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Avaliação Online (SALA EAD) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: SOCIOLOGIA Turma: Graduação: Serviço Social Aluno(a): [354317_433 30] Questão 001 A noção de campo desenvolvida por Pierre Bourdieu propõe-se a resolver um dilema teórico. Até então, para explicar os produtos culturais — arte, literatura, religião, ideologia —, escolhia-se entre duas vias exclusivas: o estruturalismo e o marxismo. Em síntese, isso significava o confronto entre duas tradições, em que se privilegiavam os produtos dotados de coerência interna, subtraindo-se os determinantes externos, ou então, caracterizavam-se tais produtos pelas funções sociais que eles exerciam, notadamente as funções ideológicas de justificação dos interesses das classes dominantes. Segundo esse autor, a noção de campo pressupõe que mito, religião e arte, apesar de forte presença simbólica, não cumprem nenhum papel político no jogo da dominação X sintetiza o mundo subjetivo e o mundo objetivo, articulando a ordem do simbólico em uma realidade complexa, em que a cooperação entre ambos transforma forças contrárias em aliados que agem graças ao seu embate e não apesar dele. considera língua, mito, arte e religião como estruturas estruturantes, ou seja, objetivas, atribuindo-lhes papel ativo. consiste na separação entre o poder e a violência assume que as esferas da arte, da literatura, da educação, da religião são sistemas de posições de universos sociais particulares cujas regras do jogo são compartilhadas [354317_434 07] Questão 002 “Nenhum povo está mais distante dessa noção ritualista da vida do que o brasileiro. Nossa forma ordinária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez. […] Nada mais significativo dessa aversão ao ritualismo social, que exige, por vezes, uma personalidade fortemente homogênea e equilibrada em todas as suas partes, do que a dificuldade em que se sentem, geralmente, os brasileiros, de uma reverência prolongada ante um superior. Nosso temperamento admite fórmulas de reverência, e até de bom grado, mas quase somente enquanto não suprimam de todo a possibilidade de convívio mais familiar. A manifestação normal do respeito em outros povos tem aqui sua réplica, em regra geral, no desejo de estabelecer intimidade. E isso é tanto mais específico, quanto se sabe do apego frequente dos portugueses, tão próximos de nós em tantos aspectos, aos títulos e sinais de reverência”. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 20ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, 146-147. A passagem acima diz respeito ao conceito buarqueano de: herança rural. herança ibérica. X cordialidade. cultura da personalidade. ética da aventura. [354317_434 08] Questão 003 As condições sociais que respondem pela nossa desigualdade, segundo o sociólogo brasileiro Jessé de Souza, não tem a ver com a formação do Estado, não tem a ver com as características da nossa singularidade cultural, mas com o modo como as classes sociais no país foram se integrando à economia capitalista moderna. Pertencem à mesma corrente de pensamento, Joaquim Nabuco e Florestan Fernandes. X Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. Silvio Romero e Carl Phillip Von Martius. Roquete Pinto e Franz Boas. Pero Vaz de Caminha e Padre Antonio Vieira. [354317_432 65] Questão 004 Onde quer que tenha conquistado o poder, a burguesia calcou aos pés as relações feudais, patriarcais e idílicas. Todos os complexos e variados laços que prendiam o homem feudal a seus “superiores naturais” ela os despedaçou sem piedade, para só deixar subsistir, de homem para homem, o laço do frio interesse, as duras exigências do “pagamento à vista”. A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais. […] Essa revolução contínua da produção, esse abalo constante de todo o sistema social, essa agitação permanente e essa falta de segurança distinguem a época burguesa de todas as precedentes. Dissolvem-se todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de ideias secularmente veneradas, as relações que as substituem tornam-se antiquadas antes de se ossificar. Tudo que era sólido e estável se esfuma, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar com serenidade suas condições de existência e suas relações recíprocas. […] As relações burguesas de produção e de troca, o regime burguês de propriedade, a sociedade burguesa moderna, que conjurou gigantescos meios de produção e de troca, assemelham-se ao feiticeiro que já não pode controlar as potências infernais que pôs em movimento com suas palavras mágicas. – MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do partido comunista. ( com adaptações ). A partir do texto acima e considerando as ideias de Marx e Engels, baseadas numa perspectiva dialética, avalie as afirmações que se seguem. I. A burguesia não desempenhou um papel revolucionário na história. II. A classe social burguesa e a classe proletária surgiram a partir da sociedade capitalista. III. Nas sociedades capitalistas as relações sociais estão em constante transformação. IV. O proletariado possui a missão histórica de negar e superar a sociedade capitalista. É correto apenas o que se afirma em I e III I e IV X I, III e IV II, III e IV II e IV [354317_433 35] Questão 005 Gilberto Freire, no livro Casa Grande e Senzala, analisa aspectos das relações interraciais no Brasil. Considerando a maneira como esse autor desenvolve, em sua análise, o mito da harmonia entre as três raças que constituíram a nação brasileira, assinale a opção correta A análise de Gilberto Freire está focada na idéia de dissidência entre as três raças, o que constitui o principal ponto de conflito da nação brasileira. O preconceito racial é, segundo esse autor, um elemento fundador do mito da nação brasileira Para o autor, o fenômeno da miscigenização indica um desequilíbrio entre as três raças constitutivas da nação brasileira X Segundo esse autor, a miscigenação produz uma sociedade singular nos trópicos, caracterizada principalmente pela convivência pacífica entre as raças. No mito da harmonia racial, Gilberto Freire sugere a preponderância absoluta do elemento branco sobre os negros e os índios [354318_433 92] Questão 006 Assinale a alternativa que completa a seguinte proposição: “Este ponto é decisivo para o argumento de Weber sobre a singularidade do racionalismo ocidental. Sem a internalização de um ethos da mentalidade racional, não haveria capitalismo como o conhecemos, No argumento weberiano, essa racionalização da condução da vida é produto da(do)” SOUZA, Jessé de. Apresentação – o mundo desencantado. In: WEBER, Max. A gênese do capitalismo moderno. Trad. Rainer Domschke. São Paulo, SP: Ática, 2006, p. 109. X vínculo das atividades econômicas com as necessidades individuais. contribuição individual para o aumento da glória divina na Terra. postura característica de ascese intramundana. acumulação crescente e ampliada de riquezas. comportamento prático na esfera econômica. [354318_433 91] Questão 007 “A respeito dos estudos comparativos, a resposta de Weber foi a elaboração de ‘tipos ideais’, que constituem um dispositivo generalizante, um modelo heurístico, sobre o qual era possível aplicar a comparação. Nas suas explicações históricas comparadas, Weber rejeita sempre a hipótese de leis ou de monocausalidade; ele pensa, portanto, que um evento pode ter diversas causas e que conjuntos diversos de causas podem ter o mesmo efeito. A validade das comparações em Weber provém das suas construções empíricas dos processos de indução e de introspecção mais do que de uma verificação causal de hipóteses.” REBUGHINI, Paola. A comparação qualitativa de objetos complexos e o efeitoda reflexividade. In: Alberto Melluci (org.) Por uma sociologia reflexiva: pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 242 (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, assinale a opção correta a respeito de “tipos ideais”, segundo a formulação proposta por Max Weber. A comparação não é essencial para a construção dos “tipos ideais”. X Os “tipos ideais” não são construções empíricas. Os “tipos ideais” não permitem uma explicação histórica. Os “tipos ideais” são construídos essencialmente a partir da verificação causal de hipóteses. A causalidade única é a base dos “tipos ideais”. [354318_424 36] Questão 008 Os fenômenos de urbanização, industrialização e da emergência de uma economia de mercado correspondem, segundo Durkheim, ao aumento de volume e densidade material das sociedades. Todavia, o inverso ocorre em relação à densidade moral: quanto mais populosas, concentradas e urbanizadas se tornam as sociedades, tanto menos os indivíduos se veem uns aos outros como irmãos. tanto mais as pessoas perdem os seus valores tradicionais. tanto mais a vida social adquire um ritmo acelerado e vertiginoso. tanto menos as mortes e os nascimentos atingem um ponto de equilíbrio. X tanto mais os laços sociais entre os indivíduos se tornam rarefeitos. [354319_434 01] Questão 009 “O conceito de habitus, desenvolvido por Pierre Bourdieu, constituiu-se como a chavemestra de sua sociologia. De modo geral, o habitus refere-se a um sistema de disposições duráveis adquiridos pelo indivíduo no curso de seu processo de socialização. Apresenta-se como um produto das condições sociais passadas e como princípio gera-dor das práticas e das representações, permitindo ao indivíduo construir as estratégias antecipadoras. Segundo Bourdieu, essa noção contribui para a superação da oposição entre os pontos de vista objetivista e subjetivista, entre as forças exteriores da estrutura social e as forças interiores resultantes das decisões livres dos indivíduos.” FERREOL, G. Dictionnaire de Sociologie. Paris: Armand Colin, 1991. (com adaptações) Considerando o texto acima, analise as afirmações a seguir. I. O termo habitus, adotado para marcar a diferença com conceitos correntes, tais como: hábito, costume, praxe e tradição, faz a mediação entre a função e a ordem. II. A instituição escolar tem por função produzir indivíduos dotados de sistema de esquemas inconscientes que constituem sua cultura, ou melhor, o seu habitus, com potencial para transformar a sua herança coletiva em inconsciente individual e comum. III. Nas sociedades onde inexiste a escola, a função de inculcação do habitus é garanti-da pelas formas primitivas de classificação (bem/mal, bonito/feio, bom/mau), constituí-das pelos mitos e pelos ritos. IV. O habitus, como capacidade de engendrar as novas práticas, funciona como uma gramática geradora da conduta, ou seja, como um sistema de esquemas interiorizados que permitem engendrar todos os pensamentos, as percepções e as ações característi-cas de uma cultura. V. O habitus é totalmente dependente, pois reside entre o inconsciente-condicionado e o intencional calculado. É correto apenas o que se afirma em I, II, e V. II, IV e V. X I, III e IV. I, IV e V. II, III e IV. [354319_424 39] Questão 010 “Quando desempenho meus deveres de irmão, de esposo ou de cidadão, quando me desincumbo de encargos que contraí, pratico deveres que estão definidos fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes. Mesmo estando de acordo com sentimentos que me são próprios, sentindo-lhes interiormente a realidade, esta não deixa de ser objetiva; pois não fui eu quem os criou, mas recebi-os por meio da educação. Assim, também o devoto, ao nascer, encontra prontas as crenças e as práticas da vida religiosa; o sistema de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos; o sistema de moedas que emprego para pagar dívidas; os instrumentos de crédito que utilizo nas relações comerciais; as práticas seguidas na profissão etc., etc., funcionam independentemente do uso que delas faço. Tais afirmações podem ser estendidas a cada um dos membros de que é composta uma sociedade, tomados uns após outros. Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais. Esses tipos de conduta ou de pensamento não são apenas exteriores ao indivíduo, são também dotados de um poder imperativo e coercitivo, em virtude do qual se lhe impõem, quer queira, quer não”. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. Apud. José Albertino Rodrigues (Org.). Trad. Laura Natal Rodrigues. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1984 , p. 1-2 (com adaptações ). No segmento de texto acima, Durkheim trata, sobretudo, X do fato social. da solidariedade social. das representações coletivas. da anomia social. da consciência coletiva. Pincel Atômico - 16/02/2023 09:04:54 1/ 5 Pincel Atômico - 16/02/2023 09:04:54 1/ 5 Pincel Atômico - 16/02/2023 09:04:54 2/ 7
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