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DIREITO CONSTITUCIONAL I
PROF. BERNARDO CAMPINHO
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
AULA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Divisão/organização vertical do poder estatal: distribuição autônoma do poder político no território nacional – Federação
Divisão/organização horizontal do poder estatal: técnica de divisão funcional do poder político em diferentes órgãos de soberania: legislativo, executivo e judiciário. Governo limitado.
Arts. 1º e 18 da Constituição da República: organização política-administrativa
Forma de Estado: modo de exercício do poder político em função do território
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Mapa do Brasil com as divisões territoriais do Estado Federal brasileiro
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Separação de funções no Estado Constitucional
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: COMPARATIVO ENTRE ESTADO UNITÁRIO E ESTADO FEDERAL
ESTADO UNITÁRIO:
Unidade de poder sobre território, pessoas e bens.
Poder enraizado em um único ente intraestatal.
Divisões internas somente para fins administrativos
Forma de Estado adotada no Brasil Império
ESTADO FEDERAL:
Repartição de poder no espaço territorial nacional
Entidades governamentais autônomas politicamente, distribuídas regionalmente
Adotado no Brasil com o advento da República, exceto entre 1937 e 1945
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: FEDERALISMO
Federalismo: aliança ou união de Estados baseada em uma Constituição, na qual as entidades que ingressam na Federação perdem a soberania e preservam uma autonomia política limitada.
Desenvolvimento histórico do federalismo: os antecedentes históricos do federalismo se encontram na formação da Confederação Helvética (Suiça), na Idade Média, e na experiência dos Países Baixos (Holanda) no início da Idade Moderna. Mas o federalismo moderno somente surge nos Estados Unidos, com a Constituição norte-americana de 1787.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: TIPOS DE FEDERALISMO
Federalismo por agregação: formação do Estado Federal a partir da união de antigos Estados soberanos. Ex: EUA
Federalismo dual: divisão rígida de competências constitucionais entre os entes federativos. Ex: EUA
Federalismo por desagregação: deliberação de um Estado Federal de promover uma descentralização política interna. Ex: Brasil em 1889
Federalismo cooperativo: existência de atribuições de ordem comum ou concorrente entre os entes federativos, promovendo cooperação entre eles. Ex: Brasil
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: TIPOS DE FEDERALISMO
3) Federalismo simétrico: todos os entes federativos são considerados iguais (igualdade formal absoluta) em termos de representação no legislativo nacional. Ex: Senado Federal nos EUA e no Brasil
3) Federalismo assimétrico: há uma proporcionalidade na participação dos entes federativos no legislativo nacional, com base em critérios populacionais. Ex: Câmara dos Deputados no Brasil e nos EUA 
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Distinções:
Confederação: adoção individual de tratados internacionais pelas partes interessadas (países); envolve Estados soberanos. Podem retirar-se a qualquer momento, o que a diferencia da federação.
União Federal: pessoa jurídica de Direito Público interno do Estado Federal – poder central da federação
Estado Federal: constituído pelo poder central (União) e pelas entidades regionais autônomas
Governo Federal: Poder Executivo da União Federal
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Características do Estado Federal:
Ato constitutivo é uma Constituição jurídica
Repartição de rendas e competências pela Constituição: divisão de tarefas dentro do Estado Federal e atribuição de renda própria aos entes federados, visando garantir sua autonomia política
Autonomia política limitada e auto-organização: presença de órgãos políticos e autodeterminação própria, nos limites da Constituição nacional, sem ingerência externa.
Indissolubilidade do vínculo: não há direito de secessão (retirada) sob nenhum pretexto. Mecanismo de manutenção do vínculo: intervenção federal
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
5. Representação das unidades federadas no legislativo central (nacional) da federação.
6. Existência de um Tribunal da Federação, para resolução de conflitos federativos (no Brasil, a tarefa é desempenhada pelo STF, a exemplo da competência disposta no art. 102, I, f, da CRFB/1988).
A Federação brasileira: o federalismo surgiu no Brasil com a República, por meio do Decreto n. 1, de 1889, que transformava as províncias em Estado federados e lhes conferia autonomia política. Durante a Era Vargas, as Constituições de 1934 e 1937 promoveram centralização política e perda de autogoverno pelos Estados federados. O federalismo retornaria de forma plena com a Constituição de 1946 e seria aprofundado em 1988, consolidando o modelo federativo e as competências dos Estados federados e avançando em termos de autonomia municipal.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Art. 18 da CRFB/1988: diretrizes do modelo federativo brasileiro
Regras acerca da formação de Territórios e Estados-membros: parágrafos 2º e 3º do art. 18:
Transformação de Território Federal em Estado Federado
Reintegração de Território Federal ao Estado Federado de origem
Incorporação de Estados-membros a outros
Desmembramento de partes de Estados-membros para formarem novos Estados-membros
Desmembramento de partes de Estados-membros para se anexarem a outros Estados Federados
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Requisitos: oitiva das Assembleias Legislativas interessadas ou envolvidas (art. 48, VI, CRFB/1988); aprovação da população interessada por meio de plebiscito; aprovação do Congresso Nacional por lei complementar.
Regras para formação de novos Municípios: parágrafo 4º do art. 18 da CRFB:
Incorporação, fusão, criação e desmembramento por meio de lei estadual, dentro de período determinado por lei complementar federal
Consulta prévia à população interessada por meio de plebiscito
Estudo de viabilidade municipal, precedente ao plebiscito, apresentado e publicado na forma da lei
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. INATIVIDADE DO LEGISLADOR QUANTO AO DEVER DE ELABORAR A LEI COMPLEMENTAR A QUE SE REFERE O § 4O DO ART. 18 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL NO 15/1996. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A Emenda Constitucional n° 15, que alterou a redação do § 4º do art. 18 da Constituição, foi publicada no dia 13 de setembro de 1996. Passados mais de 10 (dez) anos, não foi editada a lei complementar federal definidora do período dentro do qual poderão tramitar os procedimentos tendentes à criação, incorporação, desmembramento e fusão de municípios. Existência de notório lapso temporal a demonstrar a inatividade do legislador em relação ao cumprimento de inequívoco dever constitucional de legislar, decorrente do comando do art. 18, § 4o, da Constituição. 2. Apesar de existirem no Congresso Nacional diversos projetos de lei apresentados visando à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, é possível constatar a omissão inconstitucional quanto à efetiva deliberação e aprovação da lei complementar em referência. As peculiaridades da atividade parlamentar que afetam, inexoravelmente, o processo legislativo, não justificam uma conduta manifestamente negligente ou desidiosa das Casas Legislativas, conduta esta que pode pôr em risco a própria ordem constitucional. A inertia deliberandi das Casas Legislativas pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 3. A omissão legislativa em relação à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, acabou dando ensejo à conformação e à consolidação de estados de inconstitucionalidade que não podem ser ignorados pelo legislador na elaboração da lei complementar federal. 4. Ação julgada procedente para declarar o estado de mora em que se encontra o Con gresso Nacional, a fim de que, em prazo razoável de 18 (dezoito) meses, adote ele todas as providências legislativas necessárias ao cumprimento do dever constitucionalimposto pelo art. 18, § 4º, da Constituição, devendo ser contempladas as situações imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionalidade gerado pela omissão. Não se trata de impor um prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um parâmetro temporal razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses determinado pelo Tribunal nas ADI n°s 2.240, 3.316, 3.489 e 3.689 para que as leis estaduais que criam municípios ou alteram seus limites territoriais continuem vigendo, até que a lei complementar federal seja promulgada contemplando as realidades desses municípios (STF – ADI 3682 / MT - MATO GROSSO Relator(a):  Min. GILMAR MENDES. Julgamento:  09/05/2007)           
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
STF já se pronunciou que não se pode criar Município por referendo posterior à edição do ato legislativo. 
EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL. MUNICÍPIO. ALTERAÇÕES: ATO NORMATIVO (ART. 102, I, "a", DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). PLEBISCITO: ART. 18, § 4 , DA C.F. 1. É ato normativo, impugnável mediante Ação Direta de Inconstitucionalidade, Lei estadual que altera outra Lei, quanto à origem do desmembramento, à área, aos limites e às confrontações de município. (Precedente: ADI 733). 2. É inconstitucional essa Lei, se realiza tais alterações, sem a consulta plebiscitária de que trata o § 4º do art. 18 da Constituição Federal. Precedente. 3. Rejeitada a preliminar suscitada pela Advocacia Geral da União, a Ação Direta é julgada procedente, pelo S.T.F., para o efeito de declarar a inconstitucionalidade do art. 2 da Lei n 498, de 21.12.1992, do Estado de Tocantins, na parte em que, dando nova redação ao inciso IX do art. 4 da Lei n 251, de 20.02.1991, alterou a origem do desmembramento, a área, os limites e as confrontações do Município de Cariri do Tocantins (STF- ADI 1262/TO – Rel.: Min. Sydney Sanches – Data de julgamento: 11/09/1997)
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
"Redefinição dos limites territoriais do Município de Salinas da Margarida. Desmembramento de parte de Município e incorporação da área separada ao território da municipalidade limítrofe, tudo sem a prévia consulta, mediante plebiscito, das populações de ambas as localidades. Ofensa ao art. 18, § 4º da CF. Pesquisas de opinião, abaixo-assinados e declarações de organizações comunitárias, favoráveis à criação, à incorporação ou ao desmembramento de Município, não são capazes de suprir o rigor e a legitimidade do plebiscito exigido pelo § 4º do art. 18 da Carta Magna. O descumprimento da exigência plebiscitária tem levado este Supremo Tribunal Federal a declarar, por reiteradas vezes, a inconstitucionalidade de leis estaduais ‘redefinidoras’ dos limites territoriais municipais. Precedentes: ADI 2.812, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 9-10-2003, ADI 2.702, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 5-11-2003 e ADI 2.632-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 29-8-2003. As questões relativas à idoneidade da lei de criação de Município como objeto do controle concentrado e às consequências da eficácia limitada da norma inscrita no art. 18, § 4º, da CF, já foram suficientemente equacionadas no julgamento cautelar da ADI 2.381-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 14-12-2001.” (ADI 3.013, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 12-5-2004, Plenário, DJ de 4-6-2004.)
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Diretrizes ou vedações constitucionais de natureza federativa: conjunto de regras de caráter organizativo do Estado Federal. Art. 19 da Constituição Federal:
1) Estabelecimento de cultos religiosos ou Igrejas, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles relação de dependência, salvo colaboração de interesse público: visa preservar o Estado laico, pois inexiste religião oficial no Brasil. Entes federativos não podem cobrar impostos em relação ao patrimônio, renda e serviços das entidades religiosas: art. 150, VI, b, CRFB/1988
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
2) Recusar fé aos documentos públicos: entidade federativa não pode recusar a autenticidade a documento reconhecido e garantido por órgão público ou outra entidade em razão de sua procedência. Fé pública é nacional.
3) Criar distinções entre brasileiros: unidade da nacionalidade. Liberdade de trânsito do brasileiro no território nacional. Igualdade entre brasileiros, exceções somente são admitidas se previstas na Constituição.
4) Criar preferências entre si: não há hierarquia entre União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. Imunidade tributária recíproca. 
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
"Licitação pública. Concorrência. Aquisição de bens. Veículos para uso oficial. Exigência de que sejam produzidos no Estado-membro. Condição compulsória de acesso. Art. 1º da Lei 12.204/1998, do Estado do Paraná, com a redação da Lei 13.571/2002. Discriminação arbitrária. Violação ao princípio da isonomia ou da igualdade (...) Precedentes do Supremo. É inconstitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso a licitação pública, para aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro." (ADI 3.583, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 21-2-2008, Plenário, DJE de 14-3-2008.)
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
A Federação brasileira:
União Federal: poder central da Federação e representante do Estado nacional nas relações internacionais
Estados federados: entidades regionais autônomas
Municípios: autonomia municipal: menor entidade federada autônoma
Distrito Federal: sede do governo da União – área neutra, que não faz parte de nenhuma outra unidade federada, como forma de salvaguardar o exercício das atribuições da União. A CRFB/1988 concedeu autonomia política e auto-organização ao DF, com limitações
Territórios Federais: autarquias federais, espaços geográficos diretamente governados pela União Federal
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Mapa do Brasil com as divisões territoriais do Estado Federal brasileiro

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