militares. 
 
Segundo Silveira (2011, p. 12), “estima-se que o serviço de informações mais eficiente 
de todos os tempos seja o serviço secreto de inteligência britânico (Secret Intelligence 
Service – SIS), mais conhecido pelo seu antigo nome – MI6”. 
 
Após o colapso do regime socialista e a extinção da União Soviética, ocorrida em 1991, 
deu-se por finalizado a ameaça de um conflito global, pois com o fim da bipolaridade 
político-ideológico não havia necessidade de manter as estratégias da contenção; cedeu 
lugar a um novo panorama, ou seja, os alvos de inteligência se diferenciaram, podendo 
ser considerados os principais a espionagem econômica industrial, o crime organizado, o 
terrorismo internacional, o narcotráfico, o crime comum. Assim, a Atividade de 
Inteligência foi redirecionada para áreas específicas das quais se destacam: 
 
 o Terrorismo Internacional; 
 o Narcotráfico; 
 os crimes estruturados (CARTÉIS, FARCs, MÁFIA, PCC etc.); 
 a Fabricação e controle de armas de destruição massiva; 
 a Espionagem, com ênfase às áreas de ciência e tecnologia; e 
 o Desenvolvimento de tecnologias de uso dual. 
 
Nos dias de hoje, a demanda e a complexidade das decisões a serem tomadas pelos 
órgãos de segurança de um país é de suma importância que nenhuma nação pode 
prescindir de conhecimentos oportunos e exatos no que concerne a produção de 
conhecimento. Nessa esteira se situa o Brasil, que por sua extensão territorial e 
potencialidades, vem se destacando no cenário internacional. Dessa maneira, urge de 
 
 
 
 
uma Atividade de Inteligência bem organizada capaz de assessorar e servir como apoio 
às decisões de ações do Estado. 
 
 
 Síntese 
 
A Atividade de Inteligência está ligada a história da humanidade, pois “saber é 
poder” como afirmou o filósofo Francis Bacon, desde os mais remotos tempos os 
líderes, generais perceberam que ao obter grande conhecimento sobre o terreno, o 
povo inimigo, suas táticas e estratégias possibilitava invariáveis possibilidades 
táticas. Foi durante a Idade Média que a Atividade de Inteligência teve uma redução 
devido a Igreja considerar pecado, contudo a partir do Renascimento tal atividade 
se expandiu e absorveu recursos tecnológicos para sua prática. No século XX, com 
as duas grandes guerras mundiais e posteriormente a guerra fria pode-se notar 
uma enorme Atividade de Inteligência, obrigando todos os países a criarem órgãos 
institucionais de Inteligência. 
 
A criação dos órgãos de Inteligência tinha por objetivo monitorar quais 
aspectos dos demais países, esses aspectos são os mesmos de hoje? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjVidyw86PPAhWKf5AKHchAB6kQjRwIBw&url=http://mensagens.culturamix.com/frases/pensamentos/citacoes-sobre-o-pensamento&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNES4qi8_UZu0Ga0RX_1XHuNKGYhFA&ust=14746650938060
 
 A Atividade de Inteligência no Brasil 
 
A Atividade de Inteligência brasileira ocorre desde a época do Império, como por 
exemplo um dos mais famosos agentes de inteligência (espião da corte portuguesa) foi o 
escudeiro Pêro de Covilhã – “o espião intrépido”. Destaca-se a figura de um dos mais 
famosos espiões da corte portuguesa, o escudeiro Pêro de Covilhã, “o espião intrépido”, 
tinha uma característica singular a facilidade em assimilar idiomas estrangeiros, 
especialmente o árabe. Devido a esta característica o Rei D. João II, em 1487, envia 
Pêro de Covilhã a uma longa expedição por grande parte do Oriente Médio, pela Ásia e 
Norte da África, finalizando no Egito em 1491. 
 
Do Egito, envia um extenso e muito detalhado relato ao monarca, no documento 
apresentado detalhava com riqueza de detalhes e pormenorizadamente dados sobre as 
cidades e fortificações moçárabes, vale ressaltar que todo o comércio estava nas mãos 
maçárabes e suas enormes caravanas até as Índias. Tal documento serviu de forma 
decisiva para estabelecer a rota adotada pelo navegador Vasco da Gama, descobridor 
dos caminhos para as Índias, e seus pontos de parada ou pontos “inúteis” para os 
moçárabes na costa africana e asiática. 
 
“Entender os inimigos e enganá-los”; esta é uma frase que poderíamos crer que foram 
proferidas por Sun Tzu, famoso estrategista chinês e autor do livro A arte da guerra, 
todavia essa frases foi extraída do Os Lusíadas, maior épico português, escrito por Luís 
Vaz de Camões, demonstrando que nossos colonizadores tinham grande percepção 
estratégica e como praxe faziam levantamentos de área, ações de espionagem, a 
proteção dos conhecimentos sensíveis e outros procedimentos típicos da Atividade de 
Inteligência. 
 
No Brasil, tem-se registros sobre o emprego de atividades secretas e uso de espiões 
desde o tempo colonial, quando Alexandre Gusmão diplomata luso-brasileiro 
representante de Portugal na discussão de diversos Tratados, se utilizou de informações 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiz3sns-qPPAhUMjpAKHQlYChAQjRwIBw&url=http://www.conteudounico.com/criacao-conteudo/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNG2hMzxdekafrzSQQzHpVI3YFi5LQ&ust=14746675439182
 
 
 
recolhidas pelos agentes da coroa e auxiliou as negociações e tomadas de decisões 
sobre a questão das fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Tordesilhas, oficialmente 
demarcador das fronteiras entre Espanha e Portugal e que nunca conseguiu ser 
totalmente respeitado tendo sido substituído pelo Tratado de Madrid, este foi assinado na 
capital espanhola em 13 de janeiro de 1750, entre os reis de Portugal e de Espanha. 
 
O Tratado de Madrid foi preparado, criteriosamente a partir de informações sigilosas, 
favorecendo as colônias portuguesas em prejuízo aos direitos dos espanhóis. A primeira 
referência normativa sobre a proteção de material sigiloso é datado em 19 de fevereiro 
de 1859, por meio do Decreto Imperial no 2,358 ou denominado de Regulamento 
Paranhos por ter sido elaborado por ordem de José Maria da Silva Paranhos, o Visconde 
do Rio Branco, tal decreto reorganizava e dava novas atribuições à Secretaria de Estado 
dos Negócios Estrangeiros. 
 
Foi apenas no governo do presidente Washington Luis que o país teve a formalização e 
utilização integrada da Atividade de Inteligência, com a criação do Conselho de Defesa 
Nacional, Decreto n˚ 17.999, de 29 de novembro de 1927. Cabia ao Conselho o estudo e 
coordenação da produção de conhecimentosnas áreas econômica, ordem financeira, 
militar e moral, relativas à defesa da Pátria. 
 
 Sua primeira reestruturação ocorreu em 1934, com o Decreto n˚ 23.873, de 15 de 
fevereiro de 1934, que criou a Comissão de Estudos da Defesa Nacional, a Secretaria-
Geral da Defesa Nacional e uma Seção de Defesa Nacional em cada ministério. No 
governo de Getúlio Vargas o Conselho teve o seu nome alterado para Conselho Superior 
de Segurança Nacional, nome alterado em 1937, momento em que passou a se 
denominar Conselho de Segurança Nacional. A Atividade de Inteligência foi voltada, 
primordialmente, para questões de segurança e defesa interna. 
 
Posteriormente a Segunda Guerra Mundial, o Brasil passou por profundas 
transformações, as influências do bloco da Otan liderados pelos Estados Unidos da 
Ámerica teve por resultado uma reestruturação na política da Segurança Nacional. 
 
 
 
 
Dessa maneira, o Conselho de Segurança Nacional foi reformulado, tendo sido criado o 
Serviço Federal de Informações e Contra-Informações (SFICI) que passou a coordenar a 
atividade de Inteligência no Brasil, Decretos Lei n˚ 9.775 e n˚ 9.775 A, de 06 de setembro 
de 1946. 
 
A efetiva implementação se deu com o Decreto n˚ 44.489 – A, de 15 de setembro de 
1958, 12 anos depois de sua criação. No mesmo ato foi também criada a Junta 
Coordenadora de Informações (JCI) incumbida de gerenciar toda informação amealhada 
e analisada. O SFICI tinha quatro subseções: Exterior, Interior, Operações e Segurança 
Interna; a Escola Superior de Guerra (ESG) iniciou os cursos de Informações na área de 
Inteligência. 
 
Durante seu período de existência (1956-1964) o SFICI ficou 
conhecido por sua paranóia em relação a quem podia ou não 
ser considerado inimigo do “estado democrático de direito”. 
Vigiou sobretudo associações de esquerda, políticas ou não, 
como o PCB e Movimentos Grevistas. Também levantou 
dados sobre rivais políticos do presidente, como o político de 
direita Carlos Lacerda, que nutria uma certa animosidade 
contra o Presidente Juscelino Kubitsheck. Mesmo o então 
membro da UDN (partido de direita extinto pelo golpe de 1964) 
José Sarney chegou a ser tachado de comunista por um 
relatório da SFICI. (SILVEIRA; CRUZ, 2011, p. 14) 
“O serviço de Inteligência é o apanágio dos nobres; se confiado a outros, 
desmorona.” Coronel Walter Nicolai - Chefe do Serviço Secreto da Prússia 
Com a instauração do Regime Militar, o Serviço Federal de Informações e 
Contrainformação foi substituído pelo Serviço Nacional de Informações (SNI). O SNI foi 
criado pela Lei n. 4.341, de 13 de Junho de 1964, durante o governo do presidente 
Humberto de Alencar Castello Branco, com o objetivo de supervisionar e coordenar as 
atividades de informações e contrainformações no Brasil e no exterior. 
 
O SNI passou a ser o órgão máximo de um sistema que se denominava Sistema 
Nacional de Informações (SISNI). Era formado pelos seguintes subsistemas: 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjCrrXn8aPPAhVJE5AKHRJFBuYQjRwIBw&url=http://quadrangularvilaantonieta.com.br/index.php/2014/01/palavra-do-pastor/1075/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNES4qi8_UZu0Ga0RX_1XHuNKGYhFA&ust=14746650938060
 
 
 
 Subsistema Setorial de Informações dos Ministérios Militares; 
 SSIMM, composto pelos Serviços de Inteligência Militares: Centro de Informações 
da Marinha (CIM), Centro de Informações do Exército (CIE) e Centro de 
Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA); 
 Subsistema Setorial de Informações dos Ministérios Civis – SSIMC, composto 
pelas Divisões de Segurança e Informações (DSI) dos ministérios civis e pelas 
Assessorias de Segurança e Informações (ASI) dos organismos do segundo 
escalão da administração pública federal; 
 Subsistema Setorial de Informações Estratégico-Militares (SUSIEM) coordenado 
pelo Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), por intermédio de sua Subchefia 
de Informações Estratégicas (SC-2) e composto pela Subchefia de Informações 
do Estado-Maior da Armada (M-20), a 2ª Seção do Estado- Maior do Exército 
(2ª/EME), a Seção de Informações do Estado-Maior da Aeronáutica (2ª/EMAer); 
 Serviço de Informações do Exterior do Ministério das Relações Exteriores; e 
 Serviço de Informações do Ministério da Justiça representado pelo Centro de 
Informações do Departamento de Polícia Federal (CI/DPF). 
 
As atividades do SNI eram as mais diversificadas, tais como: os grampos 
telefônicos; censura postal; investigações. Os documentos coletados durante sua 
existência desapareceram após a extinção do serviço. O Serviço Nacional de 
Informações foi extinto em 1990, em um dos primeiros atos do então Presidente 
Fernando Collor de Mello. 
 
Para se ter ideia da importância do SNI no período militar, dois 
de seus chefes tornaram-se Presidentes da República, os 
generais Emílio Garrastazu Médici e João Baptista Figueiredo. 
Dos quadros do SNI também viriam ministros importantes de 
pastas civis e militares, inclusive alguns no s governos José 
Sarney e Itamar Franco. (GONÇALVES, 2009, p. 105) 
 
 
Com o término do SNI, foi criado o Departamento de Inteligência (DI) da Secretaria de 
Assuntos Estratégicos (SAE). A Atividade de Inteligência passou pelas mãos de pessoas 
 
 
 
 
não qualificadas e treinadas para lidar com conhecimento produzido e dessa forma 
acabou relegada a segundo plano, pela falta de compreensão do que é esta atividade e 
da sua importância para o assessoramento na defesa do País. A reformulação da Lei 
9.883/99 que instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) e criou, como seu 
órgão central, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) Segundo o §2º do art. 1º da 
referida legislação que conceitua sobre a Inteligência ele afirma: 
 
... entende-se inteligência como atividade que objetiva a 
obtenção, análise e disseminação de conhecimentos, dentro e 
fora do território nacional, sobre os fatos e situações de 
imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a 
ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da 
sociedade e do Estado. (§2º do art. 1º) 
 
 
cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e 
demais dispositivos da Constituição Federal, os tratados, 
convenções, acordos e ajustes internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte ou signatário, e a 
legislação ordinária. (art. 1º, §1º, Lei n. 9.883/1999) 
 
 
Na Lei n. 9.883/1999 o legislador define o que é inteligência e contra-inteligência e os 
fundamentos do Sistema Brasileiro de Inteligência, na definição e parâmetros fica 
evidente que a da Atividade de Inteligência consiste na salvaguarda e a segurança não 
só do Estado, mas da sociedade também. 
 
A Agência Brasileira de Inteligência, ABIN, é o serviço de inteligência civil no Brasil, ela 
tem por função investigar ameaças reais e potenciais, identificar oportunidades de 
interesse da sociedade e do Estado e defender o Estado Democrático de Direito. Para 
tanto, lhe cabe planejar, coordenar, executar, supervisionar e controlar as atividades de 
inteligência do País, sobre guardando os direitos e garantias individuais, por meio da 
observância e fidelidade às instituições e aos princípios éticos e a legislação brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo a ABIN: 
 
A atividade de Inteligência constitui instrumento de Estado de 
que se valem os sucessivos governos no planejamento, na 
execução e no acompanhamento de suas políticas, em prol 
dos interesses nacionais. Para atender a esta finalidade, a 
atividade de Inteligência brasileira fundamenta-se na 
preservação da soberania nacional, na defesa do Estado 
Democrático de Direito, na dignidade da pessoa humana e na 
fiel observância à Constituição e às leis. Para bem cumprir sua 
missão, a Abin desenvolve uma atividade que abrange, além 
de aspectos técnicos, a proposição de ética própria, ou seja, 
de um conjunto de valores que determina atitudese padrões 
de comportamento, entre eles: 1- Lealdade à Nação e, por 
extensão, à afirmação político-jurídica desta, o Estado; 2- 
Profundo sentimento de servir à causa pública e jamais a si 
mesmo; 3- Consciência de que o exercício da atividade de 
Inteligência é impessoal e apartidário; 4- Fidelidade à 
instituição e consciência de que os fins desta prevalecem 
sobre os interesses pessoais; 5- o comprometimento com os 
valores éticos e morais da Agência deve ser assumido por 
todos os seus componentes, dentro e fora da organização. 
Os agentes de inteligência não podem esquecer que são 
defensores da sociedade, essa é uma das principais 
características da atividade de inteligência em regimes 
democráticos. Se a sociedade se sentir ameaçada, devem os 
serviços secretos protegê-la. (SISBIN, 1999) 
 
 
A doutrina nacional de Inteligência de Segurança Pública sinaliza e serve como 
norteadora a orientação e à consecução de uma atividade de inteligência mais 
organizada, sistematizada, de modo a possuir uma ação eficiente, por meio de métodos, 
técnicas e ferramentas adequadas na obtenção de informações, estas subsidiarão aos 
responsáveis pelas decisões seja quanto à execução de ações específicas ou quanto ao 
estabelecimento de suas políticas e estratégias institucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese 
 
No caso do Brasil, existe uma grande aversão à Atividade de Inteligência devido a 
utilização de tal atividade em um período regido pelo militarismo, todavia vimos que 
a Atividade de Inteligência sempre ocorreu nos bastidores do Poder. Se faz 
necessário desmistificar a Atividade de Inteligência quanto ela ser ou ter o propósito 
repressivo. Uma vez que ela é elemento de assessoria na condução de várias 
questões políticas seja interna ou externa. 
 Os sistemas de Inteligência atuam em defesa do Estado e não contra os nacionais 
do país. O trabalho de seus profissionais é sempre considerado e prestigiado, pois 
os agentes de inteligência trabalham nas sombras, anônimos, na maioria das vezes 
atuam em terreno hostil tendo por qualidades predominantes são: a argúcia, a 
ousadia e a coragem. Dessa forma, o Sistema de Inteligência do Brasil está 
disponível e a serviço da Nação, sempre alicerçado nos princípios de legalidade e 
da legitimidade, assessorando o Estado, de forma permanente, na consecução dos 
seus Objetivos Nacionais. 
 
 
 CONCEITOS DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA 
 
 
Inteligência, do latim intellegentia, -ae, significa faculdade de discernir, compreender, 
inteligência, entendimento, conhecimento, noção, ideia. Dessa forma, a Atividade de 
Inteligência, outrora denominada atividade de informação define-se pelo âmbito de suas 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjVidyw86PPAhWKf5AKHchAB6kQjRwIBw&url=http://mensagens.culturamix.com/frases/pensamentos/citacoes-sobre-o-pensamento&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNES4qi8_UZu0Ga0RX_1XHuNKGYhFA&ust=14746650938060
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiz3sns-qPPAhUMjpAKHQlYChAQjRwIBw&url=http://www.conteudounico.com/criacao-conteudo/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNG2hMzxdekafrzSQQzHpVI3YFi5LQ&ust=1474667543
 
 
 
 
missões e capacidades, de forma a possibilitar a compreensão, existência e manutenção 
do Estado, principalmente no campo da Segurança Pública. 
 
A Atividade de inteligência tem por objetivo auxiliar, de modo permanente, os órgãos de 
segurança com os conhecimentos que produz, voltados à revelação de ameaças que 
podem abalar a ordem. Por esse motivo, deve ser uma atividade sistemática, criteriosa, 
metódica uma vez que suas conclusões ou indicações repercutirão em esferas sensíveis 
da atuação do Estado. 
 
 O produto amealhado pela Atividade de Inteligência está acima de interesses 
institucionais, de administrações ou de governos procura atender o interesse público, 
conforme sinaliza Celso Antônio Bandeira de Mello, é um “axioma que proclama a 
superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o 
particular, como condição até mesmo da sobrevivência e asseguramento deste último”. 
 
No Brasil, a Atividade de Inteligência se define em seu parágrafo segundo do artigo 1º: 
Para os efeitos de aplicação desta Lei, entende-se como 
inteligência a atividade que objetiva a obtenção, análise e 
disseminação de conhecimentos, dentro e fora do território 
nacional, sobre fatos e situações de imediata ou potencial 
influência sobre o processo decisório e a ação governamental 
e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do 
Estado. 
 
 Para a Segurança Pública, no que tange subsidiar os trabalhos das polícias sobre a 
Atividade de Inteligência voltada para a finalidade precípua das referidas instituições, 
temos a Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP), recém 
reavaliada e homologada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e 
demais órgãos envolvidos, estabelecendo o Sistema de Inteligência de Segurança 
Pública (SISP) como subsistema do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), tendo 
por órgão responsável pela coordenação a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). 
 
 
 
 
 
A ABIN preceitua as atividades de inteligência de Segurança Pública como: 
 
“A atividade de Inteligência de Segurança Pública (ISP) é o 
exercício permanente e sistemático de ações especializadas 
para a identificação, acompanhamento e avaliação de 
ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública, 
orientadas, basicamente, para a produção e salvaguarda de 
conhecimentos necessários à decisão, ao planejamento e à 
execução de uma política de Segurança Pública, e das ações 
para prever, prevenir e reprimir atos criminosos de qualquer 
natureza ou atentatórios à ordem pública”. 
 
 Atividade de Inteligência é a ciência utilizada para orientar o 
processo decisório ou as ações de autoridades políticas. 
 
A Atividade de Inteligência de Segurança Pública se alicerça no conjunto de medidas e 
ações adotadas para adquirir e armazenar informações de interesse da Segurança 
Pública, por conseguinte da investigação policial, com o fulcro em alcançar medidas 
eficazes na constituição de provas ou mesmo na prevenção, ou seja, compreender um 
contexto e um panorama criminoso propicia antecipar ou na efetiva identificação, no 
respectivo histórico dos criminosos, obtendo êxito na repressão ou até mesmo antever os 
acontecimentos. 
 
A doutrinária qualifica as ações praticadas nessa área como de especialidade, ou seja, 
elas detêm a característica especificas e altamente qualificadas. Desse modo, os 
agentes que exercem atividades de inteligência possuem predicados diferenciadores do 
que outros profissionais que lidam com as atividades de segurança pública, seja no 
policiamento preventivo ou judiciário. 
 
Segundo Del’Isola e Diniz (2003) “o elemento humano é peça-chave para que as ações 
de Inteligência apresentem eficiência e eficácia”, sendo manifesta a necessidade de sua 
profissionalização, ou seja, prepará-lo com valores e visões particulares daqueles que 
trabalham com segurança pública; assessorando, a tomada de decisões, resguardando e 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjCrrXn8aPPAhVJE5AKHRJFBuYQjRwIBw&url=http://quadrangularvilaantonieta.com.br/index.php/2014/01/palavra-do-pastor/1075/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNES4qi8_UZu0Ga0RX_1XHuNKGYhFA&ust=1474665093
 
 
 
salvaguardando todas as informações e entendimentos oriundos destas, assim como a 
própria instituição, de investidas adversas. 
 
A atividade de Inteligência voltada para a segurança pública tem por finalidade a 
obtenção de informações relevantes as autoridades para que planejem, decidam a 
melhor atuação para a preservação da segurança e da ordem pública. Segundo 
HOFFMANN ( 2012). a atividade de inteligência éimportante não apenas para a 
prevenção de atividades criminosas, mas para o fornecimento de dados úteis no 
estabelecimento de cenários e estratégias de atuação da segurança pública. 
 
A atividade de inteligência possui duas vertentes de grande importância, uma se destina 
a repressão de atos ilícitos, enquanto outro preocupa-se com a prevenção, ambas 
buscam o emprego útil no planejamento de estratégias de ação das autoridades da 
segurança pública. 
 
As funções da atividade de inteligência na produção do conhecimento devem buscar a 
produção e proteção de conhecimento. Entende-se conhecimento toda informação 
amealhada e transformada em “dados e/ou conhecimento avaliados, significativos, úteis, 
oportunos e seguros, de acordo com metodologia própria e científica”. (ARAÚJO, 2009, 
p. 108). Por esse motivo a Atividade de Inteligência não é uma instância executora, ela 
pode analogicamente ser comparada a uma assessoria administrativa, pois tem como 
função obter dados, avaliar e analisar os dados e informes, produzir um conhecimento e 
nesse momento tem por finalizado seu trabalho. O conhecimento produzido será levado 
a instâncias superiores que tomará as decisões de ações ou não, a Atividade de 
Inteligência possui um ciclo, podendo ocorrer pequenas variações, próprio: 
 
 Demanda - quando o comando, isto é, o mais alto hierarquicamente quer saber 
algo; 
 Planejamento – como e quando operacionalizar a busca do saber; 
 Coleta – quando se busca informações do que se quer saber em diferentes 
instâncias; 
 
 
 
 Busca – quando as informações coletadas necessitam de confirmação ou maiores 
dados há necessidade de “ir a campo” para amealhar maiores informações; 
 Análise – quando se unem as informações coletadas pelas equipes de busca e 
equipes de busca produzindo um conhecimento; 
 Avaliação – quando as informações analisadas passam a ser agrupadas na 
formação de um conhecimento “total” do assunto; 
 Produção – quando o saber algo já foi devidamente analisado, avaliado e chega o 
momento da “construção” do conhecimento; 
 Difusão – quando se transmite ou difunde o conhecimento adquirido. 
 
 
 Deve-se esclarecer que para consecução dessas etapas a Atividade de Inteligência 
possui algumas etapas ou funções sob dois aspectos o da inteligência, propriamente 
dito, e o da contra-inteligência que constituem as operações de inteligência e a 
construção de conhecimento. 
 
 
 Considerações Finais 
 
Finalizando o módulo 1, esperamos que você tenha compreendido a importância e 
contextualização das Atividades de Inteligência no que concerne as atividades de 
segurança pública. A partir dessa ferramenta é possível produzir conhecimento a 
respeito dos ideais e intenções de grupos sociais, com quem se relacionam e quais 
intenções nas práticas delitivas. Descrevendo a ferramenta da inteligência e 
demonstrando a utilidade na segurança pública no planejamento de ações para a 
preservação da ordem pública e como ferramenta de apoio à decisão de um gestor. 
 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj3sJLIgKTPAhUGF5AKHcm4BMwQjRwIBw&url=http://abntparaque.blogspot.com/2015/09/como-redigir-as-consideracoes-finais-de.html&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNGp0M6vCWEngw22Fq2ddxXHmuKSTA&ust=14746690410978
 
 
 
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Lusíadas, Canto XVIII número 89, publicado, pela primeira vez, em 1572. 
MELLO, Celso Bandeira de. Curso de direito administrativo. 11. ed. São Paulo: Malheiros 
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Nicolson, H., Diplomacy (London, Oxford University Press, 1939; traducción al 
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H., Diplomacy (London, Oxford University Press, 1939; traducción al castellano, 
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SILVEIRA, José Luiz Gonçalves da; CRUZ, Tércia Ferreira da (Org.). Inteligência de 
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