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Cópia de Introdução aos Estudos Linguísticos PT 2

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Introdução aos Estudos Linguísticos - EXERCÍCIO 4
1) Sobre os conceitos de diacronia e sincronia, propostos por Saussure, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) O estudo diacrônico tem por objetivo buscar estabelecer uma comparação entre dois
momentos da evolução histórica de uma dada língua.
b) O conceito de diacronia consiste em duas perspectivas, uma de caráter prospectivo
e outra de caráter retrospectivo.
c) O estudo sincrônico tem por finalidade abordar o estado das línguas.
d) O conceito de sincronia é baseando somente em uma perspectiva; e seu método
consiste em recolher testemunho, para averiguar em que medida uma coisa é uma
realidade.
e) O estudo sincrônico tem por objeto de investigação somente o que é simultâneo.
2) (UFG-2014) - Adaptada
Nome não
os nomes dos bichos não são os bichos
o bichos são:
macaco gato peixe cavalo
vaca elefante baleia galinha
os nomes das cores não são as cores
as cores são:
preto azul amarelo verde vermelho marrom
os nomes dos sons não são os sons
os sons são.
só os bichos são bichos
só as cores são cores
só os sons são
som são, som são
nome não, nome não
nome não, nome não.
ANTUNES, Arnaldo. Nome. Rio de Janeiro: BMG, 1993. (Adaptado)
a) o dialogismo da linguagem humana, que diz respeito às relações que se
estabelecem entre o eu e o outro e entre o eu a realidade social que o circunda.
b) o cognitivismo, que compreende que a linguagem não constitui um componente
autônomo da mente, sendo, portanto, dependente de outras faculdades mentais.
c) a arbitrariedade do signo linguístico, que é constituído como a união não de uma
coisa e uma palavra, mas de um conceito e uma imagem acústica.
d) o variacionismo linguístico, entendido como o fato de que as línguas não somente se
diferem entre si como também apresentam variações diversas no seu interior.
e) o inatismo da linguagem humana, entendida como uma capacidade própria dos
seres humanos e transmitida geneticamente.
3)
“A matéria da Linguística é constituída inicialmente por todas as manifestações da
linguagem humana, quer ser trate de povos selvagens ou de nações civilizadas, de
épocas arcaicas, clássicas ou de decadência, considerando-se em cada período não
só a linguagem correta e a “bela linguagem”, mas todas as formas de expressão.
Isso não é tudo: como a linguagem escapa as mais das vezes à observação, o
linguista deverá ter em conta os textos escritos, pois somente eles lhe farão
conhecer os idiomas passados ou distantes”.
Saussure, F. Curso de Linguística Geral. 28. ed. São Paulo: Cultrix, 2012. p.37.
Em relação ao papel da Linguística exposto por Saussure no trecho acima, assinale com V
as verdadeiras e F as falsas.
( ) É papel da Linguística elaborar descrição de todas as línguas que puder abranger.
( ) É papel da Linguística desconsiderar as questões referentes as línguas-mães de cada
família, tendo em vista que isso faz parte dos estudos histórico-comparatistas.
( ) É papel da Linguística se delimitar e se definir.
( ) É papel da Linguística deduzir as leis gerais às quais se possam expor todos os
fenômenos peculiares da história.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) V, F, F, V.
b) V, F, V, V.
c) V, V, F, F.
d) F, V, F, V.
e) F, V, V, F.
4) (ENADE-2017)
Texto 01
“Ao discutir os aspectos da diacronia e da sincronia da língua, Saussure
apresenta-os como duas perspectivas distintas, ou seja, caracteriza-os de forma
dicotômica. Segundo o autor, diacrônico relaciona-se ao que tem duração no tempo
e é dinâmico; e sincrônico, ao que é momentâneo e estático. Jakobson, por sua vez,
mapeia quatro combinações possíveis dessas dicotomias: a) fatos sincrônicos e
estáticos; b) fatos sincrônicos e dinâmicos; c) fatos diacrônicos e estáticos; d) fatos
diacrônicos e dinâmicos”.
CHAGAS, P. A mudança Linguística. In: FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à Linguística. São
Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).
Texto 02
“Os morfemas classificatórios têm como função enquadrar os vocábulos nas classes dos
nomes e dos verbos. São as vogais temáticas nominais (-a, -e, -o) e verbais (-a, -e, -i). Nos
nomes terr-a, pent-e e livr-o, são as vogais átonas finais que classificam essas formas na
classe dos nomes. Já as formas verbais cant-a-r, vend-e-r e part-i-r têm como elemento
caracterizador da conjugação as vogais –a, -e,-i. As formas lingüísticas desprovidas desse
elemento mórfico são chamadas de atemáticas. No caso dos nomes, são atemáticos os
terminados por consoante (mar, fóssil, revolver) ou por vogal tônica (cajá, café, cipó). São
exemplos de formas verbais atemáticas a primeira pessoa do presente indicativo (canto,
vendo e parto), todas as pessoas do presente do subjuntivo (cante, cantes, cante,
cantemos, canteis, cantem) entre outras formas”.
RIBEIRO, M. G. C. Morfologia da língua portuguesa. Disponível em:
<http://biblioteca.virtual.ufpb.br>. Acesso em: 15 jul. 2017 (adaptado)
Texto 03
A partir dos textos apresentados, avalie as afirmações a seguir.
I. A substituição atual e gradativa do uso do pronome pessoal de primeira do plural “nós”
pela expressão “a gente” exemplifica o que Jakobson denomina por fato sincrônico e
dinâmico.
II. A perspectiva saussuriana filia-se a trabalho linguístico de ordem diacrônica, ou seja,
descreve a língua por meio da observação dos aspectos históricos de variação e mudança.
III. Um exemplo de um fato diacrônico e estático é a existência permanente de três
conjugações verbais no português.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas
b) I, II e III
c) I e III apenas
d) II e III apenas
e) II, apenas
5) Relacione as concepções da COLUNA 01 com as definições da COLUNA 02
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) III, II, IV, I, V.
b) III, I, IV, II, V.
c) II, I, V, III, IV.
d) I, V, III, IV, II.
e) V, III, II, IV.
Introdução aos Estudos Linguísticos - EXERCÍCIO 5
1) A linguística gerativa foi fundada como uma espécie de resposta e rejeição a modelo
linguístico.
KENEDY, E. Gerativismo. In: MARTELOTTA, M, E. (Org.). Manual de Linguística. 2.ed., 5ª
reimpressão. São Paulo: Contexto, 2017. p.58.
De acordo com a citação, assinale a alternativa CORRETA que corresponda a esse modelo.
a) Modelo behaviorista.
b) Modelo tradicional.
c) Modelo estruturalista.
d) Modelo histórico-comparativo.
e) Modelo cognitivo-funcional.
2) Os pais aproximam-se de um táxi e a filhinha de dois anos e meio se dirige ao
motorista dizendo: “Eu também vai” Na situação descrita,
a) a criança ainda não demonstra competência comunicativa para usar, em sua
fala, pronomes pessoais.
b) a fala da criança indica que a aquisição da forma verbal de terceira pessoa
verbal precedeu a de primeira pessoa.
c) a criança ainda não tem competência para assumir o piso de fala diante de
interlocutor desconhecido.
d) a criança não tem o português como língua materna, o que fica claro no seu
enunciado.
e) o pronome e a forma verbal no enunciado são elementos de coesão textual.
3) Sobre a aquisição da linguagem, todas as crianças passam por quatro fases nesse
processo. Relacione os períodos da COLUNA 01 com as definições da COLUNA 02.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) II, I, III, IV.
b) I, III, II, IV.
c) III, I, IV, II.
d) I, II, III, IV.
e) III, II, IV, I.
4) Sobre a noção de gramática universal, assinale a alternativa CORRETA.
a) É compreendida como um conjunto de propriedades gramaticais comuns
compartilhadas por todas as línguas naturais, sendo a linguagem vista como
reflexo de um conjunto de princípios inatos.
b) Tem a finalidade de oferecer os padrões linguísticos das obras de escritores
considerados consagrados.
c) Tem o objetivo de elaborar não somente análises sobre a estrutura
gramatical, mas também sobre a situação de comunicação, considerando os
propósitos do evento de fala, seus participantes e seu contexto discursivo.
d) Procura descrever a estrutura gramatical das línguas, compreendo-as como
um sistema autônomo, cujas partes se instituem em uma rede de relações
em conformidade com as leis internas.e) Surgiu a partir da constatação da grande semelhança do sânscrito com o
latim e com o grego.
5) (IF-TO-2016) Estudiosos mundo afora têm se dedicado a responder questões
inerentes à aquisição das línguas. Dentre as hipóteses existentes para explicar a
aquisição da linguagem, assinale a alternativa que apresenta afirmações relacionadas à
hipótese do inatismo.
a) Considera a existência de uma Gramática Universal (cf. Chomsky). Nessa
perspectiva, o papel do meio na aquisição da linguagem é o de acionar o dispositivo
responsável por esse processo.
b) Desenvolvida por Piaget, essa hipótese prevê que a linguagem aparece por volta
dos 18 meses de idade e o desenvolvimento cognitivo se dá pela interação entre
ambiente e organismo.
c) Essa hipótese buscou na psicologia explicação para a aprendizagem de língua. No
que se refere à língua materna, postula que seu processo de aprendizagem é feito
através de respostas a estímulos.
d) Essa hipótese, proposta por Vygotsky, defende que é a interação a base para o
desenvolvimento da linguagem e do pensamento.
e) Associa a base interacional com a cognitiva, explicando a aquisição da linguagem
em termos funcionalistas. Nessa concepção, a aquisição inicia quando se
compreende a intencionalidade existente no ato comunicativo.
Introdução aos Estudos Linguísticos - EXERCÍCIO 6
1) (ENADE-2017)
Texto 1
Pechada
[...]— Aí, Gaúcho! — Fala, Gaúcho! Perguntaram para a professora por que o Gaúcho
falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as
diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a
pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do
tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações? [...] O
Jorge fez cara de quem não se entregara. Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e
explicou para a professora o que acontecera. — O pai atravessou a sinaleira e pechou.
— O que?
— O pai. Atravessou a sinaleira e pechou. [...]
— Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
— Nós vinha...
— Nós vínhamos.
— Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma
pechada noutro auto.
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo
tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o
entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito. "Sinaleira", obviamente, era sinal,
semáforo. "Auto" era automóvel, carro. Mas "pechar" o que era? Bater, claro. Mas de onde
viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que "pechar"
vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para
convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já
ganhara outro apelido: Pechada.
— Aí, Pechada! — Fala, Pechada!
VERISSÍMO, L. Pechada. Revista Nova Escola, maio, 2014. Disponível em: <https:
novaescola.org.br>.
Texto 2
Todos sabem que existe um grande número de variedades linguísticas, mas, ao mesmo
tempo em que se reconhece a variação linguística como um fato, observa-se que a nossa
sociedade tem longa tradição em considerar a variação em uma escala valorativa, às vezes
até moral, que leva a tachar os usos característicos de cada variedade como certo ou
errado, aceitáveis ou inaceitáveis, pitorescos, cômicos etc.
TRAVAGLIA, L. C. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de gramática. São
Paulo: Cortez Editora, 2009 (adaptado).
Considerando a imagem apresentada, os sentidos estabelecidos pelo texto 1 e a reflexão
provocada pelo texto 2, conclui-se que a professora
a) Identifica o fenômeno da variação diafásica em um nível lexical, ao compreender os
usos dos vocábulos “sinaleira” e “auto”.
b) Identifica “pechada” como caso de estrangeirismo na fala de seu aluno,
incorporando a língua portuguesa como empréstimo aceitável da língua espanhola.
c) Ignora a possibilidade de discutir o tema preconceito linguístico com relação ao uso
de variações linguísticas diatópicas.
d) Explica os diferentes modos de falar de seus alunos conforme a ocorrência de
variações morfológicas e sintáticas na fala de Rodrigo.
e) Evita, ao abordar o tema variações linguísticas do português brasileiro, que o
estudante Rodrigo sofra preconceito linguístico.
2) A variação linguística é algo comum a todas as línguas vivas, sendo decorrente de
fatores relacionados à origem geográfica, gênero, idade, classe social, dentre outros. Ilari e
Basso (2009) apontam, pelo menos, quatro tipos de variação, a saber: diatópica, diastrática,
diamésica e diafásica. Numere a Coluna 2 conforme a Coluna 01, levando em consideração
a discussão de Ilari e Basso (2009) sobre o tema.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) II, III, I e IV.
b) IV, I, II e III.
c) IV, I, III e II.
d) III, IV, I e II.
e) I, II, III e IV.
3) Sobre variedades e registros de linguagem, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A maior ou menor proximidade entre os falantes faz com que usem variedades mais
ou menos formais, denominadas registros de linguagem.
b) Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos membros
da classe social de maior prestígio, que deve ser utilizada por todos da mesma
comunidade.
c) Preconceito linguístico é o julgamento negativo dos falantes em função da variedade
linguística que utilizam.
d) Gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em vocabulário criado por um
grupo social e serve de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos
demais falantes da língua.
e) Diferenças significativas nos aspectos fonológicos e morfossintáticos da língua
marcam as variedades sociais, seja devido à escolaridade, à faixa etária ou ao sexo.
4) (ENADE-2017)
Disponível em: <https://descomplica.com.br>.
Acesso em: 28 set. 2017.
O texto exemplifica a variedade linguística:
a) Diacrônica (de tempo).
b) Diamésica (modalidade oral/escrita).
c) Diastrática (camada social/profissional).
d) Diafásica (formal/informal).
e) Diatópica (geográfica).
5) (ENADE-2011)
O caso acima é caracterizado na língua como rotacismo, ou seja, um processo de mudança
em que se emprega o /r/ em lugar de /l/ nos vocábulos. Embora seja inadequado à norma
padrão da língua, esse processo é bastante frequente em variedades de menor prestígio
social. Acerca desse tema, avalie as informações a seguir.
I. As diferenças entre variedades da língua, como a exemplificada pelo rotacismo, não
devem ser consideradas mero fator de preconceito linguístico; dado que este é um dos
fatores que favorece a unidade linguística de uma comunidade.
II. O rotacismo é bem aceito por todos os falantes e é empregado de forma ampla nos
diversos grupos sociais, sendo uma das mudanças que se está generalizando no português
brasileiro.
III. O processo de rotacismo é decorrente de diferenças sociais recentes, que estão
permitindo o surgimento de dialetos paralelos ao português padrão e utilizados por falantes
em ascensão social.
IV. O processo de rotacismo não é novo na língua e já ocorria no período de passagem do
latim vulgar para o português, como no caso de /plicare/ > /pregar/.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
a) I, III e IV.
b) I e II.
c) II, III e IV.
d) II e III.
e) I e IV.
Introdução aos Estudos Linguísticos - EXERCÍCIO 7
1) (ENADE-2011)
Canção
1. Nunca eu tivera querido
2. Dizer palavra tão louca:
3. Bateu-me o vento na boca,
4. E depois no teu ouvido.
5. Levou somente a palavra
6. Deixou ficar o sentido.
7. O sentido está guardado
8. No rosto com que te miro,
9. Neste perdido suspiro
10. Que te segue alucinado,
11. No meu sorriso suspenso
12. Como um beijo malogrado.
13. Nunca ninguém viu ninguém
14. Que o amor pusesse tão triste.
15. Essa tristeza não viste,
16. E eu sei que ela se vê bem…
17. Só se aquele mesmo vento
18. Fechou teus olhos, também.
Cecília Meireles. Poesias completas. Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 1993, p. 118.
De acordo com abordagens da análise do discurso,a significação não se restringe apenas
ao código linguístico. Que versos evidenciam essa noção?
a) “Nunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse tão triste” (v.13-14)
b) “Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido” (v.5-6)
c) “Nunca eu tivera querido Dizer tão louca” (v.1-2)
d) “Só se aquele mesmo vento fechou teus olhos, também” (v.17-18)
e) “Bateu-me o vento na boca, e depois no teu ouvido” (v.3-4)
2) (ENADE-2017)
A luz da nossa língua
O incêndio que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, não provocou piores
danos — excetuando a perda, sempre irreparável, de uma vida humana — pela simples
razão de aquilo que nele se mostrava ser resistente ao fogo. A língua portuguesa é
patrimônio imaterial.
Compreender como se formou e afirmou a língua que falamos, conhecer as diferentes
variantes do português, ajuda-nos a perceber melhor a história do mundo e — acredito —
pode tornar-nos um pouco mais abertos ao outro. O pensamento xenófobo e racista que
volta e meia aflora, como uma doença repugnante, em certas franjas das sociedades
brasileira e portuguesa, é, em larga medida, uma expressão da ignorância da história da
língua que nos deu origem.
Acredito que existe hoje um maior conhecimento mútuo das diferentes variantes da língua
portuguesa, desde logo porque as novas tecnologias tendem a derrubar fronteiras. Persiste,
mesmo assim, muita ignorância. Recordo certa ocasião, há alguns anos, quando, em
viagem pelo interior de Pernambuco, parei junto a um pequeno bar para pedir informações.
O rapaz que me recebeu não compreendeu o meu sotaque. Repeti a mesma questão uma e
outra vez, sem qualquer sucesso. Tentei de novo, mas dessa vez com o meu melhor
sotaque pernambucano. O rosto do rapaz iluminou-se: “Moço, se você fala português, por
que estava falando comigo em estrangeiro?”.
Numa outra ocasião, no Rio, um taxista, estranhando o meu sotaque, quis saber de onde eu
vinha. “Angola?! E em que estado fica isso?” Quando lhe expliquei que Angola é um país,
na costa ocidental de África, fez questão de me parabenizar pela qualidade do meu
português. Disse-lhe que em Angola também falamos português: “Jura?!” — retorquiu. —
“Pensei que só no Brasil se falasse português”.
Se nós criamos as línguas, as línguas também nos criam a nós. Não é a mesma coisa
crescer falando português, tupi ou swahili. Um dos meus sobrinhos, Samuel, nasceu e
cresceu em Luxemburgo, filho de pai luxemburguês. Aprendeu a falar português com a mãe
e luxemburguês e alemão com o pai. Como os pais falavam um com o outro em francês,
domina também essa língua desde o berço. Sempre que muda do português para o alemão,
e deste para o francês ou o luxemburguês, há alguma coisa em Samuel, um sutil aspeto da
personalidade, que parece se alterar também. É como se coexistissem dentro dele várias
pessoas, cada uma se exprimindo num idioma diferente.
Em Cabo Verde, o bilinguismo é uma situação vulgar. As pessoas falam naturalmente duas
línguas maternas, o português e o crioulo. Fascina-me a forma como os cabo-verdianos
cultos trocam de língua, enquanto conversam, dependendo do tema e do interlocutor. Ao
mudarem do crioulo para o português, verifica-se também uma ligeira mudança de
personalidade. Um cabo-verdiano ao falar português torna-se um tudo nada mais formal.
Não por acaso, a esmagadora maioria da riquíssima música cabo-verdiana usa o crioulo, ao
passo que a língua portuguesa reina quase isolada na literatura.
AGUALUSA, J. E. A luz da nossa língua. In: O Globo, 28 dez. 2015 (adaptado).
Das passagens a seguir, retiradas do texto, aquela cujo conteúdo é apropriado para
exemplificar a definição de língua como forma (“lugar”) de interação é:
a) “Se nós criarmos as línguas, as línguas também nos criam.” (5º parágrafo)
b) “O pensamento xenófobo e racista que volta e meia aflora (...) é, em larga medida,
uma expressão da ignorância da história da língua que nos deu origem.” (2º
parágrafo)
c) “A língua portuguesa é patrimônio imaterial. Não há incêndio capaz de a devorar, a
não ser o da ignorância.” (1º parágrafo)
d) “Em Cabo Verde, o bilinguismo é uma situação vulgar.” (6º parágrafo)
e) “... conhecer as diferentes variantes do português [...] – acredito – pode tornar-nos
um pouco mais abertos ao outro.” (2º parágrafo)
3) A análise do discurso, segundo Orlandi (2013), trabalha com todas essas noções,
exceto:
a) Sujeito.
b) Transmissão de informações.
c) Ideologia.
d) Situação social.
e) Situação histórica.
4) (ENADE, 2017)
Texto 01
Em nosso dia a dia, no contato com outras pessoas e com as diversas informações que
recebemos, estamos expostos a várias situações comunicativas, cada uma situada em seu
devido contexto. Na escrita e na fala, existem algumas estruturas padronizadas que
recebem o nome de gêneros textuais.
No simples ato de abrir um jornal ou uma revista, já estamos expostos aos diversos gêneros
textuais: nesses dois meios de comunicação é possível encontrar artigos, cartas de leitor,
artigos de opinião, notícias, reportagens, charges, tirinhas, ensaios, e-mails e tantos outros
textos que se adequam às necessidades de quem escreve, apresentando finalidades
distintas. Assim são os gêneros, eles existem em grande quantidade justamente porque as
práticas sociocomunicativas são dinâmicas e estáveis.
Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br>. Acesso em: 7 jul. 2017 (adaptado).
Texto 02
As reflexões teóricas sobre gênero do discurso (ou de texto, conforme a perspectiva) têm
sido ampliadas em vários campos de estudo e assumem especial importância para a
metodologia do ensino e da aprendizagem de língua portuguesa, considerando os objetivos
atualizados nas propostas curriculares contemporâneas.
FURLANETTO, M. M. Gênero do discurso como componente do arquivo em Dominique
Maingueneau. In: MEREU, A. B; BONINI, A; MOTTA-ROTH, D. Gêneros: teorias, métodos,
debates. São Paulo: Parábola, 2005 (adaptado).
Considerando os textos apresentados, avalie as seguintes afirmações a seguir.
I. Os gêneros textuais são formas relativamente estáveis de enunciado, determinadas
sócio-historicamente.
II. Os gêneros textuais possuem características específicas, que dependem dos usuários
da linguagem e das necessidades em sua comunicação.
III. O leitor/produtor de textos é um usuário proficiente da linguagem à medida que recorre
aos gêneros textuais para, em diferentes situações comunicativas, externalizar os sentidos
dos textos que lê e produz.
É correto o que se afirma em:
a) II e III apenas.
b) II, apenas.
c) I, apenas.
d) I, II e III.
e) I e III apenas.
5) (ENADE-2017)
Com relação ao cartum, avalie as afirmações a seguir.
I. A constituição referencial dos sujeitos que participam da história, por meio da utilização
dos pronomes (eu/você/ele), é mantida conforme os estudos tradicionais acerca das
pessoas do discurso (quem fala/para quem se fala/de quem se fala).
II. Na última fala do cartum, nota-se a presença de um artifício discursivo que oferece à
identidade dos sujeitos do discurso um efeito de indeterminação, evidenciado no emprego
das 2ª e 3ª pessoas que não apresentam uma identidade específica.
III. As ocorrências dos pronomes “ele”/“eles”, presente nas falas do 2º, 3º e 4º quadrinhos,
encontram ancoragem referencial no substantivo “esquilo”/“esquilos”.
IV. A ocorrência, na última fala do cartum, de “você”, no singular, e de “eles”, plural, não são
suficientes para indicar o número de participantes envolvidos no processo discursivo em
questão.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
a) I, II e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e IV.
e) II, III e IV.
Introdução aos Estudos Linguísticos - EXERCÍCIO 8
1) (ENADE-2017)
Em um portal de notícias sobre celebridades, lê-se o seguinte enunciado, ao qual segue um
conjunto de fotos de atores e atrizes.
Confira quem são os famosos cinquentões que só melhoram com o tempo
Disponível em: <http://www.estrelando.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2017.
Considerando que o propósito do enunciador – de enaltecer a resistência dos famosos à
ação do tempo – é comprometido pela ambiguidadede sentido decorrente da estrutura
sintática do enunciado, avalie as seguintes propostas de reescrita, para evitar ambiguidade
da sentença.
I. Confira quem são os famosos cinquentões que, com o tempo, só melhoram.
II. Confira quem são os famosos cinquentões que melhoram só com o tempo.
III. Confira quem são os famosos cinquentões que, só com o tempo, melhoram.
É CORRETO o que propõe em:
a) I e II, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I, apenas.
e) II e III, apenas.
2) (ENADE, 2011)
“Roráima” ou “Rorâima”, como você preferir. É que, segundo os linguistas, as regras fônicas
de uma palavra são regidas pela língua falada. Portanto, não há certo ou errado. Há apenas
a maneira como as pessoas falam. O que se observa na língua portuguesa falada no Brasil
é que sílabas tônicas que vêm antes de consoantes nasalizadas (como “m” ou “n”) também
se nasalizam (aperte o seu nariz e repita a palavra cama. Sentiu os ossinhos vibrarem? É a
tal nasalização). Por isso, a gente diz “cãma” –– o “ca” é a sílaba tônica e o “m” é
nasalizado. Se a sílaba que vier antes dessa mesma consoante não for uma sílaba tônica, a
pronúncia passa a ser opcional: você escolhe –– “bánana” ou “bãnana”. No caso de
Roraima, a sílaba problemática (“ra”) é tônica e vem antes do “m”. Mas aí entra em cena o
“i”, que acaba com qualquer regra. A mesma coisa acontece com o nome próprio Jaime:
tem gente que nasaliza, tem gente que não. Então, fique tranquilo: se você sempre falou
“Rorâima”, siga em frente –– ninguém pode corrigi-lo por isso. No máximo, você vai pagar
de turista se resolver dar umas voltas por lá –– os moradores do estado, não adianta, são
unânimes em falar “Roráima”.
Disponível em:
<http://super.abril.com.br/revista/255/materia_revista_293629.shtml?pagina=1>.
Acesso em: 12 ago. 2011 (com adaptações)
A leitura do texto nos remete à discussão sobre a pronúncia em Português de palavras
externas à nossa língua (Roraima tem origem indígena). Para Mattoso Câmara Jr, a
nasalização da pronúncia é um processo previsível na língua e definido como assimilação,
ou seja, a extensão de um ou vários movimentos articulatórios além de seus domínios
originários. É o caso de uma sílaba oral que se determina pela assimilação da sílaba nasal
seguinte.
A partir das informações apresentadas, avalie as afirmações que se seguem.
I. A palavra Roraima manteve-se inalterada na pronúncia ao ser usada no Português e
apresenta a sua forma original (indígena) ao ser falada em nossa língua.
II. A palavra Roraima sofre alteração da pronúncia em razão de um processo de
assimilação regressiva em que a sílaba posterior contamina de nasalidade a anterior, como
em cama, lama, banana no Português.
III. A palavra Roraima, em decorrência da etimologia, assume dupla possibilidade de
pronúncia por motivos parecidos com o de outras palavras estrangeiras que ingressam no
português.
IV. A palavra Roraima é um substantivo próprio e, de acordo com a gramática, deve ser
pronunciada exatamente igual à sua pronúncia na língua de origem.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
a) I.
b) I e III.
c) IV.
d) II e III.
e) II.
3) (ENADE- 2014).
RESTOS
Minha Nossa Senhora do Bom Parto! O caminhão do lixo já deve ter passado! Eu juro, seu
poliça, foi nessa lixeira aqui! Nessa mesminha! Eu vim catar verdura, sempre acho umas
tomate, umas cenoura, uns pimentão por aqui. Tudo bonzinho, é só lavar e cortar os pedaço
podre, que dá pra comer... Aí quando eu puxei umas folha de alface, levei o maior susto.
Quase desmaiei, até.
Eu, uma mulher assim fornida que nem o seu poliça tá vendo, imagine: fiquei de pernas
bamba, me deu até tontura. Acho que também por causa do fedor... Uma carniça que só o
senhor cheirando, pra saber. Mas eu juro por tudo que é mais sagrado! Tinha sim um
anjinho morto nessa lixeira! Nessa aqui! Coitadinho... Deve ter se esgoelado de tanto
chorar.
A gente via pela sua carinha de sofrimento. Ele tava com a boquinha aberta, cheinha de
tapuru. Eu nem reparei se era menino ou menina, porque eu fiquei morrendo de pena... E
de medo, também... Os olho... É do que mais me alembro... Esbugalhados, mas com a bola
preta virada pra dentro, sabe? Ai! Soltei um berro e saí correndo.Eu demorei pra lhe chamar
porque eu não queria que o pessoal do supermercado me visse aqui, ainda mais com um
poliça. Já me escorraçaram uns par de vez, os filho da puta! Prefere deixar as coisas
apodrecer do que ajudar a matar a fome dos outros. Nem no Natal esse povo tem pena de
ninguém. Eu não duvido nada que o anjinho que tava aqui fosse filho de um deles. Essa
raça não presta mesmo! Vai saber... Agora, eu não. Eu pari e to criando. Tudinho. Os cinco.
SERAFIM, L. Restos. In: SOUTO, A. Variação linguística e texto literário: perspectivas para
o ensino. Cadernos do CNLF, v. XIV, n.4, t. 4, 2010, p. 3310 (adaptado).
Considerando a linguagem utilizada no texto Restos, avalie as asserções a seguir e a
relação proposta entre elas.
I. A utilização do pronome oblíquo átono antes do verbo (próclise) no trecho “Me deu
até tontura” é característica do português brasileiro, mas não abonada, para a língua
escrita, pela gramática normativa.
Porque
II. As regras normativas de colocação pronominal não correspondem às tendências
fonológicas do português brasileiro.
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições falsas.
c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
e) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
4) (ENADE-2008) Adaptada
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas uma
infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermentação sanguínea,
naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham o pé na lama preta e nutriente da
vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensação de respirar sobre a terra. Da porta da
venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas, fazendo compras.
Aluísio Azevedo. O cortiço. São Paulo: Ática, 1989, p. 28-9.
Considerando as palavras linha e alinhar, que opção apresenta a correta segmentação
morfológica da palavra “alinhadas”, no fragmento de O Cortiço, de Aluísio Azevedo?
a) a-li- nha-da-s
b) ali-nhad-a-s
c) a-lin-nha-das
d) alinh-a-d-as
e) a-linh-a-d-a-s
5) (ENADE, 2014)
Os casos de interpretação ambígua em textos jornalísticos ocorrem muitas vezes porque o
leitor só lê a manchete, não o texto total.
Considerando o exposto, avalie as manchetes transcritas a seguir.
I. Jovem tenta assaltar PM com arma de brinquedo e é baleado na zona sul de SP.
(http://noticias.r7.com)
II. A ONU está à procura de um técnico para ocupar o cargo de diretor daquele centro de
estudos sobre a pobreza que vai instalar no Rio. (http://pagina20.uol.com.br)
III. Macarrão levou Eliza Samudio para ser morta por amar Bruno, diz advogado do goleiro.
(http://noticias.uol.com.br)
http://noticias.uol.com.br
IV. Governo inclui vacina contra a hepatite A no calendário de vacinação no SUS.
(http://g1.globo.com)
É CORRETO afirmar que há ambiguidade apenas em:
a) II e III.
b) III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III
e) I e IV.

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