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Brasil Colônia

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Brasil Colônia 
Período Pré-colonial (1500-1530) 
→ Por meio do Tratado de Tordesilhas, Portugal 
deteve a posse de uma faixa territorial na 
América, então conquistada pelos espanhóis 
→ Para conhecer as potencialidades da terra, a 
Coroa Portuguesa enviou expedições 
exploradoras, com o objetivo de reconhecer a 
existência de metais preciosos 
◦ As primeiras expedições não identificaram 
metais preciosos, mas passaram a explorar o pau 
brasil (fundaram feitorias ao longo da costa) 
◦ Nesse contexto, os portugueses mantiveram-se 
na costa e não se preocuparam em fundar vilas 
→ O período pré-colonial foi de desinteresse de 
Portugal pelo Brasil, já que não encontra lucros 
imediatos (metais preciosos) 
◦ Continuação do comércio entre Portugal e as 
Índias Orientais, já que havia mais possibilidades 
de lucro com o comércio de especiarias 
 
O início da colonização efetiva do Brasil 
⇒FATORES 
→ Ameaça de invasores franceses e ingleses que 
não aceitavam o Tratado de Tordesilhas 
◦ Franceses frequentavam a costa brasileira para 
explorar o Pau-Brasil 
→ 1530: Portugal perde o monopólio do 
comercio nas Índias Orientais, resultando em 
uma maior concorrência e aumento dos custos 
para a manutenção dos territórios conquistados 
→ Interesse na expansão da fé cristã através da 
catequização dos índios pelos jesuítas 
 
⇒ÍNICIO DA COLONIZAÇÃO 
→ Com as ameaças estrangeiras, principalmente 
francesa, e a queda da competitividade do 
comércio das especiarias, a Coroa Portuguesa 
então decidiu iniciar a colonização do território 
americano 
◦ Foi preciso efetivamente ocupar a região 
◦ A atenção da coroa portuguesa passa a ser 
direcionada ao Brasil, com a ideia de povoar, 
ocupar e explorar o potencial econômico = 
colônia de exploração 
→ D. João III envia ao Brasil uma expedição 
colonizadora comandada por Martim Afonso de 
Souza, com o objetivo de colonizar o território, 
encontrar metais preciosos e combater os 
franceses 
→ 1532 é fundada a Vila de São Vicente 
 
As Capitanias Hereditárias 
→ O sistema escolhido para dar início ao 
povoamento do território português na América 
foi o de Capitanias Hereditárias – concessão de 
faixas territoriais a nobres portugueses que 
teriam obrigações com a Coroa 
◦ Divisão das terras da colônia portuguesa em 15 
faixas de terra – 14 Capitanias 
◦ Cada faixa de terra correspondia a uma 
capitania hereditária (exceção da Capitania de 
São Vicente que estava em 2 faixas) 
◦ Capitanias em destaque: São Vicente e 
Pernambuco 
→ Foi a primeira medida política tomada pela 
coroa portuguesa em relação ao Brasil colonial 
 
⇒CAPITÃO DONATÁRIO 
→ Recebedor e senhor de uma capitania com 
poder administrativo, militar e judiciário 
→ Comerciantes ou pessoas ligadas à nobreza 
→ Objetivo: desenvolver a colônia – fundar vilas e 
cidades e cobrar impostos 
◦ Os donatários ao receber a concessão deviam 
obrigações ao rei, tais como: desenvolver a 
cultura de cana-de-açúcar, expandir a fé cristã, 
defender o território de invasões e ataques, e 
povoar o território 
◦ Os donatários podiam, em contrapartida às 
obrigações, cobrar impostos, receber parte dos 
impostos sobre o comércio de pau-brasil, 
conceder sesmarias, possuir sesmaria, e julgar e 
punir delitos 
→ Sesmarias: seções da Capitania doadas a 
Terceiros 
→ Havia falta de apoio financeiro por parte da 
Coroa, sendo assim, o donatário explorava a 
Capitania com seus próprios recursos 
→ Carta de Doação: documento de posse da terra 
concedido pelo rei, que garantia o direito de uso 
da terra, de se fixarem a terra para explorar a 
capitania (para ganho econômico) 
◦ Atenção: as terras não eram propriedade dos 
Donatários, mas sim da Coroa 
→ Foral: documento assinado com o rei, onde 
havia os direitos e deveres do donatário sobre a 
terra 
 
⇒FATORES DO FRACASSO 
→ Falta de apoio financeiro por parte da Coroa = 
muitos capitães não tinham dinheiro e faliram 
→ Distância entre o Brasil e Portugal 
→ Doenças tropicais 
→ Conflitos contra os indígenas 
→ Ausência de centralização político-
administrativa 
 
Governos-Gerais 
→ Objetivo: centralização político-administrativa 
→ Governador geral: nomeado pelo rei 
→ Com sede em Salvador, o Governo-Geral 
retirava parte do poder dos donatários, embora 
as capitanias continuassem existindo 
→ O Governo-Geral era comandado pelo 
governador-geral (enviado pela Corte), que 
administrava apoiado por três auxiliares – 
capitão-mor (defesa), ouvidor-mor (justiça) e 
provedor-mor (finanças) 
→ Com o desenvolvimento socioeconômico da 
colônia, as Câmaras Municipais foram criadas 
para administrar as vilas e as cidades 
◦ Os vereadores das Câmaras Municipais eram 
escolhidos entre os “homens bons” – homens de 
posses, prestígio e “pureza de sangue”, ou seja, 
branco 
◦ As Câmaras Municipais eram responsáveis pela 
limpeza das vias, construções de obras públicas, 
cobrança de impostos, entre outras atribuições 
→ No contexto da mineração de ouro no século 
XVIII, foi fundada a Intendência das Minas, cuja 
função era fiscalizar a extração aurífera 
→ No século XVIII, o Brasil foi alçado à posição de 
Vice-Reino e a capital deixou de ser Salvador e 
passou a ser o Rio de Janeiro 
⇒TOMÉ DE SOUSA (1549-1553) 
→ Primeiro governador-geral 
→ Fundação de Salvador (1549) – primeira capital 
do Brasil 
→ Estabeleceu boas relações com os povos 
indígenas 
→ Trouxe vários colonos e cabeças de gado para 
o Brasil 
→ Entre os colonos, havia padres jesuítas, que se 
encarregavam da conversão dos indígenas e 
fortalecimento da fé católica 
→ Desenvolvimento da cana de açúcar 
 
⇒DUARTE DA COSTA (1553-1558) 
→ Segundo governador-geral 
→ Combate contra os franceses que haviam 
fundado uma colônia na Baía de Guanabara 
(França Antártica - 1555) 
→ Trouxe novos colonos e novos jesuítas 
→ 1554: Padres Manoel da Nóbrega e José de 
Anchieta fundaram o Colégio de São Paulo (deu 
origem à cidade de São Paulo) 
 
⇒MEM DE SÁ (1558-1572) 
→ Terceiro governador-geral 
→ Em 1567 os Franceses foram expulsos, dando 
fim a Confederação dos Tamoios, com quem 
tinham estabelecido aliança 
→ Fundação do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, 
que inicialmente era um forte para mover o 
combate aos franceses e seus aliados indígenas 
→ Estácio de Sá morto (sobrinho ou filho? de 
Estácio) 
→ Começo da escravização de africanos na 
colônia 
 
Ciclo do Açúcar 
⇒FATORES 
→ O cultivo de açúcar era conhecimento 
português, pois o saber e a técnica de cultivo 
foram desenvolvidos pelos muçulmanos que 
colonizaram a península ibérica e Portugal 
produzia açúcar nas Ilhas Atlânticas do litoral da 
África 
→ O açúcar era altamente valorizado na Europa 
por ser raro 
◦ Já que Portugal perde o monopólio do comercio 
nas Índias Orientais, surge a ideia de implantar 
um grande empreendimento comercial 
açucareiro 
→ A economia do açúcar foi responsável pela 
consolidação da colonização através da ocupação 
de parte da costa brasileira 
 
⇒A PARCERIA COM A HOLANDA 
→ Portugal precisava investir na produção 
açucareira do Brasil, mas para isso precisava de 
um capital inicial para montar os engenhos, criar 
lavouras e produzir o açúcar 
→ Portugal estava em crise financeira e, por isso, 
precisava de auxílio 
◦ Os holandeses tornam-se sócios dos 
portugueses nos empreendimentos açucareiros 
◦ Divisão dos lucros: Portugal 20%, Holanda 75% e 
Brasil 5% (donos do engenho) 
→ Portugueses: cuidavam do cultivo e produção 
do açúcar 
→ Holandeses: financiavam a construção de 
engenhos, transportava o produto até a Europa, 
onde refinavam o açúcar e o vendiam no 
mercado europeu (100% do açúcar era destinado 
ao mercado europeu) 
→ Engenhos: produção do melado de cana e do 
açúcar bruto (mascavo) = principal unidade de 
produção 
 
⇒PLANTATION 
→ Sistema de plantio e exploração 
→ Latifúndio – grande propriedade→ Monocultura – única cultura agrícola visando 
lucro, para exportação 
◦ As fazendas ainda cultivavam outros tipos de 
alimento, mas todos eram para consumo próprio 
→ Escravidão – mão de obra 
 
⇒TRÁFICO ATLÂNTICO DE ESCRAVOS 
→ A Coroa Portuguesa possuía grande interesse 
no tráfico de escravos, pois trazia lucro ao 
império e escravos com experiencia 
→ Com o empreendimento do açúcar, houve o 
aumento do tráfico 
◦ Os africanos escravizados eram usados no ciclo 
de produção de açúcar (plantio e colheita da 
cana) e na realização de tarefas mais simples 
(ambiente doméstico e fora dele) 
→ Além disso, a Coroa Portuguesa queria que os 
indígenas fossem catequizados 
 
⇒RESISTÊNCIA NEGRA 
→ Quilombos: acampamentos militares e 
autossuficientes para onde fugiam em busca de 
liberdade 
◦ Quilombo dos Palmares: o maior deles, 
localizado na Serra da Barriga; seu último líder foi 
conhecido como Zumbi de Palmares 
→ Formas de resistência: suicídio, aborto, atos de 
desobediência, fugas coletivas ou individuais e 
revoltas violentas contra os senhores (resultavam 
no assassinato de senhores e feitores) 
 
⇒SOCIEDADE AÇUCAREIRA 
→ Sociedade patriarcal: os poderes social, 
político e econômico estavam concentrados nas 
mãos dos senhores de engenho 
→ Estática – imobilidade social 
→ Estratificada – dividida em parcelas, porções, 
extratos populacionais 
◦ Senhores de engenho (aristocracia rural): donos 
das unidades produtoras de açúcar 
◦ Homens livres: comerciantes, artesãos, 
funcionários públicos, feitores 
◦ Escravos: maioria da população 
 
Invasões Francesas 
⇒FATORES 
→ Interesse francês nos lucros com o comércio 
de pau-brasil 
→ Não reconhecimento dos monopólios da União 
Ibérica 
→ A coroa francesa era católica, então os 
Protestantes (huguenotes) fugiam das 
perseguições religiosas em direção à América 
→ Franceses e outros povos europeus, como os 
ingleses, contestavam a divisão da América pelo 
Tratado de Tordesilhas 
 
⇒INÍCIO DA COLONIZAÇÃO 
→ Os franceses estiveram de forma ilegal, 
contrabandeando pau brasil desde antes da 
colonização portuguesa – iniciativas privadas 
→ Reinado de Henrique II: reino francês apoiou 
uma colonização no território brasileiro 
 
⇒FRANÇA ANTÁRTICA (1555-1567) 
→ 1ª invasão francesa 
→ Rio de Janeiro (Baía Guanabara) 
→ A perseguição aos huguenotes na França levou 
os protestantes a virem para a colônia em busca 
de liberdade 
→ 1560: Início dos conflitos de portugueses para 
acabar com a França Antártica 
→ Franceses entraram em contato com tribos 
indígenas que habitavam o litoral (tamoios) e 
aliaram-se a eles para defender sua colônia 
→ 1567: Franceses derrotados com a atuação de 
Estácio de Sá 
 
⇒FRANÇA EQUINOCIAL (1612-1615) 
→ 2ª invasão francesa 
→ Maranhão: formação da França equinocial por 
Daniel de La Touche 
→ Franceses fundaram uma colônia sob o 
patrocínio da coroa francesa 
→ Portugueses e luso-brasileiros (colonos 
nascidos no Brasil) reuniram forças com os 
indígenas para expulsar os franceses 
→ 1615: Franceses expulsos por Jerônimo de 
Albuquerque Maranhão 
→ Após serem expulsos, abandonaram uma vila 
iniciada, que teve continuidade pelos 
portugueses e virou a atual cidade de São Luís do 
Maranhão (única cidade fundada por franceses) 
 
União Ibérica (1580 - 1640) 
→ Reinos de Espanha e Portugal governados pelo 
mesmo rei 
→ O rei de Portugal, D. Sebastião, desapareceu 
na batalha contra os mouros nos Marrocos, em 
1578 
◦ Sebastianismo: crença de que D. Sebastião 
retornaria para levar o país a outros apogeus de 
glórias e conquistas 
→ Em 1580 o rei da Espanha, Felipe II, primo de 
D. Sebastião, assume o trono de Portugal e o 
Brasil passa a ser domínio espanhol 
◦ Brasil Filipino: sucessores de Filipe II também se 
chamavam Filipe 
 
Rivalidades entre espanhóis e holandeses 
→ Durante a Baixa Idade Média, a região norte 
dos Países Baixos (Holanda) constitui uma forte 
burguesia mercantil 
→ Holandeses: principais distribuidores de 
produtos no mercado europeu e investiam o 
açúcar brasileiro 
→ Os Países Baixos faziam parte do Império de 
Carlos V, rei da Espanha, pai de Filipe II 
◦ Durante a Reforma Protestante, os membros da 
burguesia flamenga (holandesa) aderiram à 
doutrina calvinista, resultando em um choque 
contra monarquia espanhola católica = Espanha 
aumenta os impostos e reprime o protestantismo 
nos Países Baixos 
◦ 1581 – Holandeses proclamam sua 
independência da Espanha 
◦ 1648 – Reconhecimento da independência pelos 
espanhóis 
→ Filipe II buscou impedir que as colônias 
espanholas comercializassem com os holandeses 
– embargo espanhol 
→ A burguesia flamenga com apoio do Estado 
cria a Companhia das índias Orientais e 
Companhia das índias Ocidentais 
→ A Espanha proíbe a Holanda de fazer parte do 
Ciclo do Açúcar do Brasil, já que estava sob 
controle do território brasileiro – União Ibérica 
◦ Muitos engenhos estão devendo aos holandeses 
pelo investimento financeiro no Ciclo do Açúcar 
 
Invasões Holandesas 
⇒SALVADOR – BAHIA (1624 – 1625) 
→ Holandeses dominam Salvador, capital da 
Colônia e mais região importante na produção do 
açúcar 
→ Holandeses estabeleceram-se na zona urbana 
e há organização de uma resistência na zona rural 
◦ Líder da resistência colonial: Matias de 
Albuquerque, governador geral de Pernambuco 
→ Guerrilha no interior contra os invasores 
holandeses com reforço da Espanha de mais de 
10 mil homens – holandeses expulsos 
 
⇒PERNAMBUCO (1630 – 1654) 
→ Holandeses mais preparados após 1ª invasão, 
com mais homens e armas 
→ Holandeses ficaram somente na área urbana 
(Olinda e Recife) e Matias de Albuquerque 
organiza resistência na zona rural (Arraial do Bom 
Jesus) 
→ Traição de Domingos Fernandes Calabar, que 
havia lutado lado a lado com Matias de 
Albuquerque – ajuda os holandeses a 
conquistarem a zona rural 
→ 1635: Resistência cai e Matias de Albuquerque 
foge para Alagoas, onde manda executar Calabar 
→ Os senhores de engenho (produtores de 
açúcar) e os holandeses (donos do refino e 
distribuição dele) tinham interesses em comum, 
levando a uma acomodação entre holandeses e 
pernambucanos 
 
O Brasil Holandês (1637-1644) 
⇒MAURÍCIO DE NASSAU (1637-1644) 
→ Holandês nomeado pela Companhia das Índias 
Ocidentais para administrar os domínios da 
Holanda em Pernambuco 
◦ Estabeleceu uma situação de boas relações 
entre holandeses e brasileiros (latifundiários e 
comerciantes) 
◦ Melhorou o sistema de produção do açúcar no 
Nordeste 
◦ Diminuiu tributos dos senhores de engenho de 
Pernambuco e fez o financiamento dos engenhos 
◦ Tolerância religiosa (liberdade de culto) 
◦ Urbanização e modernização de Recife, com a 
construção de canais, diques, pontes, palácios 
◦ Incentivo à vinda de artistas e cientistas. 
→ Holanda estava faturando 95% do açúcar – 
75% da Holanda + 20% de Portugal 
→ Holandeses expandiram suas conquistas para o 
Sergipe e Maranhão 
→ Os espanhóis falharam na empreitada de 
retomar o território ocupado pelos holandeses 
◦ Somente quando os portugueses voltaram ao 
trono conseguiram derrotar e expulsar os 
holandeses 
 
Restauração Portuguesa (1640) 
→ Fim da União Ibérica pela Guerra de 
Restauração (recuperação) 
◦ Guerra de Restauração: conjunto de confrontos 
armados travados entre Portugal e Espanha 
◦ Retorno da autonomia política de Portugal, 
agora sob a dinastia dos Bragança, sendo seu 
primeiro rei D. João IV 
→ Após a Guerra os portugueses não tinham 
condições de lutarem para reaver o Brasil dos 
Holandeses = Portugal e Holanda assinam um 
acordo de paz 
 
Tratados de Limites 
→ Acordos para redefinir as possessões 
portuguesas e espanholas após a restauração da 
autonomia de Portugal (1640) 
 
⇒TRATADO DE UTRECHT (1715) 
→ Espanha reconhecia a permanência dos 
portugueses na Colônia de Sacramento 
→ Colôniade Sacramento (1680): colônia 
portuguesa na Região do Prata 
◦ Objetivos: expandir a colonização portuguesa na 
Região do Prata e evitar a penetração da Espanha 
no sul do Brasil 
O princípio “Uti Possidetis”: princípio de direito 
internacional, proveniente do direito romano, 
onde os que de fato ocupam um território 
possuem direito sobre este, mas não os que 
possuem documento 
 
⇒TRATADO DE MADRI (1750) 
→ O princípio “Uti Possidetis”: princípio de 
direito internacional, proveniente do direito 
romano, onde os que de fato ocupam um 
território possuem direito sobre este, mas não os 
que possuem documento 
◦ Rei de Portugal tenta aplicá-lo: rever o Tratado 
de Tordesilhas 
◦ Briga entre Portugal e Espanha pelas novas 
terras levou ao Tratado de Madri (1750), que 
substitui o Tratado de Tordesilhas = reconhecia o 
domínio português a oeste do meridiano de 
Tordesilhas com base no princípio do uti 
possidetis (propriedade deriva da posse sem 
contestação) 
→ Consolidação de um território para Portugal 
três vezes maior que o fixado pelo Tratado de 
Tordesilhas 
→ Resultado da atuação do diplomata luso-
brasileiro Alexandre de Gusmão 
→ Consequência: Guerra Guaranítica (1750-1756) 
→ Tratado de Santo Idelfonso (1777): sete povos 
das missões (sete comunidades jesuíticas 
espanholas no Rio Grande Sul) ficam sobre 
domínio da Espanha 
→ Tratado de Badajós (1801): Portugal propõe a 
troca da colônia do Sacramento (no sul do 
Uruguai, onde as pessoas já falam portugues) 
pelos 7 povos das missões 
◦ Sacramento p/a Espanha e Sete Povos das 
Missões p/ Portugal 
 
Insurreição Pernambucana (1644 – 1654) 
→ Os empréstimos concedidos pela Companhia 
das índias Ocidentais eram impossíveis de serem 
pagos pelos senhores de engenho, assim, os 
dirigentes da WIC aumentam os impostos sobre 
os latifundiários 
→ O Conde Mauricio de Nassau tenta intervir em 
favor dos pernambucanos, mas acaba sendo 
expulso 
→ Começa um movimento contra o domínio 
holandês no nordeste brasileiro 
→ Os pernambucanos ficam sozinhos através de 
um acordo selado entre portugueses e 
holandeses 
→ Participação lado a lado dos grupos étnicos 
que compuseram o povo brasileiro: brancos, 
índios e negros 
→ Holanda e Inglaterra estavam em guerra, 
então os ingleses entram na disputa ao lado dos 
pernambucanos 
→ 1654: Holandeses derrotados 
→ Holandeses desenvolvem a produção do 
açúcar nas Antilhas, gerando uma concorrência 
com o Brasil 
◦ O ciclo do açúcar no Brasil entrou em 
decadência 
 
A formação do território brasileiro 
→ Após a União Ibérica, a linha de Tordesilhas 
deixou de valer na prática, levando a expansão na 
ocupação do território brasileiro 
 
⇒AS MISSÕES JESUÍTICAS 
→ 1549: Jesuítas no território brasileiro para 
converter os indígenas e fortalecer a fé católica 
◦ Fundaram, no interior, as reduções: 
aldeamentos autossuficientes onde os indígenas 
eram educados no catolicismo e expostos à 
cultura europeia 
◦ Protegiam os indígenas dos colonos que 
queriam escravizá-los 
→ Padres jesuítas portugueses avançam sobre o 
território brasileiro, além dos limites do Tratado 
de Tordesilhas, para terras que eram oficialmente 
da América Espanhola, mas que não estavam 
sendo ocupadas pelos espanhóis 
 
⇒A PECUÁRIA 
→ Início: desenvolveu-se em torno dos engenhos 
de açúcar do nordeste 
→ Com a expansão das lavouras de cana-de-
açúcar ao redor dos engenhos, foi necessário 
encontrar pastagens mais distantes para a criação 
de gado, então os vaqueiros partiram para o 
sertão 
◦ A ocupação do sertão estendeu-se para além do 
Nordeste e Norte 
◦ Vaqueiros e pecuaristas passam a ocupar terras 
e criar pastagens além do limite do Tratado de 
Tordesilhas 
→ Não há escravidão = mão de obra livre 
→ Gado: para dar suporte ao ciclo do açúcar 
◦ Tipos: bovinos, muares, equinos, caprinos e 
suínos 
◦ Funções: alimentação, couro, força motriz e 
transporte 
→ Pecuária extensiva: promove ocupação do 
interior e favoreceu o modo de vida nômade 
→ No Nordeste e parte do Sudeste, a pecuária 
acompanhou o curso do Rio São Francisco (“Rio 
dos Currais”) penetrando cada vez mais em 
regiões do interior, sendo a água importante para 
os humanos e animais 
→ No Sul houve a criação intensiva do gado, em 
fazendas, que abastece regiões do Brasil com o 
charque (carne dessecada e salgada = 
preservação) 
→ Vaqueiros: cuidam do gado = donos dos 
rebanhos 
◦ Regime similar ao de parceria: a cada quatro 
crias sobreviventes, uma era do vaqueiro 
→ Tropeiros: vendem animais de transporte e 
transportam mercadorias entre regiões 
→ A produção de gado cresceu para atender ao 
mercado interno da colônia, que ganhou impulso 
após a mineração 
→ Importância: questão econômica, territorial e 
cultural - serviu como base de formação de uma 
cultura sertaneja, com peculiaridades em cada 
região que se desenvolveu 
 
⇒A EXTRAÇÃO DAS DROGAS DO SERTÃO 
→ Quando chegaram no Brasil, os portugueses 
buscavam metais preciosos e especiarias do 
Oriente, mas percebem que o Brasil oferece 
especiarias típicas 
→ Drogas do Sertão: produtos extraídos da 
Região Amazônica, como frutas, sementes, raízes 
e outras plantas com finalidades medicinais e 
culinárias 
→ Abasteciam o mercado europeu e brasileiro 
→ Foram extraídas por jesuítas e bandeirantes 
 
⇒O BANDEIRANTISMO 
→ Bandeirantes ou paulistas: grupos de 
sertanistas habitantes da Capitania de São 
Vicente (São Paulo) que capturavam e 
escravizavam indígenas e procuravam metais 
preciosos brasileiros; eram livres e pobres 
◦ Foram os principais desbravadores do sertão 
brasileiro (interior do Brasil) 
◦ Usados em expedições militares 
◦ Destruíram o Quilombo dos Palmares (1694) 
→ Bandeiras: expedições particulares, ou seja, 
contratados por pessoas e não pelo governo, de 
apresamento indígena e prospecção mineral 
◦ Normalmente saíam da capitania São Vicente 
(SP) 
◦ Objetivo: busca por mão de obra indígena e 
procura de pedras preciosas (ouro, prata) 
→ Ciclo da caça ao índio: a coroa portuguesa só 
incentivava a escravidão africana, já que gerava 
lucros 
◦ As missões jesuíticas foram alvo dos 
bandeirantes: padres não queriam que os índios 
fossem escravizados, pois precisavam os 
catequizar 
→ Não encontravam ouro: ganhavam a vida 
destruindo quilombos, levando africanos de volta 
para a propriedade ou caçando índios para serem 
vendidos como escravos 
→ Ciclos do bandeirismo: 
◦ Ciclo da caça ao índio - 1ª metade do século 
XVII: difícil obtenção de mão de obra escrava 
africana durante a União Ibérica (domínio 
holandês das feitorias africanas) 
◦ Ciclo do bandeirismo de contrato - 2ª metade 
do século XVII: combate aos índios hostis (“guerra 
justa”) e aos quilombos - contratados pelo 
governo ou por particulares 
◦ Ciclo do ouro e diamantes - século XVIII: procura 
por ouro e diamantes e ocupação da região 
Centro-Oeste 
→ Entradas X Bandeiras: expedições 
encarregadas de apresar índios, descobrir ouro e 
pedras preciosas, recapturar escravos e combater 
quilombos 
◦ Entradas: expedições oficiais que não 
ultrapassavam o meridiano estabelecido pelo 
Tratado de Tordesilhas 
◦ Bandeiras: expedições particulares que 
ultrapassavam o meridiano estabelecido pelo 
Tratado de Tordesilhas 
 
Ciclo da mineração 
→ Ocupação de áreas próximas aos garimpos 
pelos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e 
Mato Grosso 
→ Contexto histórico: Portugal estava vivendo a 
crise financeira do século XVII por conta da 
decadência do ciclo do açúcar 
◦ Foram anos realizando empréstimos com a 
Inglaterra 
 
⇒A DESCOBERTA DO OURO NO BRASIL 
→ 1693: bandeirantes descobrem jazidas de ouro 
em Minas Gerais 
◦ Séc. XVIII: a descoberta do ouro atraiu para a 
região das minas, milhares de pessoas, de 
Portugal e de outras partes da colônia em busca 
de riquezas, favorecendo o crescimento da vida 
urbana◦ Pequenas vilas urbanizadas: fornecia grande 
variedade de alimentos e infraestrutura = Minas 
Gerais torna-se centro de comercio de produtos 
diversos e alimentos (primeiro surto urbano do 
território brasileiro) 
→ 1702: coroa portuguesa cria a Intendência das 
Minas de ouro, para administrar a extração 
→ Ouro de aluvião (de superfície): encontrado no 
leito dos rios, precisando de baixo nível técnico 
(técnicas rudimentares), o que levou ao rápido 
esgotamento das jazidas 
→ Formas de exploração: lavra (pequena 
empresa mineradora com mão de obra escrava) e 
faiscação (garimpo individual) 
◦ O tráfico de escravos intensificou-se 
 
⇒GUERRA DOS EMBOABAS (1708-1709) 
→ Primeiro conflito armado pelo ouro 
→ Mineradores paulistas (bandeirantes): 
pioneiros na descoberta do ouro 
→ Emboabas (forasteiros): estrangeiros e 
habitantes de regiões litorâneas do país que 
migraram para a região das minas em busca de 
riquezas 
→ Causa: desejo dos paulistas da exclusividade 
sobre a exploração do ouro 
→ Fim: derrota dos paulistas, que desistiram de 
dominar Minas Gerais após o descobrimento de 
ouro no Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso) 
◦ Em Mato Grosso e Goiás havia quantidade 
menor do que em Minas Gerais 
 
⇒CASAS DE FUNDIÇÃO (1720) 
→ Recebiam todo o ouro retirado da colônia 
→ Quinto: imposto remetido à coroa, no qual 1/5 
(20%) do ouro era do rei de Portugal 
◦ Regulamentavam o restante, que então podia 
ser comercializado 
→ Transformavam ouro em barras timbradas e 
quintadas, que permitia extrair o quinto e evitar o 
contrabando 
◦ Proibição do uso de ouro em pó: não permitia 
saber se já tinha sido tributado pela Coroa 
→ Intendência das Minas: órgão responsável pela 
fiscalização 
→ Causa: Portugal atolado em dívidas e com 
tratado econômico desfavorável com a Inglaterra 
(de Methuen) 
 
⇒REVOLTA DE VILA RICA (1720) 
→ Mineradores e garimpeiros protestam a 
criação das Casas de Fundição 
→ Líder: português Filipe dos Santos que reúne 
um grupo de mineiros e escravos para dominar a 
cidade de Vila Rica 
◦ Tomaram o controle de Vila Rica e exigiram do 
governador o fim das Casas de Fundição e o 
respeito a liberdade dos revoltosos 
→ Foram traídos e Filipe dos Santos foi enforcado 
e esquartejado, servindo de exemplo para todos 
que se revoltassem contra Portugal 
 
⇒TRIBUTOS 
→ Quinto: 20% do ouro remetidos à Metrópole 
→ Capitação: 17g de ouro por escravo ao ano 
→ Finta: quantidade mínima de ouro que deveria 
ser enviada a Portugal = 100 arrobas (1500 kg) 
anuais p/ toda a região das minas 
→ Derrama: cobrança arbitrária do quinto 
atrasado (ou déficit em relação à finta), pago por 
toda a população, inclusive c/ bens pessoais 
 
⇒ABASTECIMENTO DAS ÁREAS 
→ Precariedade de infraestrutura das regiões 
mineradoras após surto de urbanização 
→ Favorece os tropeiros: conduziam caravanas 
em lombo de burro, abastecendo Minas Gerais 
com produtos vindos de outros pontos da colônia 
→ Abertura de rotas comerciais e formação de 
um mercado interno, que fomentou o 
desenvolvimento das áreas abastecedoras 
 
⇒DIAMANTES 
→ 1729: Descobertas as primeiras minas de 
diamante na atual cidade de Diamantina-MG 
→ 1734: foi fundado o Distrito Diamantino. 
→ Forma de exploração: estanco (monopólio da 
Coroa) 
 
⇒SOCIEDADE COLONIAL MINERADORA 
→ Sociedade urbana e escravista 
→ Possibilidade de mobilidade social: o baixo 
investimento inicial dos garimpeiros e a riqueza 
móvel (ouro) suplantava a importância da riqueza 
imóvel (terra) 
◦ Muitos escravos começaram a poder comprar a 
própria liberdade através das cartas de alforria 
→ Ricos: proprietários de grandes lavras 
(minerador = dono da mina), altos funcionários 
da Coroa e grandes comerciantes 
◦ Lavras: jazidas de ouro a serem exploradas 
→ Classe média: artesãos, alfaiates, sapateiros, 
carpinteiros, barbeiros, artistas e pequenos 
comerciantes 
→ Pobres: negros libertos, mestiços, indígenas 
aculturados e alguns brancos pobres que 
exerciam trabalhos ocasionais ou estavam 
desocupados 
→ Os que mais sofriam: os escravos africanos 
 
⇒TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL 
→ Século XVIII: com a mineração, o eixo 
econômico da colônia deslocou-se para o Sudeste 
→ 1763: transferência da capital da colônia de 
Salvador (1549-1763) para o Rio de Janeiro (1763-
1960), que é mais próxima de Minas Gerais 
 
⇒CONSQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO 
→ Aumento da imigração portuguesa para o 
Brasil (“corrida do ouro para as Minas”) 
→ Crescimento demográfico 
→ Crescimento do mercado interno 
→ Aumento do comércio interno de escravos (do 
Nordeste p/ o Centro-Sul) 
→ Mudança da capital da Colônia de Salvador p/ 
o Rio de Janeiro 
→ Mudança do eixo econômico: do Nordeste p/ o 
Centro-Sul 
→ Relativa urbanização 
→ Movimento cultural: Barroco (escultura, 
arquitetura e música) 
→ Interiorização da Colônia: penetração e 
povoamento do interior 
→ Aumento da produção de alimentos 
→ A integração de novas áreas por meio da 
pecuária e do comércio 
 
Ciclo do Açúcar Ciclo da Mineração 
Litoral Interior 
Vida rural Vida urbana 
Apenas comercio 
externo 
Comercio interno e 
externo 
 
Revoltas Nativistas (Séculos XVII e XVIII) 
→ Caráter local: atendiam somente a interesses 
das regiões onde ocorreram = manifestações de 
rebeldia localizadas 
◦ Não pretendiam rompimento político com a 
Metrópole 
→ Contestavam alguns aspectos da política 
econômica de dominação portuguesa 
→ Comum: insatisfação com a metrópole 
 
⇒ACLAMAÇÃO DE ARMADOR BUENO 
→ São Paulo 
→ 1641: 1 ano após o fim da União Ibérica 
◦ União Ibérica: Tratado de Tordesilhas deixa de 
valer na prática 
◦ Lucro com tráfico de indígenas: bandeirantes 
aproveitam para explorar terras do oeste, 
capturado e escravizando indígenas 
→ Fim da união Ibérica: D. João IV proíbe 
comercio com lado espanhol da linha de 
Tordesilhas 
◦ Reação paulista: tentativa de aclamar o Amador 
Bueno como rei de São Paulo 
→ Amador Bueno se mantem fiel à Coroa: recusa 
a oferta mais por medo dos efeitos que traria em 
seus negócios do que temor a coroa 
◦ Paulistas se sentem traídos e o perseguem 
→ Movimento perde força 
→ Escravidão indígena perde a importância para 
a escravidão africana 
 
⇒REVOLTA DE BECKMAN (1684) 
→ Maranhão e Grão-Pará 
→ Colonos da região norte dependiam dos 
indígenas, já que eram conhecedores das drogas 
do sertão e dos caminhos da floresta 
◦ 1680: abolição da escravidão indígena = colonos 
se sentem prejudicados 
→ Portugal cria a Companhia de Comercio do 
Maranhão, que abastece a província com mão de 
obra africana 
◦ Portugueses não cumprem o acordo 
→ Líderes: Tomás e Manuel Beckman – grandes 
proprietários de terra 
◦ Colonos se rebelam e ocupam as instalações da 
Companhia 
→ Causa: escassez da mão de obra escrava e 
exploração econômica da metrópole pela Cia de 
Comercio do Maranhão e pelos padres que 
pregavam contra a escravidão dos índios 
◦ Aristocracia rural contra a Cia de Comércio das 
Índias Ocidentais: não cobrava caro por escravos 
africanos 
◦ Elites do Maranhão contra padres jesuítas: 
impediam a escravização de índios 
◦ Pequenos comerciantes: contra o monopólio da 
Companhia de Comércio das Índias Ocidentais 
→ Repressão da metrópole portuguesa 
◦ Portugal nomeia novo governador para o 
Maranhão, que condena a morte dos líderes 
◦ Vitória portuguesa e os líderes presos 
 
⇒GUERRA DOS EMBOABAS (1708-1709) 
→ Minas Gerais 
→ Bandeirantes paulistas: descobridores do ouro 
de Minas Gerais em 1693 
◦ Corrida populacional para a região do garimpo: 
disputa pelas recém-descobertas áreas 
mineradoras 
→ Bandeirantes X emboabas (estrangeiros) 
◦ Emboabas: forasteiros que usavam botas 
→ Causa: paulistas queriam ter preeminência 
sobre os outros exploradores devido ao seu 
pioneirismo na descoberta do ouro 
→ Os paulistas foram derrotados e a coroa 
portuguesa passaa ter o controle sobre o ciclo da 
mineração em MG 
→ Minas Gerais é elevada à Capitania 
 
⇒GUERRA DOS MASCATES (1710-1712) 
→ Pernambuco 
→ Olinda: centro político-administrativo de 
Pernambuco 
◦ Classe à frente do governo: senhores de 
engenho 
→ Brasil Holandês: importância de Recife cresce 
◦ Seus habitantes eram portugueses ligados ao 
comercio (mascates) 
→ Fim do Brasil Holandês: senhores de engenho 
entram em decadência e fazem empréstimos com 
os comerciantes de Recife 
→ Crise do açúcar pernambucano: senhores de 
engenho contraem dívidas com os mascates = a 
elite de Olinda estava endividada com a elite de 
Recife 
◦ Oprimidos pelos altos juros, olindenses entram 
em choque com Recife 
→ Disputa política: mascates exigem que Recife 
tenha status elevado e que seja a sede do 
governo = elites das duas cidades disputam pelo 
poder regional 
◦ Portugal faz intervenção em defesa à Recife, 
levando a elevação de Recife à condição de vila, 
não se submetendo mais a autoridade da Câmara 
de Olinda 
◦ Vitória dos comerciantes portugueses 
→ Líderes presos 
→ Recife é elevada à capital de Pernambuco 
 
⇒REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS OU REVOLTA 
DE VILA RICA (1720) 
→ Villa Rica (MG) 
→ Fator: abusos do fiscalismo português – 
manifestação contraria à criação das Casas de 
Fundição e à cobrança do quinto 
→ Líder: Filipe dos Santos (fazendeiro e tropeiro) 
→ Revoltosos invadem e destroem algumas casas 
de fundição 
→ Líderes presos, julgados e condenados à morte 
na forca 
→ Filipe dos Santos foi executado: enforcado em 
praça pública e esquartejado servindo de 
exemplo ao que aconteceria com quem se 
revoltasse contra a Coroa 
 
Movimentos Emancipacionistas 
→ Revoltas que buscavam a independência do 
Brasil – caráter separatista 
 
⇒INCONFIDÊNCIA OU CONJURAÇÃO MINEIRA 
(1789) 
→ Conjuração = inconfidência = conspiração 
→ Contexto histórico: crise do Antigo Regime, 
crescimento do capitalismo industrial e crise do 
Sistema Colonial 
◦ No mesmo ano da tomada da Bastilha na 
Revolução Francesa: término do Antigo Regime 
◦ ATENÇÃO: não foi inspirada na Revolução 
Francesa, já que aconteciam ao mesmo tempo, 
mas os dois movimentos se inspiraram nos ideais 
iluministas 
→ Inspiração: ideais iluministas (movimento 
intelectual e filosófico - séc. XVIII.) e 
Independência dos EUA ou Revolução Americana 
(1776) 
→ 1760: apesar da queda na produção aurífera, a 
Coroa Portuguesa mantinha uma pesada carga 
fiscal - alegava que a culpa era do contrabando 
→ A Derrama: a população de MG deveria 
completar o que faltasse das 100 arrobas anuais 
de ouro (1500 kg) pré-estabelecidas – aplicada 
por Marques de Pombal 
◦ Imposto forçado: oficiais da coroa portuguesa 
entravam nas casas da população à procura de 
ouro. 
◦ Prejudicava as elites de MG: pobres não tinham 
condições para ter ouro 
→ Pressão da metrópole: alimenta a revolta 
→ Grupo de colonos mineiros: afetados pela 
política fiscal de Portugal, conspiram contra a 
metrópole para proclamar uma república 
independente nas Minas gerais, com capital em 
São Joao Del Rei 
◦ Grupo socialmente variado, ainda que em 
maioria fossem homens da elite mineradora: 
militares de média e alta patente, clérigos, 
intelectuais e funcionários públicos 
→ Conspiradores planejam um levante armado 
no dia da Derrama 
◦ Destaque: poetas Cláudio Manuel da Costa e 
Tomás Antônio Gonzaga 
◦ Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”: um 
dos inconfidentes menos abastados – era militar 
→ Movimento denunciado por Joaquim Silvério 
dos Reis às autoridades portuguesas: tinha 
grande dívida pessoal com as cortes portuguesas 
e pensa em trocar uma informação política em 
troca do perdão 
◦ Traidor: fazia parte do movimento 
→ Governador instaurou uma devassa e acusou 
os conjurados de traição a coroa: acusados 
presos e investigados 
◦ Líderes do movimento mandados para o Rio de 
Janeiro 
◦ Ainda em Vila Rica, Cláudio Manuel da Costa 
faleceu na prisão, provavelmente assassinado 
→ Rainha Maria I de Portugal: era mentalmente 
instável e decide que só seriam mortos aqueles 
que assumissem sua participação na 
Inconfidência Mineira 
◦ Tiradentes é o único que assume, ou seja, 
assume sozinho a responsabilidade pelo 
movimento, sendo condenado à morte 
(enforcado) 
◦ Execução de Tiradentes: 21 de abril de 1792 - 
seu corpo foi esquartejado e sua cabeça foi 
exposta em Vila rica por um dia e depois 
desapareceu 
◦ Os demais: degredados para as colônias da 
África, e os religiosos recolhidos a conventos em 
Portugal 
Bandeira da Inconfidência X de MG 
 
⇒CONJURAÇÃO OU INCONFIDÊNCIA BAIANA, 
REVOLTA DOS ALFAIATES OU DOS BÚZIOS (1798) 
→ 1763: Transferência da capital para o Rio de 
Janeiro e Salvador perde prestígio 
→ Influências: Iluminismo, Revolução Americana, 
Revolução Francesa e Independência do Haiti 
→ Insatisfação popular: preços altos dos gêneros 
alimentícios 
→ Aumento da miséria em Salvador (crise da 
economia açucareira) 
→ É chamada conjuração dos alfaiates, pois a 
maior parte dos participantes são pobres – as 
ideias circulavam nas ruas de Salvador, entre a 
população mais pobre, negra e mestiça 
◦ Defendiam a república, a abolição da 
escravidão, diminuição dos impostos e abertura 
dos postos (portos brasileiros só aceitavam 
navios de Portugal) 
→ Ideais da conjuração: divulgados pelos escritos 
do soldado mulato Luiz Gonzaga das Virgens e 
pelos panfletos de Cipriano Barata, médico e 
filósofo 
→ 12 de agosto de 1798: estoura o movimento - 
panfletos colados por toda a cidade, 
especialmente nas portas das Igrejas 
→ Repressão, muitas denúncias e prisões: 
condenados à morte ou sofreram suplício e foram 
mandados para o degredo, alguns perpétuo, e em 
colônias que não eram portuguesas 
→ Condenados à morte: executados em 8 de 
novembro de 1799 - três alfaiates e dois soldados 
(Lucas Dantas, Manuel Faustino, Luís Gonzaga e 
João de Deus) = o quinto condenado à pena 
capital, o ouvires Luís pires, o fugitivo, jamais foi 
localizado 
◦ Cipriano Barata: não foi condenado à morte, 
pois era rico; foi enviado para a prisão no Rio de 
Janeiro e liberto em 1800 
◦ Muitas pessoas morreram só por terem 
participado do movimento 
→ Ao contrário da Conjuração Mineira, a Baiana 
tinha um caráter popular, mestiço e defendia 
mudanças profundas na estrutura social vigente 
na colônia 
 
 
⇒REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817) 
→ Única que de fato fez uma revolução 
→ Movimento era republicano 
→ Durou 3 meses 
→ Contexto: crise econômica regional e 
absolutismo monárquico português 
→ Influências: Iluminismo, Independência dos 
EUA, Revolução Francesa e guerras em prol da 
independência das nações vizinhas 
→ Presença da corte no Brasil: deixa a vida da 
população mais cara, já que havia mais impostos 
para sustentar a Corte Portuguesa no Brasil 
◦ Presença de D João VI no Brasil: não aliviou as 
tensões - sufoca a revolução 
→ 1816: grande seca no Nordeste afetou a 
produção de açúcar e algodão 
→ O luxo da Corte contrastava a situação precária 
de Pernambuco, fazendo com que ideias de 
liberdade e independência ganhem força 
→ Líder: Domingos José Martins 
→ Apoio: Antônio Carlos de Andrada e Frei 
Caneca 
→ Objetivo: independência de Pernambuco, do 
Ceará e Rio Grande do Norte 
→ Começo: tomada de Recife em 6 de março de 
1817, a partir do regimento de artilharia - 
cercado, o governador renunciou 
→ 29 de março: convocação de uma assembleia 
constituinte - separação entre os três poderes, o 
catolicismo foi mantido como religião oficial (com 
liberdade de culto, liberdade de imprensa e 
abolidos alguns impostos) e a escravidão foi 
mantida 
→ 1817: emissário enviado aos EUA para 
conseguir comprar armas, o apoio do governo 
americano e adesão de exilados franceses 
→ Repressão portuguesa: uma frota de navios 
cercou Recife pelo mar, enquanto uma tropa desoldados avançou por terra 
◦ Revolucionários foram cercados e cedem às 
forças portuguesas 
◦ Carregamento de armas interceptado no porto 
→ Consequências: prisões e penas duríssimas, no 
entanto, a maioria dos revolucionários terminou 
anistiada - somente 4 executados 
→ Alagoas e Rio Grande do Norte: 
desmembradas de Pernambuco 
 
As três estrelas representam Pernambuco, Rio grande do 
Norte e Ceará, que faziam parte da mesma capitania – 
Pernambuco 
 
A Família Real Portuguesa no Brasil 
⇒FATORES PARA A TRANSFERÊNCIA DA CORTE 
PARA O BRASIL 
→ Bloqueio Continental (1806) 
→ Tratado de Fontainebleau (1807): acordo entre 
França (Napoleão) e Espanha (Fernando VII) 
→ Invasão das tropas napoleônicas (1807): as 
tropas de Napoleão ocupam Portugal e Espanha 
→ Apoio da Inglaterra na transferência da Família 
Real Portuguesa p/o Brasil: a marinha inglesa faz 
a escolta da frota portuguesa na viagem p/o 
Brasil 
 
⇒ADMINISTRAÇÃO DE D. JOÃO VI 
→ Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808): 
fim do Pacto Colonial 
→ Tratados de 1810: Tratado de Comércio e 
Navegação (tarifa alfandegária preferencial p/ a 
Inglaterra (15%) e extraterritorialidade judicial p/ 
ingleses no Brasil) e Tratado de Aliança e Amizade 
(redução gradual do tráfico negreiro e liberdade 
religiosa p/ ingleses no Brasil) 
→ Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves 
(1815) 
→ Banco do Brasil + Academia de Belas Artes + 
Imprensa Régia + Jardim Botânico + Teatro Real + 
Biblioteca Real + Escolas de Medicina (BA + RJ) 
→ Missão Artística Francesa (1816) – Ex.: Jean 
Baptiste Debret 
→ Anexação da Cisplatina (Uruguai) em 1821 
 
Independência do Brasil 
⇒FATORES 
→ Transferência da Corte p/ o Brasil 
→ Abertura dos Portos (fim do Pacto Colonial) 
→ Revolução Liberal Do Porto (1820): ameaça de 
Recolonização do Brasil (Cortes) e aumento da 
insatisfação da aristocracia rural brasileira 
→ Influências: ideias iluministas, Independência 
dos EUA e da maçonaria 
Antilusitanismo 
→ Crise do Antigo Regime 
 
⇒PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA 
→ 1821: retorno da Família Real p/ Portugal 
→ 9 de janeiro de 1822: Dia do Fico -depois de 
receber um abaixo-assinado c/ cerca de 8000 
assinaturas, D. Pedro rompeu c/ as Cortes 
→ 4 de maio de 1822: decreto do “Cumpra-se” - a 
execução das decisões das Cortes estava sujeita a 
aprovação de D. Pedro 
→ 13 de maio de 1822: D. Pedro aceita o título de 
defensor perpétuo do Brasil concedido pela 
maçonaria 
→ 3 de junho: convocação da Assembleia 
Constituinte Brasileira 
→ 7 de setembro de 1822: Proclamação da 
Independência 
 
	Período Pré-colonial (1500-1530)
	O início da colonização efetiva do Brasil
	As Capitanias Hereditárias
	Governos-Gerais
	Ciclo do Açúcar
	Invasões Francesas
	União Ibérica (1580 - 1640)
	Rivalidades entre espanhóis e holandeses
	Invasões Holandesas
	O Brasil Holandês (1637-1644)
	Restauração Portuguesa (1640)
	Tratados de Limites
	Insurreição Pernambucana (1644 – 1654)
	A formação do território brasileiro
	Ciclo da mineração
	Revoltas Nativistas (Séculos XVII e XVIII)
	Movimentos Emancipacionistas
	A Família Real Portuguesa no Brasil
	Independência do Brasil

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