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Dimerson Ramos Martins - Versao Final

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17
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuárias
Curso de Ciências Contábeis
Dimerson Ramos Martins
A COMPREENSIBILIDADE DA LINGUAGEM UTILIZADA PELA CONTABILIDADE
São Paulo
Novembro de 2020
Dimerson Ramos Martins
A COMPREENSIBILIDADE DA LINGUAGEM UTILIZADA PELA CONTABILIDADE
Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Professor M.S William Carlo Brasil Cei dos Santos
São Paulo
Novembro de 2020
Termo de Aprovação
A Compreensibilidade da Linguagem Utilizada pela Contabilidade
Dimerson Ramos Martins
Banca
	Orientador: William Carlo Brasil Cei dos Santos
	
	Nota:
	Convidado 1: Nena Geruza Cei
	
	Nota:
	Convidado 2: Valério Vitor Bonelli
	
	Nota:
Declaração de Ética e de Respeito aos Direitos Autorais
Declaro para os devidos fins, que a pesquisa foi elaborada por mim, e que não há, nesta monografia, cópias de publicações de trechos de títulos de outros autores sem a respectiva citação, nos moldes da NBR 10.520 de agosto de 2002.
	Dimerson Ramos Martins
	
	
	Assinatura
Dedicatória 
Aos meus pais por todas as oportunidades e incentivos que me deram durante toda a minha vida.
Em memórias da minha bisavó Edite Pereira da Silva.
À meus professores do ensino médio por ter me concedido todo o conhecimento para conseguir cursar ciências contábeis em uma instituição renomada como a PUC-SP.
Aos meus queridos colegas que me auxiliaram ao longo de minha trajetória na graduação: Danilo Sobrinho, Aline Feitosa, Juliana Queiroz e Maristela Silva.
Agradecimento 
Aos meus orientadores, professores William e Nena por seus apoios e inspirações no amadurecimento de conhecimentos e conceitos, e pela constante colaboração nesse processo de formação.
Resumo
O controle contábil é um instrumento de gestão empresarial que está relacionado a questão de sobrevivência organizacional, pois gera informações necessárias para a tomada de decisão em relação à gestão de fluxo de capital em empresas de prestação de serviços educacionais. Na atualidade devido ao intenso processo de globalização da economia muitas empresas foram motivadas a adotarem novos modelos de gestão empresarial e, consequentemente, a novas demandas por informações. Neste cenário a contabilidade tem o papel fundamental de suprir as necessidades de informações para a gestão empresarial. Em face deste cenário, a presente pesquisa teve como objetivo principal analisar a importância da compreensibilidade para a Comunicação da Informação Contábil. A metodologia adotada para o desenvolvimento deste estudo foi uma pesquisa bibliográfica. Os resultados deste estudo apontam que a contabilidade pode ser vista como uma linguagem porque possui características lexicais e gramaticais. Ou seja, a contabilidade pode ser definida como um conjunto de representações lexicais ou simbólicas, como débito, crédito etc., atribuídas a um significado por meio de regras de tradução conhecidas como terminologias contábeis e usadas como parâmetros para um conjunto de regras gramaticais ou manipulativas conhecidas como contabilidade técnicas
Palavras-chave: Controle contábil. Informações. Comunicação.
Abstract
Accounting control is an instrument of business management that is related to the issue of organizational survival, as it generates information necessary for decision making in relation to the management of capital flow in companies providing educational services. Currently, due to the intense globalization process of the economy, many companies were motivated to adopt new models of business management and, consequently, to new demands for information. In this scenario, accounting has the fundamental role of meeting the information needs for business management. In view of this scenario, the present research had as main objective to analyze the importance of comprehensibility for the Communication of Accounting Information. The methodology adopted for the development of this study was a literature search. The results of this study indicate that accounting can be seen as a language because it has lexical and grammatical characteristics. That is, accounting can be defined as a set of lexical or symbolic representations, such as debit, credit, etc., attributed to a meaning through translation rules known as accounting terminologies and used as parameters for a set of grammatical rules or manipulative techniques known as technical accounting
Keywords: Accounting control. Information. Communication.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 	12
1.1. Objetivo	13
1.2 Situação Problema	14
1.3 Metodologia	14
2 CONTABILIDADE	17
2.1. Os Princípios Fundamentais da Contabilidade	22
2.2.1. Princípio da Entidade	23
2.2.2. Princípio da Continuidade	24
2.2.3. Princípio da Oportunidade	24
2.2.4. Princípio do Registro pelo Valor Original	25
2.2.5. Princípio da Atualização Monetária	26
2.2.6. Princípio da Competência.................................................................................27
3 A LINGUAGEM UTILIZADA NA EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL	28
3.1 A TEORIA DA COMUNICAÇÃO E A LINGUAGEM CONTÁBIL...........................28
3.1 IMPORTÂNCIA DA COMPREENSIBILIDADE PARA A 
 COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL	30
4. UMA ABORDAGEM DA IMPORTÂNCIA DA COMPREENSIBILIDADE 
 PARA A COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL	33
4.1 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E A CONTABILIDADE	33
4.2 JARGÃO E CONTABILIDADE	33
4.3 CONTABILIDADE E COMUNICAÇÃO 	38
4.3.1 Direção vertical	38
2.3.2 Direção horizontal	38
4.4COMUNICAÇÃO INTERNA	40
4.5 COMUNICAÇÃO APLICADA NA CONTABILIDADE	57
4.6 CONCEITOS CONTABILÍSTICOS E COMPORTAMENTO
 INTERLINGUÍSTICO............................................................................................43
CONSIDERAÇÕES FINAIS	45
REFERÊNCIAS	46
 1 INTRODUÇÃO
A contabilidade é uma ciência gerencial que tem por objeto de estudo o patrimônio do indivíduo, tanto da Pessoa Física quanto da Pessoa Jurídica. Outro objetivo da ciência contábil é o estudo das variações quantitativas e qualitativas do patrimônio, conjunto de bens, direito e obrigações, das entidades, em outras palavras, é responsável pelo estudo das variações patrimoniais do indivíduo ou da entidade.
A contabilidade fornece o maior número de informações possíveis ao usuário, dessa forma, auxiliando no entendimento da real situação econômica da entidade. A contabilidade tem o objetivo de “informar aos usuários interessados o desempenho e variações das riquezas de determinada entidade contábil. No entanto, a maneira encontrada pela contabilidade para medir os fatos foi monetária”. Pode se dizer que o contador utiliza a contabilidade como ferramenta para controlar o patrimônio das entidades, através das técnicas contábeis, princípios, são capazes de extrair as informações das empresas, mensurar sua importância e informar os fatos contábeis aos donos da empresa. 
No entanto, um dos papeis da contabilidade é “Registrar dados e gerar informações para um novo enfoque de aspecto estratégico e integrador das áreas do conhecimento empresarial, sob a ótica dos números e das possibilidades de otimizá-lós”, o contador, através da contabilidade, garante o foco no crescimento da empresa e a atualização constante das técnicas contábeis para garantir que as empresas tenham bom resultado.
Todas as movimentações das empresas são registradas na contabilidade e apresentadas através de relatórios financeiros, de uma forma analítica para os usuários saberem como está indo à situação financeira da empresa. Através destes relatórios o profissional contábil considera os resultados obtidos e posteriormente inicia-se o processo de tomada de decisão. 
A contabilidade, também é responsável pela apuração do resultado da entidade, é a ferramenta capaz de fornecer ao usuário se a empresa tevelucro ou prejuízo em determinado período.
Cada vez mais o profissional da área contábil tem um papel importante no mercado de capitais, um dos seus principais papeis, envolve a interpretação do cenário econômico de uma forma global e analítica, uma vez que, esses dados analisados de uma forma gerencial podem auxiliar o futuro comportamento do mercado financeiro, desta forma, podemos comparar o contador com um jogador de xadrez, que necessita sempre estar um passo a frete para que nunca seja pego desprevenido, ou seja, o profissional desta área, por segurança deve sempre prever o comportamento do mercado financeiro, desta forma obtendo maior rentabilidade e minimizando as chances de perdas. 
O planejamento, consiste no serviço de preparação de uma tarefa, estabelecendo metas e trabalhando para que elas sejam atingidas, também é a forma mais correta e segura de adquirir um novo investimento. E por último um dos mais importantes aspectos do profissional contábil, a tomada de decisão, os processos decisórios decorrentes dos profissionais da contabilidade, podem ser explicados pela maneira que o profissional contábil gere as informações e aplica no mercado financeiro. 
O presente estudo em comento tem como objetivo geral a análise da compreensibilidade da linguagem utilizada pela contabilidade, conceituando a teoria da comunicação contábil e a importância de sua compreensibilidade para tomadas de decisões a partir das informações compartilhadas.
1.1. Objetivo
Como objetivos específicos espera-se:
· Conceituar a teoria da comunicação e a linguagem contábil.
· Analisar a importância da Compreensibilidade para a Comunicação da Informação Contábil
1.2 Situação Problema
A questão central consiste em se obter respostas para as questões formuladas na sequência:
· Os códigos linguísticos atualmente utilizados pela Contabilidade são bem compreendidos pelos usuários e não usuários?
· Os primeiros passos para o aprimoramento da comunicação contábil consistem em desenvolver metodologias adequadas para avaliar a sua compreensibilidade?
1.3 Metodologia
A pesquisa em comento teve um estudo teórico sobre o assunto relacionado ao presente trabalho. O estudo teórico feito durante toda a pesquisa visa aprofundar o assunto cada vez mais, abrangendo o conhecimento no que ajudou a entender mais sobre o tema pesquisado.
O método que se usou nesta pesquisa para o referencial teórico do tema foi de coleta de dados, via seleção de materiais (livros, artigos, teses, monografias, leis e documentos), sendo assim uma pesquisa bibliográfica. A técnica que foi a escolhida para ser aplicada a esta pesquisa foi a de coleta de dados bibliográficos, no qual foi consultado o acervo existente nas bibliotecas de onde foram escolhidos os autores que tem conhecimento aprofundado sobre o tema.
Segundo o que pontua Vergara (2011, p. 48), a pesquisa bibliográfica é concebida como o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral.
Segundo Tozoni-Reis (2010):
A pesquisa bibliográfica tem como principal característica o fato de que o campo onde será feita a coleta de dados é a própria bibliografia sobre o tema ou objeto que se pretende investigar. (TOZONI-REIS, 2010, p.42)
Para (Gil, 2010) “...a pesquisa bibliográfica, como qualquer outra, desenvolve-se ao longo de uma série de etapas”, nestas condições deve ser observado as etapas que seguem:
Escolha do tema;
Levantamento bibliográfico preliminar;
Formulação do problema;
Elaboração do plano provisório de assunto;
Busca das fontes;
Leitura do material;
Fichamento;
Organização lógica do assunto; e
Redação do texto.
Para (Tozoni-Reis, 2010, p. 42), serão descritos abaixo as etapas de uma pesquisa aplicada ao tipo bibliográfica.
· Delineamento da pesquisa: elaboração do projeto de pesquisa.
· Revisão bibliográfica: para delinear melhor o problema de pesquisa, o pesquisador deve fazer uma pesquisa bibliográfica sobre o seu objeto. Isso permite que o estudioso se aproprie de conhecimentos para a compreensão mais aprofundada do assunto e do tema.
· Coleta de dados: leitura cuidadosa dos autores e obras selecionados para coleta de dados para análise.
· Organização dos dados: estudo exaustivo dos dados coletados, organizando-os em categorias de análise.
· Análise e interpretação dos dados: discussão dos resultados obtidos na coleta de dados.
· Redação final: elaboração do relatório final da pesquisa na forma exigida para o nível de investigação empreendido - monografia, trabalho de conclusão de curso, dissertação de mestrado, tese de doutorado ou outro tipo de relatório. 
A pesquisa caracteriza-se como descritiva e quanto aos procedimentos e à abordagem do problema de forma qualitativa. 
Vergara (2011) nos afirma que a abordagem qualitativo-descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno, podendo, inclusive, estabelecer correlações entre variáveis. 
2 CONTABILIDADE 
A contabilidade tem sua origem nos primórdios da civilização humana, pois desde épocas remotas o homem já demonstrava interesse em controlar suas riquezas. De acordo com Santos (2001, p.1):
O homem primitivo já apresentava a preocupação com a variação da riqueza que detinha. Com o uso de sua arte, passou a contabilizar sua riqueza patrimonial através de inscrições nas paredes das grutas (produzindo pinturas) onde qualificavam o objeto patrimonial e simbolizavam o registro da quantidade desse mesmo bem. 
O processo de evolução da contabilidade foi lento, pois acompanhou o processo de desenvolvimento econômico, político e social da humanidade. Foi somente a partir de 1450, com a invenção da imprensa escrita que a Contabilidade foi aperfeiçoada, principalmente com a publicação de um trabalho do frei italiano Luca Pacioli, sobre a partida dobrada, no ano de 1494 (SOMBRA, 2013).
Os conceitos de contabilidade passaram a ser analisados com a publicação da obra de Ângela Pietra, em 1586, sobre escrituração contábil. Na Itália, em 1923, com Vicente Masi, a contabilidade ganha contornos científicos (SOMBRA, 2013).
Segundo Santos (2001, p1) o objetivo da doutrina de Masi era “conhecer as relações que existem entre os acontecimentos da riqueza patrimonial e explicar o que acontece com esta, a partir das referidas relações”.
Inicialmente o foco maior da contabilidade era o registro. Entretanto, em 1840, Francesco Villa, com sua obra La contabilitá applicata alle amministrazione private e publiche revoluciona o pensamento da ciência contábil apontando que esta não deveria se limitar apenas aos registros.Guisepe Cerboni foi o precursor do personalismo na ciência contábil e Fabio Besta foi o precursor dos controlistas, sendo ambas importantes para o desenvolvimento da contabilidade enquanto ciência (REIS et al, 2008). 
Santos (2001, p.1) afirma que:
Os controlistas admitiam que o objetivo fosse estudar a matéria sob o ângulo do controle da riqueza e o que de forma correlata com este se relacionasse. Esta corrente foi de extrema importância, sendo consideradas umas das mais expressivas produções da era moderna científica.
Verifica-se, desta forma, que a contabilidade teve avanços em seu desenvolvimento enquanto ciência e que ao longo do tempo assumiu várias funções e apresentou características diferenciadas. Atualmente a contabilidade é considerada como importante ferramenta na gestão dos negócios, tendo em vista que a empresa pode aprimorar seu desempenho através da análise de seus demonstrativos contábeis, os quais se apresentam como fonte segura de informações (GOMES; CRUZ, 2010). Na perspectiva de Attie (2006 p.24):
A Contabilidade tem a finalidade precípua de promover os meios informativos e de controle com o intuito de coletar todos aos dados ocorridos na empresa e que tenham, ou possam ter, impactos e causar variações em sua posição patrimonial e dos resultados auferidos pela gestão da Administração da entidade.
Dito em outras palavras, a contabilidade permite o controle das informações em qualquertempo, dando visibilidade e transparência para fins legais de controle, fiscais ou outras ocorrências dentro da empresa. A contabilidade pode gerar informações valiosas acerca do patrimônio empresarial. Com a análise e interpretação dos dados obtidos, é possível a tomada de decisão com eficácia, de forma que gere bons resultados nos negócios da empresa. A análise é feita sobre dados quantitativos e possibilita o administrador escolher qual a melhor decisão a ser tomada, e isto reduz as incertezas (HALL et al, 2012). 
Assim sendo, compreende-se que as informações contábeis, são fundamentais dentro do processo administrativo da empresa, tendo em vista que o administrador poderá visualizar quantitativamente o alcance de seus objetivos e, assim poderá avaliar suas ações, bem como planejar as atitudes futuras.
A principal definição do objetivo da Contabilidade, com enfoque em suas funções, é dada pela AICIPA (American Institute of Certified Plublics Accontants), pois ela traz em seu bojo a ênfase no balanço patrimonial e no resultado do exercício, demonstrando assim, a capacidade de predição que a informação contábil possui (BORNIA;WERNECK, 2001).
. Segundo Bonizio (2004, p.5):
Medir os recursos possuídos por entidades especificas, refletir os direitos contra estas entidades e os interesses nelas existentes, medir as variações destes recursos, medir as variações destes recursos diretos e interesses, atribuir as variações a períodos determináveis, exprimir os dados anteriores a em termos monetários como denominador comum.
Nesta visão, a contabilidade se apresenta a como um instrumento eficaz para apoiar a tomada de decisão, em qualquer momento, dentro da empresa. Os relatórios financeiros, nos quais são apresentados os dados contábeis, possibilitam as análises dos custos e o controle do orçamento empresarial. Desta forma, entende-se que a Contabilidade gera informações financeiras adequadas aos seus usuários, utilizando princípios e normas, auxiliando em decisões e demonstrando a realidade financeira da empresa (GOMES; CRUZ, 2010). 
Para assegurar a qualidade das informações contábeis, é necessário observar os conceitos básicos expressos nos Princípios Fundamentais da Contabilidade. Nas Ciências Contábeis, como em qualquer outra ciência são definidos os princípios que servem de base para a orientação e para a condução, de forma razoável, de determinados eventos (HALL et al, 2012).
Neste sentido, a obediência aos princípios contábeis proporciona elementos de comparação entre empresas do mesmo ramo, uma vez que utilizam os mesmos critérios na elaboração das demonstrações contábeis. 
Assim sendo, com a finalidade de oferecer amplo apoio à gestão empresarial, a contabilidade nos tempos atuais, passa a ser considerada como um instrumento eficaz para o administrador, e não apenas um meio de registrar dados financeiros. 
Desta forma, a contabilidade permite o controle das informações em qualquer tempo, dando visibilidade e transparência para fins legais de controle, fiscais ou outras ocorrências dentro da empresa.
A utilização da contabilidade no processo decisório das empresas tem alcançado papel relevante no mundo dos negócios, haja vista que, o fluxo de informações no mercado financeiro é altamente turbulento e a gestão de informações contábeis de qualidade se apresenta como um desafio para as empresas. 
A Contabilidade tem a finalidade precípua de promover os meios informativos e de controle com o intuito de coletar todos os dados ocorridos na empresa e que tenham, ou possam ter, impactos e causar variações em sua posição patrimonial e dos resultados auferidos pela gestão da Administração da entidade (ATTIE, 2006 p. 24).
A contabilidade pode gerar informações valiosas acerca do patrimônio empresarial. Com a análise e interpretação dos dados obtidos, é possível a tomada de decisão com eficácia, de forma que gere bons resultados nos negócios da empresa. A análise é feita sobre dados quantitativos, possibilita o administrador escolher qual a melhor decisão a ser tomada, e isto reduz as incertezas. 
As informações contábeis são fundamentais dentro do processo administrativo da empresa, tendo em vista que o administrador poderá visualizar quantitativamente o alcance de seus objetivos e, assim poderá avaliar suas ações, bem como planejar as atitudes futuras.
Nesta visão, a contabilidade se apresenta a como um instrumento eficaz para apoiar a tomada de decisão, em qualquer momento, dentro da empresa. Os relatórios financeiros, nos quais são apresentados os dados contábeis, possibilitam as análises dos custos e o controle do orçamento empresarial. Para Rocha e Mendes (2005, p.1), o objetivo da contabilidade é:
Fornecer informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança. Isto exige um conhecimento do modelo decisório do usuário e, de forma mais simples, é preciso perguntar ao mesmo quais as informações que julga relevante ou as metas que deseja maximizar, a fim de delinearmos o conjunto de informações pertinentes.
Desta forma entende-se que a Contabilidade gera informações financeiras adequadas aos seus usuários, utilizando princípios e normas, auxiliando em decisões e demonstrando a realidade financeira da empresa. Com a finalidade de oferecer amplo apoio à gestão empresarial, a contabilidade nos tempos atuais, passa a ser considerada como um instrumento eficaz para o administrador, e não apenas um meio de registrar dados financeiros. 
A informação contábil tem a finalidade de informar os usuários sobre as demonstrações da empresa. Por esta razão, a exposição dos resultados obtidos através de relatórios financeiros deve considerar os conhecimentos que os usuários possuem sobre a empresa, uma vez que a informação contábil deve atingir seu objetivo que é o de comunicar claramente a situação financeira da empresa. Na perspectiva de Bonizio (2004, p.74):
Do ponto de vista prático, a divulgação de um resultado (lucro) que pode não ocorrer a um usuário que não tem conhecimento dos risos envolvidos neste fato (o resultado não ocorrer) pode criar expectativas que levem este usuário a decisões que não sejam as mais adequadas do ponto de vista econômico e financeiro .
Portanto, entende-se que as informações sobre as possibilidades de lucro ou de risco, são de fundamental importância para os gestores empresariais, sendo que precisam estar claramente expressas nos relatórios financeiros 
A Ciência Contábil participa diretamente do processo de globalização e de negócios, logo, cresce a necessidade de uniformizar a linguagem dos contabilistas em todo o mundo. Em face de este cenário, os profissionais contabilistas, devem aprimorar as estratégias de atuação, a fim de satisfazer as necessidades de seus clientes, em relação aos serviços oferecidos, bem como cativar clientes potenciais.
2.1. Os Princípios Fundamentais da Contabilidade
	Para assegurar a qualidade das informações contábeis, é necessário observar os conceitos básicos expressos nos Princípios Fundamentais da Contabilidade. Nas Ciências Contábeis, como em qualquer outra ciência são definidos os princípios que servem de base para a orientação e para a condução, de forma razoável, de determinados eventos.
Na visão de Attie (2006, p.89) os Princípios Contábeis são “os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras”.
Neste sentido a obediência aos princípios contábeis proporciona elementos de comparação entre empresas do mesmo ramo, uma vez que utilizam os mesmos critérios na elaboração das demonstrações contábeis.
2.2.1. Princípio da Entidade
– O patrimônio da entidade não se confunde com o de seus sócios ou acionistas ou proprietário individual. 
– A contabilidade é mantida para a empresa como uma entidade identificada, registrando os fatos que afetam o seu patrimônio e não o de seus titulares,sócios ou acionistas. 
– Este princípio afirma a autonomia patrimonial evidenciando que este não se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários, no caso de sociedades ou instituições. 
	Na perspectiva de Souza (2008, p.1):
Este princípio reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade de se diferenciar o patrimônio da empresa do patrimônio dos sócios, acionistas ou proprietários da mesma. 
De acordo com este princípio, o patrimônio da empresa não se confunde com o dos seus sócios, ou seja, o patrimônio da empresa é autônomo em relação a todos os outros existentes. Uma vez que o patrimônio é objeto da Contabilidade, ele deve ser examinado de acordo como pertencente à Entidade.
2.2.2. Princípio da Continuidade
– A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
– Pressupõe a continuidade indefinida das atividades operacionais de uma entidade até que haja evidências ou indícios muito fortes em contrário. Por conseqüência, como as demonstrações financeiras são estáticas não possa e não devem ser desvinculadas de períodos anteriores e subseqüentes. 
Silva (2002, p.1) afirma que “a continuidade ou não de uma Entidade (empresa), bem como a sua vida estabelecida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das variações patrimoniais”.
Desta forma, a continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor e o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da sociedade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
2.2.3. Princípio da Oportunidade
– Refere-se simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
– Reconhecimento imediato de ativos e passivos nos registros contábeis, considerando-se, inclusive, para os casos em que não haja uma prova documental concreta, a possibilidade de uma estimativa técnica, razoável e objetiva, visando evitar o liberalismo por parte das pessoas. 
Para Medeiros (2007, p.1):
A integridade dos registros é de fundamental importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma entidade.
Assim, a fidedignidade da auditoria é expressa de acordo com a integridade dos registros dos fatos contábeis, por isso é imprescindível que sejam realizados todos os registros de todas as variações sofridas pelo patrimônio, utilizando procedimentos adequados que visem a representação fiel das informações contábeis.
 2.2.4. Princípio do Registro pelo Valor Original
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valore originais das transações com o mundo exterior, expressos em valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade. De acordo com Mendonça (2008, p.1):
A avaliação dos componentes patrimoniais deverá ser feita pelos valores originais das transações com o mundo exterior (valores de entrada), expressos sempre em moeda nacional, independente de se resultaram ou não de livre negociação e em condições de razoável igualdade entre as partes.
Desta forma, através deste princípio, pode-se ordenar os componentes do patrimônio de acordo com seu registro inicial efetuados na data de transação da empresa com outra entidade.
2.2.5. Princípio da Atualização Monetária
– Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
– Indica a necessidade de reconhecimento da perda do poder aquisitivo da moeda sobre os valores que integram as demonstrações financeiras. 
– O objetivo do princípio da atualização monetária é o de eliminar das demonstrações financeiras da entidade as distorções causadas pela desvalorização da moeda. 
Segundo Mendonça (2008, p.1) “a Atualização Monetária busca atualizar o valor original, e não o valor de mercado, por isso não se trata de uma “correção”, e sim de uma “atualização dos valores originais”.
Assim sendo, a atualização monetária deve ser realizada através de meios que reflitam a variação existente na economia brasileira, tais como: moedas referenciais ou indexadores.
2.2.6. Princípio da Competência
– As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
– as receitas e as despesas são atribuídas aos períodos de acordo com a real, inocorrência dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não quando são recebidos ou pagos. 
Na perspectiva de Silva (2002, p.1), o princípio da Competência estabelece que:
As Receitas e as Despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que foram geradas, sempre simultaneamente quando se correlacionarem (Princípio da Confrontação das Despesas com as Receitas), independentemente de recebimento ou pagamento. Prevalece sempre o período em que ocorreram.
Através do princípio da Competência pode-se estabelecer quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio da empresa, a partir do reconhecimento das receitas e despesas geradas em um determinado período.
2.2.7. Princípio da Prudência
– Determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. – Visa a prudência na preparação dos registros contábeis, com a adoção de menor valor par os itens do ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de despesa. 
Conforme Medeiros (2007, p.1) “O princípio da prudência deve ser observado quando surgirem dúvidas sobre a correção dos valores a serem registrados”.
Busca-se com a aplicação do princípio da Prudência a forma de se obter menor patrimônio líquido, sem a utilização de valores artificiais que visem o favorecimento de administradores ou demais integrantes da empresa
3 A LINGUAGEM UTILIZADA NA EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL
3.1 A TEORIA DA COMUNICAÇÃO E A LINGUAGEM CONTÁBIL
Os estudos de Iudícibus (1997) apontam que a abordagem da Teoria da Comunicação se apresenta como um elemento que beneficia a Contabilidade,lecionando ainda que o processo de comunicação contábil, neste contexto, precisa considerar a habilidade que os usuários possuem para poderem fazer uma correta interpretaçãoda informação que lhe foi transmitida.
Já as pesquisas realizadas por Carvalho (1991) lecionam sobrea relevânciaque a comunicação contábil possui, salientando que o profissional contador irá ser, certamente, o maior comunicador da vida empresarial e leciona ainda que a vida deste profissional passará a ser a cada dia mais focada no processo de maximização da aplicação da comunicação.
Analisando então à relação que existe entre a Contabilidade e a Teoria da Comunicação, as lições de Smith & Smith (1971) apontam que os conceitos aplicados nessa teoria possivelmente são usados com o intuito de fazer a avaliação de que se a Contabilidade se encontra cumprindo corretamente o papel de comunicar as informações financeiras. Os referidos autores ainda ressaltam que caso este papel não seja adequadamente realizado, os demonstrativos contábeis vão se transformar em elementos ineficazes.
Segundo a concepção de Laudie (1987), podemos compreender que a Contabilidade se apresenta como um processo de comunicação bidirecional e interpessoal, salientando ainda que o estudo sistemático dos usuários da mensagem contábil se fundamenta no questionamento referente ao significadodo que está desejando comunicar. Laudie (1987) ainda evidencia que a linguagem é uma forma de se expressar o mundo real e, dessa maneira, necessita da realização de ajustes incessantes por conta dos agentes que constituem todo o processo. Podemos ver ainda que essa realidade possui relevantes implicações na forma em como é preciso fazer a condução das pesquisas no campo da Teoria contábil e na maneira de se compreender a função que a Contabilidade deve realizar no processo econômico.
Desta forma, a compreensão da Contabilidade como uma linguagem fica evidente na percepção de diversos outros autores. Sendo assim, os estudos de Horngren (1974), para exemplificar, determina que a Contabilidade pode ser entendida como uma linguagem que conta com um vocabulário especial, ficando este focado em fazer a transmissão da história financeira das empresas.
Com um entendimento semelhante, as pesquisas de Mills (1990) apontam que a Contabilidade possui uma determinada dependência de terminologia especializada, onde fica habitualmente vinculada em um certo contexto histórico.
Neste sentido, as palavras de Ijiri (1975:14) determinam ainda que a Contabilidade, como linguagem dos negócios, precisa se embasar em algumas regras e se adequar ainda às alterações ambientais para não correr o risco de ser inadequadamente entendida, vejamos:
Como a linguagem dos negócios, a contabilidade tem muitas coisas em comum com outras línguas. (...) Para expressar um evento em contabilidade ou em inglês, devemos seguir certas regras. Sem seguir certas regras diligentemente, não apenas corre-se o risco de ser mal entendido, mas também corre o risco de penalidade por falsa declaração, mentira ou perjúrio. (...) Ao mesmo tempo, a linguagem tem que ser flexível o suficiente para se adaptar a um ambiente em mudança (IJIRI, 1975, p. 14) .
Os estudos de Bedford E Beladouni (1962) compreendem que a Teoria Matemática da Comunicação, elaborada através das pesquisas de Shanon, é capaz de atuar como uma ferramenta extremamente valiosa ao se realizar as pesquisas contábeis, não somente por conta de sua base matemática, mas especialmente por conta de sua estrutura conceitual, que através desta a informação deve ser abordada como um fenômeno que diminui as incertezas e sofre uma influência relevante do estado mental do receptor.
Com um entendimento muito parecido, as palavras de Hendriksen (1999) agregam valor ao assunto dizendo assim “devido às limitações de atenção e da capacidade de compreensão dos seres humanos, os dados contábeis precisam ser resumidos para terem significado e serem úteis”. (HENDRIKSEN, 1999, p. 524).
O referido autor continua lecionando dizendo que os "títulos e descrições apropriados dos itens contidos nas demonstrações podem ser esclarecedores para o leitor, mas termos obscuros só podem levar à confusão ou incompreensão". (HENDRIKSEN, 1999, p. 524).
2.1 IMPORTÂNCIA DA COMPREENSIBILIDADE PARA A COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Levando-se em consideração que o real objetivo da Contabilidade é ser capaz de proporcionar dados relevantes para os seus usuários, é impossível entendê-la sem considerar a qualidade da informação e o fator da eficiência de se comunicar essa informação. Neste sentido, a informação contábil fundamenta todo o trabalho do profissional contador, sendo assim ela possui a necessidade de ser confiável e preparada com o intuito de tornar mais fácil a sua compreensibilidade pelos seus destinatários.
Desta forma, a compreensibilidade se apresenta como um atributo qualitativo da informação contábil, e as suas peculiaridades são elencadas através da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Nº 1.374/11,tratando-se ainda da NBC-TG (cap. 3, item QC30), que diz assim: “Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível”. As palavras de Gagliardi (1987, apud DIAS FILHO, 2000 p.42) complementam salientando que “a compreensibilidade das informações deve ser meta constante a ser atingida pela administração, contadores e auditores, para que a Contabilidade cumpra o seu objetivo de suprir estratos de usuários com informações claras e justas”.
Desta maneira, as palavras de Dias Filho (2000, p.40) apontam ainda que, caso a contabilidade seja entendida “...como um fim em si mesma, isto é, desvinculada das necessidades do usuário, torna-se um instrumento estéril, sem qualquer serventia”. A compressibilidade dos relatórios contábeis precisa considerar incessantemente o seu público-alvo. Sendo assim, o contador, quando recebe a informação, o profissional precisa descodificá-las com o objetivo de fazer com que o seu conteúdo se torne mais claro e inteligível para o usuário.
Dessa maneira, na literatura contábil, e a própria Resolução CFC nº 1.374/11 (cap. 3, item QC32),determina que os usuários das informações contábeis precisam contar com um adequado conhecimento sobre negócios, atividades econômicas e Contabilidade, precisando ainda, seja em qual for a ocasião, informações complexas e importantes podem ser eliminadas ao se observar que o usuário não as compreende. Cabe então apontar ainda que as informações de maior importância não devem ser deixadas de lado, entretanto, é preciso também que o profissional contábil procure fazer uma eficiente adequação na linguagem, objetivando tornar mais simples a compreensão do usuário, utilizando para tanto o uso de termos de fácil compreensão, evitando a linguagem técnica.
Com a referida realidade, podemos concluir que a compreensibilidade se encontra associada diretamente com uma correta comunicação da informação. Devemos ainda levar em consideração que 
[...] o valor das informações depende da capacidade que elas tenham de melhorar o conhecimento sobre determinada realidade, reduzindo riscos e incertezas, de tal maneira que seus destinatários se sintam mais apoiados no processo decisório (NAKAGAWA et. al., 2001, p.47).
Um diferente elemento que deve ser salientado são as terminologias técnicas, conhecidas ainda como jargões que são característicos de qualquer profissão. Pode-se compreender adequadamente que a sua utilização é adequada em um ambiente profissional específico. Entretanto, é necessário ficar atento no instante da comunicação com os destinatários da informação, em muitas ocasiões, não compreendem a linguagem peculiar de cada profissão
Segundo Nakagawaet. al. (2001 p. 48):
Da mesma forma como a imprensa precisa seguir certas regras no uso de uma língua para veicular informações de interesse público, a Contabilidade também deve observar regras específicas para comunicar os eventos de natureza econômica que interessam aos usuários das informações contábeis.
Neste sentido, ao realizar a transmissão de uma mensagem o emissor terá a possibilidade de fazer uso de inúmeros recursos com o objetivo de tornar mais simples o processo de comunicação.
4. UMA ABORDAGEM DA IMPORTÂNCIA DA COMPREENSIBILIDADE PARA A COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
4.1 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E A CONTABILIDADE
	Este tema é bastante abrangente e influencia diretamente a gestão dos processos organizacionais. A partir disto é necessário abordar o tema de forma detalhada. A comunicação empresarial, como elemento essencial das organizações, possui vários conceitos. Tavares (2010), por sua vez, descreve:
Num passado remoto, até os anos de 1970 a comunicação existia nas organizações de forma pouco agregada. Ou seja, existia a comunicação, porém sem um conceito integrado. Isto porque eram raras as organizações que possuíam departamentos específicos para organizar e planejar as ações de comunicação. Os primeiros cursos de comunicação começaram a existir nessa época; assim, não havia profissionais em número suficiente para atender às demandas das organizações. Além disso, a comunicação ainda era vista como despesa e não como investimento (TAVARES, 2010, p.12). 
	Ainda a comunicação empresarial limitava-se muito ao relacionamento entre as organizações e os veículos de comunicação, visando basicamente à criação, manutenção ou desenvolvimento deuma imagem positiva perante os seus públicos de interesse. Com o tempo a comunicação empresarial mudou. Atualmente, os profissionais devem pensar sobre a comunicação de forma mais ampla. O significado disso é a expansão e a integração total da comunicação empresarial (TAVARES, 2010, p.114).
	A partir desta evolução Tavares (2010) apresenta que como a Teoria da Comunicação, ou seja, a comunicação existente entre a “organização” (empresas privadas, empresas públicas, instituições etc.) e os seus públicos de interesse: cliente interno ou funcionário da organização, fornecedores, distribuidores, clientes, prospectos, mídia e a sociedade em geral.
Corroborando com o tema, Pimenta (2006, pg.15) mostra que a comunicação dentro da empresa contribui para a definição e concretização de metas e objetivos, além de possibilitar a integração e equilíbrio entre seus componentes (departamentos, áreas.). A partir do sistema de comunicação criado internamente, a empresa interage com três grandes sistemas:
1. O sócio-político, que envolve valores da sociedade contemporânea e as políticas do MA (Meio Ambiente);
2. O econômico que compreende os padrões de competição e as leis de mercados;
3. O microclima interno das organizações, que define normas e políticas das operações empresariais.
	Complementando, tem-se o conceito Roger, (2010) que cita que a compreensão da comunicação da linguagem contábil, de fato, tratada seriamente como uma das mais eficientes e poderosas ferramentas estratégicas, ainda é, neste país, privilégio de que poucos profissionais possuem, e aceitam essa atividade como investimento e não como despesa. 
Marchirio (2010, p.26) afirma:
A comunicação é muitas vezes tratada como apenas uma das muitas atividades organizacionais, como mais uma ferramenta de gestão. Presta-se atenção á transmissão de significado, de informação, de conhecimento e aos efeitos de diferentes mensagens. Entretanto, a comunicação, cada vez mais, vem sendo reconhecida como o processo fundamental pelo qual as organizações existem e como ponto central para a análise da produção e reprodução organizacional. (MARCHIORI, 2010, p.26). 
	
Um dos tipos de comunicação que faz a união entre a comunicação institucional, interna e de contábil é a comunicação integrada, como Tavares (2010, p.13), afirma.
A compreensão da comunicação empresarial integrada significa todo o esforço de trabalhar toda a comunicação da organização (interna, institucional e de contábil) de forma planejada e integrada. Não existe mais espaço para ações fragmentadas de comunicação. Todos os públicos de interesse da organização devem não só estar à parte, mas também participar do processo de comunicação. É mais ou menos o seguinte; o publico de interno fica sabendo de ações institucionais e de marketing; os clientes ficam sabendo de ações internas e institucionais; e a sociedade em geral fica sabendo de ações internas, institucionais e de marketing da organização. 
	Comunicação empresarial, segundo Kaplan (1993), se torna uma ferramenta estratégica para sobrevivência da organização, de modo que através da utilização da comunicação como estratégia, as organizações tendem a se relacionar cada vez mais eficaz com seu público de interesse. É importante reconhecer a comunicação no mundo dos negócios, não como um evento isolado, mas como um processo contínuo, parte de uma sequência de eventos isolados. Estes se devem menos aos fatos do que à interação ao ajustamento entre o comunicador e o seu público. A qualidade desse ajustamento é o que determina a diferença entre falar e ser ouvido (KAPLAN, 1993).
	A estratégia comanda o ajustamento. Como uma boa e disciplinada costureira, a estratégia faz com que a pessoa tire um pouco daqui e ponha mais um pouco ali, sempre ajustando as suas ideias à estrutura mental do seu público. Ao todo, são necessários dezenas, talvez centenas de pequenos atos de comunicação. Cada pequeno sucesso amplia a reação em cadeia que, mais cedo ou mais tarde, gerará a compreensão (KAPLAN; 1993).
	Reafirmando Kaplan (1993) quando cita que é a confiança mútua que irá preencher a mais terrível das lacunas, a distância entre duas mentes. O raciocínio estratégico visa unicamente as pessoas com que falamos. Filtra suas ideias através da malha de seus desejos e necessidades. Isto cria uma estrutura que molda os conceitos, a linguagem e o estilo de forma satisfazer simultaneamente os nossos desejos e as necessidades insatisfeitas das pessoas com que falamos (KAPLAN;1993).
	Trata-se de nos concentrarmos em princípios de estratégia, não em táticas. Desenvolver estratégias que focalizem em Kaplan (1993).
· A identidade do público visado;
· O objetivo da comunicação;
· A mensagem;
· A tonalidade.
	Cada um desses elementos suscita uma questão específica acerca de um ou outro aspecto da comunicação que o profissional entenda, como, 
· Com quem estou falando?
· O que quero deles?
· Como irei obtê-lo?
· Qual a impressão geral que desejo criar?
	A comunicação empresarial em contabilidade tem vários canais para obter uma comunicação, assim Pimenta (2006), evidência a comunicação de massa. As empresas utilizam a comunicação para interagirem com a sociedade (público externo) e seus funcionários (público interno). Para o público externo, elas são usadas para:
- Veicular propaganda: elas constituem uma das formas de as empresas fazerem marketing de seus produtos; além disso, a IC (Indústria cultural) é financiada pela propaganda;
- Fazer comunicados sobre suas atividades e projetos: construindo a imagem institucional da empresa (PIMENTA, 2006).
Para Faria e, Suassuna (1982, p.35):
Na verdade, o recebedor é peça mais importante do processo de comunicação, pois quem fala ou escreve quer ser entendido. O valor de uma revista ou de um jornal está em função dos números de leitores, e o valor de uma emissora de televisão, em função dos números de telespectadores. A preocupação da fonte com os elementos disponíveis para decodificar a mensagem comanda o processo de estruturação das idéias.
A comunicação são instrumentos, neste sentido que podem ser usados de forma positiva ou negativa, dependendo de quem os possua. Servem para a informação, tendendo a elevar a exigência dos consumidores e, consequentemente, a qualidade dos produtos. Schwartz (1995) defende que atualmente há uma tendência para mudança de uma sociedade de massa para uma de redes, com aumento do uso de redes de comunicação via computadores. Consolidando-se essa possível conjuntura, provavelmente haveria preponderância na qualidade, na interação, na criatividade, na individualidade e no conhecimento (PIMENTA, 2006).
	
4.2 JARGÃO E CONTABILIDADE
Esse sentimento desconfortável pode ser replicado em qualquer setor. Conhecer o jargão é um ponto de entrada no círculo interno - um indicador de que o profissional realmente pertence. Portanto, se a pessoa está começando a pensar em seguir uma carreira em contabilidade, o primeiro passo é familiarizar-se com alguns dos termos, acrônimos e abreviações básicos de contabilidade existentes.
Por causa das credenciais confusas, dos diferentes mitos contábeis e desses termos do setor, não é incomum que as pessoas pensem que trabalhar em contabilidade é inacessível quando, na verdade, ela apenas possui seu próprio idioma. A contabilidade é um instrumento, que tem sido empregada comumente para descrever a essência da contabilidade senão com fidelidade representacional; e que confunde as (alegadas) principais características qualitativas das informações contábeis (relevância e confiabilidade) descritas nas Características Qualitativas da Contabilidade do Conselho de Normas de Contabilidade Financeira.
4.3 CONTABILIDADE E COMUNICAÇÃO 
4.3.1 Direção vertical
	As mensagens da comunidade, em geral- instruções, procedimentos e metas- saem dos cargos de níveis hierárquicos mais altos, para os de níveis mais baixos. Um fator determinante nesse fluxo é a quantidade de espaço organizacional que a mensagem deve atingir. Quanto maior esse espaço, mais chance de dispersão de informaçõese de sofrer a influência de ruídos (PIMENTA,2006).
As mensagens, em geral – anseios, expectativas, resultados e sugestões – saem dos cargos de níveis hierárquicos inferiores para os superiores. Uma das dificuldades é a tendência (por várias razões) de os funcionários somente informarem o que consideram que seus superiores desejam saber (PIMENTA,2006).
2.3.2 Direção horizontal
	As mensagens – que incluem as dos tipos anteriores e outras – circulam entre os funcionários de contabilidade ou grupos de um mesmo nível hierárquico. Quando melhor a dinâmica e a organização desse fluxo, melhor a coordenação dos processos. Uma das dificuldades acontece quando algum grupo retém informações importantes para controlar outros (PIMENTA, 2006).
	Dentro desse fluxo de comunicação existem as redes e canais por onde passam as informações da organização, como Pimenta (2006). Nas empresas funcionam duas redes de comunicação: a formal e a informal. Na primeira, circulam as mensagens oficiais e legitimas pela estrutura da empresa, utilizando os canis (veículos) formais. Na segunda, conhecida como rádio peão ou rádio corredor, circulam todas as mensagens consideradas inadequadas para circulação na primeira (PIMENTA, 2006).
	Para que os conjuntos descritos por Pimenta acima funcionem de maneira ordenada, o processo deve ocorrer com eficiência e eficácia, como será descrito pelo autor a seguir. Com o acirramento da competição entre as empresas, aumentou a busca de eficiência e de eficácia em todas as suas áreas, inclusive na comunicação. É bom lembra que um sistema de comunicação adequado contribui para eficiência e a eficácia como todo (PIMENTA, 2006).
A Eficácia na comunicação de contabilidade é resultado da maximização de todas as formas de rendimentos para a organização. A eficácia ocorre quando se consegue o melhor resultado de acordo com os objetivos iniciais. Entretanto, o ótimo resultado deve ser conseguido com eficiência.
Eficiência é medida pela razão entre o produto (resultado, output) e o investimento (custo, esforço, input). Quando maior for essa razão, maior a eficiência. Para tanto, deve-se realizar a tarefa em questão como o mínimo de esforço, sem desperdício, da forma mais correta e inteligente que for possível (MAXIMIANO, 2000).
	A eficiência de uma empresa pode ser avaliada considerando seus procedimentos internos relacionados à produção e considerando sua relação com sistema externo. Por essa ótica, uma empresa será considerada eficiente na medida em que devolver à sociedade os bens e serviços com qualidade proporcional à energia que dela retirou (PIMENTA, 2006). Percebe-se que o tema permeia os níveis estratégicos, táticos e operacionais e necessita de outros fundamentos para melhor compreensão conforme apresentados a seguir.
4.4 COMUNICAÇÃO INTERNA
	Em 2019, pode-se definir a comunicação interna de contabilidade como o conjunto de ações que a organização coordena com o objetivo de ouvir, informar, mobilizar, educar e manter coesão interna em torno de valores que precisam ser reconhecidos e compartilhados por todos e que podem contribuir para a construção de boa imagem pública. . (CURVELLO, 2012)
Dentro desses conceitos apresentados pelos autores sobre a comunicação interna, TAVARES, (2010), cita a compreensão como sendo um complemento da comunicação interna. Dentro da comunicação interna, a comunicação é utilizada como ferramenta administrativa, como Faria e Suassuna, (1982) afirmam:
	Para o administrado, a comunicação é o instrumento usado para realizar a descentralização que aumenta a capacidade operacional, através de bem elaborada delegação da autoridade e atribuições. (FARIA; SUASSUNA; 1982). A comunicação também, permite, por meio das vias horizontais, que o administrador alcance a coordenação de esforço capaz de proporcionar a imprescindível sinergia, e o controle, por meio da comunicação feitas por relatórios e gráficos da infra para superestrutura. (FARIA; SUASSUNA; 1982).
	Para que ocorra essa comunicação dentro das organizações, são usadas algumas formas de comunicação como Faria, Suassuna, (1982), uma das formas seria a comunicação pela palavra. Linguagem pode ser considerada como toda comunicação de pessoa a pessoa. Qualquer conhecimento será incompleto até torna-se comunicável e só será comunicável através da linguagem. (FARIA; SUASSUNA, 1982).
	Assim complementando Faria, Suassuna, Pimenta (2006), traz algumas formas de comunicação utilizada nas organizações para que ocorra a comunicação entre os departamentos. Segundo Pimenta (2006) a comunicação pode ocorrer de algumas maneiras dentro de uma organização.
	A comunicação pode ser verbal quando é feita através de palavras: linguagem oral ou escrita, ou não verbal quando as mensagens são transmitidas através de gestos, tom de voz, do olhar, da maneira de se vestir até. (PIMENTA, 2006). A comunicação interna, portanto, deve ser entendida como um feixe de proposta bem encadeadas, abrangentes, coisa significativamente maior que um simples programa de comunicação impressa. Para que se desenvolva em toda sua plenitude, as empresas estão a exigir profissionais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados, com visões integradas e em permanente estado de alerta para as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente (TORQUATO, 1992).
	As comunicações internas nas empresas fluem duas grandes redes. Uma formal, outra informal. Ambas processam formas variadas, situações próprias, projetos específicos. As comunicações orais, por exemplo, são tão importantes quanta as comunicações impressas, mas não recebem tratamento compatível e os profissionais, com raras exceções, não estão lindando com essa forma (TORQUATO, 1992). 
	Dentre as ferramentas que uma organização pode utilizar para conhecer melhor seu cliente interno ou externo, temos o mapa menta segundo Ferraz (2017). Quando você já conhece a pessoa a ser convencida, é fundamental analisá-la previamente para descobrir como ela funciona mentalmente: principal motivador, profissão, família, hobbies, paradigmas morais e, principalmente, as características mais marcantes de personalidade. A pessoa é dominante ou obediente? Extrovertida ou introvertida? Paciente ou impaciente? Meticulosa ou flexível? (FERRAZ; 2017).
4.5 COMUNICAÇÃO APLICADA NA CONTABILIDADE
A contabilidade pode ser vista como uma linguagem, que incorpora características lexicais e gramaticais. Dentro da escola de relatividade linguística, o papel da linguagem é enfatizado como mediador e modelador do ambiente; isso implicaria que a linguagem contábil pode predispor "usuários" a um determinado modo de percepção e comportamento. Além disso, a afiliação de usuários a diferentes organizações ou comunidades profissionais com suas redes de interação distintas pode criar repertórios de linguagem contábil diferentes. 
As contas de diferentes grupos profissionais podem usar códigos linguísticos diferentes devido a diferentes restrições e objetivos organizacionais. Na pior das hipóteses, uma desconcertante falta de comunicação pode surgir. O objetivo deste artigo é explorar a aplicação da sociolinguística, a sociologia da linguagem, na contabilidade. Especificamente, três grupos profissionais de usuários e produtores de informações contábeis foram selecionados para determinar se havia alguma diferença no comportamento linguístico de usuários e produtores de conceitos contábeis.
A contabilidade pode ser vista como uma linguagem porque possui características lexicais e gramaticais. Ou seja, a contabilidade pode ser definida como um conjunto de representações lexicais ou simbólicas, como débito, crédito etc., atribuídas a um significado por meio de regras de tradução conhecidas como terminologias contábeis e usadas como parâmetros para um conjunto de regras gramaticais ou manipulativas conhecidas como contabilidade técnicas. 
Portanto, os termos da contabilidade contábil são o vocabulário contábil e as regras contábeis são sua sintaxe. A sociolinguística assume que a socialização da consciência individual e a moldagem social da personalidadesão amplamente determinadas pela linguagem. A disciplina lida com a interação entre dois aspectos do comportamento humano - o uso da linguagem e a organização social do comportamento. Um foco é a organização social geralmente aceita do uso da linguagem nas comunidades de fala. 
Esse foco é conhecido como a sociologia descritiva da linguagem e procura descobrir quem fala ou escreve quais códigos linguísticos, para quem, quando e por quê. Um segundo foco diz respeito à descoberta dos determinantes que explicam as mudanças na organização social do uso e comportamento da linguagem. É conhecida como a sociologia dinâmica da linguagem. O que ambos focam é na existência em qualquer comunidade de fala de várias variedades de linguagem ou "repertórios verbais". 
Assim, a sociologia da linguagem tenta explicar as causas subjacentes dos repertórios verbais de uma determinada comunidade de fala. A implicação da afirmação acima é que, dentro de cada idioma, existem códigos linguísticos que desempenham um papel importante como mediadores dos processos cognitivos e perceptivos empregados na definição do ambiente social.
4.6 CONCEITOS CONTABILÍSTICOS E COMPORTAMENTO INTERLINGUÍSTICO
Relacionando isso à contabilidade, pode-se assumir que várias afiliações profissionais em contabilidade criam repertórios ou códigos linguísticos diferentes para comunicações intragrupo e / ou comunicações intergrupos; estes, por sua vez, levam a um entendimento diferenciado das relações contábeis e sociais. Isso leva à seguinte hipótese a ser testada:
As percepções dos conceitos contábeis, medidas pelos pesos individuais atribuídos pelos participantes às dimensões do espaço perceptivo comum, são uma função da afiliação profissional do grupo contábil. Técnicas multidimensionais serão utilizadas para avaliar as diferenças nas percepções do conceito contábil por participantes de diferentes grupos profissionais de contabilidade. As diferenças presumidas podem ser uma função de certas variáveis ​​psicológicas, perceptivas e de fundo. As variáveis ​​examinadas são: (1) a idade do sujeito, (2) o número de cursos de contabilidade realizados, (3) sua familiaridade com as demonstrações financeiras e (4) sua familiaridade com os conceitos de contabilidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa teve como objetivo principal analisar a importância da compreensibilidade para a Comunicação da Informação Contábil. 
Verificou-se que atualmente a contabilidade é considerada como importante ferramenta na gestão dos negócios, tendo em vista que a empresa pode aprimorar seu desempenho por meio da análise de seus demonstrativos contábeis, os quais se apresentam como fonte segura de informações.
Constatou-se que a contabilidade permite o controle das informações em qualquer tempo, dando visibilidade e transparência para fins legais de controle fiscais ou outras ocorrências dentro da empresa.
A partir dos dados consultados na literatura foi possível verificar que a comunicação se apresenta como um elemento que beneficia a Contabilidade, lecionando ainda que o processo de comunicação contábil, neste contexto, precisa considerar a habilidade que os usuários possuem para poderem fazer uma correta interpretação da informação que lhe foi transmitida
Levando-se em consideração que o real objetivo da Contabilidade é ser capaz de proporcionar dados relevantes para os seus usuários, é impossível entendê-la sem considerar a qualidade da informação e o fator da eficiência de se comunicar essa informação. Neste sentido, a informação contábil fundamenta todo o trabalho do profissional contador, ou seja, possui a necessidade de ser confiável e preparada com o intuito de tornar mais fácil a sua compreensibilidade pelos seus destinatários.
O presente estudo sugere que, sejam criadas linguagens comunicativas adequadas aos níveis hierárquicos dos receptores da informação contábil, e que sejam de fácil entendimento para usuários ou não daquela informação, assim como novas pesquisas sejam realizadas neste campo do conhecimento com a finalidade de ampliar os debates e enfrentar os desafios presentes no cotidiano do profissional contábil.
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Webgrafia
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Bibliografia consultada e recomendada
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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez.
WERNKE, Rodney. Gestão de Custos: Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas.

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