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Fernanda Budiski Bueno Lesão nervosa Os neurônios são compostos por: corpo celular, axônio, bainha de mielina e nódulos de Ranvier. ↳ São os responsáveis pela comunicação entre diferentes grupos de células. Sistema Nervoso Central: encéfalo e medula Sistema nervoso Periférico: nervos e gânglios Nervos: coleção de axônios, mantidos unidos através de envoltórios de tecido conjuntivo. ↳ De axônios motores, sensoriais ou autonômicos) lesão nervosa Paralisia nervosa – função anormal do nervos após uma lesão (compressão, esmagamento, transsecção). Neuropraxia A função do axônio é perturbada por isquemia após tração, contusão ou pressão. A bomba de íons deixa de manter um potencial de repouso, então, os impulsos não são transmitidos. No entanto, a estrutura do nervo não é afetada, ao insulto ser removido, a bomba de íons volta a funcionar e a função do nervo retorna. Axoniotmese Uma seção do próprio axônio é danificada e o segmento de axônio além desse ponto morre. A função nervosa não consegue retornar inicialmente, mesmo após o agente causador da lesão ter sido removido. No entanto, a bainha permanece intacta, e o axônio é capaz de crescer por esse “tubo” até o órgão-alvo, onde pode restabelecer sua função. Neurotmese É a divisão completa de um nervo periférico. Os axônios em regeneração não têm guia da bainha e podem formar um neuroma doloroso no local da lesão. A função do nervo só pode ser restaurada por exploração cirúrgica e reparação do nervo. Alguns são bloqueados pelo tecido cicatricial, a recuperação nervosa geralmente é incompleta. Manifestações clínicas na distribuição do nervo afetado: dor, fraqueza e atrofia muscular, parestesia. A regeneração nervosa depende da severidade e nº de axônios lesionados e, integridade do tecido conectivo. Ramificação colateral e regeneração do axônio lesionado. neuropatias compressivas MMSS Radiculopatia cervical As raízes nervosas cervicais são os principais pontos de compressão. Na entrada foraminal. As raízes de C6 e C7 são as mais afetadas Causada por compressão nervosa, espondilose, degeneração articular e do disco intervertebral da coluna cervical, hérnia de disco. Sintomas unilaterais, dor, perda da sensibilidade, fraqueza muscular, no trajeto da raiz afetada (MMSS), testes provocativos positivos. Síndrome do desfiladeiro torácico Compreendem um grupo de distúrbios causados por pressão nos nervos, artérias ou veias grandes conforme passam entre o pescoço e o tórax. - Mais especificamente fossa supraclavicular, onde passam artéria e veia subclávia e o plexo braquial (complexa rede de nervos do MMSS). Fernanda Budiski Bueno Causas: alterações anatômicas ósseas ou musculares congênitas ou adquiridas, trauma, movimentos repetitivos. Sintomas: fraqueza, adormecimento, parestesia e dor no membro superior acometido. NERVO MEDIANO Principais pontos de compressão, passa pelo túnel do carpo, inerva o músculo pronador redondo, origina o interósseo anterior. Ele pode ser comprimido pelo ligamento de Struthers ou pelo processo supracondilar. Síndrome do pronador redondo Gera compressão do nervo mediano entre as cabeças do pronador redondo. Síndrome rara. Causas: trauma com hematoma ou deformidade, anomalia congênita, hipertrofia do pronador redondo, lipoma. Dor e dormência do cotovelo, antebraço e punho, ocorre + supinação e pronação repetidas. Síndrome do túnel do carpo Um conjunto de sinais e sintomas causados pela compressão do nervo mediano, localizado abaixo do ligamento transverso do carpo. Neuropatia compressiva mais comum em adultos, mulheres, 50 anos. Multifatorial. Pode ocorrer de forma aguda, secundária a um trauma, ou se desenvolver de forma gradual, geralmente relacionada com atividades de força. Possíveis fatores de risco: diabetes, menopausa, gravidez, obesidade, hipotireoidismo. Uso de computador, mouse, teclado (discussão). Manifestações clínicas: parestesia noturna, perda de sensibilidade, fraqueza e atrofia muscular tenar. ↳ Sintomas começam na mão (3 primeiros dedos), mas podem se irradiar ao resto do membro. - Tratamento conservador: educação, medicamentos, fisioterapia, órteses, intervenções ergonômicas, etc.) - Tratamento cirúrgico: realização da transecção do ligamento transverso do carpo. NERVO ULNAR - Maior nervo desprotegido (por músculo/ossos). Comprimido principalmente pelo túnel cubital (cotovelo) e pelo canal de Guyon (punho). Síndrome do túnel cubital Segunda neuropatia compressiva mais comum de MMSS. Causas: overuse, lesões, deformidade óssea, cistos e processos anatômicos do cotovelo. Sintomas sensoriais, envolvendo o 4º e 5º dedos, e sintomas motores envolvendo os músculos inervados. Síndrome do canal de Guyon Compressão do nervo ulnar na região hipotênar do punho. Ocorrência incomum. Causas: trauma ou uma lesão que ocupa o espaço (lipoma, pseudoaneurisma, gânglio, músculo anormal). Os sintomas motores e sensoriais irão depender se a compressão envolve o nervo antes de sua bifurcação para os ramos superficiais (sensoriais) ou profundos (motores). NERVO RADIAL Menos comum que do nervo mediano e ulnar Ponto de compressão: sulco espiral (úmero) Síndrome do sulco espiral Causas: fratura da diáfise umeral, formação calosa, materiais de osteossíntese e a compressão externa relacionada ao posicionamento do braço ao dormir. Déficit sensorial, perda motora, queda do punho Fernanda Budiski Bueno neuropatias compressivas MMII CAUDA EQUINA Raízes nervosas periféricas que se ramificam na porção terminal da medula espinhal (a partir L1) Síndrome da cauda equina compressão das raízes nervosas da cauda equina. Baixa incidência. Causada por condições que diminuem o espaço para os elementos neurais no canal lombossacral (hérnia de disco, condições inflamatórias, isquemia, tumores, infecções, condições degenerativas, estenose, trauma, hematoma epidural, iatrogenia). Graus variados de perda sensorial e fraqueza motora nos MMII e disfunção intestinal e vesical. NERVO ISQUIÁTICO Principais pontos de compressão: raízes nervosas, pelve, glúteos e piriforme. Manifestação Ciática Distúrbio em qualquer ponto do curso do nervo isquiático. Causas: ruptura discal, osteoartrite e alterações degenerativas. Dor em agulhada, irradiada para as nádegas progredindo para a região dorsolateral (L5), posterior (S1) ou anterolateral (L4) da coxa, geralmente unilateral, pode ser acompanhada por dor lombar, parestesia e fraqueza muscular, testes provocativos positivo. Síndrome do Piriforme Compressão do nervo isquiático ao nível da incisura isquiática maior pelo músculo piriforme. Causas: hipertrofia, inflamação ou espasticidade do piriforme, hematoma pós-traumático, aderências, isquemia local, curso intramuscular do nervo isquiático. Dor unilateral nas nádegas, trocanter ou posterior da coxa, agravada ao sentar, agachar ou caminhar e aliviada ao deitar, sensibilidade sobre o piriforme. NERVO CUTÂNEO FEMORAL LATERAL Comprimido pela fáscia lata e pelo lig. inguinal. Neuropatia cutânea femoral lateral compressão do nervo femoral lateral cutâneo sob o ligamento inguinal ou na fáscia lata. 2ª neuropatia compressiva mais comum de MMII. Causas: fratura por avulsão da espinha ilíaca anterossuperior (EIAS), tumores, estiramento do nervo por hiperextensão prolongada do tronco ou perna, discrepância do tamanho da perna, iatrogenia, ficar em pé por tempo prolongado, compressão externa por cintos, ganho de peso, etc. Dor em queimação, dormência, formigamento na face lateral da coxa, agravados pela pressão local sobre a EIAS e aliviados pela flexão do quadril. NERVO FIBULAR (PERONEAL) Principal ponto de compressão: cabeça da fíbula. Compressão Peroneal Compressão do nervo fibular ao nível da cabeça da fíbula. Neuropatia compressiva mais comum de MMII. Causas: imobilização prolongada,lesões que ocupam o espaço, trauma ou cirurgia, síndrome compartimental, hipertrofia da cabeça curta do bíceps femoral. Disestesia no terço lateral proximal da perna, queda do pé e marcha escarvante NERVO TIBIAL POSTERIOR Principal ponto de compressão: túnel do tarso. Síndrome do Túnel do Tarso Compressão do nervo tibial posterior no túnel do tarso. Causas: esporões ósseos, fragmentos de fraturas, colisão tarsal, lesões que ocupam o espaço, tenossinovite, músculos acessórios ou hipertrofiados, deformidades congênitas, doença sistêmica. Parestesia na face plantar do pé e dedos, sinal de túnel positivo, fraqueza muscular dos plantares.
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