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8- Organização do trabalho e trabalho em turnos Organização do trabalho na saúde do trabalhador Reduzir monotonia, fadiga, erros e distúrbios físicos e mentais. Criar ambientes mais cooperativos motivadores Trabalho na sociedade moderna –avanço tecnológico, aumento da competição, rápidas transformações, pressão de consumo, ameaça de perda de emprego, dificuldades do dia a dia Organização do trabalho Tarefa prescrita/ tarefa real Participação dos trabalhadores Enriquecimento do trabalho Seleção e treinamento Rigidez Rodízio de tarefa Método/ repetitividade/ multi-tarefas Conteúdo do trabalho Responsabilidades Conflitos Ritmo Demandas físicas e mentais Tomada de decisão Autonomia Identidade com a tarefa Variedade de habilidades e tarefas Feedback intrínseco e extrínseco Contexto do trabalho Segurança Plano de carreira Recompensa Ambiente social Características da supervisão Ambiente físico Posto de trabalho Iluminação Vibração Cores Virtual Temperatura Ruídos Layout de trabalho Linha ou série Células Paralelo Misto Efeitos no trabalhador: Estresse Qualidade de vida Satisfação Motivação Principais fontes de insatisfação dos trabalhadores: Remuneração –Sensibilidade maior a ganhos relativos do que valores absolutos. Relação da satisfação com o trabalho, injustiça de salários, insatisfação com relações no trabalho, com ambiente, etc. Organização –controles rígidos, pouco participativa Ambiente psicossocial-sentimentos, segurança, relacionamentos, oportunidades de progresso, comunicação, autonomia, aspectos macro e micro econômicos Ambiente físico –Iluminação, cores, temperatura, ruídos, vibrações Monotonia o Reação do individuo a trabalhos não interessantes, repetitivo prolongado, pouco desafiador mas requer atenção. Ex. vigilância, salas de controle. o Apenas 10% da população gosta de monotonia, seres humanos preferem tarefas enriquecidas, e autonomia. o Monotonia é fator individual, mas acomete mais trabalhadores: Fadigados; Trabalhadores noturnos até se adaptarem ao turno; Pessoas com pouca motivação com o trabalho; Pessoas com alto nível de instrução e habilidade; Pessoas extrovertidas o Monotonia causa desprazer, fadiga, sonolência, falta de disposição, diminuição da atenção, estresse Jornada de trabalho Consiste no período em que um indivíduo passa no seu local de trabalho e esta diz respeito a uma rotina pré-estabelecida, na qual os trabalhadores devem seguir uma determinada carga horária, está diretamente relacionado aos tipos de escala de trabalho Início da revolução industrial : 16 hrsdiárias, sem descanso semanal e sem férias Atualmente o Países desenvolvidos: jornada de 8 a 9 hrsdiárias (40 a 45 hrssemanais). o Países subdesenvolvidos: até 48 hrssemanais. Tendência o Chegar a 30 hrssemanais, com aumento de férias para 5 –6 semanas Jornada de trabalho no Brasil: 8 horas por dia e 44 horas semanais com 1 descanso semanal remunerado Escalas permitidas pelas leis trabalhistas o Escala 5X 1: jornada diária de 7h e 20 min o Escala 4X 2: jornada diária de 11 hs -> 30 hs a mais são pagas em dobro o Escala 12X 36: requer acordo ou convenção coletiva; atividades especiais em hospitais, indústrias, alto desgaste do trabalhador o Escala 24X 48: aprovada pela reforma trabalhista de 2017 - requer acordo ou convenção coletiva; atividades especiais como seguranças, policiais e em postos de pedágio; alto desgaste do trabalhador Outras considerações o Jornada parcial –inferior a 30 hrssemanais o Horas trabalhadas em feriados são pagas em dobro. o Horas extras Deverão ser pagas com acréscimo de 50%. Permitido banco de horas (acordo individual entre o empregado e a empresa) –compensação em no máximo 6 meses. Adicional noturno o Trabalhador Urbano Deve ser remunerado com um adicional mínimo de 20% da hora normal, salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal. A hora noturna tem duração de 52 minutos e 30 segundos. Período de 22h as 5h o Trabalhador Rural Deve ser remunerado com adicional mínimo de 25% Não se aplica a duração de hora reduzida Agricultores período de 21h às 5h e para pecuaristas das 20h às 4h. Ritmo circadiano ou ritmo diurno o Ciclo entre 22 e 25 horas controlado pelo ritmo endógeno (relógio interno) que regula as funções do corpo. o Varia de acordo com o indivíduo, mas em condições normais são sincronizados em 24 horas por controladores externos do tempo: Mudanças claro/escuro; Contatos sociais; Trabalho; Relógio; Refeições o Principais funções corporais regulatórias: Ciclo vigília/sono, prontidão para o trabalho, processos vegetativos autônomos (metabolismo) o Fase ergotrópica (órgãos e funções prontos para ação) -> performance -> período da manhã o Fase trofotrópica (renovação das reservas de energia) -> recuperação -> período da noite o Planejar o trabalho, de tal forma, que o trabalho em turnos gere o menor problema possível a vida social e a saúde dos trabalhadores Trabalhos em turnos Trabalhos onde existe a necessidade de continuação da produção ou da prestação de serviços, sendo realizadas em horários diurnos ou não, com ou sem interrupção diária, durante os dias úteis ou nos sete dias da semana o Melhor utilização de equipamentos caros o Manutenção de competitividade; o Operacionalização de processos complexos com duração superior a 8 h o Aumento da demanda recorrente. Turnos fixos Turnos alternados: Lenta (semanal) ou rápida (cada 2, 3 dias) Caso se opte pela rotação de turnos literatura recomenda a forma rápida Não houve diferenças significativas entre os 3 turnos fixos Registros significativamente maiores no turno rotativo Critérios para rotação de turno o Participação dos trabalhadores o Devem ocorrer em curtos espaços de tempo o Rotações no sentido horário são preferíveis o Perda de sono deve ser a menor possível o Deve priorizar o convívio familiar e social o Limitar os dias consecutivos de trabalho noturno o 2 ou 3 noites seguidas de trabalho noturno devem ser acompanhadas de 24h de repouso o Preferencia por turnos de rotação rápida que causam menos impacto no ritmo circadiano e menor débito de sono Redução de 26% da duração entre sono trabalhadores do turno noturno e vespertino. Trabalhadores do noturno apresentaram sono com menor duração e pior qualidade, baixa capacidade reparadora Débito de sono que se acumula durante a semana. Em análise qualitativa trabalhadores noturno apresentaram pior avaliação para capacidade reparadora do sono Síndrome da Má-adaptação ao trabalho em turnos Conjunto de sintomas inespecíficos, que ocorrem em trabalhadores de turnos rodiziantes e, principalmente, no turno noturno fixo, como resultado da inabilidade do indivíduo para inverter seus ritmos circadianos e adaptar-se aos programas de rotação de turnos e ao trabalho noturno. o Sintomas agudos: primeiro mês o Sintomas Crônicos: mais de 5 anos Transtornos agudos: o Insônia o Sonolência excessiva no trabalho; o Mal estar; o Aumento do apetite; o Perturbações no humor o Erros e acidentes aumentados; o Problemas familiares e sociais; o Desistência precoce do trabalho; Transtornos crônicos o Doenças gastrointestinais (azia, gastrite, ulceras); o Doenças cardiovasculares; o Desordens do sono; o Abuso de substancias como álcool e drogas; o Depressão; o Absenteísmo; o Disforia (mal estar provocado por ansiedade); o Divórcio; o Abandono do trabalho em turnos Fatores que influenciam o trabalho noturno Ritmo Circadiano : Não se inverte completamente, sofre pequenas adaptações pois é governado pela luz solar. Diferenças individuais. Consequências sociais. Tipo de atividade: Adaptação mais fácil para atividades que envolvem movimentos corporais. Desempenho: Reduz concentração mental. Atenção com a realização de atividades monótonase repetitivas. Aumento do índice de erros e acidentes principalmente das 2hs às 4hs. o Menor aptidão fisiológica –evitar trabalhos pesados. Suscetibilidade individual: matutinos X vespertinos MATUTINOS –Melhor performance pela manhã, acorda cedo e dorme cedo, temperatura corporal começa a subir as 6h. (42% da população) VESPERTINOS –Melhor performance à tarde e início da noite, dorme tarde e acorda tarde, temperatura corporal sobe mais lenta pela manhã. (49% da população). Monk e Folkard(1992) propõem que o cronotipodo trabalhador deve ser considerado na escolha do tipo de esquema de trabalho 27% apresentaram certa adaptação em 3 dias; 12% levaram 6 dias, 23% levaram + 6 dias, e 38% não apresentaram adaptações 2/3 dos trabalhadores em turno sofrem de alguma doença 20% das pessoas não conseguem se adaptar ao trabalho noturno. Pessoas vespertinas apresentam facilidade maior de adaptação ao trabalho noturno. Trabalhadores com mais de 40 anos. Instabilidade dos ritmos circadianos, maior propensão a perturbações no sono, depressão, declínio das capacidades físicas e de saúde. Menos adaptável. Menor recuperação do sono. Mulheres : Perturbações mais frequentes no ciclo menstrual, aumento de dores neste período, maior frequência de abortos e partos prematuros , menor frequência de gravidez. Privação do sono Obesidade: o Redução do tempo de sono pode modificar padrões endócrinos que interferem na fome e na saciedade; o Aumento dos níveis de grelina -> reduz leptina -> aumenta apetite e aumenta peso o OBS: mecanismo causal ainda não está completamente elucidado Doenças ocupacionais entre trabalhadores noturnos REAÇÃO LUTA-FUGA o Sistema nervoso autônomo. Ativação do eixo de estresse; Aumento de glicose na circulação sanguínea Aumento da pressão arterial; o Consequências do estresse continuado: Distúrbios cardiovasculares; Distúrbios metabólicos como diabetes tipo 2. Supressão do sistema imunológico que pode estar relacionado a aumento de incidência de câncer de colorretal e de mama Distúrbios do sono relacionados com estresse do trabalho Dificuldade em adormecer Maior frequência de interrupções do sono; Dificuldade em despertar. Sono curto -duração média de 5.14 horas Menor período de sono REM Sono suficiente e sem perturbação é pré-requisito para saúde e bem estar Sintomas mais frequentes Fadiga crônica(cansaço); Irritabilidade mental; Disposição para depressão; Perda geral de vitalidade; Pouco interesse para o trabalho; Dificuldade de assimilar informações; Perda de empatia Aumento de distúrbios psicossomáticos Perda de apetite; Perturbação do sono; Problemas digestivos; Piores hábitos alimentares. Aumento de 35% a 40% no consumo de carboidratos. Maior consumo de estimulantes. Se o trabalho noturno for indispensável Deve ser reduzido o máximo possível (2 a 4 noites consecutivas); Trabalhadores não devem ter menos de 25 anos e mais que 50 anos; Não devem realizar trabalho noturno se tem tendência a problemas gastrointestinais, instabilidade emocional, sintomas psicossomáticos, ou falta de sono; Todo turno deve incluir uma parada maior para uma refeição adequada; Evitar jornadas superiores a 8 horas diárias; Atendimento médico periódico aos trabalhadores Incentivar uso de óculos de sol ao sair do trabalho Rodízio de atividade a cada 2 horas; Horários de entrada e saída compatíveis com transporte público e segurança; Deve haver pelo menos um final de semana com dois dias consecutivos de repouso ao mês; Permitir cochilos a noite (rodízio); Permitir certa flexibilidade nas trocas de horários de trabalho; Dietas pobre em lipídios e rica em fibras(diferente da dieta diurna) Condições de trabalho precisam estar adequadas – iluminação. Incentivar realização de atividades físicas regulares
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