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FANOR, Devry Brasil, PROJETO EXPERIMENTAL - ALUNA FRANCESCA DE LIMA MARTINS

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FANOR | Devry Brasil 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCESCA DE LIMA MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPANHA DE REPOSICIONAMENTO DA MARCA APATA - ASSOCIAÇÃO 
PROTETORA DOS ANIMAIS PARA TRATAMENTO E ADOÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-CE 
JUNHO/2016 
 
 
FRANCESCA DE LIMA MARTINS 
 
 
 
CAMPANHA DE REPOSICIONAMENTO PARA A ASSOCIAÇÃO PROTETORA 
DOS ANIMAIS PARA TRATAMENTO E ADOÇÃO - APATA 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto experimental apresentado ao curso 
de Comunicação Social, com habilitação em 
Publicidade e Propaganda, da Fanor | Devry 
Brasil como requisito para obtenção do título 
de bacharel. 
Orientadora: Profa. Ms. Talita Garcez 
Guimarães. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-CE 
JUNHO/2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Martins, Francesca de Lima. 
 Campanha de reposicionamento da marca 
Apata - Associação Protetora dos 
Animais para tratamento e adoção / Francesca de 
Lima Martins, 2016 
 124 f. : il. color. 
 
 Orientadora: Talita Garcez Guimarães 
 
 Projeto Experimental(Graduação) apresentado ao 
curso de Comunicação Social, com habilitação em 
Publicidade e Propaganda, da Fanor | Devry 
Brasil, Fortaleza, 2016. 
 
1. 1. ONG. 2. Animais abandonados. 3. 
Reposicionamento. 4. Propaganda. 5. APATA. I. 
Fanor | Devry Brasil. Comunicação Social. II. 
Título. 
 
 
 
 
 
FRANCESCA DE LIMA MARTINS 
 
 
 
CAMPANHA DE REPOSICIONAMENTO PARA A ASSOCIAÇÃO PROTETORA 
DOS ANIMAIS PARA TRATAMENTO E ADOÇÃO - APATA 
 
 
 
Projeto Experimental de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Comunicação 
Social, com habilitação em Publicidade e 
Propaganda, da Fanor | Devry Brasil como 
requisito para obtenção do título de bacharel, 
tendo sido aprovada pela banca 
examinadora composta pelos professores 
abaixo. 
 
Aprovada dia: 28 de junho de 2016. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________________ 
Profª. Ms. Talita Garcez Guimarães 
Orientadora - Fanor | Devry Brasil 
 
 
______________________________________ 
Profª. Ms. Cristina Gomes Freire 
1º Examinadora - Fanor | Devry Brasil 
 
 
______________________________________ 
Prof. Ms. Edmilson Forte Miranda Júnior 
2º Examinador - Fanor | Devry Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A grandeza de uma nação e seu 
progresso moral podem ser julgados pelo 
modo como seus animais são tratados” 
(Mahatma Gandhi, líder pacifista indiano). 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço a Deus, por sua graça infinita e seu amor transbordante. Agradeço 
a Ele por minha evolução espiritual, moral e intelectual. Como a bíblia cita em 
Salmos 18:32: "Ele é o Deus que me reveste de força e torna perfeito o meu 
caminho”. 
Agradeço ao meu irmão Fábio pelo apoio e aos meus pais, Luiz e Carmem, 
exemplos de dedicação e força, que muitas vezes renunciaram aos seus próprios 
sonhos para que eu pudesse realizar os meus. Papai, muito obrigada por me 
incentivar e por me ajudar na jornada de conclusão do meu curso. 
Agradeço aos meus bichos de estimação que alegram a minha casa, Ariel e 
Simba. Obrigada também aos peludinhos Zelda, Cherry, Fofinha, Teluz, Pirrôta e 
Link, que me fizeram compreender todo o amor e zelo envolvido no resgate, cuidado 
e proteção animal. 
Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes 
profissionais. Em especial aos meus amigos, Poliana Corrêa, Marília Nunes, Luciene 
Alves, Jader Oliveira, Tiago Nunes, Paulo Ricardo e Jorge Marques, que 
contribuíram de alguma forma e somaram conhecimentos comigo na conclusão 
deste trabalho. 
Agradeço à minha querida e amável orientadora, Talita Guimarães. Sou 
imensamente grata por toda paciência e compreensão, obrigada pelos 
ensinamentos transmitidos ao longo da execução deste trabalho, pelos conselhos e 
por todo carinho dedicado a mim durante este período. 
Agradeço a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha 
formação. Muito obrigada. 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho é um projeto publicitário experimental de reposicionamento da marca 
APATA - Associação Protetora dos Animais para Tratamento e Adoção. Para isso, 
foi realizado, por meio de entrevista e pesquisa bibliográfica e documental, um 
embasamento teórico para construção do cenário atual do Terceiro Setor e 
condições das ONGs de proteção animal, como também foram investigadas 
questões como a guarda responsável, bem-estar animal e zoonozes. Além do 
embasamento teórico, a fim de desenvolver uma propaganda eficiente, foi feito um 
Briefing contendo informações completas em relação ao cliente APATA; bem como 
uma entrevista não estruturada realizada com um questionário de perguntas abertas 
com Gisele Oliveira, administradora da ONG APATA e uma entrevista com o público 
alvo da organização. A partir da coleta dessas informações, foi elaborada uma 
campanha que teve como conceito o amor envolvido na adoção e/ou 
apadrinhamento de um animal carente. Foram analisados também os ambientes 
internos e externos da organização e o mercado no qual esta se encontra inserida. 
Foram definidos objetivos e traçadas estratégias que culminaram numa campanha 
publicitária de tom lúdico e emocional, cujo tema é #umamorpratodavida. O 
propósito deste projeto é possibilitar à ONG a obtenção de uma comunicação 
desenvolvida de forma voluntária, que possibilite à organização solucionar o seu 
problema de comunicação e se reposicionar no mercado como uma ONG 
organizada, de credibilidade e reconhecida por atuar em respeito à vida animal. O 
trabalho é concluído com a exposição das peças, que servem como principais 
ferramentas para divulgação da campanha. 
 
Palavras-chave: ONG; Animais Abandonados; Reposicionamento; Propaganda; 
APATA. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work is an experimental advertising project of repositioning of the brand APATA 
- Protective Association of Animals Care and Adoption. For this, it was conducted by 
interview and bibliographical and documentary research, a theoretical foundation for 
construction of the current situation of the Third Sector and conditions of animal 
protection NGOs, it were also investigated issues as responsible ownership, animal 
welfare and zoonotic infectious diseases. Besides the theoretical foundation in order 
to develop an efficient advertising, it was made a briefing with complete information 
about the customer APATA; and an unstructured interview conducted with a 
questionnaire of open questions with Gisele Oliveira, manager of APATA NGO, and 
an interview with the target audience of the organization. From the collection of the 
information, a campaign that has as concept the love involved in the adoption and/or 
sponsoring a needy animal was drafted. It was also analyzed the internal and 
external environments of the organization and the market in which it is inserted. The 
objectives were defined and outlined strategies that culminated in an advertising 
campaign with playful and emotional tone, whose subject is “a love for all life” (in 
Portuguese, #umamorpratodavida). The purpose of this project is to make possible 
the NGO to obtain a developed communication voluntarily, which allows the 
organization to solve its problem of communication and reposition itself in the market 
as an organized NGO, credible and recognized for acting in respect to animal life. 
The work is completed with the exhibition of the pieces, which serve as the main 
tools for this campaign. 
 
Keywords: NGOs; abandoned animals; repositioning; advertising; APATA. 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Proporção de animais domésticos por região. ......................................... 19 
Figura 2 – Controle de natalidade de animais (gatos) ...............................................20 
Figura 3 – Estimativa de vida dos animais domésticos ............................................. 21 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Análise dos três setores .......................................................................... 16 
Tabela 2 – Comparação do serviço e concorrência .................................................. 35 
Tabela 3 – Cargos e voluntários da APATA .............................................................. 36 
Tabela 4 – Cronograma interno da agência .............................................................. 41 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15 
1.1 ONGS .............................................................................................................. 15 
1.2 TERCEIRO SETOR E ONGS .......................................................................... 15 
1.3 GUARDA RESPONSÁVEL, BEM-ESTAR ANIMAL E ZOONOZES ................. 18 
1.4 ONGS DE PROTEÇÃO ANIMAL EM FORTALEZA ......................................... 24 
2 O CLIENTE ............................................................................................................ 27 
2.1 A ESCOLHA DO CLIENTE .............................................................................. 27 
2.2 HISTÓRICO ..................................................................................................... 27 
2.3 MISSÃO, VISÃO E VALORES DA ONG APATA ............................................. 29 
2.3.1 Missão ....................................................................................................... 29 
2.1.2 Visão ......................................................................................................... 29 
2.1.3 Valores ...................................................................................................... 29 
3 BRIEFING .............................................................................................................. 30 
3.1 SITUAÇÃO DE MERCADO ............................................................................. 30 
3.2 CONCORRÊNCIA ............................................................................................ 31 
3.2.1 Grupo VIPA ............................................................................................... 32 
3.2.2 ONG UPAC ............................................................................................... 33 
3.2.3 ONG Abrigo São Lázaro .......................................................................... 34 
3.3 DADOS DA ONG APATA ................................................................................ 36 
3.4 OBJETIVOS DE MARKETING ......................................................................... 37 
3.5 ANÁLISE SWOT .............................................................................................. 38 
3.5.1 Ambiente Interno ..................................................................................... 38 
3.5.1.1 Forças da empresa .............................................................................. 38 
3.5.1.2 Fraquezas da empresa ........................................................................ 38 
 
 
3.5.2 Ambiente Externo .................................................................................... 38 
3.5.2.1 Ameaças do mercado: ......................................................................... 38 
3.5.2.2 Oportunidades do mercado: ................................................................ 39 
3.6 POSICIONAMENTO ........................................................................................ 39 
3.7 PÚBLICO ALVO ............................................................................................... 39 
3.8 QUAL O PROBLEMA DE COMUNICAÇÃO A SER RESOLVIDO? ................. 39 
3.9 OBJETIVO DE COMUNICAÇÃO ..................................................................... 40 
3.10 TOM DA CAMPANHA .................................................................................... 40 
3.11 OBRIGATORIEDADE DE COMUNICAÇÃO .................................................. 40 
3.12 VERBA DA COMUNICAÇÃO ......................................................................... 41 
3.13 CRONOGRAMA INTERNO DA AGÊNCIA .................................................... 41 
4 PESQUISA E DIAGNÓSTICO ............................................................................... 43 
4.1 PESQUISA ....................................................................................................... 43 
4.1.1 Entrevista com a administração da ONG ............................................... 43 
4.1.2 Entrevista com público-alvo ................................................................... 47 
4.2 DIAGNÓSTICO ................................................................................................ 56 
5 DEFESA DO CONCEITO CRIATIVO .................................................................... 57 
6 CAMPANHA DE REPOSICIONAMENTO PARA A APATA .................................. 59 
6.1 PEÇAS ............................................................................................................. 59 
7 PLANO DE MÍDIA .................................................................................................. 80 
7.1 DEMONSTRATIVO GERAL DE INVESTIMENTOS ......................................... 84 
7.2 PLANO DE INSERÇÃO ................................................................................... 84 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 86 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 88 
APENDICE A ............................................................................................................ 92 
ANEXOS ................................................................................................................. 121 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O abandono de animais, principalmente de cães e gatos, nas ruas de 
Fortaleza é evidente. É impossível transitar pela capital e não vê-los vagando pelas 
ruas e avenidas, esquecidos nas esquinas e escondidos entre o lixo. Embora 
ativistas e profissionais do segmento de saúde animal batalhem por condições 
melhores para os animais, a situação ainda é critica. 
Diante da ineficácia das políticas públicas, grupos de voluntários 
independentes e organizações não governamentais tentam amenizar o sofrimento 
desses animais, promovendo eventos de adoção e a arrecadação de recursos para 
manter abrigos que cuidam destes animais em situação de desamparo. Nesse 
contexto a Associação Protetora dos Animais para Tratamento e Adoção - APATA, 
uma organização não governamental de responsabilidade social, desenvolve seu 
trabalho social de forma voluntária, resgatando, tratando e disponibilizando para 
adoção os animais carentes – como cães, gatos, jumentos e cavalos – resgatados 
pela ONG. 
O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de uma campanha de 
reposicionamento para APATA, uma vez que a mesma encontra-se sem destaque e 
distante de seu público alvo, o que se reflete na receita da organização e na 
dificuldade de encontrar adotantes e padrinhos para os animais sob a guarda da 
ONG. 
Para realizar este TCC, inicialmente foi necessário realizar uma pesquisa 
bibliográfica e documental para contextualizar ONGs e Terceiro Setor, além de 
conceituar temas que norteiam o trabalho, como: guarda responsável, bem estar 
animal e zoonoses. Neste mesmo capítulo também foi estudado o cenário atual das 
ONGs de proteção animal em Fortaleza. 
No capítulo seguinte é abordadaa justificativa do porquê da escolha do 
cliente em questão, apresentando-o, relatando seu histórico, do seu surgimento até 
o presente ano e descrevendo sua missão, visão e valores. 
No terceiro capítulo, é estudada a situação de mercado no qual o cliente 
encontra-se inserido. Sua concorrência também é observada e é realizada a 
14 
 
comparação dos serviços prestados por cada um dos concorrentes e seus 
diferenciais competitivos. No mesmo capítulo também são apresentados dados 
jurídicos do cliente, como CNPJ, endereço, voluntários e cargos ocupados. Também 
são abordadas informações como: frentes de trabalho da ONG, objetivos de 
marketing e seu posicionamento, entre outros elementos do briefing. 
No quarto capítulo são mostrados os métodos utilizados para investigar o 
cliente, como uma entrevista não estruturada realizada com um questionário de 
perguntas abertas com Gisele Oliveira, administradora da ONG APATA e uma 
entrevista com o público alvo da organização realizada no Facebook, principal 
ferramenta online utilizada pelo cliente, a fim de coletar dados a fim de conhecer os 
entrevistados e saber qual a percepção destes em relação as ONGs de proteção 
animal. 
No quinto capítulo é realizada a defesa do conceito criativo, que é alicerçado 
pelo estudo realizado anteriormente de embasamento teórico e levantamento de 
dados sobre o cliente, concorrência e mercado, além de explicar como ocorrerá a 
campanha e defender o tema desta. 
No sexto capítulo é realizada a apresentação da campanha. Também é feita a 
defesa de cada peça, explicando o posicionamento e o processo criativo, com a 
escolha do layout, e texto, e as principais características adotadas para as peças. 
No sétimo é realizada a justificativa do período de lançamento da campanha, 
o porquê da escolha deste período e a apresentação dos planos de inserção de 
cada mídia. 
No último capitulo são realizadas as considerações finais. Desta maneira, a 
partir da campanha de reposicionamento da APATA, este trabalho tem como 
objetivo estudar, compreender e expor a importância da comunicação para as 
ONGs, que é fator determinante e essencial para seus planos de atração e retenção 
de mantenedores. 
 
15 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
1.1 ONGS 
 
Para iniciarmos compreendendo o conceito de ONG, podemos aplicar a 
definição de Tachizawa (2014, p.06), a qual afirma que “Organizações Não 
Governamentais – ONGs são entidades de natureza privada (não públicas), sem fins 
lucrativos, que, juridicamente, caracterizam-se como associações ou fundações”. 
O termo ONG foi usado pela primeira vez em 1940, pela Organização das 
Nações Unidas – ONU, para designar grupos sociais que realizavam projetos 
humanitários ou de interesse público (COUTINHO, 2015). 
No Brasil, com o início do regime democrático e amparadas pelos objetivos da 
Constituição Federal de 1988 de criar uma sociedade livre, democrática e solidária, 
as fundações e constituições ganharam espaço, como explana Tachizawa: 
 
As ONGs, historicamente, começaram a existir em anos de regime militar, 
acompanhando um padrão característico da sociedade brasileira onde o 
período autoritário convive com a modernização do país e com o surgimento 
de uma nova sociedade organizada, baseada em ideários de autonomia em 
relação ao Estado, em que a sociedade civil tende a confundir-se, por si só, 
com oposição politica. As ONGs constroem-se e consolidam-se à medida que 
se cria e fortalece amplo e diversificado campo de associações civis, a partir 
sobretudo dos anos 70 – processo que caminha em progressão geométrica 
pelas décadas de 80 e 90. As ONGs fazem parte desse processo e 
representam um papel em seu desenvolvimento (TACHIZAWA, 2014, pág. 
12). 
 
Porém, o termo ONG não é definido por lei. Tachizawa (2014) diz que as 
organizações seriam como uma categoria que está sendo socialmente construída. O 
termo é usado para identificar um conjunto de entidades com características 
peculiares, reconhecidas por seus integrantes, pelo senso comum e pela opinião 
pública. 
 
1.2 TERCEIRO SETOR E ONGS 
 
A sociedade pode ser dividida em três setores: Terceiro Setor, Organizações 
Privadas e o Estado. Fernandes define o Terceiro Setor como: 
16 
 
 
[...] um composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas 
pela ênfase na participação da ação voluntária, num âmbito não 
governamental, dando continuidade às práticas tradicionais de caridade, da 
filantropia e do mecenato e expandido o seu sentimento para outros 
domínios, graças, sobretudo à incorporação da cidadania e das suas 
múltiplas manifestações na sociedade civil (FERNANDES, 1994, p.27). 
 
Para compreender o papel do Terceiro Setor é preciso determinar os limites 
entre estes três setores e perceber que estes interagem, sem necessariamente 
obedecer a uma regra. Fernandes (1994, p.21) afirma que o Terceiro Setor é “um 
conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam a produção de bens e 
serviços públicos”, conforme mostra o quadro a seguir: 
 
Tabela 1 - Análise dos três setores. 
Setor Agentes e Fins Quem atua no Setor 
Primeiro Setor Formado por agentes 
públicos para fins 
públicos. 
Estado, responsável 
pelas demandas da 
população. 
Segundo Setor Formado por agentes 
privados para fins 
privados. 
Iniciativa privada (ou 
Mercado), realiza 
atividades visando fins 
particulares, 
ou seja, o “lucro”. 
Terceiro Setor Formado por agentes 
privados para fins 
públicos. 
Formado por pessoas 
ou empresas privadas, 
mas sem fins lucrativos 
e com interesses 
voltados à população. 
Adaptação: Fernandes, 1994, p.20. 
 
O Terceiro Setor mobiliza a sociedade a desenvolver novos modos de agir e 
pensar sobre a realidade social. Por ser voltado aos interesses da população, este 
setor tem como objetivo levantar a discussão, pressionar o governo e auxiliar na 
execução dos projetos. Cardoso defende que a afirmação do Terceiro Setor 
tem o grande mérito de romper a dicotomia entre público e privado, na qual 
público era sinônimo de estatal e privado de empresarial. Estamos vendo o 
surgimento de uma esfera pública não-estatal e de iniciativas privadas com 
sentido público. Isso enriquece e complexifica a dinâmica social (CARDOSO, 
2000, p. 08). 
 
17 
 
Segundo Tachizawa (2014, p.09), “estima-se que o número de entidades que 
compõem o Terceiro Setor seja superior a 540 mil, incluindo ONGs, fundações, 
associações civis e unidades assistenciais”. Estas entidades nasceram da 
necessidade de solucionar demandas que são atendidas de forma ineficiente pelo 
Estado. Tachizawa (2014) diz que uma ONG pode ter como foco de atuação: direito 
animal e preservação do meio ambiente; defesa dos direitos de sua comunidade; 
assistência social, promoção da cultura, da educação e da saúde; entre outros. 
Para desenvolver seu trabalho, as ONGs podem captar recursos de diversas 
formas: através de financiamento dos governos, patrocínios de empresas privadas, 
venda de produtos e das doações realizadas pela população. Tachizawa (2014, p. 
06) afirma que parcerias e alianças entre diversos segmentos sociais são firmadas 
para realizar a captação de recursos no mercado, viabilizando a execução das 
atividades sociais destas entidades. 
Ao longo dos anos, tornou-se tão complexa multiplicidade de campos 
atendidos pelas ONGs brasileiras, que até mesmo o Estado, em seu papel 
fundamental, passa despercebido em alguns de seus setores de atuação. 
Fernandes (1994, p. 23) reforça este argumento quando diz que “presume-se que as 
organizações devam prestar serviços coletivos que não passam pelo exercício do 
poder do Estado”. 
O papel destas ONGs no Brasil tornou-se fundamental para o equilíbrio da 
dinâmica social, pois através de seus trabalhos desenvolvidos, estas interferem 
diretamente na sociedade. Costa e Conceição afirmam que 
 
As organizações da sociedade civil possuem diversas finalidades, que, em 
seu conjunto, contribuempara aumentar a capacidade da sociedade de 
exercer a sua cidadania e desenvolver-se de forma sustentável; representam, 
portanto, a capacidade de organização da sociedade civil e de intervenção 
ativa das comunidades na realidade em que vivem (COSTA E CONCEIÇÃO, 
2012, P.19). 
 
Segundo dados do livro do IBGE: 
Existiam oficialmente no Brasil, em 2010, 290,7 mil Fundações Privadas e 
Associações sem Fins Lucrativos - Fasfil. Sua importância é revelada pelo 
fato de este grupo de instituições representar mais da metade (52,2%) do 
total de 556,8 mil entidades sem fins lucrativos e uma parcela significativa 
(5,2%) do total de 5,6 milhões de entidades públicas e privadas, lucrativas e 
18 
 
não lucrativas, que compunham o Cadastro Central de Empresas - Cempre, 
do IBGE neste mesmo ano (IBGE, 2012, pág.26). 
Informações do site IBGE afirmam que o Ceará já abrigava 20.579 Fundações 
Privadas e Associações sem Fins Lucrativos, sendo que apenas 61 unidades tinham 
como causa o meio ambiente e proteção animal (IBGE, 2010a). O site do IBGE 
também informa que no ano de 2010 Fortaleza possuía 24 unidades voltadas ao 
meio ambiente e à proteção animal (IBGE, 2010b). 
Em síntese, entende-se como papel das ONGs no Brasil e no mundo: 
protestar, buscar o equilíbrio da sociedade, apresentar propostas, pressionar o 
governo e até unir-se a ele na execução de projetos. Como mediadoras das políticas 
públicas, as ONGs são uma forte ferramenta para a mobilização social e 
manutenção da democracia, uma vez que estas erguem a bandeira das minorias e 
lutam pelos direitos destas. 
 
1.3 GUARDA RESPONSÁVEL, BEM-ESTAR ANIMAL E ZOONOZES 
 
O G1 noticiou que a Pesquisa Nacional de Saúde - PNS 2013, realizada pelo 
IBGE estimou a população de cachorros em domicílios brasileiros em 52,2 milhões e 
a presença de gatos em domicílios brasileiros foi estimada em 22,1 milhões. Os 
dados confirmam que no Brasil existem mais animais de estimação do que crianças, 
pois de acordo com outra pesquisa do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios – PNAD, em 2013, havia 44,9 milhões de crianças de até 14 anos. (G1, 
2015). 
Também foi publicado pelo portal Agência de Notícias de Direitos Animais – 
ANDA, que os dados da Organização Mundial de Saúde – OMS apontam que em 
países pobres e emergentes como o Brasil, a proporção é de 15 filhotes de cães e 
45 de gatos para cada bebê nascido (ANDA, 2015). No gráfico a seguir podemos 
observar a proporção de domicílios com animais domésticos nas grandes regiões do 
Brasil: 
19 
 
Figura 1 - Proporção de animais domésticos por região. 
 
Reprodução: Folha de São Paulo – F5. Matéria: Brasileiros têm mais cachorros que crianças, segundo 
pesquisa do IBGE. Publicação de 02/06/2015. 
Na pesquisa acima foi quantificado o número de animais que tem moradia, mas a 
situação dos animais abandonados nas ruas do Brasil representa hoje um problema de 
saúde pública. Animais domésticos, como cães e gatos, sem abrigo, sujos, debilitados e 
famintos, acabam por reproduzir-se indiscriminadamente e transformam-se em vetores 
de zoonoses1. Em 2015, Fortaleza e Região Metropolitana de Fortaleza – RMF 
contabilizaram 35 mil animais abandonados, desse total, segundo o Centro de 
Zoonoses, 30 mil estão na Capital, sendo 23 mil caninos e 7 mil felinos (DN, 2015a). 
Segundo matéria do jornal O Estado, estima-se que de dez animais abandonados, 
oito já tiveram um lar. (O Estado, 2013). 
De acordo com os militantes da causa animal em Fortaleza, a esterilização 
(conhecida popularmente como castração) ainda é a medida mais eficaz para 
controlar essa situação de abandono, uma vez que a esterilização evita as crias 
indesejadas, além de ser a única medida definitiva no controle da procriação sem 
 
1
 Zoonoses: segundo o dicionário digital Aulete, zoonoses são doenças transmissíveis aos seres 
humanos pelos animais. 
 
20 
 
contraindicações. Para que a população tenha ciência da importância do controle de 
natalidade dos animais, o movimento SOS Gatos de Fortaleza2 em parceria 
Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF distribuiu a cartilha “Eu Tenho Atitude” 
(2013) que instrui a guarda responsável de animais, abordando também a 
importância da esterilização. Levando em consideração que a região Nordeste tem o 
maior número de gatos do país, com mais de 7.380 milhões desses animais, a 
cartilha dá a seguinte informação sobre a natalidade descontrolada dos felinos: 
 
Figura 2 – Controle de natalidade de animais (gatos). 
 
Reprodução da parcial da pág. 06 da cartilha “Eu Tenho Atitude” (2013), produzida pelo movimento 
SOS Gatos de Fortaleza em parceria com a PMF. 
O abandono de animais, além de ser uma grave violação dos direitos animais, 
aumenta o risco de zoonoses e facilita a ocorrência de abusos e maus tratos, 
principalmente entre as classes sociais menos favorecidas, que carecem de instrução e 
conscientização. Para diminuir os casos de abandono e suas consequências se faz 
 
2
 SOS Gatos de Fortaleza: https://www.facebook.com/sosgatosdefortaleza/ 
21 
 
necessário a conscientização do que é a guarda responsável, bem-estar animal e 
profilaxia a zoonoses. Vale ressaltar que a Lei de Crimes Ambientais, de nº 9.605/1998, 
adverte que ferir, mutilar, cometer atos de abuso e maus-tratos aos animais pode 
acarretar em detenção de três meses a um ano, além de multa (LEI Nº 9.605, DE 12 DE 
FEVEREIRO DE 1998). 
Segundo Gisele Oliveira3, administradora da Associação Protetora dos Animais 
para Tratamento e Adoção - APATA, a guarda responsável e o bem-estar animal 
abordam os cuidados para com a criação, a guarda, entre outros. Dentre suas 
recomendações, estão: 
 Pensar bem antes de adquirir ou adotar, considerando o tempo de vida estimado 
do animal (cães podem viver em média entre 13 a 18 anos; gatos podem viver 
em média 20 anos), como mostra o quadro abaixo: 
 
Figura 3 – Estimativa de vida dos animais domésticos. 
 
 
Reprodução: Folha de São Paulo. Matéria: Expectativa de vida de cães e gatos dobrou nos últimos 30 anos. Jornalista: 
Vanessa Correa. Publicação de 06/07/2014. 
 
3
 Entrevista realizada em 25/05/2015, com Gisele Oliveira, administradora da ONG APATA. O 
conteúdo da entrevista encontra-se na íntegra no quarto capítulo, Pesquisa e Diagnóstico. 
22 
 
 Ao comprar ou adotar, o proprietário é responsável por fornecer assistência 
veterinária e condições adequadas de alojamento, alimentação, higiene e bem-
estar ao animal; 
 O animal deve ser vacinado contra a raiva e viroses anualmente; 
 Manter o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Nos passeios os 
animais devem utilizar guia e coleira adequadas, pessoa que conduz deve 
recolher as fezes do animal; 
 É crime maltratar o animal ou submetê-lo a qualquer atividade que possa 
machucá-lo, bem como abandoná-lo; 
 Dar atenção e carinho, além de respeitar suas características físicas e 
comportamentais; 
 Não descartar o animal quando este chegar à terceira idade; 
 Esterilizar (castrar) o animal. Pois, além de o animal ficar mais dócil, a 
esterilização evita: 
 O constrangimento de cães "agarrando" em pernas ou braços de 
visitas; 
 A marcação do território com urina; 
 Em machos, reduz a frustração sexual e a necessidade de sair em 
busca de “namoradas”. Ao mesmo tempo, isso diminui o risco de 
fugas, atropelamentos e brigas com outros machos; 
 Tumores testiculares nos machos e o risco de câncer de mama nas 
fêmeas; 
 Evita o aumento do número de animais abandonados na rua; 
 Em animais que tiveram o diagnóstico de doenças geneticamente 
transmissíveis, evita a sua perpetuação. 
O bem-estar animal também se direciona aos animais de produção4, zelando por 
estes desde o seu nascimento até o seu abate humanitário5.Este cuidado está ligado às 
condições de manejo, instalações e alimentação dos animais, respeitando a integridade 
física e psicológica destes e abolindo métodos que causem sofrimento desnecessário. 
 
4
 Animais de produção: animais destinados ao consumo humano e que fornecem ovos e laticínios, 
tais como: galinhas, porcos, vacas, gansos e vitelas. 
5
 Abate humanitário: segundo a Instrução Normativa Nº 3, de 17 de Janeiro de 2000, do Ministério da 
Agricultura Pecuária e Abastecimento, o abate humanitário é definido como o conjunto de diretrizes 
técnicas e científicas que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de 
sangria. 
23 
 
Segundo o site da World Animal Protection, indústrias agropecuárias que adotam 
modelos humanitários de criação beneficiam os animais, as pessoas e o meio ambiente: 
A criação humanitária de animais pode demandar um consumo menor de 
alimentos, de água e de combustíveis em comparação com métodos 
mais intensivos de criação. Isso propicia a redução de custos e do 
impacto ambiental; As fazendas que adotam modelos humanitários de 
criação geram empregos, alavancam lucros e fornecem alimentos mais 
saudáveis; A adoção de padrões humanitários de produção agrícola e de 
criação animal diminui os danos ao meio ambiente ao possibilitar a 
reciclagem de nutrientes e a melhorar o solo; As emissões de gases do 
efeito estufa são igualmente reduzidas quando os animais estão mais 
saudáveis e dispõem de melhores condições de bem-estar (WORLD 
ANIMAL PROTECTION, 2015). 
Zoonoses são doenças que podem ser transmitidas ao homem ou aos animais 
através do contato direto ou indireto com animais ou pessoas contaminadas. Conforme 
divulgado no manual do Programa de Zoonoses – Região Sul (2009, p. 05), “dados da 
Organização Mundial da Saúde, 60% dos patógenos humanos são zoonóticos, 75% das 
enfermidades emergentes humanas são de origem animal”. Dentre as zoonoses mais 
comuns em Fortaleza, podemos destacar: calazar (leishmaniose canina) e a raiva. O 
CCZ da capital cearense oferece à população o teste de calazar para cães e vacina 
antirrábica para cães e gatos. 
Para evitar essas doenças, medidas simples podem ser tomadas: lavar as mãos 
após o contato com o animal, manter as vacinas deste em dia e levá-lo periodicamente 
ao veterinário, não ingerir carne mal passada e verduras mal lavada, realizar a limpeza 
dos terrenos baldios, evitar acúmulo de lixo, uso de inseticidas no ambiente e repelente 
nos animais domésticos. 
Segundo a ARCA Brasil, em 1996 na cidade de São Paulo, “o controle à 
superpopulação de cães e gatos consistia basicamente em seu recolhimento e posterior 
eutanásia” (ARCA Brasil, 2014). Infelizmente esse método de controle à superpopulação 
e de zoonoses não se restringia somente à capital de São Paulo, mas a todos os 
Centros de Controle de Zoonoses - CCZ do Brasil. Porém, com o surgimento do Direito 
Animal e a mudança nos hábitos da sociedade, onde os animais de companhia 
passaram a ser considerados membros da família e seus tutores têm maior consciência 
quanto à prática da guarda responsável, a população passou a exigir do Estado 
garantias de que os animais recebam tratamento eticamente aceitável. As ONGs 
participam desse cenário militando pelos direitos dos animais e mobilizando a sociedade 
em busca de apoio à causa animal. 
24 
 
1.4 ONGS DE PROTEÇÃO ANIMAL EM FORTALEZA 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reconhece que os 
animais são seres dotados de sensibilidade e que é dever da sociedade e do poder 
público respeitar a vida, a liberdade corporal e a integridade física dos animais, além 
de proibir expressamente as práticas que coloquem em risco a função ecológica, 
provoque a extinção ou submetam à crueldade qualquer animal. No capítulo VI, que 
dispõe sobre o meio ambiente, a Constituição diz: 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras 
gerações. (ART. 225, DA CF/1988). 
Porém, mesmo a Constituição Federal incumbindo ao poder público de 
proteger os animais de qualquer ato de crueldade, hoje a unidade central do CCZ da 
capital cearense, Fortaleza, encontra-se superlotada e sem estrutura física para 
prestar atendimento adequado e abrigar os animais que vagam pelas ruas. 
Denunciado pelo jornal O Povo, o CCZ foi acusado de adulterar laudos de exames 
realizados no local e de praticar a de eutanásia de animais com crueldade (O POVO, 
2015). 
Além da unidade central, o CCZ conta com dez postos de atendimento 
veterinário localizados nas seis regionais da cidade, além de dois postos que 
realizam plantões nos fins de semana nas Regionais II e IV. Segundo informações 
disponibilizadas no site da Prefeitura Municipal de Fortaleza, doravante nominada 
PMF, estes postos oferecem atendimento público e gratuito, podendo registrar 
denúncias de maus tratos contra animais, prestando orientações à população sobre 
zoonoses e realizando vacinação em cães e gatos (PMF, 2015). Em entrevista6, 
Gisele Oliveira, administradora da ONG APATA, relatou o descontentamento quanto 
aos serviços prestados, tanto pela estrutura precária, como pela falta qualidade do 
atendimento e de equipamentos veterinários. 
Diante deste cenário caótico, as ONGs e associações protetoras de animais 
buscam mudanças através de ações sociais como a realização de mutirões de 
 
6
 Entrevista realizada em 25/05/2015, com Gisele Oliveira, administradora da ONG APATA. O 
conteúdo da entrevista encontra-se na íntegra no quarto capítulo, Pesquisa e Diagnostico. 
25 
 
esterilização onde a população é convidada a operar seu cão ou gato a baixo custo. 
Os valores cobrados nos mutirões chegam a ser 80% mais baixos que os praticados 
em clínicas particulares, facilitando o acesso da população carente e dos protetores 
independentes, que aproveitam a oportunidade para esterilizar animais de rua que 
estejam sob a sua guarda, contribuindo para o controle de natalidade de animais 
abandonados. 
O grupo Castração - Mais Animais Castrados e Menos Filhotes Abandonados, 
fundado em 03 de setembro de 2014, promove regularmente mutirões em Fortaleza 
e no interior do estado, castrando em média 100 animais por evento. Além deste 
grupo, instituições como a ONG APATA, Grupo VIPA - Voluntários Independentes 
de Proteção Animal, grupo PAS - Proteção Animal da Sapiranga, Projeto Face Pet 
Associados, ONG GPA - Grupo De Proteção Animal, ONG Upac - União Protetora 
dos Animais Carentes, Grupo Voluntários Vakinha e UIPA - União Internacional 
Protetora dos animais realizam mensalmente castrações de animais carentes com 
os recursos de doações que arrecadam, além de divulgar a importância da 
esterilização e os preceitos da guarda responsável. 
Das ações promovidas pelas instituições de proteção animal podemos 
destacar também a realização da Marcha da Defesa Animal em Fortaleza, um 
evento onde as ONGs, associações, grupos, ativistas e protetores reivindicam, 
principalmente, respeito ao direito animal, a criação de hospitais veterinários 
públicos e mais rigor nas penas em casos de crimes contra animais. As primeiras 
manifestações da Marcha da Defesa Animal em Fortaleza foram organizadas pela 
ONG APATA. Vale ressaltar que a Marcha da Defesa Animal é um evento nacional, 
sem data definida, que ocorre simultaneamente em mais de 48 cidades brasileiras, 
estando entre elas entre elas Fortaleza-CE, Rio Branco-AC, Santos-SP, Belém-PA, 
Foz do Iguaçu-PR, Goiânia-GO, Manaus-AM, Natal-RN, Rio de Janeiro-RJ e São 
Paulo-SP. 
Também são realizadas feiras de adoção em parceria com empresas, como 
supermercados e shoppings. Estas feiras oferecem para adoção animais queforam 
encontrados em situação de risco e sofrimento. Só são considerados aptos a serem 
ofertados para adoção os animais que receberam tratamento veterinário e estão 
sadios. No caso de adultos, quando possível, estes já são entregues castrados. Os 
26 
 
interessados na adoção devem portar RG, CPF e comprovante de residência, os 
pretendentes são submetidos a uma entrevista e avaliação de perfil. O objetivo desta 
avaliação é evitar adoções irresponsáveis. O ideal é que a adoção seja sempre 
definitiva e segura. 
Também são promovidos encontros de protetores independentes e de 
algumas instituições para coletar reivindicações e debater as políticas públicas de 
bem-estar animal. Além de se encontrarem, algumas ONGs travam negociações 
com a prefeitura do município e realizam audiências na Assembleia Legislativa do 
Estado do Ceará em busca de soluções para a situação emergencial dos animais 
em situação de rua em Fortaleza. Uma solicitação que poderia ser destacada seria a 
disponibilização de vacinas e castrações gratuitas. 
Não só os recursos escassos atrapalham as ações das organizações em 
Fortaleza, mas também a falta de consciência de sua própria condição: as 
instituições muitas vezes não se percebem como um conjunto coeso, o que acaba 
por atrapalhar o desenvolvimento de ações que poderiam ser realizadas em 
parceria, como, por exemplo, juntos pressionar a gestão do município pelo 
cumprimento das leis de proteção animal. A obtenção dessa consciência e a aliança 
destas instituições fazem-se fundamental para que suas ações sociais tenham força 
e notoriedade, permitindo que, consequentemente, a luta pelo direito animal 
conquiste mais adeptos. A aliança das ONGs só iria trazer benefícios à população, 
pois através destas organizações, o povo encontra meios para transformar sua 
realidade, exercitar sua cidadania e trabalhar pelo equilíbrio da sociedade. 
 
27 
 
2 O CLIENTE 
 
2.1 A ESCOLHA DO CLIENTE 
 
A escolha da Associação Protetora dos Animais para Tratamento e Adoção – 
APATA foi feita a partir da possibilidade de realizar uma campanha que beneficiasse 
a ONG e ao povo fortalezense, uma vez que a superpopulação de animais nas ruas 
tornou-se um problema de saúde pública e ambiental e a própria constituição 
brasileira prevê a proteção desses seres. Outro motivo para escolha do cliente foi 
que, ao contrário da maioria das ONGs e grupos atuantes em Fortaleza, a APATA 
assiste a todos os animais e não apenas os domésticos, como gatos e cachorros. 
Também tem como diferencial o trabalho educativo, promovendo palestras 
que abordam temas como: posse responsável, proteção animal, benefícios da 
castração etc. Portanto, a escolha do cliente se dá pela possibilidade de melhorias 
na sociedade e fortalecimento de uma ONG competente e confiável. 
 
2.2 HISTÓRICO 
 
Segundo informações cedidas pela própria ONG, a Associação Protetora dos 
Animais para Tratamento e Adoção - APATA é organização não governamental de 
responsabilidade social. A associação trabalha voluntariamente pela causa animal, 
resgatando, tratando e doando animais de rua. Seu trabalho é restrito ao município 
de Fortaleza, no Estado do Ceará. 
 
Criada com a missão de promover a manutenção do bem-estar animal e 
ambiental, possuindo objetivos filantrópicos e atuando sem fins lucrativos, a ONG 
acredita que os dois pilares para a mudança sejam: a educação da população e a 
castração dos animais. Segundo a ONG, em 2014, através da APATA foram 
castradas 66 cadelas, 15 cães, 449 gatas fêmeas, 175 gatos machos, um total de 
705 animais castrados. Até o fechamento deste trabalho a ONG não possuía os 
números referentes ao ano de 2015. 
 
28 
 
Em fevereiro de 2016, a ONG mantinha em lares temporários (LT) de 
voluntários cerca de 250 animais. Hoje a ONG não recolhe mais animais, pois não 
possui abrigo nem sede oficial. A APATA não possui funcionários, todo o trabalho é 
realizado por voluntários que dedicam parte do seu tempo para o serviço da ONG. 
 
A APATA possui como diferencial a assistência a todos os animais e não 
apenas os domésticos, ao contrário da maioria das ONGs e grupos de proteção 
animal atuantes em Fortaleza. Outro diferencial é a promoção de palestras 
educativas que abordam temas como: posse responsável, proteção animal, 
benefícios da castração, higiene e saúde animal, como agem as doenças 
transmitidas por animais etc. As ações promovidas pela instituição são: 
 Castração a baixo custo de animais pertencentes a famílias com baixa 
renda; 
 Oferta de apadrinhamento de animais que estejam sob a proteção da 
ONG; 
 Incentivo de adoção e intermediações de adoções; 
 Orientação sobre como efetivar denúncias, resgates etc.; 
 Eventos para arrecadação de materiais, recursos financeiros etc.; 
Quanto à presença online, a APATA possui um blog7 de endereço 
www.apatace.blogspot.com.br, e um perfil no Facebook8 de endereço 
www.facebook.com/apata.ceara, para divulgar eventos, fotos e dados dos animais 
que estão para adoção, realizar pedidos de doação de medicação, ração ou valores 
para consulta de animais enfermos resgatados pelos voluntários da ONG ou por 
protetores independentes. 
A APATA é mantida através de doações e do lucro dos bazares de roupas e 
utilidades que realiza mensalmente. Toda a renda arrecadada é destinada ao 
atendimento dos animais de rua. Em busca de tornar mais prático o recebimento de 
doações, além da forma de doação tradicional (em espécie ou opção de depósito em 
conta corrente), a organização dispõe de uma conta no PagSeguro UOL9, onde as 
 
7
 Blog: a palavra é uma abreviação de weblog, qualquer registro frequente de informações pode ser 
considerado um blog. 
8
 Facebook: um site de rede social. Endereço: https://www.facebook.com/ 
9
 PagSeguro UOL: é um sistema de pagamento de compras online. Endereço: 
https://pagseguro.uol.com.br/ 
http://www.apatace.blogspot.com.br/
http://www.facebook.com/apata.ceara
29 
 
doações podem ser feitas com cartão de crédito, débito ou através de boleto 
bancário. 
 
 
2.3 MISSÃO, VISÃO E VALORES DA ONG APATA 
 
De acordo com informações, obtidas junto a Gisele Oliveira, administradora 
da APATA, são missão, visão e valores da ONG: 
 
2.3.1 Missão 
 
“Exercer a manutenção do bem-estar animal e ambiental, com o intuito de 
obter um ambiente equilibrado para homens e animais”. 
 
2.1.2 Visão 
 
“Tornar-se, em Fortaleza, uma ONG com forte credibilidade, auxiliando no 
resgate, tratamento, esterilização e adoção de animais desamparados; valorização 
da vida animal por meio da educação humanitária”. 
2.1.3 Valores 
 
“Proteção, amor, educação, transparência, responsabilidade social e respeito 
a todas as espécies”. 
 
30 
 
3 BRIEFING 
 
Segundo Sant’Anna (1989, p.109), “chama-se briefing todas as informações 
preliminares que contém as instruções que o cliente fornece à agência para orientar 
os seus trabalhos.” 
Para o desenvolvimento deste capítulo, foi adotado como referência o Modelo 
Básico de Briefing, do livro Atendimento na Agência de Comunicação, do autor 
Roberto Corrêa. Durante esta etapa foi feito o levantamento de dados e informações 
junto ao cliente, entendendo que o briefing “deve conter as informações a respeito 
do produto, do mercado, do consumidor, da empresa e os objetivos do cliente.” 
(S'ANTANNA, 1989, P.109). 
 
3.1 SITUAÇÃO DE MERCADO 
 
A APATA é Organização Não-Governamental de responsabilidade social 
pertencente ao Terceiro Setor. A organização está inserida em um mercado com 
possibilidade de crescimento, uma vez que seus serviços estão relacionados às 
políticas públicas que são oferecidas de forma ineficiente pelo Estado. De modo 
geral, diante do caos político, a tendência é que as ONGs ocupem de maneira 
crescente o espaço entre o Estado e a sociedade, oferecendo a assistência da qual 
a população necessita.A cada dia surgem mais ONGs, projetos e até mesmo leis em cidades 
brasileiras que favorecem o bem-estar animal. De acordo com o Diário do Nordeste, 
nos últimos anos houve uma mudança no comportamento do brasileiro em relação 
aos seus animais de estimação e em 2015, os bichos de estimação no Brasil 
passavam de mais de 132,4 milhões (DN, 2015b). 
Segundo uma reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes 
Negócios, um mercado a ser explorado no ano de 2015 pelo empreendedorismo 
seria o mercado de pets10, cujas projeções para o nicho são de um crescimento 
médio de 8% ao ano até 2016 (PEGN, 2015). A adoção de animais faz com que as 
 
10
 Pet: animal de estimação. 
31 
 
pessoas compreendam a necessidade da proteção animal, como também faz com 
que o mercado para animais de estimação cresça e aumente a demanda de 
serviços, como comida, produtos veterinários, acessórios e até determinados 
serviços, como beleza para os bichos. Foi constatado durante a pesquisa deste 
trabalho que adotantes de animais carentes são mais propensos a atender ao apelo 
de auxílio das ONGs e a rejeitar a opção de comprar um novo pet. 
Mais dados sobre a situação de mercado estão contidas no primeiro capítulo, 
o Referencial Teórico, deste projeto experimental. 
 
3.2 CONCORRÊNCIA 
 
Apesar de militar por objetivos semelhantes, as ONGs de proteção animal de 
Fortaleza buscam diferencial para se destacar no mercado e fidelizar voluntários e 
mantenedores. Durante a pesquisa deste trabalho foram identificadas as seguintes 
ONGs, grupos e projetos: 
 Grupo GAFF - Grupo de Apoio aos Felinos de Fortaleza; 
 Grupo Gateiras de Fortaleza; 
 Grupo Novelo de Lã; 
 Grupo PAS - Proteção Animal da Sapiranga; 
 Grupo Turma Do Manda Chuva; 
 Grupo Vipa - Voluntários Independentes de Proteção Animal; 
 Grupo Voluntários Vakinha; 
 ONG Abrigo da Estela; 
 ONG Abrigo Nosso Lar; 
 ONG Abrigo São Lázaro; 
 ONG GABA - Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal. 
 ONG GPA - Grupo De Proteção Animal; 
 ONG Lar TinTin; 
 ONG UIPA - União Internacional Protetora dos animais; 
 ONG Upac - União Protetora dos Animais Carentes; 
 ONG Viva Bicho; 
32 
 
 Projeto Campanha de Castração - Mais animais castrados e menos filhotes 
abandonados 
 Projeto Face Pet Associados; 
 Projeto Todo Bicho; 
 SOS Gatos de Fortaleza; 
 SPA-CE - Sociedade Protetora Ambiental no Estado do Ceará. 
 
Acreditamos que existam outros grupos, porém estes são os únicos cuja 
veracidade pode ser confirmada. Quanto à atuação, algumas ONGs e projetos têm 
como foco a esterilização; a defesa das questões jurídicas; a denúncia de maus 
tratos; e as algumas atendem somente a uma espécie de animal, são exemplos: 
 Esterilização: Projeto Campanha de Castração e o Projeto Face Pet 
Associados; 
 Questões jurídicas: ONG Viva Bicho e a ONG UIPA; 
 A denúncia de maus tratos: SPA-CE; 
 Atendem somente a uma espécie de animal: Grupo Novelo de Lã (somente 
felinos). 
Para a escolha da concorrência direta APATA, consideramos alguns quesitos 
como: exercer a proteção animal, ser formada por voluntários, depender da doação 
de terceiros, estar entre as três primeiras instituições11 mais lembradas pelo 
consumidor e não atender somente um tipo de animal. 
 
3.2.1 Grupo VIPA 
 
Fundado em março de 2012, o VIPA é um grupo sem fins lucrativos, 
resultante da união de voluntários independentes que ajudam financeiramente 
animais necessitados, sejam eles de rua ou de pessoas carentes. 
 Para tornar-se membro do grupo, os interessados pagam uma mensalidade 
de R$15,00. O membro tem direito a solicitar o auxílio financeiro do grupo para 
 
11
 Essa informação foi baseada nos dados coletados na entrevista online realizada com o público-
alvo. Dados disponíveis na pág.38 deste trabalho. 
33 
 
tratamento de algum animal necessitado, tendo como limite duas solicitações por 
mês. Estas solicitações são postas para votação e os casos mais votados são 
atendidos. Antes de a solicitação ser liberada para votação, a assessoria do grupo 
avalia o caso, levando em consideração o fundo de caixa da ONG e a urgência do 
caso. Porém, existem solicitações que podem ser atendidas sem votação, como 
casos onde existe o risco iminente de morte. Vale salientar que permanecem no 
grupo somente os membros ativos. 
O grupo também desenvolve um projeto de castração. Cada membro ativo 
tem direito a cadastrar um animal por mês, que entrará em votação. Caso ganhe, 
terá a castração liberada. Transporte, hemograma e pós-operatório são por conta do 
membro responsável pelo animal. 
O VIPA realiza eventos de adoção de cães e gatos, e busca a 
conscientização da população sobre o direito animal. As ações do grupo são 
restritas à capital cearense. 
Quanto à presença online, o VIPA possui: 
 Site de endereço www.grupovipa.com.br; 
 Perfil no Facebook de endereço www.facebook.com/GrupoVipa; 
 Grupo fechado no Facebook formado por mensalistas de endereço 
www.facebook.com/groups/vipa.ce; 
 Perfil no Instragram de endereço @grupovipa e um canal no Youtube 
sem uso. 
 
3.2.2 ONG UPAC 
 
A União Protetora dos Animais Carentes – UPAC atua em Fortaleza desde 
2006. De perfil similar ao da APATA, a organização é uma associação civil, de 
direito privado, de caráter sócio-ambientalista, sem fins lucrativos que tem por 
princípios: estimular controle de natalidade de animais, a adoção de animais 
carentes, o equilíbrio ambiental e combater o abandono de animais na capital do 
Ceará, Fortaleza. 
http://www.grupovipa.com.br/
http://www.facebook.com/GrupoVipa
http://www.facebook.com/groups/vipa.ce
34 
 
A UPAC estipula que mais de 300 animais sejam atendidos pela ONG todo 
ano, seja através de esterilizações a baixo custo, tratamentos veterinários e 
adoções. Todos os serviços prestados a esses animais abandonados são custeados 
pelas doações recebidas, bem como todo trabalho desenvolvido é voluntário. 
Quanto à presença online, a UPAC possui: 
 Blog de endereço upacfortaleza.wordpress.com; 
 Perfil no Facebook de endereço www.facebook.com/ongupac; 
 Perfil no Instragram de endereço @upacfortaleza; 
 Canal no Youtube de endereço www.youtube.com/upacfortaleza. 
 
3.2.3 ONG Abrigo São Lázaro 
 
Atuante desde 1993, o Abrigo São Lázaro é uma ONG sem fins lucrativos e 
que não recebe suporte de organizações públicas ou privadas. Apesar de possuir 
abrigo, a organização não realiza mais resgates, pois o abrigo encontra-se 
superlotado e a instituição só consegue efetuar novos resgates em conformidade 
com o número de adoções. 
Para casos de abandono ou de animais que se encontrem enfermos, a ONG 
só oferece orientação de como proceder e, se for o caso, indica clínicas que 
atendam a baixo custo. Essa falta de mobilidade se dá pelo alto custo da 
manutenção dos animais que estão abrigados na ONG. O abrigo da ONG tem como 
missão executar duas tarefas: ser um refúgio seguro para os animais que dele 
precisam; funcionar como local de passagem, buscando a adoção definitiva desses 
animais. 
Em busca de obter recursos para terminar as reformas no abrigo e construir 
um ambulatório, a ONG firmou parcerias com sites de compras coletivas, como o 
Barato Coletivo12 e o Peixe Urbano13, para facilitar o recebimento de doações. O 
 
12
 Barato Coletivo: site de compras coletivas que funciona como um comércio virtual de ofertas, 
endereço: http://www.baratocoletivo.com.br/ 
13
 Peixe Urbano: site de compras coletivas que funciona como um comércio virtual de ofertas, 
endereço: https://www.peixeurbano.com.br/ 
https://www.facebook.com/ongupac
35 
 
cupom custa entre R$ 5,00 e R$15,00 e a compra é integralmente direcionada para 
a ONG. Em todos os sites a oferta tem tempo limitado, durando cerca de um mês.Quanto à presença online, o Abrigo São Lázaro possui: 
 Site de endereço www.abrigosaolazaro.com.br; 
 Perfil no Facebook de endereço www.facebook.com/saolazaro; 
 Perfil no Instragram de endereço @abrigosaolazaro; 
 Canal no Youtube sem uso. 
 
Tabela 2 – Comparação do serviço e concorrência. 
 APATA UPAC Grupo VIPA Abrigo São 
Lázaro 
BENEFÍCIOS Oferece 
castração a 
baixo custo, 
ações e 
palestras 
educativas. 
Resgata, trata 
e disponibiliza 
animais para 
adoção. 
 
Oferece 
castração a 
baixo custo, 
ações 
educativas. 
Resgata, trata 
e disponibiliza 
animais para 
adoção. 
Oferece 
castração a 
baixo custo, 
ações 
educativas, 
auxilio a 
animais 
carentes, 
promoção de 
eventos de 
adoção. 
 
Possui abrigo 
próprio. 
Resgata, trata 
e disponibiliza 
animais para 
adoção. 
BENEFICIADOS Todos os tipos 
de animais 
carentes e 
vítimas de 
abandono e 
maus-tratos. 
Todos os tipos 
de animais 
carentes e 
vítimas de 
abandono e 
maus-tratos. 
Todos os tipos 
de animais 
carentes que 
estejam sob a 
guarda dos 
membros ou 
animais 
resgatados por 
protetores 
independentes. 
Cães e gatos 
carentes e 
vítimas de 
abandono e 
maus-tratos. 
FORMAS DE 
ARRECADAÇÃO 
Financeira: 
dinheiro, via 
depósito e 
pelo Pag 
Seguro. 
Doações de 
ração, 
medicamentos 
e material de 
limpeza. 
Financeira: 
dinheiro, via 
depósito. 
Doações de 
ração e 
medicamentos. 
Mensalidade 
no valor de 
R$15,00. 
Financeira: 
dinheiro, via 
depósito e 
através de site 
de compras 
coletivas. 
Doações de 
ração, 
medicamentos 
e material de 
limpeza. 
http://www.abrigosaolazaro.com.br/
http://www.facebook.com/saolazaro
36 
 
FORMAS DE 
CONTATO 
Internet. 
Eventos de 
adoção. 
Participação 
em mutirões 
de castração. 
 
Internet. 
Eventos de 
adoção. 
Participação 
em mutirões 
de castração. 
 
Internet. 
Eventos de 
adoção. 
Participação 
em mutirões 
de castração. 
 
Internet. 
Eventos de 
adoção. 
Para visitar o 
abrigo, ou 
adotar um 
animal é 
necessário 
agendar dia e 
horário por 
telefone. 
MÍDIAS (MEIOS) Online, 
release em 
jornais, 
cartazes em 
pet shops. 
Online, release 
em jornais, 
cartazes em 
pet shops. 
Online, release 
em jornais, 
cartazes em 
pet shops. 
Online, 
release em 
jornais, 
cartazes em 
pet shops. 
MÍDIAS 
(CONTEÚDO) 
Conteúdo 
online: 
criatividade 
baixa, 
frequência 
alta. 
Só são feitos 
releases e 
distribuídos 
cartazes 
quando há 
participação 
em eventos. 
Conteúdo 
online: 
criatividade 
razoável, 
frequência 
alta. 
Só são feitos 
releases e 
distribuídos 
cartazes 
quando há 
participação 
em eventos. 
Conteúdo 
online: 
criatividade 
razoável, 
frequência alta. 
Só são feitos 
releases e 
distribuídos 
cartazes 
quando há 
participação 
em eventos. 
Conteúdo 
online: 
criatividade 
boa, 
frequência 
alta. 
Só são feitos 
releases e 
distribuídos 
cartazes 
quando há 
participação 
em eventos. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
3.3 DADOS DA ONG APATA 
 
Fundada em 16 de setembro 2004, na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, 
e inscrita no CNPJ sob 07.226.040/0001-03, a ONG não possui sede e atende 
provisoriamente no estabelecimento Estação Pet, situado na Rua José de Barcelos, 
155, no bairro Parquelândia. A APATA ainda conta com onze voluntários que 
dedicam parte de seu tempo a iniciativas e/ou atividades que visam ao bem-estar e 
à proteção dos direitos dos animais: 
Tabela 3 – Cargos e voluntários da APATA. 
CARGOS VOLUNTÁRIOS 
Presidente Renata Holanda 
Vice Presidente Marcos Messias 
37 
 
Administração Gisele Oliveira 
Relações Públicas Sandra Alves 
Notas Fiscais Samira Lima 
Colaboradoras Rosina Maria 
Carla Saldanha 
Iolanda Lene 
Ligia Viana 
Euridan Costa 
Mônica Ximenes 
Fonte: Elaborado pela autora através de informações cedidas pela ONG. 
O serviço prestado pela Apata tem valor social, dentre eles, pode ser 
destacado dois serviços que a ONG acredita que sirvam como pilares para a 
transformação da realidade atual: a educação da população e a castração dos 
animais. 
a) Educação da população: em suas palestras e encontros, a APATA busca 
instruir quanto aos preceitos do Direito Ambiental e Animal, a importância da 
guarda responsável e as consequências do abandono. Além destas questões, 
também é visto junto às comunidades carentes medidas simples que 
colaborem para o controle das zoonoses. 
b) Castração dos animais: a APATA incentiva a castração de animais que já 
tenham proprietário e instrui quando a necessidade de castrar os animais em 
situação de rua. A ONG também oferta castrações a baixo custo de animais 
pertencentes à famílias com baixa renda; 
 
3.4 OBJETIVOS DE MARKETING 
 
Segundo a ONG, no ano de 2015, foram adotados cerca de 156 animais, 11 
animais foram apadrinhados. Ainda em 2015, o total de doação em espécie foi de 
cerca de R$ 5.000,00 reais. Até o fechamento deste trabalho a ONG não 
disponibilizou os dados referentes ao ano de 2016. 
São objetivos da empresa no período de um ano: 
 Aumentar em 60% o número de adoções e 80% de apadrinhamentos; 
 Aumentar em 100% o número de doações atuais. 
 
38 
 
3.5 ANÁLISE SWOT 
 
3.5.1 Ambiente Interno 
 
O ambiente interno da ONG foi dividido entre forças e fraquezas. Foram 
pontuadas suas condições e seus diferenciais, tanto positivos quanto negativos. 
3.5.1.1 Forças da empresa 
 Relacionamento interno fortalecido; 
 Bom relacionamento com outras ONGs de proteção animal; 
 Pessoal qualificado e conhecedor da causa animal; 
 Parceria com lojas de produtos veterinários, como a Provet, situada na Rua 
Senador Pompeu, nº 1350, no Centro de Fortaleza; 
 Contatos com clínicas veterinárias que oferecem descontos para a ONG. 
 
3.5.1.2 Fraquezas da empresa 
 Voluntários desmotivados; 
 Poucas doações e falta de recursos financeiros; 
 Nenhum investimento em marketing ou comunicação; 
 Presença fraca na internet. 
 
3.5.2 Ambiente Externo 
 
O ambiente externo da ONG foi dividido entre ameaças e oportunidades de 
mercado: 
3.5.2.1 Ameaças do mercado: 
 Migração de doadores para outras ONGs; 
 Migração de voluntários para outras ONGs; 
 A ONG caiu no esquecimento da população; 
 Percepção fraca da marca; 
39 
 
 Crise financeira que afetou a população em geral. 
 
3.5.2.2 Oportunidades do mercado: 
 Interesse crescente da população em participar das questões sociais; 
 Interesse da população em defender o direito animal e ambiental; 
 Aproveitar o crescimento do mercado de animais de estimação. 
 
3.6 POSICIONAMENTO 
A APATA deseja ser vista como uma ONG de credibilidade. A marca quer 
ser conhecida pelos resultados de seu trabalho de resgate, tratamento e 
encaminhamento para adoção, mas, mais que isso, a APATA quer ser vista como 
uma organização valoriza o respeito à vida e o equilíbrio entre homem, animais e 
natureza. 
 
3.7 PÚBLICO ALVO 
 
Segundo informações da ONG, o público alvo da APATA, é formado por 
pessoas de ambos os sexos, classe social C (ou classe média), com renda 
familiar entre R$ 2.674 reais a R$ 9.897 reais, com idade entre 20 e 38 anos, 
residentes na cidade de Fortaleza, que possuam ou não animais de estimação. 
Outro dado relevante é que Fortaleza possui 58% de seus domicílios 
pertencentes à classe social C14. 
Para criação de parcerias é público-alvo: instituições de ensino, empresas 
como Pet Shop, clínicas veterinárias, escolas de adestramento etc. 
 
3.8 QUAL O PROBLEMA DE COMUNICAÇÃO A SER RESOLVIDO? 
A APATA não possui ações planejadas para arrecadação de recursos ou 
mesmo um plano de comunicação. Levando em consideração que a credibilidade 
das empresas de terceiro setor é diretamente ligada à visibilidade positiva de 
 
14
 Dado disponível em: http://www.oestadoce.com.br/economia/classe-media-gasta-mais-com-
alimentacao. Acesso em 01.12.2015. 
http://www.oestadoce.com.br/economia/classe-media-gasta-mais-com-alimentacao
http://www.oestadoce.com.br/economia/classe-media-gasta-mais-com-alimentacao40 
 
suas ações, a falta de comunicação da APATA tem trazido consequências 
negativas, como a dificuldade de angariar recursos. 
Informações simples como quais animais estão para adoção e como 
funciona o procedimento de adoção e apadrinhamento de um animal; os serviços 
que são oferecidos à comunidade; a prestação de contas ou como as doações 
podem ser feitas são encontradas com dificuldade nos canais de divulgação. 
 
3.9 OBJETIVO DE COMUNICAÇÃO 
 
São objetivos de comunicação: 
 Consolidar a nova identidade visual no período de 06 meses; 
 Consolidar o aplicativo no período de 06 meses; 
 Aumentar o share of mind15 40% no período de 01 ano. 
 
3.10 TOM DA CAMPANHA 
A campanha deverá ter um tom lúdico e emocional, capaz de se conectar 
com o público-alvo. A comunicação deve ter uma abordagem diferente da 
utilizada pelas demais ONGs, como por exemplo, o uso de imagens de animais 
sofridos em situações precárias como recurso para atrair a atenção. O público 
deve perceber o quão é bom adotar, convidando a população a aderir à prática, 
relacionando amor ao ato de adoção. Também é necessário dar destaque à 
questão do apadrinhamento, serviço oferecido pela ONG onde a madrinha e/ou 
padrinho destina uma contribuição para o os cuidados e manutenção do animal 
apadrinhado. 
 
3.11 OBRIGATORIEDADE DE COMUNICAÇÃO 
Uma vez que a ONG não possui identidade visual, a criação é livre para 
desenvolver o manual da marca e as peças. A criação também se encontra livre 
para criar um novo slogan tendo como diretriz a missão da organização. É 
importante respeitar o posicionamento de marca. 
 
 
15
 Share of Mind: é a memória dos consumidores ou do público em geral em relação a uma marca. 
Logo, se há elevado share of mind, se tem boa lembrança de determinada marca. 
41 
 
3.12 VERBA DA COMUNICAÇÃO 
A ONG não dispõe de verba para execução da campanha, por isso, após 
elaborado o plano de mídia, será apresentado ao cliente a verba recomendada 
para execução da campanha. 
Será uma estimativa de quanto seriam os custos de mídia desta 
campanha, já que a ONG não dispõe de verba para a comunicação. Por meio de 
parceria com veículos, fornecedores e padrinhos será possível colocar parte da 
campanha, ou mesmo ela inteira, na rua. 
 
3.13 CRONOGRAMA INTERNO DA AGÊNCIA 
A campanha de lançamento será veiculada no mês de junho/2016, 
aproveitando o dia dos namorados, que ocorre em 12 de junho. 
Tabela 4 – Cronograma interno da agência. 
 ETAPAS/AÇÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN 
1. Pesquisa de concepção criativa. x 
2. Definição de meios da campanha. x 
 
3. Criação do teaser da campanha. x 
4. 
Apresentação das peças teaser da 
campanha. 
x 
5. 
Aprovação da linha de campanha e 
teaser. 
x 
6. 
Possíveis ajustes nas peças básicas 
teaser. 
x 
7. Peças teaser 1: finalização. x 
8. Veiculação do teaser. x 
 
9. Criação do aplicativo. x 
10. 
Apresentação do layout das telas do 
aplicativo. 
x 
11. 
Aprovação do layout das telas do 
aplicativo. 
x 
12. 
Possíveis ajustes do layout das telas 
do aplicativo. 
x 
13. Envio das telas para desenvolvedor. x 
14. 
Apresentação do projeto por parte do 
desenvolvedor. 
 x x 
15. Entrega do aplicativo finalizado. x 
 
16. 
Criação das peças de lançamento 
da campanha. 
 x 
42 
 
17. 
Apresentação das peças de 
lançamento da campanha. 
 x 
18. 
Aprovação de peças de lançamento 
da campanha. 
 x 
19. 
Possíveis ajustes nas peças de 
lançamento da campanha. 
 x 
20. 
Peças de lançamento da campanha: 
finalização. 
 x 
 
21. Produção das peças gráficas. x 
22. 
Envio de material para meios de 
comunicação. 
 x 
23. 
Veiculação da campanha e 
lançamento para o mercado. 
 x 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
43 
 
4 PESQUISA E DIAGNÓSTICO 
 
4.1 PESQUISA 
 
Foi realizada uma pesquisa exploratória, a fim de realizar um levantamento de 
dados, coletar informações mais precisas e identificar a problemática a ser 
solucionada. Para tal, entrevistou-se a administradora da ONG APATA, Gisele 
Oliveira. Para Severino (2000, p.123), a pesquisa exploratória é um levantamento de 
dados sobre o objeto estudado, recomendada quando há pouco conhecimento sobre 
o problema a ser resolvido. 
Em visita ao endereço provisório da instituição, foi realizada uma sondagem 
na qual foram identificados os seguintes problemas: 
 A organização não possui ações planejadas para arrecadação de recursos e 
isso gera a queda no retorno em doações; 
 Os poucos voluntários estão desmotivados pela falta de recursos para tratar 
dos animais com dignidade; 
 A falta de doações gera falta de recursos financeiros; 
 Pela falta de recursos a ONG não realiza nenhum investimento em 
planejamento de marketing ou comunicação; 
 Não existe um planejamento para a presença online e isso gera uma 
percepção fraca da marca; 
 Crise financeira que afetou a população em geral faz com que as pessoas 
tenham ainda menos interesse em tornar-se um doador. 
 
4.1.1 Entrevista com a administração da ONG 
 
Além das questões pontuadas acima, a responsável pela administração, 
Gisele Oliveira, respondeu a entrevista abaixo: 
Entrevistada: Gisele Oliveira, administradora da ONG APATA 
Data: 25/05/2015 
Local: Sede provisória da ONG, no estabelecimento comercial Estação Pet 
44 
 
Endereço: Rua José de Barcelos, 155 - Parquelândia 
Entrevistadora: Francesca Martins 
 
 Quando a ONG surgiu? A ONG Possui sede? 
Gisele: A ONG surgiu em foi fundada em 16 de setembro 2004 pela nossa 
presidente, Renata Holanda. A Renata coloca a disposição da APATA um sítio de 
sua propriedade que fica fora de Fortaleza, cujo endereço é mantido em segredo, 
pois haviam pessoas que sabendo do sítio iam lá abandonar seus animais. Hoje 
temos cerca de 200 animais no sítio, mas não o consideramos nosso sede. Nesse 
momento atendemos provisoriamente no pet shop Estação Pet, situado na Rua José 
de Barcelos, 155, na Parquelândia. 
 
 Quantas pessoas vocês têm hoje trabalhando pela APATA? 
Gisele: 11 pessoas. Renata Holanda (Presidente); Marcos Messias (Vice 
Presidente); Gisele Oliveira (Administração) Sandra Alves (Relações Públicas); 
Samira Lima (Notas Fiscais); Rosina Maria, Carla Saldanha, Iolanda Lene, Ligia 
Viana, Euridan Costa e Mônica Ximenes (Colaboradoras). Pela ONG ser de 
pequeno porte, todos contribuem e “colocam a mão na massa” da mesma forma. 
 
 Como está a situação das doações? 
Gisele: Cada vez mais as doações estão sumindo, inclusive temos hoje um 
débito pendente na Clínica ETAVE que passa de dois mil reais. Para recebimento de 
doações temos vários canais: Pag Seguro; conta corrente na Caixa Econômica 
Federal; lojas parceiras: ESTAÇÃO PET - Rua José de Barcelos, 155 - Parque 
Araxá e PROVET - Rua Senador Pompeu, 1350 - Centro. 
 
 Quais são as principais necessidades da ONG? 
o Arrecadar ração para cães e gatos que se encontram no sítio e em 
lares temporários; 
o Recursos para castração de animais mantidos pela ONG; 
o Arrecadar medicamentos e material de limpeza; 
o Arrecadar roupas, acessórios, brinquedos e itens que possam ser 
comercializados em bazares; 
45 
 
o Arrecadar recursos financeiros para despesas veterinárias (consultas, 
cirurgias, exames, tratamentos, internações); 
o Caronas solidárias para animais de lares temporários para a clínica e 
vice-versa; 
o Mais voluntários que possam abrigar ou resgatar um animal carente; 
o Pessoas dispostas a apadrinhar os animais mantidos pela ONG; 
o Voluntários para auxiliar nas feiras de adoção e nos mutirões de 
esterilização de animais (antes, durante e depois); 
 
 Das necessidades que você listou, quala principal e que gera mais 
custos a ONG? 
Gisele: Os animais mantidos no sítio e em lares temporários podem ser 
separar em dois grupos: os que aguardam adoção e os que são mantidos pela 
APATA e não estão disponíveis para adoção por serem idosos ou deficientes e 
necessitarem de cuidados especiais. Este é a nossa maior despesa, pois a 
manutenção destes animais requer recursos financeiros, precisamos castrá-los, de 
ração de qualidade para melhorar a imunidade dos animais, de vitaminas, de 
remédio de verme (vermífugo), de spray antipulgas e anticarrapato e de materiais de 
limpeza para a manutenção dos ambientes nos quais os animais ficam alojados. 
 
É de extrema importância para a ONG conseguir adoção para os animais 
sadios ou apadrinhamento. Ocorre que enquanto estamos custeando um animal que 
pode ser adotado, deixamos de atender outros que necessitam de resgate. Por isso, 
nesse momento não estamos realizando resgates, não temos como custear tantos 
animais. 
 
 Como funciona o apadrinhamento? 
Gisele: Ser padrinho ou madrinha de um animal sob a proteção da ONG é 
contribuir para a sua proteção e bem-estar. O interessado se compromete a 
contribuir com um valor mensal que cobrirá uma parte da despesa que a ONG tem 
com o animal. O compromisso do apadrinhamento é moral, além da contribuição 
financeira, o padrinho ou madrinha pode marcar uma visita para visitar o animal, 
leva-lo para passear, o que contribui para a socialização do animal e bem-estar 
deste. A escolha do animal fica ao critério do padrinho/madrinha, mas colocamos 
46 
 
como prioridade os velhinhos e os deficientes que, como eu disse, não estão 
disponíveis para adoção. 
 
 Do seu ponto da ONG, quem é considerado público alvo da APATA? 
Gisele: Pelo que percebemos ao longo do tempo, tanto homem como mulher, 
a partir de 18 anos, boa parte deles tem condições financeiras estáveis, tipo classe 
média. É possível realizar parcerias com escolas, faculdades, empresas e igrejas. 
 
 Vocês fazem investimento em publicidade? Como a ONG se promove? 
Gisele: Pela falta de recursos, o investimento em publicidade tem sido 
somente online. Nós postamos os casos de resgate, tratamentos e animais para 
adoção constantemente no Facebook, porém são tantos os detalhes e por nós 
mantermos dois perfis, um pessoal e uma fanpage, as vezes se torna complicado 
acompanhar a todos. As postagens estavam desorganizadas e estamos tentando 
organizá-lo para facilitar o acesso as informações sobre a ONG. Nós ainda 
mantemos o blog da ONG, mas não o alimentamos. A ONG realiza bazares 
mensais, que são divulgados também no Facebook. 
 
 O que a APATA entende por a guarda responsável e o bem-estar animal? 
Gisele: Existem vários cuidados para com a criação e a guarda. Para evitar o 
abandono, é bom refletir antes de comprar ou adotar, porque cães podem viver em 
média entre 13 a 18 anos e gatos podem viver em média 20 anos. E tem os detalhes: o 
tutor deve levar ao veterinário, abrigo, alimentação, higiene, vacinar contra raiva e 
viroses anualmente; é recomendado manter o animal dentro de casa e quando for 
passear, no caso de cachorros usar guia e coleira; é crime maltratar o animal ou, como é 
o caso de jumentos e cavalos, obriga-los a atividades que podem machucá-los; dar 
atenção e amor, respeitar o temperamento do animal, alguns são mais ativos outros 
menos; não abandonar o animal quando ele estiver velhinho; castrar só trás benefícios: 
o animal fica mais dócil, acaba com o constrangimento dos cachorros ficarem 
"agarrando" as pernas e braços das pessoas; acaba com o problema da marcação do 
território com urina; os machos, principalmente os gatos, param de querer pra namorar, 
o que reduz o risco deles fugirem, serem atropelamentos e brigarem com outros 
machos; nos machos também acaba com o risco de tumores testiculares e o risco de 
câncer de mama nas fêmeas; os animais não podem procriar gerando animais 
47 
 
indesejados, o que evita o aumento do número de animais abandonados na rua; tem 
animais de raça que tem diagnóstico de doenças geneticamente transmissíveis, castrar 
evita que a doença seja perpetuada. 
 
 Você acha que os tutores de animais resgatados por ONGs são mais 
propensas a adotar um animal ao invés de compra-lo? 
Gisele: Quem adota um animal carente sempre é mais sensível aos pedidos de 
ajuda das ONGs e muitas vezes não aceita a ideia de comprar. Quem comprou e 
conhece a realidade da criação de fundo de quintal e dos animais nas ruas, rejeita a 
ideia de comprar um novo amigo. 
 Qual a opinião da ONG quanto ao atendimento do CCZ? 
Gisele: Recebemos muitas reclamações dos serviços prestados de CCZ, 
tanto pela estrutura precária, como pela falta qualidade do atendimento e de 
equipamentos veterinários. 
 
 
4.1.2 Entrevista com público-alvo 
 
Além da entrevista com a integrante da ONG, foi realizada uma entrevista no 
principal meio de divulgação da ONG, que é a internet. A pesquisa online foi 
desenvolvida com o intuito de compreender as questões que norteiam os problemas 
de comunicação do cliente. A ferramenta de comunicação mais usada pela ONG é o 
Facebook, então este foi usado como impulsionador da pesquisa. 
A pesquisa foi encerrada com resposta de 110 pessoas, tendo sida iniciada 
no dia 16 de novembro de 2015 e encerrada em 18 de novembro de 2015. Quando 
encerrada, o Google Docs gerou os gráficos que serão apresentados a seguir. Para 
que haja um melhor acompanhamento dos gráficos, além de cada resposta, serão 
apresentados cruzamentos entre algumas questões levantadas pelo trabalho, 
facilitando o diagnóstico. 
 
 
48 
 
 Pergunta 01: Qual sua idade? 
 
Reprodução figura 01 / Francesca Martins 
Como dito na entrevista, o público alvo da ONG tem acima de 18 anos, 
representando maior percentual entre 18 a 25 anos, com 48.2% dos entrevistados. 
 Pergunta 02: Você realiza doações para alguma ONG ligada a causas 
humanitárias? 
 
Reprodução figura 02 / Francesca Martins 
 Pergunta 03: Você realiza doações para alguma ONG ligada a causa animal 
ou meio ambiente? 
 
Reprodução figura 03 / Francesca Martins 
Observando as perguntas 02 e 03, percebemos que do universo de 110 pessoas, a 
maioria realiza doações para ONGs ligadas à causa animal ou de meio ambiente. 
49 
 
 Pergunta 4: Qualifique o trabalho das ONGs de proteção animal em 
Fortaleza? 
 
Reprodução figura 04 / Francesca Martins 
 
 Pergunta 5: Cite o nome das ONGs de proteção animal que você conhece. 
Caso não conheça nenhuma, basta responder: desconheço. 
 
Abrigo São Lázaro, Apata, Grupo Vipa 
Upac, São Lázaro 
Abrigo São Lazáro, Upac, Vipa 
Apata, Abrigo São Lazaro, Grupo Vipa 
Abrigo São Lázaro, Apata Ceará E Gaba Fortal. 
São Lazaro. 
Não Conheço 
Vipa, Vakinha E Apata 
São Lázaro, Apata, Resgate Amigo 
Upac, Vipa, Abrigo São Lázaro 
Apata 
Abrigo São Lázaro, Apata E Grupo Vipa 
Não Sei O Nome 
São Lázaro , Sos Gatos , Upac 
Apata, São Lazaro, Rin Tin Tin 
Apata; Adote Umamor; Abrigo São Lazaro. 
Não Conheço 
Apata, Upac E Abrigo São Lázaro 
São Lázaro 
Desconheço 
A Pata, Abrigo São Lázaro, Upac 
Viva Bicho 
São Lazaro. 
Apata, Abrigo São Lazaro 
50 
 
Upac 
São Lazaro 
Upac,São Lázaro, Bem-Estar Pet 
Abrigo São Lázaro, Gateiras De Fortaleza E Upa 
Abrigo São Lazaro 
Apata, Abrigo São Lázaro E Adote Anjos 
Não Sei O Nome Em Especifico, Mas Conheço Diversas Amigas Do Curso Da Pp Que Abraçam A 
Causa E Estão Em Uma Ong De Proteção Animal. 
Apata-Gaba-São Lázaro-Pas 
Upac, Abrigo Sao Lazaro, Abrigo Da Estela, Apata, Grupo Vipa, Spa 
São Lázaro, Apata, Clube Do Manda Chuva 
Vipa, São Lazaro 
Sao Lázaro, Apata 
Abrigo São Lázaro 
Abrigo São Lázaro, Uipa Instituto Luiza Mell 
Grupo Vipa, Abrigo São Lázaro, Apata 
Upac, Abrigo São Lázaro E Grupo Vipa 
São Lázaro, Associação Viva Bicho, Grupo Vipa 
São Lázaro, Apata 
Abrigo São Lázaro 
Apata, Sao Lazaro, Upac 
Vipa