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Fundamentos Históricos da Enfermagem

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Profa. Dra. Anna Cláudia Telles 
UNIDADE I
Fundamentos Históricos 
de Enfermagem
 Dimensão histórica no mundo: evolução e prática contemporânea.
Homens das cavernas – caça e proteção da comunidade.
Mulheres – cuidavam das crianças, da moradia, dos ferimentos dos homens e familiares 
– observação/procedimentos empíricos.
Observação dos animais – se ingerisse alguma fruta ou erva, era sinal de que não era 
maligna ou se esfregasse as plantas para cicatrização de suas feridas – efeitos das plantas. 
O cuidado de saúde: 
 Sociais
 Políticas
 Econômicas
 Suas leis/crenças (GEOVANINI et al., 2005)
O cuidar
As práticas de saúde instintivas
 Caracterizam a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos. Neste período 
as práticas de saúde consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da 
sua sobrevivência, estando na sua origem associadas ao trabalho feminino. A enfermagem 
está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas.
As práticas de saúde mágico-sacerdotais
 Abordam a relação mística entre as práticas religiosas e as 
práticas de saúde primitivas, desenvolvidas pelos sacerdotes 
nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, 
verificada antes do surgimento da especulação filosófica que 
ocorre por volta do século V a.C.
O cuidar – Períodos
As práticas de saúde no alvorecer da ciência
 Relacionam a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da 
ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século 
V a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã.
As práticas de saúde monástico-medievais
 Focalizam a influência dos fatores socioeconômicos e políticos 
medievais e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as 
relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao 
aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida 
por religiosos e abrange o período medieval, compreendido 
entre os séculos V e XIII.
O cuidar – Períodos
As práticas de saúde pós-monásticas
 Evidenciam a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no 
contexto dos movimentos renascentistas e da Reforma Protestante. Correspondem ao 
período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, 
o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não 
constituíram fator de crescimento para a Enfermagem.
As práticas de saúde no mundo moderno
 Analisam as práticas de saúde sob a ótica do sistema político-
econômico da sociedade capitalista. Surgimento da 
Enfermagem como prática profissional institucionalizada, 
inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina 
com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, 
no século XIX.
O cuidar – Períodos
 As práticas em saúde apresentadas são referências de períodos relacionados a momentos 
históricos. Mudam de acordo com civilizações e sua cultura, como se verá a seguir.
 Hebreus – as ciências propriamente ditas não foram cultivadas pelos hebreus e as artes 
visavam à vida e ao culto divino.
 Egípcios – conforme assinalam documentos manuscritos (papyrus), os egípcios praticavam 
a arte de curar e que era uma mistura de religião e medicina, daí aqueles que praticavam a 
medicina serem considerados sacerdotes – médicos. A dissecção de cadáveres era proibida. 
Embalsamento.
O cuidar – Períodos
 Assírios e babilônios – admitiam que a doença era castigo, causada por influência de maus 
espíritos. Faziam uso de amuletos contra ações maléficas. Além da magia, os agentes de 
cuidados de saúde (sacerdotes) indicavam tratamentos a base de massagens. Esse povo já 
se preocupava com o sanitarismo e começou a conhecer anatomia pela dissecação 
de animais.
 Medas e persas – terapêutica era baseada no uso de vegetais. Escravos atendiam os 
doentes em hospitais de caridade em cumprimento a ordens dadas por sacerdotes-médicos.
 Hindus – terapêutica era baseada em dietas, banhos, 
aspirações de vapores medicinais. Construíram casas para 
doentes e realizavam uma seleção de pessoas capacitadas 
para a prestação de assistência aos enfermos, o que leva a 
acreditar que os hindus foram os primeiros a pensar em 
hospitais e pessoal capacitado.
O cuidar – Períodos
 Hindus (cont.) Por motivos religiosos, evitavam o sacrifício dos animais e a dissecação de 
cadáveres, sendo o ensino médico apenas teórico. Somente os sacerdotes podiam exercer 
a medicina e com o passar dos tempos a arte de curar foi permitida a outras classes.
 Chineses – desde os primeiros tempos se preocupavam com 
as reformas, a política, a moral, as ciências como Astronomia, 
Matemática, Medicina. Como os outros povos antigos, só os 
sacerdotes podiam curar e tinham como terapêutica as orações, 
achavam que as doenças eram castigo dos gênios do mal. Num 
período mais adiantado passavam a usar vegetais e minerais no 
tratamento das doenças. Foram construídos hospitais e casas de 
repouso sob orientação de pessoal especializado, inclusive 
pessoas preparadas para auxiliar nos trabalhos de parto.
O cuidar – Períodos
 Hipócrates – o pai da medicina. Deu cunho científico à arte de curar e tratar de doentes. 
Afirmava que as enfermidades eram motivadas pelo desequilíbrio e não provocadas pela ira 
dos Deuses. Deixou vários trabalhos escritos, onde abordou alterações na temperatura, 
excesso de trabalho físico e mental, ar poluído, emoções, doenças pulmonares. Antes de 
Hipócrates não havia médicos, pois as curas não tinham nada de científico. Ele tornou-se 
celebre na escola de Alexandria. Logo após, essa mesma escola permitiu a dissecação de 
cadáveres, o que abriu o caminho à ciência médica, enriquecendo conhecimentos de 
anatomia e fisiologia humanas.
 Cristianismo – no ano 100 a igreja já estava constituída e 
instalada, também havia acontecido uma mudança social 
radical. Pelo cristianismo foram ampliados os hospitais e casas 
de caridade, que eram chamadas de “diaconias” por serem 
administradas por diáconos (padres) ou diaconisas (freiras). 
Acolhiam a todos sem discriminação.
O cuidar – Períodos
 Os apologistas – os que louvam a Deus (acreditavam em Cristo), sofreram perseguições 
pelos Judeus. Continuaram em sua marcha de regeneração da humanidade, acolhendo 
crianças, mulheres, doentes, pobres e excluídos.
 Os Árabes – durante a Idade Média, os árabes tiveram fama de bons médicos. A terapêutica 
era à base de xaropes. escreveram um tratado de cirurgia. Acredita-se que foram os 
primeiros a codificar os medicamentos numa farmacopeia (livros relativos a preparação 
de medicação e sua identificação). Construíram hospitais e escolas de medicina.
 Casas de Misericórdia ou Santas Casas – instituições 
portuguesas destinadas à prática de caridade. Apesar do 
grande número de hospitais surgidos, o pessoal que auxiliava 
os médicos e que prestava cuidados aos pacientes era em 
grande parte constituído de religiosos.
O cuidar – Períodos
 A Reforma Protestante e os Hospitais – conhecida como a grande revolução religiosa, por 
volta do século XVI, esse movimento prejudicou muito a organização hospitalar, devido ao 
afastamento dos religiosos cristãos dos hospitais, provocando a decadência das instituições, 
com prejuízo aos enfermos, até que os protestantes tivessem acesso a informações 
e capacitação profissional.
 Os Jesuítas – Inácio de Loyola, espanhol nobre, reuniu em 1534 amigos religiosos e lançou 
a Companhia de Jesus, que tinha como objetivo difundir a fé cristã, educar a juventude 
catequizar os “selvagens”. Anchieta se destacou e foi chamado de apóstolo do Brasil, foi 
mestre, médico, enfermeiro e fundador do Hospital de Misericórdia, no Rio de Janeiro.
O cuidar – Períodos
 Congregação das Irmãs de Caridade – fundada por São Vicente de Paula, que também fundou 
a Missão dos Padres (os lazaristas), cuidavam de crianças rejeitadas.As irmãs precisavam de 
pessoal para prestar cuidados e começaram a recrutar jovens e instruí-los para prestação de 
socorro a doentes e feridos. Homens e mulheres trabalhavam prestando assistência hospitalar 
e domiciliar aos enfermos e famintos. As irmãs de caridade não tinham nenhum preparo, não 
existiam escolas especializadas e a enfermagem não era uma profissão definida. No ano de 1834 
o pastor Fliedner e sua esposa fundaram uma Instituição onde seriam preparados os primeiros 
jovens para o exercício da enfermagem hospitalar e domiciliar. Com o decorrer dos anos 
tornou-se uma escola para preparo de jovens com capacidade moral e intelectual para cuidar 
de doentes. Esses foram os primeiros passos, mas a enfermagem se mantinha estacionária, 
enquanto a medicina fazia imensos progressos. 
 Esse fato chamou a atenção de uma jovem estagiária que 
resolvera abrir novos caminhos para a enfermagem.
O cuidar – Períodos
 Florence Nightingale – nasceu em 12 de maio de 1820. Rica, bonita, de família inglesa, 
nasceu em Florença, não frequentou escolas públicas, mas estudou: escrituras inglesas, 
história da Inglaterra, aritmética, canto, piano, bordado, ciências naturais, francês, alemão, 
italiano e era excelente amazona. Viajou toda a Europa, tinha uma vida social muito intensa e 
paralelamente demonstrou interesse pelos enfermos aos 25 anos. Frequentou a enfermaria 
de um hospital para fazer estágio, enfrentou cerrada objeção da família, o que dificultou seu 
relacionamento com os parentes.
 Em 1853 completou o curso de enfermagem e voltou para Inglaterra onde abriu um 
estabelecimento para cuidar de mulheres doentes e ensinar técnicas de enfermagem.
 Em 1854 – Guerra da Crimeia, o ministro da guerra, insatisfeito 
com os hospitais militares, escreve à Florence pedindo para 
que ela se dirigisse para lá.
O cuidar – Períodos
A evolução do cuidado em saúde está diretamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico 
e cultural. A política e a religião também representam papel marcante na história do cuidado 
em saúde.
I. As práticas da saúde instintiva estão relacionadas a grupos nômades.
II. As práticas de saúde pós-monásticas estão relacionadas à Reforma Protestante.
III. As práticas de saúde no mundo moderno têm início na Reforma Industrial.
a) Nenhuma afirmação está correta.
b) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
c) As afirmações I, II e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa II está correta.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
Interatividade
A evolução do cuidado em saúde está diretamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico 
e cultural. A política e a religião também representam papel marcante na história do cuidado 
em saúde.
I. As práticas da saúde instintiva estão relacionadas a grupos nômades.
II. As práticas de saúde pós-monásticas estão relacionadas à Reforma Protestante.
III. As práticas de saúde no mundo moderno têm início na Reforma Industrial.
a) Nenhuma afirmação está correta.
b) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
c) As afirmações I, II e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa II está correta.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
Resposta
 Teve enorme dificuldade em selecionar sua equipe, as mulheres empregadas como 
enfermeiras nos hospitais ingleses eram de má reputação. 
 A maioria das mulheres que eram recrutadas eram prostitutas e voluntárias sem 
conhecimento técnico, para tanto, Florence estabeleceu normas morais: eram proibidas 
de usar enfeites, vestiam uniformes, só podiam sair em companhia de outras enfermeiras. 
O serviço de enfermagem só podia ser executado quando solicitado pelos médicos, até a 
alimentação só podia ser dada com ordem escrita do médico, a mesma coisa com relação ao 
banho ou outras medidas higiênicas, a enfermeira era completamente subordinada às ordens 
dos médicos. 
 Florence e sua equipe encontraram vários obstáculos, desde 
a falta de material mínimo para um simples curativo até a mais 
profunda hostilização e a falta de cooperação do corpo médico.
O cuidar – Períodos – Florence (Continuação)
 Em 1855 adoeceu, sua equipe ficou seriamente atingida. Em 1856, com o fim da guerra, 
Florence retornou à Inglaterra e foi recebida como heroína por parte do povo, dos órgãos 
oficiais e da própria rainha.
 Em 9 de julho de 1860 abriu a Escola de Enfermagem, onde matricularam-se 15 candidatos. 
Esta data é considerada o nascimento da moderna Enfermagem.
 Faleceu com 90 anos, em 13 de agosto de 1910.
 Em 1883, a rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Real, 
e em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem 
do Mérito.
O cuidar – Períodos – Florence (Continuação)
Organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira:
 Criação das Santa Casas em 1543, em Santos, posteriormente no Rio de Janeiro, 
Vitória, Olinda e Ilhéus. Prática de enfermagem era mais instintiva do que técnica. 
 Fundação de hospitais militares.
 Período colonial até o final do século XIX.
 População composta basicamente de índios, brancos europeus e negros escravos.
 Com a chegada dos europeus, as doenças infectocontagiosas iniciam o quadro 
das epidemias.
 Ensino médico somente com a chegada do 
príncipe regente.
 Assistência aos doentes prestada em enfermarias 
próximas dos colégios e conventos.
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
 Ana Justina Ferreira Néri: nasceu na vila de Cachoeira de Paraguaçu, Bahia, em 13 de 
dezembro de 1814. Viúva do capitão-de-fragata Isidoro Antônio Néri, viu seus filhos, o 
cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidoro Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro 
Rebelo; seus irmãos Manuel Jerônimo Ferreira e Joaquim Maurício Ferreira, ambos oficiais 
do exército, serem convocados para a Guerra do Paraguai. 
 Ana Néri escreveu, então, ao presidente da província, uma carta em que oferecia seus 
serviços como enfermeira enquanto durasse o conflito.
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
 Partiu da Bahia, de onde nunca saíra, em 1865, para auxiliar o corpo de saúde do Exército, 
que era pequeno e contava com pouco material. Começou seu trabalho no hospital de 
Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas 
poucas freiras vicentinas. Mais tarde, assistiu os feridos em outros locais.
 De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens: foi condecorada com 
as medalhas de prata humanitária e da campanha, recebeu do imperador uma pensão 
vitalícia, com a qual educou quatro órfãos que recolhera no Paraguai. 
 Ana Néri morreu no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio 
de 1880.
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
Desenvolvimento da educação em Enfermagem:
 No final do século XIX o Brasil tem cidades crescendo e consequentemente aumentam 
as doenças e epidemias.
 O Serviço de Inspeção de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro, existente desde 1828, 
demonstra deficiência no controle das doenças.
 Em 1904, Oswaldo Cruz implanta a reforma, criando serviços públicos, vigilância e controle 
dos portos com quarentenas. Em 1920, Carlos Chagas cria o Departamento Nacional de 
Saúde Pública, exercendo ações normativas e executivas.
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
Desenvolvimento da educação em Enfermagem:
 Em 1890 é criada no Rio de Janeiro a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, 
pertencendo hoje à Unirio.
 Formação era baseada nos moldes das Escolas de Salpetrière, na França, curso de 2 anos 
e o currículo abordava aspectos básicos da assistência hospitalar, predominantemente 
curativa.
 Cruz Vermelha Brasileira passa a preparar voluntárias para o trabalho de Enfermagem.
 Fundação Rockefeller patrocina o projeto de organização do serviço de Enfermagem de 
Saúde Pública no Brasil, sob a orientação de enfermeiras norte-americanas.
 Em 1923 cria a Escola de EnfermagemAna Néri, baseada 
na adaptação americana do modelo nightingaleano
(exigências/princípios/decreto).
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
Desenvolvimento da educação em Enfermagem:
 A Enfermagem profissional era voltada prioritariamente para a área de ensino e de saúde 
pública, enquanto nos hospitais predomina a prática leiga e subserviente da Enfermagem, 
desenvolvida por religiosas ou por profissionais de qualificação menos complexa.
Enfermagem no Brasil Moderno:
 Décadas de 30 a 60 – subnutrição e falta de saneamento 
básico, privilegia práticas curativas e especializadas. Criação 
do Instituto Nacional da Previdência Social (1966). Incentivo 
a práticas privadas. Proliferação de cursos para atendentes, 
auxiliares e técnicos de Enfermagem. 
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
 Décadas de 70 a 80 – a partir de 1975, um novo modelo foi definido através da lei 6.229 
do Sistema Nacional de Saúde: Previdência Social pela assistência individual e curativa 
e o Ministério da Saúde pelos cuidados preventivos e coletivos.
 Aumento da produção científica em Enfermagem.
Década de 90 – herda o sucateamento do serviço de saúde. Implantação do SUS, 
consultas de Enfermagem.
 IX Conferência Nacional de Saúde, 1992 – sociedade, governo e saúde; implantação 
do SUS; participação do controle social no SUS.
 Alteração da carga horária da formação de enfermeiros 
de 2.500 para 3.000 horas.
Enfermagem no Brasil Moderno
 Educação em Enfermagem – Florence: treinamento de enfermeiras gratuito; estreita 
associação com os hospitais; independência financeira e administrativa; enfermeiras 
profissionais responsáveis pelo ensino; estudantes residindo próximo.
 Educação em Enfermagem – Princípios: Direção das Escolas por Enfermeiros; mais 
ensino metódico e não ocasional; seleção de candidatos: físico, moral, intelectual 
e aptidão profissional.
 Educação em Enfermagem – Primeiras Escolas Brasileiras: Escola de Enfermagem 
Alfredo Pinto, 1890, RJ; Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha, 1916, RJ; Escola Ana 
Néri, 1923, RJ; Fundação Rockefeller, 1927, RJ; Escola Carlos Chagas, 1933, MG
 Escola de Enfermagem Luisa de Marilac – RJ
 Escola Paulista de Enfermagem – 1939, SP
 Escola de Enfermagem da USP – 1944, SP
 Escola de Enfermagem São José – Santa Casa, 1959, SP
Enfermagem no Brasil Moderno – Escolas de Enfermagem
A história da Enfermagem teve importantes personagens que, com coragem e determinação, 
contribuíram para o crescimento da profissão. Assinale a alternativa correta:
a) Florence Nightingale fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que 
passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente.
b) Ana Néri fundou a primeira escola de Enfermagem do Brasil.
c) Oswaldo Cruz convidou Florence Nightingale para ensinar na primeira Escola de nível 
superior do Brasil.
d) Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem do Brasil.
e) Oswaldo Cruz convidou Ana Néri para ensinar na primeira 
escola de Enfermagem de nível superior do Brasil.
Interatividade
A história da Enfermagem teve importantes personagens que, com coragem e determinação, 
contribuíram para o crescimento da profissão. Assinale a alternativa correta:
a) Florence Nightingale fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que 
passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente.
b) Ana Néri fundou a primeira escola de Enfermagem do Brasil.
c) Oswaldo Cruz convidou Florence Nightingale para ensinar na primeira Escola de nível 
superior do Brasil.
d) Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem do Brasil.
e) Oswaldo Cruz convidou Ana Néri para ensinar na primeira 
escola de Enfermagem de nível superior do Brasil.
Resposta
Primeiras definições
 Enfermo está na origem do termo enfermeiro e provém da palavra latina infirmum > infirmu-, 
que significa “aquele que não está firme”.
 Na língua grega clássica, doença ou enfermidade dizia-se nósos. Desse ramo existem, 
na língua portuguesa, várias palavras com o elemento antepositivo noso-, por exemplo: 
nosologia, parte da medicina que trata das doenças em geral, e nosomaníaco, aquele que 
se julga doente, ainda que tenha saúde. Portanto, em grego não há relação direta com a 
palavra enfermeiro.
Desenvolvimento do conhecimento na Enfermagem
Anos 50
 Conferir as equipes de todas as unidades.
 Começar o relatório de 24 horas.
 Preencher prescrições.
 Fazer café.
 Ligar autoclave.
Evolução no papel desenvolvido
Atualmente
 Valorizar a assistência individualizada, centrada no paciente, enquanto as empresas 
hospitalares exigem do enfermeiro a responsabilidade pela assistência a grandes grupos 
de pacientes.
 Mercado de trabalho – enfermeiros qualificados no sentido não de estarem voltados para o 
cuidado individualizado somente, mas de executar atividades administrativas de organização 
do trabalho e delegação de tarefas. Espera-se que o enfermeiro faça supervisão e controle 
para a coordenação de tarefas específicas de cada grupo sob a sua responsabilidade.
Evolução no papel desenvolvido
 Ter um corpo de conhecimento especializado: conceitos e habilidades próprias 
e não “emprestados” de outras ciências da saúde.
 Usar o método científico para ampliar o corpo de conhecimentos: agrupando e analisando os 
dados obtidos através da investigação, tudo isso de forma sistematizada, e avaliando seus 
resultados.
 Ter conhecimento da política e da atividade profissional: promover autonomia profissional.
 Ter compromisso com a vida: reconhecer a ocupação escolhida como um trabalho de vida / 
senso de compromisso com o trabalho.
 Ensino superior, reconhecimento legal e código de ética.
Enfermagem hoje
Padrões de conhecimento e sua importância para o cuidar
 Para a American Nurses Association (ANA) a Enfermagem tem como objetivo o diagnóstico 
e tratamento das respostas humanas a problemas de saúde reais ou potenciais.
 A importância de se refletir sobre o papel social, político, técnico e até mesmo pessoal 
de uma profissão – neste caso, da Enfermagem – traz a discussão de sua origem e 
perspectivas, possibilitando apresentar novos objetivos e qual caminho percorrer. É na 
perspectiva histórica que se compreende como foram desenvolvidos os conhecimentos 
e práticas vividas na atualidade.
 Empírico ou a ciência da Enfermagem: é factual, descritivo, discursivamente formulado 
e publicamente verificável. Desenvolve um conhecimento abstrato e explicações teóricas.
 Pessoal em Enfermagem – experiência interior, experiências 
vividas, significado pessoal; enfermeiro/paciente.
 Estético – intuição, interpretação, compreensão e valor; através 
das ações, comportamentos, atitudes, condutas e interações da 
Enfermagem com as pessoas; a arte da Enfermagem.
Ético – envolve mais do que conhecer o código de ética profissional. Envolve julgamentos 
éticos constantes e implica confrontar valores, normas, interesses.
 É importante ressaltar que, embora descritos separadamente, os quatro padrões de 
conhecimento ocorrem de forma inter-relacionada, sendo que cada um deles contribui 
como componente essencial para a prática de Enfermagem.
Desconhecido – propõe a abertura para continuar observando e buscando, 
sem respostas prontas.
 Há referências também a outras dimensões: histórica, técnica, humanística e política.
Padrões de conhecimento e sua importância para o cuidar
 Seguindo caminhos semelhantes, Wanda Horta (1979, p. 3) apresenta, baseando-se na 
Teoria de Necessidades Humanas Básicas de Maslow, duas questões fundamentais: 
a quem serve a Enfermagem? Essa questão é finalmente respondida, em sua teoria, 
como uma afirmação: “a enfermagem é um serviço prestado ao ser humano”. Com que se 
ocupa a Enfermagem? Ela responde então que: “a enfermagem é parte integrante da equipede saúde e, como tal, se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrios e 
reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano”.
Padrões de conhecimento e sua importância para o cuidar
 Wanda Horta elaborou seu conceito de Enfermagem: Enfermagem é ciência e a arte 
de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo 
independente dessa assistência através da educação; de recuperar, manter e promover 
sua saúde, contando, para isso, com a colaboração de outros grupos profissionais 
(HORTA, 1979, p. 3).
Padrões de conhecimento e sua importância para o cuidar
 No Brasil, especialmente nas últimas décadas, o ensino de Enfermagem tem passado 
por muitas modificações em meio aos movimentos sociais.
 A Enfermagem exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas tinha um cunho 
essencialmente prático; daí porque eram excessivamente simplificados os requisitos para 
o exercício das funções de enfermeiro, não havendo exigência de qualquer nível de 
escolarização para aqueles que a exerciam. Essa situação perdurou desde a colonização 
até o início do século XX, ou seja, uma Enfermagem exercida em bases puramente 
empíricas.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 Para Carvalho (1972), o ensino teórico e o desenvolvimento intelectual do aluno mereciam 
pouca atenção e eram considerados secundários, sendo prioridade o cumprimento das 
tarefas diárias relacionadas com a assistência ao doente e os trabalhos de limpeza e higiene 
do ambiente.
 Além disso, as escolas de Enfermagem estabeleceram, por muitos anos, práticas como o 
internato obrigatório para as alunas, disciplina rígida – quase militar –, obediência cega aos 
superiores e longas horas de trabalho com redução do tempo de lazer e de descanso ao 
mínimo necessário, que hoje são consideradas, até certo ponto, ultrapassadas.
 O modelo de ensino implantado por Florence Nightingale, 
na Inglaterra, sistematizou o ensino teórico e prático.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 No Brasil, a profissionalização e o ensino de enfermagem iniciaram-se com o Decreto 
n. 791/1890,assinado pelo chefe de governo provisório da República, Marechal Deodoro da 
Fonseca. Esse decreto fixava os objetivos da escola, currículo, duração do curso, condições 
de inscrição e matrícula, título conferido, garantia de preferência de emprego 
e aposentadoria aos 25 anos.
 Dos candidatos exigia-se no mínimo saber ler e escrever, conhecer aritmética e apresentar 
atestado de bons costumes. No entanto, não contemplava recursos para a viabilização do 
curso, assim como as normas para sua concretização. (BRASIL, 1890; GUSSI, 1987).
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 O curso implementou em seu currículo desde noções práticas de propedêuticas até 
administração interna das enfermarias, surgindo assim a primeira escola de Enfermagem 
brasileira, denominada de Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras do Hospício 
Nacional de Alienados (EPEE). Essa escola foi criada anexa ao Hospício Pedro II, até então 
dirigido pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, e logo passou à administração 
federal, com atendimento direcionado à psiquiatria, com o corpo docente formado apenas 
por médicos psiquiatras.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
Com relação ao desenvolvimento do Ensino na Enfermagem, assinale a alternativa correta. 
a) A Enfermagem, exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas, tinha um cunho 
essencialmente teórico.
b) O modelo de ensino implantado por Wanda Horta, na Inglaterra, sistematizou o ensino 
teórico e prático.
c) A educação da mulher se limitava aos programas de ensino ministrados em colégios 
femininos religiosos.
d) No Brasil, a profissionalização e o ensino de enfermagem não se desenvolveram.
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
Interatividade
Com relação ao desenvolvimento do Ensino na Enfermagem, assinale a alternativa correta. 
a) A Enfermagem, exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas, tinha um cunho 
essencialmente teórico.
b) O modelo de ensino implantado por Wanda Horta, na Inglaterra, sistematizou o ensino 
teórico e prático.
c) A educação da mulher se limitava aos programas de ensino ministrados em colégios 
femininos religiosos.
d) No Brasil, a profissionalização e o ensino de enfermagem não se desenvolveram.
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
Resposta
 A EPEE surgiu diante da necessidade de formar profissionais qualificados para o 
atendimento aos enfermos de ambos os sexos quanto à preparação de futuros profissionais 
de Enfermagem, após a destituição das Irmãs de Caridade, com a nova direção do hospital 
pelo Dr. João Carlos Teixeira Brandão, pelo Decreto n. 508/1890. Esse decreto suspendia o 
atendimento das Irmãs em enfermarias masculinas, havendo assim falta de profissionais de 
Enfermagem, fato esse que favoreceu a criação da escola nas dependências do hospício. 
Nessa mesma década, o Dr. João Carlos Teixeira Brandão, solicitando a vinda das 
enfermeiras da França, foi prontamente atendido em fevereiro de 1893, quando foi firmado 
um contrato de 1893 a fevereiro de 1895 entre os ministros da França e do Brasil. Esse fato 
se tornou o segundo grande marco na história da Enfermagem no Brasil.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 Com a proclamação da República, as relações entre a Igreja e o Estado ficaram 
estremecidas, chegando ao rompimento. Houve a desvinculação do Hospício Nacional de 
Alienados da Santa Casa de Misericórdia, que repercutiu na estatização da assistência aos 
doentes mentais e fez com que os médicos assumissem o poder. As relações com as irmãs 
de caridade, responsáveis pela administração interna do hospital, se tornaram insustentáveis 
nesse novo sistema, a ponto de elas abandonarem repentinamente o serviço..
 Segundo Gussi (1987), um incêndio destruiu os arquivos da 
Divisão Nacional de Saúde Mental na década de 1960, o que 
impossibilita detalhes oficiais quanto ao funcionamento da 
EPEE até 1905 e também com relação à vinda das enfermeiras 
francesas ao Brasil para assumir o Hospício Nacional com a 
saída das religiosas.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 Essa escola, posteriormente denominada Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, hoje uma 
unidade da Unirio, inspirou-se na Escola de Salpetière, na França, embora a direção por uma 
enfermeira somente tenha ocorrido com mais de 50 anos de sua existência – precisamente, 
em 1943.
 Durante a Segunda Guerra Mundial, houve maior mobilização do País e as forças militares 
mobilizaram a participação de mulheres, representadas por enfermeiras, para prestar 
assistência aos soldados brasileiros que foram enviados ao combate. Com o envio da Força 
Expedicionária Brasileira (FEB) para a Itália, em 1944, foram designados 186 profissionais 
da área de saúde, entre os quais 67 eram enfermeiras.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 Em 1916, como repercussão do movimento mundial de melhoria nas condições de 
assistência aos feridos da Primeira Grande Guerra, a Cruz Vermelha Brasileira criou uma 
escola no Rio de Janeiro, subordinada ao Ministério da Guerra, preparando enfermeiras em 
curso de dois anos de duração (CARVALHO, 1972).
 Gerou a demanda de cursos de Enfermagem e a inserção de profissionais dessa área no 
serviço militar. A Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha, que possuía os cursos para 
enfermeiras profissionais (duração de três anos), samaritanas (duração de um ano) e 
voluntárias socorristas (duração de três meses), intensificou, entre 1942 e 1943.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 A criação da Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública (Decreto 
n. 15.799, de 10 de dezembro de 1922) constituiu de fato o início de uma nova era para a 
Enfermagem brasileira; o mérito do acontecimento deve-se, principalmente, a seu diretor, 
Carlos Chagas, e ao grupo de enfermeiras norte-americanas trazidaspela Fundação 
Rockefeller, a pedido dele, para prestarem serviço no departamento.
 Lideradas por Ethel Parsons e Clara Louise Kienninver, 
algumas dessas enfermeiras assumiram a responsabilidade 
pela direção e pelo ensino da escola, tendo influenciado 
grandemente no conteúdo da legislação que determinava 
o currículo a ser adotado e o Decreto n. 20.109/31, que 
instituiu a Escola Ana Néri como escola padrão para
efeito de equiparação.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 A Escola Ana Néri surgia num momento em que o Estado brasileiro emergente instituía 
políticas de saúde voltadas ao controle das grandes endemias e epidemias que colocavam o 
Brasil numa posição ameaçadora ao desenvolvimento do comércio internacional, porém 
contava com escassos equipamentos de saúde e mão de obra qualificada para a viabilização 
das ações coletivas propostas.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 O ensino da Enfermagem – constante implementação de mudanças curriculares nos cursos 
de graduação e discussões de propostas pedagógicas, sendo ainda influenciado pela 
evolução do contexto histórico e social da sociedade brasileira. Por sua vez, o perfil dos 
enfermeiros sofreu significativas alterações nos aspectos político, econômico e social, o que 
influencia na mudança da educação e da saúde no Brasil e no mundo. As novas diretrizes 
curriculares para o curso de Enfermagem têm adotado perspectivas mais humanistas. 
É esperado que a instituição universitária associe o máximo de qualificação acadêmica 
com o máximo de compromisso social, com vista a superar a fragmentação do conhecimento 
até hoje. 
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 O perfil do formando egresso descrito nas diretrizes curriculares é de um profissional com 
formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, qualificado para o exercício de 
Enfermagem, com base no rigor científico e intelectual, pautado nos princípios éticos. Deve 
ser capaz de reconhecer e intervir sobre os problemas/situações de saúde-doença mais 
prevalentes no perfil epidemiológico nacional, com ênfase na sua região de atuação, e ser 
capaz de identificar as dimensões biopsicossociais dos seus determinantes. Também é 
necessário que esteja capacitado para atuar, com senso de responsabilidade social e 
compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 Percebemos a influência político-religiosa e social no desenvolvimento das escolas de 
formação de enfermeiros, que no Brasil estiveram sempre ligadas à necessidade de mão 
de obra para os hospitais, iniciando com serviços de psiquiatria e, posteriormente, recebendo 
influência americana da Fundação Rockefeller na Escola Ana Néri. Impulsionada por 
epidemias de doenças e pela necessidade de implantar controles sobre as doenças, as 
escolas têm intensa proposta preventiva, apesar de o ensino prático se dar exclusivamente 
em hospitais.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
 Os cuidados em saúde são diretamente relacionados às culturas, políticas e crenças. 
Encontramos nomes relevantes para o desenvolvimento das ciências, e nos detemos em 
Florence Nightingale, inglesa de família nobre que se dedicou à Enfermagem, estudando e 
participando na assistência a feridos na Guerra da Crimeia. Ao retornar à Inglaterra, iniciou o 
projeto de formação de enfermeiros baseada em metodologia aceita até os dias atuais.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
A criação da Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública 
(Decreto n. 15.799, de 10 de dezembro de 1922) constituiu um fato importante para 
a época. Assinale a alternativa correta.
a) O mérito do acontecimento deve-se, principalmente, a seu diretor, Osvaldo Cruz.
b) O grupo de enfermeiras inglesas trazidas pela Fundação Rockefeller, a pedido do Diretor, 
prestou serviço no departamento da Escola de Enfermeiras.
c) O fato importante na criação da Escola foi o início de uma nova era para 
a Enfermagem brasileira.
d) A Escola de Enfermeiras foi a primeira Escola criada 
na Inglaterra.
e) Algumas dessas enfermeiras não conseguiram assumir 
a direção da Escola.
Interatividade
A criação da Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública 
(Decreto n. 15.799, de 10 de dezembro de 1922) constituiu um fato importante para 
a época. Assinale a alternativa correta.
a) O mérito do acontecimento deve-se, principalmente, a seu diretor, Osvaldo Cruz.
b) O grupo de enfermeiras inglesas trazidas pela Fundação Rockefeller, a pedido do Diretor, 
prestou serviço no departamento da Escola de Enfermeiras.
c) O fato importante na criação da Escola foi o início de uma nova era para 
a Enfermagem brasileira.
d) A Escola de Enfermeiras foi a primeira Escola criada 
na Inglaterra.
e) Algumas dessas enfermeiras não conseguiram assumir 
a direção da Escola.
Resposta
 GEOVANINI, T. et al. História da enfermagem: versões e interpretações. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Revinter, 2005.
 MANTOVANI, M. F.; SILVEIRA, M. F. A.; CADE, N. V. História da enfermagem: um roteiro 
para o ensino das práticas cuidativas. Rev.Bras.Enf.v.52,n.4,p.547-560.out/dez.1999 
 OGUISSO,T. Trajetória histórica e legal da enfermagem. 2.ed. São Paulo: Manole, 2007.
Referências bibliográficas
 BRASIL. Decreto n. 791, de 27 de setembro de 1890. Decreto de Criação da Escola 
Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1890.
 CARVALHO, A. C. de. Orientação e ensino de estudantes de enfermagem no campo clínico. 
1972. Tese (Doutorado) – Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, 1972.
 GUSSI, M. A. A institucionalização da psiquiatria e do ensino de enfermagem no Brasil. 1987. 
Dissertação(Mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São 
Paulo, Ribeirão Preto, 1987.
 HORTA, W. de A. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
Referências bibliográficas
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