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Prévia do material em texto

PROVAS ANTIGAS
UNESPUNESP
@LUMARCELLES
1° FASE 2014-2022
Copyright © 2022 de Luiza Farias 
Todos os direitos reservados. Este e-book foi disponibilizado 
GRATUITAMENTE por Luiza Marcelle Farias e a VENDA É PROIBIDA!
Primeira edição, 2023.
 
Provas compactadas-UNESP
@LUMARCELLES
OI MIGOS!
essa sou eu!
Meu nome é Luiza Marcelle e sou dona
do studygram @lumarcelles.
Nesse material, você vai encontrar as
provas compactadas da UNESP de
2014-2022, porém, os gabaritos NÃO SE
ENCONTRAM AQUI.
Para encontrar os gabaritos e resoluções comentadas das
questões, recomendo o site do curso "Objetivo". Lá, você encontra
isso (e muito mais) gratuitamente.
DITO ISSO, VAMOS PRA CIMA: 2023 É NOSSO ANO!
5
@lumarcelles
Confidencial até o momento da aplicação.
Nome do candidato
Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG
001. PRova de CoNheCImeNtoS GeRaIS
(Questões 01 – 90)
 Confira seus dados impressos neste caderno.
 Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado.
 Esta prova contém 90 questões objetivas.
 Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum pro-
blema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de 
tinta preta.
 Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
 Esta prova terá duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h, contadas 
a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas e o Caderno de Questões.
veStIBULaR 2023
2vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
3 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 01 
Examine a tirinha do cartunista Silva João, publicada em sua 
conta do Instagram em 26.09.2019.
O efeito de humor da tirinha está centrado na ambiguidade 
do termo
(A) “inspire”.
(B) “cheguei”.
(C) “bolso”.
(D) “acreditei”.
(E) “sonho”.
Para responder às questões de 02 a 07, leia o trecho do con-
to “A menina, as aves e o sangue”, do escritor moçambicano 
Mia Couto (1955- ).
Aconteceu, certa vez, uma menina a quem o coração ba-
tia só de quando em enquantos. A mãe sabia que o sangue 
estava parado pelo roxo dos lábios, palidez nas unhas. Se o 
coração estancava por demasia de tempo a menina come-
çava a esfriar e se cansava muito. A mãe, então, se afligia: 
roía o dedo e deixava a unha intacta. Até que o peito da filha 
voltava a dar sinal:
— Mãe, venha ouvir: está a bater!
A mãe acorria, debruçando a orelha sobre o peito estreito 
que soletrava pulsação. E pareciam, as duas, presenciando 
pingo de água em pleno deserto. Depois, o sangue dela vol-
tava a calar, resina empurrando a arrastosa vida.
Até que, certa noite, a mulher ganhou para o susto. Foi 
quando ela escutou os pássaros. Sentou na cama: não eram 
só piares, chilreinações. Eram rumores de asas, brancos dra-
pejos de plumas. A mãe se ergueu, pé descalço pelo corre-
dor. Foi ao quarto da menina e joelhou-se junto ao leito. Sen-
tiu a transpiração, reconheceu o seu próprio cheiro. Quando 
lhe ia tocar na fronte a menina despertou:
— Mãe, que bom, me acordou! Eu estava sonhar 
pássaros.
A mãe sortiu-se de medo, aconchegou o lençol como se 
protegesse a filha de uma maldição. Ao tocar no lençol uma 
pena se desprendeu e subiu, levinha, volteando pelo ar. A 
menina suspirou e a pluma, algodão em asa, de novo se er-
gueu, rodopiando por alturas do tecto. A mãe tentou apanhar 
a errante plumagem. Em vão, a pena saiu voando pela jane-
la. A senhora ficou espreitando a noite, na ilusão de escutar 
a voz de um pássaro. Depois, retirou-se, adentrando-se na 
solidão do seu quarto. Dos pássaros selou-se o segredo, só 
entre as duas.[...]
Com o tempo, porém, cada vez menos o coração se fazia 
frequente. Quase deixou de dar sinais à vida. Até que essa 
imobilidade se prolongou por consecutivas demoras. A meni-
na falecera? Não se vislumbravam sinais dessa derradeira-
gem. Pois ela seguia praticando vivências, brincando, sem-
pre cansadinha, resfriorenta. Uma só diferença se contava. 
Já à noite a mãe não escutava os piares.
— Agora não sonha, filha?
— Ai mãe, está tão escuro no meu sonho!
Só então a mãe arrepiou decisão e foi à cidade:
— Doutor, lhe respeito a permissão: queria saber a saúde 
de minha única. É seu peito... nunca mais deu sinal.
O médico corrigiu os óculos como se entendesse rectifi-
car a própria visão. Clareou a voz, para melhor se autorizar. 
E disse:
— Senhora, vou dizer: a sua menina já morreu.
— Morta, a minha menina? Mas, assim...?
— Esta é a sua maneira de estar morta.
A senhora escutou, mãos juntas, na educação do colo. 
Anuindo com o queixo, ia esbugolhando o médico. Todo seu 
corpo dizia sim, mas ela, dentro do seu centro, duvidava. 
Pode-se morrer assim com tanta leveza, que nem se nota 
a retirada da vida? E o médico, lhe amparando, já na porta:
— Não se entristonhe, a morte é o fim sem finalidade.
A mãe regressou à casa e encontrou a filha entoando 
danças, cantarolando canções que nem existem. Se chegou 
a ela, tocou-lhe como se a miúda inexistisse. A sua pele não 
desprendia calor.
— Então, minha querida não escutou nada?
Ela negou. A mãe percorreu o quarto, vasculhou recan-
tos. Buscava uma pena, o sinal de um pássaro. Mas nada 
não encontrou. E assim, ficou sendo, então e adiante.
Cada vez mais fria, a moça brinca, se aquece na torreira 
do sol. Quando acorda, manhã alta, encontra flores que a 
mãe depositou ao pé da cama. Ao fim da tarde, as duas, mãe 
e filha, passeiam pela praça e os velhos descobrem a cabeça 
em sinal de respeito.
E o caso se vai seguindo, estória sem história. Uma úni-
ca, silenciosa, sombra se instalou: de noite, a mãe deixou de 
dormir. Horas a fio a sua cabeça anda em serviço de escutar, 
a ver se regressam as vozearias das aves.
(Mia Couto. A menina sem palavra, 2013.)
QUeStÃo 02 
“E pareciam, as duas, presenciando pingo de água em pleno 
deserto.” (3o parágrafo)
No contexto do conto, “pingo de água” e “pleno deserto” refe-
rem-se, metaforicamente,
(A) à pulsação da filha e ao peito da filha, respectivamente.
(B) à filha e à mãe, respectivamente.
(C) ao peito da filha e à pulsação da filha, respectivamente.
(D) à orelha da mãe e ao peito da filha, respectivamente.
(E) à mãe e à filha, respectivamente.
4vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 06 
Constitui exemplo de neologismo formado pelo processo de 
sufixação a palavra
(A) “inexistisse” (18o parágrafo).
(B) “derradeiragem” (7o parágrafo).
(C) “intacta” (1o parágrafo).
(D) “descobrem” (21o parágrafo).
(E) “imobilidade” (7o parágrafo).
QUeStÃo 07 
Ocorre o pronome apassivador “se” no seguinte trecho:
(A) “A mãe, então, se afligia: roía o dedo e deixava a unha 
intacta.” (1o parágrafo)
(B) “Cada vez mais fria, a moça brinca, se aquece na torreira 
do sol.” (21o parágrafo)
(C) “Clareou a voz, para melhor se autorizar.” (12o parágrafo)
(D) “E o caso se vai seguindo, estória sem história.” (22o pa-
rágrafo)
(E) “Não se vislumbravam sinais dessa derradeiragem.” 
(7o parágrafo)
QUeStÃo 08 
Examine o cartum de Paul Noth, publicado pela revista The 
New Yorker em 18.02.2021.
“Of course you feel great. These things are loaded with antidepressants.”
O cartum ironiza, sobretudo, um problema de
(A) êxodo rural.
(B) degradação das áreas urbanas.
(C) saúde pública.
(D) desigualdade social.
(E) desequilíbrio ambiental.
QUeStÃo 03 
Além da variedade de discursos diretos e indiretos, 
a narrativa de ficção, a partir das últimas décadas do sé-
culo XIX, utiliza um tipo de discurso que consiste na com-
binação dos já existentes, misturando valores estilísticos 
de um e de outro: é o discurso indireto livre.O discurso 
indireto livre não deixa claro quem está com a palavra, se 
o narrador ou a personagem.
(Nilce Sant’Anna Martins. Introdução à estilística, 1989. Adaptado.)
Constitui exemplo de discurso indireto livre o seguinte trecho:
(A) “— Ai mãe, está tão escuro no meu sonho!” (9o parágrafo)
(B) “A mãe, então, se afligia: roía o dedo e deixava a unha 
intacta.” (1o parágrafo)
(C) “A senhora ficou espreitando a noite, na ilusão de escutar 
a voz de um pássaro.” (6o parágrafo)
(D) “Pode-se morrer assim com tanta leveza, que nem se 
nota a retirada da vida?” (16o parágrafo)
(E) “— Morta, a minha menina? Mas, assim...?” (14o pará-
grafo)
QUeStÃo 04 
O narrador recorre a um enunciado aparentemente paradoxal 
no seguinte trecho:
(A) “Quando acorda, manhã alta, encontra flores que a mãe 
depositou ao pé da cama.” (21o parágrafo)
(B) “O médico corrigiu os óculos como se entendesse rectifi-
car a própria visão.” (12o parágrafo)
(C) “A mãe regressou à casa e encontrou a filha entoan-
do danças, cantarolando canções que nem existem.” 
(18o parágrafo)
(D) “Ao fim da tarde, as duas, mãe e filha, passeiam pela 
praça e os velhos descobrem a cabeça em sinal de res-
peito.” (21o parágrafo)
(E) “A mãe se ergueu, pé descalço pelo corredor.” (4o pará-
grafo)
QUeStÃo 05 
A linguagem poética, o emprego de neologismos e as mar-
cas de oralidade, que podem ser identificados no texto de 
Mia Couto, caracterizam também a prosa do seguinte escritor 
brasileiro:
(A) Guimarães Rosa.
(B) Graciliano Ramos.
(C) Machado de Assis.
(D) Euclides da Cunha.
(E) Aluísio de Azevedo.
5 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 11 
No soneto, o pronome “o” refere-se a
(A) “mundo”.
(B) “terreiro”.
(C) “conselheiro”.
(D) “olheiro”.
(E) “vizinho”.
QUeStÃo 12 
No soneto, verifica-se rima entre palavras de classes grama-
ticais diferentes
(A) em “vizinha”/“esquadrinha” (2a estrofe) e em “nobres”/ 
“pobres” (3a / 4a estrofes).
(B) em “vinha”/“cozinha” (1a estrofe) e em “olheiro”/“terreiro” 
(2a estrofe).
(C) em “conselheiro”/“inteiro” (1a estrofe) e em “olheiro”/ 
“terreiro” (2a estrofe).
(D) em “conselheiro”/“inteiro” (1a estrofe) e em “vizinha”/ 
“esquadrinha” (2a estrofe).
(E) em “desavergonhados”/“mercados” (3a / 4a estrofes) e em 
“nobres”/“pobres” (3a / 4a estrofes).
QUeStÃo 13 
Examine a tirinha da cartunista Laerte, publicada em sua con-
ta do Instagram em 28.03.2022.
A se acreditar na narrativa do sapo,
(A) os solstícios e os equinócios seriam consequência de 
uma espécie de disputa entre o pai e a mãe da Terra.
(B) a Lua permaneceria imóvel no céu, quando vista da su-
perfície da Terra.
(C) o dia e a noite seriam consequência de uma espécie de 
disputa entre o pai e a mãe da Terra.
(D) as quatro estações seriam consequência de uma espécie 
de disputa entre o pai e a mãe da Terra.
(E) o Sol permaneceria imóvel no céu, quando visto da su-
perfície da Terra.
Leia o soneto “Descreve o que era naquele tempo a cida-
de da Bahia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696), para 
responder às questões de 09 a 12.
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres¹,
Posta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos, 2010.)
1 Trazidos sob os pés os homens nobres: na visão de Gregório de 
Matos, os mulatos em ascensão subjugam com esperteza os verdadei-
ros “homens nobres”.
QUeStÃo 09 
O soneto de Gregório de Matos constitui um exemplo da sua 
poesia de teor
(A) nostálgico.
(B) satírico.
(C) metalinguístico.
(D) místico.
(E) encomiástico.
QUeStÃo 10 
No soneto, o eu lírico enraíza na cidade da Bahia a figuração 
tradicional do desconcerto do mundo. No quadro da econo-
mia colonial, esse desconcerto do mundo mostra-se associa-
do a um momento crítico da produção
(A) do açúcar.
(B) da borracha.
(C) do ouro.
(D) do café.
(E) do algodão.
6vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 14 
De acordo com Montaigne, as ações humanas caracteri-
zam-se
(A) pela volubilidade.
(B) pela arrogância.
(C) pelo egoísmo.
(D) pela dissimulação.
(E) pela obstinação.
QUeStÃo 15 
Do ponto de vista temático, o texto de Montaigne dialoga 
especialmente com a seguinte citação:
(A) “Sou um homem; não considero alheio a mim nada do 
que é humano.” (Terêncio, 185-159 a.C.)
(B) “Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas 
coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 486-406 a.C.)
(C) “Nunca acontece algo que, por natureza, não sejamos 
capazes de suportar.” (Marco Aurélio, 121-180 d.C.)
(D) “O hábito é o melhor mestre em todas as coisas.” (Plínio, 
23-79 d.C.)
(E) “E amanhã não seremos o que fomos, nem o que somos.” 
(Ovídio, 43 a.C.-18 d.C.)
QUeStÃo 16 
No primeiro parágrafo, Montaigne ressalta que mesmo os 
bons autores tendem a
(A) adulterar a própria história de vida.
(B) manipular a biografia de um homem.
(C) enaltecer a própria história de vida.
(D) depreciar a própria história de vida.
(E) subestimar a biografia de um homem.
Para responder às questões de 14 a 19, leia o trecho de um 
ensaio de Michel de Montaigne (1533-1592).
Há alguma razão em fazer o julgamento de um homem 
pelos aspectos mais comuns de sua vida; mas, tendo em 
vista a natural instabilidade de nossos costumes e opiniões, 
muitas vezes me pareceu que mesmo os bons autores estão 
errados em se obstinarem em formar de nós uma ideia cons-
tante e sólida. Escolhem um caráter universal e, seguindo 
essa imagem, vão arrumando e interpretando todas as ações 
de um personagem, e, se não conseguem torcê-las o sufi-
ciente, atribuem-nas à dissimulação. Creio mais dificilmente 
na constância dos homens do que em qualquer outra coisa, 
e em nada mais facilmente do que na inconstância. Quem os 
julgasse nos pormenores e separadamente, peça por peça, 
teria mais ocasiões de dizer a verdade.
Em toda a Antiguidade é difícil escolher uma dúzia de 
homens que tenham ordenado sua vida num projeto definido 
e seguro, que é o principal objetivo da sabedoria. Pois para 
resumi-la por inteiro numa só palavra e abranger em uma só 
todas as regras de nossa vida, “a sabedoria”, diz um antigo, 
“é sempre querer a mesma coisa, é sempre não querer a 
mesma coisa”, “eu não me dignaria”, diz ele, “a acrescentar 
‘contanto que a tua vontade esteja certa’, pois se não está 
certa, é impossível que sempre seja uma só e a mesma.” Na 
verdade, aprendi outrora que o vício é apenas o desregra-
mento e a falta de moderação; e, por conseguinte, é impos-
sível o imaginarmos constante. É uma frase de Demóstenes, 
dizem, que “o começo de toda virtude são a reflexão e a de-
liberação, e seu fim e sua perfeição, a constância”. Se, guia-
dos pela reflexão, pegássemos certa via, pegaríamos a mais 
bela, mas ninguém pensa antes de agir: “O que ele pediu, 
desdenha; exige o que acaba de abandonar; agita-se e sua 
vida não se dobra a nenhuma ordem.”
(Michel de Montaigne. Os ensaios: uma seleção, 2010. Adaptado.)
7 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 19 
“o começo de toda virtude são a reflexão e a deliberação, e 
seu fim e sua perfeição, a constância” (2o parágrafo)
Nesse trecho, a segunda vírgula é empregada com a finali-
dade de
(A) separar o vocativo.
(B) indicar a supressão de um verbo.
(C) separar dois objetos diretos.
(D) separar o sujeito de seu predicado.
(E) indicar a supressão do conectivo “e”.
QUeStÃo 20 
The literary principle according to which the writing and 
criticism of poetry and drama were to be guided by rules 
and precedents derived from the best ancientGreek and 
Roman authors; a codified form of classicism that dominated 
French literature in the 17th and 18th centuries, with a 
significant influence on English writing, especially from 
c.1660 to c.1780. In a more general sense, often employed 
in contrast with romanticism, the term has also been used 
to describe the characteristic world-view or value-system of 
this “Age of Reason”, denoting a preference for rationality, 
clarity, restraint, order, and decorum, and for general truths 
rather than particular insights.
(Chris Baldick. The Concise Oxford Dictionary of Literary Terms, 2001.)
O termo literário a que o texto se refere é o
(A) Renascimento.
(B) Barroco.
(C) Romantismo.
(D) Naturalismo.
(E) Neoclassicismo.
QUeStÃo 17 
No segundo parágrafo, depreende-se das reflexões de 
Montaigne a íntima relação entre
(A) sabedoria e contradição.
(B) sabedoria e intemperança.
(C) ignorância e temperança.
(D) ignorância e inconstância.
(E) vício e constância.
QUeStÃo 18 
Em “eu não me dignaria [...] a acrescentar ‘contanto que a 
tua vontade esteja certa’, pois se não está certa, é impossí-
vel que sempre seja uma só e a mesma.” (2o parágrafo), a 
locução sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o 
sentido do texto, por:
(A) visto que.
(B) assim que.
(C) desde que.
(D) ainda que.
(E) de modo que.
8vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
The Concordia research station is one of the most 
inhospitable places on Earth. At 3,000 m above sea level on 
the Antarctic Plateau, the temperature rarely rises above 
-25 ºC even in the summer. In midwinter it can fall to around 
-80 ºC. The air is painfully dry, and fingers, toes and noses 
can freeze in minutes. The dozen or so crew, mainly French 
and Italian, who live and work in the station would normally 
venture out only for essential work. But Concordia has recently 
experienced a heatwave. On March 18th the temperature 
reached a high of -11.8 ºC — more than 40 ºC warmer than 
the average for this time of year.
Similarly freakish weather was recorded across eastern 
Antarctica. Temperatures at the Russian-run Vostok 
research station rose to -17.7 ºC, more than 15 ºC above the 
previous record for March, set in 1967. Across the continent 
temperatures were 4.5 ºC higher than usual (though in recent 
days they have returned to a normal range).
Meteorologists have attributed the latest heatwave to 
an atmospheric “river” of warm, damp air blowing towards 
Antarctica from the Southern Ocean near Australia. It is 
difficult to know whether climate change is to blame for 
one-off weather events. But over the past 65 years or 
so there has been an increase in the number of “high 
temperature” days at Antarctic stations.
Most regions of Antarctica have been spared global 
warming. In the late 20th century, a large hole opened 
up in the ozone layer above the South Pole. This has a 
regional cooling effect, which has offset much of the heating 
caused by rising concentrations of greenhouse gases in the 
atmosphere. Temperatures on the continent rarely climb 
above freezing, which preserves its vast ice sheets (although 
rising sea temperatures do threaten some areas). Even in 
the recent surge, temperatures stayed well below zero.
(www.economist.com, 24.03.2022. Adaptado.)
QUeStÃo 21 
The information presented by the graph, the map and the text 
show that in March 2022
(A) there was a heatwave in Antarctica and temperature rose 
well above average.
(B) the temperature in eastern Antarctica was 17.7 ºC warmer 
than usual.
(C) the South Pole reached the unusual temperature of 40 ºC 
for one day in some areas.
(D) both Vostok and Concordia stations experienced low 
temperatures above zero.
(E) the minimum temperature reached -25 ºC, as usual.
QUeStÃo 22 
As informações apresentadas pelo gráfico também podem 
ser encontradas
(A) no primeiro parágrafo do texto, apenas.
(B) no segundo parágrafo do texto, apenas.
(C) no terceiro parágrafo do texto e no mapa.
(D) no primeiro e no segundo parágrafos do texto.
(E) no segundo e no terceiro parágrafos do texto.
Examine o gráfico e o mapa e leia o texto para responder às 
questões de 21 a 26.
In March 2022, parts of Antarctica have been 40 ºC 
warmer than their March average
9 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
Leia o texto para responder às questões de 27 a 29.
World’s happiest ranking goes to 
Finland for fifth year in a row
People enjoy sunny weather on the waterfront in Helsinki.
Finland was crowned the happiest country in the world for 
the fifth consecutive year, with a score significantly ahead of its 
peers in the World Happiness Report 2022 ranking, published 
by a body linked to the United Nations. However, the authors 
detected, on average, a long-term moderate upward trend in 
stress, worry, and sadness in most countries, as well as “a 
slight long-term decline in the enjoyment of life,” they wrote.
The report uses global survey data to report on how 
people evaluate their own lives in more than 150 countries 
around the world, with the ranking based on a three-year 
average. Key variables that contribute to explaining people’s 
life evaluations include healthy life expectancy, generosity, 
social support, freedom to make life choices, perceptions of 
corruption, and the gross domestic product per capita (an 
indicator that measures a country’s economic output per 
person, that is calculated by dividing the total gross domestic 
product of a country by its population).
“World leaders should take heed,” Jeffrey Sachs, director 
of the Center for Sustainable Development at Columbia 
University, said. “Politics should be directed as the great 
sages long ago insisted: to the well-being of the people, not 
the power of the rulers.”
(Kati Pohjanpalo. www.bloomberg.com, 18.03.2022. Adaptado.)
QUeStÃo 27 
According to the text, the World Happiness Report 2022
(A) defines “enjoyment of life” as the most significant feeling 
that contributes to happiness.
(B) is unreliable since it collected subjective data without 
scientifically established criteria.
(C) showed that Finland is a surprisingly happy country 
although its score is not so high.
(D) ranks countries based on global survey information on 
how people appraise their lives according to some key 
variables.
(E) identified a slight increase in happiness among the 150 
countries surveyed.
QUeStÃo 23 
Based on your knowledge of geography, as well as on the 
information provided by the text, map and graph, Antarctica
(A) is claimed to be a territory by countries such as Brazil, 
Argentina, Russia, United States and Australia.
(B) has a permanent native population as well as a population 
of thousands of scientists.
(C) is the native habitat of penguins, the only bird species in 
the continent.
(D) is a continent that does not belong to any country and has 
no government.
(E) is also called the boreal hemisphere due to its location.
QUeStÃo 24 
No contexto apresentado pelo segundo parágrafo, o trecho 
“(though in recent days they have returned to a normal range)” 
indica que as temperaturas
(A) subiram devido ao fim de verão.
(B) aumentaram acima da média.
(C) voltaram a ficar mais baixas.
(D) chegaram a -17,7 ºC.
(E) retornaram à faixa de 4,5 ºC.
QUeStÃo 25 
According to the third paragraph, meteorologists associate 
the high temperature wave in Antarctica with
(A) a cycle of temperature peaks that happen every 65 years.
(B) the melting of the snow, which creates temporary rivers 
across the continent.
(C) an unusually hot summer in Australia.
(D) the inflow of warm and damp winds coming from the 
ocean.
(E) the abrupt weather changes in the Southern Ocean.
QUeStÃo 26 
No quarto parágrafo, afirma-se que um grande buraco se 
abriu na camada de ozônio acima do Polo Sul no final do 
século XX. Medidas para controlar esse fenômeno foram 
acordadas
(A) no Protocolo de Nagoia.
(B) no Protocolode Montreal.
(C) no Tratado de Assunção.
(D) na Agenda 21.
(E) no Tratado de Maastricht.
10vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 31 
No pensamento grego, tudo o que é “musical” se relacio-
na intimamente com o ritual, sobretudo com as festas, nas 
quais, evidentemente, o ritual possui sua função específica. 
Talvez não haja uma descrição mais lúcida das relações en-
tre o ritual, a dança, a música e o jogo do que a das Leis 
de Platão. Os deuses, diz ele, cheios de piedade pela raça 
humana, condenada ao sofrimento, ordenaram que se rea-
lizassem as festas de ação de graças como descanso para 
suas preocupações, e deram-lhes Apolo, as Musas e Dionísio 
como companheiros dessas festas, a fim de que essa divina 
comunidade festiva restabelecesse a ordem das coisas entre 
os homens.
(Johan Huizinga. Homo ludens, 2007.)
O excerto, que aborda história e pensamento na Grécia 
Antiga, caracteriza
(A) a dimensão material dos sentimentos e das ações políti-
cas dos homens, sustentada pela filosofia clássica.
(B) a centralidade do mito na sociedade antiga grega e o vín-
culo desse mito com manifestações de caráter público.
(C) a fragilidade do politeísmo perante a lógica e a inca-
pacidade desse politeísmo de mobilizar politicamente a 
sociedade.
(D) as origens filosóficas da piedade e do sentimento de cul-
pa posteriormente apropriados pelo cristianismo.
(E) as matrizes religiosas da democracia grega e o reconhe-
cimento por essa democracia da igualdade entre os ho-
mens livres.
QUeStÃo 32 
Durante a Idade Média na Europa Ocidental, as realizações 
artísticas eram
(A) relacionadas prioritariamente à exploração científica dos 
corpos humanos.
(B) diversificadas do ponto de vista das linguagens expressi-
vas empregadas.
(C) circunscritas aos espaços de culto popular oriundos do 
cristianismo romano.
(D) caracterizadas pela repetição de conteúdos culturais 
impostos pelo mecenato.
(E) limitadas às imitações rigorosas de padrões estéticos da 
Antiguidade clássica.
QUeStÃo 28 
De acordo com o texto, uma das variáveis que ajuda a inter-
pretar as avaliações das pessoas sobre a sua própria vida é o
(A) PIB per capita.
(B) respeito à natureza.
(C) lazer.
(D) estresse.
(E) descontentamento.
QUeStÃo 29 
No trecho do terceiro parágrafo ‘“World leaders should take 
heed”’, a expressão sublinhada pode ser substituída, sem 
alteração de sentido, por
(A) take risks.
(B) be prepared.
(C) lead by example.
(D) be polite.
(E) pay attention.
QUeStÃo 30 
(https://boredpanda.com)
From the comic strip, one can say that happiness
(A) could not be a transitory state of mind.
(B) should be strongly sought.
(C) should not be compulsory.
(D) might be unbearable.
(E) comes and goes naturally in life.
11 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 34 
Observe a imagem de Nossa Senhora do Rosário, produzida 
na região das Minas Gerais no século XVIII.
(In: Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
Essa imagem revela uma prática que ocorria na região das 
Minas durante a exploração de minérios:
(A) a funcionalidade dupla da peça, que podia ser utilizada 
como objeto de culto nas igrejas e como porta-moedas 
no cotidiano.
(B) a conjugação entre apuro artístico de inspiração barroca 
e estratégia para contrabando de riquezas.
(C) o emprego exclusivo de padrões artísticos renascentistas 
na produção das imagens religiosas brasileiras. 
(D) a atitude herética dos artistas, que frequentemente con-
trariavam a proibição de representar figuras religiosas 
femininas.
(E) a representação apenas de elementos da natureza na 
composição de peças de cunho religioso.
QUeStÃo 33 
O diabo parece ter sido estranho tanto para os tupis 
do Brasil quanto aos nauas, maias, incas e demais povos 
americanos. O cosmos maia era neutro, as forças e os se-
res sagrados “não eram nem bons, nem ruins, mas apenas 
caprichosos”. [...] A cosmologia das populações andinas não 
contava com a noção de mal personificada num ser satânico 
[...].
(Laura de Mello e Souza. Inferno atlântico. 
Demonologia e colonização: Séculos XVI-XVIII, 1993.)
O excerto permite afirmar que
(A) os sacrifícios humanos realizados por alguns povos nati-
vos da América eram destituídos de significado religioso.
(B) a influência do catolicismo europeu na colonização da 
América facilitou a preservação de elementos religiosos 
nativos.
(C) a carência da noção de mal nas culturas originárias da 
América indica a ingenuidade e a pureza dos povos 
nativos.
(D) os povos nativos americanos tinham uma visão religiosa 
binária e incompleta das forças que os afetavam.
(E) a presença de representações do diabo no imaginário 
americano derivou do processo colonizador.
12vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 37 
Muitos escravos e libertos recorriam aos orixás para 
resolver diferentes tipos de problema. Aos poucos, a cren-
ça nos orixás foi se desenvolvendo e, no século XIX, deu 
origem ao Candomblé. Essa religião era formada por “ir-
mãos de fé”, pessoas que acreditavam nos orixás e que se 
reuniam em torno de uma mesma casa ou terreiro. Nesse 
espaço, que era comandado por uma mãe de santo ou um 
pai de santo, além de realizar suas cerimônias religiosas, 
entrar em contato com seus deuses e buscar respostas 
por meio de jogos de adivinhação (como o jogo de búzios), 
muitos escravos e libertos conseguiram formar outra famí-
lia, família essa que muito se assemelhava com as grandes 
linhagens existentes em diversas localidades africanas.
(Ynaê Lopes dos Santos. 
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
O texto caracteriza o Candomblé como
(A) uma estratégia de recusa e resistência dos escravizados 
diante dos esforços de catequização empreendidos pelos 
jesuítas portugueses.
(B) uma tentativa de conciliar características de distintas re-
ligiosidades de matriz africana, como o politeísmo e as 
idolatrias.
(C) uma religião derivada de crenças de origem africana, que 
possibilitou o surgimento de espaços de sociabilidade e 
solidariedade entre escravizados.
(D) uma religião trazida da África e praticada no Brasil pelos 
escravizados como uma forma de manter contato com as 
origens e os antepassados.
(E) uma religião de matriz islâmica que permitia a unificação 
dos escravizados procedentes de diversas regiões da 
África.
QUeStÃo 35 
Como jurisconsulto, não pretendo tratar da natureza da 
servidão, nem da qualidade do domínio que o homem adqui-
re sobre seu semelhante. Pretendo defender os nossos colo-
nos da reprovação, que muitas pessoas, mais piedosas que 
sábias, lhes fazem, afirmando que eles tratam cristãos como 
escravos, comprando-os, vendendo-os e deles dispondo em 
territórios regidos pelas leis da França, um país que abomina 
a servidão acima de todas as nações do mundo. Todos os 
escravos que desembarcam na França recuperam felizmente 
a liberdade perdida.
(Jean-Baptiste Du Tertre. Apud: Rafael de Bivar Marquese. 
Feitores do corpo, missionários da mente: Senhores, letrados e o 
controle dos escravos nas Américas, 1660-1860, 2004. Adaptado.)
O excerto, publicado na década de 1660 por um padre 
dominicano após ter vivido quase duas décadas em colô-
nias francesas na América,
(A) propõe conjugar a fé com a razão e aplica os princípios 
da escolástica à análise da condição dos escravos.
(B) confirma a predominância dos valores morais cristãos 
como baliza para a definição da política colonial.
(C) reproduz princípios do pensamento de Voltaire e sustenta 
o valor universal da liberdade de natureza. 
(D) estabelece uma diferenciação entre o respeito à liberda-
de no território francês e nas possessões coloniais.
(E) endossa a crítica de Rousseau às desigualdades de ori-
gem e defende a abolição da escravidão em todo o im-
pério francês. 
QUeStÃo 36 
[...] Foi sem dúvida entre os meses de janeiro e outubro 
de 1822 que o Brasil, finalmente,se fez independente: isto 
é, separou-se de Portugal. Nada garantia que essa indepen-
dência seria duradoura, é verdade, mas foi entre esses me-
ses que ela se concretizou, exigindo esforços posteriores de 
consolidação; mas seriam antes esforços de reforço de algo 
que já existia do que de criação abrupta de algo novo.
E o que, afinal, ocorreu no dia 7 de setembro de 1822? 
Um pequeno acontecimento que não foi imediatamente va-
lorizado justamente por não ser de grande importância em 
comparação com os demais que tinham ocorrido e ainda 
ocorreriam naquele ano; mas que posteriormente se tornaria 
o principal marco da memória da Independência. Um marco 
da memória, e não da história.
(João Paulo Pimenta. Independência do Brasil, 2022.)
Ao tratar da Independência do Brasil em relação a Portugal, 
o excerto enfatiza
(A) o caráter processual da emancipação, que resultou de 
diversas articulações e ações políticas.
(B) a negociação entre colônia e metrópole, que assegurou o 
caráter pacífico da emancipação.
(C) o esforço do príncipe regente, que visava promover a 
consolidação da emancipação política brasileira.
(D) o imediatismo do gesto ruptural, que provocou surpresa 
na população de toda a colônia.
(E) a percepção imediata da importância dos eventos ocor-
ridos às margens do riacho do Ipiranga, que mudaram 
politicamente o país.
13 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 39 
A Revolução Mexicana só pode ser entendida conside-
rando-se as particularidades da sociedade mexicana dentro 
de um processo global existente num determinado estágio do 
desenvolvimento do capitalismo em nível mundial.
(Anna Maria Martinez Corrêa. A Revolução mexicana: 1910-1917, 1983.)
A afirmação do excerto justifica-se, pois a Revolução Mexica-
na de 1910 envolveu
(A) rompimento do México em relação aos organismos 
internacionais, que condenaram esse país por seu 
apoio à Tríplice Aliança na Primeira Guerra Mundial.
(B) reformulação do modelo econômico agroexportador me-
xicano, em meio a um processo de coletivização das ter-
ras improdutivas.
(C) reivindicações de populações indígenas e de setores 
operários, em meio a um processo de modernização eco-
nômica por que o México passava.
(D) participação ativa dos Estados Unidos e de potências 
europeias, que procuravam conter o avanço dos grupos 
comunistas mexicanos. 
(E) disputas entre grupos nativos rivais, em meio à apropria-
ção de parte do território mexicano pelos Estados Unidos.
QUeStÃo 40 
O final da Segunda Guerra Mundial em 1945 teve impacto 
na política brasileira do período, porque expôs a contradição 
entre
(A) o esforço nacional de construção de mercados regionais 
e a unificação, no plano internacional, do mercado global.
(B) a opção industrialista do regime varguista e a aceleração 
da demanda, no mercado internacional, de exportação 
de alimentos.
(C) o prevalecimento de ideologias de esquerda no cenário 
mundial e a guinada à direita, no plano interno, do regime 
ditatorial.
(D) a vitória externa da defesa da democracia liberal e a per-
sistência, no âmbito interno, de um regime ditatorial.
(E) a militarização dos Estados estrangeiros e a defesa 
intransigente, pelo governo varguista, de uma política 
externa pacifista.
QUeStÃo 38 
Observe o anúncio do sabonete Pears, difundido em 1887.
(In: Eric J. Hobsbawm. A era dos impérios: 1875-1914, 2008. Adaptado.)
O anúncio revela
(A) o esforço britânico de obter apoio político, por meio da 
oferta de alimentos às populações africanas carentes.
(B) a exploração imperialista britânica, que retirava minérios 
e frutas tropicais das possessões coloniais na África e 
na Ásia.
(C) a ausência de recursos sanitários nas áreas mais afasta-
das do Império britânico, o qual promoveu ações de estí-
mulo à higiene pessoal.
(D) o sentido religioso impresso na conquista britânica da 
África, gerado pela crença nativa de que os colonizado-
res teriam origem divina.
(E) a dimensão mercantil da expansão imperialista britânica, 
que implicava a expansão do comércio com regiões da 
Ásia e da África.
14vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 42 
As transformações no tempo e no espaço são responsá-
veis também pela ressignificação de conceitos, de modo que 
a pobreza urbana de hoje não é a mesma que a de décadas 
atrás [...].
O imperativo das finanças permitiu a renovação dos pa-
drões de consumo das camadas mais pobres das cidades, 
que experimentam, ao mesmo tempo, a precariedade em 
seu cotidiano. Dessa maneira, pobreza urbana é nova por-
que possui os conteúdos do atual período da história, e é 
velha porque ocorre em copresença da falta de serviços e 
infraestruturas básicas.
(Kauê Lopes dos Santos. Uma nova pobreza urbana: financeirização do 
consumo e novos espaços da periferia de São Paulo, 2017.)
O excerto identifica
(A) a contradição no perfil da pobreza nas cidades contem-
porâneas e define espaço como uma acumulação desi-
gual de temporalidades.
(B) o aumento de consumo de bens duráveis e semiduráveis 
pela população pobre urbana e celebra o sucesso da po-
lítica desenvolvimentista dos anos 1950.
(C) a expansão territorial das metrópoles dos países emer-
gentes e questiona a importância do estudo do passado 
para compreender os problemas do presente.
(D) o impacto da modernização tecnológica das grandes ci-
dades dos países subdesenvolvidos e destaca a implan-
tação de políticas de aceleração do desenvolvimento nos 
anos 2000.
(E) a paralisia do setor financeiro privado diante do aumento 
da pobreza na década de 2010 e indica uma tendência 
de investimentos nas áreas nobres das grandes cidades.
QUeStÃo 41 
Nenhum grupo de mulheres brancas conheceu melhor a 
diferença entre seu próprio status e o status das mulheres 
negras do que o grupo de mulheres brancas politicamente 
conscientes e ativistas na luta pelos direitos civis. Ainda as-
sim, várias dessas mulheres deslocaram-se das lutas pelos 
direitos civis para as lutas pela libertação da mulher e lidera-
ram um movimento feminista em que suprimiram e negaram 
a consciência sobre as diferenças que viram e ouviram.
Elas entraram para o movimento feminista apagando e 
negando a diferença, sem pensar em raça e gênero juntos, 
mas eliminando raça do cenário.
(bell hooks. O feminismo é para todo mundo: 
políticas arrebatadoras, 2018. Adaptado.)
Ao abordar aspectos do Movimento pelos Direitos Civis nos 
Estados Unidos da década de 1960, o excerto
(A) aponta o insucesso das reivindicações de igualdade de 
raça e gênero e a persistência de padrões históricos de 
desigualdade na sociedade norte-americana.
(B) lamenta a ausência de uma história de mobilizações 
feministas e negras e de uma disposição das mulheres 
brancas para atuar em defesa das conquistas de direitos 
sociais.
(C) identifica a ocorrência em paralelo de ações afirmativas 
das mulheres e dos negros e a falta de conexão entre 
esses dois campos de reivindicação de direitos.
(D) caracteriza a mudança radical por que passou a socieda-
de norte-americana no período e o nascimento de inter-
conexões entre os movimentos negro e feminista.
(E) enfatiza a importância da estratégia política do ativismo 
feminista e sua influência sobre as mobilizações poste-
riores de reivindicação de direitos da população negra.
15 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 44 
Leia o excerto e analise o mapa.
O sofrimento e a aniquilação de civis em guerras são te-
mas pelos quais o cinema sempre se interessou. “Quo Vadis, 
Aida?”, concorrente da Bósnia-Herzegovina ao Oscar 2021 
de filme internacional, trata disso, mas tem também ingre-
dientes que o elevam acima do gênero — uma história real de 
genocídio. A ocupação da cidade de Srebrenica, localizada 
na Bósnia-Herzegovina, pelo exército sérvio em 1995, e o 
assassinato de mais de 8 000 homens de um grupo minoritá-
rio, supostamente protegido por forças da Organização das 
Nações Unidas (ONU),compõem o quadro factual.
(www.folha.uol.com.br. Adaptado.)
(Marcos A. Coelho e Lygia Terra. Geografia geral, 2005. Adaptado.)
O filme citado aborda
(A) a libertação curda, região com fortes represálias econô-
micas e políticas.
(B) as alterações na fronteira da Romênia, país com objeti-
vos expansionistas.
(C) a autonomia da Catalunha, região com grande desenvol-
vimento econômico.
(D) a formação da Liga da Lombardia, região com movimen-
tos separatistas.
(E) a dissolução da Iugoslávia, país com grande diversidade 
étnica e religiosa.
QUeStÃo 43 
A necessária redução do tempo é melhor alcançada se 
os consumidores não puderem prestar atenção ou concen-
trar o desejo por muito tempo em qualquer objeto; isto é, se 
forem impacientes, impetuosos, indóceis e, acima de tudo, 
facilmente instigáveis e também se facilmente perderem o 
interesse. […] A relação tradicional entre necessidades e 
sua satisfação é revertida: a promessa e a esperança de sa-
tisfação precedem a necessidade que se promete satisfazer 
e serão sempre mais intensas e atraentes que as necessi-
dades efetivas.
(Zygmunt Bauman. Globalização, 2021.)
A argumentação apresentada no excerto sobre o tempo do 
consumo expressa ações características
(A) dos Estados e das empresas transnacionais, organi-
zações interessadas em acordos supranacionais pró-
-economia.
(B) da publicidade e do marketing, estratégias corporativas 
que influenciam a nossa organização social.
(C) das instituições financeiras e das ONGs, agentes corpo-
rativos pautados pela socialização de capitais.
(D) da didática e da neurociência, elementos empregados 
pelas empresas para criação de novos produtos.
(E) da ciência e da tecnologia, campos de estudo dedicados 
à erradicação das diferenças socioeconômicas.
16vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 47 
Analise o mapa.
Áreas de atuação das Frentes de Proteção (FP)
(https://amazonianativa.org.br. Adaptado.)
É uma ação das Frentes de Proteção
(A) o monitoramento das reservas extrativistas.
(B) a fiscalização dos territórios de povos isolados.
(C) a fiscalização da biopirataria florestal.
(D) a vigilância das áreas de conservação ambiental.
(E) a promoção de pesquisa científica.
QUeStÃo 48 
Ao longo do século XIX, os estímulos à ampla imigração para 
o Brasil apresentaram como marcos
(A) a política econômica desenvolvimentista e a formação de 
áreas de união aduaneira.
(B) a escalada de discursos nacionalistas e a ocupação de 
áreas de fronteira.
(C) a independência em relação a Portugal e a proibição do 
tráfico de escravizados.
(D) a concessão de terras para projetos industriais e a incor-
poração de mão de obra fabril qualificada.
(E) a superação da segregação racial e a melhora dos ele-
mentos que compõem o IDH.
QUeStÃo 45 
Analise o mapa.
(Maria Elena R. Simielli. Geoatlas, 2019. Adaptado.)
Considerando a economia mundial, as áreas demarcadas no 
mapa pelo número
(A) 5 correspondem à concentração de indústrias.
(B) 4 correspondem à prática de agropecuária extensiva.
(C) 3 correspondem à prática de livre comércio.
(D) 2 correspondem às transações de capital especulativo.
(E) 1 correspondem aos acordos de caráter protecionista.
QUeStÃo 46 
Em 2009, em sua primeira Reunião de Cúpula, países emer-
gentes que compartilhavam grandes perspectivas econômi-
cas firmaram acordos de cooperação econômico-financeira. 
Esses países correspondem
(A) ao MERCOSUL, bloco econômico que integrou infraes-
truturas de transporte regionais.
(B) ao G8, bloco econômico que modernizou setores de ciên-
cia, educação e inovação.
(C) ao USCMA, grupo que descentralizou a produção para 
ganhar competitividade no mercado global.
(D) ao BRICS, grupo que articulou projetos em áreas de tec-
nologia, saúde e energia.
(E) ao G20, coletivo que estabeleceu metas para o fortaleci-
mento de seus setores agrícola e extrativista.
17 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 50 
Analise as imagens da instalação de geotêxteis, feitos com 
fibra de tronco de bananeira.
Dia da instalação
30 dias após a instalação
(www.researchgate.net)
Considerando as imagens, observa-se que a instalação de 
geotêxteis tem como objetivo
(A) a construção de terraços, pois permite aplainar superfí-
cies inclinadas.
(B) a correção da acidez do solo, pois mantém a vegetação 
perene.
(C) a obstrução da laterização, pois promove intensa lixiviação.
(D) a recuperação de áreas degradadas, pois diminui os 
processos erosivos.
(E) a interrupção da ação de microrganismos, pois o material 
utilizado é biodegradável.
QUeStÃo 49 
Examine a imagem.
(www.terra.com.br. Adaptado.)
Os sistemas meteorológicos da Alta da Bolívia e do Vórtice 
Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) são importantes para a for-
mação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). 
A ZCAS tem como característica
(A) a forte nebulosidade, resultado do encontro de massas 
de ar quentes e úmidas da Amazônia e do Atlântico Sul.
(B) a baixa umidade, resultado de movimentos verticais des-
cendentes de ar frio no centro de um cavado.
(C) a formação dos anticiclones, resultado da interação entre 
os ventos alíseos de nordeste e uma frente polar.
(D) a formação de frente fria, resultado do avanço de uma 
massa de ar frio sob uma massa de ar quente.
(E) a formação dos ciclones tropicais, resultado dos movi-
mentos turbilhonares do ar ao redor de um centro de bai-
xa pressão.
18vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 52 
Analise os componentes que caracterizam o cálculo desen-
volvido para avaliar a pressão exercida pela população hu-
mana sobre o meio ambiente.
Carbono: extensão de áreas 
florestais capazes de seques-
trar emissões de CO2 deriva-
das da queima de combustí-
veis fósseis.
Áreas de cultivo: extensão 
de áreas usadas para a pro-
dução de alimentos e fibras 
para o consumo humano, bem 
como para a produção de ra-
ção para o gado, oleaginosas 
e borracha.
Pastagens: extensão de áreas 
utilizadas para a criação de 
gado de corte e leiteiro e para 
a produção de couro.
Florestas: extensão de áreas 
necessárias para o forneci-
mento de madeira, celulose e 
lenha.
Áreas construídas: extensão 
de áreas cobertas por infraes-
trutura humana.
Estoques pesqueiros: esti-
mativa de produção primária 
necessária para sustentar os 
peixes e mariscos capturados.
(www.wwf.org.br. Adaptado.)
Coerente com as preocupações sobre o desenvolvimento 
sustentável e atrelado à biocapacidade dos ecossistemas 
em produzir recursos e absorver resíduos, o cálculo pretende 
avaliar
(A) o Ecodesenvolvimento.
(B) a Agrobiodiversidade.
(C) a Pegada Ecológica.
(D) o Dano Ambiental.
(E) o Crédito de Carbono.
QUeStÃo 51 
A produção de metano (CH4), chamado de “gás dos pân-
tanos”, na Amazônia representou 8% de suas emissões glo-
bais. Cerca de três quartos desse gás liberado na região, que 
corta nove países e concentra 60% de sua área no Brasil, 
foram produzidos por um processo natural, em razão da de-
composição de biomassa, essencialmente árvores e vegeta-
ção, em áreas parcial ou totalmente alagadas durante o ano.
(https://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado.)
Na Amazônia, o “gás dos pântanos” está associado, dentre 
outros fatores,
(A) ao processo de lixiviação.
(B) à incorporação da água de afluentes.
(C) ao assoreamento dos rios.
(D) à transposição de rios.
(E) aos reservatórios das usinas hidrelétricas.
19 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 53 
Analise a imagem registrada na cidade de São Paulo.
(https://tab.uol.com.br)
Na imagem, a frase “aqui nasce o rio Saracura” expõe
(A) a indiferença dos habitantes à toponímia dos rios que 
marcaram a construção da cidade.
(B) o modelo de urbanização que segregou a população dos 
rios que a cercam.
(C) o desconhecimento da população sobre as áreas de risco 
na cidade que habita.
(D) a dificuldade de se delimitar umabacia hidrográfica 
perante o crescimento urbano.
(E) a irrelevância dos recursos hídricos na regulação do cli-
ma urbano.
QUeStÃo 54 
O MapBiomas é uma rede colaborativa de mapeamento, 
com dados de uso da terra, aberta ao público, e baseada nas 
tecnologias da Google Cloud e Google Earth Engine. Essa 
rede adota uma metodologia de trabalho diferenciada por bio-
ma, baseada em técnicas de machine learning, o que permite 
sua automatização. O projeto produz e disponibiliza mapas 
de cobertura e uso da terra, incorporando camadas de infor-
mação relacionadas a cortes territoriais, tais como Unidades 
de Conservação (UCs), terras indígenas, assentamentos, ba-
cias hidrográficas, entre outros. Também são disponibilizados 
alertas de desmatamento a partir de dados fornecidos pelos 
órgãos competentes.
(www.to.gov.br. Adaptado.)
A rede colaborativa citada reflete o emprego
(A) do sistema de informações geográficas, que permite 
equilibrar as ações motivadoras da relação sociedade-
-natureza.
(B) da realidade aumentada, que explora uma rede de sa-
télites para monitorar hotspots de interesse estratégico.
(C) do sistema de posicionamento global, que oferece dados 
dinâmicos sobre as transformações da cobertura vegetal.
(D) da cartografia digital, que amplia as possibilidades de 
produção e de uso das informações geográficas.
(E) do sensoriamento remoto, que propõe planos de manejo 
adaptados às realidades de cada porção territorial.
QUeStÃo 55 
Human beings are relentlessly capable of reflecting on 
themselves. We might do something out of habit, but then we 
can begin to reflect on the habit. We can habitually think things, 
and then reflect on what we are thinking. We can ask ourselves 
(or sometimes we get asked by other people) whether we 
know what we are talking about. To answer that we need to 
reflect on our own positions, our own understanding of what 
we are saying, our own sources of authority. Cosmologists 
have to pause from solving mathematical equations with 
the letter t in them, and ask what is meant, for instance, by 
the flow of time or the direction of time or the beginning of 
time. But at that point, whether they recognize it or not, they 
become philosophers.
(Simon Blackburn. 
Think: A compelling introduction to philosophy, 1999. Adaptado.)
No texto, o autor explicita a presença da atitude filosófica a 
partir
(A) do estudo da relevância das sensações.
(B) da identificação de regras da argumentação.
(C) da avaliação da moralidade dos indivíduos.
(D) da análise de formas de governo.
(E) do questionamento das bases do conhecimento.
20vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 56 
Texto 1
(Wesley Samp. www.depositodowes.com, 17.12.2008.)
Texto 2
A concepção de real e virtual pensados como um contí-
nuo se vê reforçada pela percepção de que um registro afe-
ta o outro. Tal ideia é sustentada por autores que concebem 
a internet como uma ferramenta para veicular as subjetivi-
dades de nossa época, mas não só. […] Segundo Viganò, 
“o advento da internet contribui potencialmente para fazer 
da assim dita realidade virtual um elemento constitutivo da 
realidade social”.
(Flávia Hasky e Isabel Fortes. “Desconstruindo polarizações acerca da 
internet: entrelaçamentos entre os universos on-line e off-line”. 
Psicologia em Pesquisa, 2022.)
O contraste entre esses textos permite retomar, na atualida-
de, uma clássica questão filosófica, “o que é real?”, pois a
(A) análise das relações virtuais ocorre dissociada das rela-
ções presenciais.
(B) ação individual segue inalterada ao longo do tempo.
(C) invenção de novas tecnologias reformula o conceito de 
realidade.
(D) disponibilidade de conexão à internet amplia o conheci-
mento humano.
(E) criação de mídias digitais estimula a imaginação.
QUeStÃo 57 
A ciência avançou tanto que as pessoas acham que não 
precisam mais morrer. Continuamos usando todos os artifí-
cios da tecnologia, da ciência, para endossar a fantasia de 
que todo mundo vai ter comida, todo mundo vai ter geladeira, 
todo mundo vai ter leito hospitalar e todo mundo vai morrer 
mais tarde. Isso é uma falsificação da vida. A ciência e a tec-
nologia acham que a humanidade não só pode incidir impu-
nemente sobre o planeta como será a última espécie sobre-
vivente e a única a decolar daqui quando tudo for pelo ralo.
(Ailton Krenak. A vida não é útil, 2020. Adaptado.)
A situação criticada pelo filósofo e líder indígena Ailton 
Krenak é fruto de uma visão de mundo decorrente do pensa-
mento moderno, qual seja,
(A) o mecanicismo cartesiano.
(B) o idealismo hegeliano.
(C) o transcendentalismo kantiano.
(D) o jusnaturalismo lockiano.
(E) o existencialismo sartriano.
QUeStÃo 58 
Também conhecidas como Organizações Intergover-
namentais, essas instituições são criadas por países (Es-
tados soberanos), regidas por tratados, que buscam por 
meio da cooperação a melhoria das condições econômicas, 
políticas e sociais dos associados. Buscam soluções em 
comum para resolver conflitos de interesses entre os Esta-
dos membros. A Organização das Nações Unidas (ONU), 
fundada em 1945, é a maior organização internacional do 
mundo. Tem como objetivos principais a manutenção da 
paz mundial, o respeito aos direitos humanos e o progresso 
social da humanidade.
(Benigno Núñez Novo. “Organizações internacionais”. 
www.direitonet.com.br, 08.02.2018. Adaptado.)
A organização política intergovernamental mencionada no 
excerto assemelha-se à concepção de Estado da aborda-
gem contratualista de Hobbes, caracterizada pelo dever do 
soberano de
(A) proteger a vida humana.
(B) garantir o direito natural.
(C) superar a desigualdade social.
(D) ampliar a liberdade individual.
(E) assegurar a propriedade privada.
21 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 59 
Leia o trecho da canção “O resto do mundo”, de Gabriel O 
Pensador.
Eu tô com fome
tenho que me alimentar
Eu posso não ter nome, mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara de pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque
a necessidade é maior do que a moral.
(Gabriel O Pensador, 2000.)
No trecho, a fome tem como consequência ética a
(A) anulação da subjetividade.
(B) desobediência ao código civil.
(C) afirmação dos princípios morais.
(D) proibição do convívio em sociedade.
(E) superação da invisibilidade social.
QUeStÃo 60 
O lugar que ocupamos socialmente nos faz ter expe-
riências distintas e outras perspectivas. A teoria do ponto 
de vista feminista e lugar de fala nos faz refutar uma visão 
universal de mulher e de negritude, e outras identidades, 
assim como faz com que homens brancos, que se pensam 
universais, se racializem, entendam o que significa ser 
branco como metáfora do poder.
(Djamila Ribeiro. O que é: lugar de fala?, 2017. Adaptado.)
O excerto aborda um conceito que propõe uma nova pers-
pectiva de análise filosófica, sobretudo em relação
(A) ao estabelecimento de uma ética pluralista.
(B) à recusa de instituições políticas.
(C) ao reconhecimento de um eurocentrismo epistêmico.
(D) à negação de hierarquias sociais.
(E) à reconstrução de discursos representativos.
QUeStÃo 61 
Leia o trecho do livro On the origin of species by means of 
natural selection, escrito por Charles Darwin e publicado em 
1859.
A struggle for existence inevitably follows from the high 
rate at which all organic beings tend to increase. Every being, 
which during its natural lifetime produces several eggs or 
seeds, must suffer destruction during some period of its life, 
and during some season or occasional year, otherwise, on the 
principle of geometrical increase, its numbers would quickly 
become so inordinately great that no country could support 
the product.
(www.dominiopublico.gov.br)
O excerto remete diretamente a conceitos biológicos já 
consolidados. São eles:
(A) cadeias alimentares e níveis tróficos.
(B) comunidade e competiçãointerespecífica.
(C) potencial biótico e resistência do meio.
(D) adaptação e princípio do fundador.
(E) sucessão ecológica primária e sucessão ecológica 
secundária.
22vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 62 
Um professor de Biologia apresentou a seus alunos o seguinte 
trecho de uma matéria sobre o meio ambiente:
“Se a Amazônia é vista como o pulmão do mundo, po-
demos dizer que o Pantanal é o ‘rim’ da porção da América 
do Sul”, diz Cássio Bernardino, coordenador de Projetos do 
WWF-Brasil.
(https://revistacasaejardim.globo.com)
O professor, então, solicitou aos alunos que analisassem a 
afirmação sobre a Amazônia e o Pantanal possuírem, res-
pectivamente, funções análogas à função dos pulmões e à 
dos rins. Dentre esses alunos, quem realizou corretamente a 
análise afirmou que:
(A) ambas as analogias são adequadas, uma vez que nos 
pulmões ocorrem as mesmas trocas gasosas que as 
realizadas pelas plantas da floresta; e que no Pantanal, 
assim como nos rins, as substâncias tóxicas são diluídas 
em água e eliminadas no ambiente.
(B) assim como os pulmões, as florestas liberam gás carbô-
nico para o ambiente, mas não são as responsáveis por 
repor na atmosfera o oxigênio consumido no planeta; e 
que, assim como os rins, o Pantanal participa do controle 
do fluxo de água e da ciclagem de substâncias.
(C) ambas as analogias são inadequadas, uma vez que as 
trocas gasosas na floresta ocorrem por difusão, enquanto 
que nos pulmões ocorrem por diferença de pressão; e 
que nos rins o controle do fluxo de água para o ambiente 
ocorre por reabsorção, enquanto que no Pantanal o volu-
me de água é controlado pela evaporação.
(D) a Amazônia é o pulmão do mundo, pois retira da atmosfe-
ra o gás carbônico, do qual usa o carbono para seu cres-
cimento, e devolve o oxigênio da molécula para a atmos-
fera; e que o Pantanal pode ser comparado aos rins, uma 
vez que, assim como esse órgão, filtra a água circulante.
(E) as florestas não podem ser comparadas aos pulmões, 
pois estes lançam na atmosfera gás carbônico e dela re-
tiram oxigênio, sendo que as florestas fazem exatamente 
o contrário; mas o Pantanal pode ser comparado aos rins, 
pois ambos promovem a retenção e o acúmulo de água.
QUeStÃo 63 
Quando a pandemia de covid-19 alastrou-se pelo Brasil, 
cientistas do Instituto Butantan dedicaram-se à pesquisa de 
uma vacina. O método usado foi a inoculação viral em ovos 
de galinha, técnica já utilizada para a produção da vacina 
da gripe (Influenza) e grande especialidade do Butantan. 
Nascia assim a ButanVac, imunizante do Butantan contra o 
SARS-CoV-2 inteiramente produzido no Brasil.
(https://butantan.gov.br. Adaptado.)
Nesta técnica, uma pequena quantidade de vírus modificado, 
inofensivo para humanos, é inoculada em ovos que posterior-
mente serão incubados por 72 horas. Ao final deste período 
haverá uma grande quantidade de vírus em um líquido que 
contém resíduos metabólicos armazenados em uma estrutu-
ra do ovo. Esse líquido é então coletado, os vírus são isola-
dos, inativados e utilizados na produção da vacina.
A imagem representa as estruturas internas de um ovo em-
brionado de galinha.
(www.infoescola.com. Adaptado.)
Na imagem, a estrutura em que ocorre a replicação viral e a 
estrutura da qual os vírus são coletados para purificação e 
produção de vacina estão representadas, respectivamente, 
pelos números
(A) 2 e 3.
(B) 5 e 6.
(C) 4 e 5.
(D) 3 e 4.
(E) 1 e 2.
23 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 64 
Leia o poema “Pneumotórax”, do poeta Manuel Bandeira 
(1886-1968).
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
— Respire.
-----------------------------------------------------------------
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
[pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
(Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira, 1993.)
No poema, o poeta aborda,
(A) em tom satírico, recorrendo à crítica social, vários sin-
tomas da varíola, uma doença bacteriana erradicada no 
Brasil na década de 1980, graças às campanhas de vaci-
nação, mas que reaparece em 2022 no país.
(B) em tom melancólico, recorrendo a coloquialismos, vários 
sintomas da tuberculose, uma doença bacteriana erradi-
cada no Brasil desde a década de 1980, graças às cam-
panhas de vacinação.
(C) em tom engajado, recorrendo ao sarcasmo, vários sinto-
mas da varíola, uma doença de etiologia viral, cujo trata-
mento visa atenuar os sintomas, e que se previne com 
vacinação.
(D) em tom jocoso, recorrendo à autoironia, vários sinto-
mas da tuberculose, uma doença bacteriana tratável 
com antibióticos e que se previne com vacinação.
(E) em tom fatalista, recorrendo ao humor ácido, vários sin-
tomas da tuberculose, uma doença de etiologia viral, cujo 
tratamento visa atenuar os sintomas, e que se previne 
com vacinação.
QUeStÃo 65 
Fábio e Rogério, dois irmãos gêmeos monozigóticos, adultos 
e saudáveis, encontraram-se em São Paulo, a fim de doarem 
sangue para o irmão mais novo, Marcelo, também adulto, 
que acabara de ser diagnosticado com leucemia mieloide. 
Os três moram em São Paulo, mas Fábio voltou às pressas 
do Guarujá, no litoral de São Paulo, onde passava férias há 
20 dias. Rogério voltou de La Paz, na Bolívia, onde também 
estava em férias há 20 dias. Assim que que se encontraram, 
foram submetidos a um exame de sangue, hemograma, para 
avaliação de seus parâmetros hematológicos.
A tabela apresenta alguns dados obtidos com o hemograma 
de cada um deles.
Indivíduo 1 Indivíduo 2 Indivíduo 3
Valores
de
referência
Eritrócitos
(número de
células)
6,5
milhões/mm3
2,5
milhões/mm3
4,5
milhões/mm3
4,5 a 5,9
milhões/mm3
Hematócrito
(percentual
do sangue
ocupado
pelas
hemácias)
53% 20% 40% 40 a 52%
CHCM
(concentração 
de hemoglobina 
dentro da
célula)
38% 28% 31% 31 a 36%
Leucócitos
(número de
células)
7 800/mm3 38 000/mm3 9 000/mm3
4 500
a
11 000/mm3
Os resultados dos hemogramas indicam que os indivíduos 1, 
2 e 3 correspondem, respectivamente, a
(A) Rogério, Marcelo e Fábio.
(B) Fábio, Rogério e Marcelo.
(C) Fábio, Marcelo e Rogério.
(D) Marcelo, Rogério e Fábio.
(E) Marcelo, Fábio e Rogério.
24vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 66 
Analise o esquema de um jogo de palavras cruzadas.
As informações para que as sequências 1, 2 e 3 sejam 
preenchidas com os termos que completam as palavras 
cruzadas são:
(A) 1: região de acúmulo de RNA ribossômico recém- 
 -sintetizado 
2: conteúdo dos lisossomos 
3: unidade estrutural e funcional dos seres vivos
(B) 1: proteínas que participam da espiralização e compactação 
 do DNA na formação dos cromossomos 
2: conteúdo dos lisossomos 
3: órgãos que apresentam células que sofrem meioses
(C) 1: unidade estrutural e funcional dos seres vivos 
2: órgãos que apresentam células que sofrem meioses 
3: conteúdo dos lisossomos
(D) 1: organela em que se dá a síntese proteica 
2: o mesmo que permutação cromossômica 
3: órgãos que apresentam células que sofrem meioses
(E) 1: proteínas que participam da espiralização e compactação 
 do DNA na formação dos cromossomos 
2: organela em que se dá a síntese proteica 
3: região de acúmulo de RNA ribossômico recém-sintetizado
QUeStÃo 67 
A imagem mostra um cogumelo que cresceu em meio ao gra-
mado do jardim de uma residência.
Os nutrientes que o cogumelo obteve para a síntese de ATP 
e para seu crescimento foram obtidos por um processo de 
digestão análogo àquele realizado
(A) pela grama.
(B) pelas samambaias.
(C) pelos caramujos.
(D) pelos pulgões.
(E) pelas aranhas.
25 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 68 
Rio Claro, Araraquara e SãoJosé do Rio Preto, cidades 
paulistas às margens da rodovia Washington Luiz, possuem 
câmpus da Unesp. O mesmo acontece em relação às cida-
des de Botucatu, Bauru e Araçatuba, localizadas às margens 
da rodovia Marechal Rondon.
O mapa apresenta a localização dessas cidades no estado 
de São Paulo.
(www.google.com.br. Adaptado.)
Considere que a rodovia Washington Luiz e a rodovia Mare-
chal Rondon representam dois cromossomos não homólogos 
nas células da linhagem germinativa de um organismo di-
ploide, que as cidades citadas ocupam loci gênicos ao longo 
desses cromossomos e que a distância entre essas cidades 
seja proporcional à distância em unidades de recombinação 
(UR), ou centimorgans. Os cromossomos homólogos àque-
les representandos por cada uma dessas rodovias seriam os 
acostamentos que correm ao lado de cada uma delas.
Nessa analogia,
(A) Botucatu, Bauru e Araçatuba são alelos de um mesmo 
gene, assim como Rio Claro, Araraquara e São José do 
Rio Preto são alelos de outro gene.
(B) a distância, em UR, entre Rio Claro e Botucatu é menor 
que a distância, em UR, entre Bauru e São José do Rio 
Preto.
(C) a probabilidade de permutação cromossômica entre os 
alelos de Botucatu e Araçatuba é maior que a probabi-
lidade de permutação cromossômica entre os alelos de 
Rio Claro e Araraquara.
(D) Araraquara e Bauru são alelos de um mesmo gene, e 
esse gene está localizado entre aquele cujos alelos são 
Botucatu e Rio Claro e outro cujos alelos são Araçatuba 
e São José do Rio Preto.
(E) os genes Botucatu, Bauru e Araçatuba apresentam a 
mesma sequência de nucleotídeos, que é diferente da-
quela compartilhada pelos genes Rio Claro, Araraquara e 
São José do Rio Preto.
QUeStÃo 69 
A “barrilha leve”, carbonato de sódio (Na2CO3), é um produto 
de grande uso industrial, sendo também utilizado no trata-
mento da água de piscinas. A obtenção da barrilha leve en-
volve o processo Solvay, no qual dióxido de carbono gasoso 
(CO2) é borbulhado em uma solução aquosa que contém 
amônia (NH3) e cloreto de sódio (NaCl), de acordo com a 
reação:
CO2 (g) + NH3 (aq) + Na
+ (aq) + Cl – (aq) + H2O (l) 
 NH4
+ (aq) + HCO3
– (aq) + Na+ (aq) + Cl – (aq)
A solução iônica resultante desse processo é resfriada de 
modo que apenas o bicarbonato de sódio, NaHCO3 (s), forma 
um precipitado, e os demais íons permanecem em solução.
O NaHCO3 (s) é separado da mistura por filtração e submeti-
do a aquecimento, decompondo-se e originando o carbonato 
de sódio, Na2CO3 (s).
Em princípio, como resultado do processo Solvay, seria pos-
sível obter várias substâncias iônicas por precipitação. Entre-
tanto, nessa etapa, somente o bicarbonato de sódio sólido, 
NaHCO3 (s), se separa como precipitado. Isso ocorre porque, 
dentre as demais substâncias possíveis de serem formadas 
no processo Solvay, o NaHCO3 (s) é a substância iônica que 
apresenta a
(A) menor temperatura de fusão.
(B) menor pressão de vapor.
(C) maior temperatura de ebulição.
(D) menor solubilidade em água.
(E) maior densidade.
26vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 70 
(www.aviacaocomercial.net)
Para se calibrar o pneu do carro num posto de serviços, 
a recomendação é colocar cerca 30 PSI, sigla em inglês para 
a unidade de pressão “libra-força por polegada quadrada”. 
Para o pneu de um avião, que é preenchido com nitrogênio 
puro em vez de ar, a regulagem recomendada é cerca de 
200 PSI à temperatura ambiente de 300 K. No entanto, no 
momento do pouso, essa pressão interna pode aumentar 
significativamente, como consequência do calor gerado pelo 
impacto e atrito com o solo e pela ação dos freios, com a 
temperatura podendo atingir 1 200 K.
(www.uol.com.br. Adaptado.)
Supondo que o volume do pneu não se altere, a pressão in-
terna de nitrogênio no pneu durante o pouso pode atingir o 
valor de
(A) 1 000 PSI.
(B) 300 PSI.
(C) 600 PSI.
(D) 500 PSI.
(E) 800 PSI.
QUeStÃo 71 
No Brasil, enfatiza-se que o Valor Máximo Permitido 
(VMP), destacado na portaria MS no 2.914/2011, que dispõe 
sobre normas e padrão de potabilidade da água para consu-
mo humano, relacionado com os fluoretos, é de 1,5 mg de 
F− por litro de água.
(Fundação Nacional de Saúde. 
Manual de fluoretação da água para consumo humano, 2012. Adaptado.)
Uma Estação de Tratamento de Água (ETA), que utiliza o 
fluoreto de sódio (NaF) como único fluoreto, trata 100 milhões 
de litros de água por dia. Assim, a massa máxima de NaF que 
essa ETA deve utilizar por dia é próxima de
(A) 220 kg.
(B) 330 kg.
(C) 110 kg.
(D) 440 kg.
(E) 550 kg.
QUeStÃo 72 
Considere as seguintes informações sobre o óleo diesel, uma 
mistura de hidrocarbonetos de fórmula geral CnH2n+2 :
Fórmula molecular média: C12H26
Massa molar média: 170 g/mol
Poder calorífico aproximado: 45 000 kJ/kg
Um gerador de potência igual a 180 kW trabalhou sob regi-
me de potência máxima durante 1 hora. Caso fosse possível 
transformar em energia elétrica toda a energia que se obtém 
pela queima do óleo diesel, a quantidade de óleo diesel con-
sumida pelo gerador em uma hora seria próxima de
(A) 254 mol.
(B) 169 mol.
(C) 42 mol.
(D) 85 mol.
(E) 210 mol.
QUeStÃo 73 
Quando cianeto de hidrogênio, um gás extremamente tóxico, 
é borbulhado em água, ocorre a produção de uma solução 
aquosa de ácido cianídrico, que se ioniza conforme a equa-
ção:
HCN (aq) H+ (aq) + CN– (aq)
Uma solução aquosa 0,2 mol/L de ácido cianídrico apresenta 
pH = 5 na temperatura de 25 ºC. A partir desse dado, pode-se 
estimar o valor da constante Ka desse ácido nessa tempera-
tura. Esse valor é, aproximadamente,
(A) 1 × 10–10.
(B) 2 × 10–1.
(C) 5 × 10–10.
(D) 2 × 10–5.
(E) 5 × 10–1.
27 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 74 
O óxido de cério (CeO2), utilizado em catalisadores auto-
motivos, é obtido pela reação entre cério metálico e oxigê-
nio. Nessa reação, o número de oxidação do cério varia 
de para , sendo, por-
tanto, o agente .
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por
(A) zero, +4 e redutor.
(B) zero, +4 e oxidante.
(C) zero, +2 e redutor.
(D) +1, +4 e redutor.
(E) +1, +2 e oxidante.
QUeStÃo 75 
Considere a estrutura do polímero conhecido pela sigla PET 
(polietilenotereftalato).
PET
O exame dessa estrutura mostra que o PET é
(A) um poliéster.
(B) um poliálcool.
(C) uma poliamida.
(D) um poliéter.
(E) uma policetona.
QUeStÃo 76 
O termopar é um sensor de temperatura constituído por dois 
fios metálicos distintos, 1 e 2, unidos em uma das extremida-
des pela chamada junção de medida, e conectados na outra 
extremidade a um voltímetro, conforme a figura.
Como esses fios são constituídos de metais diferentes, o vol-
tímetro indica uma diferença de potencial que depende da 
temperatura lida pela junção de medida. Essa diferença de 
potencial é interpretada e determina a temperatura lida pelo 
termopar.
Os termopares são classificados com letras, dependendo dos 
metais utilizados em sua confecção. O gráfico mostra como 
varia a diferença de potencial (U), lida pelo voltímetro, em 
função da temperatura (θ), indicada por três tipos de termo-
pares, E, K e N. Nesse gráfico, a sensibilidade do termopar, 
medida em mV/ºC, está associada à inclinação da reta tan-
gente à curva, em determinado ponto.
De acordo com o gráfico,
(A) para uma mesma temperatura, a diferença de potencial 
lida pelo voltímetro é menor para o termopar do tipo E do 
que para o termopar do tipo K.
(B) o termopar do tipo E apresenta uma sensibilidade me-
nor do que o termopar do tipo K para qualquer faixa de 
temperatura.
(C) para uma mesma diferença de potencial lida pelo voltíme-
tro, o termopar do tipo N indica uma temperatura maior 
do que o termopar do tipo E.
(D) na faixa de 600 ºC a 1 200 ºC, a sensibilidade do termo-
par do tipo K é maior do que a sensibilidade do termopar 
do tipo N.
(E) dos três tipos de termopares, o do tipo N é o que apre-
senta maior sensibilidade.
28vnsp2206| 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 77 
Em um dia de treinamento, dois amigos, Alberto e Bernardo, 
decidem dar voltas consecutivas em um circuito de 1 000 m 
de comprimento, partindo simultaneamente de um mesmo 
ponto, porém movendo-se em sentidos opostos. Alberto ca-
minha no sentido horário e Bernardo corre no sentido anti-
-horário com velocidade três vezes maior do que a de Alberto. 
Os dois mantêm suas velocidades escalares constantes.
Após o início desse treinamento, no instante em que ocorrer 
o terceiro encontro entre os dois, Alberto e Bernardo terão 
percorrido, respectivamente,
(A) 250 m e 750 m.
(B) 1 250 m e 3 750 m.
(C) 1 000 m e 3 000 m.
(D) 750 m e 2 250 m.
(E) 500 m e 1 500 m.
QUeStÃo 78 
Funcionários de um mercado utilizam um dinamômetro fun-
cionando como uma balança. Esse instrumento é constituído 
por uma mola ideal vertical e por um prato horizontal de mas-
sa 200 g, preso, em repouso, na extremidade inferior dessa 
mola por cabos de massas desprezíveis.
Ao utilizar esse dinamômetro, um funcionário deixa um paco-
te de café cair verticalmente, a partir do repouso, no centro do 
prato, de uma altura de 45 cm em relação a ele, conforme a 
figura. O pacote colide inelasticamente com o prato, e o con-
junto começa a oscilar na direção vertical, apresentando uma 
velocidade de 2 m/s imediatamente após a colisão.
Considerando que o conjunto constituído pelo prato e pelo 
pacote de café seja isolado de forças externas nessa colisão, 
que g seja igual a 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar, 
a massa do pacote de café é de
(A) 300 g.
(B) 500 g.
(C) 600 g.
(D) 200 g.
(E) 400 g.
29 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 79 
O gráfico representa a frequência média de oscilação (f) das 
pernas de um animal em função do comprimento de suas 
pernas (L), quando ele caminha de forma natural. Esse mes-
mo gráfico pode ser utilizado para uma pessoa caminhando 
nas mesmas condições.
(https://wp.ufpel.edu.br)
Considere uma pessoa adulta de 80 kg, cujas pernas medem 
1 m, caminhando em um parque sobre uma superfície plana 
e horizontal, com velocidade escalar constante. Se, em de-
terminado trecho dessa caminhada, para cada passo dado 
essa pessoa deslocar-se 90 cm, sua energia cinética será de
(A) 40,0 J.
(B) 32,4 J.
(C) 64,8 J.
(D) 36,0 J.
(E) 16,2 J.
QUeStÃo 80 
Um raio de luz monocromática, propagando-se pelo ar, incide 
sobre um líquido em equilíbrio contido em um recipiente, é 
refratado e passa a propagar-se por esse líquido em uma 
direção inclinada de um ângulo α em relação à superfície do 
líquido, conforme a figura.
A tabela apresenta cinco líquidos que podem estar no inte-
rior desse recipiente e seus respectivos índices de refração 
absolutos.
Líquido Índice de refraçãoabsoluto
Propanona (acetona) 1,35
Propanal (aldeído propiônico) 1,37
Isopropanol (álcool isopropílico) 1,38
Ácido propanoico (ácido propiônico) 1,40
Propanotriol (glicerol) 1,47
Dos líquidos apresentados na tabela, aquele para o qual o 
ângulo α assume o menor valor possui fórmula estrutural:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
30vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 81 
Nos instrumentos musicais de corda, as cordas apresentam 
diferentes espessuras e diferentes densidades lineares de 
massa, para que aquelas que emitem sons mais graves não 
precisem ser muito longas, o que inviabilizaria a construção 
do instrumento.
Detalhes das cordas de um violoncelo
(pt.wikipedia.org)
Para ilustrar o fato de que cordas que emitem sons mais gra-
ves precisariam ser muito longas, considere duas cordas, 1 e 
2, ambas com extremidades fixas, que apresentem espessu-
ras iguais, mesma densidade linear de massa e que estejam 
submetidas à mesma força de tração.
Quando essas cordas vibram em seus modos fundamentais, 
a frequência da onda sonora emitida pela corda 1 é 150 ve-
zes maior do que a frequência da onda sonora emitida pela 
corda 2. Sabendo que a corda 1 mede L1 = 5 cm, o compri-
mento L2 da corda 2 deve ser de
(A) 7,5 m.
(B) 8,0 m.
(C) 5,0 m.
(D) 2,5 m.
(E) 1,5 m.
QUeStÃo 82 
Um circuito elétrico é constituído por um gerador ideal de for-
ça eletromotriz E, um amperímetro também ideal e dois 
resistores ôhmicos de resistências R1 e R2, conforme a figu-
ra. O gráfico abaixo do circuito representa a variação do po-
tencial elétrico (V) ao longo dos pontos do ramo PZ que con-
tém os dois resistores, adotando o potencial do ponto P como 
sendo nulo.
Sabendo que o amperímetro indica 2 A, as resistências 
R1 e R2 são, respectivamente, iguais a
(A) 20 Ω e 10 Ω.
(B) 30 Ω e 10 Ω.
(C) 35 Ω e 5 Ω.
(D) 25 Ω e 15 Ω.
(E) 20 Ω e 15 Ω.
31 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 83 
Em um município, a conta de água residencial é composta 
por um valor fixo de R$ 4,00 somado a um valor variável, 
de acordo com o consumo de água da residência. O valor 
variável é composto da seguinte forma: M reais por m3 de 
água até o consumo de 12 m3 e N reais por m3 de água que 
exceda 12 m3. O gráfico descreve a composição do valor da 
conta de água residencial nesse município.
A análise dessas informações permite concluir que os valores, 
em reais, de M e N são, respectivamente,
(A) 2 e 10.
(B) 3 e 9.
(C) 3 e 8.
(D) 2 e 8.
(E) 3 e 10.
QUeStÃo 84 
Examine os dados comparativos simplificados entre Júpiter, 
Terra e Sol, considerando-se modelos esféricos e movimen-
tos circulares dos planetas em torno do Sol.
fora de escala
Se as medidas do raio da Terra e de são, respectiva-
mente, iguais a x e y quilômetros, a menor distância, em 
quilômetros, entre os centros de Júpiter e da Terra será 
igual a
(A) 12x + 4,2y
(B) 12x + 6,2y
(C) 12x + 5,2y
(D) 9x + 6,2y
(E) 10x + 4,2y
32vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 85 
Considere o trecho da notícia veiculada no Reino Unido.
A YouGov survey of more than 16,000 adults found that 
of the 40% of people who asked for a pay rise, just over a 
quarter succeeded.
(www.theguardian.com, 03.04.2022.)
De acordo com os dados da notícia, do total de entrevistados, 
aqueles que conseguiram aumento salarial representam
(A) 4%.
(B) 25%.
(C) 10%.
(D) 1,6%.
(E) 15%.
QUeStÃo 86 
Na figura, BELO é um losango com vértices E e O nos lados 
, respectivamente, do retângulo BALU. A diagonal 
 de BALU forma um ângulo de 30º com o lado , como 
mostra a figura.
Se a medida do lado do losango BELO é igual a 2 cm, a área 
do retângulo BALU será igual a:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
33 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 87 
Observe a figura, formada por um triângulo PQR inscrito 
em uma circunferência de diâmetro PR = 10 m, em que 
PQ = 6 m. Uma partícula se move sobre a linha contínua, 
iniciando seu movimento em P, passando por Q, depois 
por R e, finalmente, voltando a P, como mostram as setas 
sobre a trajetória.
A partícula parte de P com velocidade inicial de 8 m/s, e o 
módulo de sua velocidade aumenta uniformemente ao longo 
da trajetória, até chegar novamente em P, com velocidade 
de 10 m/s. Adotando p = 3, o módulo da aceleração escalar 
dessa partícula ao longo de todo seu percurso é de:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
QUeStÃo 88 
O alumínio é um metal valorizado por ter baixa densidade e 
baixa temperatura de fusão, o que o torna ideal para a fabri-
cação de embalagens baratas, resistentes e de fácil recicla-
gem, além de amplo uso na fabricação de veículos.
O gráfico mostra um comparativo de cinco metais, incluindo o 
alumínio, para cinco propriedades.
(www.nexojornal.com.br, 27.02.2022. Adaptado.)
Considerando-se que em determinado projeto industrial são 
desejáveis os menores valores possíveis das propriedades 1 
e 4 e os maiores valores possíveis das propriedades 2, 3 e 5, 
dos cinco metais comparados, o alumínio é o mais vantajoso
(A) nas propriedades 1 e 4,apenas.
(B) nas propriedades 3 e 4, apenas.
(C) na propriedade 4, apenas.
(D) na propriedade 1, apenas.
(E) na propriedade 3, apenas.
34vnsp2206 | 001-CG-provaObjetiva Confidencial até o momento da aplicação.
QUeStÃo 89 
De um paralelepípedo reto-retângulo de dimensões 20 cm 
por cm por cm serão retirados dois cubos, cujos 
lados medem x cm. Esses cubos têm três arestas contidas 
em três arestas do paralelepípedo e uma das faces contida 
em uma mesma face quadrada do paralelepípedo.
Ao adotar o valor máximo para x, o volume do prisma rema-
nescente, após a retirada dos cubos, será igual a:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
QUeStÃo 90 
A tabela indica o chaveamento de 8 times que chegaram às 
quartas de final de um torneio de futebol. Nos jogos de quar-
tas de final, as porcentagens ao lado de cada time indicam 
sua probabilidade de seguir adiante no torneio. Nos jogos da 
semifinal, as probabilidades de cada time dos grupos E e F 
são iguais a 50%.
Qual é a probabilidade de o time 1 disputar a final desse tor-
neio contra os times 5 ou 7?
(A) 16,25%
(B) 14,25%
(C) 15,75%
(D) 15,50%
(E) 12,50%
35 vnsp2206 | 001-CG-provaObjetivaConfidencial até o momento da aplicação.
CL
a
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Confidencial até o momento da aplicação.
Confidencial até o momento da aplicação.
Nome do candidato
Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG
001. PRova de CoNheCImeNtoS GeRaIS
CuRSoS da 
áRea de bIolóGICaS
(Questões 01 – 90)
 Confira seus dados impressos neste caderno.
 Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado.
 Esta prova contém 90 questões objetivas.
 Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum pro-
blema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de 
tinta preta.
 Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
 Esta prova terá duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h, contadas 
a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas e o Caderno de Questões.
veStIbulaR 2022
2vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
3 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 01 
Examine o cartum de Pietro Soldi, publicado em sua conta do 
Instagram em 11.09.2019.
Depreende-se do cartum que o motorista
(A) acredita que todas as pessoas estarão extintas em me-
nos de dez anos.
(B) duvida de que todas as pessoas estarão extintas em me-
nos de dez anos.
(C) acredita que todas as pessoas estarão extintas em dez 
anos.
(D) duvida daqueles que dizem que todas as pessoas irão 
se extinguir.
(E) acredita que todas as pessoas estarão extintas em mais 
de dez anos.
Para responder às questões de 02 a 07, leia a crônica “Almas 
penadas”, de Olavo Bilac, publicada originalmente em 1902.
Outro fantasma?... é verdade: outro fantasma. Já tarda-
va. O Rio de Janeiro não pode passar muito tempo sem o seu 
lobisomem. Parece que tudo aqui concorre para nos impelir 
ao amor do sobrenatural [...]. Agora, já se não adormecem as 
crianças com histórias de fadas e de almas do outro mundo. 
Mas, ainda há menos de cinquenta anos, este era um povo 
de beatos [...]. [...] Os tempos melhoraram, mas guardam ain-
da um pouco dessa primitiva credulidade. Inventar um fan-
tasma é ainda um magnífico recurso para quem quer levar a 
bom termo qualquer grossa patifaria. As almas simples vão 
propagando o terror, e, sob a capa e a salvaguarda desse 
temor, os patifes vão rejubilando.
O novo espectro que nos aparece é o de Catumbi. Co-
meçou a surgir vagamente, sem espalhafato, pelo pacato 
bairro — como um fantasma de grande e louvável modéstia. 
E tão esbatido1 passava o seu vulto na treva, tão sutilmente 
deslizava ao longo das casas adormecidas — que as primei-
ras pessoas que o viram não puderam em consciência dizer 
se era duende macho ou duende fêmea. [...] O fantasma 
não falava — naturalmente por saber de longa data que pela 
boca é que morrem os peixes e os fantasmas... Também, 
ninguém lhe falava — não por experiência, mas por medo. 
Porque, enfim, pode um homem ter nascido num século de 
luzes e de descrenças, e ter mamado o leite do liberalismo 
nos estafados seios da Revolução Francesa, e não acredi-
tar nem em Deus nem no Diabo — e, apesar disso, sentir a 
voz presa na garganta, quando encontra na rua, a desoras2, 
uma avantesma3...
Assim, um profundo mistério cercava a existência do lobi-
somem de Catumbi — quando começaram de aparecer ves-
tígios assinalados de sua passagem, não já pelas ruas, mas 
pelo interior das casas. Não vades agora crer que se tenham 
sumido, por exemplo, as hóstias consagradas da igreja de 
Catumbi, ou que os empregados do cemitério de S. Francis-
co de Paula tenham achado alguma sepultura vazia, ou que 
algum circunspecto pai de família, certa manhã, ao despertar, 
tenha dado pela falta... da própria alma. Nada disso. Os fe-
nômenos eram outros. Desta casa sumiram-se as arandelas, 
daquela outra as galinhas, daquela outra as joias... E a po-
lícia, finalmente, adquiriu a convicção de que o lobisomem, 
para perpétua e suprema vergonha de toda a sua classe, an-
dava acumulando novos pecados sobre os pecados antigos, 
e dando-se à prática de excessos menos merecedores de 
exorcismos que de cadeia.
Dizem as folhas4 que a polícia, competentemente muni-
da de bentinhos5 e de revólveres, de amuletos e de sabres, 
assaltou anteontem o reduto do fantasma. Um jornal, dando 
conta da diligência, disse que o delegado achou dentro da 
casa sinistra — um velho pardieiro6 que fica no topo de uma 
ladeira íngreme — alguns objetos singulares que pareciam 
instrumentos “pertencentes a gatunos”. E acrescentou: “al-
guns morcegos esvoaçavam espavoridos, tentando apagar 
as velas acesas que os sitiantes7 empunhavam”.
Esta nota de morcegos deve ser um chique romântico do 
noticiarista. No fundo da alma de todo o repórter há sempre 
um poeta... Vamos lá! nestes tempos, que correm, já nem 
há morcegos. Esses feios quirópteros, esses medonhos ra-
tos alados, companheiros clássicos do terror noturno, já não 
aparecem pelo bairro civilizado de Catumbi. Os animais, que 
esvoaçavam espavoridos, eram sem dúvida os frangões rou-
bados aos quintais das casas... Ai dos fantasmas! e mal dos 
lobisomens! o seu tempo passou.
(Olavo Bilac. Melhores crônicas, 2005.)
1 esbatido: de tom pálido.
2 a desoras: muito tarde.
3 avantesma: alma do outro mundo, fantasma, espectro.
4 folha: periódico diário, jornal.
5 bentinho: objeto de devoção contendo orações escritas.
6 pardieiro: prédio velho ou arruinado.
7 sitiante: policial.
QueStÃo 02 
Em relação à reportagem sobre a diligência policial (4o e 5o 
parágrafos), o cronista destaca seu caráter
(A) objetivo.
(B) enigmático.
(C) enfadonho.
(D) fantasioso.
(E) macabro.
4vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 06 
Em “Vamos lá! nestes tempos, que correm, já nem há morce-
gos” (5o parágrafo), o termo sublinhado está empregado na 
mesma acepção do termo sublinhado em
(A) “ela correu um risco desnecessário”.
(B) “a notícia corria por toda a cidade”.
(C) “a manhã corria especialmente tranquila”.
(D) “segundo corria, ela seria facilmente eleita”.
(E) “um arrepio correu-lhe pela espinha”.
QueStÃo 07 
A expressão sublinhada em “No fundo da alma de todo o 
repórter há sempre um poeta...” (5o parágrafo) exerce a mes-
ma função sintática da expressão sublinhada em
(A) “Esta nota de morcegos deve ser um chique romântico do 
noticiarista.” (5o parágrafo)
(B) “Os tempos melhoraram, mas guardam ainda um pouco 
dessa primitiva credulidade.” (1oparágrafo)
(C) “Os animais, que esvoaçavam espavoridos, eram sem 
dúvida os frangões roubados aos quintais das casas...” 
(5o parágrafo)
(D) “Desta casa sumiram-se as arandelas, daquela outra as 
galinhas, daquela outra as joias...” (3o parágrafo)
(E) “Dizem as folhas que a polícia, competentemente munida 
de bentinhos e de revólveres, de amuletos e de sabres, 
assaltou anteontem o reduto do fantasma.” (4o parágrafo)
QueStÃo 08 
O tópico clássico do locus amoenus está bem exemplificado 
nos seguintes versos do poeta Manuel Maria Barbosa du 
Bocage:
(A) O ledo passarinho, que gorjeia 
D’alma exprimindo a cândida ternura, 
O rio transparente, que murmura, 
E por entre pedrinhas serpenteia:
(B) Já sobre o coche de ébano estrelado 
Deu meio giro a noite escura e feia; 
Que profundo silêncio me rodeia 
Neste deserto bosque, à luz vedado!
(C) Ante a doce visão com que me enlaças, 
Já murcho, estéril já, meu ser floresce: 
Mas súbito fantasma eis desvanece 
Chusma de encantos, que em teu sonho abraças:
(D) Já o Inverno, espremendo as cãs nevosas, 
Geme, de horrendas nuvens carregado; 
Luz o aéreo fuzil, e o mar inchado 
Investe ao Polo em serras escumosas;
(E) Quando por entre os véus da noite fria 
A máquina celeste observo acesa, 
Da angústia, de terror a imagens presa 
Começa a devorar-me a fantasia.
QueStÃo 03 
“Porque, enfim, pode um homem ter nascido num século de 
luzes e de descrenças, e ter mamado o leite do liberalismo 
nos estafados seios da Revolução Francesa, e não acreditar 
nem em Deus nem no Diabo — e, apesar disso, sentir a voz 
presa na garganta, quando encontra na rua, a desoras, uma 
avantesma...” (2o parágrafo)
Nesse trecho, o cronista acaba por desconstruir a oposição 
entre
(A) razão e século de luzes.
(B) razão e crendice.
(C) razão e descrença.
(D) Iluminismo e Liberalismo.
(E) Iluminismo e Revolução Francesa.
QueStÃo 04 
Constitui exemplo de interação do cronista com o leitor o 
trecho
(A) “o lobisomem, para perpétua e suprema vergonha de 
toda a sua classe, andava acumulando novos pecados 
sobre os pecados antigos” (3o parágrafo).
(B) “As almas simples vão propagando o terror, e, sob a capa 
e a salvaguarda desse temor, os patifes vão rejubilando” 
(1o parágrafo).
(C) “Não vades agora crer que se tenham sumido, por 
exemplo, as hóstias consagradas da igreja de Catumbi” 
(3o parágrafo).
(D) “as primeiras pessoas que o viram não puderam em 
consciência dizer se era duende macho ou duende fê-
mea” (2o parágrafo).
(E) “O fantasma não falava — naturalmente por saber de 
longa data que pela boca é que morrem os peixes e os 
fantasmas” (2o parágrafo).
QueStÃo 05 
Em “o lobisomem, para perpétua e suprema vergonha de 
toda a sua classe, andava acumulando novos pecados sobre 
os pecados antigos, e dando-se à prática de excessos menos 
merecedores de exorcismos que de cadeia” (3o parágrafo), o 
trecho sublinhado constitui um exemplo de
(A) sinestesia.
(B) paradoxo.
(C) pleonasmo.
(D) hipérbole.
(E) eufemismo.
5 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 11 
“O como não importa; no bom resultado está o mérito...”
O teor dessa fala aproxima-se do conteúdo da seguinte 
citação:
(A) “Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo 
a essência.” (Friedrich Schiller, escritor alemão, 1759-
1805.)
(B) “A virtude está toda no esforço.” (Anatole France, escritor 
francês, 1844-1924.)
(C) “Cuide dos meios; o fim cuidará de si mesmo.” (Mahatma 
Gandhi, líder político indiano, 1869-1948.)
(D) “O homem é o lobo do homem.” (Plauto, dramaturgo 
romano, 254 a.C.-184 a.C.)
(E) “Os fins justificam os meios.” (Ovídio, poeta romano, 
43 a.C.-17 d.C.)
QueStÃo 12 
Um vocábulo também pode ser formado quando passa de 
uma classe gramatical a outra, sem a modificação de sua 
forma. É o que se denomina derivação imprópria. Na fala de 
Ambrósio, constitui exemplo de derivação imprópria o vocá-
bulo sublinhado em
(A) “O como não importa”.
(B) “Mas um dia pode tudo mudar”.
(C) “No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la”.
(D) “Pintam-na cega”.
(E) “Em mim se vê o exemplo”.
QueStÃo 13 
Tal movimento deriva quase todos os seus critérios de 
probabilidade do empirismo das ciências naturais. Baseia 
seu conceito de verdade psicológica no princípio de causali-
dade, o desenvolvimento apropriado da trama na eliminação 
do acaso e dos milagres, sua descrição do ambiente na ideia 
de que todo e qualquer fenômeno natural tem lugar numa 
interminável cadeia de condições e motivos, sua utilização de 
detalhes característicos no método de observação científica 
– que não despreza circunstância alguma, por mais insignifi-
cante e trivial que seja.
(Arnold Hauser. História social da arte e da literatura, 1994. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento
(A) árcade.
(B) simbolista.
(C) realista.
(D) romântico.
(E) modernista.
QueStÃo 09 
Examine o meme publicado pela comunidade “The Language 
Nerds” em sua conta no Facebook em 07.04.2021.
Para obter seu efeito de humor, o meme explora a ambigui-
dade do termo
(A) “you”.
(B) “in”.
(C) “relationship”.
(D) “stable”.
(E) “When”.
Para responder às questões de 10 a 12, leia a cena inicial da 
comédia O noviço, de Martins Pena.
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe ad-
quiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele 
que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo homem 
pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortu-
na. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos 
auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os 
meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exem-
plo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, 
e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado 
está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo 
eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, 
o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. As leis criminais 
fizeram-se para os pobres...
(Martins Pena. Comédias (1844-1845), 2007.)
QueStÃo 10 
A fala de Ambrósio contém um elogio
(A) à humildade.
(B) à moderação.
(C) à meritocracia.
(D) à justiça.
(E) à burocracia.
6vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 15 
De acordo com o autor,
(A) o avanço das pesquisas científicas pode tornar a inges-
tão de memórias uma prática ultrapassada.
(B) a ideia de aperfeiçoamento da memória a qualquer custo 
pode representar um risco para a humanidade.
(C) a ideia do aprendizado instantâneo pode vir a se tornar 
realidade em um futuro muito próximo.
(D) a consolidação de memórias pode ser acelerada me-
diante o emprego de técnicas científicas.
(E) o emprego arbitrário de técnicas científicas pode vir a 
descaracterizar a própria natureza da memória.
QueStÃo 16 
“Entretanto, na matriz cerebral das pessoas de carne e 
osso, vale o dito popular: ‘Urubu, pra cantar, demora.’” (2o 
parágrafo)
Considerando o contexto, o ditado popular mencionado pode 
ser substituído pelo seguinte provérbio:
(A) “Quem espera sempre alcança.”
(B) “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”
(C) “Para bom entendedor, meia palavra basta.”
(D) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.”
(E) “Quem canta seus males espanta.”
QueStÃo 17 
Em “Ao que parece, as oscilações lentas do sono são puro pó 
de pirlimpimpim” (4o parágrafo), o autor caracteriza as “osci-
lações lentas do sono” como um processo
(A) imaginário.
(B) estéril.
(C) indefinido.
(D) complexo.
(E) produtivo.
QueStÃo 18 
Em “Contudo, estudos posteriores demonstraram que a in-
gestão de planárias não condicionadas também acelerava 
o aprendizado” (3o parágrafo), o termo sublinhado pode ser 
substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
(A) Por conseguinte.
(B) Inclusive.
(C) Todavia.
(D) Além disso.
(E) Conquanto.
Para responder às questões de 14 a 19, leia o artigo “Pó de 
pirlimpimpim”, do neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro.
Alcançar o aprendizadoinstantâneo é um desejo pode-
roso, pois o cérebro sem informação é pouco mais que esto-
fo de macela1. Emília, a sabida boneca de Monteiro Lobato, 
aprendeu a falar copiosamente após engolir uma pílula, ad-
quirindo de supetão todo o vocabulário dos seres humanos 
ao seu redor. No filme Matrix (1999), a ingestão de uma pílula 
colorida faz o personagem Neo descobrir que todo o mundo 
em que sempre viveu não passa de uma simulação chamada 
Matriz, dentro da qual é possível programar qualquer coisa. 
Poucos instantes depois de se conectar a um computador, 
Neo desperta e profere estupefato: “I know kung fu”.
Entretanto, na matriz cerebral das pessoas de carne e 
osso, vale o dito popular: “Urubu, pra cantar, demora.” O 
aprendizado de comportamentos complexos é difícil e demo-
rado, pois requer a alteração massiva de conexões neuro-
nais. Há consenso hoje em dia de que o conteúdo dos nos-
sos pensamentos deriva dos padrões de ativação de vastas 
redes neuronais, impossibilitando a aquisição instantânea de 
memórias intrincadas.
Mas nem sempre foi assim. Há meio século, experimen-
tos realizados na Universidade de Michigan pareciam indicar 
que as planárias, vermes aquáticos passíveis de condiciona-
mento clássico, eram capazes de adquirir, mesmo sem trei-
namento, associações estímulo-resposta por ingestão de um 
extrato de planárias já condicionadas. O resultado, aparen-
temente revolucionário, sugeria que os substratos materiais 
da memória são moléculas. Contudo, estudos posteriores 
demonstraram que a ingestão de planárias não condiciona-
das também acelerava o aprendizado, revelando um efeito 
hormonal genérico, independente do conteúdo das memórias 
presentes nas planárias ingeridas.
A ingestão de memórias é impossível porque elas são 
estados complexos de redes neuronais, não um quantum 
de significado como a pílula da Emília. Por outro lado, é sim 
possível acelerar a consolidação das memórias por meio da 
otimização de variáveis fisiológicas envolvidas no processo. 
Uma linha de pesquisa importante diz respeito ao sono, cujo 
benefício à consolidação de memórias já foi comprovado. Em 
2006, pesquisadores alemães publicaram um estudo sobre 
os efeitos mnemônicos da estimulação cerebral com ondas 
lentas (0,75 Hz) aplicadas durante o sono por meio de um 
estimulador elétrico. Os resultados mostraram que a estimu-
lação de baixa frequência é suficiente para melhorar o apren-
dizado de diferentes tarefas. Ao que parece, as oscilações 
lentas do sono são puro pó de pirlimpimpim.
(Sidarta Ribeiro. Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020.)
1 macela: planta herbácea cujas flores costumam ser usadas pela popu-
lação como estofo de travesseiros.
QueStÃo 14 
Por se tratar de um artigo de divulgação científica (e não um 
artigo científico propriamente), predomina no texto uma lin-
guagem
(A) técnica.
(B) acessível.
(C) informal.
(D) figurada.
(E) hermética.
7 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
QueStÃo 19 
Pode ser reescrito na voz passiva o seguinte trecho do artigo:
(A) “Há consenso hoje em dia de que o conteúdo dos nossos 
pensamentos deriva dos padrões de ativação de vastas 
redes neuronais” (2o parágrafo).
(B) “Uma linha de pesquisa importante diz respeito ao sono” 
(4o parágrafo).
(C) “A ingestão de memórias é impossível porque elas são 
estados complexos de redes neuronais” (4o parágrafo).
(D) “Em 2006, pesquisadores alemães publicaram um estu-
do sobre os efeitos mnemônicos da estimulação cere-
bral” (4o parágrafo).
(E) “Alcançar o aprendizado instantâneo é um desejo pode-
roso” (1o parágrafo).
QueStÃo 20 
Art which is based on images of mass consumer culture. 
Pop art was initially regarded as a reaction from abstract 
expressionism because its exponents brought back figural 
imagery and made use of impersonal handling. It was seen as 
a descendant of Dada because it debunked the seriousness 
of the art world and embraced the use or reproduction of 
commonplace subjects. Comic books, advertisements, 
packaging, and images from television and the cinema were 
all part of the iconography of the movement.
(Ian Chilvers e John Glaves-Smith (orgs.). 
Oxford Dictionary of Modern and Contemporary Art, 2009. 
Adaptado.)
Uma obra representativa do movimento artístico retratado no 
texto está reproduzida em:
(A) 
8vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
Examine os gráficos e leia o texto para responder às ques-
tões de 21 a 27.
Educated Americans live longer, as others die younger
(Anne Case and Angus Deaton. “Life expectancy in adulthood is falling for 
those without a BA degree, but as educational gaps have widened, racial 
gaps have narrowed”. PNAS, 2021. Adaptado.)
A 25-year-old American with a university degree can 
expect to live almost a decade longer than a contemporary who 
dropped out of high school. Although researchers have long 
known that the rich live longer than the poor, this education 
gap is less well documented — and is especially marked in 
rich countries. And whereas the average American’s expected 
span has been flat in recent years — and, strikingly, even 
fell between 2015 and 2017 — that of the one-third with a 
bachelor’s degree has continued to lengthen.
This disparity in life expectancy is growing, according to 
new research published in the Proceedings of the National 
Academy of Sciences. Using data from nearly 50m death 
certificates filed between 1990 and 2018, Anne Case and 
Angus Deaton of Princeton University analysed differences 
in life expectancy by sex, race, ethnicity and education. They 
found that the lifespans of those with and without a bachelor’s 
degree started to diverge in the 1990s and 2000s. This 
gap grew even wider in the 2010s as the life expectancy of 
degree-holders continued to rise while that of other Americans 
got shorter.
What is the link between schooling and longevity? Some 
argue that better-educated people develop healthier lifestyles: 
each additional year of study reduces the chances of being a 
smoker and of being overweight. The better-educated earn 
more, which in turn is associated with greater health. Ms 
Case and Mr Deaton argue that changes in labour markets, 
including the rise of automation and increased demand for 
highly-educated workers, coupled with the rising costs of 
employer-provided health care, have depressed the supply 
of well-paid jobs for those without a degree. This may be 
contributing to higher rates of alcohol and drug use, suicide 
and other “deaths of despair”.
(www.economist.com,17.03.2021. Adaptado.)
QueStÃo 21 
The research the text and the graph are based on, concluded 
that
(A) hispanic women lived less than white men in 1990.
(B) both men and women with a degree are expected to live 
longer than those who don’t.
(C) life expectancy among black men has been stable 
between 1990 and 2000.
(D) men with a degree live longer than women with a degree.
(E) black women have the lowest life expectancy when 
compared to all men race groups.
QueStÃo 22 
As informações apresentadas no primeiro parágrafo sobre 
a relação entre longevidade e educação estão mais bem 
representadas
(A) no gráfico “Women, by race”, apenas.
(B) nos gráficos “Men, by race” e “Women, by race”.
(C) no gráfico “Men, by race”, apenas.
(D) nos gráficos “Men, by race” e “By education”.
(E) no gráfico “By education”, apenas.
QueStÃo 23 
No trecho do primeiro parágrafo “And whereas the average 
American’s expected span has been flat in recent years”, o 
termo sublinhado pode ser substituído, sem alteração de 
sentido, por
(A) whenever.
(B) likewise.
(C) while.
(D) otherwise.
(E) unless.
9 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 24 
In the excerpt from the first paragraph “and, strikingly, even 
fell between 2015 and 2017”, the underlined word means
(A) exposing a contradiction between theory and practice.(B) causing a fearful response due to a problem.
(C) referring to a specific period of time.
(D) doubting about the accuracy of the results.
(E) attracting attention because of an unexpected event.
QueStÃo 25 
No trecho do segundo parágrafo “while that of other 
Americans got shorter”, o termo sublinhado refere-se a
(A) life expectancy.
(B) other Americans.
(C) death certificates.
(D) bachelor’s degree.
(E) degree-holders.
QueStÃo 26 
According to the third paragraph, better-educated people
(A) don’t smoke any kind of substance.
(B) tend to have better access to healthcare.
(C) might lose their privilege because of the rise of 
automation.
(D) consume moderate amounts of alcohol as a rule.
(E) are usually underpaid despite having a degree.
QueStÃo 27 
No trecho do terceiro parágrafo “The better-educated 
earn more, which in turn is associated with”, a expressão 
sublinhada equivale, em português, a
(A) com a finalidade de.
(B) às vezes.
(C) pelo contrário.
(D) por sua vez.
(E) por outro lado.
Examine os mapas que apresentam a média de anos de 
escolaridade para a população de 25 anos ou mais, do ano 
2000 e do ano 2017, para responder à questão 28.
Mean years of schooling, 2000
Mean years of schooling, 2017
(https://ourworldindata.org. Adapted.)
QueStÃo 28 
After comparing both maps, one can say that:
(A) there was no noticeable improvement in Asia, except for 
China in 2017.
(B) South Africa, a developing country, remained the same in 
2000 and 2017.
(C) Brazil has improved more than Argentina from 2000 to 
2017.
(D) Canada equalled the US and Mexico in 2017.
(E) Australia improved more than Canada from 2000 to 2017.
10vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 31 
Roma não era apenas o parente mais violento da Grécia 
Clássica, não estava apenas comprometida com engenharia, 
eficiência militar e absolutismo, enquanto os gregos haviam 
preferido a especulação intelectual, o teatro e a democracia.
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. 
São Paulo, 2017. Adaptado.)
O excerto critica os estereótipos de Roma e Grécia antigas. 
Essa crítica justifica-se, pois
(A) a experiência democrática ateniense foi uma exceção, 
uma vez que a maioria das cidades-Estado gregas des-
conhecia a democracia.
(B) a filosofia grega derivou principalmente da tradição 
do pensamento metafísico desenvolvido no Império 
Romano.
(C) o teatro dramático desenvolveu-se sobretudo no Império 
Romano, uma vez que na Grécia estimulava-se priorita-
riamente a comédia.
(D) os direitos de cidadania no Império Romano eram exer-
cidos pelo conjunto da população, por meio de ações 
políticas diretas.
(E) o expansionismo imperialista romano foi diretamente 
determinado pelo exemplo da militarização do cotidiano 
imposta nas cidades gregas.
QueStÃo 32 
A migração de Maomé e seus seguidores para Medina, em 
622, marca a
(A) conquista muçulmana da Terra Santa, após as lutas con-
tra os cruzados europeus.
(B) passagem da união familiar e clânica dos árabes para a 
constituição de uma religião coesa.
(C) expansão política das oligarquias locais, por meio da im-
posição do islamismo a todos os árabes.
(D) consolidação da primeira religião baseada na Bíblia, fora 
do âmbito do cristianismo.
(E) transição do politeísmo imposto na Palestina para uma 
religião monoteísta institucionalizada.
Leia a tira para responder às questões 29 e 30.
(https://thebrickinthesky.wordpress.com)
QueStÃo 29 
From the comic strip, one can say that
(A) Mafalda, the girl, is angry with her friend Felipe because 
he didn’t not follow the rules.
(B) the children don’t want Mafalda’s father to joint them in 
the game.
(C) the children were playing a game about the end of 
humanity.
(D) the game was interesting and going well until Mafalda’s 
father interrupted it.
(E) the man, Mafalda’s father, didn’t get the context of the 
conversation between the children.
QueStÃo 30 
No trecho do primeiro quadrinho “I guess we should start it 
over again”, o termo sublinhado pode ser substituído, sem 
alteração de sentido, por
(A) were going to.
(B) used to.
(C) are allowed to.
(D) are able to.
(E) have to.
11 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 35 
[...] as irmandades de negros eram espaços permitidos 
dentro da legalidade, nos quais o escravo podia manifestar-
-se fora de suas relações de trabalho. [...] Em certo sentido, 
era através da religião católica que o escravo encontrava al-
gum lenitivo para sua situação. Tudo indica que a permissão 
para a criação das irmandades de negros tenha sido dada 
com o intuito de obter melhores resultados na cristianização 
dos escravos [...].
Paradoxalmente, os negros utilizaram as irmandades 
para resguardar valores culturais, em especial suas crenças 
religiosas. [...] Tudo leva a crer que, a partir da realidade vivi-
da naquela época, bem como considerando as dificuldades, 
o negro recriou e reinterpretou a cultura dominante, adequan-
do-a à sua maneira de ser.
(Ana Lúcia Valente. “As irmandades de negros: resistência e repressão”. 
In: Horizonte, v. 9, no 21, 2011.)
Segundo o excerto, as irmandades religiosas de negros, no 
Brasil colonial, eram
(A) organizações culturais destinadas à difusão do catoli-
cismo e, paralelamente, à valorização do sincretismo 
religioso.
(B) confrarias em que era proibido, por ordens metropolita-
nas, o contato direto entre escravizados.
(C) templos em que era permitida, pelas autoridades colo-
niais, a realização de cultos religiosos de origem africana.
(D) espaços de imposição de princípios europeus aos escra-
vizados e, simultaneamente, de manifestação de traços 
culturais de matriz africana.
(E) instituições de apoio e auxílio aos escravizados, cria-
das e mantidas por meio da atuação catequizadora dos 
jesuítas espanhóis.
QueStÃo 33 
Depois do estabelecimento do caminho marítimo para as 
Índias por Vasco da Gama em 1499, a Coroa portuguesa logo 
preparou nova expedição, tendo como base as informações 
recolhidas pelo navegante. E essa era mesmo a melhor saída 
para o pequenino reino português, que ficava justamente na 
boca do Atlântico.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
Além do motivo apresentado no excerto, contribuíram para 
que Portugal se lançasse à expansão marítima
(A) o interesse por colonizar o litoral africano e a disposição 
militar para a reconquista ibérica.
(B) a aliança política e comercial com a Coroa de Castela e a 
posição geográfica do país.
(C) a busca pelas especiarias da América e o desenvolvi-
mento de uma indústria bélica.
(D) o desenvolvimento de instrumentos náuticos e a articula-
ção entre interesses comerciais e religiosos.
(E) a precoce unificação política e a necessidade de insumos 
para a nascente indústria têxtil.
QueStÃo 34 
Os povos que viviam nas terras conquistadas pelos portugue-
ses na América
(A) eram destituídos de interesses e práticas religiosas.
(B) concentravam-se nas áreas litorâneas do território.
(C) eram coletores ou praticavam agricultura rudimentar.
(D) alimentavam-se prioritariamente de carne humana.
(E) eram pacíficos ou dedicados a alianças e acordos entre 
grupos.
12vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 38 
Os únicos países africanos não colonizados por potências 
europeias no século XIX foram
(A) a África do Sul, que vivia sob forte regime de segregação 
racial, e a Síria, que se manteve livre graças à forte mo-
bilização militar dos grupos muçulmanos.
(B) a Libéria, criada na metade do século XIX por iniciativa 
norte-americana, e a Etiópia, que uniu cristãos e islâmi-
cos na luta de resistência às investidas armadas italianas.
(C) a Argélia, que obteve sua autonomia em troca de acor-
dos comerciais com países mediterrânicos, e Gana, 
onde o poderoso Império Axânti conseguiu impedir o 
avanço britânico.
(D) o Marrocos, ocupado pelaFrança apenas no século XX, 
e Madagascar, que conseguiu evitar invasões por meio 
da estruturação de um forte aparato militar marítimo.
(E) o Egito, que se valeu de sua tradição histórica de auto-
nomia e hegemonia regional, e Angola, que obteve sua 
independência de Portugal no final do século XVIII.
QueStÃo 39 
O crescimento urbano, ao criar um mercado potencial 
mais amplo, estimulou igualmente o crescimento das indús-
trias artesanais e de algumas fábricas que empregavam uma 
força de trabalho concentrada [...].
Deixando de lado as características peculiares dessa 
sociedade urbana em expansão, a razão para a crescente 
debilidade de qualquer expressão política especificamente 
urbana era a posição peculiar da cidade no sistema econô-
mico e fiscal, consolidado pelo contínuo progresso do setor 
com base na exportação de produtos agrícolas e pecuários.
(Tulio Halperín Donghi. “A economia e a sociedade na América espanhola do 
pós-independência”. In: Leslie Bethell (org.). 
História da América Latina, v. 3, 2004.)
O excerto apresenta uma experiência histórica vivida por al-
guns países hispano-americanos, e também pelo Brasil, en-
tre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do XX. 
Tal situação
(A) gerou sucessivas crises econômico-financeiras na região 
e acentuou o controle imperialista estadunidense sobre 
o setor industrial e financeiro dos países do continente.
(B) resultou da ausência de burguesias nacionais capazes 
de conduzir o processo de reorganização econômica e 
de decolagem na direção de economias autônomas.
(C) provocou um deslocamento do controle do poder polí-
tico do campo para a cidade e o aumento da influência 
política das classes médias e dos setores populares.
(D) derivou da combinação entre os processos de moderni-
zação urbana e a inserção das economias latino-ameri-
canas na divisão internacional do trabalho.
(E) proporcionou um desenvolvimento acelerado do segun-
do e do terceiro setores das economias nacionais e uma 
maior integração comercial no continente.
QueStÃo 36 
Observe a imagem, que é uma parte da gravura “Luís XIV 
como imperador romano”, de Charles Perrault, 1670.
(Apud: Peter Burke. A fabricação do rei: 
a construção da imagem pública de Luís XIV, 2009.)
A imagem associa a França do século XVII à Roma Antiga,
(A) recorrendo à figuração típica como símbolo de poder, 
conquista e grandiosidade.
(B) ironizando a insistência do monarca em se apresentar 
como continuador da tradição clássica.
(C) identificando o rei à coragem, à força e à ousadia dos 
gladiadores romanos.
(D) satirizando a preocupação do rei com a própria imagem e 
com a propaganda de seu governo.
(E) equiparando a extensão das áreas ocupadas pela França 
aos domínios imperiais romanos.
QueStÃo 37 
O luxo e a corrupção nasceram entre nós antes da civi-
lização e da indústria. E qual será a causa principal de um 
fenômeno tão espantoso? A escravidão, senhores, a escravi-
dão. Porque o homem que conta com os trabalhos diários de 
seus escravos vive na indolência, e a indolência traz todos os 
vícios após si.
(José Bonifácio de Andrada e Silva, 1825. Apud: Ynaê Lopes dos Santos. 
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017. Adaptado.)
A manifestação de uma das principais lideranças do país, 
logo após a independência política, revela a
(A) justificativa para a adoção, no Primeiro Reinado, de polí-
ticas agressivas de estímulo à imigração.
(B) disposição, majoritária nos setores que participaram do 
processo emancipacionista, de eliminar gradualmente a 
escravidão.
(C) campanha abolicionista sistemática, iniciada ainda no 
período colonial, dos cafeicultores paulistas.
(D) rejeição, de clara influência liberal-iluminista, da ideia de 
que os homens são desiguais por natureza.
(E) crítica, voltada aos setores social e politicamente hege-
mônicos do Brasil, à dependência do trabalho obrigatório.
13 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 42 
O terrorismo não tem outra ideologia que não seja a exal-
tação da morte, uma mentalidade legionária de múltiplas en-
carnações. Na Espanha, sofremos o do ETA [Pátria Basca e 
Liberdade] e o dos GAL [Grupos Antiterroristas de Liberta-
ção]; na Colômbia, o de guerrilheiros e paramilitares; no Mé-
xico, o dos cartéis criminosos e do narcoestado; no Chile, o 
dos sicários de Pinochet; no Oriente Médio, o de palestinos e 
israelenses. E tantos outros. Mas o que se instalou no âmbito 
global e transformou a vida política é o terrorismo de origem 
islâmico-fundamentalista e o contraterrorismo dos Estados, 
que fizeram do planeta um campo de batalha onde sobretudo 
morrem civis [...].
(Manuel Castells. Ruptura: a crise da democracia liberal, 2018.)
O excerto identifica o terrorismo contemporâneo como um 
fenômeno
(A) mundial, praticado tanto por grupos externos ao controle 
estatal, quanto por regimes políticos institucionalizados.
(B) regional, presente nas distintas partes do planeta, 
mas sempre resultante de disputas restritas a interes-
ses locais e particulares.
(C) relacionado ao crime organizado, que se manifesta tanto 
por meio de estratégias clandestinas quanto através de 
corporações legalizadas.
(D) associado a ideologias extremistas de direita ou de 
esquerda, que agem para obter o controle de aparatos 
políticos estatais.
(E) étnico e religioso, por resultar de ações de grupos per-
seguidos, que recorrem à ação armada para reivindicar 
seus direitos.
QueStÃo 43 
Para enfrentar a crise da pandemia, a intervenção estatal 
está agora sendo solicitada e elogiada pelos comentaristas 
conservadores que anteriormente a criticavam. O capitalis-
mo de Estado está sendo visto como solução. Nos EUA, os 
despejos de inquilinos estão sendo adiados, a folha de paga-
mento de algumas empresas vai ser garantida pelo Estado, 
e o governo, entre outras medidas, obrigou a General Motors 
a fabricar respiradores. No Reino Unido, já estão discutindo 
renacionalizar companhias aéreas em dificuldades e outras 
empresas.
(www.cartamaior.com.br, 29.03.2020. Adaptado.)
As ações descritas no excerto contradizem a
(A) política keynesiana.
(B) política de subsídios.
(C) ação protecionista de mercado.
(D) doutrina neoliberal.
(E) lei da oferta e da procura.
QueStÃo 40 
Gerações inteiras criaram-se à sombra de batalhas nu-
cleares globais que, acreditava-se firmemente, podiam es-
tourar a qualquer momento, e devastar a humanidade. [...]
A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos 
objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial.
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991, 1995.)
A contradição entre os dois parágrafos do excerto justifica-se, 
pois havia
(A) uma retórica belicosa das duas superpotências, mas 
ambas auxiliaram-se mutuamente na preservação da 
neutralidade dos países que pertenciam às suas áreas 
de influência.
(B) discordâncias de ordem política entre Estados Unidos e 
União Soviética, mas os dois países desenvolveram con-
juntamente com a ONU projetos de exploração espacial.
(C) divergências ideológicas entre Estados Unidos e 
União Soviética, mas os dois países unificaram seus 
serviços de inteligência e mantiveram estreita colabo-
ração diplomática.
(D) tensões entre os setores militares dos Estados Unidos e 
da União Soviética, mas os dois países obedeciam às de-
terminações e decisões pacificistas da OTAN e do Pacto 
de Varsóvia.
(E) um clima de contínuo medo, mas as duas superpotên-
cias evitaram tomar decisão que pudesse provocar um 
conflito bélico direto e concreto.
QueStÃo 41 
O ano de 1985 foi um grande anúncio de ditadura finda, 
temperado pela exclusão de vozes que significaram alterna-
tivas no combate à ditadura, como se observou no silencia-
mento de importantes movimentos sociais [...], substituídos 
pelo olhar exclusivo para agentes da política institucional e da 
cena cultural dominante.
(Marcos Silva. Ditadura relativa e negacionismos, 2021.)
O excerto compreende o processode redemocratização bra-
sileiro nos anos 1980 como
(A) o despertar de uma consciência democrática ativa na 
população, que foi liderada por partidos políticos e movi-
mentos sociais ligados ao regime.
(B) o desfecho definitivo da experiência militar autoritária, 
que perdeu a capacidade de resistir às pressões políticas 
dos partidos de oposição.
(C) o prevalecimento de um projeto de transição negociada, 
que evitou confrontar diretamente os responsáveis pela 
ditadura.
(D) a conjugação, no projeto de uma nova república, dos an-
seios e das reivindicações dos diversos setores da socie-
dade brasileira.
(E) a retomada, numa nova ordem constitucional, da tradição 
democrática brasileira, predominante desde o início da 
República.
14vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 46 
Analise o gráfico.
Evolução da indústria e da agricultura no Brasil 
no período 1939-1982 (em % do PIB)
(Marcos de A. Coelho e Lygia T. Soares. 
Geografia do Brasil, 2002. Adaptado.)
Destacado pela seta, o momento em que os percentuais da 
indústria ultrapassam os da agricultura na composição do 
PIB brasileiro possui relação com
(A) o processo de internacionalização da economia brasi-
leira, destacando-se a indústria automobilística.
(B) o investimento nacional em plataformas de exportação, 
destacando-se a indústria de eletrodomésticos.
(C) a inserção do Brasil em acordos de livre-comércio, desta-
cando-se a indústria siderúrgica.
(D) a flexibilização na tributação de empresas nacionais, 
destacando-se a indústria petroquímica.
(E) a formação de conglomerados nacionais, destacando-se 
a indústria de construção civil.
QueStÃo 44 
Examine o mapa.
(Maria Elena R. Simielli. Geoatlas, 2019. Adaptado.)
O mapa apresenta uma regionalização do espaço mundial 
baseada em organizações
(A) ambientais.
(B) geopolíticas.
(C) comerciais.
(D) industriais.
(E) econômicas.
QueStÃo 45 
Cadê Palestina no Google Maps? 
Polêmica antiga ressurge nas redes sociais
A reportagem acessou o Maps e verificou os nomes dos 
territórios da Cisjordânia e Gaza, ambos demarcados com 
uma linha tracejada, usada pela plataforma para indicar li-
mites territoriais em disputa. Quando se trata de áreas não 
disputadas, a linha é cinza e sólida. Ao aproximar a imagem, 
aparece no contorno da linha a frase “1950 – linha do acordo 
de armistício”.
(www.uol.com.br, 16.07.2020.)
A representação espacial questionada no título da reporta-
gem reflete
(A) conflitos entre muçulmanos e hindus pelo controle terri-
torial.
(B) embates entre sírios e libaneses pela hegemonia política 
local.
(C) desacordos entre sírios e judeus pela posse de áreas 
agrícolas.
(D) guerras entre árabes e muçulmanos pelo direito à 
descolonização.
(E) disputas entre árabes e judeus pela criação de seus 
Estados.
15 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 48 
No aniversário de 20 anos do Estatuto da Cidade, é fun-
damental refletir sobre o seu legado nas cidades brasileiras. 
Seu grande avanço consiste em definir instrumentos claros 
para um planejamento urbano com propósito social e calcado 
na gestão democrática da cidade, viabilizando, na prática, o 
reconhecimento da função social da propriedade.
(https://diplomatique.org.br, 06.07.2021. Adaptado.)
Consiste um exemplo de descumprimento da função social 
da propriedade nas cidades
(A) a concentração de linhas de transporte público nas 
periferias, em detrimento do grande número de traba-
lhadores que moram nas áreas centrais.
(B) a presença de imóveis ociosos em áreas com boa in-
fraestrutura coexistindo com a realidade precária das 
periferias.
(C) a expansão da distribuição do saneamento básico em 
áreas regularizadas, em contraste com as falhas no 
acesso a esses serviços em áreas irregulares.
(D) a realização da coleta seletiva de lixo em áreas regu-
larizadas convivendo com a permanência de lixões em 
áreas irregulares.
(E) a centralização dos empregos em áreas com boa infraes-
trutura, em detrimento da população desempregada que 
reside nas periferias.
QueStÃo 49 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza 
periodicamente censos para analisar a distribuição da popu-
lação brasileira segundo a cor da pele. Nesse contexto, as 
informações obtidas pelos censos permitem a
(A) apresentação de planos de contingência à entrada de 
imigrantes, grupos constituídos por indivíduos com po-
tencial de descaracterizar o perfil demográfico nacional.
(B) construção de políticas afirmativas articuladas à hegemo-
nia populacional, assegurando o combate aos preconcei-
tos no Brasil.
(C) reestruturação da territorialidade das comunidades tradi-
cionais, deslocando populações segundo sua participa-
ção no todo nacional.
(D) elaboração de políticas públicas que busquem reduzir 
desigualdades sociais, especialmente aos grupos mino-
ritários.
(E) reavaliação da definição dos grupos formadores da 
população brasileira, minimizando a participação de 
populações pouco expressivas.
QueStÃo 47 
Analise o mapa.
Assassinatos no campo no Brasil, 1986-2006
(Eduardo P. Girardi. Atlas da questão agrária brasileira, 2008. Adaptado.)
Considerando o mapa e conhecimentos sobre o campo 
brasileiro,
(A) a ocorrência de assassinatos foi reduzida em áreas onde 
a agricultura comercial se fez hegemônica.
(B) o menor número de assassinatos na região Norte indica a 
eficiência das políticas de reforma agrária no Brasil.
(C) a área com maior ocorrência de assassinatos coincide 
com o avanço da fronteira agrícola.
(D) o elevado número de assassinados em áreas interioranas 
é compreendido pela fragilidade dos limites estaduais.
(E) a insegurança nas áreas rurais reflete o desinteresse 
nacional pela população residente fora das capitais.
16vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
O fenômeno esquematizado nas imagens, cuja área de ocor-
rência está delimitada no mapa, corresponde
(A) à condensação atmosférica, responsável pelo resfria-
mento do ar úmido em superfície, o que resulta na ocor-
rência de orvalho e de nevoeiro.
(B) às monções de inverno e de verão, caracterizadas por 
sistemas de circulação atmosférica que determinam 
períodos de seca e chuva.
(C) à frente estacionária, classificada como uma frente fria 
sem movimentação por um longo período, o que resulta 
em chuvas torrenciais.
(D) à inversão térmica, provocada pela resistência aos mo-
vimentos de ar verticais que formam as precipitações 
convectivas.
(E) às ressacas, constituídas por episódios de ventos fortes 
em direção ao litoral que geram ciclones extratropicais.
QueStÃo 52 
Os corredores florestais são estratégicos para a conservação 
e a recuperação de paisagens degradadas. Sob o ponto de 
vista do meio ambiente, a implantação desses corredores é 
importante por combater
(A) o impacto do efeito de borda e a movimentação de 
animais silvestres.
(B) a perda da produtividade dos solos e a expansão agrícola.
(C) o refúgio da fauna local e o descontrole biológico de 
pragas.
(D) a diminuição de áreas naturais e o isolamento de espécies.
(E) a fragmentação dos ecossistemas e o intercâmbio de 
polinizadores.
QueStÃo 53 
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná vêm 
testando o emprego de uma substância que impede a for-
mação de óxido nitroso (N2O). A dicianodiamida (DCD) blo-
queia as reações que levam à formação desse gás ao inibir 
o processo de nitrificação que age sobre o amônio liberado 
no solo pela urina. Além de minimizar a formação do gás, o 
inibidor ainda apresenta outra vantagem: impede a formação 
de nitrato no solo.
(https://cienciahoje.org.br, 08.12.2014. Adaptado.)
Ao inibir a formação do gás N2O e do nitrato no solo, o em-
prego da DCD poderá reduzir, respectivamente,
(A) a geada e a salinização.
(B) a chuva ácida e a calagem.
(C) o efeito estufa e a poluição de mananciais.
(D) o albedo e a ressurgência.
(E) a evapotranspiração e a laterização.QueStÃo 50 
O Pantanal, sob os aspectos geológico e geomorfológico, 
corresponde a
(A) uma planície em desgaste, na qual os processos erosi-
vos superam o intemperismo químico.
(B) um escudo cristalino em desgaste, no qual os processos 
erosivos superam a sedimentação.
(C) uma depressão em desgaste, na qual a desagregação 
supera a deposição de material removido.
(D) um planalto em formação, no qual a sedimentação supera 
o intemperismo físico.
(E) uma bacia sedimentar em formação, na qual a sedimen-
tação supera os processos erosivos.
QueStÃo 51 
Observe as imagens e o mapa.
(http://asia1b.weebly.com. Adaptado.)
(https://geoarchitecture.wordpress.com. Adaptado.)
17 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 56 
É como se cada homem dissesse a cada homem: Auto-
rizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a 
este homem, ou a esta assembleia de homens, com a con-
dição de transferires para ele o teu direito, autorizando de 
uma maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, 
à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado.
(Thomas Hobbes. Leviatã, 2003. Adaptado.)
No texto, o autor expressa sua teoria sobre a origem do Esta-
do. Nessa teoria, o Estado tem sua origem na
(A) atribuição de um poder absoluto ao soberano.
(B) criação de leis aplicáveis ao povo e ao governante.
(C) instituição de um governo pelos mais sábios.
(D) manipulação do povo pelos chefes de Estado.
(E) gestão do coletivo no estado de natureza.
QueStÃo 57 
Na história do Estado moderno, duas liberdades são 
estreitamente ligadas e interconectadas, tanto que, quando 
uma desaparece, também desaparece a outra. Mais precisa-
mente: sem liberdades civis, como a liberdade de imprensa 
e de opinião, como a liberdade de associação e de reunião, 
a participação popular no poder político é um engano; mas, 
sem participação popular no poder, as liberdades civis têm 
bem pouca probabilidade de durar.
(Norberto Bobbio. Igualdade e liberdade, 1997. Adaptado.)
O cenário retratado no texto gera uma prática política concei-
tuada por Norberto Bobbio como democracia, na qual
(A) o modelo político antigo é restaurado para a organização 
da sociedade.
(B) são garantidas igualdades social e econômica à popu-
lação.
(C) os cidadãos são geridos apenas por seu próprio sistema 
de regras locais.
(D) apenas a elite participa ativamente das decisões gover-
namentais.
(E) existem mecanismos para participação dos indivíduos no 
poder estatal.
QueStÃo 54 
Examine o esquema.
(Paulo M. Leal de Menezes. Roteiro de cartografia, 2013. Adaptado.)
As relações apresentadas no esquema fazem referência à
(A) escala cartográfica.
(B) simbolização cartográfica.
(C) precisão gráfica do mapa.
(D) orientação do mapa.
(E) projeção cartográfica.
QueStÃo 55 
Texto 1
Com que frequência você utiliza os seguintes meios como 
fonte de informação?
(“Redes sociais, notícias falsas e privacidade de dados na internet”. 
www12.senado.leg.br, novembro de 2019. Adaptado.)
Texto 2
O WhatsApp, aplicativo de mensagens por celular extre-
mamente disseminado no Brasil, é visto como uma das redes 
mais propícias para a difusão de notícias falsas. Como é um 
aplicativo de mensagens privadas e não tem caráter público, 
é difícil rastrear as fake news espalhadas ali e avaliar seu 
alcance, o que preocupa pesquisadores.
(Juliana Gragnani. “Pesquisa inédita identifica grupos de família 
como principal vetor de notícias falsas no WhatsApp”. 
www.bbc.com, 20.04.2018. Adaptado.)
A leitura dos textos permite considerações filosóficas sobre a
(A) compreensão da aceitação da indústria cultural no coti-
diano.
(B) recusa do uso de dispositivos tecnológicos na imprensa.
(C) construção da autonomia humana por meio das redes 
sociais.
(D) importância do estímulo ao exercício da atividade refle-
xiva.
(E) consequência da vigilância e da punição nos meios de 
comunicação.
18vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 59 
As certezas do homem comum, as verdades comuns da 
experiência cotidiana, os filósofos vivem-nas, por certo, e 
não as negam, enquanto homens. Mas, enquanto filósofos, 
não as assumem. Nesse sentido em que as desqualificam, 
pode-se dizer que as recusam. Desqualificação teórica, re-
cusa filosófica, empreendidas em nome da racionalidade 
que postulam para a filosofia. Assim é que boa parte das 
filosofias opta por esquecer “metodologicamente” a visão 
comum do Mundo, recusando-se a integrá-la ao seu saber 
racional e teórico. Não podendo furtar-se, enquanto homens, 
à experiência do Mundo, não o reconhecem como filósofos. 
O Mundo não é, para eles, o universo reconhecido de seus 
discursos. Desconsiderando filosoficamente as verdades co-
tidianas, o bom senso, o senso comum, instauram de fato o 
dualismo do prático e do teórico, da vida e da razão filosó-
fica. Instauram, consciente e propositadamente, o divórcio 
entre o homem comum que são e o filósofo que querem ser.
(Oswaldo Porchat Pereira. Rumo ao ceticismo, 2007. Adaptado.)
O “divórcio” entre o homem comum e o filósofo, segundo o 
autor, ocorre em função da
(A) negação do homem comum em entender a realidade.
(B) restrição do saber comum no fazer filosófico.
(C) diferença de mundos que buscam compreender.
(D) falta de correspondência factual do saber comum.
(E) proposição de respostas necessariamente divergentes.
QueStÃo 60 
À primeira vista, porém, a arte do cinema aparenta ser 
demasiado simples e até mesmo estúpida. Vê-se o Rei dan-
do um aperto de mão a um time de futebol; eis o iate de Sir 
Thomas Lipton; eis, enfim, Jack Horner vencendo o Grand 
National. Os olhos consomem tudo isso instantaneamente e 
o cérebro, agradavelmente excitado, põe-se a observar as 
coisas acontecerem sem se atarefar com nada. Mas qual é, 
pois, a sua surpresa ao ser, de repente, despertado em meio 
à sua agradável sonolência e chamado a prestar socorro? O 
olho está em apuros. Necessita de ajuda. Diz, então, ao cé-
rebro: “Está ocorrendo algo que de modo algum posso enten-
der. Tu me és necessário”. Juntos olham para o Rei, o barco, 
o cavalo e o cérebro; de imediato, vê que eles se revestiram 
de uma qualidade que não pertence à mera fotografia da vida 
mesma.
(Virginia Woolf. “O cinema”. Rapsódia, 2006. Adaptado.)
Com o surgimento da disciplina estética, no século XVIII, 
entendeu-se que a arte é capaz de produzir ajuizamentos. 
O texto aborda o tema por meio da constatação da autora 
de que
(A) se estabeleceu maior relevância aos temas representa-
dos pelas artes.
(B) se reconheceu a importância da sensibilidade no proces-
so do conhecimento.
(C) ocorreu um intenso diálogo entre os artistas, tais como 
cineastas e literários.
(D) houve a evolução das linguagens artísticas em relação 
às suas técnicas.
(E) se proliferaram novas manifestações artísticas com pos-
turas críticas.
QueStÃo 58 
Texto 1
É com Descartes que a oposição homem-natureza se tor-
nará mais completa, constituindo-se no centro do pensamen-
to moderno e contemporâneo. O homem, instrumentalizado 
pelo método científico, pode penetrar os mistérios da nature-
za e, assim, tornar-se “senhor e possuidor da natureza”.
(Carlos W. P. Gonçalves. Os (des)caminhos do meio ambiente, 1989. 
Adaptado.)
Texto 2
Quando a gente quis criar uma reserva da biosfera em 
uma região do Brasil, foi preciso justificar para a Unesco [Or-
ganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência 
e a Cultura] por que era importante que o planeta não fosse 
devorado pela mineração. Para essa instituição, é como se 
bastasse manter apenas alguns lugares como amostra grátis 
da Terra.
(Ailton Krenak. Ideias para adiar o fim do mundo, 2019.)
Ailton Krenak constata os princípios da filosofia cartesiana ao 
reconhecer que
(A) a natureza operacionalizada serve aos humanos de for-
ma harmônica e reforça a relevância de todos os seres 
vivos.
(B) o método cartesiano tem sido utilizado na natureza a par-
tirde medidas ecológicas estabelecidas pela Unesco.
(C) os órgãos oficiais vêm se esforçando pelo equilíbrio 
entre o desenvolvimento econômico e a preservação 
da natureza.
(D) as instituições que representam a humanidade negli-
genciam a integral manutenção do meio ambiente.
(E) a dúvida cartesiana não permite afirmações sobre o 
desenvolvimento sustentável, por estas serem incon-
clusivas.
19 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 62 
Considere o trecho de uma reportagem sobre a recente crise 
hídrica em alguns estados brasileiros:
Cinco estados brasileiros, entre eles São Paulo, enfren-
tam o que já é considerada a pior seca em 91 anos, de acor-
do com um comitê de órgãos do governo federal, que emitiu 
pela primeira vez na história um alerta de emergência hídrica 
para o período de junho a setembro de 2021. Mas por que 
tem chovido menos?
De acordo com especialistas, três fenômenos explicam a 
falta de chuvas no Brasil:
• O desmatamento da Amazônia;
• O aquecimento global causado por queima de combustíveis 
fósseis;
• O fenômeno natural La Niña.
(https://g1.globo.com)
Sobre os fenômenos que explicam a falta de chuvas no 
Brasil, citados na reportagem, pode-se afirmar que
(A) o aquecimento global acelera o ressecamento do solo 
nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, comprometendo o 
desenvolvimento da vegetação nas matas de galeria, as 
quais garantem o volume das águas dos córregos, que 
por evaporação levam à formação de nuvens na região.
(B) o desmatamento da Amazônia expõe grandes áreas de 
solo antes cobertas por vegetação, o que resulta no es-
coamento superficial das águas das chuvas em direção 
aos rios e, consequentemente, em menor volume de 
água evaporada para a formação de nuvens, que seriam 
transportadas pelos ventos para as regiões Sudeste e 
Sul.
(C) o aquecimento global acelera a evaporação de água dos 
oceanos, intensificando a formação de nuvens que se 
precipitam como fortes chuvas nas regiões litorâneas do 
Brasil, o que reduz o volume de massas úmidas que che-
gam ao interior do país, diminuindo a pluviosidade.
(D) o desmatamento da Amazônia resulta em menor volume 
de água devolvida para a atmosfera pela transpiração 
das árvores, alterando a umidade trazida pelos ventos 
vindos da região Norte para as regiões Sudeste e Sul do 
Brasil, os quais levam à formação de nuvens de chuva 
nessas regiões.
(E) o fenômeno La Niña resulta do resfriamento das águas 
do oceano Atlântico e da temperatura atmosférica média 
na região equatorial do Brasil, o que diminui a taxa de 
transpiração pelas árvores e a consequente formação de 
nuvens que chegariam às regiões Sudeste e Sul do país.
QueStÃo 61 
As aranhas comem cobras pelo mundo inteiro, 
revela estudo surpreendente
Uma viúva-negra ataca uma cobra no Parque Nacional de
New River Gorge, na Virgínia Ocidental.
Uma aranha consegue matar e comer uma cobra? Esta 
pergunta é o tema de um novo estudo publicado na Journal 
of Arachnology. A resposta é um grande “sim”. “As aranhas 
que comem cobras podem ser encontradas em todos os 
continentes (exceto no Antártico). Para compreender com-
pletamente o papel importante das aranhas no equilíbrio da 
natureza, é crucial compreender todo o espectro dos seus 
hábitos alimentares”, diz Martin Nyffeler, líder do estudo e es-
pecialista em aranhas da Universidade de Basileia, na Suíça.
(www.natgeo. Adaptado.)
A reportagem apresenta uma situação peculiar em uma 
teia alimentar, na qual as aranhas comem cobras, que por 
sua vez comem aranhas. Contudo, outros organismos inte-
gram essa teia alimentar, como exemplificado no esquema 
a seguir.
Considerando as informações do texto e a teia alimentar do 
esquema,
(A) a biomassa obtida das plantas se mantém de maneira 
cíclica na teia alimentar.
(B) os gafanhotos e os pássaros transferem para a teia parte 
da energia obtida dos produtores.
(C) a maior quantidade de energia química transferida estará 
disponível nas aranhas.
(D) toda biomassa obtida dos pássaros pelas cobras será 
transferida para as aranhas.
(E) a energia flui de maneira cíclica e se mantém sem perdas 
entre as cobras e as aranhas.
20vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 64 
Descobri um mês depois do parto que minhas 
gêmeas têm síndrome de Down
Ainda no início da gestação, o casal Ellen e Willians foi 
surpreendido com a notícia: eram gêmeos idênticos (univite-
linos), duas meninas. Um exame posterior ao parto surpreen-
deu novamente os pais: as duas crianças tinham síndrome 
de Down.
O nascimento das meninas é considerado um fato raro. 
Isso porque estudos apontam que, aproximadamente, um a 
cada 700 ou 800 partos no Brasil é de uma criança com sín-
drome de Down. Especialistas acreditam que menos de 0,5% 
dos nascimentos de crianças com essa síndrome seja de gê-
meos — desses, apenas um terço são univitelinos.
(www.bbc.com. Adaptado.)
A condição cromossômica das células somáticas das meni-
nas é caracterizada como uma trissomia do cromossomo 21, 
uma aneuploidia resultante de eventos biológicos específi-
cos. Um desses eventos é
(A) a não disjunção das cromátides-irmãs de um dos cro-
mossomos 21 na meiose II da ovogênese.
(B) a não disjunção dos cromossomos homólogos do par 
21 na meiose II da espermatogênese.
(C) a fertilização concomitante do óvulo por dois espermato-
zoides, cada um deles carregando um cromossomo 21.
(D) a fusão do material genético do corpúsculo (glóbulo) po-
lar ao núcleo haploide do óvulo, cada qual com um cro-
mossomo 21.
(E) a não disjunção dos cromossomos homólogos do par 21 
na mitose seguinte à formação do zigoto.
QueStÃo 63 
Considere o trecho de uma reportagem sobre a disponibili-
dade de métodos contraceptivos para a população.
Estudo: diversidade de métodos contraceptivos 
em postos ainda é baixa
A oferta de métodos contraceptivos e testes rápidos de 
gravidez aumentou em sete vezes de 2012 a 2018 nas Uni-
dades Básicas de Saúde (UBS), os “postinhos”, que aderiram 
ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade 
de Atenção Básica. A diversidade de métodos disponíveis, no 
entanto, ainda é baixa e está concentrada em preservativos 
femininos, com pouca oferta de dispositivos intrauterinos 
(DIU). No Brasil o único DIU disponível gratuitamente é o DIU 
de cobre. Esta baixa disponibilidade nas UBS impacta negati-
vamente na diversidade de opções de escolha da mulher. “Os 
métodos reversíveis de longa duração como o DIU tendem a 
ser o método de escolha da maioria das mulheres quando as 
barreiras de acesso, custo e conhecimento são rompidas”, 
ressalta a médica Ana Ruivo, co-autora do estudo.
(www.uol.com.br. Adaptado.)
O hormônio detectado na urina, que indica resultado positivo 
para gravidez; o modo de ação do DIU e uma opção de mé-
todo contraceptivo feminino reversível de longa duração são, 
respectivamente:
(A) FSH (hormônio folículo estimulante) – alteração do am-
biente uterino, tornando-o hostil aos espermatozoides ou 
à nidação – laqueadura tubária.
(B) HCG (gonadotropina coriônica) – inibição da secreção de 
LH (hormônio luteinizante) e amadurecimento do óvulo 
no folículo ovariano – laqueadura tubária.
(C) HCG (gonadotropina coriônica) – criação de uma barreira 
física que bloqueia a chegada dos espermatozoides ao 
útero – laqueadura tubária.
(D) FSH (hormônio folículo estimulante) – criação de uma 
barreira física que bloqueia a chegada dos espermato-
zoides ao útero – implantação sob a pele de dispositivo 
plástico com liberação contínua de hormônios.
(E) HCG (gonadotropina coriônica) – alteração do ambiente 
uterino, tornando-o hostil aos espermatozoides ou à nida-
ção – implantação sob a pele de dispositivo plástico com 
liberação contínua de hormônios.
21 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 66 
A disposição e a distribuição dos estômatos nas folhas são 
adaptações das espécies vegetais aos ambientes onde ocor-
rem.Os estômatos podem estar dispostos em ambas as fa-
ces da folha ou em apenas uma delas. Quando são encon-
trados nas duas faces, a folha é chamada de anfiestomática; 
quando são encontrados apenas na face abaxial (inferior), a 
folha é hipoestomática; e quando estão presentes apenas na 
face adaxial (superior), a folha é epiestomática.
A figura 1 apresenta a salvínia (Salvinia auriculata), uma 
planta aquática cujas folhas flutuam sobre as águas. A figura 
2 apresenta um pequizeiro (Caryocar brasiliense), espécie 
vegetal arbórea de ambientes quentes e de baixa pluviosida-
de. E a figura 3 apresenta exemplares de bromélia (Quesne-
lia testudo), espécie vegetal adaptada a ambientes úmidos e 
de alta pluviosidade.
Figura 1
(http://www.plantsoftheworldonline.org)
Figura 2
(http://wwwnaturezapura123.blogspot.com)
Figura 3
(http://faunaeflorauna.blogspot.com)
As figuras que representam as espécies anfiestomática, hipo-
estomática e epiestomática estão corretamente relacionadas 
a seus respectivos biomas em:
(A) 3 - Caatinga, 1 - Pantanal e 2 - Cerrado.
(B) 1 - Amazônia, 2 - Cerrado e 3 - Mata Atlântica.
(C) 3 - Mata Atlântica, 2 - Cerrado e 1 - Pantanal.
(D) 1 - Pantanal, 3 - Amazônia e 2 - Caatinga.
(E) 2 - Amazônia, 1 - Mata Atlântica e 3 - Caatinga.
QueStÃo 65 
Para obtenção de plantas transgênicas em laboratório, um 
dos vetores utilizados é um plasmídeo, chamado Ti, presente 
na bactéria do solo Agrobacterium tumefaciens. Os pesqui-
sadores inserem nesse plasmídeo um segmento de DNA de 
uma espécie que tem o gene de interesse (DNA exógeno), 
e utilizam esse plasmídeo como vetor para inserir o gene de 
interesse no genoma da espécie vegetal que se deseja mo-
dificar. Esse processo, de forma simplificada, está represen-
tado a seguir.
(http://transgeniaemvegetais.blogspot.com. Adaptado.)
Na figura, as etapas em que ocorrem a indução da diferen-
ciação celular, a aplicação das enzimas de restrição e a re-
combinação entre o gene de interesse e o DNA vegetal estão 
indicadas, respectivamente, pelos números
(A) 3, 2 e 1.
(B) 3, 1 e 2.
(C) 1, 3 e 2.
(D) 2, 1 e 3.
(E) 1, 2 e 3.
22vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 68 
Em um tubo contendo meio de cultura líquido, um pesqui-
sador inoculou bactérias Escherichia coli para se multiplica-
rem. Ao final do dia, as bactérias haviam se multiplicado e 
consumido quase que totalmente a glicose que compunha o 
meio de cultura do tubo. O pesquisador retirou 10 amostras 
desse tubo e inoculou cada uma delas em outros 10 tubos, 
identificados pelos números de 1 a 10, que continham meio 
de cultura de composição idêntica àquele do início do expe-
rimento. Ao final do segundo dia, o pesquisador retirou uma 
amostra de cada um desses 10 tubos e as inoculou, indivi-
dualmente, em 10 novos tubos numerados, que continham 
meio de cultura igual ao do início do experimento, mantendo 
essa transferência sempre entre tubos de mesma numera-
ção. Esse procedimento foi repetido todos os dias, ao longo 
de 1 ano, como esquematizado na figura.
No último dia do experimento, as bactérias dos 10 tubos fo-
ram analisadas e o pesquisador verificou que alguns tubos 
continham bactérias com características bioquímicas bastan-
te diferentes daquelas dos demais tubos, e diferentes daque-
las das bactérias usadas no início do experimento.
Esse experimento evidencia a
(A) convergência adaptativa, resultante da manutenção das 
características do ambiente em cada tubo, no caso o 
meio de cultura, ao longo de todas as gerações.
(B) especiação simpátrica, uma vez que novas espécies 
bacterianas surgiram em um mesmo tubo, sem que entre 
elas houvesse isolamento geográfico.
(C) deriva genética, que se caracteriza pelo aumento da fre-
quência de características genéticas favoráveis às condi-
ções ambientais imperantes.
(D) divergência genética, causada pelo favorecimento de 
mutações adaptativas não compartilhadas entre as po-
pulações bacterianas de tubos com números diferentes.
(E) competição interespecífica, uma vez que as populações 
de alguns tubos se mostraram mais competitivas que ou-
tras pelos recursos do meio.
QueStÃo 67 
A figura apresenta a radiografia da mão de uma menina por-
tadora de polidactilia, uma anomalia genética que consiste 
na alteração quantitativa anormal dos dedos das mãos (qui-
rodáctilos) ou dos pés (pododáctilos).
(https://brasilescola.uol.com.br)
Na família dessa menina, seu pai e seus avós paternos são 
portadores da mesma característica, mas não sua tia e seu 
tio, únicos irmãos de seu pai. A mãe e o único irmão dessa 
menina não apresentam essa característica.
O tipo de herança dessa característica e a probabilidade de 
que os pais da menina tenham um terceiro filho do sexo bio-
lógico masculino e com polidactilia são:
(A) autossômica dominante e 50%.
(B) autossômica dominante e 25%.
(C) ligada ao sexo dominante e 50%.
(D) ligada ao sexo recessiva e 25%.
(E) autossômica recessiva e 25%.
23 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 71 
A variação de entalpia, associada à formação de um cristal 
iônico sólido a partir de seus íons no estado gasoso, é co-
nhecida como energia reticular. Essa energia é difícil de ser 
medida diretamente, mas pode ser calculada de forma indire-
ta, utilizando-se a Lei de Hess, a partir de outras transforma-
ções, cuja variação de entalpia é conhecida. Esse caminho 
para a determinação da energia reticular é conhecido como 
ciclo de Born-Haber. O diagrama a seguir mostra as etapas 
desse ciclo para o cloreto de sódio (NaCl).
Ciclo de Born-Haber para o cloreto de sódio
Nesse diagrama, a sublimação do sódio metálico, a primeira 
energia de ionização do elemento sódio e a afinidade eletrô-
nica do elemento cloro correspondem, respectivamente, aos 
valores de
(A) ∆H2, ∆H3 e ∆H4
(B) ∆H1, ∆H0 e ∆H5
(C) ∆H1, ∆H4 e ∆H3
(D) ∆H2, ∆H4 e ∆H3
(E) ∆H1, ∆H3 e ∆H4
QueStÃo 69 
O limão “Tahiti”, por não apresentar sementes e ter suco abun-
dante, com elevado teor de ácido cítrico [C3H5O(COOH)3]2, 
pode ser fonte desse ácido puro obtido no estado sólido. A 
primeira etapa dessa obtenção consiste na precipitação do 
ácido cítrico presente no suco do limão, como citrato de cál-
cio {Ca3[C3H5O(COO)3]2}, por adição de solução aquosa sa-
turada de hidróxido de cálcio [Ca(OH)2] ao suco, conforme a 
reação:
2C3H5O(COOH)3 (aq) + 3Ca(OH)2 (aq) 
 {Ca3[C3H5O(COO)3]2} (s) + 6H2O (l)
Considere que:
– nessa reação foram obtidos 640 g de citrato de cálcio;
– as massas molares do citrato de cálcio e do ácido cítrico 
são, respectivamente, 498 g/mol e 192 g/mol;
– o rendimento da reação é 100%;
– cada limão “Tahiti” apresenta em média 2,5 g de ácido cítrico.
De acordo com as informações, o número de limões “Tahiti” 
necessários para obter os 640 g de citrato de cálcio foi pró-
ximo de
(A) 200.
(B) 300.
(C) 500.
(D) 700.
(E) 800.
QueStÃo 70 
A tabela mostra valores de solubilidades em água, expressas 
em g de soluto por 100 g de solvente, em duas temperaturas, 
de dois compostos iônicos empregados como fertilizantes 
agrícolas.
Composto
Solubilidade em água
(em gsoluto/100 gsolvente)
25 oC 80 oC
(NH4)2SO4 76 94
KCl 36 51
Uma mistura foi preparada pela dissolução de 400 g de sul-
fato de amônio e 400 g de cloreto de potássio em 1 kg de 
água à temperatura de 80 ºC, originando uma mistura homo-
gênea límpida e insaturada. Ao ser resfriada à temperatura 
ambiente de 25 ºC, observou-se que a mistura resultante
(A) continuou homogênea e insaturada.
(B) continuou homogênea, porém saturada.
(C) passou a ser heterogênea, com corpo de fundo formado 
apenas por KCl.
(D) passou a ser heterogênea, com corpo de fundo formado 
apenas por (NH4)2SO4.
(E) passou a ser heterogênea, com corpo de fundo formado 
por KCl e (NH4)2SO4.
24vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 74 
Considere a estrutura da vitamina K1.
Analisando-se a fórmula estruturalda vitamina K1, nota-se 
que essa vitamina é , apresenta cadeia car-
bônica , átomo de carbono e 
apresenta isômeros .
As lacunas do texto são preenchidas respectivamente por:
(A) hidrossolúvel – saturada – terciário – geométricos.
(B) lipossolúvel – insaturada – quaternário – ópticos.
(C) lipossolúvel – insaturada – terciário – geométricos.
(D) lipossolúvel – saturada – terciário – ópticos.
(E) hidrossolúvel – insaturada – quaternário – geométricos.
QueStÃo 75 
Etanolamina no espaço
Uma equipe internacional e multidisciplinar, envolven-
do astrofísicos, astroquímicos e bioquímicos, detectou pela 
primeira vez no espaço interestelar a substância prebiótica 
etanolamina.
A etanolamina (NH2CH2CH2OH), uma molécula que con-
tém quatro dos seis elementos químicos essenciais à vida, 
faz parte dos fosfolipídios, moléculas que compõem as mem-
branas celulares, e pode servir como precursora do aminoá-
cido glicina.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
A fórmula estrutural da glicina está representada a seguir.
A transformação da molécula de etanolamina em glicina 
envolve uma reação de
(A) oxidação.
(B) isomerização.
(C) esterificação.
(D) redução.
(E) adição.
QueStÃo 72 
A tabela mostra os valores aproximados de pH de diferen-
tes soluções aquosas, todas com a mesma concentração de 
0,1 mol/L e a 25 oC.
Solução pH aproximado
Ácido clorídrico 1
Ácido acético 3
Sulfato de sódio 7
Hidróxido de sódio 13
A solução que deve apresentar maior concentração total de 
íons e a solução que deve apresentar maior concentração de 
íons H+(aq) são, respectivamente, as soluções de
(A) hidróxido de sódio e ácido clorídrico.
(B) ácido acético e hidróxido de sódio.
(C) sulfato de sódio e hidróxido de sódio.
(D) ácido acético e ácido clorídrico.
(E) sulfato de sódio e ácido clorídrico.
QueStÃo 73 
Considere os seguintes fenômenos:
1. Formação de um depósito de prata metálica sobre um fio 
de cobre imerso em uma solução aquosa de nitrato de pra-
ta (AgNO3).
2. Formação de água pela reação explosiva entre oxigênio e 
hidrogênio gasosos.
3. Formação de um precipitado de carbonato de cálcio quan-
do dióxido de carbono é borbulhado em solução aquosa 
saturada de hidróxido de cálcio.
4. Formação de uma solução límpida quando vinagre é adi-
cionado a uma suspensão opaca de hidróxido de magné-
sio (leite de magnésia).
Ocorrem reações de oxirredução somente nos fenômenos
(A) 1 e 3.
(B) 1 e 2.
(C) 1 e 4.
(D) 2 e 4.
(E) 3 e 4.
25 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 77 
Um garoto gira uma esfera de 500 g ao redor de seu corpo, 
mantendo o braço esticado na vertical e segurando um fio 
ideal de comprimento 65 cm, conforme a figura. A esfera gira 
em uma trajetória circular contida em um plano horizontal de 
raio de curvatura 60 cm.
Adotando g = 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar, a 
intensidade da força de tração que atua no fio é
(A) 18 N.
(B) 12 N.
(C) 13 N.
(D) 15 N.
(E) 8 N.
QueStÃo 78 
Uma pequena esfera é abandonada do repouso no ponto 1 e, 
após deslizar sem rolar pela pista mostrada em corte na figu-
ra, perde contato com ela no ponto 2, passando a se mover 
em trajetória parabólica, até atingir o solo horizontal.
Nível horizontal do ponto de partida
1
2
3
Solo
1,6 m1,8 m
Adotando g = 10 m/s2, desprezando o atrito e a resistência 
do ar, quando a esfera passar pelo ponto 3, ponto mais alto 
de sua trajetória fora da pista, a componente horizontal da 
velocidade vetorial da esfera terá módulo igual a
(A) 1,0 m/s.
(B) 1,8 m/s.
(C) 2,0 m/s.
(D) 1,5 m/s.
(E) 2,5 m/s.
QueStÃo 76 
Quando a luz de um semáforo fica verde, um veículo parado 
parte com aceleração escalar constante, a1, e se move por 
uma rua retilínea até atingir uma velocidade máxima, Vmáx, 
em um intervalo de tempo T1. A partir desse instante, inicia 
um processo de frenagem, também com aceleração escalar 
constante, até parar novamente, no semáforo seguinte, em 
um intervalo de tempo T2. O gráfico representa a variação 
da velocidade desse veículo em função do tempo, nesse 
movimento.
No trajeto entre os dois semáforos, a velocidade escalar 
média desse veículo foi de:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
11 Ta2 ��
2
)TT(a 211 ��
)TT(a2 211 ���
2
Ta 11 �
11 Ta �
26vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 80 
Um objeto linear AB é colocado perpendicularmente ao eixo 
principal de um espelho esférico convexo, a uma distância d 
do vértice desse espelho. A figura mostra um raio de luz (R) 
proveniente da extremidade A do objeto e a imagem A’ desse 
ponto.
Eixo
principal
Centro de
curvatura
FocoVértice
X
A’
R
y
Considerando as dimensões indicadas na figura, a distân-
cia d é igual a:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
xy
yx
�
�
yx2
yx
��
�
yx
yx
�
�
x2y
yx
��
�
xy
yx2
�
��
QueStÃo 79 
Determinada peça de platina de 200 g, sensível à tempera-
tura, é mantida dentro de um recipiente protegido por um sis-
tema automático de refrigeração que tem seu acionamento 
controlado por um sensor térmico. Toda vez que a tempe-
ratura da peça atinge 80 ºC, um alarme sonoro soa e o sis-
tema de refrigeração é acionado. Essa peça está dentro do 
recipiente em equilíbrio térmico com ele a 20 ºC, quando, no 
instante t = 0, energia térmica começa a fluir para dentro do 
recipiente e é absorvida pela peça segundo o gráfico a seguir.
0
2
Tempo (s)
Potência (W)
Sabendo que o calor específico da platina é 0,03 cal/(g · ºC) e 
adotando 1 cal = 4J, o alarme sonoro disparará, pela primeira 
vez, no instante
(A) t = 8 min.
(B) t = 6 min.
(C) t = 10 min.
(D) t = 3 min.
(E) t = 12 min.
27 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 82 
Após comprar um chuveiro elétrico e uma lâmpada fluores-
cente compacta para sua casa, um rapaz fez-se a seguinte 
pergunta:
— Por quanto tempo essa lâmpada precisa ficar acesa 
para consumir a mesma quantidade de energia elétrica que 
esse chuveiro consome em um banho de 12 minutos de 
duração?
Para responder a essa pergunta, consultou as embalagens 
dos dois produtos e observou os detalhes mostrados nas 
figuras.
A resposta à pergunta feita pelo rapaz é
(A) 36 horas.
(B) 75 horas.
(C) 25 horas.
(D) 90 horas.
(E) 100 horas.
QueStÃo 81 
Quando uma onda se propaga por águas rasas, isto é, onde 
a profundidade é menor do que metade do comprimento da 
onda, sua velocidade de propagação pode ser calculada com 
a expressão , em que g é a aceleração da gravi-
dade local e h a profundidade das águas na região. Dessa 
forma, se uma onda passar de uma região com certa pro-
fundidade para outra com profundidade diferente, ela sofrerá 
variação em sua velocidade de propagação, o que carac-
teriza o fenômeno de refração dessa onda. A figura mostra 
uma mesma onda propagando-se por uma região de profun-
didade h1 = 3,6 m com comprimento de onda λ1 = 12 m e, 
em seguida, propagando-se por uma região de profundidade 
h2 = 0,9 m com comprimento de onda λ2.
Na situação apresentada, o comprimento de onda λ2 é
(A) 6 m.
(B) 2 m.
(C) 8 m.
(D) 1 m.
(E) 4 m.
28vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 85 
Um aplicativo instalado no celular de um ciclista informa, de 
10 em 10 minutos do passeio de bicicleta, o tempo acumu-
lado t e a distância acumulada d, em minutos e quilômetros. 
A tabela e o gráfico mostram os dados informados pelo apli-
cativo ao término de um passeio de 50 minutos. Quando o 
método estatístico do aplicativo identifica que o conjunto de 
pares ordenados (t, d) se ajusta razoavelmente bem a uma 
reta, ele informa sua equação que, no caso do conjunto de 
dados da tabela, foi d = 0,311t + 0,53.
Analisando o gráfico, a equação e os cinco pares ordenados 
(t, d) da tabela, observa-se que a equação de reta forneci-
da pelo aplicativo comete erros por superestimativa ou por 
subestimativano cálculo de d, para cada um dos cinco valo-
res de t. O menor erro por superestimativa de d cometido pela 
equação fornecida, em termos percentuais, foi de
(A) 0,8%.
(B) 1,6%.
(C) 0,4%.
(D) 0,5%.
(E) 1,2%.
QueStÃo 83 
O preço da passagem de ônibus convencional de uma cidade 
do interior de São Paulo para a capital é de R$ 108,00. Adria-
na vai estudar nessa cidade e deseja visitar seus pais em São 
Paulo durante alguns finais de semana. Além da opção de 
fazer a viagem de ônibus convencional, ela também cogita a 
possibilidade de fazer a viagem com seu carro, cujo consumo 
de combustível na estrada é de 14 km por litro de gasolina. 
Considerando R$ 5,60 o preço do litro de gasolina e 20 cen-
tavos por quilômetro rodado o custo geral de manutenção do 
carro, os custos da viagem de ônibus e da viagem de carro 
são equivalentes. De acordo com esses dados, a distância 
considerada entre a cidade em que ela vai estudar e a capital 
é igual a
(A) 182 km.
(B) 180 km.
(C) 185 km.
(D) 178 km.
(E) 176 km.
QueStÃo 84 
A curva destacada em vermelho liga os pontos U e P, passan-
do pelos pontos N, E e S.
Considerando as medidas indicadas na figura, uma boa apro-
ximação para a área da superfície sob a curva, destacada em 
amarelo, é de
(A) 86,25 cm2.
(B) 72,25 cm2.
(C) 92,75 cm2.
(D) 91,25 cm2.
(E) 88,75 cm2.
29 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 87 
O quadrado PADU tem lado de medida 2 cm. A partir de M, 
que é ponto médio de , forma-se um novo quadrado, 
MENU, como mostra a figura.
Nessa figura, a área do pentágono não convexo UNESP é 
igual a
(A) 2,50 cm2.
(B) 3,00 cm2.
(C) 2,75 cm2.
(D) 3,25 cm2.
(E) 2,25 cm2.
QueStÃo 86 
Na figura, representa o eixo dos pedais de uma bicicleta. 
A altura do ponto Q ao chão, em centímetros, é 
h = 20 + 10cos(πt), em que t é o tempo, em segundos, contado 
a partir do momento que o ponto Q está no ponto mais distan-
te do chão.
O comprimento do eixo é de
(A) 21 cm.
(B) 18 cm.
(C) 20 cm.
(D) 15 cm.
(E) 12 cm.
30vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 88 
Em um jogo, com dois jogadores (A e B) e a banca, gira-se a 
roda indicada na figura, até que ela pare aleatoriamente em 
um dos 100 números naturais positivos e consecutivos, que 
são equiprováveis.
(https://spinthewheel.app. Adaptado.)
As regras do jogo são:
1) se sair um múltiplo de 3, o jogador A ganha o prêmio;
2) se sair um múltiplo de 4 ou 6, o jogador B ganha o prêmio;
3) se sair um número que implique na vitória de ambos os jo-
gadores pelos critérios anteriores, A e B repartem o prêmio;
4) se sair um número que implique em derrota de ambos os jo-
gadores pelos critérios anteriores, a banca ganha o prêmio.
Em cada rodada, a probabilidade da banca do jogo ganhar o 
prêmio é de
(A) 50%.
(B) 42%.
(C) 56%.
(D) 58%.
(E) 66%.
QueStÃo 89 
Um vídeo postado na internet no 1o dia do ano obteve, nesse 
dia (t = 1), 800 likes e 100 dislikes.
Estima-se que nos próximos dias (t = 2, 3, 4, ...) haverá um 
aumento diário de 10% nos likes acumulados e um aumento 
diário de 4,5% nos dislikes acumulados. Tais estimativas são 
válidas até o momento em que a razão entre dislikes e likes
seja aproximadamente , o que ocorrerá no valor inteiro de
t mais próximo de
(A) log0,950,12.
(B) log0,950,19.
(C) log0,050,19.
(D) log1,051,9.
(E) log0,050,12.
QueStÃo 90 
Um químico precisa misturar três partes de hidróxido de sódio 
(NaOH) com duas partes de água. Para essa tarefa, ele tem 
5 000 µL de NaOH e 1 600 µL de água. Sabe-se que o volume 
da mistura deve ser de, pelo menos, 3 mL e de, no máximo, 
5 mL. Seja x a quantidade total de NaOH, em mL, que deve 
ser usada na mistura correta. Dado que 1 µL corresponde à 
10– 6L, a quantidade total de água, em mL, e o intervalo con-
tendo apenas todos os valores possíveis de x que podem ser 
usados na mistura são, respectivamente:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
31 vnsp2105 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1Confidencial até o momento da aplicação.
Cl
a
SS
If
IC
a
çÃ
o
 P
eR
Ió
d
IC
a
Confidencial até o momento da aplicação.
Confidencial até o momento da aplicação.
Nome do candidato
Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG
002. PRova de CoNheCImeNtoS GeRaIS
CuRSoS daS 
áReaS de exataS e humaNIdadeS
(Questões 01 – 90)
 Confira seus dados impressos neste caderno.
 Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado.
 Esta prova contém 90 questões objetivas.
 Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum pro-
blema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de 
tinta preta.
 Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
 Esta prova terá duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h, contadas 
a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas e o Caderno de Questões.
veStIBuLaR 2022
2vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
3 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 01 
Examine o cartum de David Sipress, publicado no Instagram 
por CartoonStock, em 13.06.2021.
“I can cure your back problem, but there’s a risk that 
you’ll be left with nothing to talk about.”
Depreende-se da fala do médico que seu paciente é
(A) arrogante.
(B) dissimulado.
(C) monótono.
(D) distraído.
(E) pedante.
Para responder às questões de 02 a 08, leia o trecho do dra-
ma Macário, de Álvares de Azevedo.
MACÁRIO (chega à janela): Ó mulher da casa! olá! ó de casa!
UMA VOZ (de fora): Senhor!
MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
A VOZ: O burro?
MACÁRIO: A mala, burro!
A VOZ: A mala com o burro?
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro 
na cerca.
A VOZ: O senhor é o moço que chegou primeiro?
MACÁRIO: Sim. Mas vai ver o burro.
A VOZ: Um moço que parece estudante?
MACÁRIO: Sim. Mas anda com a mala.
A VOZ: Mas como hei de ir buscar a mala? Quer que vá a pé?
MACÁRIO: Esse diabo é doido! Vai a pé, ou monta numa 
vassoura como tua mãe!
A VOZ: Descanse, moço. O burro há de aparecer. Quando 
madrugar iremos procurar.
OUTRA VOZ: Havia de ir pelo caminho do Nhô Quito. Eu 
conheço o burro...
MACÁRIO: E minha mala?
A VOZ: Não vê? Está chovendo a potes!...
MACÁRIO (fecha a janela): Malditos! (atira com uma cadeira 
no chão)
O DESCONHECIDO: Que tendes, companheiro?
MACÁRIO: Não vedes? O burro fugiu...
O DESCONHECIDO: Não será quebrando cadeiras que o 
chamareis...
MACÁRIO: Porém a raiva...
[...]
O DESCONHECIDO: A mala não pareceu-me muito cheia.
Senti alguma coisa sacolejar dentro. Alguma garrafa de 
vinho?
MACÁRIO: Não! não! mil vezes não! Não concebeis, uma 
perda imensa, irreparável... era o meu cachimbo...
O DESCONHECIDO: Fumais?
MACÁRIO: Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola 
sem cordas, o copo sem vinho, a noite sem mulher – não 
me pergunteis se fumo!
O DESCONHECIDO (dá-lhe um cachimbo): Eis aí um ca-
chimbo primoroso.
[...]
MACÁRIO: E vós?
O DESCONHECIDO: Não vos importeis comigo. (tira outro 
cachimbo e fuma)
MACÁRIO: Sois um perfeito companheiro de viagem. Vosso 
nome?
O DESCONHECIDO: Perguntei-vos o vosso?
MACÁRIO: O caso é que é preciso que eu pergunte primeiro. 
Pois eu sou um estudante. Vadio ou estudioso, talento-
so ou estúpido, pouco importa. Duas palavras só: amo o 
fumo e odeio o Direito Romano. Amo as mulheres e odeio 
o romantismo.
O DESCONHECIDO: Tocai! Sois um digno rapaz. (apertam 
a mão)
MACÁRIO: Gosto mais de uma garrafa de vinho que de um 
poema, mais de um beijo que do soneto mais harmonio-
so. Quanto ao canto dospassarinhos, ao luar sonolento, 
às noites límpidas, acho isso sumamente insípido. Os 
passarinhos sabem só uma cantiga. O luar é sempre o 
mesmo. Esse mundo é monótono a fazer morrer de sono.
O DESCONHECIDO: E a poesia?
MACÁRIO: Enquanto era a moeda de ouro que corria só pela 
mão do rico, ia muito bem. Hoje trocou-se em moeda de 
cobre; não há mendigo, nem caixeiro de taverna que não 
tenha esse vintém azinhavrado¹. Entendeis-me?
O DESCONHECIDO: Entendo. A poesia, de popular tor-
nou-se vulgar e comum. Antigamente faziam-na para o 
povo; hoje o povo fá-la... para ninguém...
(Álvares de Azevedo. Macário/Noite na taverna, 2002.)
1 azinhavrado: coberto de azinhavre (camada de cor verde que se forma 
na superfície dos objetos de cobre ou latão, resultante da corrosão des-
tes quando expostos ao ar úmido).
QueStÃo 02 
Para Macário, a poesia deveria ser
(A) elitista.
(B) hermética.
(C) despojada.
(D) engajada.
(E) sentimental.
4vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 06 
“Enquanto era a moeda de ouro que corria só pela mão do 
rico, ia muito bem.”
Em relação à oração que o sucede, o trecho sublinhado 
expressa noção de
(A) tempo.
(B) comparação.
(C) concessão.
(D) causa.
(E) condição.
QueStÃo 07 
Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a 
palavra sublinhada em:
(A) “O DESCONHECIDO: Perguntei-vos o vosso?”
(B) “O DESCONHECIDO: Não será quebrando cadeiras que 
o chamareis…”
(C) “A VOZ: Não vê? Está chovendo a potes!…”
(D) “A VOZ: Mas como hei de ir buscar a mala? Quer que vá 
a pé?”
(E) “MACÁRIO: Esse mundo é monótono a fazer morrer de 
sono.”
QueStÃo 08 
“MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...”
Na oração em que está inserido, o termo sublinhado é um 
verbo que pede
(A) objeto direto, expresso pelo vocábulo “mala”, e objeto 
indireto, expresso pelo vocábulo “ma”.
(B) apenas objeto indireto, expresso pelo vocábulo “ma”.
(C) apenas objeto direto, expresso pelo vocábulo “ma”.
(D) objeto direto, expresso pelo vocábulo “burro”, e objeto 
indireto, expresso pelo vocábulo “ma”.
(E) objeto direto e objeto indireto, ambos expressos pelo 
vocábulo “ma”.
QueStÃo 03 
“O DESCONHECIDO: Fumais?
MACÁRIO: Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola 
sem cordas, o copo sem vinho, a noite sem mulher – não 
me pergunteis se fumo!”
À pergunta do Desconhecido, Macário
(A) responde afirmativamente, e sua resposta carrega um 
tom espirituoso.
(B) acaba por não responder, já que devolve a pergunta com 
um insulto.
(C) evita dar uma resposta clara, em uma evidente tentativa 
de confundir seu interlocutor.
(D) responde negativamente, e sua resposta carrega um tom 
espirituoso.
(E) acaba por não responder, já que devolve a pergunta com 
outra pergunta.
QueStÃo 04 
“MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
A VOZ: O burro?
MACÁRIO: A mala, burro!
A VOZ: A mala com o burro?
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro 
na cerca.”
Para produzir o efeito cômico desse diálogo, o autor lança 
mão do recurso expressivo denominado
(A) antítese: a oposição, numa mesma expressão ou frase, 
de duas palavras ou de dois pensamentos de sentidos 
contrários.
(B) eufemismo: o emprego de palavra ou expressão no lugar 
de outra palavra ou expressão considerada desagradável.
(C) hipérbole: a ênfase resultante do exagero na expressão 
ou na comunicação de uma ideia.
(D) ambiguidade: a presença, num texto, de unidades lin-
guísticas que podem significar coisas diferentes.
(E) personificação: a atribuição de características humanas a 
seres inanimados ou irracionais.
QueStÃo 05 
Observa-se expressão empregada em sentido figurado na 
seguinte fala:
(A) “MACÁRIO: Não vedes? O burro fugiu…”
(B) “A VOZ: Não vê? Está chovendo a potes!…”
(C) “A VOZ: Descanse, moço. O burro há de aparecer. Quan-
do madrugar iremos procurar.”
(D) “O DESCONHECIDO: Não será quebrando cadeiras que 
o chamareis…”
(E) “A VOZ: Mas como hei de ir buscar a mala? Quer que vá 
a pé?”
5 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 10 
Examine a tirinha de André Dahmer.
(André Dahmer. Malvados, 2019.)
Na tirinha, o personagem que fala ao microfone
(A) pretende tornar o mundo mais solidário.
(B) mostra-se empenhado em tornar o mundo menos egoísta.
(C) está preocupado com a própria sobrevivência.
(D) mostra-se empenhado na difusão do egoísmo.
(E) está preocupado em tornar-se menos egoísta.
QueStÃo 09 
Carpe diem. É um lema latino que significa, lato sensu, 
“aproveita bem o dia” ou “aproveita o momento fugaz”. Esta 
expressão tem paralelo em línguas modernas, como no 
inglês: “Take time while time is, for time will away”.
(Carlos Alberto de Macedo Rocha. Dicionário de locuções e expressões da 
língua portuguesa, 2011. Adaptado.)
Tal lema manifesta-se mais explicitamente nos seguintes 
versos de Fernando Pessoa:
(A) Hoje, Neera, não nos escondamos, 
Nada nos falta, porque nada somos. 
 Não esperamos nada 
 E temos frio ao sol.
(B) A realidade 
Sempre é mais ou menos 
Do que nós queremos. 
Só nós somos sempre 
Iguais a nós-próprios.
(C) Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no 
 [Universo... 
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra 
 [qualquer 
Porque eu sou do tamanho do que vejo 
E não do tamanho da minha altura…
(D) Sofro, Lídia, do medo do destino. 
A leve pedra que um momento ergue 
As lisas rodas do meu carro, aterra 
 Meu coração.
(E) Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. 
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos 
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. 
 (Enlacemos as mãos.)
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QueStÃo 12 
No primeiro parágrafo, a impessoalidade da linguagem está 
bem exemplificada no trecho:
(A) “Se comparados aos da Antiguidade, nossa identificação 
com outras pessoas e nosso compartilhamento de seus 
sofrimentos e morte aumentaram.”
(B) “Como sabemos, os gladiadores saudavam o imperador 
ao entrar com as palavras ‘Morituri te salutant ’ (Os que 
vão morrer te saúdam).”
(C) “Assistimos ao futebol, e não aos gladiadores na arena.”
(D) “Tudo indica que nenhum sentimento de identidade unia 
esses espectadores àqueles que, na arena, lutavam por 
suas vidas.”
(E) “Não mais consideramos um entretenimento de domingo 
assistir a enforcamentos, esquartejamentos e suplícios 
na roda.”
QueStÃo 13 
Em “Embora compartilhem o nascimento, a doença, a ju-
ventude, a maturidade, a velhice e a morte com os animais, 
apenas eles, dentre todos os vivos, sabem que morrerão” 
(2o parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído, sem 
prejuízo para o sentido do texto, por:
(A) A menos que.
(B) Mesmo que.
(C) Desde que.
(D) Uma vez que.
(E) Contanto que.
QueStÃo 14 
Em “De todo modo, teria sido mais apropriado se os gladia-
dores dissessem ‘Morituri moriturum salutant ’ (Os que vão 
morrer saúdam aquele que vai morrer)” (1o parágrafo), o ter-
mo sublinhado pertence à mesma classe gramatical do termo 
sublinhado em
(A) “Não mais consideramos um entretenimento de domingo 
assistir a enforcamentos, esquartejamentos e suplícios 
na roda.” (1o parágrafo)
(B) “Porém, numa sociedade em que tivesse sido possível 
dizer isso, provavelmente não haveria gladiadores ou im-
peradores.” (1o parágrafo)
(C) “Alguns dos imperadores sem dúvida se acreditavam 
imortais.” (1o parágrafo)
(D) “as pessoas necessitadas só podem esperar ajuda de 
outras pessoas.” (1o parágrafo)
(E) “Entre as muitas criaturas que morrem na Terra, a 
morte constitui um problema só para os seres huma-
nos.” (2o parágrafo)
Para responder às questões de 11 a 14, leia o trecho do li-
vro A solidão dos moribundos, do sociólogo alemão Norbert 
Elias.
Não mais consideramos um entretenimento de domingo 
assistir a enforcamentos, esquartejamentos e suplícios na 
roda. Assistimos ao futebol, e não aos gladiadoresna arena. 
Se comparados aos da Antiguidade, nossa identificação com 
outras pessoas e nosso compartilhamento de seus sofrimen-
tos e morte aumentaram. Assistir a tigres e leões famintos 
devorando pessoas vivas pedaço a pedaço, ou a gladiado-
res, por astúcia e engano, mutuamente se ferindo e matando, 
dificilmente constituiria uma diversão para a qual nos prepa-
raríamos com o mesmo prazer que os senadores ou o povo 
romano. Tudo indica que nenhum sentimento de identidade 
unia esses espectadores àqueles que, na arena, lutavam por 
suas vidas. Como sabemos, os gladiadores saudavam o im-
perador ao entrar com as palavras “Morituri te salutant” (Os 
que vão morrer te saúdam). Alguns dos imperadores sem dú-
vida se acreditavam imortais. De todo modo, teria sido mais 
apropriado se os gladiadores dissessem “Morituri moriturum 
salutant” (Os que vão morrer saúdam aquele que vai morrer). 
Porém, numa sociedade em que tivesse sido possível dizer 
isso, provavelmente não haveria gladiadores ou imperado-
res. A possibilidade de se dizer isso aos dominadores — al-
guns dos quais mesmo hoje têm poder de vida e morte sobre 
um sem-número de seus semelhantes — requer uma desmi-
tologização da morte mais ampla do que a que temos hoje, e 
uma consciência muito mais clara de que a espécie humana 
é uma comunidade de mortais e de que as pessoas necessi-
tadas só podem esperar ajuda de outras pessoas. O proble-
ma social da morte é especialmente difícil de resolver porque 
os vivos acham difícil identificar-se com os moribundos.
A morte é um problema dos vivos. Os mortos não têm 
problemas. Entre as muitas criaturas que morrem na Terra, 
a morte constitui um problema só para os seres humanos. 
Embora compartilhem o nascimento, a doença, a juventude, 
a maturidade, a velhice e a morte com os animais, apenas 
eles, dentre todos os vivos, sabem que morrerão; apenas 
eles podem prever seu próprio fim, estando cientes de que 
pode ocorrer a qualquer momento e tomando precauções 
especiais — como indivíduos e como grupos — para prote-
ger-se contra a ameaça da aniquilação.
(A solidão dos moribundos, 2001.)
QueStÃo 11 
De acordo com o autor,
(A) a antecipação da própria morte tornou-se fonte de proble-
mas para os seres humanos.
(B) o reconhecimento da própria finitude conduziria o ser hu-
mano a uma existência verdadeira.
(C) os seres humanos acabaram por se afastar da ideia da 
inevitabilidade da morte.
(D) a morte tornou-se, em razão do processo de aniquilação 
da natureza, um problema para a humanidade.
(E) os animais, a exemplo dos seres humanos, também se-
riam confrontados com a experiência da própria finitude.
7 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
nos enganamos, deste modo: “considerando isto, conside-
rando isso, considerando aquilo, considerando ainda mais 
isto, considerando porém aquilo, concluo.” Tudo se formulava 
em obediência às regras – e era impossível qualquer desvio.
Dr. França possuía um espírito, sem dúvida, espírito redi-
gido com circunlóquios, dividido em capítulos, títulos, artigos 
e parágrafos. E o que se distanciava desses parágrafos, arti-
gos, títulos e capítulos não o comovia, porque Dr. França está 
livre dos tormentos da imaginação.
(Graciliano Ramos. Viventes das Alagoas, 1976.)
1 barroca: monte de terra ou de barro.
QueStÃo 16 
Na crônica, o Dr. França é caracterizado como
(A) irônico e arrogante.
(B) arrogante e dissimulado.
(C) introvertido e sarcástico.
(D) pedante e displicente.
(E) taciturno e metódico.
QueStÃo 17 
O cronista intromete-se explicitamente no texto no seguinte 
trecho:
(A) “Contudo exaltou a virtude, emanação das existências 
calmas, e condenou o crime, infeliz consequência da 
paixão.” (5o parágrafo)
(B) “Dr. França possuía um espírito, sem dúvida, espírito re-
digido com circunlóquios, dividido em capítulos, títulos, 
artigos e parágrafos.” (7o parágrafo)
(C) “O Dr. França, Juiz de Direito numa cidadezinha serta-
neja, andava em meio século, tinha gravidade imensa, 
verbo escasso, bigodes, colarinhos, sapatos e ideias de 
pontas muito finas.” (1o parágrafo)
(D) “Operava, se não nos enganamos, deste modo: ‘conside-
rando isto, considerando isso, considerando aquilo, con-
siderando ainda mais isto, considerando porém aquilo, 
concluo.’” (6o parágrafo)
(E) “E o que se distanciava desses parágrafos, artigos, títu-
los e capítulos não o comovia, porque Dr. França está 
livre dos tormentos da imaginação.” (7o parágrafo)
QueStÃo 15 
Tão variadas são as manifestações desse movimento 
que é impossível formular-lhe uma definição única; mesmo 
assim, pode-se dizer que sua tônica foi uma crença no va-
lor supremo da experiência individual, configurando nesse 
sentido uma reação contra o racionalismo iluminista e a or-
dem do estilo neoclássico. Seus autores exploravam os va-
lores da intuição e do instinto, trocando o discurso público do 
neoclassicismo, cujas formas compunham um repertório mais 
comum e inteligível, por um tipo de expressão mais particular.
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)
O movimento a que o texto se refere é o
(A) Naturalismo.
(B) Romantismo.
(C) Barroco.
(D) Arcadismo.
(E) Realismo.
Para responder às questões de 16 a 19, leia o trecho inicial 
da crônica “Está aberta a sessão do júri”, de Graciliano Ra-
mos, publicada originalmente em 1943.
O Dr. França, Juiz de Direito numa cidadezinha sertaneja, 
andava em meio século, tinha gravidade imensa, verbo es-
casso, bigodes, colarinhos, sapatos e ideias de pontas muito 
finas. Vestia-se ordinariamente de preto, exigia que todos na 
justiça procedessem da mesma forma – e chegou a man-
dar retirar-se do Tribunal um jurado inconveniente, de roupa 
clara, ordenar-lhe que voltasse razoável e fúnebre, para não 
prejudicar a decência do veredicto.
Não via, não sorria. Quando parava numa esquina, as ca-
vaqueiras dos vadios gelavam. Ao afastar-se, mexia as per-
nas matematicamente, os passos mediam setenta centíme-
tros, exatos, apesar de barrocas¹ e degraus. A espinha não 
se curvava, embora descesse ladeiras, as mãos e os braços 
executavam os movimentos indispensáveis, as duas rugas 
horizontais da testa não se aprofundavam nem se desfaziam.
Na sua biblioteca digna e sábia, volumes bojudos, trata-
dos majestosos, severos na encadernação negra semelhan-
te à do proprietário, empertigavam-se – e nenhum ousava 
deitar-se, inclinar-se, quebrar o alinhamento rigoroso.
Dr. França levantava-se às sete horas e recolhia-se à 
meia-noite, fizesse frio ou calor, almoçava ao meio-dia e jan-
tava às cinco, ouvia missa aos domingos, comungava de seis 
em seis meses, pagava o aluguel da casa no dia 30 ou no dia 
31, entendia-se com a mulher, parcimonioso, na linguagem 
usada nas sentenças, linguagem arrevesada e arcaica das 
ordenações. Nunca julgou oportuno modificar esses hábitos 
salutares.
Não amou nem odiou. Contudo exaltou a virtude, ema-
nação das existências calmas, e condenou o crime, infeliz 
consequência da paixão.
Se atentássemos nas palavras emitidas por via oral, po-
deríamos afirmar que o Dr. França não pensava. Vistos os 
autos, etc., perceberíamos entretanto que ele pensava com 
alguma frequência. Apenas o pensamento de Dr. França não 
seguia a marcha dos pensamentos comuns. Operava, se não 
8vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 20 
Movement founded by André Breton in 1924, which 
absorbed the French Dada movement and made positive 
claims for methods and processes (defiance of logic, shock 
tactics) which Dada had used merely as a negation of 
conventional art. Influenced by Freud, it claimed to liberate 
the riches of the unconscious through the “primacy of dream” 
and the suspension of conscious control.
(Edward Lucie-Smith. The Thames and Hudson Dictionary of Art Terms, 
1994. Adaptado.)
Uma obra representativa do movimento artístico retratado no 
texto está reproduzida em:
(A) 
(B) 
(C) 
QueStÃo 18 
O cronistarecorre à personificação no seguinte trecho:
(A) “Na sua biblioteca digna e sábia, volumes bojudos, trata-
dos majestosos, severos na encadernação negra seme-
lhante à do proprietário, empertigavam-se – e nenhum 
ousava deitar-se, inclinar-se, quebrar o alinhamento rigo-
roso.” (3o parágrafo)
(B) “A espinha não se curvava, embora descesse ladeiras, as 
mãos e os braços executavam os movimentos indispen-
sáveis, as duas rugas horizontais da testa não se apro-
fundavam nem se desfaziam.” (2o parágrafo)
(C) “Ao afastar-se, mexia as pernas matematicamente, os 
passos mediam setenta centímetros, exatos, apesar de 
barrocas e degraus.” (2o parágrafo)
(D) “E o que se distanciava desses parágrafos, artigos, títu-
los e capítulos não o comovia, porque Dr. França está 
livre dos tormentos da imaginação.” (7o parágrafo)
(E) “Vestia-se ordinariamente de preto, exigia que todos 
na justiça procedessem da mesma forma – e chegou a 
mandar retirar-se do Tribunal um jurado inconveniente, 
de roupa clara, ordenar-lhe que voltasse razoável e fú-
nebre, para não prejudicar a decência do veredicto.” (1o 
parágrafo)
QueStÃo 19 
Expressa sentido hipotético a forma verbal sublinhada em:
(A) “Dr. França possuía um espírito, sem dúvida, espírito re-
digido com circunlóquios, dividido em capítulos, títulos, 
artigos e parágrafos.” (7o parágrafo)
(B) “Ao afastar-se, mexia as pernas matematicamente, os 
passos mediam setenta centímetros, exatos, apesar de 
barrocas e degraus.” (2o parágrafo)
(C) “Vistos os autos, etc., perceberíamos entretanto que ele 
pensava com alguma frequência.” (6o parágrafo)
(D) “Tudo se formulava em obediência às regras – e era im-
possível qualquer desvio.” (6o parágrafo)
(E) “Nunca julgou oportuno modificar esses hábitos saluta-
res.” (4o parágrafo)
9 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
Even though water and sanitation access rates are 
generally higher in urban areas than rural, planning and 
infrastructure have been unable to keep pace in many regions. 
Today, 700 million urbanites live without improved sanitation, 
contributing to poor health conditions and heavy pollution 
loads in wastewater, and 156 million live without improved 
water sources.
However, cities provide significant opportunities for more 
integrated and sustainable water use and waste management. 
The positive impacts of these services, particularly for public 
health, spread rapidly and cost-effectively among densely 
populated unplanned settlements. Furthermore, more efficient 
use of water within cities and the safe reuse of more waste will 
put less strain on the surrounding ecosystems.
(www.unwater.org. Adaptado.)
QueStÃo 21 
According to the text,
(A) cities attract people because of widespread access to 
water and sanitation.
(B) most rural-to-urban migration happens due to climate 
change and lack of water.
(C) migration to cities should be discouraged because there 
is not enough infrastructure for all.
(D) sustainable urban growth depends on sufficient sanitation 
and access to water.
(E) population is growing too fast and this growth should be 
controlled.
QueStÃo 22 
A fotografia e a sua legenda ilustram o trecho do texto:
(A) “700 million urbanites live without improved sanitation” 
(4o parágrafo).
(B) “Population growth is happening fastest in urban areas of 
less developed regions” (3o parágrafo).
(C) “The vast majority of these people will be living in 
overcrowded slums” (1o parágrafo).
(D) “For the first time in history, more than half of the global 
population live in towns and cities” (3o parágrafo).
(E) “water and sanitation access rates are generally higher in 
urban areas than rural” (4o parágrafo).
(D) 
(E) 
 
Leia o texto para responder às questões de 21 a 27.
Water and Urbanization
A view of passengers aboard trains connecting the suburbs of 
Kolkata, India. The Asia-Pacific region is urbanizing rapidly with 1.77 
billion people, 43% of the region’s population, living in urban areas.
Urban areas are expected to absorb all of the world’s 
population growth over the next four decades, as well as 
accommodating significant rural-to-urban migration. The vast 
majority of these people will be living in overcrowded slums 
with inadequate, often non-existent, water and sanitation 
services.
Safe drinking water systems and adequate sanitation 
that effectively disposes of human waste will be essential to 
ensure cities and towns grow sustainably. Extending these 
services to the millions of urbanites currently unserved will 
play a key role in underpinning the health and security of 
cities, protecting economies and ecosystems and minimising 
the risk of pandemics.
For the first time in history, more than half of the global 
population live in towns and cities. By 2050, that proportion is 
expected to rise to two-thirds. Population growth is happening 
fastest in urban areas of less developed regions, with the 
urban population estimated to grow from 3.9 billion people 
today to 6.3 billion in 2050.
10vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 27 
No trecho do quarto parágrafo, “Even though water and 
sanitation access rates are generally higher in urban areas”, 
a expressão sublinhada pode ser substituída, sem alteração 
de sentido, por
(A) however.
(B) rather.
(C) unlike.
(D) likely.
(E) despite.
QueStÃo 28 
(www.vectorstock.com)
No infográfico, a recomendação para economizar água que 
pode ser adotada imediatamente por todos e não implica cus-
tos adicionais é
(A) “Don’t leave the tap running needlessly”.
(B) “Choose and use your appliances wisely”.
(C) “Set up a rain barrel”.
(D) “Use dual flush toilet”.
(E) “Stop leaky toilet and dripping faucets”.
QueStÃo 23 
No trecho do primeiro parágrafo “as well as accommodating 
significant rural-to-urban migration”, a expressão sublinhada 
indica
(A) comparação.
(B) condição.
(C) contraste.
(D) exemplificação.
(E) acréscimo.
QueStÃo 24 
According to the second paragraph, extending water systems 
and sanitation to unserved people may
(A) support health and protection of cities.
(B) turn water into an expensive commodity.
(C) ensure an accelerated growth in towns.
(D) diversify development conditions.
(E) promote safe leisure.
QueStÃo 25 
De acordo com o terceiro e quarto parágrafos, até 2050 
espera-se que
(A) o saneamento básico elimine a poluição das águas em 
mananciais.
(B) a população mundial ultrapasse substancialmente os 
6,3 bilhões de pessoas.
(C) a população urbana represente mais de 60% da popula-
ção mundial.
(D) as regiões pobres se desenvolvam devido ao aumento 
populacional.
(E) a infraestrutura urbana acompanhe o aumento popula-
cional.
QueStÃo 26 
In the excerpt from the fourth paragraph “planning and 
infrastructure have been unable to keep pace in many 
regions”, the underlined expression means
(A) anticipate the needs.
(B) slow down quickly.
(C) evaluate the situation.
(D) maintain the rate of progress.
(E) interfere in the development.
11 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 31 
A conquista da Gália por Júlio César foi comparada, com 
razão, a um genocídio, e criticada pelos próprios romanos da 
época, nesses mesmos termos. Mas Roma se expandiu por 
um mundo de violência endêmica, de focos rivais de poder 
apoiados por forças militares [...] e de mini-impérios.
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma Antiga, 2017.)
Segundo o excerto,
(A) a brutalidade das ações militares era incentivada pelos 
senadores romanos.
(B) o conceito de imperialismo foi criado a partir do expansio-
nismo romano.
(C) os romanos celebraram acriticamente a conquista de 
outros territórios.
(D) a violência cotidiana era estimulada nos territórios ocupa-
dos pelos romanos.
(E) os povos dos territórios ocupados pelos romanos eram 
militarizados.
QueStÃo 32 
[...] a Europa começa a se constituir com a Idade Média.A civilização da Antiguidade romana só compreendia uma 
parte da Europa: os territórios do sul, situados na sua maioria 
em torno do Mediterrâneo.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
A constituição da Europa na Idade Média derivou, entre 
outros fatores,
(A) da bipartição do Império Romano em dois Estados polí-
tica e economicamente aliados.
(B) da liderança do Papado sobre os territórios europeus na 
luta pela reconquista da Terra Santa.
(C) da articulação das diversas regiões do continente num 
espaço político e religioso comum.
(D) da unificação das terras do ocidente europeu, para com-
bater invasores oriundos da Eurásia.
(E) da uniformização jurídica e social dos vários Estados 
europeus, na busca de novas rotas para as Índias.
Leia o quadrinho para responder às questões 29 e 30.
(www.thecomicstrips.com)
QueStÃo 29 
O humor do quadrinho decorre
(A) da saudade que os personagens têm da vida urbana.
(B) da possibilidade de os personagens serem picados por 
abelhas.
(C) do som da letra bê em inglês ser o mesmo da palavra 
abelha em inglês.
(D) das vestimentas dos personagens.
(E) da alegria sem motivo dos personagens.
QueStÃo 30 
O personagem Frank representa
(A) o homem do campo que nunca saiu de sua terra.
(B) a migração do mundo urbano para o rural.
(C) o sonho de todos os habitantes de cidades grandes.
(D) o isolamento dos pequenos produtores rurais.
(E) a melhor parte da cidade e do campo.
12vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 35 
[O rei D. João III] ordenou que se povoasse esta provín-
cia, repartindo as terras por pessoas que se lhe ofereceram 
para as povoarem e conquistarem à custa de sua fazenda, e 
dando a cada um 50 léguas por costa com todo o seu sertão 
[...]; são sismeiros das suas terras, e as repartem pelos mo-
radores como querem, todavia movendo-se depois alguma 
dúvida sobre as datas, não são eles os juízes delas, senão 
o provedor da fazenda, nem os que as recebem de sesmaria 
têm obrigação de pagar mais que dízimo a Deus dos frutos 
que colhem [...].
(Frei Vicente do Salvador. História do Brasil (1500-1627). 
In: www.dominiopublico.gov.br.)
O excerto, do século XVII, caracteriza a
(A) definição de rigoroso sistema tributário voltado aos inte-
resses da Coroa portuguesa.
(B) autorização para a instalação de sesmarias destinadas 
exclusivamente ao cultivo de algodão e tabaco.
(C) constituição de um regime fundiário apoiado na pequena 
propriedade rural.
(D) atribuição de poder político, econômico e jurídico aos 
senhores de engenho. 
(E) criação das capitanias hereditárias e a atribuição de direi-
tos aos donatários.
QueStÃo 36 
Entrar numa fábrica pela primeira vez podia ser uma ex-
periência aterrorizante: o ruído e o movimento do maquiná-
rio; o ar sufocante, cheio de pó de algodão, muitas vezes, 
mantido opressivamente quente para reduzir a quebra; o fe-
dor penetrante de óleo de baleia e de gordura animal usados 
para lubrificar as máquinas (antes da disponibilidade de pro-
dutos petrolíferos) e do suor de centenas de trabalhadores; 
os semblantes pálidos e os corpos doentios dos operários; o 
comportamento feroz dos supervisores, alguns dos quais car-
regavam cintos ou chicotes para impor disciplina. Nas salas 
de tecelagem, o barulho ensurdecedor de dezenas de teares, 
cada um com uma lançadeira recebendo pancadas de mar-
telo umas sessenta vezes por minuto, impossibilitava que os 
trabalhadores se ouvissem.
(Joshua B. Freeman. Mastodontes: 
a história da fábrica e a construção do mundo moderno, 2019.)
O trabalho nas primeiras fábricas inglesas é caracterizado no 
excerto
(A) pela insalubridade e opressão no ambiente de trabalho.
(B) pela apropriação do tempo e do excedente do trabalho 
pelo capitalista.
(C) pelo aumento da produtividade e da otimização do ritmo 
de trabalho.
(D) pelo desenvolvimento da tecnologia e da divisão de 
tarefas.
(E) pelo aproveitamento de energia de origem mineral.
QueStÃo 33 
São características da Reforma protestante e da Contrarre-
forma católica, respectivamente,
(A) a criação do Tribunal do Santo Ofício e a proibição da 
comercialização de perdões e indulgências.
(B) a rejeição da busca capitalista do lucro e a manutenção 
do dogma da infalibilidade papal.
(C) a defesa do celibato clerical e a decretação de uma lista-
gem de livros proibidos.
(D) a justificação pela fé e o avanço do trabalho missionário 
e educativo.
(E) a condenação da usura e a defesa da livre tradução e 
interpretação dos textos religiosos.
QueStÃo 34 
Real alicerce da sociedade, os escravos chegaram a 
constituir, em regiões como o Recôncavo, na Bahia, mais 
de 75% da população. Desde o século XVI e até a extinção 
do tráfico, em 1850, o regime demográfico adverso verifica-
do entre os cativos – em razão das mortes prematuras e da 
baixa taxa de nascimento – levou a uma taxa de crescimento 
negativo [...].
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
A variação demográfica indicada no excerto provocou
(A) a proibição das punições físicas e a melhoria no trata-
mento destinado aos escravizados.
(B) o surgimento de leis destinadas à redução do uso de 
escravizados nas lavouras de cana.
(C) o apoio da Coroa portuguesa ao apresamento e à escra-
vização de indígenas.
(D) a necessidade constante de importação de mão de obra 
de africanos escravizados.
(E) o estímulo à imigração e a transição para o trabalho 
assalariado nas cidades e no campo.
13 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 39 
Um dos motivos que contribuíram para a crise econômico-
-financeira do final da década de 1920 foi o
(A) descompasso entre a alta do valor real e a queda do valor 
nominal das ações de empresas europeias e norte-ame-
ricanas comercializadas na Bolsa de Nova York.
(B) contraste entre a expansão da oferta de mercadorias 
norte-americanas desde a Primeira Guerra Mundial e a 
gradual retração do mercado europeu de importação.
(C) deslocamento de capitais do setor industrial para o agrí-
cola, gerando um desequilíbrio na economia norte-ameri-
cana e a redução dos empregos nas áreas urbanas.
(D) declínio da produção de produtos primários na América 
Latina, que provocou a falta de fornecedores de insumos 
e a queda da capacidade produtiva da indústria norte-
-americana.
(E) intervencionismo do Estado na economia norte-ameri-
cana, em contraposição à defesa da livre-iniciativa e ao 
autogerenciamento do mercado.
QueStÃo 40 
Observe a charge de Belmonte, publicada na primeira página 
da Folha da Noite, em 20 de fevereiro de 1922.
“SEMANA DE ARTE MODERNA”
– Estás vendo, minha filha, aquelles é que são os artistas!
Coitados, não? Tão moços…!
(https://fotografia.folha.uol.com.br, 25.02.2021.)
Ao representar a Semana de Arte Moderna, a charge ironiza
(A) o atraso da arte brasileira em relação ao que era produ-
zido no resto do Ocidente. 
(B) a inexistência de preocupações, entre os artistas da van-
guarda, com a cultura popular.
(C) a irracionalidade que caracterizava a produção dos parti-
cipantes da vanguarda.
(D) o descompasso entre as propostas renovadoras da van-
guarda e o gosto tradicional do público.
(E) a formação técnica limitada dos artistas, que não conse-
guiam obter efeitos realistas.
QueStÃo 37 
Se eu tivesse que responder à seguinte pergunta: O que 
é a escravatura? e respondesse sem hesitar: É o assassí-
nio, o meu pensamento ficaria perfeitamente expresso. Não 
precisarei de fazer um grande discurso para mostrar que o 
poder de privar o homem do pensamento, da vontade e da 
personalidade, é um poder de vida e morte e que fazer de 
um homem escravo equivale a assassiná-lo. Por que, então, 
a essa outra pergunta: O que é a propriedade? não posso 
responder simplesmente: É o roubo, ficando com a certeza 
de que me entendem, embora esta segunda proposição não 
seja mais que a primeira, transformada?
(Pierre Joseph Proudhon. Oque é a propriedade?, 1975.)
O texto, escrito em 1840, expressa uma posição
(A) anarquista, de crítica ao direito de propriedade e de defe-
sa do valor supremo da liberdade.
(B) comunista, de crítica à burguesia e de defesa da revolu-
ção social como forma de construir um Estado proletário.
(C) liberal, de defesa do direito de propriedade e de crítica às 
desigualdades sociais.
(D) positivista, de crítica à falta de ordem social e de defesa 
de ações voltadas ao progresso.
(E) marxista, de defesa da eliminação da propriedade priva-
da e de crítica ao regime de trabalho assalariado.
QueStÃo 38 
A Guerra do Paraguai ou da Tríplice Aliança expôs
(A) as diferenças estruturais e institucionais entre as coloni-
zações portuguesa e espanhola na América.
(B) a hegemonia da presença imperialista britânica e norte-
-americana na América do Sul.
(C) as tensões regionais e disputas comerciais e políticas 
entre os Estados da região.
(D) as ideologias opostas e as distintas posturas diplomáti-
cas adotadas pelos novos Estados americanos.
(E) a insistência política e militar espanhola para preservar 
suas últimas colônias americanas.
14vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 43 
Observe dois cartazes de propaganda, lançados após o ano 
de 1947.
“Prosperidade: o fruto da cooperação”
“Estamos construindo uma nova Europa”
(https://historiana.eu. Adaptado.)
Os cartazes fazem referência ao contexto europeu de
(A) reformulação agrária, que apresentou como objetivo a 
defesa da propriedade privada da terra.
(B) reunificação de países, que apresentou como resultado a 
definição de novas fronteiras estatais.
(C) recuperação econômica, que apresentou como resul-
tado a diversificação da indústria de bens de consumo 
duráveis.
(D) regulamentação do comércio, que apresentou como re-
sultado a intensificação das trocas de produtos primários.
(E) fortalecimento do capitalismo, que apresentou como ob-
jetivo a adoção do padrão dólar-ouro.
QueStÃo 41 
De fato, a própria organização espacial da cidade denota 
uma elisão de qualquer forma de democracia, com a segre-
gação das massas populares, com os traçados apropriados 
ao automóvel, e com o sistema fabril tendo sido erigido como 
modelo para o planejamento que visa à produtividade dos 
espaços com a harmonia social.
Nesse sentido, a concepção urbanística de Brasília, 
cidade que nasceu como forma de controle social, é bas-
tante adequada para sediar a cúpula de qualquer Estado 
autoritário [...].
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)
A caracterização de Brasília pelo excerto apresenta-a como 
uma cidade
(A) projetada a partir de uma perspectiva socialista, para con-
ciliar as noções de poder popular e economia planificada.
(B) reestruturada no decorrer do regime militar, para eliminar 
as características democráticas do projeto, tornando-a 
autoritária.
(C) inadequada ao período em que foi edificada, quando o 
Brasil vivia uma inédita experiência de participação po-
lítica direta.
(D) concebida num momento de integração nacional, quando 
o governo brasileiro buscava transferir o comando econô-
mico para o centro-sul do país.
(E) planejada e construída segundo uma lógica política cen-
tralizadora, para abrigar a sede do poder, afastando-a da 
sociedade.
QueStÃo 42 
A obtenção da liberdade não significou o fim da história 
na África, muito pelo contrário. A partir de então, as diferentes 
nações africanas tiveram de lidar com o desafio de construir 
estados nacionais que abarcavam povos, línguas e costumes 
diversos.
(Ynaê Lopes dos Santos. 
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
O “desafio” mencionado no excerto pode ser exemplificado
(A) pela ausência de investimentos estrangeiros e pela au-
sência de espírito liberal e democrático no continente.
(B) pelas constantes guerras civis e, mais recentemente, pela 
ação violenta de grupos armados, como o Boko Haram. 
(C) pela opção da maior parte dos países de adotar regimes 
socialistas e pela falta de ajuda econômica das superpo-
tências.
(D) pela interferência política das organizações não gover-
namentais e pelas frequentes intervenções militares da 
ONU.
(E) pelas violentas disputas étnicas e, mais recentemente, 
pela guinada muçulmana no sul do continente, liderada 
pelo Estado Islâmico.
15 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 45 
Examine o mapa.
(Hervé Théry e Neli A. de Mello. Atlas do Brasil, 2008. Adaptado.)
Considerando a iniciativa de doze países sul-americanos de 
promoção do desenvolvimento de infraestruturas de trans-
porte, energia e comunicação, o destaque indicado com X na 
legenda do mapa corresponde a
(A) corredores bioceânicos de interligações estratégicas.
(B) eixos transfronteiriços de preservação ecológica.
(C) linhas de transmissão de eletricidade interconectadas.
(D) fluxos de expansão do mercado de divisas.
(E) redes de influência de grandes centros urbanos.
QueStÃo 46 
Na formação do território brasileiro, nos séculos XVII e XVIII, 
as atividades econômicas da pecuária e da mineração foram 
responsáveis pela
(A) construção de feitorias no litoral.
(B) conquista dos sertões.
(C) grilagem de terras.
(D) elaboração de políticas aduaneiras.
(E) realocação espacial das agroindústrias.
QueStÃo 44 
Analise o gráfico.
Crescimento populacional mundial, 1700-2100
(https://ourworldindata.org. Adaptado.)
A análise do gráfico mostra que o período de
(A) transição demográfica está em processo de encerra-
mento.
(B) crescimento migratório está em processo de decréscimo.
(C) explosão demográfica está em processo de estabili-
zação.
(D) crescimento vegetativo está em processo de intensifi-
cação.
(E) bônus demográfico está em processo de diminuição.
16vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 49 
A partir do momento em que determinado espaço (peri-
férico ou central, mas tido como degradado e desvalorizado) 
passa a ser incorporado pelas estratégias do mercado imo-
biliário, em geral articuladas com as do Estado, temos como 
tendência uma imanente possibilidade de conflito.
(Glória da A. Alves. “A mobilidade/imobilidade na produção do espaço 
metropolitano”. In: Ana F. A. Carlos et. al. (orgs.). 
A produção do espaço urbano, 2019.)
Nas cidades brasileiras, uma manifestação do conflito desta-
cado no excerto é
(A) a formação de zonas econômicas especiais.
(B) a realização do ajuste estrutural.
(C) o incremento da segregação socioespacial.
(D) o estímulo à inversão demográfica.
(E) a ampliação da centralidade urbana.
QueStÃo 50 
Carlos Fioravanti: Se você pudesse entrar agora em um 
helicóptero e o piloto perguntasse “Vamos para onde?”, que 
lugares escolheria para revisitar ou conhecer?
Jurandyr L. S. Ross: Vou ser pragmático, estou precisan-
do fazer um sobrevoo em um lugar em que nunca estive, e 
estou orientando um doutorado sobre essa região. É um lugar 
muito interessante porque, entre os relevos montanhosos, há 
superfícies baixas e planas, com um clima de transição do 
Cerrado para a Caatinga, solo fértil e uma intensa agricultura 
irrigada. Tenho muita curiosidade de conhecer esse lugar.
(Carlos Fioravanti. https://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado.)
(https://atlasescolar.ibge.gov.br. Adaptado.)
No mapa, o lugar descrito no excerto corresponde ao número
(A) 1 — Chapada Diamantina.
(B) 4 — Planalto da Borborema.
(C) 2 — Chapada dos Parecis.
(D) 5 — Serra dos Carajás.
(E) 3 — Serra da Canastra.
QueStÃo 47 
Configura uma característica econômica do Agreste nordestino
(A) o abrigo de empresas desenvolvedoras de softwares, 
sendo um exemplo a cidade de Recife, em Pernambuco.
(B) a venda de excedentes das policulturas familiares em 
tradicionais feiras livres, sendo um exemplo a feira da 
cidade de Campina Grande, na Paraíba.
(C) a variada oferta de vias de escoamento produtivo em 
portos, sendo um exemplo a estruturada cidade de São 
Luís, no Maranhão.
(D) a monocultura de arroz ao longo de vales fluviais, sendo 
um exemplo o vale da cidade de Teresina, no Piauí.
(E) o investimento na recuperação dos centros históricos 
turísticos, sendo um exemplo a cidade de Maceió, em 
Alagoas.
QueStÃo 48 
A união entre ciência e técnica que, a partir dos anos 
70, havia transformado o território brasileiro revigora-se 
com os novos e portentosos recursos da informação, a par-
tir do período da globalização e sob a égide do mercado. 
E o mercado, graças exatamente à ciência, à técnica e à 
informação, torna-se um mercado global. O território ganha 
novos conteúdos e impõe novos comportamentos, graças 
às enormes possibilidades da produção e, sobretudo, da cir-
culação dos insumos, dos produtos, do dinheiro, das ideias 
e informações, das ordens e dos homens. É a irradiação do 
meio técnico-científico-informacional que se instala sobre o 
território […].
(Milton Santos e María L. Silveira. O Brasil, 2006.)
No território brasileiro, a irradiação apresentada ocorreu
(A) restrita às sedes dos estados que dispunham de capital e 
influência política para receber as novidades do mercado 
externo.
(B) estruturada em arquipélagos de modernidade alheios às 
heranças socioeconômicas regionais.
(C) de modo homogêneo pelas regiões do país ao receber, 
constantemente, recursos federais para o desenvolvi-
mento nacional.
(D) estimulada pelo desejo de cooperação internacional para 
superar fragilidades de renda, educação e saúde nas es-
feras locais.
(E) de maneira espacialmente contínua nas regiões Sudeste 
e Sul e de modo pontual nas demais regiões do país.
17 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 53 
Analise o esquema de um projeto realizado para a climatiza-
ção de ambientes.
(https://jornal.usp.br, 03.06.2021. Adaptado.)
Considerando a infraestrutura apresentada na imagem, a 
climatização de ambientes ocorrerá por meio de trocas de 
energia
(A) fóssil.
(B) bioquímica.
(C) geotérmica.
(D) mecânica.
(E) mineral.
QueStÃo 54 
Trata-se de uma linguagem de comunicação visual, po-
rém, de caráter monossêmico. Sua especificidade reside es-
sencialmente no fato de estar fundamentalmente vinculada 
ao âmago das relações que podem se dar entre os significa-
dos dos signos. Sua tarefa essencial é a de transcrever as 
três relações fundamentais — de diversidade, de ordem, de 
proporcionalidade — entre objetos, fatos ou fenômenos que 
compõem a realidade considerada.
(Marcello Martinelli. Cartografia temática, 2016. Adaptado.)
A linguagem destacada no excerto corresponde à
(A) projeção cartográfica.
(B) compreensão espacial.
(C) flexibilização geográfica.
(D) representação gráfica.
(E) aerofotogrametria.
QueStÃo 51 
A subsidência é um processo de rebaixamento do terreno, 
que ocorre de forma lenta, em que a ação antrópica pode ser 
uma de suas causas. Caracteriza um exemplo de interferên-
cia da ação antrópica no processo de subsidência:
(A) os desmoronamentos internos de rochas.
(B) os movimentos orogenéticos.
(C) o desmatamento das matas ciliares.
(D) os movimentos de massa.
(E) a superexploração de aquíferos.
QueStÃo 52 
Junto a um vasto grupo de pessoas que trabalharam ao 
seu lado desde o final da década de 1970, Chico Mendes 
idealizou o modelo que traduziu com perfeição a ideia de de-
senvolvimento sustentável bem antes desse conceito se po-
pularizar. Uma invenção brasileira que não tem comparação 
com qualquer outra no mundo.
(www.nationalgeographicbrasil.com, 05.11.2020. Adaptado.)
O modelo abordado no excerto corresponde à
(A) reserva extrativista, que assegura a proteção florestal e 
das populações tradicionais.
(B) estação ecológica, que permite a realização de pesqui-
sas científicas básicas e aplicadas.
(C) área endêmica, que abriga exemplares raros da biota 
regional.
(D) área agroecológica, que permite a prática da permacultu-
ra e garante a justiça social.
(E) reserva biológica, que preserva o equilíbrio natural sem a 
intervenção humana.
18vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 57 
Ao cunhar a frase “natureza atormentada,” no início do 
século XVII, numa referência ao objeto do conhecimento 
científico, Francis Bacon não imaginou que esse ideal iria, 
no século XXI, atormentar filósofos e cientistas. O “tormen-
to” do mundo natural, para ele, significava conhecê-lo, não 
pelo saber desinteressado, mas para dominar, transformar 
e, então, utilizar esse universo da maneira mais eficiente. O 
berço da ciência moderna trazia a estrutura para que o ideal 
de controle da natureza pudesse ser realizado. A partir de 
então, essa relação entre ciência e técnica foi naturalmente 
se estreitando.
(Carlos Haag. “Natureza atormentada”. 
https://revistapesquisa.fapesp.br, agosto de 2005. Adaptado.)
De acordo com o tema abordado pelo excerto, o “tormento” 
gerado em filósofos e cientistas contemporâneos se dá de-
vido à problematização da
(A) eficácia de teorias.
(B) natureza do conhecimento.
(C) noção de progresso.
(D) confiança nos resultados.
(E) verificação dos experimentos.
QueStÃo 58 
Ora resta examinar quais devem ser os procedimentos 
e as resoluções do príncipe com relação aos seus súditos 
e aos seus aliados. Há uma grande distância entre o modo 
como se vive e o modo como se deveria viver, que aquele 
que em detrimento do que se faz privilegia o que se deveria 
fazer mais aprende a cair em desgraça que a preservar a 
sua própria pessoa. Ora, um homem que de profissão queira 
fazer-se permanentemente bom não poderá evitar a sua ruí-
na, cercado de tantos que bons não são. Assim, é necessário 
a um príncipe que deseje manter-se príncipe aprender a não 
usar [apenas] a bondade.
(Nicolau Maquiavel. O Príncipe, 1998. Adaptado.)
O tema abordado por Maquiavel no excerto também está re-
lacionado ao seu conceito de fortuna, que diz respeito ao fato 
de o governante
(A) privilegiar a vontade popular.
(B) valorizar a vontade divina.
(C) agir com virtude na vida privada.
(D) conseguir equilibrar as riquezas reais.
(E) saber lidar com imprevistos.
QueStÃo 55 
Não é fácil vencer uma discussão. Especialmente em um 
contexto inflamado, em que as opiniões se polarizam, notí-
cias falsas se proliferam, debatedores recorrem a ofensas e 
sarcasmo e festas de fim de ano criam ambientes propícios 
para a briga. Uma boa discussão, ao contrário do que a maior 
parte das pessoas pensa, não serve para a disputa — e, sim, 
para a construção do conhecimento. Nesse sentido, saber 
sustentar uma boa argumentação é fundamental.
(Beatriz Montesanti e Tatiana Dias. “Por que ‘opinião não é argumento’, 
segundo este professor de lógica da Unicamp”. 
www.nexojornal.com.br, 28.02.2018.)
O excerto explicita a relevância de uma área da filosofia que 
contribui para o desenvolvimento de boas discussões, qual 
seja,
(A) a lógica e a investigação da estrutura do pensamento 
humano.
(B) a estética e a investigação do uso de imagens ao longo 
da história.
(C) a metafísica e o entendimento das qualidades do ser.
(D) a ética e a compreensão dos modos de agir individual.
(E) a epistemologia e a verificação da natureza do conhe-
cimento.
QueStÃo 56 
— É nesse ponto que eu estabeleço a distinção: para 
um lado os que ainda agora referiste — amadores de espe-
táculos, amigos das artes e homens de ação — e para outro 
aqueles de quem estamos a tratar, os únicos que com razão 
podem chamar-se filósofos.
— Que queres dizer?
— Os amadores de audições e de espetáculos encan-
tam-se com as belas vozes, cores e formas e todas as obras 
feitas com tais elementos, embora o seu espírito seja incapaz 
de discernir e de amar a natureza do belo em si.
(Platão. A República, 2017. Adaptado.)
No excerto, Platão direciona aos artistas uma crítica que é 
fundamentada
(A) na associação das artes com o conhecimento mitológico.
(B) na impossibilidade de representação justa das ideias.
(C) na necessidadede as artes terem um conteúdo veros-
símil.
(D) no grande alcance popular atingido pelas peças artís-
ticas.
(E) no fato de os espetáculos serem parâmetros pedagó-
gicos.
19 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 61 
Leia alguns dos versos da canção Passaredo, de Chico 
Buarque e Francis Hime.
Ei, pintassilgo
Oi, pintarroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge, asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol, sem-fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde, colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
(www.letras.mus.br)
Nesse trecho da canção, os autores citam 23 nomes popu-
lares, pelos quais essas aves são conhecidas. Contudo, no 
que se refere à classificação taxonômica, e considerando 
apenas as informações do trecho da canção, as aves cita-
das pertencem a
(A) 23 gêneros, mas não se pode inferir sobre o número de 
espécies.
(B) um único gênero, mas não se pode inferir sobre o número 
de espécies.
(C) 23 espécies, todas elas classificadas em um único 
gênero.
(D) uma única família, mas não se pode inferir sobre o 
número de ordens.
(E) uma única classe, mas não se pode inferir sobre o 
número de gêneros.
QueStÃo 59 
Texto 1
A ideia do panóptico coloca no centro alguém, um olho, 
um olhar, um princípio de vigilância que poderá de certo 
modo fazer sua soberania agir sobre todos os indivíduos [si-
tuados] no interior dessa máquina de poder. Nessa medida, 
podemos dizer que o panóptico é o mais antigo sonho do 
mais antigo soberano: que nenhum dos meus súditos escape 
e que nenhum dos gestos de nenhum dos meus súditos me 
seja desconhecido.
(Michel Foucault. Segurança, território, população, 2008. Adaptado.)
Texto 2
Em 2013 as revelações de Edward Snowden, ex-funcio-
nário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Uni-
dos, deixaram a noção de transparência democrática sob 
suspeita. Snowden revelou que a inteligência estadunidense 
realizava vigilância em massa de seus aliados e adversários 
políticos. A espionagem ocorreu logrando acesso legal ou for-
çado aos servidores de boa parte das maiores empresas de 
internet.
(Davi Lago. “O panóptico digital: por que devemos suspeitar da palavra 
‘transparência’?”. https://estadodaarte.estadao.com.br, 29.08.2019. 
Adaptado.)
O fenômeno retratado nos excertos implica, diretamente,
(A) o reconhecimento da liberdade individual.
(B) o aperfeiçoamento da interação social.
(C) a diversificação do conhecimento popular.
(D) a ampliação de autoridade estatal.
(E) a valorização da responsabilidade coletiva.
QueStÃo 60 
Muito antes de a farmacologia moderna desvendar cienti-
ficamente a ação da cafeína sobre o sistema nervoso central, 
especialmente seu efeito estimulante, as comunidades indí-
genas da Amazônia se beneficiavam das propriedades desta 
substância no alívio da fadiga, por meio do emprego do gua-
raná, sem necessariamente compreender sua composição 
química ou outras possibilidades terapêuticas.
(Ediara R. G. Rios et al. “Senso comum, ciência e filosofia – 
elo dos saberes necessários à promoção da saúde”. 
Ciência & Saúde Coletiva, 2007. Adaptado.)
O excerto ressalta um aspecto importante para o estudo do 
conhecimento, segundo o qual
(A) o senso comum pode engendrar o desenvolvimento de 
uma teoria científica.
(B) as proposições teóricas se sobrepõem às demonstra-
ções empíricas.
(C) o poder de convencimento é superior ao efeito dos argu-
mentos.
(D) os usos de cafeína por indígenas têm cunho essencial-
mente religioso.
(E) o saber é relevante em uma comunidade quando corro-
borado pela ciência.
20vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 63 
Em um filme de ficção científica, um cientista resolveu 
criar animais que fossem metade “espécie A” e metade 
“espécie B”. Por exemplo, um “crocopato”, metade cro-
codilo e metade pato, ou um “chimpanfante”, metade 
chimpanzé e metade elefante. Cada um desses animais 
criados em laboratório seria uma quimera, um híbrido, um 
animal resultante da fusão de duas espécies diferentes. 
Nesse filme, o cientista tinha 20 espécies com as quais 
trabalhar, e seu objetivo era criar todas as quimeras pos-
síveis a partir da combinação de duas espécies diferen-
tes, ao ritmo de uma nova quimera por dia em todos os 
dias da semana.
A figura ilustra uma das combinações que o cientista dese-
java obter: um “tubavalo”, metade tubarão e metade cavalo.
(www.megacurioso.com.br)
Na vida real, ainda que com grandes limitações, os cien-
tistas já são capazes de criar organismos que expressam 
características fenotípicas de interesse incorporadas de 
uma outra espécie, como bactérias que sintetizam a insu-
lina humana.
O tempo necessário que o cientista do filme levaria para pro-
duzir todas as suas combinações quiméricas e o nome da 
técnica que os cientistas da vida real utilizam para obter or-
ganismos com características genéticas de outras espécies 
são, respectivamente,
(A) 400 dias e terapia gênica.
(B) 190 dias e transgenia.
(C) 380 dias e clonagem.
(D) 190 dias e terapia gênica.
(E) 400 dias e transgenia.
QueStÃo 62 
Cientistas identificam possível ‘paciente zero’ 
da peste bubônica, morto há 5 mil anos
Um homem que morreu há mais de 5 mil anos foi enter-
rado com três outras pessoas em um cemitério neolítico na 
área em que hoje é a Letônia, às margens do rio Salac. Os 
pesquisadores sequenciaram o DNA dos ossos e dentes dos 
quatro indivíduos e os testaram para bactérias e vírus. Eles 
ficaram surpresos ao descobrir que um caçador-coletor – um 
homem na casa dos 20 anos – foi infectado com uma antiga 
cepa do agente causador da peste bubônica.
(www.folha.uol.com.br. Adaptado.)
Os dados presentes no texto permitem supor que o caçador-
-coletor fora acometido por uma infecção
(A) bacteriana, adquirida por ingestão de alimentos ou água 
contaminados com fezes de animais infectados e que, 
atualmente, pode ser evitada por vacinação.
(B) bacteriana, adquirida pela mordida de um roedor infecta-
do ou pela picada de pulgas desse animal e que, atual-
mente, pode ser tratada com antibióticos.
(C) bacteriana, adquirida pela inalação de bacilos em sus-
pensão no ar circundante e que, atualmente, pode ser 
tratada com antibióticos e evitada com a vacinação.
(D) viral, adquirida pelo contato com urina de ratos infectados 
e que, atualmente, pode ser evitada pelo tratamento do 
lixo e o não contato com água de enchentes.
(E) viral, adquirida por picada de mosquitos infectados e que, 
atualmente, pode ser evitada com a vacinação e medidas 
de proteção contra picadas de insetos.
21 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 65 
As figuras 1, 2 e 3 apresentam, respectivamente, repre-
sentantes de três espécies do gênero Equus: E. caballus, 
E. asinus e E. zebra.
Figura 1
(https://monaconatureencyclopedia.com)
Figura 2
(https://commons.wikimedia.org)
Figura 3
(https://pt.wikipedia.org)
Considere um casal de cada uma dessas espécies e o con-
junto cromossômico de cada um desses animais. Sobre es-
ses conjuntos cromossômicos afirma-se que
(A) a fêmea de cada espécie tem número diploide de cro-
mossomos diferente do número diploide de cromosso-
mos do macho da respectiva espécie, uma vez que as 
fêmeas têm dois cromossomos sexuais do tipo X.
(B) macho e fêmea de uma mesma espécie compartilham 
entre si cromossomos sexuais de mesmo tamanho e 
morfologia, os quais podem diferir dos cromossomos 
sexuais das demais espécies.
(C) os machos compartilham entre si cromossomos autossô-
micos de mesmo tamanho e morfologia, os quais diferem 
dos cromossomos autossômicos das fêmeas das respec-
tivas espécies.
(D) macho e fêmea de uma mesma espécie compartilham 
entre si um mesmo número diploide de cromossomos, 
o qual pode diferir do número diploide de cromossomos 
das demais espécies.(E) macho e fêmea de uma mesma espécie não diferem 
entre si no número, tamanho e morfologia dos cromos-
somos, mas essas diferenças existem entre animais de 
espécies diferentes.
QueStÃo 64 
Em um tubo de ensaio contendo apenas água destilada, 
um pesquisador colocou igual número de células íntegras 
de hemácias e de algas verdes unicelulares (clorofíceas). 
Após uma hora, o tubo foi centrifugado e o material preci-
pitado foi recolhido com uma pipeta, gotejado sobre uma 
lâmina de vidro e observado ao microscópio óptico, no qual 
seria possível identificar a presença de células íntegras. 
Em seguida, a solução acima do precipitado foi recolhida e 
submetida à análise bioquímica para a possível identifica-
ção de moléculas de hemoglobina ou de clorofila.
Nesse experimento, ao microscópio, o pesquisador
(A) não observou células íntegras de hemácias ou algas, e 
na solução aquosa identificou moléculas de hemoglobina 
e de clorofila.
(B) observou apenas células íntegras de hemácias, e na so-
lução aquosa identificou apenas moléculas de clorofila.
(C) observou apenas células íntegras de algas, e na solução 
aquosa identificou apenas moléculas de hemoglobina.
(D) observou células íntegras de hemácias e algas, e na so-
lução aquosa não identificou moléculas de hemoglobina 
ou de clorofila.
(E) observou células íntegras de hemácias e algas, e na so-
lução aquosa identificou moléculas de hemoglobina e de 
clorofila.
22vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 67 
Analise o esquema, que representa um mecanismo para o 
controle e manutenção da temperatura ambiente em um de-
terminado cômodo de uma residência.
O organismo humano possui mecanismos fisiológicos análo-
gos ao representado no esquema, os quais mantêm a home-
ostase ou equilíbrio interno do corpo.
Dois exemplos de mecanismos fisiológicos que atuam de 
modo análogo ao representado no esquema são
(A) a determinação da intensidade e frequência das contra-
ções uterinas durante o parto, e a produção de hormô-
nios pela tireoide, sob controle hipotalâmico.
(B) a determinação da intensidade e frequência das contra-
ções uterinas durante o parto, e a concentração de dióxi-
do de carbono no líquido extracelular.
(C) a secreção de leite pelas glândulas mamárias, e o contro-
le dos batimentos cardíacos e pressão sanguínea quan-
do da perda excessiva de sangue por hemorragia.
(D) o controle dos batimentos cardíacos e pressão sanguí-
nea quando da perda excessiva de sangue por hemor-
ragia, e o controle da quantidade de glicose no sangue.
(E) a produção de hormônios pela tireoide, sob controle 
hipotalâmico, e o controle da quantidade de glicose no 
sangue.
QueStÃo 66 
Em seu livro O Poder do Movimento nas Plantas, publi-
cado em 1880, Darwin relata algumas de suas experiências 
sobre o tema, dentre elas aquela na qual plantou sementes 
de aveia e fez a luz incidir de diferentes direções sobre as 
plantas em crescimento. Observou que as plantas sempre 
se inclinavam na direção da luz, mesmo quando esta era 
tênue demais para ser percebida pelo olho humano. Criou 
pequenas tampas, escurecidas com tinta nanquim, e cobriu 
a parte superior dos coleóptilos, constatando que paravam 
de responder à luz. Ficava claro, concluiu ele, que, quando a 
luz atingia a extremidade da planta, estimulava essa parte a 
liberar algum tipo de “mensageiro” que, chegando às partes 
“motoras” da muda, fazia com que se contorcesse na direção 
da luz.
(https://piaui.folha.uol.com.br. Adaptado.)
Atualmente, sabemos que o “mensageiro” a que Darwin se 
referia é um hormônio vegetal denominado
(A) auxina, que promove o alongamento das células dis-
postas na face não iluminada do caule.
(B) auxina, que inibe a multiplicação das células dispostas na 
face não iluminada do caule.
(C) auxina, que promove a multiplicação das células dispos-
tas na face iluminada do caule.
(D) giberilina, que promove o alongamento das células dis-
postas na face iluminada do caule.
(E) giberilina, que inibe a multiplicação das células dispostas 
na face não iluminada do caule.
23 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 70 
O carbeto de silício (SiC), também conhecido como 
carborundum, é amplamente utilizado como abrasivo em 
pedras de esmeril, em pedras de afiar facas e também em 
materiais refratários.
Esse composto é obtido a partir de uma mistura de carvão 
com areia com alto teor de sílica, por meio de processo ele-
trotérmico envolvendo a reação global, com rendimento mé-
dio de 75%, representada a seguir.
SiO2 (s, cristalino) + 3C (s, amorfo) 
 SiC (s, cristalino) + 2CO (g)
Com base nessas informações, prevê-se que a massa de SiC 
obtida pela reação de 6,0 t de SiO2 com 3,6 t de C seja, apro-
ximadamente,
(A) 5,6 t.
(B) 4,0 t.
(C) 7,5 t.
(D) 3,0 t.
(E) 2,5 t.
QueStÃo 71 
Todas as soluções aquosas cujos solutos estão indicados 
nas alternativas são de mesma concentração em mol/L. A 
solução que deve apresentar menor temperatura de conge-
lamento é a de
(A) C6H12O6
(B) K2SO4
(C) NH4C
(D) CuSO4
(E) CH3COOH
QueStÃo 72 
Certo spray antisséptico contém como princípio ativo o digli-
conato de clorexidina, na concentração de 10 mg/mL. Saben-
do que a massa molar desse princípio ativo é, aproximada-
mente, 5,0 × 102 g/mol e que a constante de Avogadro é igual 
a 6,0 × 1023 mol–1, o número de moléculas de digliconato de 
clorexidina presentes em um frasco contendo 50 mL desse 
antisséptico é
(A) 6,0 × 1020.
(B) 6,0 × 1017.
(C) 6,0 × 1014.
(D) 6,0 × 1023.
(E) 6,0 × 1026.
QueStÃo 68 
Os heredogramas a seguir representam duas famílias, A e B. 
Na família A, os indivíduos representados por símbolos escu-
ros apresentam daltonismo, uma característica genética de 
herança recessiva ligada ao sexo. Na família B, os símbolos 
escuros representam indivíduos portadores de acondropla-
sia, ou nanismo, uma característica genética de herança au-
tossômica dominante.
Não há histórico de ocorrência de daltonismo na família B, e 
não há histórico de ocorrência de acondroplasia na família A.
Supondo que a mulher II-3 da família A venha a ter um bebê 
com o homem II-1 da família B, a probabilidade de a criança 
ser uma menina que não tenha daltonismo nem acondropla-
sia e a probabilidade de ser um menino que não tenha dalto-
nismo nem acondroplasia são, respectivamente,
(A) 50% e 25%.
(B) 25% e 12,5%.
(C) 12,5% e 12,5%.
(D) 12,5% e 50%.
(E) 25% e 25%.
QueStÃo 69 
Mineração oceânica
A abundância de lítio na forma de íons nas águas dos 
oceanos é cerca de 5 000 vezes maior do que na crosta ter-
restre, o que tem estimulado a mineração oceânica. No en-
tanto, apesar de mais abundante nas águas dos mares do 
que na crosta terrestre, o lítio nos oceanos está presente em 
concentrações extremamente baixas, cerca de 0,2 parte por 
milhão (ppm). Íons maiores, como sódio, magnésio e potás-
sio, estão presentes na água do mar em concentrações muito 
mais altas que a do íon Li+. Isso tem inviabilizado a extração 
de lítio dessa mistura, de forma técnica ou economicamente 
viável.
Esse desafio acaba de ser vencido por uma equipe de 
pesquisadores da Arábia Saudita, que utilizam uma célula 
eletroquímica contendo uma membrana cerâmica porosa, 
que permite a passagem dos íons de lítio, mas bloqueia efi-
cientemente os íons dos outros elementos citados.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
Organizando em ordem crescente de tamanho os íons maio-
res do que o lítio, citados no texto, tem-se:
(A) sódio – magnésio – potássio.
(B) potássio – sódio – magnésio.
(C) magnésio – sódio – potássio.
(D) sódio – potássio – magnésio.
(E) magnésio – potássio – sódio.
24vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 73 
Otto Tachenius (c.1620 – c.1690), médico, farmacêutico, 
iatroquímico e alquimista alemão, dizia que tudo no Universo 
é constituído por dois “princípios”, o ácido e o álcali. Em ter-
mos de “ácido” e “álcali”,explicava uma série de fenômenos, 
alguns deles de forma ainda hoje consistente. Por exemplo:
– A força dos ácidos varia, e os ácidos mais fortes deslo-
cam os mais fracos de seus sais.
(Juergen Heinrich Maar. Pequena história da química, 1999. Adaptado.)
Um exemplo atual dessa concepção de Tachenius encontra-
-se na mistura entre soluções aquosas de
(A) hidróxido de sódio e cloreto de amônio.
(B) ácido clorídrico e cloreto de amônio.
(C) ácido acético e cloreto de sódio.
(D) hidróxido de amônio e sulfato de sódio.
(E) ácido nítrico e acetato de sódio.
QueStÃo 74 
O equilíbrio químico representado a seguir se estabelece du-
rante o processo de reforma do gás natural para produção de 
hidrogênio.
CH4 (g) + H2O (g) CO (g) + 3H2 (g) ;
∆H = + 52,4 kcal/mol de CH4
Considere os seguintes procedimentos:
1. Aumento de pressão.
2. Aumento de temperatura.
3. Adição de catalisador.
4. Remoção de monóxido de carbono.
Entre esses procedimentos, os que propiciam o aumento do 
rendimento de produção de hidrogênio no equilíbrio são
(A) 1 e 2.
(B) 3 e 4.
(C) 2 e 4.
(D) 1 e 3.
(E) 2 e 3.
QueStÃo 75 
Os compostos responsáveis pelo aroma característico de 
muitas frutas maduras são formados a partir de aminoácidos 
ramificados, como a leucina. Esse caminho inicia-se pela per-
da de substituintes típicos de aminoácidos, em reações em 
etapas, catalisadas por enzimas, onde ocorrem desaminação 
(–NH2), descarboxilação (–CO2) e oxidação (+[O]), forman-
do um aldeído. Esse aldeído, dependendo da transformação 
que sofre, pode originar um composto com o aroma caracte-
rístico da banana ou um composto com o aroma caracterís-
tico da maçã.
O esquema mostra esse conjunto de transformações.
(Maria Regina Bueno Franco. Aroma e sabor de alimentos: 
temas atuais, 2003. Adaptado.)
Os compostos X e Y são, respectivamente,
(A) etanol e metano.
(B) ácido acético e eteno.
(C) metanol e etanol.
(D) etanal e ácido acético.
(E) ácido acético e etanol.
25 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 76 
Durante uma aula de geometria, uma professora improvi-
sa utilizando um pedaço de barbante como um compasso. 
A figura mostra um arco de circunferência traçado por ela 
em 3 s, movendo sua caneta com velocidade escalar cons-
tante sobre uma superfície plana e mantendo, sempre, o 
barbante esticado.
(https://blogped.wordpress.com. Adaptado.)
Sendo vA e vB as velocidades escalares dos pontos A e B do 
barbante, adotando π = 3 e considerando as informações da 
figura e do texto, o valor da diferença vA – vB é
(A) 4,0 cm/s.
(B) 1,8 cm/s.
(C) 3,0 cm/s.
(D) 3,6 cm/s.
(E) 2,4 cm/s.
QueStÃo 77 
A imagem mostra o exoplaneta 2M1207b em órbita ao redor 
de sua estrela 2M1207 na constelação de Centauro, distantes 
40 UA um do outro. Esse é o primeiro exoplaneta do qual se 
obteve uma imagem direta. Em comparação com objetos do 
sistema solar, sabe-se que esse exoplaneta tem uma massa 
correspondente a 5 vezes a massa do planeta Júpiter e que 
sua estrela tem massa igual a 0,025 vezes a massa do Sol.
(https://cdn.eso.org. Adaptado.)
Considere os seguintes dados:
Massa do Sol: 2 × 1030 kg
Massa de Júpiter: 2 × 1027 kg
1 UA: 1,5 × 1011 m
G = constante universal da gravitação = 6 × 10–11 
A intensidade da força de atração gravitacional entre o exo-
planeta 2M1207b e sua estrela é de, aproximadamente,
(A) 8,3 × 1020 N.
(B) 5,0 × 1020 N.
(C) 2,5 × 1021 N.
(D) 3,6 × 1021 N.
(E) 4,4 × 1021 N.
26vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 79 
Em um experimento de calorimetria realizado no nível do mar, 
um estudante colocou 600 g de água a 10 ºC e 100 g de gelo 
a – 40 ºC em um calorímetro ideal, onde já existiam 800 g de 
água a 5 ºC, em equilíbrio térmico com o calorímetro.
Sabendo que o calor específico da água líquida é 1 cal/(g · ºC), 
que o calor específico do gelo é 0,5 cal/(g · ºC) e que o calor 
latente de fusão do gelo é 80 cal/g, depois de atingido o novo 
equilíbrio térmico havia, dentro do calorímetro,
(A) 1 500 g de água líquida a 10 ºC.
(B) 1 450 g de água líquida e 50 g de gelo a 0 ºC.
(C) 1 500 g de gelo a – 5 ºC.
(D) 1 500 g de água líquida a 0 ºC.
(E) 1 500 g de gelo a 0 ºC.
QueStÃo 78 
Dois amigos reuniram-se para empurrar um veículo de mas-
sa M, em linha reta, a partir do repouso, sobre uma superfície 
plana e horizontal. Entre as posições inicial e final, atuou so-
bre o veículo uma força resultante (FR) que variou em função 
do tempo, em dois intervalos T1 e T2 , conforme o gráfico.
No final do intervalo de tempo T1 + T2 , a velocidade escalar 
adquirida pelo veículo foi de:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
27 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 81 
Nossos olhos percebem, apenas, uma pequena faixa do 
espectro eletromagnético, chamada de luz visível. Outras 
faixas dessa radiação podem ser detectadas por instrumen-
tos específicos. No espaço extraterrestre, partículas de alta 
energia produzidas em todo o universo se propagam e, nor-
malmente, são bloqueadas por campos magnéticos. Porém, 
como a Lua não possui campo magnético, essas partículas 
atingem a superfície lunar, interagem com a matéria e produ-
zem raios gama como resultado, que podem ser detectados 
na Terra. A figura da esquerda mostra uma imagem da Lua 
obtida na faixa da luz visível e, a da direita, obtida na faixa 
dos raios gama.
Comparando os raios de luz visível com os raios gama, é 
correto afirmar que:
(A) como todas as ondas eletromagnéticas, ambos só podem 
se propagar pelo vácuo, e com velocidades iguais.
(B) por apresentarem comprimentos de onda maiores do que 
os da luz visível, os raios gama são inofensivos quando 
atingem os seres humanos.
(C) os raios gama apresentam frequências menores do que 
as da luz visível, o que explica terem velocidade de pro-
pagação maior do que essa luz, no vácuo.
(D) provenientes simultaneamente de uma mesma fonte no 
espaço, ambos chegam à Terra em intervalos de tempo 
diferentes, produzindo imagens distintas dessa fonte.
(E) apesar de terem frequências e comprimentos de onda 
diferentes, ambos se propagam pelo vácuo com veloci-
dades iguais.
QueStÃo 80 
Uma garota pegou um espelho esférico côncavo de maquia-
gem, apontou-o para o Sol e percebeu que uma imagem real 
desse astro se formou a 40 cm do espelho.
Em seguida, fez-se a pergunta:
— Se, com esse espelho, eu quiser ver uma imagem do meu 
rosto com duas vezes seu tamanho real e não invertida, a 
que distância do espelho devo me posicionar?
Depois de efetuar alguns cálculos, a garota acertará a res-
posta à sua pergunta se encontrar
(A) 30 cm.
(B) 25 cm.
(C) 15 cm.
(D) 20 cm.
(E) 35 cm.
28vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 84 
Um experimento vai avaliar a memória de um grupo de dez 
crianças de 12 anos em relação à capacidade de retenção 
de palavras, figuras e números. Durante 30 segundos, cada 
criança recebe a mesma lista de dez palavras e, em seguida, 
tem 60 segundos para escrever as palavras que lembra ter 
visto. O mesmo se repete com uma lista de dez figuras e, em 
seguida, com uma lista de dez números naturais aleatórios 
de 1 a 100. A tabela indica o resultado desse experimento.
No da criança Quantidade de acertosPalavras Figuras Números Total 
1 8 9 6 23
2 9 10 9 28
3 10 10 8 28
4 9 9 9 27
5 7 9 8 24
6 10 10 7 27
7 7 8 5 20
8 7 8 9 24
9 8 7 8 23
10 9 10 7 26
Total 84 90 76 250
De acordo com os resultados do experimento,
(A) 73% do total geral de acertos do grupo correspondem 
aos acertos de palavras e de figuras.
(B) a mediana dos totais de acertos de palavras, figuras e 
números por criança é igual 24.
(C) as crianças que acertaram mais figuras do que palavras 
também acertaram menos números do que palavras.
(D) as medianas do total de acertos de figuras e do total de 
acertos de números do grupo coincidem com o total de 
acertos de figuras e de númerosda criança 5.
(E) a média geral de acertos do grupo é de 80%.
QueStÃo 82 
Uma pessoa comprou um chuveiro eletrônico e, lendo o 
manual de instruções do aparelho, encontrou as seguintes 
informações:
Potência: 7 000 W
Consumo mensal de energia: 42 kWh
Tensão: 220 V
Após alguns cálculos, essa pessoa concluiu que o autor do 
manual considerou que os usuários desse chuveiro toma-
riam, em um mês de 30 dias, banhos que, em um dia, teriam 
duração, em média, de
(A) 8 min.
(B) 10 min.
(C) 12 min.
(D) 15 min.
(E) 6 min.
QueStÃo 83 
Observe as medidas indicadas em um mapa do Parque 
Ibirapuera, região plana da cidade de São Paulo.
(www.google.com. Adaptado.)
De acordo com o mapa, uma caminhada em linha reta do 
Museu Afro Brasil (P) até o Museu de Arte Moderna de São 
Paulo (Q) corresponde a
(A) 400 m.
(B) 625 m.
(C) 676 m.
(D) 484 m.
(E) 576 m.
29 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 86 
A soma de dois números reais x e y é maior ou igual a 10. A 
diferença entre eles, em qualquer ordem, é menor do que 4. 
A representação do conjunto solução dessas desigualdades 
no plano cartesiano de eixos ortogonais é:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
QueStÃo 85 
A expansão global da internet tem sido possível em virtude do 
barateamento dos eletrônicos portáteis e das baterias de alta 
capacidade que os alimentam. O gráfico indica a vertiginosa 
queda no preço médio das baterias de íons de lítio desde sua 
introdução, nos anos 90, até 2020. O modelo exponencial 
y = 15649 ⋅ e –0,687x, com valores de x e y indicados nos eixos 
do gráfico, prevê razoavelmente bem a relação entre essas 
variáveis.
(Micah S. Ziegler e Jessika E.Trancik “Re-examining rates of lithium-ion 
battery technology improvement and cost decline”. 
https://pubs.rsc.org. Adaptado.)
Adotando nos cálculos e 5,053 = 156,49 e e 0,443 = 1,56, o modelo 
exponencial utilizado prevê que, em 2025, o preço por kWh 
das baterias de íons de lítio será de, aproximadamente,
(A) US$ 82.
(B) US$ 64.
(C) US$ 98.
(D) US$ 56.
(E) US$ 48.
30vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2 Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 88 
Analise a tabela, que indica os resultados de um estudo para 
avaliação da relação entre o peso e a pressão arterial de um 
grupo de indivíduos.
Pressão
arterial
Peso
deficiente
Peso
normal
Peso em
excesso
Normal 20% 45% 15%
Elevada 1% 9% 10%
Renato fez parte desse estudo e sabe que está com excesso 
de peso. Ao ver a tabela com o resultado do estudo, calculou 
corretamente que a probabilidade da aferição da sua pressão 
arterial ter indicado valores elevados é de
(A) 12%.
(B) 4%.
(C) 50%.
(D) 40%.
(E) 10%.
QueStÃo 87 
Sob certas condições ideais, o período y de oscilação do 
pêndulo de um guindaste de demolição, em segundos, é 
dado em função do comprimento x do cabo de aço, em 
metros, pela fórmula , com k sendo um número real. 
Essa função está representada no gráfico a seguir.
(https://journaltimes.com)
Considerando condições ideais, o período de oscilação do 
pêndulo do guindaste, quando o comprimento do cabo de aço 
está regulado em 28 m, é de
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
31 vnsp2105 | 002-CG-provaObjetiva-Grupo-2Confidencial até o momento da aplicação.
QueStÃo 89 
A figura indica o projeto de uma escultura maciça em forma de 
pirâmide de vértice V, base ABCDEFGH e altura , que será 
feita com espuma expansiva rígida de poliuretano. S abe-se que 
AHGF é um quadrado de área igual a 3 m2, BCDE é um retân-
gulo, com BC = 3 m e CD = 4, e que o ângulo mede 60º.
Sabendo que 1 m3 corresponde a 1 000 litros e que o cus-
to da quantidade de espuma de poliuretano necessária para 
ocupar a capacidade de 1 litro é de R$ 5,00, para fazer por 
completo essa escultura, desconsiderando desperdícios, o 
valor gasto com espuma será de
(A) R$ 40.000,00.
(B) R$ 37.500,00.
(C) R$ 42.500,00.
(D) R$ 35.000,00.
(E) R$ 45.000,00.
QueStÃo 90 
Os computadores utilizam a representação binária no lugar 
dos números naturais do nosso sistema de numeração. Na 
escrita numérica binária, são utilizados apenas dois algaris-
mos, o 0 e o 1, para escrever de forma única qualquer número 
natural do nosso sistema decimal. A conversão dos números 
naturais 0, 1, 2, 3, 9, 14 e 102 do sistema numérico decimal 
para seus correspondentes no sistema numérico binário, que 
são 0, 1, 10, 11, 1001, 1110 e 1100110, respectivamente, está 
representada a seguir.
Sistema Decimal
0 = 0 ⋅ 100
1 = 1 ⋅ 100
2 = 2 ⋅ 100
3 = 3 ⋅ 100
9 = 9 ⋅ 100
14 = 1 ⋅ 101 + 4 ⋅ 100
102 = 1 ⋅ 102 + 0 ⋅ 101 + 2 ⋅ 100
Sistema Binário
0 = 0 ⋅ 20
1 = 1 ⋅ 20
10 = 1 ⋅ 21 + 0 ⋅ 20
11 = 1 ⋅ 21 + 1 ⋅ 20
1001 = 1 ⋅ 23 + 0 ⋅ 22 + 0 ⋅ 21 + 1 ⋅ 20
1110 = 1 ⋅ 23 + 1 ⋅ 22 ⋅ + 1 ⋅ 21 + 0 ⋅ 20
1100110 = 1 ⋅ 26 + 1 ⋅ 25 + 0 ⋅ 24 + 0 ⋅ 23 + 1 ⋅ 22 + 1 ⋅ 21 + 0 ⋅ 20
Convertendo o ano em que estamos, 2021, do sistema de-
cimal para o binário, encontraremos um número cujo total 
de algarismos iguais a 1 supera o de algarismos iguais a 
0 em
(A) quatro.
(B) três.
(C) cinco.
(D) dois.
(E) seis.
Confidencial até o momento da aplicação.
CL
a
SS
If
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a
çÃ
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Ió
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Nome do candidato
Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG
001. PRova de CoNheCImeNtoS GeRaIS
CuRSoS da áRea de bIolóGICaS
(Questões 01 – 90)
 Confira seus dados impressos neste caderno.
 Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado.
 Esta prova contém 90 questões objetivas.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando 
caneta de tinta preta.
 Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
 Esta prova terá duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h, 
contadas a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas e o Caderno de Questões.
veStIbulaR 2021
2vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
3 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 01 
Examine o cartum de Christopher Weyant, publicado em sua 
conta no Instagram em 16.08.2018.
“If I didn’t believe in a free press, would I be giving 
you this interview?”
O recurso expressivo que contribui de maneira decisiva para 
a compreensão do cartum é
(A) a ironia.
(B) o eufemismo.
(C) a antítese.
(D) a hipérbole.
(E) o paradoxo.
Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho do con-
to-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João 
Guimarães Rosa.
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada ori-
gem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pé-
talas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. 
Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodá-
tico, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pe-
dante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião 
alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, 
como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tole-
rar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a 
própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotréli-
cos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, 
quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada 
canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos 
estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo 
a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a 
língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar 
que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência 
relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de 
“hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem 
do bom português. O bom português, homem-de-bem e mui-
tíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologiza-
va, segundo suas necessidades íntimas.
Ora, pois, numa roda, diziaele, de algum sicrano, tercei-
ro, ausente:
— E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu 
o veto:
— Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
— Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
— É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom 
já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
— O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.
(Tutameia, 1979.)
QueStÃo 02 
De acordo com o narrador, o hipotrélico revela, em relação à 
prática do neologismo, uma postura
(A) indiferente.
(B) enigmática.
(C) conservadora.
(D) visionária.
(E) inovadora.
QueStÃo 03 
Considerando que “sonejar” constitui um neologismo forma-
do pelo radical “sono” e pelo sufixo “-ejar”, que exprime as-
pecto frequentativo, “a inércia que soneja em cada canto do 
espírito” (2o parágrafo) contribui, segundo o narrador, para
(A) a degradação da norma-padrão.
(B) a invenção de novos vocábulos.
(C) a valorização da linguagem coloquial.
(D) a renovação radical da língua.
(E) a sobrevivência do idioma.
QueStÃo 04 
O efeito cômico do texto deriva, sobretudo, da ambiguidade 
da expressão
(A) “homem-de-bem”.
(B) “bom português”.
(C) “indesejável maçante”.
(D) “necessidades íntimas”.
(E) “indivíduo pedante”.
4vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 07 
Futurismo. O Manifesto Futurista, de autoria do poeta 
italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), foi publica-
do em Paris em 1909. Nesse manifesto, Marinetti declara a 
raiz italiana da nova estética: “queremos libertar esse país (a 
Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, 
cicerones e antiquários”. Falando da Itália para o mundo, o 
Futurismo coloca-se contra o “passadismo” burguês e o tra-
dicionalismo cultural. A exaltação da máquina e da “beleza 
da velocidade”, associada ao elogio da técnica e da ciência, 
torna-se emblemática da nova atitude estética e política.
(https://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)
Verifica-se a influência dessa vanguarda artística nos seguin-
tes versos do poeta português Fernando Pessoa:
(A) Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante! 
Outra vez a obsessão movimentada dos ônibus. 
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo 
 [dentro de todos os comboios 
De todas as partes do mundo, 
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios, 
Que a estas horas estão levantando ferro ou 
 [afastando-se das docas.
(B) O sonho é ver as formas invisíveis 
Da distância imprecisa, e, com sensíveis 
Movimentos da esprança e da vontade, 
Buscar na linha fria do horizonte 
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte — 
Os beijos merecidos da Verdade.
(C) O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas... 
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso... 
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas 
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso...
(D) Não me compreendo nem no que, compreendendo, faço. 
Não atinjo o fim ao que faço pensando num fim. 
É diferente do que é o prazer ou a dor que abraço. 
Passo, mas comigo não passa um eu que há em mim.
(E) Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena 
 [cansarmo-nos. 
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como 
 [o rio. 
Mais vale saber passar silenciosamente 
 E sem desassossegos grandes. 
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam 
 [a voz, 
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, 
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre 
 [correria, 
 E sempre iria ter ao mar.
QueStÃo 05 
“Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom 
já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
— O senhor também é hiputrélico...” (11o e 12o parágrafos)
Considerando o contexto, o termo sublinhado pode ser subs-
tituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
(A) debochado.
(B) contrariado.
(C) distraído.
(D) atrapalhado.
(E) admirado.
QueStÃo 06 
Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a 
p alavra sublinhada em:
(A) “Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu 
o veto:” (6o parágrafo)
(B) “— O senhor também é hiputrélico...” (12o parágrafo)
(C) “Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer:” 
(1o parágrafo)
(D) “— Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?” 
(9o parágrafo)
(E) “Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:” 
(8o parágrafo)
5 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
quilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um 
verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria 
— lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem 
decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. 
Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas suges-
tivo, a secura extrema dos ares.
(Os sertões, 2016.)
1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos 
bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esver-
deadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.
QueStÃo 09 
A linguagem do texto pode ser caracterizada como
(A) erudita e lacônica.
(B) rebuscada e técnica.
(C) coloquial e prolixa.
(D) subjetiva e informal.
(E) hermética e impessoal.
QueStÃo 10 
Anteriormente ao texto transcrito, Euclides da Cunha men-
ciona a existência de “higrômetros inesperados e bizarros” 
na paisagem. Constitui exemplo de higrômetro inesperado e 
bizarro no texto transcrito:
(A) a disposição geográfica das colinas.
(B) a ação dos vermes a decompor o cadáver.
(C) o corpo abandonado do soldado.
(D) a quixabeira solitária, cercada por vegetação franzina.
(E) a secura extrema dos ares.
QueStÃo 11 
Considerando o contexto histórico de produção do texto, o 
soldado abandonado e seu “adversário possante” podem ser 
identificados, em termos políticos, como
(A) militarista e civilista, respectivamente.
(B) abolicionista e escravista, respectivamente.
(C) escravista e abolicionista, respectivamente.
(D) republicano e monarquista, respectivamente.
(E) monarquista e republicano, respectivamente.
QueStÃo 08 
Examine o meme publicado pela comunidade “The Language 
Nerds” em sua conta no Instagram em 28.02.2020.
Para se evitar o qualificativo de “psicopata”, seria aconselhá-
vel seguir a recomendação do meme e inserir uma vírgula 
logo após
(A) “I”.
(B) “and”.
(C) “like”.
(D) “family”.
(E) “cooking”.
Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído 
da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de 
Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística 
da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para 
o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e 
foi publicada apenas em 1902.
Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], 
as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canho-
neio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no 
descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas 
se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, 
icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmató-
rias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de 
algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, 
uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e 
protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida 
para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da 
Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma 
banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta cor-
po a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-
-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada 
de uma escara preta. E aoenterrarem-se, dias depois, os 
mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala 
comum de menos de um côvado de fundo em que eram joga-
dos, formando pela última vez juntos, os companheiros abati-
dos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido 
fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade 
lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três me-
ses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, 
para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas 
fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conser-
vando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão 
exata de um lutador cansado, retemperando-se em tran-
6vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernan-
des, para responder às questões de 16 a 19.
Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada 
que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira 
tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três 
tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num 
tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente sua-
vizar, berrou:
— Bem, agora que terminamos um magnífico dia de tra-
balho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha 
do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, 
que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre 
rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça 
em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, 
até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande 
amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e 
ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha 
feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça 
em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois 
voltando, o burro perguntou ao leão:
— Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada 
na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
— Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão 
de que concorda em que não podíamos suportar a presença 
de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a pa-
ciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu 
não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor ago-
ra — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo 
do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe 
calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. 
Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, 
inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cin-
za morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, 
quando o rato o chamou:
— Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não 
pôde deixar de cumprimentar o rato:
— Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como 
você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática en-
tre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer 
muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a 
minha — é claro que você precisa de muito maior volume de 
alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua po-
sição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha 
só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo 
espírito!
— Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que 
argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, 
juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como 
você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta 
sabedoria?
— Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me per-
doa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender 
tudo agora mesmo, com o burro morto.
Moral: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.
QueStÃo 12 
A paisagem retratada no texto mostra-se compatível com o 
clima que registra
(A) temperaturas elevadas no verão e amenas no inverno e 
precipitações escassas na maior parte do ano.
(B) temperatura amena pela ação dos fortes ventos e preci-
pitação concentrada nos meses de inverno.
(C) temperaturas elevadas e precipitações escassas e mal 
distribuídas ao longo do ano.
(D) temperaturas acima dos 35 ºC e chuvas intensas, porém 
mal distribuídas, ao longo do ano.
(E) temperatura média elevada e duas estações bem defini-
das, seca e chuvosa, ao longo do ano.
QueStÃo 13 
Além da primeira parte intitulada “A terra”, outras duas par-
tes, intituladas “O homem” e “A luta”, compõem Os sertões. 
Verifica-se assim, na própria estrutura da obra, uma nítida 
influência do
(A) Determinismo.
(B) Idealismo.
(C) Iluminismo.
(D) Socialismo.
(E) Liberalismo.
QueStÃo 14 
Considerando-se o contexto, o termo que qualifica o substan-
tivo na expressão “adversário possante” (4o parágrafo) tem 
sentido oposto ao termo que qualifica o substantivo em
(A) “violenta pancada” (4o parágrafo).
(B) “tranquilo sono” (5o parágrafo).
(C) “anfiteatro irregular” (1o parágrafo).
(D) “fosso repugnante” (4o parágrafo).
(E) “vegetação franzina” (1o parágrafo).
QueStÃo 15 
Observa-se o emprego de voz passiva no trecho
(A) “Descansava... havia três meses.” (3o parágrafo)
(B) “Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que 
lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta.” 
(4o parágrafo)
(C) “Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas 
da matéria — lhe maculara os tecidos.” (5o parágrafo)
(D) “Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repug-
nante, numa exaustão imperceptível.” (5o parágrafo)
(E) “E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora 
percebido.” (4o parágrafo)
7 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 19 
“E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática en-
tre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer 
muito mais.” (12o e 13o parágrafos)
Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, o termo 
sublinhado assume a seguinte forma:
(A) teria estabelecido.
(B) estabeleceria.
(C) estabelecia.
(D) estabeleceu.
(E) tinha estabelecido.
QueStÃo 20 
A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob 
Philipp Hackert (1737-1807), remete, sobretudo, ao ideário do
(A) Realismo.
(B) Romantismo.
(C) Arcadismo.
(D) Barroco.
(E) Naturalismo.
1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio am-
biente é coisa muito comum.
2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava 
sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.
(100 fábulas fabulosas, 2012.)
QueStÃo 16 
A narrativa de Millôr Fernandes afasta-se do modelo tradicio-
nal da fábula na medida em que emprega um tom
(A) moralizante.
(B) fantástico.
(C) lacônico.
(D) ambíguo.
(E) paródico.
QueStÃo 17 
Uma moral para a narrativa de Millôr Fernandes em conformi-
dade com uma fábula tradicional seria:
(A) Para quem morrer está posto, é melhor a morte com re-
putação.
(B) Alguns seres humanos, por causa das próprias esperte-
zas, sem perceber se lançam em direção às desgraças.
(C) Alguns homens fazem por mal o que por bem não que-
rem aceitar.
(D) Para os homens, os infortúnios do próximo se tornam um 
apelo à ponderação.
(E) Os homens sensatos não desdenham nem mesmo as 
coisas modestas.
QueStÃo 18 
“Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida.” 
(8o parágrafo)
Em relação à oração que a sucede, a oração sublinhada 
expressa ideia de
(A) consequência.
(B) tempo.
(C) concessão.
(D) condição.
(E) causa.
8vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 22 
According to the second paragraph, one of sustainable 
development initiatives to be tackled by education should 
be to
(A) develop skills necessary for work.
(B) add climate change themes into school dynamics.
(C) help people acquire basic and general knowledge.
(D) enforce quality education in some specific contexts.
(E) stimulate creativity, art and acting.QueStÃo 23 
(https://sustainabilityillustrated.com)
O cartum dialoga com o seguinte trecho do texto “Education 
for Sustainable Development”:
(A) “UNESCO aims to improve access to quality education on 
sustainable development”.
(B) “Education for Sustainable Development empowers 
people to change the way they think”.
(C) “Individuals are encouraged to be responsible actors who 
resolve challenges”.
(D) “what we do today can have implications on the lives of 
people and the planet in future”.
(E) “a world population of 7 billion people”.
Leia o texto para responder às questões de 21 a 23.
Education for Sustainable Development
Projects from Botswana, Brazil and Germany win UNESCO-Japan 
prize on Education for Sustainable Development.
With a world population of 7 billion people and limited 
natural resources, we, as individuals and societies, need to 
learn to live together sustainably. We need to take action 
responsibly based on the understanding that what we do 
today can have implications on the lives of people and the 
planet in future. Education for Sustainable Development 
empowers people to change the way they think and work 
towards a sustainable future.
UNESCO aims to improve access to quality education on 
sustainable development at all levels and in all social contexts, 
to transform society by reorienting education and help people 
develop knowledge, skills, values and behaviours needed for 
sustainable development. It is about including sustainable 
development issues, such as climate change and biodiversity 
into teaching and learning. Individuals are encouraged to be 
responsible actors who resolve challenges, respect cultural 
diversity and contribute to creating a more sustainable world.
(https://en.unesco.org. Adaptado.)
QueStÃo 21 
According to the first paragraph, it is important to promote a 
sustainable development because
(A) there are far too many people for too little natural 
resources.
(B) individual needs should be considered above social 
needs.
(C) people will always keep the way they are in the world.
(D) most of the 7 billion people are not aware of sustainability.
(E) it is too costly to achieve without incentives.
9 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões 
de 25 a 30.
The cost of closed schools
Countries’ response to school closures
By remote-learning type and income group, %
*TV and/or radio
Three-quarters of the world’s children live in countries 
where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools 
should be among the first places to reopen. Children seem 
to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs 
of closure are staggering: in the lost productivity of home 
schooling parents; and, far more important, in the damage 
done to children by lost learning. The costs fall most heavily 
on the youngest, who among other things miss out on 
picking up social and emotional skills; and on the less well-
off, who are less likely to attend online lessons and who may 
be missing meals as well as classes. West African children 
whose schools were closed during the Ebola epidemic in 
2014 are still paying the price.
(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)
QueStÃo 25 
The chart shows that the average share of population 
connected to internet
(A) does not make much difference in remote-learning type, 
considering all income groups.
(B) impacts significantly the segment of online-only learning 
both in the low and high income populations.
(C) is equivalent to radio only access in low-income 
population.
(D) is inversely proportional to income.
(E) is lower than expected among high-income population.
QueStÃo 24 
Analise o cartum.
(https://twitter.com)
A fala do personagem
(A) apresenta um questionamento sobre a relevância do 
desenvolvimento econômico para a população do 
planeta.
(B) coloca em dúvida o custo do desenvolvimento econômico 
para a preservação do meio ambiente.
(C) sugere uma alternativa viável para o desenvolvimento 
econômico sustentável.
(D) expõe uma constatação sobre a importância da preser-
vação do meio ambiente em benefício do equilíbrio da 
economia.
(E) revela um posicionamento a respeito do impacto do 
sistema capitalista no meio ambiente.
10vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 29 
No trecho “who are less likely to attend online lessons”, o 
termo sublinhado pode ser substituído, sem alteração de 
sentido, por
(A) alert.
(B) skilled.
(C) competent.
(D) prone.
(E) willing.
QueStÃo 30 
No trecho “And the costs of closure are staggering”, o termo 
sublinhado equivale, em português, a
(A) acessíveis.
(B) inconclusivos.
(C) variáveis.
(D) estarrecedores.
(E) vibrantes.
Leia o texto para responder às questões 31 e 32.
Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível 
identificar processos de globalização em sociedades pré-mo-
dernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo 
das distâncias (através de meios de transporte e comunicação 
mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente 
isoladas [...].
(Rafael Scopacasa. Revista de História, no 177, 2018.)
QueStÃo 31 
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser con-
siderada um exemplo de “globalização em sociedades 
pré-modernas”, pois envolveu
(A) eliminação da influência helenista e homogeneização 
dos hábitos alimentares na zona mediterrânica.
(B) imposição do monoteísmo romano e unidade monetária 
em todas as províncias controladas.
(C) descaracterização cultural dos povos dominados e inter-
rupção da circulação marítima na região.
(D) uniformização linguística no entorno do mar e intercâm-
bios culturais entre os povos da região.
(E) mobilidade intensa de bens e interdependência entre 
regiões e povos distantes.
QueStÃo 26 
De acordo com o texto, o fechamento das escolas devido à 
pandemia de covid-19 prejudicou, principalmente,
(A) os pais, já que precisaram se engajar em teletrabalho 
além de ajudar os filhos com aulas a distância.
(B) as próprias escolas, uma vez que ficaram sem utilização.
(C) as crianças mais novas e as mais pobres, pois deixaram 
de aprender e ficaram sem refeições.
(D) os jovens, pois acabaram de entrar na universidade e 
perderam o semestre.
(E) as crianças, pois 75% delas deixaram de frequentar a 
escola.
QueStÃo 27 
O trecho “West African children whose schools were closed 
during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price” 
indica que, na região,
(A) as crianças ainda sofrem as consequências do fecha-
mento das escolas.
(B) a recuperação escolar das crianças está em curso.
(C) algumas escolas fechadas ainda não reabriram após a 
epidemia de Ebola.
(D) a epidemia de Ebola poderá ressurgir mais forte em uma 
segunda onda.
(E) a epidemia de Ebola ainda não acabou.
QueStÃo 28 
No trecho “As lockdowns ease, schools should be among the 
first places to reopen”, o termo sublinhado indica
(A) tempo.
(B) comparação.
(C) acréscimo.
(D) decorrência.
(E) condição.
11 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 34 
O consumo dos alimentos nas propriedades de monocul-
tura de cana-de-açúcar estava […] baseado no que se podia 
produzir nas brechas de um grande sistema subordinado ao 
mercado externo, resultando em uma grande quantidade de 
farinha de mandioca, feijões de diversos tipos, batata-doce, 
milho e cará comidos com pouco rigor, além de uma cultura do 
doce, cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e 
simbolizada, popularmente, pela rapadura.
(Paula Pinto e Silva. “Sabores da colônia”. In: Luciano Figueiredo (org). 
História do Brasil para ocupados, 2013.)
O texto caracteriza formas de alimentação no Brasil colonial 
e revela
(A) o esforço metropolitano de diversificar a produção da 
colônia, com o intuito de ampliar as vendas de alimentos 
para outros países europeus.
(B) a diferença entre a sofisticação da alimentação da popu-
lação colonial e o restrito conjunto de alimentos disponí-
veis na metrópole.(C) a articulação entre um sistema de produção voltado ao 
atendimento das necessidades e interesses da metró-
pole e as estratégias de subsistência.
(D) o interesse dos grandes proprietários de terras na colônia 
de produzir para o mercado interno, rejeitando a submis-
são ao domínio metropolitano.
(E) a separação entre as lavouras voltadas ao fornecimento 
de alimentos para os países vizinhos e as plantações des-
tinadas ao consumo interno.
QueStÃo 35 
A exploração do ouro, na região das Minas Gerais durante 
o século XVIII, implicou um conjunto de transformações no 
perfil geral da América portuguesa, tais como
(A) a redução no emprego da mão de obra escrava e a facili-
tação da entrada de imigrantes na colônia.
(B) a implementação do regime de intendências e a forma-
ção de nova estrutura administrativa na colônia.
(C) a concentração das atividades econômicas no interior da 
colônia e o abandono do comércio agroexportador.
(D) o aumento dos intercâmbios comerciais com a América 
hispânica e a constituição de um mercado aurífero no 
continente.
(E) o contato direto da Inglaterra com as riquezas do território 
brasileiro e a dificuldade portuguesa de manter o mono-
pólio comercial.
QueStÃo 32 
O uso contemporâneo do conceito de globalização envolve, 
além dos aspectos mencionados no texto,
(A) imposição do setor industrial sobre o de serviços, autos-
suficiência energética dos países, ampla mobilidade de 
pessoas e mercadorias.
(B) convergência de preços e mercados entre regiões dis-
tantes, meios de comunicação ultravelozes, formação de 
uma consciência global.
(C) maior importância das barreiras geográficas, constituição 
de redes de contatos culturais, uniformização mundial de 
preços.
(D) unidade ideológica e política entre os governantes dos 
Estados, redução das distâncias físicas entre continentes, 
declínio da diversidade global.
(E) imposição do poder dos blocos econômicos regionais, 
internacionalização do movimento operário, redução das 
barreiras linguísticas.
QueStÃo 33 
Observe a imagem.
(https://pt.wikipedia.org)
A Pietà, escultura de Michelangelo Buonarotti, foi produzida 
nos últimos anos do século XV e revela uma característica 
importante da arte renascentista:
(A) o delineamento preciso das formas do corpo humano, 
realizado a partir dos estudos de anatomia pelo artista.
(B) o teocentrismo, explicitado na inexpressividade e no esta-
tismo da representação das figuras humanas.
(C) a desproporcionalidade entre os tamanhos dos corpos, 
para evidenciar a grandiosidade da figura de Cristo.
(D) a influência da arte religiosa medieval, manifesta na tridi-
mensionalidade e na carência de perspectiva da peça.
(E) o prevalecimento de temática bíblica, com recriação pre-
cisa e fiel de um trecho do Evangelho segundo Lucas.
12vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 37 
Artigo 1o – Todos os escravos, que entrarem no território 
ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres [...].
Artigo 2o – Os importadores de escravos no Brasil incor-
rerão na pena corporal do artigo cento e setenta e nove do 
Código Criminal, imposta aos que reduzem à escravidão pes-
soas livres [...].
(Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.)
A Lei de 7 de novembro de 1831, também conhecida como 
“Lei Feijó”,
(A) proporcionou a imediata superação da escravidão no 
Brasil, que se consolidou com a entrada maciça de imi-
grantes europeus a partir da década de 1870.
(B) teve efeito reduzido, pois o tráfico internacional de 
e scravos e a entrada de mão de obra africana no terri-
tório brasileiro persistiram nos governos sucessivos do 
país até a metade do século XIX.
(C) foi promulgada por pressão da Coroa inglesa, que 
d eterminou que navios britânicos apreendessem todas 
as embarcações suspeitas de tráfico de escravizados.
(D) proibiu a escravidão no Brasil, embora a escassez de 
mão de obra assalariada tenha levado à manutenção do 
emprego de mão de obra de escravizados até a década 
de 1880.
(E) resultou da guinada ocorrida no Período Regencial, 
quando o Brasil assumiu diretrizes liberais e ilustradas 
na condução da política econômica e no reconhecimento 
dos direitos humanos.
QueStÃo 36 
O importante trabalho de fazer um alfinete é dividido em 
mais ou menos dezoito operações distintas. Vi uma pequena 
fábrica que só empregava dez operários e onde, em conse-
quência, alguns deles eram encarregados de duas ou três 
operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e, por 
isso, mal aparelhada, quando em atividade, eles conseguiam 
fazer cerca de doze libras de alfinetes por dia: ora, cada libra 
contém mais de quatro mil alfinetes de tamanho médio. 
Assim, esses dez operários podiam fazer mais de quarenta 
e oito mil alfinetes por dia de trabalho; logo, se cada ope-
rário fez um décimo desse produto, podemos dizer que fez, 
num dia de trabalho, mais de quatro mil e oitocentos alfinetes. 
Mas, se todos tivessem trabalhado à parte e independente-
mente uns dos outros, e se eles não tivessem sido moldados 
a essa tarefa particular, cada um deles não teria feito, com 
certeza, vinte alfinetes.
(Adam Smith. A riqueza das nações (1776). Apud: André Gorz. 
Crítica da divisão do trabalho, 1980. Adaptado.)
Considerando que uma libra equivale a aproximadamente 
450 gramas, o texto indica que
(A) o modelo de fábrica ampliou imensamente a capacidade 
de produção de alfinetes, pois as máquinas substituíram 
o trabalho humano com evidente melhoria na qualidade 
da mercadoria final.
(B) a mecanização e o parcelamento de tarefas reduziram a 
capacidade de produção de alfinetes, pois criaram difi-
culdades para que o conjunto dos operários operasse as 
máquinas.
(C) a massa de um alfinete de tamanho médio equivale a 
10% de uma libra e, em decorrência, a produção diária 
da fábrica gerava cerca de 4,5 kg de mercadorias.
(D) o trabalho individual de cada operário envolvia o manejo 
diário de quatro mil e oitocentos alfinetes, que represen-
tavam, em massa, cerca de 540 gramas.
(E) a divisão de tarefas na fábrica homogeneizou a capaci-
dade produtiva individual dos trabalhadores e eliminou a 
necessidade de controle patronal sobre a produção.
13 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 40 
A “política dos governadores” é considerada a última 
etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo 
oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do 
poder central pela oligarquia cafeeira.
(Carlos Alberto Ungaretti Dias. 
“Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)
A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que 
essa política
(A) fortaleceu a política econômica de caráter liberal, elimi-
nando subsídios e favorecimentos do Estado aos diversos 
setores da produção agrícola.
(B) implementou um sistema de compra, pelo Estado, do 
conjunto da produção cafeeira, garantindo a estabilidade 
do preço mundial do café.
(C) ampliou os mecanismos de representação política dos 
estados no poder legislativo, consolidando a isonomia 
entre os poderes.
(D) inaugurou um período de ampliação da influência dos 
setores rurais na política nacional, neutralizando a força 
política do poder central.
(E) assegurou o compromisso de isenção da intervenção do 
Estado em assuntos locais, estabelecendo um equilíbrio 
entre estes e o poder central.
QueStÃo 41 
Entre as tensões anteriores à Primeira Guerra Mundial 
(1914-1918) que contribuíram para o desgaste das relações 
diplomáticas e para o início do conflito armado, é possível citar:
(A) o acirramento das disputas geoestratégicas entre Estados 
Unidos e União Soviética.
(B) o expansionismo territorial e político japonês no conti-
nente asiático e nas ilhas do Oceano Pacífico.
(C) os esforços dos países capitalistas para conter o avanço 
do socialismo no Leste europeu.
(D) as disputas, entre as potências europeias, por áreas 
coloniais no continente africano.
(E) a incapacidade da Sociedade das Nações de coorde-
nar as negociações entre os países membros.
QueStÃo38 
O reconhecimento do território africano empreendido 
pelas campanhas de exploração e pelas missões religiosas 
foi facilitador de uma verdadeira invasão de mercadores 
europeus nas caravanas e rotas de comércio que ligavam 
diferentes pontos do continente. Muitos desses mercadores 
começaram a controlar algumas redes de comércio, criando 
novos sistemas de autoridade que não passavam mais por 
líderes africanos. De início, isso não representou nenhum 
tipo de perigo para as elites africanas, que já estavam acos-
tumadas a negociar com árabes, indianos e com os próprios 
europeus. No entanto, no decorrer do século, os europeus se 
tornaram senhores das principais rotas comerciais do litoral 
africano, inclusive as que ligavam as cidades orientais com o 
continente asiático.
(Ynaê Lopes dos Santos. 
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
Ao avaliar a presença europeia no continente africano ao 
longo do século XIX, o texto caracteriza
(A) um movimento de intensificação do comércio internacio-
nal, realizado a partir da difusão de valores universais 
como o cristianismo e a democracia.
(B) o respeito europeu à multiplicidade de crenças e mani-
festações culturais e a insistência africana em manter 
formas arcaicas de organização política.
(C) um esforço consciente e planejado de integração entre 
os continentes, por meio da constituição de ligações ter-
restres e marítimas.
(D) um processo de interferência gradual e profunda nos 
padrões culturais africanos, de organização social e dinâ-
mica política das sociedades locais.
(E) a disposição europeia de colaborar para o progresso de 
países subdesenvolvidos, ampliando a capacidade pro-
dutiva das economias locais.
QueStÃo 39 
O processo de formação e consolidação dos Estados nacio-
nais na América hispânica, nas duas primeiras décadas do 
século XIX, envolveu
(A) a participação militar direta dos Estados Unidos.
(B) a intermediação diplomática do Império brasileiro.
(C) a disputa entre projetos unitários e federalistas.
(D) o prevalecimento das tradições culturais indígenas.
(E) o franco apoio da Igreja católica aos novos Estados.
14vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 43 
As long as it operated as a cheap factory, China’s growth 
was welcomed by the US, and its emergence as a new market 
for consumer goods was eagerly anticipated. However, in 
the mid-2010s the relationship between the rising nation 
and the incumbent superpower became more competitive. 
With the election in 2016 of Donald Trump on an “America 
First” platform, the gloves came off. Unhappy with the trade 
imbalance, the US president kicked off a trade war in 2018. 
The fallout for companies has been considerable.
(Lucy Colback. www.ft.com, 28.02.2020. Adaptado.)
O excerto descreve mudanças nas relações geopolíticas 
entre Estados Unidos e China nas últimas décadas. Essas 
mudanças resultaram em
(A) barreiras aos investimentos de empresas norte-ameri-
canas em território chinês, com o confisco de máquinas 
destinadas à produção.
(B) medidas unilaterais e protecionistas do governo norte-
-americano, com a adoção de tarifas adicionais aos pro-
dutos chineses.
(C) soluções sustentáveis para setores industriais tradicio-
nalmente poluidores, com o compartilhamento de fontes 
de insumos renováveis entre os dois países.
(D) incentivos para a criação de indústrias binacionais, com o 
intercâmbio facilitado de trabalhadores qualificados.
(E) sanções econômicas e diplomáticas do governo norte-
-americano, que restringiram o comércio da China com 
outros países.
QueStÃo 44 
A primeira corrida para a região ocorreu no Sudão, em 
2011. Começou no norte, perto do Vale do Nilo, depois se 
espalhou para o oeste, para Darfur, favorecida por uma nova 
geração de detectores de metais baratos e fáceis de usar. 
Depois, a “frente pioneira” avançou de leste para oeste, sem 
controle, pegando outros Estados de surpresa. Fora de qual-
quer estrutura legal, indivíduos com equipamentos de baixo 
custo — sudaneses em sua maioria — descobriram áreas de 
interesse no Chade, particularmente no norte, em 2013; em 
seguida, no sul da Líbia e Níger, em 2014; na Mauritânia, em 
2016; e, mais recentemente, em 2018, no norte do Mali. No 
deserto, a extração está apenas começando e faz crescer a 
incerteza em uma região já desestabilizada.
(Rémi Carayol. https://diplomatique.org.br, 08.01.2020. Adaptado.)
A região que tem atraído a atenção de populações africanas 
e o minério explorado correspondem, respectivamente,
(A) ao Magrebe e ao diamante.
(B) ao Saara e à prata.
(C) ao Magrebe e ao ouro.
(D) ao Sahel e ao ouro.
(E) ao Sahel e ao diamante.
QueStÃo 42 
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Cantar uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De uma palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
(www.chicobuarque.com.br)
A canção “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, foi apre-
sentada no III Festival Internacional da canção, em setembro 
de 1968, durante o regime militar brasileiro. Sua letra
(A) recorre à relação intertextual, para criticar a repressão e 
as perseguições políticas no país.
(B) explora a metáfora do voo do pássaro, para propor ação 
e mobilização popular contra as perseguições políticas.
(C) valoriza a esfera íntima e pessoal, para rebater o enga-
jamento político-social de intelectuais e artistas.
(D) adota o recurso da repetição e do paralelismo, para de-
fender a continuidade do regime militar.
(E) menciona aves e plantas, para defender a adoção de 
política ambiental sustentável pelo governo.
15 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 47 
No gráfico, cada ponto corresponde à taxa de desemprego e 
à taxa de inflação de serviços para um determinado mês de 
um determinado ano entre 2003 e 2017.
Brasil: inflação de serviços e taxa de desemprego, 
2003-2017
(https://blogdoibre.fgv.br. Adaptado.)
Considerando as características das variáveis e a dispersão 
dos dados analisados, o gráfico indica
(A) um panorama positivo, revelado pela linha de inflação 
de serviços decrescente, que propicia pedidos de ajuda 
financeira internacional e alimenta a criação de novas 
empresas.
(B) que o desemprego tende a ser maior conforme avançam 
os anos de maior inflação de serviços, como revela o 
sentido decrescente da linha pontilhada.
(C) uma redução da inflação de serviços, condição própria 
dos países em desenvolvimento e capaz de estimular no-
vas contratações.
(D) que uma taxa de desemprego maior, ao gerar menos 
renda e menor demanda por serviços, tende a reduzir a 
inflação de serviços.
(E) um cenário de recessão, demonstrado pela tendência ao 
total desemprego, característica de economias frágeis e 
voláteis que interrompem a prestação de serviços.
QueStÃo 45 
Embora tenha relação com estímulos à produção e aos 
investimentos em infraestrutura no país, a dívida externa bra-
sileira é um obstáculo
(A) ao pleito do Brasil de se tornar líder econômico do 
Mercosul, já que uma das condições para o recebimento 
de recursos é a submissão do país ao FMI.
(B) à participação brasileira em órgãos reguladores, já que 
os contratos que garantem o pagamento compulsório da 
dívida comprometem a autonomia decisória do país.
(C) ao superávit da balança comercial brasileira, já que o re-
cebimento de recursos é atrelado à compra de produtos 
fabricados pelos países credores.
(D) à entrada do país no Conselho de Segurança da ONU, já 
que a existência de dívidas sinaliza a falta de controle do 
país sobre sua própria economia.
(E) à redução das desigualdades sociais, já que parte dos re-
cursos públicos arrecadados é destinada ao pagamento 
de parcelase dos juros da dívida.
QueStÃo 46 
Examine o mapa.
(Cláudio Vicentino. Atlas histórico, 2011. Adaptado.)
O mapa trata de eventos ocorridos no século XIX e no início 
do século XX. As áreas destacadas dizem respeito
(A) à dispersão e ao assentamento de grupos contrários à 
administração imperial.
(B) a conflitos geopolíticos pelo uso de aquíferos com limites 
internacionais.
(C) a guerras e disputas internacionais pela definição das 
fronteiras brasileiras.
(D) a revoluções civis pela igualdade de diretos às pessoas 
sujeitas à xenofobia.
(E) a núcleos rurais ocupados por imigrantes indiferentes às 
leis brasileiras.
16vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 50 
A disponibilidade de água no Brasil é elevada, se comparada 
à de outras regiões do mundo. No entanto, quando se con-
sideram o potencial hídrico no território e a distribuição da 
população brasileira por regiões, notam-se
(A) a distribuição desigual do recurso e a possibilidade de 
escassez hídrica.
(B) a homogeneidade da matriz energética nacional e o pre-
domínio de assentamentos litorâneos.
(C) a transposição do recurso e a criação artificial de 
demandas.
(D) a valorização de áreas bem abastecidas e os fluxos 
migratórios de transumância.
(E) a perda do recurso por mau uso e o desequilíbrio na 
ocupação de bacias hidrográficas.
QueStÃo 51 
Há cinco anos, na China, a febre do compartilhamento de 
bicicletas atraiu bilhões de dólares de investidores e de clien-
tes, gastos pelas startups na compra de milhões de novas 
bicicletas, para conquistar participação de mercado. Quando 
o colapso inevitável chegou, a maioria das empresas faliu, 
deixando autoridades municipais com os custos de limpar a 
bagunça.
(https://6minutos.uol.com.br, 19.09.2020. Adaptado.)
Nesse cenário, o problema a ser administrado pelas autori-
dades municipais é
(A) a reestruturação do sistema de transporte, constituído 
por ciclovias que foram inutilizadas com a falência das 
empresas.
(B) o correto descarte das bicicletas, que podem contaminar 
o meio ambiente se o acúmulo for negligenciado.
(C) o monopólio das empresas sobreviventes, concentrado-
ras das bicicletas disponibilizadas à população.
(D) a presença local de fábricas de bicicletas, poluidoras em 
seus processos de extração de matérias-primas.
(E) a devolução das bicicletas pelos usuários, que foram 
surpreendidos com o fechamento das empresas no país.
QueStÃo 48 
A natureza predatória do desmatamento da Amazônia 
mostra-se no fato de que, com seus 750 mil km2 de área des-
matada, a região contribui com 14,5% do valor do produto 
agropecuário brasileiro. São Paulo tem área agrícola de 193 
mil km2 e entra com 11,3% da produção nacional.
(Ricardo Abramovay. Amazônia, 2019. Adaptado.)
Os dados apresentados no excerto contribuem para colocar 
em xeque
(A) o discurso segundo o qual o desmatamento da Amazônia 
é necessário para o crescimento econômico.
(B) a pretensa vocação agrária brasileira, que apresenta 
resultados econômicos artificiais.
(C) a concepção de unidade territorial que busca comparar 
áreas ambientalmente diversas.
(D) a proposta de geração de renda atrelada à preservação 
da floresta amazônica.
(E) o senso comum sobre a elevada fertilidade do solo 
paulista.
QueStÃo 49 
Média das anomalias registradas durante agosto de 2020
(www.instagram.com/tempo.clima.brasil, 03.09.2020. Adaptado.)
As anomalias observadas no mapa promovem
(A) estiagens severas na região Nordeste do Brasil.
(B) secas prolongadas no sudeste do continente asiático.
(C) menor precipitação na região Sul do Brasil.
(D) longos períodos chuvosos no litoral do Chile.
(E) chuvas intensas na porção sul dos Estados Unidos.
17 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 54 
O método matemático a seguir é utilizado no cálculo por 
trilateração.
P = (ux, uy):
(ux – x1)
2 + (uy – y1)
2 = r1
2, sendo M1 (x1, y1)
(ux – x2)
2 + (uy – y2)
2 = r2
2, sendo M2 (x2, y2)
(ux – x3)
2 + (uy – y3)
2 = r3
2, sendo M3 (x3, y3)
(Djonathan Krause. http://dsc.inf.furb.br. Adaptado.)
Esse cálculo permite
(A) obter a área do setor circular a partir de um ângulo cen-
tral, princípio do sensoriamento remoto.
(B) localizar um ponto a partir de referências conhecidas, 
princípio do sistema de posicionamento global.
(C) determinar a altitude de um ponto a partir de pontos de 
intersecção, princípio da hipsometria.
(D) representar uma superfície plana a partir de uma superfí-
cie esférica, princípio das projeções cartográficas. 
(E) criar linhas imaginárias de meridianos e de paralelos a 
partir da distância entre os raios, princípio das coordena-
das geográficas.
QueStÃo 52 
A Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, é um marco 
importante para a questão ambiental. Em diversos países, 
essa conferência estimulou
(A) o nascimento de órgãos de defesa do meio ambiente e a 
criação de leis de controle da poluição.
(B) a fundação de organizações não governamentais e a es-
tatização de empresas poluidoras.
(C) a catalogação de áreas ricas em espécies nativas e a 
transferência de sua propriedade à ONU.
(D) a implantação de áreas de preservação permanente e a 
cobrança de taxas para a sua visitação.
(E) o movimento de valorização do campo e a elaboração de 
políticas de permanência de campesinos na terra.
QueStÃo 53 
Nas atividades cotidianas de indústrias, de empresas ou de 
pessoas em suas residências, o empenho pelo aumento da 
eficiência energética pode contribuir para
(A) reestruturar sistemas de produção e reduzir as possibili-
dades de as sociedades usufruírem de seus bens.
(B) ampliar a dependência global por petróleo e redesenhar 
as alianças políticas alinhadas ao seu consumo.
(C) contornar o déficit global por energia e redistribuir os re-
cursos entre os países de maneira igualitária.
(D) valorizar a oferta de fontes renováveis e extinguir gastos 
com subsídios públicos ao setor energético.
(E) otimizar os recursos energéticos e reduzir os impactos 
ambientais relacionados à sua produção.
18vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 57 
Texto 1
Provavelmente o marco mais importante que lançou a se-
mente científica da sensciência, nível mais simples de cons-
ciência animal, foi a obra A expressão da emoção no homem 
e nos animais, de Charles Darwin, que demonstra que os 
animais apresentam as mesmas expressões que os homens. 
O maior paradoxo é que, embora a ciência utilize os animais 
como modelo biológico na medicina desde a década de 1950, 
há negligência no que concerne à avaliação e ao tratamento 
da dor em animais, em especial os de laboratório.
(Caroline Marques Maia. “Quanta dor os animais sentem?”. 
www.comciencia.br, 27.03.2020. Adaptado.)
Texto 2
A capacidade de sentir prazer, dor e medo não é exclusi-
va dos seres humanos. Ela é, na verdade, vital para a sobre-
vivência de seres de várias espécies. […] A biologia evolutiva 
e as ciências do comportamento e do cérebro têm demons-
trado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças 
impressionantes com o de alguns animais, especialmente de 
outros mamíferos.
(www.bbc.com, 04.03.2019.)
Os textos levantam questões que dizem respeito
(A) ao futuro da evolução dos seres vivos.
(B) aos investimentos em pesquisa sobre o comportamento 
animal.
(C) à adoção de condutas éticas no trato com animais.
(D) aos debates conceituais sobre fisiologia animal.
(E) à preservação dos diversos ecossistemas.
QueStÃo 55 
Aquele que ousa empreender a instituição de um povo 
deve sentir-se com capacidade para, por assim dizer, mudar 
a natureza humana, transformar cada indivíduo, que por si 
mesmo é um todo perfeito e solitário, em parte de um todo 
maior, do qual de certo modo esse indivíduo recebe sua vida 
e seu ser; alterar a constituição do homem para fortificá-la; 
substituir a existência física e independente, que todos nós 
recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. 
Em uma palavra, é preciso que destitua o homem de suas 
próprias forças para lhe dar outras[…] das quais não possa 
fazer uso sem socorro alheio.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1978.)
De acordo com a teoria contratualista de Rousseau, é neces-
sário superar a natureza humana para
(A) assegurar a integridade do soberano.
(B) conservar as desigualdades sociais.
(C) evitar a guerra de todos contra todos.
(D) promover a efetivação da vontade geral.
(E) garantir a preservação da vida.
QueStÃo 56 
The phenomenon E-democracy [electronic democracy] 
is well known and well used in Sweden. E-democracy is a 
solution that makes it easier for the population to vote or to 
participate in different questions, or just to make themselves 
heard. E-democracy is used a lot of municipalities as a simple 
way for the inhabitants to participate in the local debate. 
E-democracy is often argued as a tool that makes participation 
more available for everyone.
(“E-democracy and digital gaps”. www.svekom.se)
A ferramenta apresentada no excerto remete a uma carac-
terística da política ateniense no período clássico, que diz 
respeito
(A) ao poder irrestrito de um único indivíduo.
(B) ao peso da retórica nas tomadas de decisão na pólis.
(C) à decisão soberana de um líder religioso.
(D) ao domínio de um grupo financeiramente privilegiado.
(E) à igualdade de participação nas decisões políticas.
19 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 59 
Texto 1
Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, populari-
zou-se) o termo fake news para designar os relatos pretensa-
mente factuais que inventam ou alteram os fatos que narram 
e que são disseminados, em larga escala, nas mídias sociais, 
por pessoas interessadas nos efeitos que eles poderiam 
produzir.
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de 
comunicação política entre jornalismo, política e democracia”. 
Estudos em Jornalismo e Mídia, no 2, vol. 16, 2019.)
Texto 2
As vacinas foram os principais alvos de fake news entre 
todas as publicações monitoradas pelo Ministério da Saúde 
em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados 
pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Reconhecido in-
ternacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu 
doenças como sarampo e poliomielite voltarem a ameaçar 
o país em 2018 após os índices de cobertura vacinal caírem 
em 2017.
(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news 
e reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)
Os textos tratam de uma prática que é contrária ao princípio 
da fundamentação racional sustentado por Descartes, que 
propôs a
(A) busca por um conhecimento seguro proveniente do ato 
de duvidar.
(B) construção da compreensão a partir da lógica dialética.
(C) eliminação da subjetividade na produção do conhe-
cimento.
(D) fundamentação das certezas a partir da experiência 
sensível.
(E) percepção da realidade por meio da associação entre fé 
e razão.
QueStÃo 58 
Texto 1
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em 
potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte 
de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os 
conceitos não são necessariamente formas, achados ou 
produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina 
que consiste em criar conceitos.
(Gilles Deleuze e Félix Guattari. O que é a filosofia?, 2007.)
Texto 2
A língua é um “como” se pensa, enquanto que a cultura é 
“o quê” a sociedade faz e pensa. A língua, como meio, molda 
o pensamento na medida em que pode variar livremente. A 
língua é o molde dos pensamentos.
(Rodrigo Tadeu Gonçalves. 
Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três corações, 2008. Adaptado.)
Os textos levantam questões que permitem identificar uma 
característica importante da reflexão filosófica, qual seja, que
(A) a mutabilidade da linguagem amplia o conhecimento do 
mundo.
(B) a cultura é constituída a partir da especulação teórica.
(C) o conhecimento evolui a partir do desenvolvimento tecno-
lógico.
(D) a filosofia estabelece as balizas e diretrizes do fazer 
científico.
(E) os conceitos são permanentes e derivados de verdades 
preestabelecidas.
20vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 62 
Os seres vivos contribuem para a ciclagem do carbono na 
natureza por meio da oxidação ou redução desse element o 
químico presente em moléculas orgânicas ou inorgânicas. 
As equações das reações químicas a seguir remetem a pro-
cessos biológicos que convertem compostos de carbono.
Nessas reações químicas, o carbono é reduzido com menor 
transferência de elétrons na
(A) quimiossíntese.
(B) fotossíntese.
(C) respiração celular.
(D) fermentação alcoólica.
(E) fermentação acética.
QueStÃo 63 
Em laboratório, cobaias adoeceram após serem inoculadas 
com vírus influenza. A recuperação de uma cobaia será mais 
rápida caso ela receba uma injeção de
(A) antibióticos produzidos por fungos em meio de cultura 
contendo o vírus.
(B) suspensão de vírus inativados por tratamento térmico.
(C) plasma sanguíneo extraído de outra cobaia recuperada 
da doença.
(D) concentrado de plaquetas oriundo de cobaias que não 
foram inoculadas.
(E) medicamento inibidor da enzima viral transcriptase 
reversa.
QueStÃo 60 
A filosofia não é mais um porto seguro, mas não é, tam-
pouco, um continente de ideias esquecidas que merece ser 
visitado apenas por curiosidade. Muitas pessoas supõem que 
a ciência e a tecnologia, especialmente a física e a neurociên-
cia, engolirão a filosofia nas próximas décadas, sem saberem 
que, ao defender esse ponto de vista, estão implicitamente 
apoiando uma posição filosófica discutível. Certamente, mui-
tas questões da filosofia contemporânea passaram a ser dis-
cutidas pelas ciências. Mas há outras, no campo da ética, da 
política e da religião, cuja discussão ainda engatinha e para 
as quais a ciência não tem, até agora, fornecido nenhuma 
solução.
(João de Fernandes Teixeira. Por que estudar filosofia?, 2016.)
De acordo com o texto, a filosofia
(A) mostra-se incapaz de lidar com os dilemas das ciências.
(B) contribui para os questionamentos e debates científicos.
(C) impede o progresso científico e tecnológico.
(D) evita desenvolver pesquisas e estudos em parceria com 
cientistas.
(E) pretende oferecer respostas absolutas aos problemas da 
ciência.
QueStÃo 61 
Uma comunidade de equatorianos com nanismo apre-
senta a rara Síndrome de Laron, também observada em 
populações judias do Mediterrâneo. Pessoas com essa sín-
drome carregam uma mutação no gene que determina a pro-
dução de uma proteína que compõe o receptor do hormô-
nio de crescimento (GH). O hormônio circula no sangue da 
pessoa, mas o organismo não reage a ele, o que impede o 
desenvolvimento pleno de seus corpos.
(Hugo Aguilaniu. https://cienciafundamental.blogfolha.uol.com.br, 
02.04.2020. Adaptado.)
A mutação responsável pela Síndrome de Laron compromete
(A) o equilíbrio do pH do meio intracelular, provocando a des-
naturação das proteínas do receptor do hormônio.
(B) a formação de vesículas de secreção no complexo 
golgiense, que contêm as proteínas do receptor do 
hormônio.
(C) a polimerização adequada dos aminoácidos das proteí-
nas do receptor do hormônio, realizada pelos ribossomos.
(D) a transcrição do RNA mensageiro, responsável pela 
informação da produção das proteínas do receptor do 
hormônio.
(E) a conformação estrutural das proteínas do receptor do 
hormônio, presente na membrana plasmática da célula.
21 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 65 
O gráfico mostra o crescimento de uma população de micror-
ganismos em relação à resistência do meio, ao potencial bió-
tico e à carga biótica máxima do ambiente. Os dados obtidos 
experimentalmente foram suficientes para a determinação 
das equações das curvas no gráfico.
A população de microrganismos atingiu a carga biótica máxi-
ma do ambiente
(A) entre 3 e 4 horas.
(B) em 4 horas.
(C) em 10 horas.
(D) em 3 horas.
(E) após 10 horas.
QueStÃo 66 
A análise quantitativa dos fenótipos obtidos dos cruzamentosentre plantas de ervilha de cheiro foi crucial para que Gregor 
Johann Mendel pudesse estabelecer a existência de fatores 
que se segregavam de forma independente para compor os 
gametas.
Atualmente, para a análise molecular referente aos fenótipos 
cor e textura das sementes em ervilhas de cheiro, deve-se 
investigar o total de de cromossomos homólo-
gos, genes e alelos.
As lacunas no texto são preenchidas, respectivamente, por:
(A) um par – dois – quatro.
(B) um par – quatro – dois.
(C) quatro pares – quatro – oito.
(D) dois pares – quatro – dois.
(E) dois pares – dois – quatro.
QueStÃo 64 
A figura mostra um experimento realizado com duas espécies 
de gramíneas, A e B. As gramíneas foram inicialmente planta-
das em uma curta faixa nos extremos opostos de duas caixas 
retangulares contendo solo. As caixas foram acondicionas 
em ambientes separados e submetidas à mesma intensida-
de luminosa. Por semanas, ambas as caixas foram regadas 
igualmente, mas uma delas foi mantida a 10 ºC e a outra, a 
40 ºC.
O gráfico que melhor representa a variação da taxa de fotos-
síntese de ambas as espécies, em relação às temperaturas a 
que foram submetidas, é:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
22vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 69 
Funcionamento de uma folha artificial
As folhas artificiais estão entre as tecnologias mais promis-
soras para um mundo mais limpo, pois podem tanto capturar 
o dióxido de carbono da atmosfera quanto transformá-lo em 
combustíveis limpos, além de gerar energia sob outras formas.
Essas folhas biomiméticas convertem o dióxido de car-
bono em combustível e decompõem a água em oxigênio 
e hidrogênio, tudo isso usando energia solar. Os dois pro-
cessos ocorrem simultaneamente, mas um de cada lado 
de uma célula fotovoltaica: o oxigênio é produzido no lado 
“positivo” da célula e o combustível é produzido no lado 
“negativo”.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
Comparando o processo de fotossíntese natural com o exe-
cutado pelas folhas artificiais, constata-se que ambos
(A) são processos exotérmicos.
(B) dependem da ação da clorofila.
(C) funcionam como pilhas eletroquímicas.
(D) têm os mesmos reagentes e produtos.
(E) envolvem transferência de elétrons.
QueStÃo 70 
Analise as equações termoquímicas.
C (s) + O2 (g) + Ca (s) CaCO3 (s) ; ∆H = –1 207 kJ/mol
C (s) + O2 (g) CO2 (g) ; ∆H = – 394 kJ/mol
Ca (s) + O2 (g) CaO (s) ; ∆H = – 634 kJ/mol
A partir dessas equações, pode-se prever que o ∆H da re-
ação de decomposição do calcário que produz cal viva (cal 
virgem) e dióxido de carbono seja igual a
(A) +573 kJ/mol.
(B) +1 601 kJ/mol.
(C) –2 235 kJ/mol.
(D) –1 028 kJ/mol.
(E) +179 kJ/mol.
QueStÃo 67 
Para mimetizar um tecido e obter uma estrutura para 
e nxertos em humanos, um grupo de pesquisadores utilizou a 
espongina, composta por colágeno, e a biossílica das espícu-
las provenientes de um invertebrado. A associação da parte 
orgânica com a parte inorgânica resultou em um compósito 
com propriedades muito similares às do tecido humano.
(Karina Ninni. https://agencia.fapesp.br, 10.09.2020. Adaptado.)
O filo a que pertence o invertebrado mencionado e um órgão 
humano que poderá receber o enxerto são
(A) porífera e fêmur.
(B) cnidária e dente.
(C) porífera e disco intervertebral.
(D) cnidária e pele.
(E) cnidária e bíceps.
QueStÃo 68 
Leia os versos da canção “Tenho sede”, composta por Anas-
tácia e Dominguinhos.
Traga-me um copo d’água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d’água
E os meus olhos pedem o teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede o teu amor
Se não me deres, posso até morrer
A canção menciona a escassez de água, que pode afetar 
tanto os animais quanto as plantas. Um hormônio humano e 
um hormônio vegetal que atuam para a economia de água 
nesses organismos e uma figura de linguagem que aparece 
nesses versos são, respectivamente,
(A) vasopressina, ácido abscísico e pleonasmo.
(B) vasopressina, ácido abscísico e hipérbole.
(C) tiroxina, giberelina e hipérbole.
(D) tiroxina, giberelina e pleonasmo.
(E) vasopressina, giberelina e pleonasmo.
23 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 74 
Os ácidos biliares são constituídos por moléculas com por-
ções hidrofílicas e hidrofóbicas. Em razão dessas caracterís-
ticas, esses ácidos, que, nos seres humanos, são produzidos 
pelo
(A) fígado, atuam na emulsificação de triglicerídeos.
(B) fígado, atuam na emulsificação de açúcares.
(C) fígado, atuam na hidrólise de proteínas.
(D) pâncreas, atuam na emulsificação de triglicerídeos.
(E) pâncreas, atuam na hidrólise de açúcares.
QueStÃo 75 
Analise a fórmula estrutural.
A fórmula estrutural analisada corresponde à molécula do 
composto que possui átomos de carbono, 
 átomos de hidrogênio e é o monômero utilizado 
para a produção do polímero conhecido como .
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:
(A) 7 ; 8 ; PET.
(B) 8 ; 8 ; poliestireno.
(C) 7 ; 7 ; poliestireno.
(D) 8 ; 8 ; PET.
(E) 8 ; 7 ; poliestireno.
QueStÃo 71 
O álcool isopropílico (CH3CH(OH)CH3), entre outras aplica-
ções, é empregado na limpeza de circuitos eletrônicos. Em 
um experimento, um estudante utilizou um frasco conta-
-gotas com álcool isopropílico a 20 ºC e verificou que eram 
necessárias 65 gotas desse álcool para perfazer o volume 
de 2 mL. Sabendo que a densidade do álcool isopropílico 
nessa temperatura é aproximadamente 0,8 g/mL, a quanti-
dade desse álcool, em mol de moléculas, presente em cada 
gota é próxima de
(A) 1 × 10 – 2 mol.
(B) 4 × 10 – 3 mol.
(C) 3 × 10 – 5 mol.
(D) 3 × 10 – 6 mol.
(E) 4 × 10 – 4 mol.
QueStÃo 72 
A solução aquosa de anilina é básica devido à ocorrência do 
equilíbrio:
C6H5NH2 (aq) + H2O (l) C6H5NH3
+ (aq) + OH– (aq)
Sabe-se que Kb ≈ 4 × 10
–10 a 25 ºC e que o valor de pH de 
uma solução aquosa saturada de anilina a 25 ºC é próximo 
de 9. Com base nessas informações e sabendo que Kw nessa 
temperatura é igual a 1 × 10–14, a concentração aproximada 
da solução saturada de anilina a 25 ºC é
(A) 0,02 mol/L.
(B) 0,5 mol/L.
(C) 0,1 mol/L.
(D) 0,3 mol/ L.
(E) 0,8 mol/L.
QueStÃo 73 
As bacteriorrizas são exemplos de associações simbióticas 
entre bactérias e raízes de plantas leguminosas. Essas bac-
térias fixam o nitrogênio atmosférico (N2), transformando-o 
em amônia (NH3). Nessa transformação, o número de oxida-
ção do elemento nitrogênio é alterado de
(A) +2 para –3, sendo reduzido.
(B) +2 para +1, sendo reduzido.
(C) 0 para +3, sendo oxidado.
(D) 0 para +1, sendo oxidado.
(E) 0 para –3, sendo reduzido.
24vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 77 
Para simular o sistema respiratório humano, um aparato com 
duas bexigas representando os pulmões, uma membrana 
elástica representando o músculo diafragma e um tubo flexí-
vel em forma de “Y”, representando a traqueia e os brônquios, 
foi montado dentro de um recipiente plástico que represen-
tava a caixa torácica. Na figura 1, as bexigas estão vazias. 
Deslocando-se a membrana elástica para baixo, as bexigas 
se enchem, conforme a figura 2.
(https://pt.slideshare.net. Adaptado.)
Em uma analogia entre esse aparato e o sistema respiratório 
humano, o deslocamento da membrana elástica para baixo 
corresponde 
(A) à contração do diafragma, que aumenta o volume da cai-
xa torácica, fazendo com que a pressão interna dos pul-
mões fique maior do que a pressão ambiente.
(B) à contração do diafragma, que diminui o volume da cai-
xa torácica, fazendo com que a pressão interna dos pul-
mões fique menor do que a pressão ambiente.
(C) à contração do diafragma, que aumenta o volume da cai-
xa torácica, fazendo com que a pressão interna dos pul-
mões fique menor do que a pressão ambiente.
(D) ao relaxamento do diafragma, que aumenta o volume da 
caixa torácica, fazendo com que a pressão interna dos 
pulmões fique maior do que a pressão ambiente.(E) ao relaxamento do diafragma, que aumenta o volume da 
caixa torácica, fazendo com que a pressão interna dos 
pulmões fique menor do que a pressão ambiente.
QueStÃo 76 
A figura mostra a visão aérea de um parque onde existem 
ruas que podem ser utilizadas para corridas e caminhadas. 
Nesse parque há uma pista ABCA em que uma pessoa corre 
dando voltas sucessivas.
Considerando que as medidas dos segmentos AB, BC e AC 
são, respectivamente, 60 m, 80 m e 100 m, e que o tem-
po cronometrado para dar uma volta no trecho BCDB foi de 
40 s, a velocidade escalar média desenvolvida por essa pes-
soa nessa volta foi de
(A) 4,1 m/s.
(B) 6,0 m/s.
(C) 5,2 m/s.
(D) 4,8 m/s.
(E) 3,6 m/s.
25 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 79 
Para analisar a queda dos corpos, um estudante abandona, 
simultaneamente, duas esferas maciças, uma de madeira 
e outra de aço, de uma mesma altura em relação ao solo 
h orizontal. Se a massa da esfera de aço fosse maior do que 
a massa da esfera de madeira e não houvesse resistência do 
ar, nesse experimento
(A) a esfera de madeira chegaria ao solo com menor veloci-
dade do que a de aço.
(B) as duas esferas chegariam ao solo com a mesma energia 
mecânica.
(C) a esfera de madeira cairia com aceleração escalar menor 
do que a de aço.
(D) a esfera de aço chegaria ao solo com mais energia ciné-
tica do que a de madeira.
(E) a esfera de aço chegaria primeiro ao solo.
QueStÃo 80 
Em uma barbearia existem dois espelhos planos verticais, 
paralelos e distantes 3 m um do outro, com a face refletora 
de um voltada para a face refletora do outro. Um cliente está 
sentado de frente para um deles, a 1 m de distância dele. Na 
figura, fora de escala, pode-se notar a infinitude de imagens 
geradas devido a reflexões sucessivas nesses espelhos.
(https://repositorio.unesp.com.br. Adaptado.)
Nessa situação, considerando as distâncias informadas e as 
características das imagens formadas por espelhos planos, 
a distância entre a cabeça do cliente, indicada pela seta azul 
na figura, e a imagem da sua cabeça, indicada pela seta ver-
melha, é de
(A) 3 m.
(B) 4 m.
(C) 7 m.
(D) 5 m.
(E) 6 m.
QueStÃo 78 
Três esferas, x, y e z, feitas com materiais diferentes e de 
massas iguais estavam, inicialmente, à mesma temperatur a 
ambiente (qamb) e foram mergulhadas, simultaneamente, em 
água pura em ebulição, até entrarem em equilíbrio térmico 
com a água. Em seguida, foram retiradas da água e deixa-
das sobre uma superfície isolante, até voltarem à mesma 
temperatura ambiente. Os calores específicos dos mate-
riais das esferas são cx, cy e cz, de modo que cx < cy < cz. 
Com os resultados desse experimento, foram construídos o 
gráfico 1, relativo ao aquecimento das esferas até a tempe-
ratura de ebulição da água, e o gráfico 2, relativo ao resfria-
mento das esferas, até retornarem à temperatura ambiente.
Considerando que as trocas de calor tenham ocorrido a uma 
taxa constante, a representação dos gráficos 1 e 2 é:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
26vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 82 
Procurando economizar energia, Sr. Artur substituiu seu tele-
visor de LCD de 100 W por um de LED de 60 W, pelo qual 
p agou R$ 1.200,00. Considere que o Sr. Artur utilizará seu 
novo televisor, em média, durante cinco horas por dia e que 
1 kWh de energia elétrica custe R$ 0,50. O valor pago pelo 
novo televisor corresponderá à energia elétrica economizada 
devido à troca dos televisores em, aproximadamente,
(A) 450 meses.
(B) 400 meses.
(C) 600 meses.
(D) 550 meses.
(E) 500 meses.
QueStÃo 81 
Desenvolvida em 1935 por Charles F. Richter, com a colabo-
ração de Beno Gutenberg, a escala Richter permite determi-
nar a magnitude (M) de um terremoto, fenômeno que libera 
uma grande quantidade de energia (E) que se propaga pela 
Terra em todas as direções. A magnitude e a energia de um 
terremoto podem ser relacionadas pela expressão a seguir, 
em que E é expressa em erg, uma unidade de medida de 
energia do sistema CGS.
logE = 11,8 + 1,5M
A tabela apresenta os efeitos gerados por um terremoto, de 
acordo com sua magnitude na escala Richter:
Magnitude Efeitos
Entre 3,5 e 5,4 Às vezes é sentido, mas raramente causa danos.
Entre 5,5 e 6,0
Pode danificar seriamente casas mal 
construídas em regiões próximas ao 
epicentro.
Entre 6,1 e 6,9 Pode ser destrutivo em áreas a até 100 km do epicentro.
Entre 7,0 e 7,9 Grande terremoto. Pode causar sérios danos em uma grande faixa.
8,0 ou mais
Enorme terremoto. Pode causar graves 
danos em muitas áreas, mesmo que 
estejam a centenas de quilômetros do 
epicentro.
(http://ecalculo.if.usp.br. Adaptado.)
No dia 6 de janeiro de 2020, o sul de Porto Rico foi atingi-
do por um terremoto que liberou uma quantidade de energia 
E = 1013,8 J. Considerando a tabela e que 1 erg = 10–7J, esse 
terremoto
(A) foi destrutivo em áreas até 100 km do epicentro.
(B) danificou casas mal construídas em regiões próximas ao 
epicentro.
(C) não foi sentido e não causou danos.
(D) causou sérios danos em uma grande faixa, sendo consi-
derado um grande terremoto.
(E) causou graves danos em áreas a centenas de quilôme-
tros do epicentro, sendo considerado um enorme terre-
moto.
27 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 84 
A Força Aérea Brasileira (FAB) pretende realizar em breve 
o ensaio em voo do primeiro motor aeronáutico hipersônico 
feito no país. O teste integra um projeto mais amplo cujo ob-
jetivo é dominar o ciclo de desenvolvimento de veículos hi-
persônicos.
Além do motor hipersônico, o projeto, chamado de Propulsão 
Hipersônica 14-X, prevê a construção de um veículo aéreo 
não tripulado (VANT), onde esse motor será instalado. O qua-
dro mostra um comparativo entre a velocidade atingida pelo 
VANT 14-X e por outros veículos aéreos.
(http://revistapesquisa.fapesp.br, janeiro de 2019. Adaptado.)
Esses veículos podem ter suas velocidades descritas pelo 
número de Mach (ou “velocidade Mach”), que é uma medida 
adimensional de velocidade. O número Mach indica a razão 
entre a velocidade de um corpo num meio fluido e a veloci-
dade do som nesse meio. Assim, se um corpo chegou ao 
número de Mach 5 no ar, ele atingiu cinco vezes a velocidade 
do som no ar, ou seja, 1 700 metros por segundo.
No caso do VANT 14-X, ele poderá atingir uma velocidade, 
que corresponderá, aproximadamente, ao número de
(A) Mach 98.
(B) Mach 35.
(C) Mach 127.
(D) Mach 7.
(E) Mach 10.
QueStÃo 83 
Os sistemas de grupos sanguíneos foram descobertos no iní-
cio do século XX. Além dos mais conhecidos, o sistema ABO 
e o sistema Rh, também existe o sistema MN, definido a partir 
da identificação dos antígenos M e N na superfície das hemá-
cias humanas e condicionados por dois alelos de um gene.
As tabelas mostram os fenótipos e genótipos relacionados a 
cada sistema.
Fenótipos Genótipos
A I AI A ou I Ai
B I BI B ou I Bi
AB I AI B
O ii
Fenótipos Genótipos
Rh+ RR ou Rr
Rh– rr
Fenótipos Genótipos
M L ML M
N L ML N
MN L NL N
Considere um casal que possua os alelos marcados a seguir.
IA IB i LM LN R r
Mulher     
Homem     
Considerando os sistemas ABO, Rh e MN, o primeiro descen-
dente desse casal terá um fenótipo específico que será uma 
dentre quantas possibilidades?
(A) 7.
(B) 16.
(C) 12.
(D) 24.
(E) 8.
28vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 86 
A análise gráfica é um dos principais modos de ler o merca-
do para negociar ativos financeiros. Um dos modelos para 
análise da tendência do valor do ativo prevê que as cotações 
fiquem compreendidas no interior de um triângulo. Nesse 
c enário, supõe-se que as cotações do ativo ficarão delimita-
das por duas linhas (lados do triângulo) que convergirão para 
o ápice do valor (vértice do triângulo).
A seguir, tem-se um exemplo desse caso, com valores simpli-
ficados presentes em uma simulação da venda de ativos em 
dólares (USD).
(https://br.tradingview.com. Adaptado.)
Na simulação apresentada, iniciada em 19 de março, o ápice 
estáprevisto para quantos dias após seu início e para qual 
valor em USD?
(A) 90 dias, com o valor de 8 700 USD.
(B) 54 dias, com o valor de 8 700 USD.
(C) 54 dias, com o valor de 8 400 USD.
(D) 72 dias, com o valor de 8 400 USD.
(E) 72 dias, com o valor de 8 700 USD.
QueStÃo 85 
Na aviação, o perímetro da região que define a fase final 
da manobra de aproximação para um helicóptero pairar ou 
pousar pode ser definido por meio de sinalizadores unifor-
memente espaçados. As características dimensionais desses 
sinalizadores de perímetro estão indicadas na figura a seguir.
(Agência Nacional de Aviação Civil. RBAC, no 155. Adaptado.)
Uma empresa contratada para produzir esse sinalizador está 
definindo os parâmetros para a produção em escala do arte-
fato. Para tanto, é necessário conhecer o valor do ângulo b 
de abertura do sinalizador, indicado na figura, respeitadas as 
medidas nela apresentadas.
Considere a tabela trigonométrica a seguir.
Ângulo j 14,5º 26,6º 30,0º 60,0º 63,4º 72,9º
sen j 0,25 0,45 0,50 0,87 0,89 0,96
cos j 0,97 0,89 0,87 0,50 0,45 0,29
tg j 0,26 0,50 0,58 1,73 2,00 3,25
De acordo com a tabela, o ângulo b necessário para a produ-
ção do sinalizador é igual a:
(A) 126,8º
(B) 120,0º
(C) 116,5º
(D) 150,0º
(E) 107,1º
29 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 88 
Durante o surto de covid-19, diversas reportagens procuraram 
explicar o ritmo de infecções causadas pelo coronavírus nos 
estados brasileiros. Uma delas mostrou que, nos primeiros 
30 dias da pandemia, nos estados que apresentaram maior 
rapidez de contaminação, o contágio ficou caracterizado por 
duplicar o número de infectados em um período de tempo 
variando de 3 a 5 dias. A partir dessa informação, o ilustrador 
de um jornal sugeriu o esquema seguinte para mostrar a dife-
rença entre os ritmos de contágio.
Dado que a área dos círculos representa o número de infec-
tados e que o círculo inicial possui raio unitário, quais devem 
ser os valores de r e de R para que a imagem represente 
corretamente o crescimento indicado nas setas?
(A) r = 8 e R = 16.
(B) r = 6 e R = 10.
(C) r = 8 e R = 32.
(D) r = 6 e R = 12.
(E) r = 64 e R = 1 024.
QueStÃo 87 
O dono de uma empresa dispunha de recurso para equipá-la 
com novos maquinários e empregados, de modo a aumentar 
a produção horária de até 30 itens. Antes de realizar o inves-
timento, optou por contratar uma equipe de consultoria para 
analisar os efeitos da variação v da produção horária dos 
itens no custo C do produto. Perante as condições estabele-
cidas, o estudo realizado por essa equipe obteve a seguinte 
função:
A equipe de consultoria sugeriu, então, uma redução na pro-
dução horária de 10 itens, o que permitiria enxugar o quadro 
de funcionários, reduzindo o custo, sem a necessidade de 
investir novos recursos.
O dono da empresa optou por não seguir a decisão e ques-
tionou qual seria o aumento necessário na produção horária 
para que o custo do produto ficasse igual ao obtido com a 
redução da produção horária proposta pela consultoria, me-
diante os recursos disponibilizados.
De acordo com a função obtida, a equipe de consultoria deve 
informar que, nesse caso,
(A) é impossível igualar o custo da redução proposta, pois 
os recursos disponíveis são insuficientes, uma vez que 
essa igualdade exigiria um aumento na produção horária 
de 50 itens.
(B) é possível igualar o custo da redução proposta, uma 
vez que essa igualdade exigiria um aumento na produ-
ção horária de 15 itens, o que está dentro dos recursos 
disponíveis.
(C) é possível igualar o custo da redução proposta, uma vez 
que essa igualdade exigiria um aumento na produção 
horária de 20 itens, o que está dentro dos recursos dis-
poníveis.
(D) é impossível igualar o custo da redução proposta, pois 
os recursos disponíveis são insuficientes, uma vez que 
essa igualdade exigiria um aumento na produção horária 
de 40 itens.
(E) é possível igualar o custo da redução proposta, desde 
que sejam empregados todos os recursos disponíveis, 
uma vez que essa igualdade exigiria um aumento na pro-
dução horária de 30 itens.
30vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
QueStÃo 89 
Existem diferentes tipos de plásticos e diversas finalidades 
de uso para cada um deles, sendo alguns tipos mais des-
cartados do que outros. O esquema mostra a distribuição do 
plástico descartado por tipo e a facilidade em reciclá-lo.
(www.nexojornal.com.br)
Considerando apenas os cinco tipos mais descartados, 
temos que os plásticos de fácil ou média dificuldade de 
reciclagem correspondem a um valor
(A) superior a 86%.
(B) entre 79% e 86%.
(C) entre 72% e 79%.
(D) entre 65% e 72%.
(E) inferior a 65%.
QueStÃo 90 
Um estudo para determinar a probabilidade da efetividade 
de um novo exame para obtenção do diagnóstico de uma 
d oença baseou-se nos resultados obtidos em um grupo 
consti tuí do de 1 620 pessoas. A tabela mostra os resultados 
desse estudo.
Possui a doença?
SIM NÃO
Resultado do 
Exame
Positivo 204 612
Negativo 36 768
A análise dos resultados mostra que, apesar de a probabi-
lidade de o teste detectar a doença em quem a possui ser 
de , a probabilidade de uma pessoa desse 
grupo que obtém um resultado positivo não ter a doença, 
ou seja, um falso positivo, é de , indicando 
que esse novo exame precisa ser aprimorado.
Os percentuais que completam, respectivamente, a frase 
são:
(A) 85% ; 38%.
(B) 50% ; 38%.
(C) 50% ; 75%.
(D) 85% ; 44%.
(E) 85% ; 75%.
31 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-1
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Nome do candidato
Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG
002. PRova de CoNheCImeNtoS GeRaIS
CuRSoS daS ÁReaS de exataS 
e humaNIdadeS
(Questões 01 – 90)
 Confira seus dados impressos neste caderno.
 Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado.
 Esta prova contém 90 questões objetivas.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando 
caneta de tinta preta.
 Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
 Esta prova terá duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h, 
contadas a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas e o Caderno de Questões.
veStIBuLaR 2021
2vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
3 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 01 
Examine a tira de Alex Culang e Raynato Castro.
(www.buttersafe.com)
Para que a história tivesse um desfecho favorável à garota, 
seria necessário
(A) inserir uma vírgula após “Help” (1o quadrinho) e suprimir 
a vírgula após “Commas” (4o quadrinho).
(B) inserir uma vírgula após “Help” (1o quadrinho), apenas.
(C) suprimir a vírgula após “Commas” (4o quadrinho), apenas.
(D) inserir uma vírgula após “Why” (3o quadrinho) e suprimir 
a vírgula após “Commas” (4o quadrinho).
(E) inserir uma vírgula após “Why” (3o quadrinho), apenas.
Para responder às questões de 02 a 05, leia a crônica 
“A obra-prima”, de Lima Barreto, publicada na revista Careta 
em 25.09.1915.
Marco Aurélio de Jesus, dono de um grande talento e 
s enhor de um sólido saber, resolveu certa vez escrever uma 
obra sobre filologia.
Seria, certo, a obra-prima ansiosamente esperada e que 
daria ao espírito inculto dos brasileiros as noções exatas da 
língua portuguesa. Trabalhou durante três anos, com esforço 
e sabiamente. Tinha preparado o seu livro que viria trazer à 
confusão, à dificuldade de hoje, o saber de amanhã. Era uma 
obra-prima pelas generalizações e pelos exemplos.
A quem dedicá-la? Como dedicá-la? E o prefácio?
E Marco Aurélio resolve meditar. Ao fim de igual tempo 
havia resolvido o difícil problema.
A obra seria, segundo o velho hábito, precedida de “duas 
palavras ao leitor” e levaria, como demonstração de sua sub-
missão intelectual,uma dedicatória.
Mas “duas palavras”, quando seriam centenas as que 
escreveria? Não. E Marco Aurélio contou as “duas palavras” 
uma a uma. Eram duzentas e uma e, em um lance único, 
g enial, destacou em relevo, ao alto da página “duzentas e 
uma palavras ao leitor”.
E a dedicatória? A dedicatória, como todas as dedicató-
rias, seria a “pálida homenagem” de seu talento ao espírito 
amigo que lhe ensinara a pensar…
Mas “pálida homenagem”… Professor, autor de um livro 
de filologia, cair na vulgaridade da expressão comum: “pálida 
homenagem”? Não. E pensou. E de sua grave meditação, 
de seu profundo pensamento, saiu a frase límpida, a grand e 
frase que definia a sua ideia da expressão e, num gesto, sul-
cou o alto da página de oferta com a frase sublime: “lívida 
homenagem do autor”…
Está aí como um grande gramático faz uma obra-prima. 
Leiam-na e verão como a coisa é bela.
(Sátiras e outras subversões, 2016.)
QueStÃo 02
O cronista traça um retrato do gramático Marco Aurélio, evi-
denciando, sobretudo, a sua
(A) ambiguidade.
(B) informalidade.
(C) concisão.
(D) afetação.
(E) meticulosidade.
4vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 05
O cronista narra uma série de fatos ocorridos no passado. 
Um fato anterior a esse tempo passado está indicado pela 
forma verbal sublinhada em
(A) “Eram duzentas e uma e, em um lance único, genial, des-
tacou em relevo, ao alto da página ‘duzentas e uma pala-
vras ao leitor’.” (6o parágrafo)
(B) “A obra seria, segundo o velho hábito, precedida de ‘duas 
palavras ao leitor’ e levaria, como demonstração de sua 
submissão intelectual, uma dedicatória.” (5o parágrafo)
(C) “A dedicatória, como todas as dedicatórias, seria a ‘pálid a 
homenagem’ de seu talento ao espírito amigo que lhe 
ensinara a pensar...” (7o parágrafo)
(D) “E Marco Aurélio resolve meditar.” (4o parágrafo)
(E) “Leiam-na e verão como a coisa é bela.” (9o parágrafo)
QueStÃo 06
Examine a anedota publicada pela comunidade “The 
Language Nerds” em sua conta no Facebook em 22.01.2020.
A anedota sugere que
(A) o segundo homem tomou, por engano, a bebida do 
primeiro.
(B) o funcionário do bar serviu a mesma bebida para os dois 
homens.
(C) o primeiro homem envenenou o segundo.
(D) o segundo homem pretendia envenenar o primeiro.
(E) o segundo homem ingeriu um líquido tóxico em l ugar de 
água.
QueStÃo 03
As modificações feitas pelo gramático nas expressões 
e mpregadas no prefácio e na dedicatória de sua obra mani-
festam seu desconforto
(A) com o sentido figurado da expressão inicialmente pen-
sada para o prefácio e com o caráter trivial da expressão 
inicialmente pensada para a dedicatória.
(B) com o sentido figurado da expressão inicialmente pensa-
da para o prefácio e com o sentido literal da expressão 
inicialmente pensada para a dedicatória.
(C) com o sentido literal da expressão inicialmente pensada 
para o prefácio e com o sentido figurado da expressão 
inicialmente pensada para a dedicatória.
(D) com o caráter trivial das expressões inicialmente pensa-
das para o prefácio e para a dedicatória.
(E) com o sentido literal da expressão inicialmente pensada 
para o prefácio e com o caráter trivial da expressão ini-
cialmente pensada para a dedicatória.
QueStÃo 04
Em “Professor, autor de um livro de filologia, cair na vulgari-
dade da expressão comum: ‘pálida homenagem’?” (8o pará-
grafo), o termo sublinhado está empregado na acepção de
(A) “lançar-se rapidamente; atirar-se, jogar-se”, como em 
“ela caiu no colo da mãe”.
(B) “incorrer em erro, falta; incidir”, como em “durante o 
d epoimento, caiu em contradição”.
(C) “deixar-se enganar, ser vítima de logro”, como em “ele 
caiu no conto do vigário”.
(D) “criticar severamente; acusar”, como em “a imprensa caiu 
em cima dos corruptos”.
(E) “entrar em determinado estado ou situação”, como em 
“durante o filme, caiu no sono”.
5 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 09
Em “Inútil dormir que a dor não passa” (1a estrofe), o termo 
sublinhado introduz uma oração que expressa, em relação à 
a nterior, ideia de
(A) condição.
(B) consequência.
(C) concessão.
(D) proporção.
(E) explicação.
QueStÃo 10
Observa-se rima entre palavras de classes gramaticais dife-
rentes em
(A) “graça”/“passa” (1a estrofe) e “regaço”/“faço” (2a estrofe).
(B) “regaço”/“faço” (2a estrofe) e “onde”/“longe” (3a estrofe).
(C) “onde”/“longe” (3a estrofe) e “cidade”/“tempestade” 
(3a estrofe).
(D) “sentado”/“provado” (1a estrofe) e “cansa”/“alcança” 
(1a estrofe).
(E) “cansa”/“alcança” (1a estrofe) e “graça”/“passa” (1a estrofe).
QueStÃo 11
Examine o cartum de Sofia Warren, publicado em sua conta 
no Instagram em 09.03.2020.
Contribuem para o efeito de humor do cartum os seguintes 
recursos expressivos:
(A) hipérbole e paradoxo.
(B) paradoxo e personificação.
(C) antítese e pleonasmo.
(D) personificação e pleonasmo.
(E) ironia e hipérbole.
Para responder às questões de 07 a 10, leia a letra da canção 
“Bom conselho”, de Chico Buarque, composta em 1972.
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado:
Quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(www.chicobuarque.com.br)
QueStÃo 07
Na canção, o eu lírico modifica uma série de provérbios bas-
tante conhecidos. A maioria das formulações originais desses 
provérbios contém um apelo
(A) ao livre-arbítrio.
(B) ao otimismo.
(C) à solidariedade.
(D) ao conformismo.
(E) à transgressão.
QueStÃo 08
Considerando-se o contexto histórico-social em que a can-
ção foi composta, o verso “Vou pra rua e bebo a tempestade” 
(3a estrofe) sugere a ideia de manifestações populares que 
ocorreram no Brasil por ocasião
(A) do Regime Civil-Militar.
(B) do fim do Estado Novo.
(C) da deposição de João Goulart.
(D) do Movimento Diretas Já.
(E) do Movimento Grevista dos Metalúrgicos do ABC.
6vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 13
No trecho “O senhor é homem de pensar o dos outros como 
sendo o seu, não é criatura de pôr denúncia”, o narrador 
c aracteriza seu interlocutor como
(A) desrespeitoso.
(B) distraído.
(C) presunçoso.
(D) indulgente.
(E) perseverante.
QueStÃo 14
O evento histórico mencionado no texto está relacionado
(A) à Revolta da Chibata.
(B) à Revolta da Armada.
(C) ao Cangaço.
(D) ao Abolicionismo.
(E) ao Tenentismo.
QueStÃo 15 
Para a formação do neologismo “vivimento”, o narrador recorreu 
ao mesmo processo de formação de palavras observado em
(A) “desemendo”.
(B) “velhice”.
(C) “denúncia”.
(D) “reverte”.
(E) “adiante”.
QueStÃo 16
Dupla negação: emprego conjugado de palavras negativas.
(Celso Pedro Luft. Abc da língua culta, 2010. Adaptado.)
Observa-se a ocorrência de dupla negação no trecho:
(A) “A lembrança da vida da gente se guarda em trechos 
d iversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com 
os outros acho que nem não misturam.”
(B) “Mas não é por disfarçar, não pense.”
(C) “O senhor é homem de pensar o dos outros como sendo 
o seu, não é criatura de pôr denúncia.”
(D) “Agora, sou anta empoçada, ninguém me caça.”
(E) “De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou 
pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se 
fosse diferente pessoa.”
Para responder às questões de 12 a 16, leia o trecho do ro-
mance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.
Sei que estou contando errado, pelos altos. Desemen-
do. Mas não é por disfarçar, não pense. De grave, na lei 
do c omum, disse ao senhor quase tudo. Não crio receio. O 
s enhor é homem de pensar o dos outros como sendo o seu, 
não é criatura de pôr denúncia. E meus feitos já revogaram, 
prescrição dita. Tenho meu respeito firmado. Agora, sou anta 
empoçada, ninguém me caça. Da vida poucome resta — só 
o deo-gratias; e o troco. Bobeia. Na feira de São João Branc o, 
um homem andava falando: — “A pátria não pode nada com 
a velhice...” Discordo. A pátria é dos velhos, mais. Era um 
h omem maluco, os dedos cheios de anéis velhos sem valor, 
as pedras retiradas — ele dizia: aqueles todos anéis davam 
até choque elétrico... Não. Eu estou contando assim, porque 
é o meu jeito de contar. Guerras e batalhas? Isso é como jogo 
de baralho, verte, reverte. Os revoltosos depois passaram 
por aqui, soldados de Prestes, vinham de Goiás, reclamavam 
posse de todos os animais de sela. Sei que d eram fogo, na 
barra do Urucuia, em São Romão, aonde aportou um vapor 
do Governo, cheio de tropas da Bahia. Muitos anos adian-
te, um roceiro vai lavrar um pau, encontra balas cravadas. O 
que vale, são outras coisas. A lembrança da vida da gente se 
guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e senti-
mento, uns com os outros acho que nem não misturam. Con-
tar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa 
importância. De cada vivimento que eu real tive, de alegria 
forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como 
se fosse diferente pessoa. Sucedido desgovernado. Assim 
eu acho, assim é que eu conto. [...] Tem horas antigas que 
ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente 
data. O senhor mesmo sabe.
(Grande sertão: veredas, 2015.)
QueStÃo 12
No texto, o narrador
(A) sugere que a narração de eventos significativos não per-
mite uma visão abrangente da vida.
(B) admite que sua narrativa sinuosa visa confundir e enga-
nar o seu interlocutor.
(C) sugere que a narração de eventos significativos não cabe 
em uma narrativa linear.
(D) alega que sua narrativa linear busca conferir coerência e 
sentido a uma vida de desacertos.
(E) alega que uma narrativa sinuosa conduz a uma com-
preensão limitada da existência.
7 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 17
O título da peça refere-se a importante conceito da teoria de
(A) Jean-Jacques Rousseau.
(B) Friedrich Nietzsche.
(C) Karl Marx.
(D) Max Weber.
(E) Jean-Paul Sartre.
QueStÃo 18
O texto mostra-se crítico em relação ao conteúdo da seguinte 
citação:
(A) “O trabalho não é vergonha, é só uma maldição.”
(B) “O homem é o lobo do homem.”
(C) “O homem nasce livre, a sociedade o corrompe.”
(D) “O trabalho dignifica e enobrece o homem.”
(E) “Onde não há lei, não há liberdade.”
QueStÃo 19 
Considerado no contexto, constitui exemplo de eufemismo o 
verbo sublinhado no trecho
(A) “fizemos os canhões que vão nos apontar”.
(B) “não conhecemos a espuma do mar”.
(C) “Ninguém sabe nosso nome”.
(D) “A paga vem depois que a gente morre”.
(E) “fizemos a Bastilha onde fomos morar”.
QueStÃo 20
A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasi-
leiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete a evento histórico 
relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:
(A) Barroco.
(B) Arcadismo.
(C) Romantismo.
(D) Realismo.
(E) Modernismo.
Para responder às questões de 17 a 19, leia o trecho da peça 
A mais-valia vai acabar, seu Edgar, de Oduvaldo Vianna 
F ilho, o Vianinha. A peça foi encenada em 1960 na arena da 
Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil e promo-
veu um amplo debate. A mobilização resultante desse debate 
desencadeou a criação do Centro Popular de Cultura (CPC).
Coro dos desgraçados: Trabalhamos noite e dia, dia e 
noit e sem parar! Então de nada precisamos, se só precisa-
mos trabalhar! Há mil anos sem parar! Fizemos as correntes 
que nos botaram nos pés, fizemos a Bastilha onde f omos 
m orar, fizemos os canhões que vão nos apontar. Há mil 
anos sem parar! Não mandamos, não fugimos, não cheira-
mos, não matamos, não fingimos, não coçamos, não corre-
mos, não deitamos, não sentamos: trabalhamos. Há mil anos 
sem parar! Ninguém sabe nosso nome, não conhecemos a 
e spuma do mar, somos tristes e cansados. Há mil anos sem 
parar! Eu nunca ri — eu nunca ri — sempre trabalhei. Eu faço 
charutos e fumo bitucas, eu faço tecidos e ando pelado, eu 
faço vestido pra mulher, e nunca vi mulher desvestida. Há mil 
anos sem parar! Maria esqueceu de mim e foi morar com seu 
Joaquim. Há mil anos sem parar!
(Apito longo. Um cartaz aparece: 
“Dois minutos de descanso e lamba as unhas.”
Todos vão tentar sentar. 
Menos o Desgraçado 4 que fica de pé furioso.)
Desgraçado 1: Ajuda-me aqui, Dois. Eu quero me dá uma 
sentadinha.
(Desgraçado 2 ri de tudo.)
Desgraçado 3: Senta. (Desgraçado 1 vai pôr a cabeça no 
chão.) De assim, não. Acho que não é com a cabeça não.
Desgraçado 1: Eu esqueci.
Desgraçado 3: A bunda, põe ela no chão. A perna é que eu 
não sei.
Desgraçado 2: A perna tira.
(Desgraçado 3 e Desgraçado 2 
desistem de descobrir. Se atiram no chão.)
Desgraçado 1: A perna dobra! (Senta. Satisfeito.)
Desgraçado 2: Quero ver levantar.
(Todos olham para Desgraçado 4, 
fazem sinais para que ele se sente.)
Desgraçado 4: Não! Chega pra mim! Eu só trabalho, traba-
lho, trabalho… (Perde o fôlego.)
Desgraçado 3: Eu te ajudo: trabalho, trabalho, trabalho...
Desgraçado 4: E tenho dois minutos de descanso? Nunca vi 
o sol, não tomei leite condensado, não canto na rua, esqueci 
do sentar, quando chega a hora de descansar, fico pensando 
na hora de trabalhar! Chega!
Slide: Quem canta seus males espanta.
Desgraçado 1: (cantando) A paga vem depois que a gente 
morre! Você vira um anjo todo branco, rindo sempre da bran-
cura, bebe leite em teta de nuvem, não tem mais fome, não 
tem saudade, pinta o céu de cor de felicidade!
(Peças do CPC, 2016. Adaptado.)
8vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 21 
According to the first paragraph, the Amazon rainforest
(A) might eventually dry out due to climate change, 
deforestation and fires.
(B) has already regenerated itself since it looks green and 
healthy.
(C) has lost over 16 thousand tree species over last decade.
(D) appears large and resilient, so deforestation and fires will 
have a mild impact.
(E) has already reached a state that makes it difficult to 
recover from fires and deforestation.
QueStÃo 22 
According to the second paragraph, a change in vegetation 
can be noticed by
(A) the expansion of trees adapted to drier climate conditions.
(B) the reduction of nut tree population hit by three severe 
droughts.
(C) adaptation of vegetable species to longer months of dry 
season.
(D) alteration of tree locations, like growing closer to rivers.
(E) substantial decrease of Inga and Brazil nut trees.
QueStÃo 23 
De acordo com o terceiro parágrafo, a floresta amazônica
(A) perdeu mais de 50% da cobertura vegetal na área locali-
zada no Brasil.
(B) tem apresentado uma desaceleração contínua, porém in-
suficiente, no ritmo de desmatamento.
(C) teve uma redução de cerca de 15% da extensão que 
tinha nos anos 1970.
(D) perdeu 30% de sua área desde 2019 devido a queimadas 
e incêndios.
(E) enfrentou o mais longo período de queimadas e incên-
dios em 2010.
Leia o texto para responder às questões de 21 a 24.
When will the Amazon hit a tipping point?
Deforestation in Altamira, Pará state, Brazil.
Scientists say climate change, deforestation and fires 
could cause the world’s largest rainforest to dry out. The 
big question is how soon that might happen. Seen from a 
monitoring tower above the treetops near Manaus, in the 
Brazilian Amazon, the rainforest canopy stretches to the 
horizon as an endless sea of green. It looks like a rich and 
healthy ecosystem, but appearances are deceiving. This 
rainforest — which holds 16,000 separate tree species — is 
slowly drying out.
Over the past century, the average temperature in the 
forest has risen by 1-1.5 oC. In some parts, the dry season 
has expanded during the past 50 years, from four months to 
almost five. Severe droughts have hit three times since 2005. 
That’s all driving a shift in vegetation. In 2018, a study reported 
that trees that do best in moist conditions, such as tropical 
legumes from the genus Inga, are dying. Those adaptedto 
drier climes, such as the Brazil nut tree (Bertholletia excelsa), 
are thriving.
At the same time, large parts of the Amazon, the world’s 
largest rainforest, are being cut down and burnt. Tree clearing 
has already shrunk the forest by around 15% from its 1970s 
extent of more than 6 million square kilometres; in Brazil, 
which contains more than half the forest, more than 19% 
has disappeared. Last year, deforestation in Brazil spiked 
by around 30% to almost 10,000 km2, the largest loss in a 
decade. And in August 2019, videos of wildfires in the Amazon 
made international headlines. The number of fires that month 
was the highest for any August since an extreme drought in 
2010.
(www.nature.com, 25.02.2020. Adaptado.)
9 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
Analise o mapa para responder às questões de 26 a 28.
(www.nature.com, 25.02.2020.)
QueStÃo 26 
O retângulo destacado no mapa e seu texto informam que, 
muitas vezes, o desmatamento
(A) precede a abertura de estradas para o escoamento de 
madeira ilegal.
(B) ocorre em entradas perpendiculares após a construção 
de estradas.
(C) provoca a morte de peixes em rios e igarapés próximos.
(D) provoca desertificação nas regiões que margeiam as 
estradas.
(E) toma forma de espinha de peixe ao longo das margens 
de rios.
QueStÃo 27 
The country covered by the Amazon rainforest presented in 
the map that displays less signs of forest clearing is
(A) Ecuador.
(B) Colombia.
(C) Peru.
(D) French Guiana.
(E) Bolivia.
QueStÃo 24 
(https://sustainabilityillustrated.com)
O cartum ilustra que o aumento de temperatura, também 
citado no texto,
(A) causa mudanças substanciais apenas em climas frios.
(B) deve interromper a evaporação das águas e levar a chu-
vas ou secas intensas.
(C) irá causar grande impacto ambiental, climático e ecos-
sistêmico.
(D) contribui indiretamente para a expansão de grandes 
biomas.
(E) pode postergar o aumento do nível dos rios e oceanos.
QueStÃo 25 
(https://drawnjournalism.com)
De acordo com o cartum,
(A) o desmatador certamente atenderia à solicitação da me-
nina se retirasse seu equipamento.
(B) os desmatadores apenas cumprem ordens.
(C) os ambientalistas não apresentam argumentos convin-
centes.
(D) os desmatadores não ouvem os argumentos dos ambien-
talistas.
(E) as crianças são mais sensíveis ao mundo natural.
10vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 29 
The United Nations (UN) publication mentioned in the text 
provides
(A) criticism about the 20 targets adopted in a convention.
(B) bad news concerning biodiversity loss.
(C) interesting ideas on biodiversity preservation to be 
followed.
(D) an encouraging climate perspective.
(E) a discussion about political views on global heating.
QueStÃo 30 
The chart shows details about the following excerpt from the 
text:
(A) “In Latin America and the Caribbean animal populations 
fell by 94%, on average, during the period”.
(B) “In Australia koala bears have almost brought down a 
state government”.
(C) “Not one of the 20 targets adopted by 196 countries in a 
convention on biodiversity in 2010 has been met”.
(D) “A UN assessment published this week on the progress 
made in stemming the global loss of species”.
(E) “It is some comfort that around the world biodiversity and 
climate change have become big political issues”.
QueStÃo 28 
In the excerpt “Deforestation often follows a fishbone pattern”, 
the underlined word expresses
(A) manner.
(B) graduality.
(C) confirmation.
(D) denial.
(E) frequency.
Leia o texto para responder às questões 29 e 30.
The business of climate change
A UN assessment published this week on the progress 
made in stemming the global loss of species made depressing 
reading. Not one of the 20 targets adopted by 196 countries 
in a convention on biodiversity in 2010 has been met. And 
the latest biennial Living Planet Report from the WWF, an 
environmental group, found that animal populations worldwide 
shrank by an average of two-thirds between 1970 and 2016. 
The falls were greatest in the tropics. In Latin America and 
the Caribbean animal populations fell by 94%, on average, 
during the period. It is some comfort that around the world 
biodiversity and climate change have become big political 
issues. In Australia koala bears have almost brought down a 
state government.
(www.economist.com, 18.09.2020.)
11 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 33 
As práticas econômicas mercantilistas são frequentemente 
relacionadas aos Estados modernos e representam
(A) uma concentração de capitais, alcançada principal mente 
por meio da exploração colonial e de mecanismos de pro-
teção comercial.
(B) uma difusão do comércio em escala mundial, obtida com 
a globalização da economia e a multipolaridade geoes-
tratégica.
(C) uma redução profunda no grau de intervenção do Estado 
na economia, que passou a ser gerida pelos movimentos 
do mercado.
(D) o resultado da concentração do poder político nas mãos 
de governantes que defendiam, sobretudo, os valores e 
interesses da burguesia industrial.
(E) o combate sistemático às formas compulsórias de traba-
lho, que impediam o crescimento dos mercados consumi-
dores internos nos países europeus.
QueStÃo 34 
De maneira que, assim como a natureza faz de feras 
h omens, matando e comendo, assim também a graça faz de 
feras homens, doutrinando e ensinando. Ensinastes o gentio 
bárbaro e rude, e que cuidais que faz aquela doutrina? Mata 
nele a fereza, e introduz a humanidade; mata a ignorância, e 
introduz o conhecimento; mata a bruteza, e introduz a razão; 
mata a infidelidade, e introduz a fé; e deste modo, por uma 
conversão admirável, o que era fera fica homem, o que era 
gentio fica cristão, o que era despojo do pecado fica membro 
de Cristo e de S. Pedro. […] Tende-os [os escravos], cristãos, 
e tende muitos, mas tende-os de modo que eles ajudem a 
levar a vossa alma ao céu, e vós as suas. Isto é o que vos 
desejo, isto é o que vos aconselho, isto é o que vos procuro, 
isto é o que vos peço por amor de Deus e por amor de vós, 
e o que quisera que leváreis deste sermão metido na alma.
(Antônio Vieira. “Sermão do Espírito Santo” (1657). 
http://tupi.fflch.usp.br.)
O Sermão do Espírito Santo foi pregado pelo Padre Antônio 
Vieira em São Luís do Maranhão, em 1657, e recorre
(A) a metáforas, para defender a liberdade de natureza de 
todos os animais criados por Deus.
(B) à ironia, para condenar a escravização de nativos e afri-
canos nas lavouras de algodão.
(C) a antíteses, para reconhecer a escravização dos nativos 
como um caminho possível do trabalho missionário.
(D) à retórica barroca, para contestar a ideia de que os afri-
canos e os nativos merecem a liberdade e a salvação.
(E) à retórica clássica, para acusar os proprietários de escra-
vos de descuidar dos direitos humanos dos nativos.
Leia o texto para responder às questões 31 e 32.
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de 
limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sen-
tido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor 
que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do 
Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substitui-
bilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo 
se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem 
com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a 
natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
QueStÃo 31 
O “papel de alcance amplo”, “importante para o equilíbrio”, 
representado pelas pessoas que viviam na Idade Média, 
pode ser associado, entre outros fatores,
(A) à infixidez das relações sociais de trabalho, estabeleci-
das a partir da possibilidade de ascensão social e da proi-
bição de desrespeitar o rei.
(B) ao reconhecimento do caráter diminuto de todo ser huma-
no ante a grandiosidade da natureza e do conhecimento 
técnico-científico.
(C) à percepção religiosa de que o homemestá integrado 
ao mundo, ligado diretamente a Deus e é objeto de uma 
contínua luta entre o bem e o mal.
(D) ao sentimento de pertencer à espécie humana, dotada de 
razão e com liberdade e autoridade para agir de acordo 
com sua vontade.
(E) à identificação dos homens como dotados de livre-arbí-
trio, capazes de decidir seu destino e de recusar interfe-
rências humanas ou divinas.
QueStÃo 32 
A afirmação do texto de que, diferentemente do medieval, o 
homem contemporâneo “se sente a ponto de dominar a natu-
reza, por isso se exclui dela” pode ser justificada pela
(A) incerteza diante do futuro, gerada pela impossibilidade 
de impedir terremotos e outras catástrofes naturais.
(B) celebração do progresso e do domínio tecnológico, difun-
dida sobretudo a partir da Revolução Industrial.
(C) visão dessacralizada da natureza, proporcionada pelo 
ateísmo propagado depois da Revolução Russa.
(D) superação dos perigos naturais, proporcionada pela atual 
capacidade de controlar o clima planetário.
(E) descrença em relação ao futuro, nascida com a visualiza-
ção da barbárie das duas guerras mundiais.
12vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 37 
O processo de independência na América espanhola, ocor-
rido nas primeiras décadas do século XIX,
(A) contou com participação ativa e direta dos Estados Uni-
dos, que buscavam ampliar sua zona de influência polí-
tica na América.
(B) envolveu projetos políticos e setores sociais variados, 
que se confrontaram no momento de constituição dos 
novos Estados.
(C) manteve a unidade territorial das áreas antes controladas 
pela Espanha, e os novos Estados organizaram-se numa 
federação.
(D) resultou no afastamento definitivo dos novos Estados em 
relação ao antigo colonizador e na divisão das grandes 
propriedades rurais entre os camponeses sem terra.
(E) derivou da iniciativa das burguesias locais, que defen-
diam a igualdade social como base da organização social 
dos novos Estados.
QueStÃo 38 
No que dizia respeito ao Estado a ser construído, gene-
ricamente o modelo disponível era aquele que prevalecia no 
mundo ocidental. Tratava-se de organizar um aparato políti-
co-administrativo com jurisdição sobre um território definido, 
que exercia as competências de ditar as normas que deve-
riam regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar 
compulsoriamente tributos para financiá-lo e às suas políti-
cas, exercer o poder punitivo para aqueles que não respei-
tassem as normas por ele ditadas.
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil império, 2019.)
O texto refere-se à organização política do Brasil após a 
i ndependência, em 1822. O novo Estado brasileiro foi basea-
do em padrões
(A) federalistas e garantia completa autonomia às províncias.
(B) liberais e contava com sistema político representativo.
(C) absolutistas e fundava-se no exercício dos três poderes 
pelo imperador.
(D) elitistas e era controlado apenas pelos portugueses resi-
dentes no país.
(E) democráticos e permitia a ampla participação da popu-
lação brasileira.
QueStÃo 35 
A produção de açúcar no Brasil colonial era parte de um con-
junto de processos e relações que ultrapassavam os limites 
da colônia e incluíam
(A) a estruturação do engenho como unidade produtiva, a 
disposição portuguesa de povoar a colônia e o comércio 
sistemático com a América espanhola.
(B) as técnicas de cultivo indígenas, as mudas de cana pro-
cedentes do mundo árabe e a intermediação britânica na 
comercialização.
(C) a adaptação da cana à terra roxa do Nordeste, o conhe-
cimento técnico dos imigrantes e a atuação holandesa no 
transporte marítimo.
(D) a constituição da grande propriedade, o tráfico de africa-
nos escravizados e a existência de amplo mercado con-
sumidor na Europa.
(E) o avanço da ocupação das áreas centrais da colônia, o 
recurso à mão de obra nativa e o crescimento do gosto 
pelos sabores doces na Europa.
QueStÃo 36 
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806).
(“Abertura dos Estados Gerais em Versalhes, 5 de maio de 1789”. 
https://revistapesquisafapesp.br, maio de 2018.)
O evento representado na imagem mostra
(A) o poder legislativo, composto por representantes de 
t odas as classes sociais e responsável pela proposição 
e criação das leis federais.
(B) uma assembleia popular, reunida em caráter permanente 
e aberta à participação direta de todos os cidadãos.
(C) o poder moderador, composto por representantes de 
o rganismos sociais e políticos e responsável pelo con-
trole sobre as decisões do rei.
(D) o poder executivo, composto pelos membros da nobreza 
e do clero e responsável pelas decisões relativas à polí-
tica exterior.
(E) uma assembleia consultiva, convocada esporadicamente 
pelo rei e formada por representantes das três ordens 
sociais.
13 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
Leia o texto para responder às questões 41 e 42.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados 
Unido s se viram numa situação privilegiada, como a mais 
forte, coesa e próspera economia mundial. O governo ameri-
cano coordenou um vasto plano de apoio para recuperar as 
economias capitalistas da Europa Ocidental, já no contexto 
da Guerra Fria. As agitações revolucionárias na Ásia, África e 
América Latina forçariam desdobramentos dos investimentos 
americanos também para essas áreas.
O resultado desse conjunto de medidas foi um cresci-
ment o econômico sem precedentes das economias indus-
triais. Entre 1953 e 1975 a taxa de produção industrial 
cresceu na escala extraordinária de seis por cento ao ano. 
O crescimento da riqueza foi de cerca de quatro por cento per 
capita em todo esse período. Mesmo com a crise do p etróleo, 
que atingiu e abateu os mercados entre 1973 e 1980, o cres-
cimento continuou, embora reduzido a cerca de dois e meio 
por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: 
no loop da montanha-russa, 2001. Adaptado.)
QueStÃo 41
No contexto descrito,
(A) a industrialização no Ocidente expandiu-se 12% no 
período de 1973 a 1980, o que refletiu a plena inde-
pendência da indústria ocidental em relação ao petró-
leo produzido e exportado pelo Oriente Médio.
(B) o crescimento da riqueza foi menor no período de 1973 a 
1980, em relação às décadas anteriores, demonstrando 
o impacto da crise do petróleo na economia norte-ameri-
cana e na do Ocidente europeu.
(C) a taxa de produção industrial cresceu 132% no período 
de 1953 a 1975, o que fortaleceu a economia norte-ame-
ricana e permitiu investimentos nos países do Ocidente 
europeu.
(D) a produção industrial norte-americana manteve-se está-
vel no período de 1953 a 1975, o que impediu que os 
E stados Unidos abalassem a liderança econômica mun-
dial da China e da União Soviética.
(E) a riqueza per capita sofreu redução de 2,5% no período 
de 1973 a 1980, o que fragilizou a posição norte-ameri-
cana na disputa pelos mercados dos países do Ocidente 
europeu.
QueStÃo 39 
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, 
recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimida-
de baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo 
com a necessária justificativa de que a dominação e a explo-
ração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram 
“necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de 
acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: 
visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de coloniza-
ção da África no século XIX eram
(A) desdobramentos do pensamento ilustrado, que valori-
zava a liberdade e a igualdade social e de natureza.
(B) manifestações ideológicas que buscavam justificar a 
e xploração e o domínio europeus sobre o continente 
africano.
(C) baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a 
transmissão genética de características fisiológicas e 
i ntelectuais adquiridas.
(D) validadas pela defesa darwinista do direito dos superio-
res se imporemaos demais seres vivos.
(E) sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava 
as diferenças culturais dos diversos povos como positi-
vas e necessárias.
QueStÃo 40 
Para Oswald, o primitivo estará associado ao pensa-
ment o selvagem como questionamento do pensamento 
iluminista e como proposta de valorização do pensamento 
selvagem l ocal ao qual viria se acrescentar a incorporação 
contemporânea da técnica.
(Viviana Gelado. Poéticas da transgressão: 
vanguarda e cultura popular nos anos 20 na América Latina, 2006.)
O primitivismo expresso no “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, 
lançado por Oswald de Andrade em 1924, pode ser associa-
do à
(A) rejeição da influência cultural estrangeira e da ideologi-
zação na produção artística.
(B) recusa do experimentalismo estético e dos discursos de 
resgate das tradições locais.
(C) defesa dos princípios ilustrados e da renovação técnica 
proporcionada pela sociedade de fábrica.
(D) celebração da originalidade nativa e da modernização 
tecnológica.
(E) perspectiva rousseauniana do bom selvagem e do pri-
mado do pensamento lógico-racional.
14vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 43
Quinta-feira, 14 de novembro de 1991
Para checheno, russos impõem “terror real”
O presidente da Checheno-Ingushia (Cáucaso, sul da 
Rússia) declarou ontem que a Rússia prepara uma campa-
nha desestabilizadora contra seu país. O Parlamento russo 
exigiu uma “solução pacífica” e o envio de um grupo de depu-
tados para a negociação.
Segunda-feira, 18 de novembro de 1991
Sérvios derrotam croatas em Vukovar
Croácia admite a perda da cidade para o Exército iugoslavo, 
que a sitiava há 86 dias
A Croácia admitiu ter perdido militarmente para o Exército 
iugoslavo a cidade sitiada de Vukovar. A queda de Vukovar é 
uma das piores derrotas sofridas pela Croácia.
Segunda-feira, 16 de maio de 1994
Combate se intensifica na Bósnia
Sérvios e muçulmanos ignoram apelo internacional por diálogo; 
denunciadas novas atrocidades
Tropas muçulmanas e sérvias intensificaram os comba-
tes na região de Tuzla, nordeste da Bósnia, ameaçando jogar 
por terra o esforço por novas conversações de paz. Os novos 
combates indicam que sérvios e muçulmanos não estão dis-
postos a aceitar os apelos internacionais por novas conver-
sações.
(https://acervo.folha.com.br. Adaptado.)
Essas notícias têm em comum conflitos que envolvem 
questões
(A) imperialistas, relacionadas ao controle do Estado, decor-
rentes da adoção de medidas baseadas em diferenças 
culturais entre adversários políticos.
(B) geopolíticas, relacionadas à dissolução do Pacto de 
Varsóvia, que tinha como objetivo a formação de uma 
aliança militar entre os países do Leste Europeu.
(C) territoriais, relacionadas ao estabelecimento de novas 
fronteiras, cujos limites refletem a conjuntura multilateral 
de formação de blocos econômicos.
(D) supranacionais, relacionadas ao esfacelamento do bloco 
socialista, cujo esgotamento econômico deveu-se à 
estrutura centralizadora da Rússia.
(E) étnico-nacionalistas, relacionadas à constituição de novos 
Estados, devido a hostilidades que remontam às expan-
sões dos impérios Russo, Otomano e Austro-Húngaro.
QueStÃo 42 
O apoio à recuperação das economias capitalistas da 
Europ a Ocidental e os investimentos na Ásia, na África e 
na América L atina, mencionados no texto, correspondem à 
atuação dos E stados Unidos
(A) na defesa de posições políticas e ideológicas de caráter 
globalista e multicultural, após a onda nacionalista trazida 
pela Segunda Guerra.
(B) na disputa pelos mercados internos dos países do centro 
e oriente da Europa e dos países do Hemisfério Sul.
(C) no cenário geopolítico do pós-Segunda Guerra, em meio 
às disputas de caráter econômico, militar e ideológico 
com o bloco socialista.
(D) na constituição de uma hegemonia mundial unilateral, 
f avorecida pelo declínio econômico e militar dos países 
do centro e do ocidente europeus.
(E) no esforço de reconstrução dos países afetados direta-
mente pelos bombardeios e pelas invasões territoriais 
durante a Segunda Guerra.
15 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 46
Analise o mapa.
Casos confirmados de covid-19 por município no estado 
de São Paulo no dia 7 de abril de 2020
(https://covid19.fct.unesp.br)
De acordo com as informações do mapa, a dispersão da 
c ovid-19 no estado de São Paulo acompanhou
(A) o padrão pedológico regional.
(B) os grandes eixos rodoviários.
(C) as isolinhas de fatores climáticos.
(D) as zonas econômicas especiais.
(E) os centros urbanos metropolitanos.
QueStÃo 47
Até fins da década de 1980, a industrialização brasileira 
estava baseada em uma política de importações sustenta-
da por tarifas aduaneiras elevadas, controles discricionários, 
entre outros. Essa política viabilizou um parque industrial 
r elativamente amplo e diversificado, mas acomodado ao pro-
tecionismo exagerado. Em 1990, o governo anunciou medi-
das que alteravam profundamente a condução da política de 
comércio exterior do país. Simultaneamente a uma flexibili-
zação do regime cambial, foi deslanchado um programa de 
liberalização das importações. A nova política de importação 
buscava promover uma reestruturação produtiva.
(Honorio Kume et al. “A política brasileira de importação no período 
1987-1998”. In: Carlos Henrique Corseuil e Honorio Kume (coords.). 
A abertura comercial brasileira nos anos 1990, 2003. Adaptado.)
O programa de liberalização das importações adotado no 
Brasil a partir da década de 1990 teve como consequências
(A) a falência de indústrias nacionais e o aumento do desem-
prego estrutural.
(B) a queda da qualidade dos produtos importados e o 
a umento da geração de lixo eletrônico.
(C) o crescimento da variedade dos produtos disponíveis e o 
superávit da balança comercial.
(D) o aumento dos preços dos produtos nacionais e a amplia-
ção da oferta de mercadorias falsificadas.
(E) o acirramento da concorrência entre empresas e a inter-
rupção de acordos comerciais com blocos econômicos.
QueStÃo 44
O predomínio mundial da urbanização, com o cresciment o 
no número absoluto de cidades, teve como uma de suas 
consequências
(A) a terciarização da economia, que levou à absorção da 
população economicamente ativa dos setores primário e 
secundário.
(B) a terceirização da gestão pública, que contribuiu para 
otimizar recursos ao restringir os cargos e os locais de 
atuação de profissionais.
(C) o fim do setor secundário, que valorizou setores mais 
m odernos da economia urbana.
(D) a valorização do terceiro setor, que ampliou o papel do 
comércio para suprir as necessidades de consumo das 
populações.
(E) o desenvolvimento de cidades globais, que contribuiu 
para a padronização de leis de uso e ocupação do solo, a 
fim de ampliar a circulação de pessoas.
QueStÃo 45
Para a maioria dos brasileiros, a divisão regional utilizada 
atualmente parece sempre ter existido porque serve de base, 
há décadas, para a regionalização de todas as agências 
g overnamentais, empresas, associações profissionais etc. 
Se existem semelhanças evidentes, como em outros países 
do mundo, há também casos-limite e vinculações a mbíguas. 
Isso ocorre não apenas em razão do tamanho dos e stados 
como também porque reúnem regiões que apresentam 
c aracteres que as aproximam mais do conjunto vizinho que 
do resto de seu território.
(Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry. Atlas do Brasil, 2018.)
Caracteriza um exemplo de “caso-limite”, tal como problema-
tizado pelos autores,
(A) a parcela oeste do Tocantins, área que integra a região 
Nordeste, mas recebe investimentos diretos da região 
Centro-Oeste.
(B) o litoral de São Paulo, área que integra a região Sudeste, 
apesar da forte cisão física provocada pela Serra do Mar.
(C) a porção sul do Espírito Santo, área que integra a região 
Sudeste, mas se beneficia das políticas nordestinas de 
fomento.
(D) o noroeste do Maranhão, área que integra a região 
Nordeste, mas está inclusa na Amazônia Legal.(E) o Distrito Federal, área que integra a região Centro-Oest e, 
apesar da dependência financeira restrita à região S udeste.
16vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 50
Efeitos de erupções vulcânicas na atmosfera
(César Soares e Josélia Pegorim. 
www.climatempo.com.br, 11.04.2020. Adaptado.)
São consequências do fenômeno apresentado no esquema:
(A) a concentração de enxofre na forma de piroclastos na 
estratosfera e o aumento prolongado da temperatura nas 
superfícies.
(B) a interrupção na reação química do oxigênio com os 
g ases nobres e o desequilíbrio biogeográfico em ecos-
sistemas costeiros.
(C) a ionização de átomos de nitrogênio na termosfera e a 
perda do equilíbrio isostático na crosta continental.
(D) a maior absorção da radiação ultravioleta por superfícies 
e a contaminação em microescala de correntes de ar 
convectivas.
(E) a formação de compostos de enxofre prejudiciais aos 
s eres vivos e a diminuição da temperatura local pela 
r eflexão da luz solar.
QueStÃo 48
A agricultura 4.0 é a conexão em tempo real dos dados 
coletados pelas tecnologias digitais com o objetivo de oti-
mizar a produção em todas as suas etapas. Representará 
a chegada da Internet das Coisas ao campo. “No futuro, a 
agricultura será autonômica, independente. Os equipamen-
tos conectados, com apoio de inteligência artificial e apren-
dizado de máquina, irão analisar os dados da cadeia produ-
tiva e tomar as decisões. Caberá ao agricultor acompanhar, 
monitorar e endossar os processos em curso”, diz Fernando 
Martins, conselheiro de empresas de tecnologia voltadas ao 
agronegócio.
(Domingos Zaparolli. “Agricultura 4.0”. 
Pesquisa Fapesp, janeiro de 2020.)
Caso se concretize no cenário brasileiro, a agricultura 4.0 tem 
potencial para promover
(A) a qualificação profissional da mão de obra, ainda que 
possa promover mudanças na estrutura fundiária.
(B) a superação do campesinato, embora deva permanecer 
ligada às práticas de cultivo tradicionais.
(C) a ampliação dos cultivos, a despeito dos baixos recursos 
comumente destinados aos insumos.
(D) o aumento da produtividade, embora tenda a reforçar as 
desigualdades no campo.
(E) o aumento das exportações, ainda que possa desabaste-
cer o mercado interno.
QueStÃo 49
(Adriano Figueiró. Biogeografia, 2015.)
A distribuição do gênero Tapirus no tempo e no espaço indica 
que
(A) classes naturalmente modificadas exemplificam a plurali-
dade ecológica do determinismo geográfico.
(B) famílias deslocadas terão suas existências comprometi-
das com os limites meridionais dos continentes.
(C) espécies de um mesmo gênero podem surgir conforme 
as mudanças ambientais na escala do tempo geológico.
(D) espécies em distribuição contínua registram fácil adapta-
ção devido à ausência de barreiras geográficas.
(E) famílias derivadas de um mesmo gênero demonstram a 
adaptação dos seres vivos às características locais.
17 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 52
Oferta interna de energia, Brasil, 1940-2012
(Empresa de Pesquisa Energética (Brasil). 
Balanço energético nacional 2013, 2013. Adaptado.)
Considerando as características da matriz energética brasi-
leira, no gráfico,
(A) IV corresponde a lenha e carvão vegetal, que a partir de 
1985 voltaram a ser empregados por famílias com baixo 
p oder aquisitivo.
(B) I corresponde aos produtos da cana-de-açúcar, que em 
1975 teve o crescimento de sua oferta incentivado com a 
instituição do Proálcool.
(C) V corresponde à hidráulica, que desde 1945 mantém 
crescimento acelerado pelos incentivos do Procel para a 
construção de usinas.
(D) III corresponde ao carvão mineral, que alcançou estabili-
dade no início dos anos 2000 com a proibição de novas 
termoelétricas.
(E) II corresponde a petróleo, gás e derivados, que a partir de 
1980 tiveram uma queda gradual na participação, devido 
à escassez desses recursos.
QueStÃo 51
Examine o infográfico.
(Claudio Jacinto. https://ipoema.org.br. Adaptado.)
O infográfico apresenta orientações para a concepção de
(A) equipamentos urbanos, que ressignificam a dicotomia 
entre campo e cidade no século XXI.
(B) cidades inteligentes, que impõem técnicas ecológicas 
para a permanência de seus habitantes.
(C) construções sustentáveis, que visam reduzir a interferên-
cia humana no meio ambiente.
(D) bioconstruções, que apresentam como princípio a nega-
ção da ação antrópica no espaço natural.
(E) edificações ecoeficientes, que mantêm suas funções 
sem demandar recursos naturais.
18vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 55
Locke […] admite, a título de direito natural, o direito de pro-
priedade fundado sobre o trabalho e limitado, por consequência, 
à extensão de terra que um homem pode cultivar, e o poder 
paterno, sendo a família instituição natural e não política. […] O 
pacto social não cria nenhum direito novo. É um acordo entre 
indivíduos que se reúnem para empregar a força coletiva no 
sentido de executar as leis naturais, renunciando a executá-las 
por sua própria força.
(Émile Bréhier. História da filosofia, 1979.)
O excerto apresenta um aspecto da teoria política de Locke, 
que estabelece
(A) a garantia da defesa de bens individuais.
(B) a submissão das famílias à decisão coletiva.
(C) a regulação do Estado conforme a vontade divina.
(D) a ausência de um poder soberano.
(E) a autoridade do governo na divisão de propriedades.
QueStÃo 56
E se esse tal futuro
for pior do que o presente
E se for melhor parar
do que caminhar pra frente
E se o amor for dor
E se todo sonhador
não passar de um pobre louco
E se eu desanimar,
Se eu parar de sonhar
queda a queda, pouco a pouco.
(Bráulio Bessa. “Se”. In: Poesia que transforma, 2018.)
No excerto do cordel, o eu lírico manifesta inquietação equi-
valente a uma preocupação central e recorrente na história 
da filosofia, desde suas origens, qual seja:
(A) a identificação de princípios reveladores da virtude.
(B) a fundamentação do conhecimento na experiência em-
pírica.
(C) o desenvolvimento de critérios de organização da lin-
guagem.
(D) o questionamento contínuo para a compreensão da 
realidade.
(E) a busca ininterrupta da verdade plena e absoluta.
QueStÃo 53
Fatores naturais, bem como a ação humana, podem atuar em 
processos de degradação ambiental. Em zonas áridas, semi-
áridas e subúmidas, um processo negativo característico dos 
solos e um de seus impactos esperados são:
(A) a salinização e a retração no nível dos lençóis freáticos.
(B) a compactação e o incremento de terras não agricultáveis.
(C) a laterização e o aumento dos fenômenos erosivos.
(D) a desertificação e a redução da biodiversidade.
(E) a arenização e a diminuição da fertilidade.
QueStÃo 54
Examine a imagem.
(Paulo Roberto Fitz. Cartografia básica, 2008. Adaptado.)
As coordenadas geográficas do ponto X, no sistema sexage-
simal, são, aproximadamente,
(A) 45º48’W e 34º40’51”S.
(B) 43º54’E e 35º18’N.
(C) 45º48’W e 34º40’51”N.
(D) 45º48’E e 34º40’51”S.
(E) 43º54’W e 35º18’S.
19 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 59
Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro 
f ilósofo, seja preciso que ele percorra todas as gradações 
nas quais os “trabalhadores da filosofia” estão instalados e 
devem permanecer firmes: ele deve ter sido crítico, cético, 
dogmático e histórico e, ademais, poeta, viajante, moralista 
e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer 
o círculo dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e 
poder lançar um olhar de múltiplos olhos e múltiplas cons-
ciências, da mais sublime altitude aos abismos, dos baixios 
para o alto. Mas tudo isso é apenas uma condição preliminar 
da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a criação 
de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo deve
(A) assegurar e manter os poderes políticos do governante.
(B) conhecer e extrapolar as práticas de vida, os sentimentos 
e os valores presentes nasociedade.
(C) privilegiar e fortalecer o papel da religião nas atitudes crí-
ticas perante a vida e os humanos.
(D) restringir-se ao terreno da reflexão na busca por uma 
verdade absoluta.
(E) retomar a origem una e indivisível dos humanos, na busca 
de sua liberdade de natureza.
QueStÃo 60
Mas eu me persuadi de que nada existia no mundo, que 
não havia nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns, nem 
corpos alguns; me persuadi também, portanto, de que eu não 
existia? Certamente não, eu existia, sem dúvida, se é que eu 
me persuadi ou, apenas, pensei alguma coisa. Mas há algum, 
não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que 
e mprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há 
pois dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais 
que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada 
seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que, 
após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidado-
samente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por cons-
tante que esta proposição, penso, logo sou, é n ecessariamente 
verdadeira, todas as vezes que a enuncio […].
(René Descartes. Meditações, 1973.)
Segundo o texto, um dos pontos iniciais do método de 
Descartes que o levou ao cogito (“penso, logo sou”) foi
(A) a análise das partes.
(B) a síntese das partes analisadas.
(C) o prevalecimento da alma sobre o raciocínio.
(D) o reconhecimento de um Deus enganador.
(E) a arte da persuasão grega.
QueStÃo 57
A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar 
que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica 
ou habilidade argumentativa que visa a convencer o opo-
nente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhe-
cimento. A consequência disso era que, devido à influência 
dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam 
sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição 
dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que 
poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia 
respeito
(A) ao entendimento de que o verdadeiro conhecimento 
b aseava-se no exercício da retórica.
(B) à desvalorização da pluralidade de opiniões e de posicio-
namentos político-ideológicos.
(C) ao prevalecimento das técnicas discursivas nas decisões 
da Assembleia acerca dos rumos das cidades-Estado.
(D) ao predomínio de líderes pouco sábios e com poucas 
virtudes na composição da Assembleia.
(E) à defesa de formas tirânicas de exercício do poder desen-
volvida pela retórica convincente.
QueStÃo 58
É relativamente consensual que uma era biotecnológi-
ca se aproxima. Em um futuro cenário de desenvolvimento 
biotecnológico, que será instaurado com o progresso tecno-
lógico no século XXI, alterar-se-á um dos mais tradicionais 
dilemas da moralidade. Em vez de enfrentarmos a questão 
de que atitudes e deveres morais temos para com os seres 
compreendidos atualmente como animais não humanos (por 
exemplo, gato, cachorro, cavalo etc.), a questão será que 
obrigações teremos com outro tipo de não humano, isto é, os 
chamados pós-humanos. A pós-humanidade seria alcançada 
por meio da aplicação de técnicas de manipulação, instru-
mentalização e artificialização da vida, do patrimônio biológi-
co do humano. O humano, por iniciativa própria e com vistas 
ao melhoramento da sua natureza, deixaria de ser humano.
(Murilo Mariano Vilaça e Maria Clara Marques Dias. “Transumanismo e o 
futuro (pós-)humano”. Physis – Revista de Saúde Coletiva, 2014. 
Adaptado.)
Ao tratar de aspectos da bioética, o texto propõe uma refle-
xão sobre
(A) os conflitos atuais entre os humanos e os seres pós-
-humanos.
(B) a procedência de recursos empregados nas pesquisas 
tecnológicas.
(C) os limites técnicos das pesquisas em biotecnologia.
(D) a amoralidade do esforço de imaginar e prever o futuro 
humano.
(E) a necessidade futura de redefinição do conceito de huma-
nidade.
20vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 63
Pesquisadores desenvolveram um sensor para mo-
nitorar o amadurecimento de frutos. Trata-se de um selo 
com nanopartículas de um composto à base de sílica, que 
pode ser colado na embalagem ou na superfície do fruto. À 
medida que amadurecem, alguns frutos liberam uma subs-
tância que reage com o sensor e o faz mudar de cor. Um 
aplicativo para celular, que lê um código de barras e a cor 
do selo, permite conhecer o estágio de maturação do fruto 
e as informações sobre sua origem.
(https://revistapesquisa.fapesp.br, abril de 2020. Adaptado.)
O sensor terá sua cor alterada ao reagir com
(A) o etileno.
(B) a giberelina.
(C) a citocinina.
(D) a auxina.
(E) o ácido abscísico.
QueStÃo 64
A quitosana é um biopolímero obtido da quitina e tem 
diversas atividades biológicas importantes, como antio-
xidante, anti-inflamatória, anticoagulante, antitumoral e 
antimicrobiana.
(Mariana Pezzo. https://sinteses.blogfolha.uol.com.br, 
21.03.2020. Adaptado.)
Este biopolímero pode ser obtido a partir de macerados
(A) da casca de eucaliptos.
(B) de algas marrons.
(C) do esqueleto de tubarões.
(D) de chifres de bovinos.
(E) da carapaça de caranguejos.
QueStÃo 65
Algumas doenças parasitárias humanas são frutos da nossa 
coevolução com endoparasitas e artrópodes hematófagos. 
Por meio da picada na pele, esses invertebrados se alimen-
tam de sangue e possibilitam a continuidade do ciclo de vida 
dos endoparasitas. A picada causa inchaço, vermelhidão e 
irritação na pele, processos inflamatórios decorrentes da le-
são e da injeção de substâncias provenientes das glândulas 
salivares do artrópode. A grande maioria dessas doenças é 
transmitida durante a picada. No entanto, a irritação da pele, 
posterior à picada, é uma reação fisiológica fundamental para 
a transmissão da
(A) febre amarela.
(B) filariose.
(C) febre maculosa.
(D) doença de Chagas.
(E) malária.
QueStÃo 61
Pesquisadores caracterizaram uma nova família de 
toxinas antibacterianas presente em bactérias como a 
Salmonella enterica. Nesta espécie, a proteína tóxica é 
usada para matar outras bactérias da microbiota intestinal 
e facilitar a colonização do intestino de hospedeiros infec-
tados. A proteína tóxica ataca precursores de formação 
da parede celular bacteriana. Desta forma, a bactéria-alvo 
que é intoxicada continua crescendo, porém, sua parede 
celular fica bastante enfraquecida.
(André Julião. https://agencia.fapesp.br, 14.09.2020. Adaptado.)
Uma maneira de neutralizar a ação da Salmonella enterica 
e de uma bactéria-alvo intoxicada por ela seria mantê-las, 
respectivamente, em soluções
(A) hipotônica e hipertônica.
(B) hipertônica e hipotônica.
(C) isotônica e hipotônica.
(D) hipertônica e isotônica.
(E) hipotônica e isotônica.
QueStÃo 62
Assim como a língua de um povo, os genes são represen-
tados por um código de letras. No código genético, as letras 
referem-se às iniciais das bases nitrogenadas que, combina-
das em uma sequência específica, compreendem um signifi-
cado químico relativo a uma proteína. Analise a sequência de 
letras na oração a seguir.
A tua gata Cuca ataca a cacatua Cacau.
Nessa oração, as palavras formadas integralmente por letras 
que se referem a bases nitrogenadas encontradas no DNA 
pertencem às seguintes classes gramaticais:
(A) preposição, pronome e verbo.
(B) artigo, pronome e substantivo.
(C) artigo, substantivo e verbo.
(D) preposição, substantivo e adjetivo.
(E) artigo, adjetivo e verbo.
21 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 68
Uma cabra que nasceu sem uma das patas da frente e 
com a outra deformada foi criada em um campo gramad o. 
Rapidamente, ela desenvolveu um estilo próprio de se 
l ocomover. Ela se apoiava nas patas traseiras para erguer 
o corpo e pulava. Um especialista em anatomia investigou 
o esqueleto da cabra e descobriu que seus ossos haviam 
c omeçado a se adaptar. Os ossos do quadril e das patas 
eram mais grossos do que o esperado e estavam anormal-mente angulados para permitir uma postura mais ereta, e os 
ossos do tornozelo estavam esticados. Em outras palavras, a 
estrutura óssea da cabra começou a se parecer muito com a 
dos animais que saltam, como o canguru.
(Zaria Gorvett. www.bbc.com, 15.08.2020. Adaptado.)
As modificações adaptativas do esqueleto da cabra, relata-
das pelo especialista, estão relacionadas
(A) à seleção de genes compatíveis com características 
adaptativas.
(B) a alterações genéticas direcionadas pelo meio.
(C) à hipertrofia desencadeada por exigências comporta-
mentais.
(D) à seleção natural de características adaptativas.
(E) à variabilidade genética gerada por acúmulo de muta-
ções.
QueStÃo 66
Mediante aprovação pelo Comitê de Ética na Experimen-
tação Animal, um laboratório realizou um experimento no 
qual um animal foi colocado em contato com água pura 
(c = 1 cal/g · ºC), contida no interior de um recipiente 
f echado e isolado termicamente. As massas do animal e da 
água eram equivalentes e iguais a 500 g. As temperaturas 
iniciais do animal e da água eram 38 ºC e 20 ºC, respecti-
vamente. Ao final do experimento, o animal foi recuperado 
sem sofrimento ou risco à vida e com a mesma taxa meta-
bólica do início do experimento. Constatou-se que a água 
atingiu o equilíbrio térmico a 38 ºC.
O animal utilizado no experimento e a quantidade de calorias 
transferida para a água foram
(A) um peixe e 18 000 calorias.
(B) uma galinha e 9 000 calorias.
(C) uma galinha e 18 000 calorias.
(D) um sapo e 18 000 calorias.
(E) um sapo e 9 000 calorias.
QueStÃo 67
Analise os desenhos.
(www.leonardodavinci.net)
Neste trabalho de Leonardo da Vinci, transparece a sua 
dedi cação alicerçada no racionalismo, no experimentalismo 
científico e no antropocentrismo, características do movi-
mento , que, mais de três séculos depois, 
também influenciaram os ideais evolucionistas de Char-
les Darwin. A análise desta brilhante investigação científica 
evidencia a relação evolutiva entre órgãos e 
de origem embrionária.
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:
(A) iluminista – análogos – diferente.
(B) iluminista – homólogos – mesma.
(C) renascentista – homólogos – mesma.
(D) renascentista – análogos – mesma.
(E) iluminista – homólogos – diferente.
22vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 71
Analise as reações.
Reação 1 – Obtenção de água sanitária
C2 (g) + 2NaOH (aq) NaCO (aq) + NaC (aq) + H2O ()
Reação 2 – Reação de carga de uma bateria chumbo/ácido
2PbSO4 (s) + 2H2O () Pb (s) + PbO2 (s) + 2H2SO4 (aq)
Reação 3 – Combustão de magnésio metálico
Mg (s) + 
2
1
 O2 (g) MgO (s)
Reação 4 – Obtenção de cal
CaCO3 (s) CaO (s) + CO2 (g)
São exemplos de oxirredução, que apresentam um reagen-
te atuando simultaneamente como oxidante e redutor, as 
reações
(A) 1 e 3.
(B) 2 e 3.
(C) 1 e 4.
(D) 2 e 4.
(E) 1 e 2.
Leia o texto para responder às questões 72 e 73.
Por que o biogás é uma opção de energia renovável?
O biogás é um biocombustível gasoso produzido a 
partir da decomposição da matéria orgânica por bactérias 
fermentadoras, em um processo chamado biodegradação 
anaeróbia, isto é, o processo ocorre na ausência de oxi-
gênio. Nesse processo, produz-se um gás rico em metano 
(de 40% a 80% de sua composição, sendo o resto dióxido 
de carbono e pequenas quantidades de hidrogênio, nitro-
gênio, amônia, ácido sulfídrico, entre outros). Para gerar 
energia elétrica usando biogás, utiliza-se a conversão da 
energia química do gás em energia mecânica, por meio de 
um processo controlado de combustão, que ativa um gera-
dor. O biogás também pode ser purificado para a geração 
de biometano, que é equivalente ao gás natural veicular.
(https://cbie.com.br. Adaptado.)
A tabela a seguir compara as composições químicas médias 
dos principais componentes do biogás e do biometano.
Gás Principais componentes (% em volume)
Biogás 60% metano; 40% dióxido de carbono
Biometano 95% metano; 5% dióxido de carbono 
QueStÃo 69
Analise a fórmula que representa a estrutura do gás conhe-
cido como gás mostarda, substância capaz de causar sérias 
lesões na pele.
Esse gás, cuja fórmula molecular é , foi empre-
gado como arma durante a Guerra 
Mundial.
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:
(A) C4H4C2S – química – Primeira.
(B) C4H8C2S – química – Segunda.
(C) C4H8C2S – química – Primeira.
(D) C4H4C2S – biológica – Segunda.
(E) C4H8C2S – biológica – Primeira.
QueStÃo 70
Folha de ouro mais fina do mundo
Sunjie Ye, pesquisadora da Universidade de Leeds, 
no Reino Unido, chegou muito perto do ouro monoatômico: 
ela criou uma folha de ouro com espessura equivalente ao 
diâmetro de apenas dois átomos desse elemento.
A quase monocamada de ouro mede 0,47 nanômetro de 
espessura, a mais fina camada de ouro já fabricada sem um 
suporte; falta apenas o equivalente ao diâmetro de um átomo 
para chegar à camada de ouro mais fina possível — que pro-
vavelmente se chamará oureno, quando sintetizada.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
Considerando que a densidade do ouro seja 19 g/cm3, que 
1 nm = 10–9 m e que uma possível folha retangular de ouro 
tenha 2 átomos de espessura e demais dimensões iguais a 
5 cm de largura e 10 cm de comprimento, a massa de ouro 
nessa folha será da ordem de
(A) 10–5 g.
(B) 10–2 g.
(C) 10–1 g.
(D) 10–3 g.
(E) 10– 4 g.
23 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 74
Uma amostra de água mineral natural a 25 oC foi testada com 
três indicadores ácido-base. Os resultados desse teste estão 
indicados na última coluna da tabela.
Indicador Viragem de cor do indicador
Intervalo de 
pH de viragem 
de cor
Cor 
apresentada 
pela amostra de 
água mineral
Vermelho 
neutro
Vermelho-azulado 
para 
amarelo-alaranjado
6,8 a 8,0 Amarelo- alaranjado
Amarelo de 
alizarina
Amarelo-claro 
para 
amarelo-acastanhado
10,0 a 12,1 Amarelo- claro
Púrpura de 
m-cresol
Amarelo 
para 
púrpura
7,4 a 9,0 Púrpura
Analisando as informações da tabela e sabendo que o 
produto iônico da água a 25 oC, Kw, é igual a 1 × 10
−14, a 
concentração de íons OH− (aq) nessa água mineral, em 
mol/L, está entre
(A) 1 × 10–9 e 1 × 10–8.
(B) 1 × 10–10 e 1 × 10–9.
(C) 1 × 10–5 e 1 × 10– 4.
(D) 1 × 10–6 e 1 × 10–5.
(E) 1 × 10–12 e 1 × 10–10.
QueStÃo 72
Quando se comparam volumes iguais de biogás e de biome-
tano sob pressão de 2,0 atm, é possível calcular a diferença:
Pressão parcial de metano no biometano – Pressão parcial 
de metano no biogás
O valor dessa diferença é
(A) 0,20 atm.
(B) 0,35 atm.
(C) 1,05 atm.
(D) 0,70 atm.
(E) 1,5 atm.
QueStÃo 73
Para a obtenção de biometano a partir do biogás, este deve 
passar por purificação, de modo a aumentar o teor de metano 
pela diminuição do teor de dióxido de carbono. Um procedi-
mento que pode ser empregado com essa finalidade é fazer 
o biogás
(A) borbulhar em uma solução aquosa concentrada de ácido 
clorídrico.
(B) borbulhar em uma solução aquosa saturada de hidróxido 
de cálcio.
(C) atravessar tubulações preenchidas com o secante sílica-
-gel.
(D) atravessar filtros de areia, como os empregados nas 
estações de tratamento de água.
(E) atravessar filtros de papel, como os empregados nos 
filtros de ar em automóveis.
24vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 76
Um veículo (I) está parado em uma rodovia retilínea quando, 
no instante t = 0, outro veículo (II) passa por ele com veloci-
dade escalar de 30 m/s. Depois de determinado intervalo de 
tempo, os dois veículos passam a trafegar com velocidades 
escalares iguais, conforme demonstra o gráfico.
Desprezando as dimensões dos veículos, a distância que os 
separava no instante em que suas velocidades escalares se 
igualaram é de
(A) 600 m.
(B) 650 m.
(C) 550 m.
(D) 500 m.
(E) 700 m.
QueStÃo 75
Analise o diagrama, que representa as fases da água confor-
me as condições de pressão e temperatura.
(www.researchgate.net. Adaptado.)
Um dos métodosde conservação de alimentos, conhecido 
como liofilização, consiste em congelar toda a água neles 
presente e fazê-la sublimar, ou seja, passar diretamente para 
o estado gasoso, sem passar pelo estado líquido. São condi-
ções de temperatura e pressão em que há possibilidade de 
ocorrer a sublimação da água:
(A) temperatura superior a 374 oC e pressão superior a 
22 100 kPa.
(B) temperatura igual a 300 oC e pressão superior a 
0,61 kPa.
(C) temperatura inferior a 0,0025 oC e pressão superior a 
101,3 kPa.
(D) temperatura igual a 0,01 oC e pressão igual a 
0,61 kPa.
(E) temperatura inferior a 0,0025 oC e pressão inferior a 
0,61 kPa.
25 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 78
Um professor de química fez uma demonstração em que pro-
duziu hidrogênio gasoso (H2) pela reação, a quente, de ácido 
clorídrico (HC) com 6,75 g de alumínio sólido (A) sob forma 
de folhas amassadas.
A equação que representa essa reação é:
A (s) + 3HC (aq) AC3 (aq) + H2 (g)
Considere que o hidrogênio seja um gás ideal, que a massa 
molar do alumínio seja 27 g/mol e que 1 L = 10 – 3 m3. Adote 
para a constante universal do gases o valor R = 8 J/(mol · K). 
Supondo que todo o gás hidrogênio produzido nessa reação 
seja armazenado a uma temperatura constante de 27 ºC em 
um recipiente rígido de volume 10 L, a quantidade de hidro-
gênio produzida nessas condições ficaria submetida a uma 
pressão de
(A) 6 × 104 N/m2.
(B) 8 × 104 N/m2.
(C) 5 × 104 N/m2.
(D) 9 × 104 N/m2.
(E) 4 × 104 N/m2.
QueStÃo 77
Para alcançar o teto de uma garagem, uma pessoa sobe em 
uma escada AB e fica parada na posição indicada na figura 1. 
A escada é mantida em repouso, presa por cordas horizon-
tais, e apoiada no chão. Na figura 2 estão indicadas a lgumas 
distâncias e desenhadas algumas forças que atuam sobre a 
escada nessa situação: seu peso PE = 300 N, a força aplica-
da pelo homem sobre a escada FH = 560 N e a tração aplica-
da pelas cordas, . A força de contato com o solo, aplicada no 
ponto B, não está indicada nessa figura.
(www.google.com.br. Adaptado.)
Considerando um eixo passando pelo ponto B, perpendicular 
ao plano que contém a figura 2, para o cálculo dos momentos 
aplicados pelas forças sobre a escada, a intensidade da força 
de tração é
(A) 375 N.
(B) 280 N.
(C) 430 N.
(D) 525 N.
(E) 640 N.
26vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 80
Dentre os vários fatores que afetam o clima de determinad a 
região estão a maritimidade e a continentalidade. Esses 
f atores estão associados à distância dessa região aos mares 
e oceanos. Do ponto de vista da física, os efeitos da maritimi-
dade e da continentalidade estão relacionados ao alto calor 
específico da água quando comparado com o do solo terres-
tre. Dessa forma, esses fatores afetam a amplitude térmica e 
a umidade da atmosfera de certo território.
(www.estudopratico.com.br. Adaptado.)
As propriedades físicas da água e os fatores climáticos cita-
dos fazem com que
(A) áreas banhadas por oceanos enfrentem invernos mais 
moderados, enquanto que, em áreas distantes de ocea-
nos, essa estação é mais bem percebida.
(B) ocorra uma maior amplitude térmica diária em regiões 
litorâneas do que a verificada em regiões desérticas, de-
vido ao efeito da maritimidade.
(C) áreas sob maior influência da continentalidade tendam a 
apresentar mais umidade, caso não haja interferência de 
outros fatores climáticos.
(D) poucas nuvens se formem em áreas costeiras porque a 
água absorve e perde calor rapidamente, o que explica o 
baixo índice pluviométrico dessas regiões.
(E) regiões sob grande efeito da continentalidade tendam a 
apresentar altos índices pluviométricos, devido à grande 
quantidade de vapor de água na atmosfera.
QueStÃo 79
A figura representa um feixe formado por dois raios de luz 
monocromática, um azul e um vermelho, que se propagam 
juntos pelo ar em uma direção definida pela reta r e incidem, 
no ponto P, sobre uma lâmina de faces paralelas constituída 
de vidro homogêneo e transparente.
Após atravessarem a lâmina, os dois raios de luz emergem 
separados e voltam a se propagar pelo ar. Sendo nA e nV os 
índices de refração absolutos do vidro para as cores azul e 
vermelha, respectivamente, e sabendo que nA > nV, a figura 
que melhor representa a propagação desses raios pelo ar 
após emergirem da lâmina de vidro é:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
27 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 82
Uma família saiu de casa no mês de j ulho de 2020 e esque-
ceu de desligar da tomada alguns dos aparelhos elétricos de 
sua residência, deixando-os em stand-by (modo de espera). 
As figuras mostram as indicações no medidor da energia elé-
trica na residência nos dias 01.07.2020 e 30.07.2020, perío-
do de 30 dias em que essa família esteve ausente.
A potência total de todos os aparelhos que permaneceram 
em modo de espera durante a ausência da família é de
(A) 20 W.
(B) 50 W.
(C) 2,0 W.
(D) 0,5 W.
(E) 5,0 W.
QueStÃo 81
Em uma pista de patinação no gelo, um rapaz e uma garota 
estão inicialmente em repouso, quando ele começa a empur-
rá-la, fazendo com que ela percorra cinco metros em linha 
reta. O gráfico indica a intensidade da resultante das forças 
aplicadas sobre a garota, em função da distância percorrida 
por ela.
Sabendo que a massa da garota é 60 kg, sua velocidade 
e scalar, após ela ter percorrido 3,5 m, será
(A) 0,4 m/s.
(B) 0,6 m/s.
(C) 0,8 m/s.
(D) 1,2 m/s.
(E) 1,0 m/s.
28vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 83
As curvas de crescimento são um guia para monitorar o d esenvolvimento de crianças. Para avaliar o estado nutricional de uma 
criança, deve-se encontrar inicialmente o ponto que relaciona o Índice de Massa Corpórea (IMC) da criança com sua idade. 
Em seguida, analisa-se o posicionamento desse ponto, chamado escore-z, em relação às curvas de crescimento.
Os intervalos de escore-z compreendem quadros ligados à magreza, eutrofia ou obesidade. Caso o escore-z da criança seja 
inferior à curva – 2, tem-se um quadro ligado à magreza; se o escore-z for superior à curva 1, tem-se um quadro relacionado à 
obesidade. Por fim, quando o escore-z varia de – 2 a 1, tem-se o crescimento ideal ao longo do tempo de vida (eutrofia). O gráfico 
mostra a relação do IMC com a idade de meninos de 5 a 19 anos, segundo o escore-z.
(www.who.in, 2007. Adaptado.)
Um grupo de nutricionistas está acompanhando o desenvolvimento de meninos de diferentes idades. A seguir, tem-se o último 
levantamento do IMC e o número de meses completos de vida para cinco desses meninos.
Nome A. R. F. S. G. R. R. B. S. U.
IMC 19 14 20 22 16
No de meses 75 99 120 180 192
Para um desses meninos, o grupo de nutricionistas recomendou uma dieta hipercalórica. Essa recomendação destina-se ao 
menino de nome:
(A) A. R.
(B) F. S.
(C) G. R.
(D) S. U.
(E) R. B.
29 vnsp2006 | 001-CG-provaObjetiva-Grupo-2
QueStÃo 86
Quando a velocidade de um avião aumenta, o deslocamento 
das moléculas da atmosfera provoca um aumento da chama-
da pressão dinâmica (Pd) sobre o avião. Se a altitude de voo 
é mantida constant e, a pressão dinâmica, dada em Pa, pode 
ser calculada por Pd = k · v
2, sendo v o módulo da velocidade 
do avião em relação ao ar, em m/s, e k uma constante positi-
va, que depende da altitude.
O gráfico que representa a relação correta entre Pd e v é:
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
QueStÃo 84
No livro Sapiens: A brief history of humankind, do autor Yuval 
Noah Harari, há o seguinte trecho:
Like it or not, we are members of a large and particularly 
noisy family called the great apes. Our closest living 
relatives include chimpanzees, gorillas and orangutans. The 
chimpanzees are the closest. Just 6 million years ago, a single 
female ape had two daughters. One became the ancestor of 
all chimpanzees, the other is our own grandmother.
(Sapiens: A brief history of humankind, 2014.)
Em trecho anterior, o autor indica que o surgimen-
to de orga nismos vivos data de 3,8 bilhões de anos 
atrás.

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