Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anemias Hemolíticas Hemólise O que fazer? • Reconhecer a hemólise • Investigar a causa • Instituir o tratamento 17,5% 17,5% 29% 27,5% Hemólise Sangramento agudo Deficiência de ferro Doença crônica 9% Outras Principais causas de anemia Beris P, Tobler A. Schweiz Rundsch Med Prax. 1997;86:1684-86 Anemias Hemolíticas Destruição eritrocitária aumentada Hemoglobina Reticulócitos Bilirrubinas séricas Desidrogenase lática (DHL) Haptoglobina sérica Reticulócitos Porcentagem normal: 1-1,5% Contagem corrigida: Rt encontrado X Ht encontrado/Ht ideal Contagem normal: 100-150 000/mm3 Icterícia Palidez Colelitíase Úlceras cutâneas Anormalidades esqueléticas Hipertensão pulmonar Osteoporose Crise aplástica Crise megaloblástica Esplenomegalia Dores Anemias Hemolíticas Roteiro Diagnóstico das Anemias ✓ Anamnese ✓ Níveis de hemoglobina ✓ % e número absoluto de reticulócitos ✓ Índices hematimétricos ✓ Observar a morfologia das hemácias ✓ Exames específicos Perfil de ferro, dosagem de vit B12 e folato Eletroforese de hemoglobina Mielograma e biópsia de MO, etc. Defeitos do eritrócito Agressão ao eritrócito Excesso de destruição • Doenças da membrana • Eritroenzimopatias • Hemoglobinopatias • Talassemias • HPN • Parasitas: malária • Venenos e toxinas • Trauma: microangiopáticas • Imunes: anticorpos Reticulócitos aumentados Anemia ✓Anemias hereditárias • Doenças da membrana Esferocitose hereditária • Eritroenzimopatias Deficiência de G6PD Deficiência de piruvatoquinase (PK) • Hemoglobinopatias e talassemias Doenças Falciformes -Talassemia minor ✓Hemoglobinúria Paroxística Noturna Defeitos do eritrócito Membrana Eritrocitária (Modificado de Lux e Palek, 1995) GlicoforinaA Espectrina Espectrina GlicoforinaA Glicoforina C Tropomiosina p53 Aducina 4.1 Tropomodulina Actina 4.9 Local de Auto-Associação Anquirina 4.2 Banda 3 3 Doenças da Membrana Eritrocitária Anormalidades nas interações entre as proteínas da membrana ✓ Esferocitose Hereditária ✓ Eliptocitose Hereditária Piropoiquilocitose Hereditária Doenças da Membrana Eritrocitária Permeabilidade ativada por voltagem Bomba Na+-K+ Troca Na+-H+ Troca Na+-Na+ Canal de Gárdos Leak passivo K+ Leak Passivo Na+ Cotransporte K+-CI- Bomba Ca++ Cotransporte Na+-K+-CI- Trocador Anions 1 (Banda 3) K+ Na+ K+ Ca++ 3Na+ 2K+ H+ Na+ Na+ Na+ K+ Na+ K+ CI- Ca++H+ CI- Na+-K+ CI-/HCO3 CI-/HCO3 Membrana Eritrocitária Transporte Iônico Doenças da Membrana Eritrocitária Anormalidades nos mecanismos de regulação do volume celular ✓ Estomatocitose Hereditária Forma hiperhidratada - Hidrocitose Forma desidratada - Xerocitose Hemácia Normal K+ Hiperhidratação Desidratação Aumento do Leak Passivo Na+ bomba Na / K estimula Na+ Na+ + K+ H2O VCM Na+ K+ H2O 3 Na+ ATP K+ K+ Na+ H2O Na+ + K+ H2O Hidrocitose hereditária Xerocitose hereditária Aumento do Leak Passivo K+ Intracelular Extracelular K+ Na+ Ca++ Na+ Ca+ Esferocitose Hereditária Eliptocitose Hereditária Estomatocitose Hereditária A. Xerocitose B. Hidrocitose Eliptocitose Hereditária Curva de Fragilidade Osmótica (imediata) % d e h e m ó li s e 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 NaCl (g/dl) normal imediata normal imediata paciente Ectacitometria Hemáceas ou Ghosts Padrão de Difração A B Foto multiplicador Motor Processador de sinal Padrões de difração Índice de Deformabilidade (A-B) (A+B) Hemáceas em repouso Hemáceas sob "shear stress" Ín d ic e d e D e fo rm a b il id a d e 0.9 0.6 0.3 HPP Normal E.H Comum 0 1 42 3 Tempo (minutos) Deformabilidade dos Glóbulos Vermelhos Normal x Esferocitose e Eliptocitose 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 0,7 150 180 210 300 400 IE NORMAL RoFS ReFS GFS AFS Shear stress = 16,86 Pa mOsm Xerocitose - Família FS Ectacitometria Hidrocitose Ectacitometria 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 -0,1 -0,2 IE normal VMGT 150 180 210 300 400 500 mOsm Shear stress = 16,86 Pa Doenças da Membrana Eritrocitária Tratamento • Esferocitose Hereditária • Suporte Ácido Fólico (1mg/dia, VO) Transfusões de sangue Eritropoetina (1000u/Kg/semana, sc)- 1º ano • Esplenectomia Tradicional, laparoscópica, parcial Indicações: hemólise grave, “crises”, colecistopatia calculosa • Complicações Infecciosas, trombóticas • Eliptocitose – esplenectomia :formas graves (Piropoiq) • Estomatocitose – contraindicada esplenectomia Enzimas eritrocitárias Abordagem prática para o diagnóstico Princípios gerais ✓ enzimopatias são raras ✓ necessidade de estudo familiar completo ✓ paciente, família, grupo controle - estudo simultâneo ✓ avaliação hematológica básica em todos os casos ✓ a pressa é inimiga do diagnóstico Glicose Frutose-1,6-DP ATP ADP ATP ADP ATP ADP ATP NAD NADH ADP Hb Meta Hb Glicólise oxidativa Via glicolítica Embdem-Meyerhof HK Glicose-6-P GPI Frutose-6-P PFK TPI 1,3 DPG PGK 3-PG PGM 2-PG Enolase P-enolpiruvato PK Piruvato DHL Lactato Gliceraldeído-3P G3PD Def. enz. associadas a doenças hemolíticas Aldolase Mutase 2,3-DPG Fosfatase Deficiência de Piruvato quinase Ponteado basófilo Anemia Falciforme S = 6 glu-val Doença genética mais importante do Brasil pela freqüência e morbidade Anemia Falciforme Hemoglobinopatia SC Hemoglobinopatias Eletroforese Hb Hemoglobina instável Teste do isopropanol Corpúsculos de Heinz -Azul cresil brilhante Talassemias ✓ Grupo heterogêneo de doenças hereditárias ✓ Diminuição ou ausência de síntese de 1 ou mais cadeias globínicas da molécula da hemoglobina − Talassemia Major Talassemia Intermédia Hematopoese Extramedular Talassemia major Anemia hipocrômica microcítica asiático,africano mediterrâneo Doença de HbH Hidropisia fetal Hb Bart´s -tal minor/ -talassemiaminor/ asiático Portador silenciosoNormal - Talassemias -Talassemia - Doença da HbH Definição ✓ Doença clonal adquirida ✓ Hemólise intravascular ✓ Trombose ✓ Insuficiência medular Hemoglobinúria Paroxística Noturna Incidência 1:100 000 a 1:1000 000 Todas as idades (média = 30 anos) homens = mulheres Hemoglobinúria Paroxística Noturna Hemoglobinemia e Hemoglobinúria Hemoglobinúria Paroxística Noturna Imunofenotipagem CD55 e CD59 dos eritrócitos (A) e granulócitos (B) II I III I I B II I I II I I A Clone HPN negativo (setas) coexiste com população normal Hemoglobinúria Paroxística Noturna Tratamento • Suporte • Transfusões de sangue • Corticosteróides • Anticoagulação(?) • Eculizumab • Transplante de medula óssea Agressão ao eritrócito ✓ Parasitas: Malária ✓ Venenos e toxinas ✓ Agentes físicos:calor e radiações ✓ Trauma:microangiopáticas ✓ Imunes: autoanticorpos Malária – sangue periférico Babesia sp Esquizócitos = Células fragmentadas Valor normal < 0,5% (Bessis) Anemias Hemolíticas Microangiopáticas Anormalidades do Coração e dos Grandes Vasos ✓ Próteses valvares ✓ Valvoplastias ✓ Ruptura de cordoalha tendinosa ✓ Enxertos intracardíacos ✓ Doença valvar não operada ✓ Coarctação da aorta Anemias Hemolíticas Microangiopáticas ✓Síndrome hemolítico urêmico ✓Púrpura Trombocitopênica Trombótica ✓Carcinoma Disseminado • Estômago, mama, pulmão, pâncreas, outros ✓Quimioterapia • Mitomicina C,Cisplatina,Bleomicina, outras ✓Hemoglobinúria da marcha Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) Doença Grave, Potencialmente Fatal Caracterizada por • Plaquetopenia • Anemia hemolítica microangiopática • Alterações neurológicas • Alterações renais • Febre Fisiopatologia da PTT Moake, 2002 Anemias Hemolíticas Microangiopáticas Tratamento ✓ Púrpura Trombocitopênica Trombótica/SHUDoenças graves. Retardo no tratamento pode ser fatal. ✓ Plasmaférese Diariamente (até normalização de plaquetas e melhora da hemólise) ✓ Infusão de plasma ✓ Corticosteróides ✓ Casos refratários ou recorrentes Rituximab, ciclosporina, plasmaféreses 2x/dia Anemias Hemolíticas Autoimunes ✓ Anticorpos quentes ✓ Anticorpos frios ✓ Primárias ou secundárias ✓ Anemia hemolítica com esferócitos ✓ Teste da Antiglobulina Direto positivo + Y Hemácia do paciente Anticorpo Anti-IgG Anti-IgM Anti-C3d Y Y Y Y Y Y Y Y Y YY Y Y YY Y Y Y Y Teste da antiglobulina direto (Coombs) = positivo Anemia Hemolítica Autoimune Anemias Hemolíticas Autoimunes ▪ Anticorpos frios Doença de crioaglutininas primária ou idiopática secundária: d.linfoproliferativas, autoimunes, infecções Hemoglobinúria paroxística ao frio ▪ Anticorpos quentes Idiopática Secundária: d.linfoproliferativas, d.autoimunes e malignas, infecções virais, estados de imunodeficiência Induzida por drogas: tipo adsorção (penicilina), tipo neoantígeno(quinidina/estibofen), tipo autoimune (alfa- metildopa) ▪ Mista (anticorpos frios e quentes) Crioaglutinina Anemias Hemolíticas Autoimunes Tratamento Anticorpos quentes Redução na produção de anticorpos ▪ Corticosteróides ▪ Agentes imunossupressores e citotóxicos Azatioprina (100-150 mg/dia VO) Ciclofosfamida (100 mg/dia VO ou 500-700 mg EV a cada 3-4 semanas Ciclosporina (5-10 mg/Kg/dia VO) Micofenolato de mofetil (500-1000mg/dia) ▪Anticorpos monoclonais (anti CD20 - Rituximab) ▪Danazol Anemias Hemolíticas Autoimunes Tratamento Anticorpos quentes Redução da eficácia dos anticorpos ▪Esplenectomia ▪Gamaglobulina intravenosa (400-1000mg/Kg/dia EV por 5 dias) Transfusão de sangue Investigar aloanticorpos Anemias Hemolíticas Autoimunes Tratamento Anticorpos frios ▪ Evitar o frio ▪ Agentes citotóxicos Ciclofosfamida, Clorambucil ▪ Corticosteróides ▪ Rituximab ▪ Plasmaférese ▪ Outros Imunoglobulina EV Interferon alfa ▪ Esplenectomia (em geral não funciona) Anemias Hemolíticas Afastando condições confundidas com hemólise Anemia e icterícia Eritropoese ineficaz Anemia megaloblástica Anemia diseritropoética congênita Absorção de hemorragia Anemia e reticulocitose Hemorragia Recuperação de def nutricional Recuperação medular Icterícia sem anemia Deficiência na conjugação de BR (Gilbert e Cliger-Najjar) Outras Mielofibrose Mioglobinúria OBRIGADO! paasilveira@uol.com.br mailto:paasilveira@uol.com.br
Compartilhar