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É incontrovertível que a terceira geração do romantismo brasileiro revelou obras com um novo aspecto literário, abordando a inserção de personagens marginalizados no centro das narrativas, de modo a representar uma realidade diversa da sociedade, bem como as diferentes desigualdades sociais do país. Nessa perspectiva, heranças de ideologias e as errôneas associações de negros com a violência, devido marcas onerosas da escravidão no país, marcada pela opressão, intolerância e ódio e à negligência do Estado com as políticas públicas de saneamento básico de grande parte das cidades brasileiras provoca o surgimento de um ambiente insalubre e hostil, que evidencia de maneira latente a disparidade no Brasil. A princípio, é notório que o racismo no país tem causas históricas e culturais. Parafraseando Nelson Mandela, as pessoas não nascem odiando os outros pela cor da sua pele, mas aprendem a odiar. Assim, a construção da imagem negativa do negro durante o Brasil Colônia, perpassou a história e continua de maneira intrínseca presente na conjuntura hodierna, sendo evidente a representação dessas pessoas nas novelas brasileiras em condições subalternas e pobres, em papéis de bandidos, porteiros e empregadas domésticas. Nesse sentido, é perceptível que o incentivo na criação de produções de inclusão e participação de minorias, sendo colocadas como protagonistas e não mais à margem das produções e a criação em praça pública de telões, para que a população desfavorecida possa assistir as novas produções realizadas no país, são meios para superar as desigualdades enfrentadas pelos negros, ainda no Brasil atual. Na Mitologia Grega, os Campos Elíseos era o destino dos heróis após a morte, concebido como um paraíso cortado pelo Rio Lethe, onde homens virtuosos descansavam cercados de flores, lindas paisagens e regozijos eternos. De maneira análoga ao conceito “cidadãos de papel” do escritor Gilberto Dimenstein, é perceptível que apesar da Lei 11.445, de 2007, estabelecer as diretrizes para o Saneamento Básico em território nacional, essas medidas ficam restritas apenas aos papéis. A carência de serviços de água potável, coleta e tratamento de esgoto, cria um ambiente propício para o desenvolvimento de doenças graves, como a diarreia e hepatite A. Assim, conscientizar os cidadãos por meio da educação ambiental e promover debates comunitários nos locais visando colocar em prática os 5 r’s, são práticas imprescindíveis para superar as desigualdades no país. Destarte, é perceptível que a desigualdade social é uma questão latente no Brasil, quando se analisa a atuação de negros na televisão e no acesso as condições básicas de saneamento. O ministério da cidadania, juntamente com o MEC deve conscientizar os cidadãos por meio da educação ambiental e buscar a aplicabilidade da Lei de Resíduos Sólidos por parte do Governo Federal, mediante a pressão popular e apelos de ambientalistas, com o objetivo de mitigar os problemas ocasionados com o lixo, bem como a proliferação de doenças, além de destinar verbas para a maior produção de filmes e novelas nacionais com atores negros, uma vez que é perceptível a influência da arte na formação crítica dos cidadãos e reprodução de comportamentos.
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