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LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA A legislação da educação inclusiva no brasil tem sido um tema bastante difundido e de fundamental importância para a fundamentação da inclusão dos estudantes com deficiência no sistema de ensino regular. Conforme garante a Constituição Federal, a escola deve garantir educação de qualidade e proporcionar um ambiente de acolhimento, aceitando e valorizando as diferenças, bem como assegurar que todos os estudantes desenvolvam as suas potencialidades, considerando suas características e seu contexto de vida. Em 1994, na “Declaração de Salamanca”, documento originado na “Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais” que aconteceu em Salamanca na Espanha, foi firmado novos comprometimentos para a educação inclusiva, que trouxe perspectivas significativas e contribuiu de forma efetiva para as políticas educacionais brasileiras. De acordo a Lei nº 9.394, de 1996 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da Educação Nacional, a Educação Especial é considerada a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”. Em 2001, a Resolução CNE/CEB nº 2/2001, das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica estabelece que os sistemas de ensino devem aceitar a matrícula de todos os alunos, e devem estruturar-se para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, considerando o atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização. A luta pelo direito de inclusão das pessoas com deficiências continua avançando e em 2006, com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, lançado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça e UNESCO, assegurando à essas pessoas, a inclusão em todos os níveis de ensino, possibilitando acesso e permanência até a educação superior. Outro avanço importante foi a Resolução nº 4 do Conselho Nacional de Educação/2009, que determina diretrizes para o AEE (Atendimento Educacional Especializado) na Educação Básica, estabelecendo que deve ser oferecido recursos no contraturno da escolarização, podendo acontecer nas salas de recursos multifuncionais da própria escola, em outra escola de ensino regular, como também em centros de atendimento educacional especializado públicos e em instituições de caráter comunitário, confessional ou filantrópico sem fins lucrativos conveniados com a Secretaria de Educação (Art.5º). No ano de 2012 é promulgada a Lei nº 12.764/2012 de “Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do espectro Autista”, que determina a garantia de matrícula em instituições de ensino independentemente do tipo de deficiência, obrigando o cumprimento da legislação através de medidas punitivas para o gestor que se recusar a cumpri-la, intentando a garantia do seu cumprimento. Em 2014, através da Lei nº 13.005/2014 foi instituído o Plano Nacional de Educação (PNE), que aponta no item 1.11 do anexo de metas e estratégias, priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos alunos com deficiência. Com o propósito de sistematizar e garantir os direitos humanos para as pessoas com deficiência, em 2015, foi instaurada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência de nº 13.416/2015, o (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a fim de garantir e promover condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e sua formação cidadã. A trilha percorrida para a educação inclusiva teve muitas outras contribuições, decisões e medidas, bem como colaborações de organizações e órgãos nacionais e internacionais, como as Nações Unidas e a Unesco. Todas as medidas colaboraram para a implementação do direito de todos à educação. Refletir sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais necessita de um olhar que considere a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças, ofertando atendimento inclusivo do aluno deficiente de forma a integrá-lo ao ambiente educacional, garantindo não apenas o acesso, mas, acima de tudo, a participação e aprendizagem efetiva.
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