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Brasil Colônia Período Pré-colonial (1500-1530) → Por meio do Tratado de Tordesilhas, Portugal deteve a posse de uma faixa territorial na América, então conquistada pelos espanhóis → Para conhecer as potencialidades da terra, a Coroa Portuguesa enviou expedições exploradoras, com o objetivo de reconhecer a existência de metais preciosos ◦ As primeiras expedições não identificaram metais preciosos, mas passaram a explorar o pau brasil (fundaram feitorias ao longo da costa) ◦ Nesse contexto, os portugueses mantiveram-se na costa e não se preocuparam em fundar vilas → O período pré-colonial foi de desinteresse de Portugal pelo Brasil, já que não encontra lucros imediatos (metais preciosos) ◦ Continuação do comércio entre Portugal e as Índias Orientais, já que havia mais possibilidades de lucro com o comércio de especiarias O início da colonização efetiva do Brasil ⇒FATORES → Ameaça de invasores franceses e ingleses que não aceitavam o Tratado de Tordesilhas ◦ Franceses frequentavam a costa brasileira para explorar o Pau-Brasil → 1530: Portugal perde o monopólio do comercio nas Índias Orientais, resultando em uma maior concorrência e aumento dos custos para a manutenção dos territórios conquistados → Interesse na expansão da fé cristã através da catequização dos índios pelos jesuítas ⇒ÍNICIO DA COLONIZAÇÃO → Com as ameaças estrangeiras, principalmente francesa, e a queda da competitividade do comércio das especiarias, a Coroa Portuguesa então decidiu iniciar a colonização do território americano ◦ Foi preciso efetivamente ocupar a região ◦ A atenção da coroa portuguesa passa a ser direcionada ao Brasil, com a ideia de povoar, ocupar e explorar o potencial econômico = colônia de exploração → D. João III envia ao Brasil uma expedição colonizadora comandada por Martim Afonso de Souza, com o objetivo de colonizar o território, encontrar metais preciosos e combater os franceses → 1532 é fundada a Vila de São Vicente As Capitanias Hereditárias → O sistema escolhido para dar início ao povoamento do território português na América foi o de Capitanias Hereditárias – concessão de faixas territoriais a nobres portugueses que teriam obrigações com a Coroa ◦ Divisão das terras da colônia portuguesa em 15 faixas de terra – 14 Capitanias ◦ Cada faixa de terra correspondia a uma capitania hereditária (exceção da Capitania de São Vicente que estava em 2 faixas) ◦ Capitanias em destaque: São Vicente e Pernambuco → Foi a primeira medida política tomada pela coroa portuguesa em relação ao Brasil colonial ⇒CAPITÃO DONATÁRIO → Recebedor e senhor de uma capitania com poder administrativo, militar e judiciário → Comerciantes ou pessoas ligadas à nobreza → Objetivo: desenvolver a colônia – fundar vilas e cidades e cobrar impostos ◦ Os donatários ao receber a concessão deviam obrigações ao rei, tais como: desenvolver a cultura de cana-de-açúcar, expandir a fé cristã, defender o território de invasões e ataques, e povoar o território ◦ Os donatários podiam, em contrapartida às obrigações, cobrar impostos, receber parte dos impostos sobre o comércio de pau-brasil, conceder sesmarias, possuir sesmaria, e julgar e punir delitos → Sesmarias: seções da Capitania doadas a Terceiros → Havia falta de apoio financeiro por parte da Coroa, sendo assim, o donatário explorava a Capitania com seus próprios recursos → Carta de Doação: documento de posse da terra concedido pelo rei, que garantia o direito de uso da terra, de se fixarem a terra para explorar a capitania (para ganho econômico) ◦ Atenção: as terras não eram propriedade dos Donatários, mas sim da Coroa → Foral: documento assinado com o rei, onde havia os direitos e deveres do donatário sobre a terra ⇒FATORES DO FRACASSO → Falta de apoio financeiro por parte da Coroa = muitos capitães não tinham dinheiro e faliram → Distância entre o Brasil e Portugal → Doenças tropicais → Conflitos contra os indígenas → Ausência de centralização político- administrativa Governos-Gerais → Objetivo: centralização político-administrativa → Governador geral: nomeado pelo rei → Com sede em Salvador, o Governo-Geral retirava parte do poder dos donatários, embora as capitanias continuassem existindo → O Governo-Geral era comandado pelo governador-geral (enviado pela Corte), que administrava apoiado por três auxiliares – capitão-mor (defesa), ouvidor-mor (justiça) e provedor-mor (finanças) → Com o desenvolvimento socioeconômico da colônia, as Câmaras Municipais foram criadas para administrar as vilas e as cidades ◦ Os vereadores das Câmaras Municipais eram escolhidos entre os “homens bons” – homens de posses, prestígio e “pureza de sangue”, ou seja, branco ◦ As Câmaras Municipais eram responsáveis pela limpeza das vias, construções de obras públicas, cobrança de impostos, entre outras atribuições → No contexto da mineração de ouro no século XVIII, foi fundada a Intendência das Minas, cuja função era fiscalizar a extração aurífera → No século XVIII, o Brasil foi alçado à posição de Vice-Reino e a capital deixou de ser Salvador e passou a ser o Rio de Janeiro ⇒TOMÉ DE SOUSA (1549-1553) → Primeiro governador-geral → Fundação de Salvador (1549) – primeira capital do Brasil → Estabeleceu boas relações com os povos indígenas → Trouxe vários colonos e cabeças de gado para o Brasil → Entre os colonos, havia padres jesuítas, que se encarregavam da conversão dos indígenas e fortalecimento da fé católica → Desenvolvimento da cana de açúcar ⇒DUARTE DA COSTA (1553-1558) → Segundo governador-geral → Combate contra os franceses que haviam fundado uma colônia na Baía de Guanabara (França Antártica - 1555) → Trouxe novos colonos e novos jesuítas → 1554: Padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o Colégio de São Paulo (deu origem à cidade de São Paulo) ⇒MEM DE SÁ (1558-1572) → Terceiro governador-geral → Em 1567 os Franceses foram expulsos, dando fim a Confederação dos Tamoios, com quem tinham estabelecido aliança → Fundação do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, que inicialmente era um forte para mover o combate aos franceses e seus aliados indígenas → Estácio de Sá morto (sobrinho ou filho? de Estácio) → Começo da escravização de africanos na colônia Ciclo do Açúcar ⇒FATORES → O cultivo de açúcar era conhecimento português, pois o saber e a técnica de cultivo foram desenvolvidos pelos muçulmanos que colonizaram a península ibérica e Portugal produzia açúcar nas Ilhas Atlânticas do litoral da África → O açúcar era altamente valorizado na Europa por ser raro ◦ Já que Portugal perde o monopólio do comercio nas Índias Orientais, surge a ideia de implantar um grande empreendimento comercial açucareiro → A economia do açúcar foi responsável pela consolidação da colonização através da ocupação de parte da costa brasileira ⇒A PARCERIA COM A HOLANDA → Portugal precisava investir na produção açucareira do Brasil, mas para isso precisava de um capital inicial para montar os engenhos, criar lavouras e produzir o açúcar → Portugal estava em crise financeira e, por isso, precisava de auxílio ◦ Os holandeses tornam-se sócios dos portugueses nos empreendimentos açucareiros ◦ Divisão dos lucros: Portugal 20%, Holanda 75% e Brasil 5% (donos do engenho) → Portugueses: cuidavam do cultivo e produção do açúcar → Holandeses: financiavam a construção de engenhos, transportava o produto até a Europa, onde refinavam o açúcar e o vendiam no mercado europeu (100% do açúcar era destinado ao mercado europeu) → Engenhos: produção do melado de cana e do açúcar bruto (mascavo) = principal unidade de produção ⇒PLANTATION → Sistema de plantio e exploração → Latifúndio – grande propriedade→ Monocultura – única cultura agrícola visando lucro, para exportação ◦ As fazendas ainda cultivavam outros tipos de alimento, mas todos eram para consumo próprio → Escravidão – mão de obra ⇒TRÁFICO ATLÂNTICO DE ESCRAVOS → A Coroa Portuguesa possuía grande interesse no tráfico de escravos, pois trazia lucro ao império e escravos com experiencia → Com o empreendimento do açúcar, houve o aumento do tráfico ◦ Os africanos escravizados eram usados no ciclo de produção de açúcar (plantio e colheita da cana) e na realização de tarefas mais simples (ambiente doméstico e fora dele) → Além disso, a Coroa Portuguesa queria que os indígenas fossem catequizados ⇒RESISTÊNCIA NEGRA → Quilombos: acampamentos militares e autossuficientes para onde fugiam em busca de liberdade ◦ Quilombo dos Palmares: o maior deles, localizado na Serra da Barriga; seu último líder foi conhecido como Zumbi de Palmares → Formas de resistência: suicídio, aborto, atos de desobediência, fugas coletivas ou individuais e revoltas violentas contra os senhores (resultavam no assassinato de senhores e feitores) ⇒SOCIEDADE AÇUCAREIRA → Sociedade patriarcal: os poderes social, político e econômico estavam concentrados nas mãos dos senhores de engenho → Estática – imobilidade social → Estratificada – dividida em parcelas, porções, extratos populacionais ◦ Senhores de engenho (aristocracia rural): donos das unidades produtoras de açúcar ◦ Homens livres: comerciantes, artesãos, funcionários públicos, feitores ◦ Escravos: maioria da população Invasões Francesas ⇒FATORES → Interesse francês nos lucros com o comércio de pau-brasil → Não reconhecimento dos monopólios da União Ibérica → A coroa francesa era católica, então os Protestantes (huguenotes) fugiam das perseguições religiosas em direção à América → Franceses e outros povos europeus, como os ingleses, contestavam a divisão da América pelo Tratado de Tordesilhas ⇒INÍCIO DA COLONIZAÇÃO → Os franceses estiveram de forma ilegal, contrabandeando pau brasil desde antes da colonização portuguesa – iniciativas privadas → Reinado de Henrique II: reino francês apoiou uma colonização no território brasileiro ⇒FRANÇA ANTÁRTICA (1555-1567) → 1ª invasão francesa → Rio de Janeiro (Baía Guanabara) → A perseguição aos huguenotes na França levou os protestantes a virem para a colônia em busca de liberdade → 1560: Início dos conflitos de portugueses para acabar com a França Antártica → Franceses entraram em contato com tribos indígenas que habitavam o litoral (tamoios) e aliaram-se a eles para defender sua colônia → 1567: Franceses derrotados com a atuação de Estácio de Sá ⇒FRANÇA EQUINOCIAL (1612-1615) → 2ª invasão francesa → Maranhão: formação da França equinocial por Daniel de La Touche → Franceses fundaram uma colônia sob o patrocínio da coroa francesa → Portugueses e luso-brasileiros (colonos nascidos no Brasil) reuniram forças com os indígenas para expulsar os franceses → 1615: Franceses expulsos por Jerônimo de Albuquerque Maranhão → Após serem expulsos, abandonaram uma vila iniciada, que teve continuidade pelos portugueses e virou a atual cidade de São Luís do Maranhão (única cidade fundada por franceses) União Ibérica (1580 - 1640) → Reinos de Espanha e Portugal governados pelo mesmo rei → O rei de Portugal, D. Sebastião, desapareceu na batalha contra os mouros nos Marrocos, em 1578 ◦ Sebastianismo: crença de que D. Sebastião retornaria para levar o país a outros apogeus de glórias e conquistas → Em 1580 o rei da Espanha, Felipe II, primo de D. Sebastião, assume o trono de Portugal e o Brasil passa a ser domínio espanhol ◦ Brasil Filipino: sucessores de Filipe II também se chamavam Filipe Rivalidades entre espanhóis e holandeses → Durante a Baixa Idade Média, a região norte dos Países Baixos (Holanda) constitui uma forte burguesia mercantil → Holandeses: principais distribuidores de produtos no mercado europeu e investiam o açúcar brasileiro → Os Países Baixos faziam parte do Império de Carlos V, rei da Espanha, pai de Filipe II ◦ Durante a Reforma Protestante, os membros da burguesia flamenga (holandesa) aderiram à doutrina calvinista, resultando em um choque contra monarquia espanhola católica = Espanha aumenta os impostos e reprime o protestantismo nos Países Baixos ◦ 1581 – Holandeses proclamam sua independência da Espanha ◦ 1648 – Reconhecimento da independência pelos espanhóis → Filipe II buscou impedir que as colônias espanholas comercializassem com os holandeses – embargo espanhol → A burguesia flamenga com apoio do Estado cria a Companhia das índias Orientais e Companhia das índias Ocidentais → A Espanha proíbe a Holanda de fazer parte do Ciclo do Açúcar do Brasil, já que estava sob controle do território brasileiro – União Ibérica ◦ Muitos engenhos estão devendo aos holandeses pelo investimento financeiro no Ciclo do Açúcar Invasões Holandesas ⇒SALVADOR – BAHIA (1624 – 1625) → Holandeses dominam Salvador, capital da Colônia e mais região importante na produção do açúcar → Holandeses estabeleceram-se na zona urbana e há organização de uma resistência na zona rural ◦ Líder da resistência colonial: Matias de Albuquerque, governador geral de Pernambuco → Guerrilha no interior contra os invasores holandeses com reforço da Espanha de mais de 10 mil homens – holandeses expulsos ⇒PERNAMBUCO (1630 – 1654) → Holandeses mais preparados após 1ª invasão, com mais homens e armas → Holandeses ficaram somente na área urbana (Olinda e Recife) e Matias de Albuquerque organiza resistência na zona rural (Arraial do Bom Jesus) → Traição de Domingos Fernandes Calabar, que havia lutado lado a lado com Matias de Albuquerque – ajuda os holandeses a conquistarem a zona rural → 1635: Resistência cai e Matias de Albuquerque foge para Alagoas, onde manda executar Calabar → Os senhores de engenho (produtores de açúcar) e os holandeses (donos do refino e distribuição dele) tinham interesses em comum, levando a uma acomodação entre holandeses e pernambucanos O Brasil Holandês (1637-1644) ⇒MAURÍCIO DE NASSAU (1637-1644) → Holandês nomeado pela Companhia das Índias Ocidentais para administrar os domínios da Holanda em Pernambuco ◦ Estabeleceu uma situação de boas relações entre holandeses e brasileiros (latifundiários e comerciantes) ◦ Melhorou o sistema de produção do açúcar no Nordeste ◦ Diminuiu tributos dos senhores de engenho de Pernambuco e fez o financiamento dos engenhos ◦ Tolerância religiosa (liberdade de culto) ◦ Urbanização e modernização de Recife, com a construção de canais, diques, pontes, palácios ◦ Incentivo à vinda de artistas e cientistas. → Holanda estava faturando 95% do açúcar – 75% da Holanda + 20% de Portugal → Holandeses expandiram suas conquistas para o Sergipe e Maranhão → Os espanhóis falharam na empreitada de retomar o território ocupado pelos holandeses ◦ Somente quando os portugueses voltaram ao trono conseguiram derrotar e expulsar os holandeses Restauração Portuguesa (1640) → Fim da União Ibérica pela Guerra de Restauração (recuperação) ◦ Guerra de Restauração: conjunto de confrontos armados travados entre Portugal e Espanha ◦ Retorno da autonomia política de Portugal, agora sob a dinastia dos Bragança, sendo seu primeiro rei D. João IV → Após a Guerra os portugueses não tinham condições de lutarem para reaver o Brasil dos Holandeses = Portugal e Holanda assinam um acordo de paz Tratados de Limites → Acordos para redefinir as possessões portuguesas e espanholas após a restauração da autonomia de Portugal (1640) ⇒TRATADO DE UTRECHT (1715) → Espanha reconhecia a permanência dos portugueses na Colônia de Sacramento → Colôniade Sacramento (1680): colônia portuguesa na Região do Prata ◦ Objetivos: expandir a colonização portuguesa na Região do Prata e evitar a penetração da Espanha no sul do Brasil O princípio “Uti Possidetis”: princípio de direito internacional, proveniente do direito romano, onde os que de fato ocupam um território possuem direito sobre este, mas não os que possuem documento ⇒TRATADO DE MADRI (1750) → O princípio “Uti Possidetis”: princípio de direito internacional, proveniente do direito romano, onde os que de fato ocupam um território possuem direito sobre este, mas não os que possuem documento ◦ Rei de Portugal tenta aplicá-lo: rever o Tratado de Tordesilhas ◦ Briga entre Portugal e Espanha pelas novas terras levou ao Tratado de Madri (1750), que substitui o Tratado de Tordesilhas = reconhecia o domínio português a oeste do meridiano de Tordesilhas com base no princípio do uti possidetis (propriedade deriva da posse sem contestação) → Consolidação de um território para Portugal três vezes maior que o fixado pelo Tratado de Tordesilhas → Resultado da atuação do diplomata luso- brasileiro Alexandre de Gusmão → Consequência: Guerra Guaranítica (1750-1756) → Tratado de Santo Idelfonso (1777): sete povos das missões (sete comunidades jesuíticas espanholas no Rio Grande Sul) ficam sobre domínio da Espanha → Tratado de Badajós (1801): Portugal propõe a troca da colônia do Sacramento (no sul do Uruguai, onde as pessoas já falam portugues) pelos 7 povos das missões ◦ Sacramento p/a Espanha e Sete Povos das Missões p/ Portugal Insurreição Pernambucana (1644 – 1654) → Os empréstimos concedidos pela Companhia das índias Ocidentais eram impossíveis de serem pagos pelos senhores de engenho, assim, os dirigentes da WIC aumentam os impostos sobre os latifundiários → O Conde Mauricio de Nassau tenta intervir em favor dos pernambucanos, mas acaba sendo expulso → Começa um movimento contra o domínio holandês no nordeste brasileiro → Os pernambucanos ficam sozinhos através de um acordo selado entre portugueses e holandeses → Participação lado a lado dos grupos étnicos que compuseram o povo brasileiro: brancos, índios e negros → Holanda e Inglaterra estavam em guerra, então os ingleses entram na disputa ao lado dos pernambucanos → 1654: Holandeses derrotados → Holandeses desenvolvem a produção do açúcar nas Antilhas, gerando uma concorrência com o Brasil ◦ O ciclo do açúcar no Brasil entrou em decadência A formação do território brasileiro → Após a União Ibérica, a linha de Tordesilhas deixou de valer na prática, levando a expansão na ocupação do território brasileiro ⇒AS MISSÕES JESUÍTICAS → 1549: Jesuítas no território brasileiro para converter os indígenas e fortalecer a fé católica ◦ Fundaram, no interior, as reduções: aldeamentos autossuficientes onde os indígenas eram educados no catolicismo e expostos à cultura europeia ◦ Protegiam os indígenas dos colonos que queriam escravizá-los → Padres jesuítas portugueses avançam sobre o território brasileiro, além dos limites do Tratado de Tordesilhas, para terras que eram oficialmente da América Espanhola, mas que não estavam sendo ocupadas pelos espanhóis ⇒A PECUÁRIA → Início: desenvolveu-se em torno dos engenhos de açúcar do nordeste → Com a expansão das lavouras de cana-de- açúcar ao redor dos engenhos, foi necessário encontrar pastagens mais distantes para a criação de gado, então os vaqueiros partiram para o sertão ◦ A ocupação do sertão estendeu-se para além do Nordeste e Norte ◦ Vaqueiros e pecuaristas passam a ocupar terras e criar pastagens além do limite do Tratado de Tordesilhas → Não há escravidão = mão de obra livre → Gado: para dar suporte ao ciclo do açúcar ◦ Tipos: bovinos, muares, equinos, caprinos e suínos ◦ Funções: alimentação, couro, força motriz e transporte → Pecuária extensiva: promove ocupação do interior e favoreceu o modo de vida nômade → No Nordeste e parte do Sudeste, a pecuária acompanhou o curso do Rio São Francisco (“Rio dos Currais”) penetrando cada vez mais em regiões do interior, sendo a água importante para os humanos e animais → No Sul houve a criação intensiva do gado, em fazendas, que abastece regiões do Brasil com o charque (carne dessecada e salgada = preservação) → Vaqueiros: cuidam do gado = donos dos rebanhos ◦ Regime similar ao de parceria: a cada quatro crias sobreviventes, uma era do vaqueiro → Tropeiros: vendem animais de transporte e transportam mercadorias entre regiões → A produção de gado cresceu para atender ao mercado interno da colônia, que ganhou impulso após a mineração → Importância: questão econômica, territorial e cultural - serviu como base de formação de uma cultura sertaneja, com peculiaridades em cada região que se desenvolveu ⇒A EXTRAÇÃO DAS DROGAS DO SERTÃO → Quando chegaram no Brasil, os portugueses buscavam metais preciosos e especiarias do Oriente, mas percebem que o Brasil oferece especiarias típicas → Drogas do Sertão: produtos extraídos da Região Amazônica, como frutas, sementes, raízes e outras plantas com finalidades medicinais e culinárias → Abasteciam o mercado europeu e brasileiro → Foram extraídas por jesuítas e bandeirantes ⇒O BANDEIRANTISMO → Bandeirantes ou paulistas: grupos de sertanistas habitantes da Capitania de São Vicente (São Paulo) que capturavam e escravizavam indígenas e procuravam metais preciosos brasileiros; eram livres e pobres ◦ Foram os principais desbravadores do sertão brasileiro (interior do Brasil) ◦ Usados em expedições militares ◦ Destruíram o Quilombo dos Palmares (1694) → Bandeiras: expedições particulares, ou seja, contratados por pessoas e não pelo governo, de apresamento indígena e prospecção mineral ◦ Normalmente saíam da capitania São Vicente (SP) ◦ Objetivo: busca por mão de obra indígena e procura de pedras preciosas (ouro, prata) → Ciclo da caça ao índio: a coroa portuguesa só incentivava a escravidão africana, já que gerava lucros ◦ As missões jesuíticas foram alvo dos bandeirantes: padres não queriam que os índios fossem escravizados, pois precisavam os catequizar → Não encontravam ouro: ganhavam a vida destruindo quilombos, levando africanos de volta para a propriedade ou caçando índios para serem vendidos como escravos → Ciclos do bandeirismo: ◦ Ciclo da caça ao índio - 1ª metade do século XVII: difícil obtenção de mão de obra escrava africana durante a União Ibérica (domínio holandês das feitorias africanas) ◦ Ciclo do bandeirismo de contrato - 2ª metade do século XVII: combate aos índios hostis (“guerra justa”) e aos quilombos - contratados pelo governo ou por particulares ◦ Ciclo do ouro e diamantes - século XVIII: procura por ouro e diamantes e ocupação da região Centro-Oeste → Entradas X Bandeiras: expedições encarregadas de apresar índios, descobrir ouro e pedras preciosas, recapturar escravos e combater quilombos ◦ Entradas: expedições oficiais que não ultrapassavam o meridiano estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas ◦ Bandeiras: expedições particulares que ultrapassavam o meridiano estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas Ciclo da mineração → Ocupação de áreas próximas aos garimpos pelos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso → Contexto histórico: Portugal estava vivendo a crise financeira do século XVII por conta da decadência do ciclo do açúcar ◦ Foram anos realizando empréstimos com a Inglaterra ⇒A DESCOBERTA DO OURO NO BRASIL → 1693: bandeirantes descobrem jazidas de ouro em Minas Gerais ◦ Séc. XVIII: a descoberta do ouro atraiu para a região das minas, milhares de pessoas, de Portugal e de outras partes da colônia em busca de riquezas, favorecendo o crescimento da vida urbana◦ Pequenas vilas urbanizadas: fornecia grande variedade de alimentos e infraestrutura = Minas Gerais torna-se centro de comercio de produtos diversos e alimentos (primeiro surto urbano do território brasileiro) → 1702: coroa portuguesa cria a Intendência das Minas de ouro, para administrar a extração → Ouro de aluvião (de superfície): encontrado no leito dos rios, precisando de baixo nível técnico (técnicas rudimentares), o que levou ao rápido esgotamento das jazidas → Formas de exploração: lavra (pequena empresa mineradora com mão de obra escrava) e faiscação (garimpo individual) ◦ O tráfico de escravos intensificou-se ⇒GUERRA DOS EMBOABAS (1708-1709) → Primeiro conflito armado pelo ouro → Mineradores paulistas (bandeirantes): pioneiros na descoberta do ouro → Emboabas (forasteiros): estrangeiros e habitantes de regiões litorâneas do país que migraram para a região das minas em busca de riquezas → Causa: desejo dos paulistas da exclusividade sobre a exploração do ouro → Fim: derrota dos paulistas, que desistiram de dominar Minas Gerais após o descobrimento de ouro no Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso) ◦ Em Mato Grosso e Goiás havia quantidade menor do que em Minas Gerais ⇒CASAS DE FUNDIÇÃO (1720) → Recebiam todo o ouro retirado da colônia → Quinto: imposto remetido à coroa, no qual 1/5 (20%) do ouro era do rei de Portugal ◦ Regulamentavam o restante, que então podia ser comercializado → Transformavam ouro em barras timbradas e quintadas, que permitia extrair o quinto e evitar o contrabando ◦ Proibição do uso de ouro em pó: não permitia saber se já tinha sido tributado pela Coroa → Intendência das Minas: órgão responsável pela fiscalização → Causa: Portugal atolado em dívidas e com tratado econômico desfavorável com a Inglaterra (de Methuen) ⇒REVOLTA DE VILA RICA (1720) → Mineradores e garimpeiros protestam a criação das Casas de Fundição → Líder: português Filipe dos Santos que reúne um grupo de mineiros e escravos para dominar a cidade de Vila Rica ◦ Tomaram o controle de Vila Rica e exigiram do governador o fim das Casas de Fundição e o respeito a liberdade dos revoltosos → Foram traídos e Filipe dos Santos foi enforcado e esquartejado, servindo de exemplo para todos que se revoltassem contra Portugal ⇒TRIBUTOS → Quinto: 20% do ouro remetidos à Metrópole → Capitação: 17g de ouro por escravo ao ano → Finta: quantidade mínima de ouro que deveria ser enviada a Portugal = 100 arrobas (1500 kg) anuais p/ toda a região das minas → Derrama: cobrança arbitrária do quinto atrasado (ou déficit em relação à finta), pago por toda a população, inclusive c/ bens pessoais ⇒ABASTECIMENTO DAS ÁREAS → Precariedade de infraestrutura das regiões mineradoras após surto de urbanização → Favorece os tropeiros: conduziam caravanas em lombo de burro, abastecendo Minas Gerais com produtos vindos de outros pontos da colônia → Abertura de rotas comerciais e formação de um mercado interno, que fomentou o desenvolvimento das áreas abastecedoras ⇒DIAMANTES → 1729: Descobertas as primeiras minas de diamante na atual cidade de Diamantina-MG → 1734: foi fundado o Distrito Diamantino. → Forma de exploração: estanco (monopólio da Coroa) ⇒SOCIEDADE COLONIAL MINERADORA → Sociedade urbana e escravista → Possibilidade de mobilidade social: o baixo investimento inicial dos garimpeiros e a riqueza móvel (ouro) suplantava a importância da riqueza imóvel (terra) ◦ Muitos escravos começaram a poder comprar a própria liberdade através das cartas de alforria → Ricos: proprietários de grandes lavras (minerador = dono da mina), altos funcionários da Coroa e grandes comerciantes ◦ Lavras: jazidas de ouro a serem exploradas → Classe média: artesãos, alfaiates, sapateiros, carpinteiros, barbeiros, artistas e pequenos comerciantes → Pobres: negros libertos, mestiços, indígenas aculturados e alguns brancos pobres que exerciam trabalhos ocasionais ou estavam desocupados → Os que mais sofriam: os escravos africanos ⇒TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL → Século XVIII: com a mineração, o eixo econômico da colônia deslocou-se para o Sudeste → 1763: transferência da capital da colônia de Salvador (1549-1763) para o Rio de Janeiro (1763- 1960), que é mais próxima de Minas Gerais ⇒CONSQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO → Aumento da imigração portuguesa para o Brasil (“corrida do ouro para as Minas”) → Crescimento demográfico → Crescimento do mercado interno → Aumento do comércio interno de escravos (do Nordeste p/ o Centro-Sul) → Mudança da capital da Colônia de Salvador p/ o Rio de Janeiro → Mudança do eixo econômico: do Nordeste p/ o Centro-Sul → Relativa urbanização → Movimento cultural: Barroco (escultura, arquitetura e música) → Interiorização da Colônia: penetração e povoamento do interior → Aumento da produção de alimentos → A integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio Ciclo do Açúcar Ciclo da Mineração Litoral Interior Vida rural Vida urbana Apenas comercio externo Comercio interno e externo Revoltas Nativistas (Séculos XVII e XVIII) → Caráter local: atendiam somente a interesses das regiões onde ocorreram = manifestações de rebeldia localizadas ◦ Não pretendiam rompimento político com a Metrópole → Contestavam alguns aspectos da política econômica de dominação portuguesa → Comum: insatisfação com a metrópole ⇒ACLAMAÇÃO DE ARMADOR BUENO → São Paulo → 1641: 1 ano após o fim da União Ibérica ◦ União Ibérica: Tratado de Tordesilhas deixa de valer na prática ◦ Lucro com tráfico de indígenas: bandeirantes aproveitam para explorar terras do oeste, capturado e escravizando indígenas → Fim da união Ibérica: D. João IV proíbe comercio com lado espanhol da linha de Tordesilhas ◦ Reação paulista: tentativa de aclamar o Amador Bueno como rei de São Paulo → Amador Bueno se mantem fiel à Coroa: recusa a oferta mais por medo dos efeitos que traria em seus negócios do que temor a coroa ◦ Paulistas se sentem traídos e o perseguem → Movimento perde força → Escravidão indígena perde a importância para a escravidão africana ⇒REVOLTA DE BECKMAN (1684) → Maranhão e Grão-Pará → Colonos da região norte dependiam dos indígenas, já que eram conhecedores das drogas do sertão e dos caminhos da floresta ◦ 1680: abolição da escravidão indígena = colonos se sentem prejudicados → Portugal cria a Companhia de Comercio do Maranhão, que abastece a província com mão de obra africana ◦ Portugueses não cumprem o acordo → Líderes: Tomás e Manuel Beckman – grandes proprietários de terra ◦ Colonos se rebelam e ocupam as instalações da Companhia → Causa: escassez da mão de obra escrava e exploração econômica da metrópole pela Cia de Comercio do Maranhão e pelos padres que pregavam contra a escravidão dos índios ◦ Aristocracia rural contra a Cia de Comércio das Índias Ocidentais: não cobrava caro por escravos africanos ◦ Elites do Maranhão contra padres jesuítas: impediam a escravização de índios ◦ Pequenos comerciantes: contra o monopólio da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais → Repressão da metrópole portuguesa ◦ Portugal nomeia novo governador para o Maranhão, que condena a morte dos líderes ◦ Vitória portuguesa e os líderes presos ⇒GUERRA DOS EMBOABAS (1708-1709) → Minas Gerais → Bandeirantes paulistas: descobridores do ouro de Minas Gerais em 1693 ◦ Corrida populacional para a região do garimpo: disputa pelas recém-descobertas áreas mineradoras → Bandeirantes X emboabas (estrangeiros) ◦ Emboabas: forasteiros que usavam botas → Causa: paulistas queriam ter preeminência sobre os outros exploradores devido ao seu pioneirismo na descoberta do ouro → Os paulistas foram derrotados e a coroa portuguesa passaa ter o controle sobre o ciclo da mineração em MG → Minas Gerais é elevada à Capitania ⇒GUERRA DOS MASCATES (1710-1712) → Pernambuco → Olinda: centro político-administrativo de Pernambuco ◦ Classe à frente do governo: senhores de engenho → Brasil Holandês: importância de Recife cresce ◦ Seus habitantes eram portugueses ligados ao comercio (mascates) → Fim do Brasil Holandês: senhores de engenho entram em decadência e fazem empréstimos com os comerciantes de Recife → Crise do açúcar pernambucano: senhores de engenho contraem dívidas com os mascates = a elite de Olinda estava endividada com a elite de Recife ◦ Oprimidos pelos altos juros, olindenses entram em choque com Recife → Disputa política: mascates exigem que Recife tenha status elevado e que seja a sede do governo = elites das duas cidades disputam pelo poder regional ◦ Portugal faz intervenção em defesa à Recife, levando a elevação de Recife à condição de vila, não se submetendo mais a autoridade da Câmara de Olinda ◦ Vitória dos comerciantes portugueses → Líderes presos → Recife é elevada à capital de Pernambuco ⇒REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS OU REVOLTA DE VILA RICA (1720) → Villa Rica (MG) → Fator: abusos do fiscalismo português – manifestação contraria à criação das Casas de Fundição e à cobrança do quinto → Líder: Filipe dos Santos (fazendeiro e tropeiro) → Revoltosos invadem e destroem algumas casas de fundição → Líderes presos, julgados e condenados à morte na forca → Filipe dos Santos foi executado: enforcado em praça pública e esquartejado servindo de exemplo ao que aconteceria com quem se revoltasse contra a Coroa Movimentos Emancipacionistas → Revoltas que buscavam a independência do Brasil – caráter separatista ⇒INCONFIDÊNCIA OU CONJURAÇÃO MINEIRA (1789) → Conjuração = inconfidência = conspiração → Contexto histórico: crise do Antigo Regime, crescimento do capitalismo industrial e crise do Sistema Colonial ◦ No mesmo ano da tomada da Bastilha na Revolução Francesa: término do Antigo Regime ◦ ATENÇÃO: não foi inspirada na Revolução Francesa, já que aconteciam ao mesmo tempo, mas os dois movimentos se inspiraram nos ideais iluministas → Inspiração: ideais iluministas (movimento intelectual e filosófico - séc. XVIII.) e Independência dos EUA ou Revolução Americana (1776) → 1760: apesar da queda na produção aurífera, a Coroa Portuguesa mantinha uma pesada carga fiscal - alegava que a culpa era do contrabando → A Derrama: a população de MG deveria completar o que faltasse das 100 arrobas anuais de ouro (1500 kg) pré-estabelecidas – aplicada por Marques de Pombal ◦ Imposto forçado: oficiais da coroa portuguesa entravam nas casas da população à procura de ouro. ◦ Prejudicava as elites de MG: pobres não tinham condições para ter ouro → Pressão da metrópole: alimenta a revolta → Grupo de colonos mineiros: afetados pela política fiscal de Portugal, conspiram contra a metrópole para proclamar uma república independente nas Minas gerais, com capital em São Joao Del Rei ◦ Grupo socialmente variado, ainda que em maioria fossem homens da elite mineradora: militares de média e alta patente, clérigos, intelectuais e funcionários públicos → Conspiradores planejam um levante armado no dia da Derrama ◦ Destaque: poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga ◦ Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”: um dos inconfidentes menos abastados – era militar → Movimento denunciado por Joaquim Silvério dos Reis às autoridades portuguesas: tinha grande dívida pessoal com as cortes portuguesas e pensa em trocar uma informação política em troca do perdão ◦ Traidor: fazia parte do movimento → Governador instaurou uma devassa e acusou os conjurados de traição a coroa: acusados presos e investigados ◦ Líderes do movimento mandados para o Rio de Janeiro ◦ Ainda em Vila Rica, Cláudio Manuel da Costa faleceu na prisão, provavelmente assassinado → Rainha Maria I de Portugal: era mentalmente instável e decide que só seriam mortos aqueles que assumissem sua participação na Inconfidência Mineira ◦ Tiradentes é o único que assume, ou seja, assume sozinho a responsabilidade pelo movimento, sendo condenado à morte (enforcado) ◦ Execução de Tiradentes: 21 de abril de 1792 - seu corpo foi esquartejado e sua cabeça foi exposta em Vila rica por um dia e depois desapareceu ◦ Os demais: degredados para as colônias da África, e os religiosos recolhidos a conventos em Portugal Bandeira da Inconfidência X de MG ⇒CONJURAÇÃO OU INCONFIDÊNCIA BAIANA, REVOLTA DOS ALFAIATES OU DOS BÚZIOS (1798) → 1763: Transferência da capital para o Rio de Janeiro e Salvador perde prestígio → Influências: Iluminismo, Revolução Americana, Revolução Francesa e Independência do Haiti → Insatisfação popular: preços altos dos gêneros alimentícios → Aumento da miséria em Salvador (crise da economia açucareira) → É chamada conjuração dos alfaiates, pois a maior parte dos participantes são pobres – as ideias circulavam nas ruas de Salvador, entre a população mais pobre, negra e mestiça ◦ Defendiam a república, a abolição da escravidão, diminuição dos impostos e abertura dos postos (portos brasileiros só aceitavam navios de Portugal) → Ideais da conjuração: divulgados pelos escritos do soldado mulato Luiz Gonzaga das Virgens e pelos panfletos de Cipriano Barata, médico e filósofo → 12 de agosto de 1798: estoura o movimento - panfletos colados por toda a cidade, especialmente nas portas das Igrejas → Repressão, muitas denúncias e prisões: condenados à morte ou sofreram suplício e foram mandados para o degredo, alguns perpétuo, e em colônias que não eram portuguesas → Condenados à morte: executados em 8 de novembro de 1799 - três alfaiates e dois soldados (Lucas Dantas, Manuel Faustino, Luís Gonzaga e João de Deus) = o quinto condenado à pena capital, o ouvires Luís pires, o fugitivo, jamais foi localizado ◦ Cipriano Barata: não foi condenado à morte, pois era rico; foi enviado para a prisão no Rio de Janeiro e liberto em 1800 ◦ Muitas pessoas morreram só por terem participado do movimento → Ao contrário da Conjuração Mineira, a Baiana tinha um caráter popular, mestiço e defendia mudanças profundas na estrutura social vigente na colônia ⇒REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817) → Única que de fato fez uma revolução → Movimento era republicano → Durou 3 meses → Contexto: crise econômica regional e absolutismo monárquico português → Influências: Iluminismo, Independência dos EUA, Revolução Francesa e guerras em prol da independência das nações vizinhas → Presença da corte no Brasil: deixa a vida da população mais cara, já que havia mais impostos para sustentar a Corte Portuguesa no Brasil ◦ Presença de D João VI no Brasil: não aliviou as tensões - sufoca a revolução → 1816: grande seca no Nordeste afetou a produção de açúcar e algodão → O luxo da Corte contrastava a situação precária de Pernambuco, fazendo com que ideias de liberdade e independência ganhem força → Líder: Domingos José Martins → Apoio: Antônio Carlos de Andrada e Frei Caneca → Objetivo: independência de Pernambuco, do Ceará e Rio Grande do Norte → Começo: tomada de Recife em 6 de março de 1817, a partir do regimento de artilharia - cercado, o governador renunciou → 29 de março: convocação de uma assembleia constituinte - separação entre os três poderes, o catolicismo foi mantido como religião oficial (com liberdade de culto, liberdade de imprensa e abolidos alguns impostos) e a escravidão foi mantida → 1817: emissário enviado aos EUA para conseguir comprar armas, o apoio do governo americano e adesão de exilados franceses → Repressão portuguesa: uma frota de navios cercou Recife pelo mar, enquanto uma tropa desoldados avançou por terra ◦ Revolucionários foram cercados e cedem às forças portuguesas ◦ Carregamento de armas interceptado no porto → Consequências: prisões e penas duríssimas, no entanto, a maioria dos revolucionários terminou anistiada - somente 4 executados → Alagoas e Rio Grande do Norte: desmembradas de Pernambuco As três estrelas representam Pernambuco, Rio grande do Norte e Ceará, que faziam parte da mesma capitania – Pernambuco A Família Real Portuguesa no Brasil ⇒FATORES PARA A TRANSFERÊNCIA DA CORTE PARA O BRASIL → Bloqueio Continental (1806) → Tratado de Fontainebleau (1807): acordo entre França (Napoleão) e Espanha (Fernando VII) → Invasão das tropas napoleônicas (1807): as tropas de Napoleão ocupam Portugal e Espanha → Apoio da Inglaterra na transferência da Família Real Portuguesa p/o Brasil: a marinha inglesa faz a escolta da frota portuguesa na viagem p/o Brasil ⇒ADMINISTRAÇÃO DE D. JOÃO VI → Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808): fim do Pacto Colonial → Tratados de 1810: Tratado de Comércio e Navegação (tarifa alfandegária preferencial p/ a Inglaterra (15%) e extraterritorialidade judicial p/ ingleses no Brasil) e Tratado de Aliança e Amizade (redução gradual do tráfico negreiro e liberdade religiosa p/ ingleses no Brasil) → Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815) → Banco do Brasil + Academia de Belas Artes + Imprensa Régia + Jardim Botânico + Teatro Real + Biblioteca Real + Escolas de Medicina (BA + RJ) → Missão Artística Francesa (1816) – Ex.: Jean Baptiste Debret → Anexação da Cisplatina (Uruguai) em 1821 Independência do Brasil ⇒FATORES → Transferência da Corte p/ o Brasil → Abertura dos Portos (fim do Pacto Colonial) → Revolução Liberal Do Porto (1820): ameaça de Recolonização do Brasil (Cortes) e aumento da insatisfação da aristocracia rural brasileira → Influências: ideias iluministas, Independência dos EUA e da maçonaria Antilusitanismo → Crise do Antigo Regime ⇒PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA → 1821: retorno da Família Real p/ Portugal → 9 de janeiro de 1822: Dia do Fico -depois de receber um abaixo-assinado c/ cerca de 8000 assinaturas, D. Pedro rompeu c/ as Cortes → 4 de maio de 1822: decreto do “Cumpra-se” - a execução das decisões das Cortes estava sujeita a aprovação de D. Pedro → 13 de maio de 1822: D. Pedro aceita o título de defensor perpétuo do Brasil concedido pela maçonaria → 3 de junho: convocação da Assembleia Constituinte Brasileira → 7 de setembro de 1822: Proclamação da Independência Período Pré-colonial (1500-1530) O início da colonização efetiva do Brasil As Capitanias Hereditárias Governos-Gerais Ciclo do Açúcar Invasões Francesas União Ibérica (1580 - 1640) Rivalidades entre espanhóis e holandeses Invasões Holandesas O Brasil Holandês (1637-1644) Restauração Portuguesa (1640) Tratados de Limites Insurreição Pernambucana (1644 – 1654) A formação do território brasileiro Ciclo da mineração Revoltas Nativistas (Séculos XVII e XVIII) Movimentos Emancipacionistas A Família Real Portuguesa no Brasil Independência do Brasil
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