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Medicina Preventiva - Epidemiologia Clínica

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Rhyan Coelho 
Medicina Preventiva – Epidemiologia 
Clínica 
➔ Causalidade em epidemiologia 
 
• Tipos de associação em epidemiologia 
1. Associação artificial – trata-se de uma 
associação falsa, que resulta do acaso ou 
de algum viés no método de estudo 
2. Associação não-causal – aqui, um fator e 
uma doença estão associados apenas por 
que ambos estão relacionados com alguma 
condição 
3. Associação causal – Aqui, há uma relação 
de causa e efeito 
 
(Critério antigo) Associação causal define-se que a 
condição A seja causa de B, quando: 
→A antecede B; 
→Uma modificação em A está relacionada com 
uma modificação em B 
→Não haja uma condição que anteceda A e B 
 
(Atualmente) Causalidade em Epidemiologia → 
Critérios de Bradford Hill 
 
1. Sequência cronológica: Se refere ao fato 
de que a exposição ao fator de risco deve 
anteceder o aparecimento da doença 
a. Ex.: O tabagismo deve vir antes do 
CA de esôfago 
2. Força de associação: A incidência da 
doença deve ser mais elevada nos 
indivíduos expostos em relação aos não-
expostos.. RR, OR! 
a. Ex.: A incidência de CA de esôfago 
deve ser maior nos fumantes 
3. Relação dose-resposta: Se refere à 
evidência de associação entre intensidade 
(ou duração) da exposição e a ocorrência 
de doença 
a. Ex.: quanto maior a carga tabágica, 
maior a chance de desenvolver o 
CA de esôfago 
4. Consistência de associação: os resultados 
devem ser confirmados por diferentes 
pesquisadores, usando diferentes 
métodos e em diferentes populações 
a. Ex.: Vários estudos no mundo 
devem provar que o tabagismo leva 
ao CA de esôfago. 
5. Plausabilidade de associação: Há 
evidência adicionais da relação causal? Os 
novos fatos enquadram-se coerentemente 
no conhecimento existente da história 
natural da doença? 
a. Ex.: é plausível o CA decorrer de 
uma alteração que o tabagismo 
provoca? 
6. Analogia com outras situações: há 
antecedentes na literatura que permitam 
estabelecer a causalidade? 
a. Ex.: o tabagismo pode levar a um 
qualquer CA? Logo, pode levar ao 
CA de esôfago? 
7. Especificidade da associação: O quanto da 
presença da exposição está associado a 
ocorrência em análise. Ou seja, se a 
exposição ao fator de risco pode ser 
isolada das outras exposições e produzir 
mudanças na incidência da doença. 
a. Ex.: O quanto o tabagismo está 
associado ao CA de esôfago. Se 
tirarmos esse fator de risco, quanto 
a incidência irá decair? 
8. Coerência: É entendido quando a 
associação encontrada não entra em 
conflito com o que é conhecido sobre a 
história natural e a biologia da doença. 
Mistura de consistência e plausabilidade 
a. Ex.: É coerente a relação de 
tabagismo com CA de esôfago 
9. Evidência experimental: Se refere ao 
poder de experimentação em animais e/ou 
seres humanos para se obter a relação 
a. Ex.: Um hipotético estudo que faça 
uma intervenção relativa ao 
tabagismo e se avalie a ocorrência 
de CA de esôfago 
 
Dentre todos os nove critérios, tem-se um que é o 
mais importante de todos, e se ele não for 
atendido, não se pode dizer que se tem uma 
associação causal: SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA. O 
estudo transversal é o tipo de estudo 
epidemiológico mais difícil de se alcançar tal 
critério. 
 
 
Rhyan Coelho 
• Medidas de tendência central 
1. Média → é o valor que indica o centro de 
equilíbrio de uma distribuição de frequências de 
uma variável quantitativa. É a soma dos valores da 
variável, dividida pelo número total de valores. É A 
QUE MAIS SE ALTERA QUANDO SE MUDA OS 
VALORES DOS EXTREMOS 
2. Mediana → É o valor que ocupa a posição 
central da série de observações, quando estas 
estão ordenadas de forma crescente ou 
decrescente. NÃO SE ALTERA QUANDO MUDA OS 
VALORES DOS EXTREMOS 
3. Moda → É o valor de um conjunto de 
dados que apresenta a maior frequência. 
 
 
➔ Testes Diagnósticos 
 
• Sensibilidade → chance de um teste ser 
positivo, dado que o indivíduo é doente. 
o Sensibilidade: a/a+c 
• Especificidade → Chance de um teste ser 
negativo, dado que o indivíduo não é 
doente. 
o Especificidade: d/b+d 
• Valor preditivo positivo → chance do 
indivíduo ser doente, dado que seu teste 
foi positivo 
o VPP: a/a+b 
• Valor preditivo negativo → Chance de o 
indivíduo não ser doente, dado que seu 
teste foi negativo 
o VPN: d/c+d 
 
1. Razão de verossimilhança: a probabilidade 
de um resultado do teste em pessoas com a 
doença, dividida pela probabilidade do resultado 
do teste em pessoas sem a doença 
a. Positiva: Probabilidade de teste 
positivo em doentes, em relação a 
probabilidade do teste ser positivo 
em não doentes. 
i. RVP: (a/a+c)/(b/b+d)=S/1-E 
 
* Sensibilidade (S) dividido por 1-Especificidade (E) 
b. Negativa: probabilidade de teste negativo em 
doentes, em relação a probabilidade de o teste ser 
negativo em não doentes 
 (c/a+c)/(d/b+d)=1-S/E 
 
 
2. Testes múltiplos (Teste em série e teste 
em paralelo) 
 
Teste em série → Aumenta a especificidade → 
bom para dar o diagnóstico 
 
Teste em paralelo (Vários testes ao mesmo tempo) 
→ Aumenta a sensibilidade → Bom para excluir o 
diagnóstico (rastreamento) 
 
• Acurácia é a chance de um teste estar 
certo. É o somatório dos verdadeiros positivos e os 
verdadeiros negativos, dividido pelo total. 
o VP+VN/TOTAL 
 
*para que um teste seja padrão ouro para 
confirmar uma doença, é preciso que seja muito 
ESPECÍFICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOENÇA 
TESTE PRESENTE AUSENTE TOTAL 
Positivo A (VP) B (FP) a+b 
Negativo C (FN) D (VN) c+d 
Total a+c b+d a+b+c+d=N

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