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Museus e geração de informação: 
embates práticos
Suely Moraes Ceravolo
A sociedade contemporânea, denominada sociedade da informação, carac-
teriza-se pelo fato de a informação apresentar-se como insumo da ação de 
estar no mundo.
Maria de Fátima G. M. Tálamo e Marilda L. G. de Lara, 
“O campo da linguística documentária”
Certa vez, alguém me perguntou seriamente qual é o lugar da informação no museu. A 
resposta primeira e mais espontânea: na exposição. Nela se veem obras de arte, objetos, 
espécimes e amostras — belos ou raros, exóticos ou curiosos, comuns ou bizarros — em 
uma miríade de possibilidades — em paredes, vitrines ou pedestais, e em espaços virtuais 
acompanhados (ou não) de pequenas etiquetas, legendas um pouco maiores ou em textos 
(e hipertextos) nos quais se leem explicações. Por vezes, há vídeos, filmes e outras mídias 
como complementação, ou, então, elas mesmas se constituem como acervos. É comum se 
ouvir que, nas exposições em museus, tem-se informação ou conhecimento, ponto de vista 
que nos leva à dedução de que ambos — informação e conhecimento — são propriedades 
imanentes ao objeto exposto, seja qual for sua natureza. Essa visão simplista me fez 
pensar. A pergunta é capciosa, e a resposta cheia de senões. Fiquei refletindo sobre o 
caminho cotidiano repleto de atividades que os profissionais de museus precisam trilhar 
até que um objeto (generalizando a espécie) seja apresentado.
Parto, para nosso diálogo, das atividades que não são vistas, por vezes desconheci-
das, menos glamorosas do que a exposição, todavia desafiadoras. Parto do que deveria ser 
o marco zero dentre estas atividades: a documentação.
O que me proponho a apontar daqui em diante decorre da compreensão de documen-
tação em museus desenvolvida como conjunção de teoria e prática, uma alimentando a 
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outra. A perspectiva teórica vai procurando tecer — uma vez que em curso contínuo — re-
lações entre a Museologia e a Ciência da Informação, que, no meu entender, se entrelaçam, e 
no que compete aos museus justamente o fazem na documentação. Doutra parte, a prática 
advém do trabalho vivenciado há alguns anos em instituições museológicas universitárias, 
constituídas efetivamente de coleções de objetos tridimensionais e, também, em um cen-
tro de divulgação de ciência cujo acervo era (e ainda é) formado em grande parte por algo 
perceptível, por meio de equipamentos ou experimentos que podem ser trocados e atuali-
zados; desse modo, um acervo de efeitos imateriais, virtuais, potenciais. Acrescento à parte 
prática comentários de alunos em estágio, ex-alunos ou profissionais sobre como se tem 
trabalhado a documentação nos museus de nosso país. Esses comentários poderiam não ir 
além do que são: uma breve nota sobre qualquer assunto. Entretanto, posso combiná-los 
e, até certo ponto, constatar e identificar a concepção e a prática da documentação em 
museus brasileiros pelos resultados apresentados no mapeamento realizado pelo Instituto 
Brasileiro de Museus (Ibram), publicado em 2011 com o título Museus em Números. A pre-
missa desse órgão federal destaca a importância do registro como “procedimento essencial 
para a preservação [...], para o desenvolvimento de pesquisas, bem como para as ativida-
des de educação e comunicação dos museus”.1
Focalizo dessa publicação o quesito Acervo, esclarecendo que os dados apresenta-
dos tomaram por base o Cadastro Nacional de Museus (CNM), com o objetivo de identificar 
as tipologias e quantificar os acervos, comparando números através do Livro de Registro, 
da ficha de catalogação e do software/programa informatizado. Somos informados pelos 
analistas de que o cotejamento dos dados do Cadastro visou captar os procedimentos 
empregados para registro e para “documentação desses acervos”. Assim, entende-se que, 
referindo-se aos registros, resulta que se está no campo da documentação, recorrendo-se 
ao mapeamento publicado, tendo em vista o panorama atual da documentação nas institui-
ções museológicas que se cadastraram.
Vejamos: há hoje, segundo o Cadastro, mais de 3 mil museus (23 deles virtuais) de ti-
pologia diversificada, espalhados de modo desigual pelas unidades federativas. Responde-
ram ao questionário do CNM 1.500 instituições museológicas, cifra correspondente a 50% 
do universo mapeado. A seguir, saliento do mesmo quesito alguns informes que retratam o 
tratamento documental aplicado aos acervos brasileiros.
1 IBRAM — autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, <http://www.museus.gov.br>. Museus em Números, 
v. 1, 2011, p. 69-70. Disponível em: <http://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2011/11/museus_
em_numeros_volume1.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2012.
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Sobre o quantitativo, temos 61 instituições que contam com mais de 100 mil itens 
e 521 com menos de 3 mil itens, o que representa 75%, ou seja, a maior parte dos acer-
vos, sendo mais comuns os classificados em História e menos em Arquivística. Contudo, 
a maioria das instituições declarou que o quantitativo era “apenas um número estimado” 
(grifo meu). Os analistas inferem que os números estimados refletem a ausência de in-
ventários completos da parte das instituições; ao mesmo tempo observam a distorção 
entre os 78,7% que afirmaram realizar o registro dos respectivos acervos e os 75% 
que chegaram a números por aproximação. A diferença foi interpretada como decorrência 
da atualização de inventários por parte de algumas instituições, que puderam afirmar 
números mais precisos.
Repasso na íntegra mais dois parágrafos do referido documento, para evitar segundas 
interpretações:
Outro aspecto a se considerar é o fato de que, apesar do reconhecimento da 
importância do registro dos bens culturais, muitos museus apresentam di-
ficuldades na execução dessa atividade. O não estabelecimento de números 
exatos ocorre por diferentes motivos, entre eles a escassez de recursos hu-
manos e a ausência de capacitação técnica para a realização da atividade e o 
próprio caráter dinâmico dos acervos, uma vez que boa parte das instituições 
atua com a permanente inclusão de novos bens culturais em suas coleções. 
[Grifos meus.]
E o seguinte:
Os principais instrumentos utilizados para registro do acervo, segundo o CNM, 
são o livro de registro e a ficha catalográfica, que se equiparam em frequência 
de citações [...]. Os softwares de catalogação aparecem como o recurso menos 
utilizado em relação aos demais instrumentos. [Grifos meus.]
O que nos indicam tais citações? Pontuo, com algum grau de interpretação, aceitando 
que registros equivalem à documentação de museus:
a) Os registros (documentação) são importantes, porém não são fáceis de se executar.
b) Registros são compreendidos como a célula principal da documentação em museus.
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c) Ainda é limitado o emprego de programas informatizados (softwares), e deles 
se espera a catalogação dos itens de um dado acervo.
d) Para a documentação apresentar resultados, é preciso capacitação e dedicação 
contínua dos profissionais.
Pergunto: seria exagero afirmar, com base nos dados desse mapeamento, que a docu-
mentação de acervos museológicos no Brasil se encontra ainda em fase bastante elemen-
tar? Penso que não.
Concordando plenamente que a documentação em museus está longe de ser de fácil 
execução e, deixando ao largo, por um momento, a questão dos profissionais, é preciso 
notar a percepção restritiva dessa documentação, com base somente em registros, mesmo 
considerando que os dados arrolados pelo CNM decorrem de questões pautadas no dimen-
sionamento de acervos.
Nota-se, também, o pouco uso de recursos informatizados para tal documentação, 
o que pode refletir outros aspectos, a exemplo da dificuldade de acesso a equipamentos 
adequados para lidar com um volume não desprezível de dados: a falta de compartilha-
mento com profissionais especializados, para desenvolveruma programação que atenda às 
necessidades específicas de determinadas coleções, e o desconhecimento ou dificuldade do 
manejo de programas (gratuitos, inclusive) que podem ser adaptados a fim de compor um 
banco de dados para acervos de museus.
Por sua vez, não é possível deixar de notar a ideia de que um software “cataloga” 
qualquer coleção. A catalogação, além da participação do catalogador, documentalista, es-
pecialista (seja qual for o título que leve), decorre de uma operação intelectual — densa, 
eu diria — que lida necessariamente com a compreensão do todo/parte, até a definição de 
classes e subclasses que servirão à indexação dos itens do acervo. O procedimento inte-
lectual da catalogação para acervos de museus deriva da apreensão e domínio de um dado 
conjunto específico e peculiar. As coleções são tópicas: uma não é igual a outra, como de 
resto qualquer coleção, ainda que possa haver elos entre elas. Ou seja, o entendimento da 
natureza, das características e das relações de associação dos acervos museológicos com o 
campo amplo da cultura material, com determinadas expressões da cultura e também com 
determinadas áreas do saber constitui-se como ponto fundante para o trabalho da docu-
mentação, nos museus brasileiros ou de outros países. A catalogação, entretanto, é parte 
das tarefas do documentar em museus. Para essa documentação ser eficiente, é necessário 
planejamento, uma estrutura arquitetada para operacionalizar o encadeamento de tarefas 
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e outros processamentos (manual ou informatizada) — ou seja, um sistema projetado —, 
recursos e equipamentos diversos, instrumentos terminológicos para o controle de voca-
bulário, de modo a normalizar o nomear, o classificar, o descrever, visando recuperar a infor-
mação e, no que diz respeito aos recursos humanos, precisa-se de capacitação, de tempo e 
disponibilidade para uma tarefa contínua que demanda esforço cooperativo.
Parece-me, então, que há questões de diferentes ordens na abordagem da documenta-
ção em museus: as de ordem da concepção e as técnicas. Vale ainda um pequeno adendo: a 
palavra documentação carregada de polissemia pode nos enviar a múltiplas direções de sig-
nificado: num plano geral, documentar remete a prova, explica o dicionário. Documentação é 
ação, reúne provas, e pela ação imprime ordem em oposição à desordem. O operador-documen-
talista, ao lidar com um acervo, tem a tarefa (ou missão?) de organizar o conjunto do acervo. 
O campo da organização, escreve Durval de Lara, “não exclui nem concorre com a apreensão 
sensível do objeto”. Por essa razão, diz ele, o armazenar, o catalogar e o classificar, ações pró-
prias da dimensão organizativa, refletem inclusive a dimensão do sensível, pois, nesse sentido, 
situam-se no plano do relacionamento do homem com o mundo que impacta as dinâmicas das 
relações. Entretanto, as formas de relacionamento não são estanques, elas se transformam, 
em razão direta da mudança nos modos de percepção. Como uma variável atinge outra, uma 
vez alterados os modos de percepção, estes alterarão a modelagem da organização e outras 
tantas variáveis imbricadas, especialmente hoje, com as possibilidades abertas pelas rotas e 
sítios web e ambiente wiki para o desenvolvimento de projetos cooperativos.
Se é verdade que museus são dispositivos culturais que estocam informação sobre a 
cultura material, representada em grande parte por objetos (e informação é insumo, como 
realça a epígrafe),2 vamos sublinhar o papel da documentação como portal possível de co-
municação, quer interna, com as instituições museológicas, quer externa, com e para o 
diverso entorno social e cultural, de modo a auxiliar os museus a se apresentarem e a dia-
logarem com o mundo não só através das exposições.
Não se trata somente de como executá-la; há orientações para isso.3 Não se trata 
também de discutir a condição de documento para os objetos de museu que são simulta-
neamente forma (suporte) e conteúdo, e têm lá seus “segredos” ou vínculos de relações não 
imediatamente presentes na matéria da qual são constituídos.4 Objetos em museus são ele-
2 TÁLAMO; LARA, M., 2006.
3 A exemplo de Standards & Guidelines (International Committee for Documentation — CIDOC/ICOM). Disponível 
em: <http://icom.museum/professional-standards/standards-guidelines>. Acesso em: 22 jul. 2012.
4 CERAVOLO; TÁLAMO, 2007. A ideia de objeto-segredo é de autoria do prof. dr. Marcelo Bernardo Nascimento 
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mentos da cultura material (artefatos criados pelo ser humano, incluindo-se material digital 
ou outros), testemunhos da mediação do nosso viver em sociedade. Estão impregnados de 
utilidade, estética, simbolismo, constituindo-se num ponto — senão o ponto singular — des-
sa documentação para a preservação de determinadas parcelas do patrimônio cultural. Justo 
esse aspecto, o das inúmeras relações, faz da documentação um trabalho contínuo — uma 
“lista sem fim”, com a licença de Umberto Eco5 —, provocando dons detetivescos no documen-
talista, que busca constantemente complementação para o entendimento dos objetos e/ou 
coleções, de modo a identificar com objetividade e precisão que, como, quando, por que e para 
quem serão produzidas, atualizadas, mantidas e usadas tais informações.
Ora, se a documentação de museus não se limita aos registros e à informatização, o 
que vem a ser? Eu diria: um e outro e mais ainda. Uma analogia pode nos ajudar: ela está 
próxima de um “quebra-cabeça”, cujo resultado advém da interligação de cada peça num de-
terminado todo. O resultado decorre, num certo sentido, do efeito sinergético, mas o efeito 
pode e deve ser previsto e avaliado, principalmente no que diz respeito à informação que se 
faz em estrutura e fluxo contínuo.
Outro cenário. Interseção disciplinar. Sistema informacional de museu. 
O profissional híbrido
Fato é que mudou nossa relação e percepção do mundo, e tende a mudar ainda mais 
com o fator tecnologia de informação e comunicação (TICs), transmutando o cenário 
contemporâneo rotulado de Era da Informação. A informação, substância6 do viver, do 
conviver e do comunicar em sociedade, se revela como artefato e bem patrimonial. Mes-
mo correndo o risco do excesso de patrimonialização, gerando novas e novas coleções a 
requerer cuidados,7 temos mostras suficientes de que a meta global se centra no captar, 
no reter e no disseminar (ou democratizar) a Cultura (em maiúscula), como bem comum 
da Humanidade (também em maiúscula), de todos os ângulos e em toda a diversidade. 
Museus, bibliotecas e arquivos, os guardiães institucionalizados da memória social, her-
Cunha (Departamento de Museologia, FFCH/UFBA) (texto inédito).
5 ECO, Umberto. A vertigem das listas. Rio de Janeiro: Record, 2010.
6 Segundo explicações da profa. dra. Maria de Fátima Tálamo, no sentido hjmesleviano informação é forma de 
conteúdo, uma vez que resulta da atribuição de forma à substância do conteúdo, donde as inúmeras formas 
de informação.
7 CERAVOLO, 2010.
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daram “conhecimento, beleza e imaginação” e são responsáveis por séculos de custódia 
de testemunhos, mesmo que projetos com esse objetivo demandem cifras astronômicas, 
necessitem de investimentos privados e sejam vistos como empreendimentos mercado-
lógicos. Vive-se um novo tempo, um “Novo Renascimento”,8 certamente com desafios e 
problemas a resolver.
Em tal envoltório, as demandas informacionais são maiores; com o avanço das im-
prescindíveis ferramentas tecnológicas e do entorno digital, espera-se mais dos museus. 
Nesse contexto, o documentalista de acervos museológicos, sem abandonar os registros 
e fichas — e, no entanto, sem a eles se limitar —, precisa assumir perspectivas mais 
amplas. Neste ponto vejo a interseção disciplinar entre a documentação de museus e a 
Ciência da Informação (CI) e, por encadeamento lógico, entre aquela e a Museologia, com-
preendida comoo estudo da relação Homem-Objeto no cenário Museu,9 já que a função 
desse documentar é prover o entendimento do Objeto-Homem no mesmo cenário que, 
a bem da verdade, transpõe paredes para alcançar outras expressões do patrimônio 
cultural não retidas ali. Refiro-me à interseção entre disciplinas como ultrapassagem do 
insulamento de especialidades acadêmicas. De acordo com especialistas, a inter, multi ou 
transdisciplinaridade produz conceitos e métodos inovadores, com níveis de interseção e 
graus de complexidade cada vez maiores.10 Vale notar que o mero uso de qualquer um 
desses vocábulos nada resolve. Por isso, o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos in-
terconectando a Museologia e a Ciência da Informação vem aproximando as duas áreas — e 
me refiro aos programas de pós-graduação brasileiros —, com tendência a aumentar em 
número e qualidade, até porque há concretamente nessa confluência um profissional de 
perfil híbrido — o profissional da informação de coleções museológicas — trabalhando em 
problemáticas, considerando as peculiaridades dos museus e analisando os pontos de tan-
gência com o campo da informação.
Ao falarmos de interseção, vale relembrar que a da Documentação em Museus com a 
Ciência da Informação vem de longa data. Tomando como marco cronológico mais imediato 
8 New Renaissance. Report of the ‘Comité des Sages’ Reflection Group on Bringing Europe’s Cultural Heritage. 
Disponível em: <http://ec.europa.eu/information_society/activities/digital_libraries/doc/refgroup/final_
report_cds.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2012.
9 Cf. Waldisa Guarnieri, o museu é base necessária à atividade museológica. O fato museal: objeto de 
investigação da Museologia. In: BRUNO, Maria Cristina Oliveira. Waldisa Rússio Camargo Guarnieri: textos e 
contextos de uma trajetória profissional. São Paulo: Pinacoteca do Estado; Secretaria de Estado da Cultura; 
Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, 2010, p. 203-210.
10 DOMINGUES, 2005, p. 24.
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o século XX, a título de exemplo, rememoro duas personalidades que deixaram suas con-
tribuições: o belga Paul Otlet e a bibliotecária francesa Yvonne Oddon. Paul Otlet cunhou 
e salientou o termo Documentação em meados da década de 1930, o qual predominou a 
partir de então, inserindo no mesmo status os museus e os objetos de museu como docu-
mentos dos acervos das bibliotecas e dos arquivos. Oddon, colaboradora direta de George 
Henri Rivière, foi responsável pelo Centro de Documentação do Conselho Internacional de 
Museus (Icom).11 As lições de Oddon para a documentação em museus são ilustrativas, 
sendo publicadas em Elements de documentation muséographique (1968). Ao se folhear 
a publicação, os olhos se voltam às ilustrações: nelas se vê o formato do inventário e de 
fichas de registro, os fichários e as múltiplas fichas classificadas e arquivadas em índices 
cruzados, com processamento idêntico ao empregado em bibliotecas. Foi seu trabalho que 
inspirou a obra Museu. Aquisição/Documentação, da brasileira Fernanda de Camargo-Moro, 
publicada em 1986,12 até hoje citada nos cursos de Museologia em nosso país.
Em razão dessa interseção disciplinar, cabe rever as concepções, conceitos e procedi-
mentos da documentação de museus. Um primeiro passo nos leva a compreender o museu 
como unidade de informação sociocultural, uma espécie de repositório potencial da cultura 
material (e por que não da cultura digital?), e a documentação como sistema informacional 
de museus, modelada em abordagem sistêmica. O enfoque de sistema informacional de 
museu transpõe a visão de registros e não se trata de perspectiva nova: desde meados 
do século passado, essa noção entrou com vigor nos museus especialmente para a docu-
mentação, em consequência do incremento dos microcomputadores e das possibilidades 
de informatização. Mas, ao que parece, a perspectiva ainda não foi totalmente incorporada e 
trouxe a reboque outros problemas, como é o caso do controle terminológico.13
Ocorre que a absorção da noção de sistema informacional para museus prevê a in-
tegração, do modo mais harmônico que se possa alcançar, de partes em funcionamento 
com a consciência que lida com o ambiente próximo e com o distante, sujeito a flutuações, 
mudanças e adaptações, considerando-se como fator preponderante a flexibilidade para 
interagir junto ao plano sociocultural. Aceitar a interdependência com o ambiente (ou meio) 
traz para primeiro plano as necessidades do interlocutor ou usuário; ou seja, entre o siste-
11 Sobre G. H. Rivière e Y. Oddon ver La Museología. Curso de museología/Textos y testimonios. Madri, Espanha: 
Akal, 1993.
12 CAMARGO-MORO, Fernanda de. Museus. Aquisição/Documentação. Rio de Janeiro: Livraria Eça Editora, 1986.
13 CERAVOLO; TÁLAMO, 2000.
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ma e o usuário se interpõe o profissional, para prover o intercâmbio e o compartilhamento a 
ser previsto e, portanto, a ser trabalhado.
O enfoque sistêmico, como se sabe, é aplicado às organizações,14 sendo o museu 
uma delas. A documentação seria então um subsistema, uma peça da engrenagem que 
faz funcionar o museu. Pensa-se aqui a documentação em termos administrativos, como 
bem exemplifica a expressão norte-americana collections management. Em tal conjuntura, 
fala-se na gestão das coleções a administrar como uma série de tarefas encadeadas que, 
para simplificar, equaciona operações de controle de entrada/saída dos bens culturais, os 
cuidados com o armazenamento, embalagens e transportes, revisões periódicas e assim 
por diante. Sendo assim, a função desse profissional é a de gestor de acervo.
Convenhamos, o ângulo é outro.
Todavia, este é um lado da questão, no qual a agilidade para se obter uma visão mais 
completa do acervo, digamos em linha horizontal, que redundaria em quantitativos mais 
precisos sobre os itens das coleções, esbarra por vezes em dificuldades. Dentre essas difi-
culdades, há fatores como a dispersão do acervo, a falta de condições adequadas de arma-
zenamento, a ausência de um projeto prévio do sistema de documentação que concatene 
etapas de processamento e, por vezes, a incompreensão da complexidade que envolve este 
mesmo processamento por parte da própria instituição, que julga uma só pessoa poder res-
ponder, com mínimas condições de trabalho, incluindo o espaço físico (afinal, podem pensar, 
basta uma mesa e um microcomputador), pela tão esperada “documentação”, já que a vê 
somente como uma listagem, perdendo de vista o intenso tratamento especializado que é 
requerido para procedê-la. Outra dificuldade é a de nomear tais itens, fazendo com que a 
operação de quantificar (ou inventariar) estanque em algum ponto do processo e que derive 
para o recorte vertical, o da pesquisa, sendo que gerenciar as coleções museológicas não é 
o mesmo que pesquisá-las. Por isso, documentar coleções se torna um trabalho sem fim. O 
resultado não é desconhecido e foi diagnosticado nos dados apresentados em Museus em 
Números acima comentado: chega-se somente a estimativas.
Para gerenciar coleções museológicas além da percepção diferenciada do estatuto 
profissional no lugar de registrador de inventários e fichas, o museu-organização deve 
assumir, desenvolver e incorporar uma política de informação estabelecendo objetivos 
que contribuam efetivamente com o avanço institucional e sociocultural, determinando 
14 ODDONE, Nanci; BERBET, Martha S. M-S. O enfoque sistêmico aplicado às organizações: os sistemas e o 
profissional da informação. (Texto inédito.)
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e auferindo regularmente metas a curto, médio e longo prazos, implantando estratégias 
e métodos para chegar efetivamente a resultados, agregando valores novos e investindo 
em recursos humanos ou sua capacitação e atualização, em equipamentos e tecnologias.
Ao pensar na produção e evidentemente na recuperação de informação, podemos acoplar 
ao eixo do gerenciamentoduas outras noções desenvolvidas pela Ciência da Informação, uma vez 
que esse gestor não só administra tarefas e registros, define campos e preenche formulários. 
Chegamos assim à primeira dessas noções: o gestor de coleções museológicas imprime direção 
ao que está implícito e a traduz em esquemas classificatórios, ou seja, organiza o conhecimento. 
A segunda noção — tão importante quanto a primeira —, na qual vou me deter um pouco mais, 
nos diz que ele lida com a organização da informação e, para isso, seu universo de trabalho passa 
a ser o da linguagem, o arcabouço ou ferramenta para produzir informação. Há agora um desloca-
mento significativo de concepções: esse raciocínio nos leva a situar o documentalista de museu 
na posição de profissional da informação, e vale repetir: o ângulo é outro.
Vejamos com mais detalhes a questão da linguagem, ou, melhor dizendo, das lingua-
gens documentárias.
Do objeto para a linguagem. A geração de informação nos museus
Alguém já disse que museólogos são apegados a objetos. Comportamo-nos, muitas vezes, 
de maneira semelhante à do colecionador impregnado de desejos e afetos por sua coleção.15 
Vemos a beleza nesses objetos, mesmo que estranhos. Ao conhecê-los, “vemos” para além 
daquilo que o olhar curioso pode perceber, aprendemos que os objetos nos museus podem 
significar e explicar sobre nós mesmos ou sobre o Outro; são referenciais. Entretanto, o mote 
comum que diz “o objeto fala sozinho” não funciona nem mesmo numa exposição, ainda que se 
acredite num certo impacto emocional e afetivo que possa emanar desse objeto. Via de regra, 
numa exposição, os objetos são situados no tempo, no espaço e no rico, diverso e complexo 
universo das relações e criações humanas. Numa exposição — museológica ou não — eles vão 
ser legendados com denominação, autor ou produtor, data, lugar de produção, técnica, com-
posição material, utilidade ou simbolismo ou ambos. São metadados e ali estão porque foram 
coletados, registrados e armazenados. Caso contrário, não haveria legendas.
15 BLOM, Philipp. Ter e manter. Rio de Janeiro: Record, 2003.
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Por mais significância que receba, no museu o objeto-coisa será encaminhado para a 
exposição ou reserva técnica (quando não devolvido devido a um empréstimo). Por esse mo-
tivo de certo modo bem simples — é coisa e como tal deverá ser guardado ou apresentado —, 
ele se torna a matriz de informação para a documentação. No exato momento em que se ini-
cia um registro qualquer (e são muitos), não estaremos mais com o objeto e sim elaborando 
representações sobre ele, a partir da linguagem.16 Entendo ser esse aspecto decisivo para a 
compreensão da relação entre o museu e a geração de informação, protagonista do presen-
te diálogo, considerando que a instituição ou instituições são elas mesmas uma modalidade 
de comunidade discursiva e, como tal, sujeitas a variações semânticas.
Os problemas de linguagem e de representação são também antigos conhecidos 
dos museus, quando se trabalha com coleções museológicas; têm, assim, historicidade.17 
Afloraram com maior evidência — para uns no final dos anos 1960, para outros na década 
seguinte — na mesma época em que houve a popularização da ideia de sistema de informa-
tização para museus.
Ocorre que a documentação como sistema informacional de museu não prescinde de 
estrutura para acionar o fluxo da informação: como sistema, precisa de metodologias que 
auxiliem a formatação coerente entre as partes estruturantes, e como sistema informacio-
nal vai lidar o tempo todo com linguagens construídas (linguagens documentárias).
O cerne da organização, do tratamento, da circulação e recuperação da informação também 
nos museus depende dessas linguagens modeladas, de modo a não ficar à mercê da plastici-
dade da linguagem natural. Chega-se, assim, à normalização terminológica que será organizada 
a partir da visão de conjunto de uma dada coleção (todo/parte), estruturada em instrumentos 
normativos e prescritivos para que se tenha condições de padronizar denominações, classes e 
categorias, para a indexação, como é o caso dos thesauri, e assim ter meios efetivos de recu-
peração. Nada nesse processo é automático ou exercício de “tradução” de uma linguagem para 
outra; trata-se, sim, de um processo intelectual e de lógica, num caminho pontilhado de idas 
e vindas sobre o acervo visando oferecer conhecimento de uma (ou mais) área(s) do saber ou 
contribuir para ele. Além disso, requer o paciente e cuidadoso trabalho de equipe.
Como se vê, a documentação de museus (e, naturalmente, os profissionais que nela 
atuam) inscreve-se e tem sua ação centralizada em eixos articulados de gestão do acervo e 
nos de produção de informação. São eixos que saem do mesmo ponto, mas operam parale-
16 CERAVOLO; TÁLAMO, 2007.
17 TORRES, María T. M. Historia de la documentación museológica: la gestión de la memoria artística. Gijón, 
Espanha: Ediciones Trea, 2002.
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lamente de modo a se complementarem. Para as operações dedicadas a produzir informação 
no eixo acervo-matriz de informação, o grande instrumento é o da linguagem que, nesse 
território, se denomina linguagem documentária, objeto de estudo da linguística documen-
tária, um desdobramento ainda recente da Ciência da Informação.18
Ainda que se conte cada vez mais com os equipamentos de informática (e/ou digitais 
mediando relações sociais) e que se manejem hardwares e sofwares com mais facilidade, 
nem por isso as questões terminológicas deixaram de existir, pois se faz necessário con-
tornar o fenômeno constante das variações linguísticas e o premente intercâmbio comuni-
cativo. Nem por isso deixaram de existir problemas de interoperabilidade entre sistemas 
que, se por um lado dependem do ajuste de tecnologias, por outro são afetados por ques-
tões semânticas.19
Afinal, informações são fabricadas e recuperadas na condição estruturada, o que sig-
nifica formato e linguagem de compartilhamento e acesso. O seu contrário é a não comuni-
cação, a esterilidade, o caminhar na contramão daquilo que — com todos os percalços — se 
opõe à crescente e esperançosa tendência de nos aproximar uns dos outros.
Para finalizar...
Volto ao ponto inicial, a documentação, aparentemente longe das vitrines iluminadas, mas 
colocada há muito tempo por especialistas como a espinha dorsal ou o coração dos traba-
lhos em museus.20 Como procurei demonstrar, até uma simples etiqueta a ser lida pelo visi-
tante na exposição é fruto da organização daquele “quebra-cabeça”, o acervo, assim como 
um sem-número de tarefas que fazem parte do cotidiano; portanto, desde a entrada do 
objeto ao ponto de chegada — a Informação, aqui em maiúsculo.
A essa documentação foi se somando a expectativa de que se articulem arquivos de 
natureza diferenciada a pesquisadores e, possivelmente, ao público, num único sistema que 
serve a instituição, através de uma base de dados com bom grau de intercâmbio comunicativo 
e ilustrada com imagens digitalizadas. Se houver condições financeiras e tecnológicas, espera- 
-se mais: divulgar o museu e seu acervo pela internet, criando um duplo na forma digital.
18 TÁLAMO; LARA, 2006.
19 MOREIRA; LARA, 2012.
20 Refiro-me à dra. Susan Pearce (Museum Studies, University of Leicester). Disponível em: <http://www2.
le.ac.uk/departments/museumstudies/people/professor-Emerita-susan-pearce>. Acesso em: 13 ago. 2012.
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Não é pouco e nem fácil. O nível de tarefas aumentou e igualmente a quantidade de 
variáveis a conhecer e administrar para alcançar resultados. Criar esse duplo digital se 
torna uma questão de sobrevivência, que podemos adjetivar como “museológica”, vincu-
lada a mudanças de estratégias com vistas a responder ao papel social da instituição: o 
de salvaguardar patrimônios e nossa memória social, ou, numa única e ambiciosa palavra, 
a Cultura.
Com todos esses impactos,parece-me um ponto nevrálgico que o documentalista de 
coleções museológicas se compreenda como profissional da informação. Da mesma forma, 
também é nevrálgico que os museus compreendam a importância do atuar permanente 
desse profissional, sem desviá-lo para outras funções — um comentário que ouço aqui e ali, 
como disse a princípio. E igualmente compreender a importância da política de informação 
traçada, partilhada por todos e consolidada institucionalmente.
Enfim, que se compreenda que, como profissionais da informação, podemos nos valer 
dos benefícios somatórios da interseção disciplinar que dizem respeito a conquistas cons-
truídas, neste caso entre a Museologia e a Ciência da Informação e vice-versa.
Referências
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GUIA, Eduardo. Memória: um lugar de diálogo para arquivos, bibliotecas e museus. São 
Carlos, SP: Compacta Gráfica e Editora, 2010, p. 45-58.
______; TÁLAMO, Fátima G. Moreira. Os museus e a representação do conhecimento: uma 
retrospectiva sobre a documentação em museus e o processamento da informação. In: VIII 
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Disponível em: <http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT2—012.pdf>. Acesso 
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q=pt-br/node/3872>. Acesso em: 10 jul. 2012.
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