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auditoria da qualidade

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Livro Didático Digital
Auditoria da 
Qualidade
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
PERI DA SILVA SANTANA
AUTORIA
Peri da Silva Santana
Sou Mestre em Engenharia da Produção, Pós-Graduado e Especialista 
em Estratégia e Gestão Estratégica, Graduado em Administração e com 
Licenciatura em Sociologia. Especialista em Administração e Gestão 
Estratégica, com Aperfeiçoamento em Estudos Sociais e Licenciado em 
Sociologia pela FIC. Fui aluno especial nas disciplinas da Universidade de 
São Paulo-USP, no Programa de Mestrado em Administração/FEA-USP na 
disciplina: GQVT - Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho, no Programa 
de Mestrado em Comunicação/ECA-USP na disciplina “As aventuras 
estéticas da Publicidade” e, na USP-Leste EACH, no programa de Gestão 
Têxtil, na disciplina “Gestão e modelagem matemática”. Sou Especialista 
e Pós-Graduado lato sensu em Administração Estratégica Empresarial, 
com extensões pela Fundação Getúlio Vargas FGV-EAESP em Gestão 
Estratégica, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM em 
CRM (Customer Relationship Management) e em Relacionamento com 
o Cliente, pela Fundação Vanzolini em FMEA (Failure Modes and Effects 
Analysis) e Análise do Tipo e Efeito de Falha, pela Fundação Faculdade 
Trevisan em Planejamento Estratégico e pelo Instituto e Fundação IPEC 
em Didática do Ensino Superior. Tenho experiência e vivência na área 
de Administração e Gestão, processos gerais de gestão, auditoria e 
glosa, logística, departamento financeiro, automação bancária, indústria 
e gráfica. Atuo principalmente nos temas de Administração, Estratégia, 
Comunicação, Planejamento, Logística e Gestão. Sou apaixonado pelo 
que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Preparando, Aprovando e Distribuindo o Relatório da 
Auditoria .......................................................................................................... 12
Planejamento do Relatório de Auditoria ........................................................................ 15
Matriz de Planejamento ......................................................................................... 17
Matriz de Achados ....................................................................................................... 19
Características do Relatório de Auditoria .........................................23
Conteúdo do Relatório de Auditoria ..................................................................................25
Capa .......................................................................................................................................25
Introdução .........................................................................................................................26
Resumo Executivo .......................................................................................................28
Terminologia Utilizada ..............................................................................................29
Apresentar um Plano de Auditoria ................................................................ 30
Descrever os Fatos Constatados ...................................................................... 31
Tipos de Relatórios ..................................................................................... 33
Tipos de Relatórios ........................................................................................................................33
Relatórios Finais Sintéticos ...................................................................................33
Relatórios Finais Analíticos ....................................................................................34
Relatórios Especiais ...................................................................................................34
Relatórios Parciais ........................................................................................................35
Relatórios Verbais ........................................................................................................35
Relatórios de Auditoria ............................................................................................................... 36
Auditoria na Gestão Pública (Tipos de Relatórios) ..................................................37
Relatório Preliminar ........................................................................................................................37
Relatório Final .................................................................................................................................. 38
Relatório Simplificado ................................................................................................................. 39
Relatório Informativo .................................................................................................................... 39
Relatório Anual de Atividades da Auditoria Interna (RAINT): .......................... 40
Relatório Sobre as Responsabilidades da Administração para Controle 
Interno ...................................................................................................................................................... 41
Aprovando e Distribuindo o Relatório de Auditoria ......................45
Concluindo a Auditoria ................................................................................................................45
Como Implementar a Qualidade Total ............................................................................ 46
Implantar a Gestão da Qualidade....................................................................................... 50
Melhoria Contínua e a Trilogia de Juran ......................................................................... 51
Aprovando o Relatório de Auditoria ..................................................................................53
Distribuindo o Relatório de Auditoria ................................................................................54
9
UNIDADE
04
Auditoria da Qualidade
10
INTRODUÇÃO
A auditoria da qualidade tem um papel importante nas organizações 
que as adotam e que sabem trabalhar com ela. Consiste em avaliar 
e adaptar processos de acordo com as disposições impostas pelo 
planejamento estratégico. Nesta unidade 4, vamos ver as conformidades e 
não conformidades, resumo, conclusão e a reunião de encerramento que 
ocorre por meio da coleta sistemáticae documentada de informações, a 
fim de identificar, registrar e obter evidências objetivas acerca das áreas 
de não conformidade com os parâmetros determinados e apontar quais 
são as causas. Pode-se dizer, portanto, que a auditoria de qualidade é 
um processo organizado para a coleta de informações, tornando possível 
o reconhecimento das ações coercitivas a serem tomadas para que o 
progresso seja alcançado. Atualmente, grandes organizações e empresas 
com grandes investimentos e controles internos e externos priorizam e 
investem em auditoria. São realizadas e feitas as evidências da auditoria, 
que devem ser avaliadas de acordo com o critério do auditado para gerar 
as constatações. Antes da reunião de encerramento, a equipe da auditoria 
deve reunir-se para analisar as constatações e para acordar quanto às 
conclusões. A equipe da auditora também deve realizar uma reunião de 
encerramento com o responsável pelas funções ou processos auditados. 
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste 
universo!
Auditoria da Qualidade
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
A competência nada mais é que a capacidade, em um determinado 
assunto ou área, de estar apto e de ter conhecimento, o que se dará 
dentro do nosso objetivo, que é de auxilio e apoio ao discente no 
desenvolvimento das competências profissionais no término da disciplina 
e módulo:
1. Interpretar as funções da auditoria da qualidade, preparando, 
aprovando e distribuindo o relatório da auditoria.
2. Identificar e conhecer o entendimento dos processos e funções de 
aprovação e relatórios.
3. Demonstrar as funções específicas do Relatório.
4. Executar os processos da conclusão auditoria da qualidade, 
preparando, aprovando e distribuindo o relatório da auditoria.
Vamos lá, preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Auditoria da Qualidade
12
Preparando, Aprovando e Distribuindo 
o Relatório da Auditoria
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender as 
funções da auditoria da qualidade, preparando, aprovando 
e distribuindo o relatório da auditoria. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram 
tomar decisões profissionais sem a devida instrução tiveram 
problemas ao preparar esse relatório. E então? Motivado 
para desenvolver essa competência? Então vamos lá. 
Avante!
De forma genérica, o relatório consiste em um instrumento que 
permite comunicar os achados do processo de auditoria. 
Figura 1– Megafone 
Fonte: Freepik.
Auditoria da Qualidade
13
O relatório da auditoria é um documento que ratifica os resultados 
da auditoria. É por meio dele que o auditor divulgará o que foi examinado, 
destacando os pontos negativos e positivos, bem como as suas 
conclusões, visando a assegurar que a direção da entidade saiba o que 
está dentro dos padrões de conformidade e o que deve ser aprimorado. 
Ademais, o texto deve ser objetivo, claro, imparcial, com o intuito de 
garantir que os resultados da auditoria sejam úteis, possibilitando que a 
organização utilize-os como guia para direcionar suas ações.
Figura 2– Opostos 
Fonte: Pixabay.
Os relatórios de auditoria são compostos pelas conclusões e 
recomendações escritas dos auditores emitidos para a administração 
de uma empresa, elucidando os erros, fraudes ou deficiências durante a 
revisão de procedimentos. A linguagem dos relatórios deve ser concisa 
e cooperativa, apontando possíveis soluções. Ademais, deve abranger 
possíveis detalhamentos que facilitem à administração a tomada de 
medidas necessárias à correção das inconformidades encontradas.
Auditoria da Qualidade
14
Figura 3 – Corrigir
Fonte: Freepik.
O relatório do auditor constitui a etapa mais importante da auditoria 
implementada, representando a fase central do trabalho do auditor, a 
qual consiste na comunicação dos resultados. Um relatório que enseje a 
contestação do auditado ou que permita à direção da entidade avaliar o 
trabalho efetuado de forma negativa significa a desmoralização do valor 
da auditoria e, por fim, a desmoralização do próprio profissional.
Figura 4– Megafone 
Fonte: Freepik.
Auditoria da Qualidade
15
Há situações em que, durante a etapa da averiguação dos fatos, 
o auditor conhece as técnicas e procedimentos da área na qual atua, 
contudo, ao apresentar o relatório, acaba não se utilizando de seus 
atributos técnicos, desmerecendo o trabalho de campo.
É por meio do relatório que o auditor mostrará o que foi 
averiguado. É nesse período que a direção da entidade e os envolvidos 
na implementação das tarefas serão informados a respeito do que pode 
ser aprimorado. Por isso é essencial que todo o trabalho do auditor seja 
planejado e estruturado, contendo conclusões lógicas. Assim, o auditor 
deve ser prudente e expressar-se de forma correta e no momento correto. 
Porém, muitas vezes, o auditor desperdiça relatórios, expondo fatos de 
maneira desorganizada e apresentando sugestões não condizentes com 
as soluções almejadas.
Caso o auditor consiga realizar um relatório que seja inteligível por 
qualquer pessoa que leia, poderá assegurar-se de que o resultado do seu 
serviço será aceito e que a alta direção da entidade valorizará e apreciará 
seu trabalho.
Planejamento do Relatório de Auditoria
Visando a assegurar que os relatórios emitidos atendam aos 
requisitos de qualidade e atinjam seus objetivos, é preciso que as equipes, 
em conjunto com o auditor líder, planejem a divulgação dos registros. 
Até porque o relatório é produto da auditoria e apenas um trabalho bem 
planejado pode constituir um produto de qualidade. Assim, é essencial 
que os auditores tracem o objetivo do processo de auditoria. Após essa 
fase, as equipes precisam determinar as questões de auditoria. Devem-se 
formular as questões da auditoria, de maneira a permitir que o auditor trace 
um esboço do relatório, contendo as hipóteses dos principais achados e 
das conclusões, o que subsidia uma avaliação da qualidade das questões. 
Auditoria da Qualidade
16
Figura 5– Planejar 
Fonte: Freepik.
É relevante que o planejamento de auditoria considere os potenciais 
resultados dos testes, os quais serão implementados durante os trabalhos 
de auditoria, bem como as expectativas do auditado no tocante aos 
resultados que serão comunicados por meio do relatório. O processo de 
escrita é interativo e, nessas circunstâncias, repete-se várias vezes, de 
forma que cada resultado parcial seja utilizado na fase posterior, até que 
se construa um relatório final satisfatório. 
Destarte, a matriz de planejamento e a matriz de achados são dois 
instrumentos úteis que podem orientar o processo. O primeiro contribui 
para o planejamento dos trabalhos e para a supervisão contínua, enquanto 
o segundo é empregado para a formulação do planejamento do relatório, 
sua elaboração, supervisão e sua revisão final. Observa-se que ambos 
os instrumentos fundamentam o processo de melhoria contínua da 
qualidade dos serviços de auditoria prestados e cada um compõe uma 
base para o desenvolvimento de uma etapa da elaboração de relatórios.
Auditoria da Qualidade
17
VOCÊ SABIA?
A importância de um planejamento interno da auditoria. 
Acesse aqui. 
Matriz de Planejamento 
A matriz de planejamento é uma ferramenta cuja finalidade é 
esquematizar as informações importantes de um trabalho de auditoria, as 
quais fundamentarão sua execução e o detalhamento do escopo. Já a matriz 
de achados é um quadro-resumo que permite aos auditores sistematizar 
informações relevantes angariadas na fase de implementação da auditoria, 
a fim de elaborar um relatório posteriormente, conforme imagem. 
Quadro 1 - Matriz de planejamento
Atributo Descrição 
Questões de 
auditoria
Apresentar, em forma de perguntas,os 
aspectos que compõem o escopo da 
fiscalização e que precisam ser investigados 
com vistas à satisfação do objeto.
Informações 
requeridas
Identificar as informações necessárias para 
responder às questões. 
Fontes de 
informação
Identificar as fontes de cada item de informação.
Detalhamento do 
procedimento
Descrever as tarefas que serão realizadas. 
Objetos Indicar o documento, o projeto e o programa. 
Membro 
responsável 
Pessoas encarregadas pela execução de cada 
procedimento. 
Período Dias em que o procedimento será realizado. 
Possíveis achados
Esclarecer resultados e conclusões que podem 
ser obtidos. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
Auditoria da Qualidade
18
Essa matriz é composta por questões, informações, fontes, 
detalhes do procedimento, objetos, membros e possíveis achados. Após 
uma revisão e levantamento do supervisor, ela pode ser submetida a um 
painel de referência (como se fosse um brainstorming), tempestade de 
ideias com o objetivo de colher e levantar críticas, sugestões para seu 
detalhamento e aprimoramento. depois dos ajustes necessários em 
função do resultado das discussões do painel de referência.
Figura 6 – Brainstorming
Fonte: Freepik.
Auditoria da Qualidade
19
Matriz de Achados
A matriz de achados é uma documentação que auxilia e norteia 
a organização de dados e informações e que corresponde ao que 
foi encontrado, ou seja, ao que foi achado na auditoria em sua fase 
de execução e que deve ser guardado juntamente com a matriz de 
planejamento.
Quadro 2 - Matriz de achados 
Atributo Descrição 
Achado Corresponde ao achado. 
Situação 
encontrada
Situação existente, identificada e documentada 
durante a execução. 
Critério 
Legislação, norma, jurisprudência, 
entendimento doutrinário ou padrão adotado. 
Evidência 
Informações obtidas durante a auditoria 
no intuito de documentar os achados e de 
respaldar os julgamentos. 
Causa O que motivou a ocorrência do achado. 
Efeito Consequências do achado. 
Encaminhamento Identificação do responsável. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
Organizações públicas e não públicas discordam quanto à eficácia 
da divulgação pública do controle interno sobre relatórios financeiros e 
fragilidades materiais. Os relatórios podem ser exigidos por credores, 
capitalistas de risco ou outros parceiros da organização. Mas as 
organizações podem relatar de forma voluntária a respeito do controle 
interno (GRAHAM, 2015). 
Auditoria da Qualidade
20
No que diz respeito aos relatórios de entidade não pública, entende-
se que:
 • Não existe necessidade de relatar a respeito dos controles 
internos, a menos que seja uma exigência de um regulador ou de 
uma associação de diferentes entidades. 
Entre os aspectos que motivam as organizações quanto à divulgação 
voluntária dos controles internos, pode-se destacar:
 • Disputa por fundos entre organizações sem fins lucrativos.
Figura 7– Interrogação 
Fonte: Pixabay.
 • É uma forma de agregar valor e alcançar confiança junto ao público.
Importante destacar que, ainda que as organizações discordem 
quanto à necessidade do relatório, existem relatórios para diferentes tipos 
de organizações e para alcançar diferentes objetivos. Alguns deles serão 
explorados no terceiro capítulo desta unidade, certo? Mas, no próximo 
capítulo, vamos falar sobre as características dos relatórios. Espero que 
esteja preparado(a)! 
Auditoria da Qualidade
21
Para finalizar, observe alguns problemas que podem interferir nos 
relatórios de auditoria, baseado em ASQ, a saber: 
 • Controle de distribuição: relatórios em formato eletrônico e 
disponibilizado na rede, podem ser compartilhados com qualquer 
pessoa.
Figura 8– Pessoas de negócios usando internet 
Fonte: Freepik.
 • Falta de correção: quando os relatórios não são revisados, podem 
conter desvios de gramática, erros de ortografia, etc. 
 • Relatórios não concisos: podem ser longos quando informações 
clichê são coladas neles.
 • Adulteração do conteúdo do relatório: caso o arquivo não 
seja protegido, o conteúdo do relatório pode ser alterado, e a 
integridade da informação pode ser removida.
Auditoria da Qualidade
22
Figura 9– Documento eletrônico 
Fonte: Freepik.
 • Recuperando: os relatórios se tornam inacessíveis em função da 
obsolescência ou de falhas dos meios de armazenamento. 
 • Removendo (destruindo): quando os relatórios são colocados em 
formato eletrônico, pode ser impossível destruí-los. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido as 
funções da auditoria da qualidade, preparando, aprovando 
e distribuindo o relatório da auditoria. O relatório da auditoria 
é um documento que ratifica os resultados da auditoria. Os 
relatórios de auditoria são compostos pelas conclusões 
e recomendações escritas dos auditores emitidos para 
a administração de uma empresa, elucidando os erros, 
fraudes ou deficiências durante a revisão de procedimentos. 
Para assegurar que os relatórios emitidos atendam aos 
requisitos de qualidade e atinjam seus objetivos, é preciso 
que as equipes, em conjunto com o auditor-líder, planejem 
a divulgação dos registros. A matriz de planejamento e a 
matriz de achados são dois instrumentos úteis que podem 
orientar o processo. A matriz de planejamento contribui para 
o planejamento dos trabalhos e para a supervisão contínua. 
E a matriz dos achados é empregada para a formulação 
do planejamento do relatório, sua elaboração, supervisão 
e sua revisão final. 
Auditoria da Qualidade
23
Características do Relatório de Auditoria
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de identificar 
e conhecer o entendimento dos processos e funções 
de aprovação e relatórios. Isso será fundamental para o 
exercício de sua profissão. As pessoas que desconsideraram 
essas instruções tiveram problemas ao elaborar o relatório 
de forma intuitiva. E então? Motivado para desenvolver essa 
competência? Então vamos lá. Avante!
No geral, podemos entender que o relatório de auditoria possui as 
seguintes características:
 • Tem como finalidade informar os resultados do trabalho da 
auditoria.
 • Deve ser minuciosamente planejado e bem escrito.
Figura 10– Planejamento 
Fonte: Freepik.
Auditoria da Qualidade
24
 • Deve conter fatos constatados como relevantes.
 • Deve apresentar sugestões e recomendações de melhoria efetivas.
 • Apontar os procedimentos não observados.
 • Trazer comentários do auditado
Figura 11– Conceito de opinião 
Fonte: Freepik.
Segundo Arter (2003), os relatórios da auditoria possuem as 
seguintes características: os relatórios precisam ser precisos, concisos, 
claros, oportunos e possuir tom.
 • Conciso: as palavras supérfluas não podem bloquear a recepção 
da mensagem. 
 • Claro: fixar as mensagens na mente do leitor de forma objetiva. 
 • Oportunos: explorar tópicos de seu interesse. 
 • Tom: o relatório precisa ser cortês e profissional. 
 • Preciso: as declarações e referências têm de ser precisas. 
Auditoria da Qualidade
25
Figura 12 – Mira 
Fonte: Pixabay.
SAIBA MAIS:
Dicas de persuasão para relatórios da auditoria. Acesse 
aqui.
Reconhecidas essas características, a partir de agora, vamos 
explorar o conteúdo essencial de um relatório de auditoria. 
Conteúdo do Relatório de Auditoria
Capa
A fim de causar uma boa impressão, é importante iniciar com uma 
capa de qualidade. Ela será o ponto primário de contato da alta direção 
com os resultados da auditoria. Por essa razão, é relevante que esse item 
contenha informações como:
 • Título do relatório de auditoria.
 • Nome do auditor incumbido.
 • Data de término da auditoria.
 • Nome da entidade ou unidade de negócio auditada.
Auditoria da Qualidade
26
Introdução
Na introdução, o auditor deve oferecer uma visão ampla, com 
informaçõesgenéricas sobre a área e processos auditados, indicando 
quais normas estão dando suporte para a realização do trabalho (ex.: 
ISO 9001 e ISO 14001). Outrossim, o leitor deve ser informado a respeito 
de qualquer histórico que possa precisar saber antes de ler o relatório 
completo. Dessa maneira, qualquer pessoa que leia o relatório poderá 
compreender as razões que levaram a auditoria a ser organizada.
Figura 13– Homem procurando algo 
Fonte: Freepik.
 O relatório pode tratar, por exemplo, do surgimento de uma nova 
legislação que exerce influência sobre operações da organização. A 
introdução pode descrever quais leis eram aplicadas até o momento, 
quais são suas falhas e como a nova lei tratará essas questões.
Auditoria da Qualidade
27
Figura 14– Legislação 
Fonte: Freepik.
O parágrafo de ênfase consiste no parágrafo incluído no relatório do 
auditor e que trata de um assunto divulgado que, segundo o julgamento 
do auditor, é de grande importância para o entendimento dos leitores do 
relatório de auditoria da qualidade. 
Figura 15 – Pensando 
Fonte: Pixabay.
Auditoria da Qualidade
28
Nessas circunstâncias, caso o auditor considere necessário 
explanar as informações da nota explicativa ou caso esteja satisfeito com 
seu trabalho e não identifique qualquer limitação nele, poderá utilizar o 
parágrafo de ênfase a fim de respaldar informações e orientar o leitor 
sobre os conhecimentos prévios requeridos para o entendimento do 
relatório. 
Resumo Executivo
O resumo executivo deve conter as conclusões relativas aos 
trabalhos implementados de maneira compactada. Ele deve ser 
estruturado da maneira a seguir:
 • Realizar uma breve descrição do objeto de auditoria, objetivos, 
escopo e data de início e conclusão.
 • Expor as conclusões do auditor.
Figura 16 – Foco 
Fonte: Freepik.
Pode-se, portanto, informar que o objetivo central da auditoria seria 
avaliar os processos da organização, com a finalidade de identificar o nível 
de conformidade em relação à nova legislação. Por fim, pode-se informar 
que uma das principais conclusões é de que a entidade necessita executar 
manutenções no tocante às instalações. 
Auditoria da Qualidade
29
Terminologia Utilizada
É conveniente apresentar os termos empregados na elaboração do 
relatório, para que todos os leitores possam compreender as informações 
apresentadas. Citando um caso análogo: caso haja referências à ISO, é 
conveniente elucidar que se trata da Organização Internacional para 
Padronização.
Figura 17– ISO 
Fonte: Freepik.
Auditoria da Qualidade
30
Apresentar um Plano de Auditoria 
O plano de auditoria deve descrever o auditor principal e suas 
qualificações, bem como outros auditores que compõem a equipe. Essa 
seção também deve descrever quais documentos foram avaliados e 
quem foi entrevistado.
Figura 18 – Planejamento 
Fonte: Freepik.
O auditor deve explicar quais etapas foram seguidas durante o 
processo de revisão (a ferramenta de mapeamento de processos pode 
ajudar) e quais critérios foram selecionados para eleger os documentos e 
os respondentes a serem entrevistados.
Auditoria da Qualidade
31
Descrever os Fatos Constatados
Quando certas coisas são inconsistentes com os padrões 
estabelecidos, o auditor deve prestar atenção aos fatos e evidências 
encontrados. Finalmente, o auditor deve resumir as sugestões de 
melhorias organizacionais na seção “Recomendações” do relatório.
 • Ser positivo: ele deve concentrar-se no que está acontecendo no 
momento e em como os aspectos positivos da empresa podem 
ser aplicados nas áreas ou processos ineficazes.
Figura 19 – Positivo 
Fonte: Pixabay.
 • Ser específico: o auditor deve indicar claramente quais aspectos 
não atendem aos critérios estabelecidos e que medidas devem 
ser tomadas para garantir a conformidade. Ele deve indicar 
claramente quem precisa agir.
 • Ser sucinto: o examinador deve ser breve nas recomendações e 
incluir apenas as informações e detalhes realmente necessários.
Auditoria da Qualidade
32
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
a identificar e conhecer o entendimento dos processos 
e funções de aprovação e relatórios. Os relatórios de 
auditoria precisam ser: concisos (as palavras supérfluas 
não podem bloquear a recepção da mensagem), claros 
(fixar as mensagens na mente do leitor de forma objetiva), 
oportunos (explorar tópicos de seu interesse), adequados 
em relação ao tom (o relatório precisa ser cortês e 
profissional) e precisos (as declarações e referências têm de 
ser precisas). Reconhecidos esses aspectos, descrevemos 
o conteúdo básico do relatório de auditoria: capa (ponto 
primário de contato da alta direção com os resultados 
da auditoria), introdução (visão ampla), resumo executivo 
(conclusões relativas aos trabalhos implementados de 
maneira compactada), etc. Os termos empregados na 
elaboração do relatório têm de ser claros e objetivos. O 
auditor deve explicar quais etapas foram seguidas durante 
o processo de revisão. O auditor precisa mostrar os fatos e 
as evidências encontrados. Ele também precisa resumir as 
sugestões de melhorias organizacionais.
Auditoria da Qualidade
33
Tipos de Relatórios
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de demonstrar 
as funções específicas do relatório. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão. As pessoas que 
desconsideraram essas instruções tiveram problemas 
ao operacionalizar o relatório apropriado para o tipo de 
auditoria realizado. E então? Motivado para desenvolver 
essa competência? Então vamos lá. Avante!.
Tipos de Relatórios
 Existem várias formas para estabelecerem-se as categorias de 
relatórios. Contudo é preciso levar em conta que o relatório é bastante 
complexo e de nada vale a designação da categoria correta de relatório 
se o conteúdo não estiver à altura das necessidades da organização. 
O auditor deve ter organizado um sistema de emissão de relatórios, o 
qual seja adequado ao momento ou situação, em que os fatos estejam 
ocorrendo ou sendo apurados. Dessa maneira, pode-se dividir os 
relatórios em 5 tipos:
Relatórios Finais Sintéticos
São os relatórios que resumem a transmissão dos fatos e requerem 
uma maior capacidade do auditor. Relatórios sintéticos são relatórios que 
devem ser usados para informar rápida e facilmente à gerência a respeito 
do que não está indo bem na organização. Portanto os relatórios sintéticos 
são os mais difíceis de escrever, porque devem ser capazes de relatar 
fatos em um texto curto, da maneira mais abrangente possível, sem 
negligenciar os pequenos detalhes que afetam o objetivo central. 
Auditoria da Qualidade
34
Relatórios Finais Analíticos
Esses são relatórios projetados para fornecer aos auditores todas 
as informações e detalhes necessários para resolver adequadamente os 
problemas, sem números longos e intermináveis que não levam a nada. 
O relatório de análise é o meio de comunicação que o auditor possui 
em relação a todos os departamentos envolvidos no trabalho. Essa é 
a maneira de se comunicar com os funcionários no nível operacional. 
Portanto deve ser claro e simples apresentá-los. 
Relatórios Especiais
Relatórios especiais são relatórios distantes da vida cotidiana. Eles 
também podem ser considerados relatórios confidenciais, devem ser 
entendidos como um requisito exclusivo dos diretores de uma empresa e 
têm interesse de propriedade em um determinado assunto. 
EXEMPLO
Um diretor da empresa chama o gerente de auditoria e solicita um 
projeto ou tópico que seja de seu interesse. Relatórios especiais também 
são relatórios de denúncia privada de fraudes indesejadas.
Figura 20– Fraude 
Fonte: Pixabay.
Auditoria da Qualidade
35
Relatórios Parciais
Durante o processo de auditoria, os auditorescostumam encontrar 
fatos ou eventos que devem atrair imediatamente a atenção da gerência 
ou da gerência da empresa. O problema é comum durante o exame e 
precisa ser corrigido imediatamente para evitar falhas de continuidade 
e proporcionar tempo suficiente para a preparação para o relatório final. 
Alguns relatórios são recursos que podem ser usados para essa finalidade.
Por exemplo, quando os recursos humanos realizam uma auditoria, 
o auditor descobre que certas partes da diretriz do fundo de seguridade 
social do GRPS foram calculadas incorretamente. Um subrelatório 
deve ser criado imediatamente, refletindo a situação atual que precisa 
ser corrigida. Com efeito, esse relatório não fornecerá uma introdução 
completa e sóbria ao que aconteceu, mas aborda a necessidade de 
resolver esse problema.
Alguns relatórios podem aparecer em papel comum, devidamente 
identificado. Alguns relatórios também podem transmitir quaisquer 
dificuldades ou eventos que afetem diretamente o trabalho que está 
sendo executado, ou transmitir algumas outras dificuldades ou eventos 
relacionados às atividades do auditor.
Relatórios Verbais
O relatório oral aplica o mesmo conceito que o relatório escrito, 
mas há uma diferença fundamental: não há minuta a ser corrigida antes 
da redação final. Em um relatório escrito, o auditor pode reescrever o 
parágrafo, alterar a frase e o período e melhorar o texto, antes que chegue 
ao receptor. Em um relatório oral, se não estiver bem preparado, o auditor 
ficará mais vulnerável e sujeito a condições adversas.
É importante considerar a diferença entre o que se diz e o que se 
escreve. Os relatórios orais podem ser diferenciados de outros tipos de 
relatórios por ser mais rápido. O aspecto mais importante a considerar ao 
entregar um relatório oral é o desempenho da tarefa pelo examinador. O 
auditor deve ser muito objetivo e claro e tornar seu discurso facilmente 
compreensível, uma vez que, ao final de um relatório oral, não há fontes 
Auditoria da Qualidade
36
que mostrem o que não está claro. Portanto o relatório oral também 
deve ser planejado com antecedência e estruturado, pois o examinador 
deve estar preparado para atrair a atenção de seus ouvintes, fornecendo 
fatos, recomendações ou sugestões devidamente fundamentadas, com 
interesse compartilhado na solução de problemas.
Relatórios de Auditoria
O relatório de auditoria indica a implementação da experiência real 
da auditoria. Nesse caso, uma explicação incorreta pode causar a perda 
de todo o conteúdo. Portanto textos bem projetados precisam relatar 
não conformidades, observações e precauções encontradas, além de 
informações necessárias para qualquer tipo de relatório, como datas, 
locais e informações sobre os responsáveis. 
Algumas etapas simples, mas muito relevantes, podem subsidiar a 
criação do relatório de auditoria:
 • Entender o processo a ser testado cuidadosamente para evitar 
inconsistências que não são percebidas e, portanto, não são 
relatadas.
 • Não use expressões muito complicadas. Caso seja preciso usar 
termos ou acrônimos técnicos, convém inserir definições no texto.
 • Incluir os fatos positivos confirmados na auditoria.
 • Executar uma revisão para recomendar aspectos que podem ser 
aprimorados no processo.
 • Escrever relatórios dessa maneira e tornar o texto mais objetivo 
dará aos leitores mais interesse e credibilidade na leitura, o que 
ajudará a os gerentes a entender e tomar decisões.
Auditoria da Qualidade
37
Auditoria na Gestão Pública (Tipos de 
Relatórios)
Segundo Santos (2017), auditoria interna consiste em um órgão que 
executa auditorias nas atividades de gestão pública em determinados 
períodos, a fim de assistir a organização quanto ao cumprimento de seus 
objetivos. Reconhecida a finalidade desse procedimento, os próximos 
tópicos exploram alguns tipos de relatórios utilizados. 
Relatório Preliminar
De acordo com Santos (2017), o relatório preliminar consiste em um 
documento enviado pela equipe de auditoria detalhando todo o trabalho 
de auditoria interna. Esse relatório possui a seguinte estrutura: 
 • Dados iniciais: consiste na apresentação do relatório, devendo 
conter: o tipo de auditoria, o exercício, o departamento auditado, 
processo, período de execução, entre outros. 
 • Equipe responsável pela auditoria e informações gerais. 
 • Escopo de trabalho.
 • Amostra.
 • Objetivos.
 • Técnicas de auditoria aplicada.
 • Riscos de auditoria.
 • Resultado dos testes. 
 • Relato gerencial. 
 • Análise da auditoria interna. 
 • Fatos.
 • Causas/critérios/consequências. 
 • Sugestões.
 • Respostas breves para o caso de questões de auditoria interna. 
Como pode ser observado, a análise da auditoria interna está baseada 
em achados de auditoria, em que as evidências são documentadas nos 
documentos de trabalho (SANTOS, 2017). 
Auditoria da Qualidade
38
Relatório Final 
Para Santos (2017), o relatório final diz respeito a um documento 
emitido pelos auditores internos, por meio de análise e acordo do auditor-
chefe, com base no relatório preliminar da equipe de auditoria, sendo 
necessário fazê-lo passar por três revisões, a saber: 
 • Revisão técnica: possui o objetivo de verificar se os registros são 
consistentes do ponto de vista técnico, explorando o conteúdo e a 
objetividade quanto à relevância do conteúdo. Ela é realizada pelo 
auditor chefe ou por quem ele indicar. 
 • Revisão gramatical: tem como objetivo analisar se os registros 
estão em concordância com as normas gramaticais, bem como 
se são claros e coerentes. Ela é realizada especialmente por um 
servidor da área de assistência administrativa ou por quem o 
auditor chefe indicar. 
Figura 21– Leitura e escrita 
Fonte: Freepik.
 • Revisão de formatação: seu principal objetivo é facilitar a leitura e 
seguir padrões de formatação expressos nessa instrução interna. 
Ela tem de ser realizada, preferencialmente, por servidor do 
Auditoria da Qualidade
39
departamento de assistência técnica ou por uma pessoa indicada 
pelo auditor chefe. 
Esse relatório possui a seguinte estrutura: 
 • Dados iniciais.
 • Escopo de trabalho.
 • Amostra.
 • Objetivos.
 • Técnicas de auditoria.
 • Risco de auditoria.
 • Resultado dos exames. 
 • Relato gerencial. 
 • Análise da auditoria interna.
 • Conclusão. 
Esse relatório deverá ser emitido ao magnífico reitor. Será enviado, 
também, a outras instituições (Controladoria Geral da União/Regional, à 
Pró-Reitoria auditada, ao órgão de apoio ao Comitê Gestor de Riscos e 
Controle Interno, etc. 
Relatório Simplificado
O relatório simplificado é emitido pela auditoria interna quando são 
realizados trabalhos de auditoria simplificados, com escopo de trabalho 
reduzido e pontual, visando observar fatos específicos. Esse tipo de 
relatório é emitido em casos esporádicos e poderá conter recomendações 
específicas.
Relatório Informativo
O relatório informativo é um documento emitido pela auditoria 
interna em caso de auditorias específicas, cujo escopo de trabalho é 
reduzido e pontual. Também busca informações para trabalhos de futuras 
Auditoria da Qualidade
40
auditorias ou para elaboração do Plano Anual de Atividades de Auditoria 
Interna. No geral, ele não possui nenhum tipo de recomendação.
Relatório Anual de Atividades da 
Auditoria Interna (RAINT):
O RAINT mostra os resultados da auditoria de um determinado 
período e deverá conter o relato sobre os processos de auditoria interna 
em função das ações planejadas. 
Santos (2017) destaca que existem diferenças conceituais entre 
auditoria interna e controle interno. Observe:
 • Auditoria interna: compreende os exames, as análises, as 
avaliações, os levantamentos e comprovações estruturados 
para explorar a integridade, a adequação, a eficácia e a eficiência 
de processos, sistemas de informações e controles internos 
integrados ao ambiente e de gestão de riscos, com a finalidadede 
auxiliar a organização na busca de seus objetivos. 
Figura 22– Levantamento 
Fonte: Freepik.
Auditoria da Qualidade
41
 • Controle interno: é o conjunto de atividades, planos, rotinas, 
métodos e procedimentos aplicados para assegurar o alcance 
dos objetivos das unidades da administração pública de modo 
confiável e concreto, mostrando possíveis desvios ao longo da 
gestão. 
Para proporcionar melhor compreensão, o próximo tópico explora 
um tipo de relatório que pode ser utilizado para controle interno. Está 
preparado(a) para conhecer um pouco sobre esse assunto? 
Relatório Sobre as Responsabilidades da 
Administração para Controle Interno
Muitas organizações costumam incluir outras declarações de 
gestão associadas ao controle interno nos relatórios direcionados aos 
acionistas (GRAHAM, 2015). 
IMPORTANTE:
Faz-se necessário prestar atenção às divulgações adicionais 
para que não sejam confundidas com os relatórios 
solicitados a respeito do controle interno (GRAHAM, 2015). 
Declarações enganosas ou incompletas também precisam 
de atenção. Os auditores são orientados a negar associação 
com essas declarações. Nesse sentido, os comentários 
adicionais sobre a eficácia dos controles internos ou 
outras afirmações associadas à gestão precisam ser 
cuidadosamente revisados pelo auditor (GRAHAM, 2015). 
Graham (2015) afirma que o auditor precisa ajustar o relatório sempre 
que existirem as seguintes condições: 
 • Os componentes do relatório da administração quanto ao controle 
interno estão incompletos ou são mostrados de modo inadequado.
 • Existe uma restrição em relação ao escopo do trabalho. 
Auditoria da Qualidade
42
 • O auditor utiliza como base os relatórios de outros auditores.
 • Existem outras informações no relatório anual da administração a 
respeito do controle interno de relatórios financeiros. 
Figura 23– Financeiro 
Fonte: Pixabay.
 • Quando há distorções quanto à certificação anual da administração, 
quanto à Lei Sarbanes-Oxley.
Graham (2015) observa que, para acessar informações 
complementares a respeito das possíveis mudanças que podem interferir 
no controle interno da organização quanto aos relatórios financeiros e, 
assim, quanto ao relatório do auditor, faz-se necessário que o auditor 
considere os seguintes aspectos: 
 • Relatórios transmitidos no período subsequente. 
 • Relatórios de auditor independentemente de limitações existentes 
no controle interno.
 • Relatórios da agência reguladora a respeito do controle interno da 
organização quanto aos relatórios financeiros. 
 • Informações a respeito da eficácia do controle interno da 
organização sobre relatórios financeiros obtidos por meio de 
outros compromissos.
Auditoria da Qualidade
43
Nas auditorias de controle interno, a respeito dos relatórios 
financeiros, Graham (2015) destaca que o auditor precisa considerar os 
seguintes aspectos: 
 • Mapear a responsabilidade da gestão por definir e manter um 
controle interno eficaz a respeito de relatórios financeiros.
 • Comunicar a avaliação efetuada pela administração quanto à 
eficácia do controle interno.
 • Declarar que a administração não usou os procedimentos do 
auditor realizados durante as auditorias de controle interno sobre 
relatórios financeiros ou declarações como parte da base para a 
avaliação da administração e da eficácia do controle interno sobre 
relatórios financeiros.
 • Mencionar a conclusão da administração em relação à eficácia 
do controle interno da organização, com base nos critérios de 
controle e na data especificada.
 • Informar que a gestão compartilhou todas as deficiências nos 
processos de controle interno associados a relatórios financeiros. 
 • Caracterizar fraudes que interferem nas demonstrações financeiras 
e que envolvem a alta administração ou gerência ou outros 
funcionários que têm um papel significativo no controle interno da 
empresa sobre os relatórios financeiros.
 • Anunciar as limitações identificadas durante trabalhos anteriores, 
bem como atentar-se para as possíveis alterações realizadas 
depois da data em que está sendo relatado. 
Auditoria da Qualidade
44
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido as funções específicas do relatório. O relatório 
de auditoria indica a implementação da experiência real da 
auditoria. Os textos bem projetados precisam relatar não 
conformidades, observações e precauções encontradas, 
além de informações necessárias para qualquer tipo 
de relatório, como datas, locais e informações sobre os 
responsáveis. Existem várias formas para estabelecerem-
se as categorias de relatórios. Cabe ao auditor possuir 
um sistema organizado de emissão de relatórios, o qual 
seja adequado ao momento ou situação. Exploramos os 
seguintes tipos de relatórios: relatórios finais sintéticos, 
relatórios finais analíticos, relatórios especiais, relatórios 
parciais, relatórios verbais. Também exploramos alguns 
relatórios utilizados em auditorias na gestão pública: 
relatório preliminar, relatório final, relatório simplificado, 
relatório informativo, etc. 
Auditoria da Qualidade
45
Aprovando e Distribuindo o Relatório de 
Auditoria
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de executar 
os processos de conclusão da auditoria da qualidade, 
preparando, aprovando e distribuindo o relatório da 
auditoria. Isso será fundamental para o exercício de sua 
profissão. As pessoas que não consideraram as devidas 
instruções tiveram problemas ao desenvolver um relatório. 
E então? Motivado para desenvolver essa competência? 
Então vamos lá. Avante!.
É conveniente que o relatório da auditoria seja emitido dentro do 
prazo convencionado. Caso isso não seja possível, é importante que as 
razões para o atraso sejam comunicadas ao cliente da auditoria, sendo 
necessário acordar uma nova data.
Outrossim, o relatório de auditoria deve ser datado, analisado 
criteriosamente e aprovado, segundo os parâmetros determinados pelo 
programa de auditoria. Posteriormente, o documento aprovado deve ser 
distribuído aos receptores determinados pelo cliente de auditoria, até 
porque o relatório da auditoria é propriedade dele. Ademais, é importante 
que os membros da equipe de auditoria e todos os receptores do relatório 
respeitem e mantenham a confiabilidade do relatório.
Concluindo a Auditoria
A partir das informações coletadas na auditoria, bem como evidências 
coletadas, o auditor precisa verificar os processos, procedimentos e 
padrões da organização, identificando:
 • Não conformidades.
 • A diferença entre fato (eventos reais) e inferência (conclusões).
Auditoria da Qualidade
46
 • Oportunidades de melhoria.
Após relacionar não conformidades, oportunidades de melhoria e 
boas práticas, o auditor precisa verificar sua coerência com os auditados.
VOCÊ SABIA?
Dicas de conclusão de relatórios da auditoria. Acesse aqui.
Como Implementar a Qualidade Total
Não existe uma solução única para cada situação ao planejar e 
implementar um sistema geral de gestão da qualidade ou estratégia de 
gestão da qualidade. Cada organização é única em sua cultura, práticas 
de gerenciamento e processos usados para criar e entregar seus produtos 
e serviços. Portanto a estratégia de gerenciamento da qualidade será 
diferente de acordo com o contexto específico de cada organização.
A alta gerência determina os principais valores e princípios a serem 
usados e comunica-os ao restante da empresa. Com base nessas etapas, 
é desenvolvido um plano norteador de qualidade geral. A organização 
identifica e prioriza as necessidades do cliente e alinha produtos e 
serviços para atender à demanda. A gerência desenhou um processo 
fundamental para a organização atender às necessidades do cliente. A 
gerência supervisiona a formação de equipespara melhorar os processos, 
avaliando o progresso e revisando os planos, conforme necessário.
 Busca-se a conscientização contínua dos funcionários e o 
fornecimento de feedback sobre o status. Um sistema de recompensa 
também foi introduzido nessa fase. Quando uma organização deseja obter 
qualquer certificação ISO, deve passar por uma revisão de certificação. 
Um método alternativo usado por muitas empresas é organizar auditorias 
antes da chegada do certificador. No entanto ainda existem muitas 
empresas que continuam a falhar.
Auditoria da Qualidade
47
Visando a garantir consistência e integridade das auditorias, metas 
e escopo devem ser definidos para cada auditoria. Isso também ajudará a 
selecionar auditores para garantir objetividade e imparcialidade. As etapas 
atuais são sempre rígidas em detalhes e os resultados são positivos 
apenas quando todos os intervalos estão de acordo com o processo em 
execução. 
Além disso, se eles precisam obter os melhores resultados da 
auditoria, o auditor deve ter alguma compreensão do conteúdo da 
auditoria. Ainda, a gerência também é importante para executar ações 
nos resultados da auditoria. Isso geralmente se limita às ações corretivas 
relacionadas às falhas encontradas, mas também deve considerar as 
causas principais e medidas mais amplas para diminuir ou eliminar os 
riscos.
Deve-se fazer um acompanhamento para garantir que as medidas 
adotadas pela auditoria sejam eficazes. Sempre ter conhecimentos acerca 
dos requisitos e como usá-los na auditoria, fazendo um bom plano com base 
nas informações contidas no programa de auditoria e na documentação 
fornecida pelo auditado, seguindo esse plano sem desvios. Até porque, 
durante uma auditoria, podem ocorrer problemas inesperados que podem 
afetar a visão do trabalho. Por isso é importante manter uma boa lista de 
verificação para evitar problemas. Uma revisão feita por uma equipe de 
duas pessoas é ideal para adicionar mais conhecimento técnico, focar 
em áreas específicas e trabalhar harmoniosamente no brainstorming, não 
sendo recomendada a auditoria de apenas um auditor.
Quadro 3- Matriz para lista de verificação de auditoria
Matriz para lista de verificação de auditoria
 
Segu-
rança
Cliente
Pro-
duto
Meio am-
biente
Custos
Conheci-
mento
Pes-
soas
Eficiên-
cia
Objeti-
vos
Planejar 
Fazer 
Checar 
Agir 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
Auditoria da Qualidade
48
É importante redigir o relatório o mais rápido possível, de acordo 
com os procedimentos estabelecidos pela coordenação de auditoria para 
fornecer uma descrição mais realista. 
Quadro 4 - Exemplos das formas não recomendáveis de relatar as observações
Forma não recomendável Forma recomendável
Falta suporte para vassouras
Vassouras largadas em cantos de 
parede e encostadas nas máquinas
Fazer reuniões com a equipe para 
discutir sobre os problemas de 
limpeza
Sujeira generalizada na área
Sala com pouco espaço
Disposição das mesas e armários 
dificulta a circulação
Descartar documentos obsoletos
Vários documentos obsoletos 
mantidos no arquivo da engenharia
Realizar campanhas para a 
melhor utilização dos banheiros
Banheiros com papéis no piso e com 
odor desagradável
Trocar lâmpadas queimadas
Cinco lâmpadas queimadas no 
almoxarifado
Fone: Elaborado pelo autor (2021).
Criar uma descrição que seja inteligível por parte do auditado 
visando a evitar dúvidas e questionamentos futuros. Empregar a norma 
culta da língua portuguesa. Caso haja dúvidas no tocante à gramática, 
consultar um dicionário ou um colega é de grande relevância. Pode-
se, ainda, utilizar os recursos de correção gramatical do aplicativo do 
computador para corrigir erros de digitação. Entregar o relatório conforme 
o formato e o prazo definido. Sugerir melhorias para a coordenação de 
auditoria (revisões dos indicadores de avaliação, do mapeamento das 
áreas, do tempo de auditoria, do formato e prazo para entrega do relatório 
etc.).
É importante que os auditores apliquem melhor os procedimentos 
de auditoria interna - o programa pode precisar ser reconsiderado. Faz 
sentido integrar processos de auditoria, por exemplo, auditoria ambiental, 
segurança e qualidade para otimizar o uso de recursos. No entanto, para 
Auditoria da Qualidade
49
ser competente nessas áreas, é necessário um programa abrangente de 
treinamento e educação.
Convencer a gerência sênior da necessidade de auditoria pode 
ser uma tarefa assustadora, mas a crença dos funcionários de que são 
auditores voluntários pode ser ainda mais difícil. Entretanto argumentos 
convincentes podem ser feitos se a tarefa for explicada com base no 
desenvolvimento organizacional e individual, divulgando para uma grande 
quantidade de pessoas os aspectos do negócio.
A maioria dos auditores realiza suas tarefas de auditoria durante 
meio período, coordenando-as com seu trabalho “real”. É importante que 
aqueles que realizam auditorias recebam algum reconhecimento por 
seus esforços. Se há um processo de avaliação, por exemplo, convém 
que o gerente do programa de auditoria dê uma contribuição para a 
avaliação do auditor, bem como o gerente de linha ou o principal “dono” 
do processo.
Mais atenção deve ser dada à frequência das revisões. É comum 
escolher qualquer frequência, independentemente do impacto da 
atividade na empresa ou dos resultados de análises anteriores. Ao avaliar 
o processo de auditoria, a natureza geral da não conformidade deve ser 
considerada para determinar se o resultado esperado é considerado 
se uma não conformidade for encontrada. Quando a gerência analisa 
rigorosamente questões gerais, como procedimentos desatualizados 
ou mudanças organizacionais, devem ser feitos esforços para solucionar 
as deficiências sistêmicas, em vez de analisar vários casos. Por exemplo, 
uma maneira fácil é por intermédio do banco de dados.
Existem erros sistemáticos, como nos seguintes exemplos: mudanças 
organizacionais; falta de treinamento; procedimentos desatualizados; má 
comunicação; as questões disciplinares; acessibilidade à informação; falta 
de recursos e capacidade do equipamento.
Auditoria da Qualidade
50
Implantar a Gestão da Qualidade
A partir de trabalhos de racionalização, organização, limpeza, 
conservação e disciplina, a entidade transforma-se em um ambiente 
saudável para todos os stakeholders.
No Brasil, o método housekeeping é conhecido por 5 “Ss” (iniciais 
das cinco palavras japonesas que norteiam o programa).
Figura 24 – 5 S
5S
Seiri
(Utilização)
Seiketsu
(Padronização)
Seiso
(Limpeza)
Seiton
(Organização
Shitsuke
(Disciplina)
O significado de cada uma das palavras:
 • Seiri (senso de Seleção) - isso significa usar os recursos 
disponíveis, conforme necessário e apropriado, para evitar 
excesso, desperdício e abuso.
 • Seiton (senso de Ordenação) - organiza sistematicamente a 
maneira de trabalhar (objetos, dados e dispositivos) para que 
possam ser usados com rapidez e segurança a qualquer momento.
Auditoria da Qualidade
51
 • Seiso (senso de Limpeza) - trata-se do compromisso dos 
membros da organização de limpar todos os aspectos do ambiente 
de trabalho e garantir que ele continue a melhorar.
 • Seiketsu (senso de Bem-Estar) - eliminar os fatores que podem 
ter um impacto negativo nas pessoas no local de trabalho.
 • Shitsuke (senso de Autodisciplina) - a autodisciplina inclui 
realizar tarefas espontaneamente e melhorar o desempenho sem 
ser forçado pela hierarquia ou pela pressão dos colegas. Os 5 “Ss” 
devem ser executados para melhorar as condições de trabalho e 
implementar uma cultura de melhoria contínua. 
Dessa forma, visando a obter sucesso, todo programa de gestão 
da qualidade e de melhoria deve ser fundamentado em critérios, sendo 
alguns fatores relevantes para a implantação dos “5 Ss”:
 • Treinamento e educação.
 • Envolvimento de todos os membros da organização.• Aplicação da metodologia adequada.
 • Alta direção acompanhando o processo.
Além dos 5 “Ss”, dos princípios da qualidade e das ferramentas da 
gestão da qualidade, as utilizações das metodologias de gestão também 
podem amparar a melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade 
e, por conseguinte, dos resultados da empresa.
Melhoria Contínua e a Trilogia de Juran
De acordo com Juran, a gestão da qualidade é implementada pelo 
uso de três processos: planejamento da qualidade, controle da qualidade 
e melhoramento da qualidade.
a. Planejamento da qualidade: criar produtos e desenvolver 
processos conforme as necessidades dos clientes, requerendo 
pesquisar, determinar quem são esses clientes, quais são 
suas necessidades, desenvolver características de produtos e 
Auditoria da Qualidade
52
processos que os atendam e transferir sempre o planejamento 
estratégico às forças operacionais da organização. O Planejamento 
deve ser formal, envolvendo vários conhecedores e responsáveis 
por etapas, a fim de que o resultado seja alcançado. É relevante 
que sejam observados, então, os pontos de entrada e saída de 
cada fase do processo.
b. Controle da qualidade: o objetivo do controle de qualidade é o 
de minimizar falhas e não conformidades, mantendo a capacidade 
de alcançar as metas operacionais determinadas. Todos os 
membros da entidade são ativos no controle da qualidade, pois o 
autocontrole é pré-requisito universal, e todo tipo de evento pode 
influenciar o alcance das metas.
Então podemos ver, por meio deste conteúdo e aulas, que falhas 
podem ocorrer quando uma Auditoria da qualidade é realizada e, com 
isto, algumas das falhas podem ser:
 • Falhas relacionadas com o objetivo da auditoria.
 • Relacionadas aos recursos para auditoria.
 • Falhas relacionadas ao processo da auditoria.
 • Relacionadas com o resultado da auditoria.
 • Problemas como a falta de tempo ao realizar auditoria interna. 
 • Problemas por estar envolvido no processo de realização de 
auditoria um ser humano caracterizando uma atividade humanos-
hardware-software.
Com isto, podemos analisar e ver que a competitividade está cada 
vez mais acirrada, somada com as exigências dos mercados globalizados 
e das demandas e necessidades da sociedade, que requer uma adoção 
de novos métodos de gerenciamento mais transparentes da gestão 
e da tecnologia nas empresas, pois elas dependem da capacidade de 
implementar novos procedimentos, especialmente na atividade produtiva 
e ou de serviços.
Auditoria da Qualidade
53
Verifica-se que, para saber se uma empresa está dentro dos 
padrões estabelecidos pelas normas, deve ser feita uma auditoria, que 
garante a qualidade, auxiliando no desenvolvimento e aprimoramento de 
controles internos, permitindo a detecção de falhas ou fraudes, cada vez 
mais comuns no ambiente corporativo e competitivo. Aprimora-se, assim, 
o desenvolvimento das pessoas e dos stakeholders e, enfim, contribui-se 
muito para o desenvolvimento das empresas.
c. Melhoramento da qualidade: procurar formas de expandir o 
desempenho de modo inovador, com foco na melhoria contínua, 
tanto nas características de um produto quanto na frequência de 
falhas. Até porque, para manter-se competitiva, a organização 
deve reduzir drasticamente as deficiências em seus produtos, 
serviço ou processos, investindo em diagnósticos para descobrir a 
má qualidade e identificar as melhores soluções. 
Aprovando o Relatório de Auditoria
Para Russel (2012), os auditores precisam relatar continuamente 
grande quantidade de descobertas. E também precisam: 
 • Analisar e determinar os problemas de controle comuns. 
 • Explorar e agrupar mais informações.
 • Analisar as situações complementares, para definir as falhas do 
sistema que provocam discrepâncias. 
Na sequência, precisam elaborar um resumo geral de tudo que foi 
explorado. Faz-se necessário responder às seguintes perguntas quanto 
aos sistemas de controle: eles estão em conformidade? Funcionam? Essa 
é a parte mais relevante de todo o relatório. 
IMPORTANTE:
Tendo em vista que a maioria dos leitores são gerentes e 
supervisores, os termos precisam ser formulados de forma 
técnica, baseados em termos gerenciais. 
Auditoria da Qualidade
54
Russell (2012) destaca que a reunião de saída é uma oportunidade 
para você mostrar seu relatório aos gerentes do grupo. Essa é uma tarefa 
do líder da equipe. Faz-se necessário que o líder da equipe comece 
declarando que a auditoria está se concluindo. Na sequência, você 
precisa realizar uma apreciação da hospitalidade proporcionada a você e 
a sua equipe. Enfatizar que a tarefa foi concluída e chamar a atenção para 
os seguintes pontos: 
 • Mostrar o resumo. 
 • Resumir as descobertas e as práticas positivas.
 • Solicitar quaisquer correções ou explicações a respeito das 
áreas imprecisas.
 • Discutir o processo de acompanhamento da ação corretiva. 
Por sua vez, você precisa fazer uma recapitulação do escopo 
e propósito da auditoria e acertar no resumo. Ao falar com os demais 
envolvidos neste processo, sugere-se: 
 • Fazer com que todos sintam que o conteúdo. 
 • Destaque descobertas ou práticas positivas.
 • Distribua cópias dos resultados ou das fichas de prática positiva. 
Em síntese, o relatório escrito precisa conter informações básicas 
como:
 • Introdução.
 • Resumo.
 • Conclusões adversas.
 • Práticas positivas.
Distribuindo o Relatório de Auditoria
A respeito da distribuição do relatório de auditoria, Russell (2012) 
traz as seguintes considerações: 
Auditoria da Qualidade
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 • A lista de distribuição de um relatório de auditoria tem de ser 
registrada no relatório. 
 • A distribuição fica a critério do cliente.
 • Um relatório de auditoria interna é distribuído ao supervisor da 
área auditada e a alguém da alta administração. 
 • Um relatório de auditoria externa normalmente vai para um 
gerente de divisão ou CEO. 
 • O relatório de auditoria externa pode ser enviado a um gerente de 
produção ou de qualidade.
 • A organização responsável pela auditoria possui uma cópia do 
relatório em seus arquivos oficiais, e cada membro da equipe de 
auditoria pode reter uma cópia. 
 • O auditor-líder não deve enviar um relatório diretamente para 
o auditado de forma imediata, a menos que seja validado pelo 
cliente. Isto é, o cliente tem a opção de receber o relatório de 
auditoria e anexá-lo em uma carta de apresentação antes de o 
relatório ser compartilhado com o auditado. 
Auditoria da Qualidade
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
como executar os processos de conclusão da auditoria 
da qualidade, preparando, aprovando e distribuindo o 
relatório da auditoria. O relatório de auditoria deve ser 
datado, analisado criteriosamente e aprovado segundo 
os parâmetros determinados pelo programa de auditoria. 
A fase de conclusão envolve a verificação dos processos, 
procedimentos e padrões da organização com base nas 
informações coletadas. Mostramos que não existe uma 
solução única para cada situação ao planejar e implementar 
um sistema geral de gestão da qualidade ou estratégia de 
gestão da qualidade. Para implantar a gestão da qualidade, 
as organizações podem utilizar a metodologia dos 5 “S” 
(iniciais das cinco palavras japonesas que norteiam o 
programa): seiri (senso de seleção), seiton (senso de 
ordenação), seiso (senso de limpeza), seiketsu (senso de 
bem-estar), shitsuke (senso de autodisciplina). Exploramos 
as etapas que permitem a melhoria contínua e a trilogia de 
Juran, em que a gestão da qualidade é implementada pelo 
uso de três processos: planejamento da qualidade, controle 
da qualidade e melhoramento da qualidade. E realizamos 
algumas considerações a respeito da aprovação e da 
distribuição do relatório deauditoria.
Auditoria da Qualidade
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REFERÊNCIAS
ALVES, P. M. de A.; FREITAS, A. de O. Ferramentas informatizadas 
utilizadas na auditoria. Revista Brasileira de Contabilidade – RBC, [S. i.], 
n. 225, jun. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 
ISO 19011: diretrizes para auditoria de sistemas de gestão (Guidelines for 
auditing management systems). Rio de Janeiro, 2012.
BROCKA, B.; BROCKA, M. S. Gerenciamento da qualidade. São 
Paulo: Makron Books do Brasil, 1994.
CARLA, M. Evoluindo o gerenciamento de não conformidades usando 
os conceitos de projetos. Blog da Qualidade, [online], 2019. Disponível 
em: https://blogdaqualidade.com.br/evoluindo-o-gerenciamento-de-
nao-conformidades/. Acesso em: 17 set. 2021.
CROSBY, P. B. É preciso praticar uma filosofia da qualidade. Revista 
Controle da Qualidade, São Paulo, n. 73, 1998.
DA COSTA, G. P. C. Contribuições da auditoria contínua para a 
efetividade do controle externo. 2012. Monografia (Especialização em 
Auditoria e Controle Governamental). Instituto Serzedello Corrêa – ISC/
TCU, Brasília, DF, 2012.
GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e 
competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1992.
JURAN, J.M. Juran planejando para a qualidade. 2. ed. São Paulo: 
Pioneira, 1992.
SANTOS, T. V.  Manual De Auditoria Interna Uffs. UFFS: 
Chapecó, 2017. Disponível em:  https://www.google.com.br/
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