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1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira. Última atualização legislativa: 25/05/2022 - Lei nº 14.154, de 26.5.2021 (Art. 2º Esta Lei entra em vigor após decorridos 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias de sua publicação oficial. – acompanhar a vacatio legis); Lei nº 14.340, de 18.5.2022.; Lei nº 14.344, de 24.5.2022 (Art. 34. Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta e cinco) dias de sua publicação oficial.). Última atualização jurisprudencial: 13/10/22 – Info 701 (art. 42, §3º); Info 703 (art. 50, §13, II); Info 679 (art. 28, §6º).; Info 732 (art. 121, §3º). Última atualização questões de concurso: 06/11/2022. Observações quanto à compreensão do material: 1) Cores utilizadas: EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc. EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso. EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no ECA). EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal) 2) Siglas utilizadas: MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc). LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei DISPÕE sobre a PROTEÇÃO INTEGRAL à criança e ao adolescente. (DPESP-2006) (MPSP-2006) (DPEPI-2009) (MPCE-2011) (MPPR-2008/2012) (TJGO-2009/2012) (TJAC-2012) (MPAL- 2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012) (TJRN-2013) (DPEGO-2014) (TRT24-2014) (TJMS-2012/2015) (TJAL- 2015) (MPMS-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (TRT6-2015) (TRT15-2015) (DPEMT-2016) (MPRR- 2012/2017) (MPRO-2010/2013/2017) (TJPR-2011/2012/2019) (DPESC-2021) (TJMA-2022) (TJMA-2022-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca da história da proteção jurídica e social da infância brasileira: As crianças filhas de mulheres negras escravizadas foram consideradas libertas pela Lei do Ventre Livre antes mesmo que a Lei Áurea abolisse qualquer forma de escravidão no Brasil. ##Atenção: Uma das precursoras da Lei Áurea, a norma determinou que, de 28 de setembro de 1871 em diante, as mulheres escravizadas dariam à luz apenas bebês livres. De acordo com a lei, não nasceria mais nenhum escravizado em solo brasileiro. (TJMA-2022-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca da história da proteção jurídica e social da infância brasileira: No século XVI, crianças indígenas eram entregues pelos próprios pais aos padres da Companhia de Jesus, que as catequizavam segundo os princípios cristãos. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocument 2 ##Atenção: No ano de 1551 veio a ser fundada a primeira casa de recolhimento para menores no Brasil. Tratava-se de uma casa de recolhimento “administrada” por jesuítas e tinha como objetivo isolar (reeducar) as crianças indígenas dos costumes “bárbaros” de seus pais. (TJMA-2022-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca da história da proteção jurídica e social da infância brasileira: Nas décadas de 80 e 90 do século XX, firmou-se a concepção da criança como sujeito de direitos: movimentos sociais se tornaram um dos principais interlocutores da sociedade civil na Assembleia Nacional Constituinte para a inclusão dos direitos da criança e do adolescente na Constituição Federal de 1988 e, mais tarde, a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente. ##Atenção: ##DPEPI-2009: ##MPPR-2008/2012: ##TJAC-2012: ##DPEES-2012: ##DPESE- 2012: ##DPESP-2013: ##TRT24-2014: ##TJMS-2015: ##MPMS-2015 ##DPEPA-2015: ##DPERN-2015: ##TRT5-2015: ##TRT6-2015: ##TRT15-2015: ##DPEMT-2016: ##MPRO- 2010/2013/2017: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##UFMT: ##VUNESP: A evolução do tratamento da criança e do adolescente pode ser resumida em quatro fases ou sistemas: a) fase da absoluta indiferença (até o séc. XIV): Nenhum país fazia qualquer espécie de referência aos direitos da criança e do adolescente. Não existiam normas relacionadas a crianças e adolescentes; b) fase de mera imputação criminal ou do Direito Penal Indiferenciado (até séc. XIX): As leis tinham o único propósito de coibir a pratica de ilícitos por aquelas pessoas (Ordenações Afonsinas e Filipinas, Código Criminal do Império de 1830, Código Penal de 1890). Inexistia qualquer tratamento diferenciado ou protetivo destinado à criança e ao adolescente; as normas cuidavam apenas da imputação de acordo o Direito Penal, todos eram segregados dentro do mesmo estabelecimento prisional, independentemente da idade, e ainda era possível ao magistrado a aplicação do critério do discernimento penal em relação a crianças de qualquer idade, o que lhe permitia segregá-las com pessoas adultas. Além disso, não existia dosimetria da pena, podendo o juiz deixar a criança segregada pelo tempo que quisesse.1 c) fase tutelar (séc XX): Foram criados Códigos específicos às crianças e aos adolescentes, porém com intuito repressivo, higienista, e não de garantia de direitos. Embora chamada de fase tutelar, havia um poder quase absoluto nas mãos do julgador. Da mesma forma que na fase da mera imputação criminal, não existia ainda nessa fase respeito ao devido processo legal, defesa técnica, assistência judiciária, individualização da pena, responsabilidade especial pela prática de ato infracional, etc. Tivemos os seguintes Códigos: i) Código Mello Mattos – 1927: Foi inspirado na atuação de um juiz chamado Mello Mattos, o qual trabalhou no primeiro juizado de menores do Brasil e da América Latina. Nessa época vigorava a doutrina do menor ou doutrina da situação irregular, despertando o interesse do Estado apenas os órfãos, abandonados e delinquentes, em função do incômodo gerado para a sociedade. E a única solução encontrada à época era a institucionalização, de todos, conjunta e indistintamente. Misturavam os órgãos e as crianças em situação de delinquência; e ii) Código de Menores – 1979: Depois do Código Mello Mattos, tivemos o Código de Menores de 1979, que não avançou em nada em relação ao Código anterior. Vigorava ainda a doutrina do menor ou a doutrina da situação irregular;2 d) fase da proteção 1 ##Atenção: ##DPEPA-2015: ##MPRO-2017: ##FMP: No primeiro Código Penal dos Estados Unidos do Brasil (1890), os menores de 9 anos de idade eram considerados inimputáveis. Para a imputabilidade dos menores compreendidos entre 9 e 14 anos seria necessário um procedimento prévio de verificação para que fossem penalizados. Caso isso ocorresse, havia uma regra objetiva que previa a redução da pena para 2/3. 2 ##Atenção: ##TJMA-2022: ##CESPE: No ano de 1927, foi promulgado o Código de Menores (Decreto 17.923-A), documento voltado para os menores de 18 anos, e ficou amplamente conhecido como o CÓ DIGO MELLO MATTOS. Entretanto, este deixou claro em seu artigo primeiro, que não era direcionado a todas as crianças, mas somente àquelas que eram consideradas como estando em situação irregular (“abandonados ou delinquentes”). Este Código de Menores tinha como objetivo trazer as diretrizes para o trato dos menores considerados excluídos, regulamentando questões como o trabalho do menor, tutela e pátrio poder, delinquência e liberdade vigiada. É preciso relembrar ainda a atuação da Igreja em diversas as ações caritativas e filantrópicas, exemplo disso é a “rodas dos expostos”. Tal engenhoso sistema era literalmente uma roda que girava no sentido horizontal, situada na frente de Santas Casas e outros tipos de instituições filantrópicas e assistenciais, destinadas a receberem o depósito de crianças menores de 7 anos. Inclusive a atuação das Igrejas se mantém até os dias atuais. 3 integral (CF/1988): Após aproximadamente21 anos de ditadura militar, preocupado com a segurança jurídica, o constituinte brasileiro elegeu a forma analítica (profunda) para a nova Constituição, prevendo, dentre tantos outros direitos, a proteção integral destinada às crianças e aos adolescentes. Foi a nossa CF/88 que inaugurou a fase de proteção integral no Brasil. A doutrina da proteção integral considera as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos; considera a infância como um direito social; considera as crianças e os adolescentes como pessoas em estágio de peculiar desenvolvimento; e, em caso de conflito, prevalece o melhor interesse da criança e adolescente. É nessa fase as leis reconhecem direitos e garantias às crianças, considerando-a como uma pessoa em desenvolvimento. É, pois, na quarta fase que se insere a Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e da Adolescência, publicado em 16/07/90, com vigência em 14/10/90. (ROSSATO; LÉPORE; CUNHA, 2011, p. 72). Perceba, portanto, que, com a CF/88 rompemos com a doutrina da situação irregular existente até então para adotarmos a DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL. Para poder consolidar as novas diretrizes da CF foi promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente em 13 de julho de 1990. Ressalta-se que tal doutrina não era novidade internacionalmente (Declaração dos Direitos da Criança – ONU 20 de novembro de 1959). A nova doutrina determina que há necessidade de se respeitar os direitos das crianças e dos adolescentes, lembrando que são pessoas em desenvolvimento, SUJEITOS DE DIREITO, e que, portanto, também têm um conjunto de direitos fundamentais. Em suma, o ECA, na linha do próprio Direito da Criança e do Adolescente, encampou a Doutrina da Proteção Integral, pela qual essas pessoas são consideradas sujeitos de direitos e não objeto de proteção. Substituiu a Doutrina da Situação Irregular. Vejamos as seguintes diferenças: Situação Irregular Proteção Integral Menor era considerado um objeto de proteção. Criança e adolescente são considerados sujeitos de direitos. Código de Menores Estatuto da Criança e do Adolescente Tutelava apenas o menor em situação irregular Dá ampla proteção à criança e ao adolescente O menor era visto como objeto de tutela Criança e adolescente são sujeitos de direitos. ##Questões de concurso: (MPRO-2017-FMP): A legislação brasileira, no que se refere ao tratamento dispensado à criança e ao adolescente, passou por diferentes períodos, marcados, cada um, por concepções distintas. A partir disso, é correto afirmar: Com a vigência da CF/1988, do ECA e da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, todos aqueles que não atingiram os dezoito anos passam a ser considerados sujeitos de direitos, prioridade absoluta e pessoas em fase especial de desenvolvimento. (MPMS-2015): Sobre o direito da infância e juventude (Lei 8.069/90), assinale a alternativa correta: O ECA adotou a Teoria da Proteção Integral, na linha do que já estabelecia a Constituição Federal, no qual as crianças e adolescentes são considerados pessoas titulares de direitos fundamentais e esses direitos devem ser tutelados, abandonando-se a Teoria da Situação Irregular, pela qual o menor era considerado um objeto de proteção. BL: art. 1º, ECA. (TJMS-2015-VUNESP): Com relação à retrospectiva e evolução históricas do tratamento jurídico destinado à criança e ao adolescente no ordenamento pátrio, é correto afirmar que na fase da absoluta indiferença, não havia leis voltadas aos direitos e deveres de crianças e adolescentes. (DPESP-2013-FCC): Analisando-se os paradigmas legislativos em matéria de infância e juventude, pode-se afirmar que antes da edição do Código de Mello Mattos, em 1927, vigorava o modelo penal indiferenciado. (TJAC-2012-CESPE): Com importância desde o século XIX, o princípio do melhor interesse foi adotado pela comunidade internacional, em 1959, na Declaração dos Direitos da Criança e, por esse motivo, malgrado a diferença de enfoque, foi incluído no Código de Menores de 1979, ainda que sob a égide da doutrina da situação irregular. ##Atenção: O princípio do melhor interesse já era previsto entre nós antes mesmo da Constituição Federal, embora sem se reconhecer o “menor como um sujeito de direitos”. ##Atenção: ##DPEPA-2015: ##MPRO-2017: ##FMP: O primeiro diploma internacional voltado para tutela de crianças e adolescentes foi a Convenção para a Repressão do Tráfico de Mulheres e Crianças aprovada em 1921. Em 1924 foi aprovada a Declaração de Genebra que, pela primeira vez, fez referência aos direitos das crianças. Já no ano de 1948 temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que confere proteção à maternidade e assistência social as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio. 4 ##Atenção: ##MPPR-2008/2012: PROTEÇÃO INTEGRAL Conjunto de mecanismos jurídicos voltados à tutela da criança e do adolescente. (MPRR-2017-CESPE): De acordo com os princípios orientadores do direito da criança e do adolescente, em favor deles deve ser dada primazia em todas as esferas de interesse, seja no campo judicial, extrajudicial, administrativo, social ou familiar. Tal tratamento não comporta questionamentos ou ponderações, pois foi essa a escolha nacional por meio do legislador constituinte. De acordo com a doutrina, tal primazia corresponde ao princípio da prioridade absoluta. (DPEMT-2016-UFMT): Sobre a evolução histórica do direito da criança e do adolescente, assinale a afirmativa correta: Na doutrina da proteção integral, descentralizou-se a atuação, materializando -a na esfera municipal pela participação direta da comunidade por meio do Conselho Municipal de Direitos e do Conselho Tutelar. BL: art. 1º, ECA. ##Atenção: ##DPESP-2006: ##MPCE-2011: ##DPERN-2015: ##DPEMT-2016: ##CESPE: ##FCC: ##UFMT: “A doutrina da proteção integral consiste em um conjunto de mecanismos jurídicos voltados à tutela da criança e do adolescente. Uma de suas características é a desjudicialização do atendimento, que se configura, dentre outras formas, na atuação dos Conselhos Tutelares, que a objetivam, em prol do envolvimento político e comunitário, além do atendimento direto e personalizado das crianças, adolescentes e respectivas famílias com direitos ameaçados ou violados.” (Fonte: comentário do site Qconcursos). Portanto, a doutrina da proteção integral se baseia na descentralização da atuação com destaque para a esfera municipal. (DPESP-2006-FCC): Entre as características da doutrina da proteção integral pode-se destacar a desjudicialização do atendimento. BL: art. 1º, ECA. (TJAL-2015-FCC): É característica da doutrina da situação irregular, que inspirou as legislações anteriores do Estatuto da Criança e do Adolescente, a possibilidade de aplicação da medida de internação a menores carentes, abandonados, inadaptados e infratores, ainda que seu cumprimento possa se dar em unidades distintas e com maior ou menor nível de contenção. ##Atenção: ##DPEPI-2009: ##MPCE-2011: ##DPEES-2012: ##DPESE-2012: ##MPRO- 2013/2017: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: "O ECA substituiu o antigo Código de Menores, Lei nº 6.697/79, cuja incidência era voltada precipuamente ao menor em situação de irregular. Crianças e adolescentes eram vistos como objeto de tutela à luz daquele regramento. 'Durante todo este período a cultura da internação, para carentes ou delinquentes foi a tônica. A segregação era vista, na maioria dos casos, como única solução'". (SINOPSE JUSPODIVM, 2015, pp. 23-24) (TJPR-2012-PUCPR): A Prioridade Absoluta a criança e adolescente e o respeito ao segmento, como pessoas em condição peculiar de desenvolvimento, são princípios norteadores do atual direito da infância e juventude. BL: art. 1º, ECA. (MPRO-2010-CESPE): A respeito do direito da criança e do adolescente, assinale a opção correta: O princípio do melhor interesse da criança e do adolescente pode ser compreendido como a forma adequada de permitir que a criança e o adolescente possam se desenvolver com dignidade, concretizando, portanto, os seus direitos fundamentais. BL: art. 1º, ECA. (MPSP-2006): Todos os direitosda criança e do adolescente reconhecidos na Lei n.º 8.069/90 são indisponíveis. Art. 2º CONSIDERA-SE CRIANÇA, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade INCOMPLETOS, e ADOLESCENTE aquela entre doze e dezoito anos de idade. (PCMS-2006) (TJPR- 2008) (PCDF-2009) (MPRO-2008/2010) (MPSC-2010) (TJRO-2011) (MPSP-2006/2012) (MPRR- 2008/2012) (TJGO-2009/2012) (MPAL-2012) (MPSC-2012) (MPPR-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2012) (TRT23-2012) (TJRN-2013) (DPETO-2013) (TRT8-2013) (TJSP-2011/2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) 5 (Cartórios/TJMS-2014) (MPDFT-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (DPEMT-2009/2016) (DPEAC-2017) (PCGO-2017) (MPMS-2013/2015/2018) (TJMG-2018) (Cartórios/TJAM-2018) (Cartórios/TJMG- 2017/2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJAC-2019-VUNESP): O ECA é orientado pelo princípio da proteção integral da criança e do adolescente, que tem como marco legal o art. 227 da CF/1988. Sob tal ótica, quanto à técnica empregada pelo diploma menorista para definir criança e adolescente, bem como para considera- los sujeitos de direitos e obrigações frente à família, à sociedade e ao Estado, é correto afirmar que de acordo com o artigo 2° , caput, criança é pessoa com até 12 (doze) anos incompletos, e adolescente aquela que tiver entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos, adotando-se critério cronológico absoluto. BL: art. 2º, ECA e art. 227, ECA. ##Atenção: ##TJSP-2014: ##VUNESP: "O critério adotado pelo legislador é puramente cronológico, sem adentrar em distinções biológicas ou psicológicas acerca do alcance da puberdade ou do amadurecimento da pessoa" (BARROS, Guilherme Freire de Melo. Lei especiais para concursos: Estatuto da Criança e do Adolescente. Salvador: Jud Podivm, 2015, p. 20). Desse modo, a fixação da adolescência não parte de uma realidade biopsicológica e social do indivíduo, mas de um critério etário. Não se analisa a condição do indivíduo e a sua capacidade de entendimento da realidade que o cerca, mas sim, apenas o fato de completar a idade indicada. Portanto, a proteção integral da criança ou adolescente é devida em função de sua faixa etária porque o critério adotado pelo legislador foi o cronológico absoluto. (MPSP-2019): A inimputabilidade penal do menor de 18 anos é absoluta e sua presunção decorre da lei, por meio do critério etário. BL: art. 2º, ECA e art. 228, CF. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, APLICA-SE EXCEPCIONALMENTE este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. (PCDF-2009) (MPRO-2010) (TJRO-2011) (DPEAM- 2011) (MPRR-2008/2012) (TJGO-2009/2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012) (TRT4-2012) (TJRN-2013) (DPETO-2013) (DPEGO-2014) (MPDFT-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (DPEMT-2016) (DPEPR-2014/2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (TJMG-2018) (MPMS- 2013/2015/2018) (PCMA-2018) (TJAC-2019) (TJAL-2019) (MPGO-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJPR- 2019) (MPSC-2010/2019/2021) (TJSP-2021) Criança Adolescente Excepcionalmente 0 – 12 anos incompletos 12 – 18 anos incompletos Aplica-se o ECA às pessoas de 18 a 21 anos. (MPMT-2019-FCC): A Lei 8.069/90 aplica-se às crianças até 12 anos de idade incompletos e adolescentes entre 12 e 18 anos de idade, podendo ser aplicada excepcionalmente às pessoas entre 18 e 21 anos de idade. BL: art. 2º, caput e § único, ECA. ##Atenção: Portanto, excepcionalmente, o ECA também é aplicável às pessoas que possuem entre 18 a 21 anos. Isso porque, principalmente, para os casos em que houve a prática de ato infracional pelo jovem enquanto ainda adolescente, permitindo-se que seja aplicada medida e que a mesma seja executada, ainda que o autor do ato infracional já tenha completados 21 anos, a medida deverá ser necessariamente extinta. Assim, se o adolescente estiver em cumprimento de medida socioeducativa, o advento da maioridade não imporá a sua extinção, conforme já reiteradamente decidido pelo STF. Art. 3º A criança e o adolescente GOZAM de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, SEM PREJUÍZO da PROTEÇÃO INTEGRAL de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (MPSC-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (TJAC-2012) (MPPI-2012) (DPEES-2012) (DPETO-2013) (DPEGO-2014) (DPERN -2015) (DPEMT-2016) (MPSP-2011/2017) (TJPR-2019) ##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: Os direitos expostos no art. 3º, caput, do ECA são meramente exemplificativos, sendo que as demais garantias poderão surgir de outros textos 6 legais. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 4º É DEVER da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (PCRN-2009) (MPMG-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (TJMS-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPEES-2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2012) (MPSC-2010/2013) (TJRN-2013) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (TRT1-2016) (DPEPE- 2015/2018) (DPEAM-2018) (MPPR-2012/2019) (TJSC-2019) (TJPR-2019-CESPE): A atual doutrina da proteção integral, que rege o direito da criança e do adolescente, reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direito, devendo o Estado, a família e a sociedade lhes assegurar direitos fundamentais. BL: arts. 1º, 3º, 4º e 15, ECA. ##Atenção: ##MPSP-2012: ##TJSC-2019: ##CESPE: Descabe a alegação da reserva do possível em razão do princípio da prioridade absoluta aplicável aos menores. (MPRO-2013-CESPE): No que concerne aos direitos da criança e do adolescente, em especial aos direitos fundamentais e à política de organização e atendimento, assinale a opção correta: O ECA ratifica a CF com relação à política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, indicando a responsabilidade de todos os entes da Federação e da sociedade com as questões infanto-juvenis. BL: art. 4º, caput, ECA. Parágrafo único. A GARANTIA DE PRIORIDADE COMPREENDE: (TJRO-2011) (MPPR-2011) (TJDFT -2012) (DPEAC-2012) (DPEMS-2012) (TRT1-2012) (TRT2-2012) a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; (TJPR-2011) (DPEAC- 2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (TRT1-2012) (TRT2-2012) (TRT22-2013) (TJMT-2018) (MPPR- 2011/2019) (Cartórios/TJMS-2021) (MPCE-2020-CESPE): De acordo com as disposições do ECA, a garantia da prioridade absoluta compreende a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias. BL: art. 4º, § único, “a”, ECA. b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; (TJPR-2011) (DPEAC-2012) (DPEMS-2012) (TRT1-2012) (TRT2-2012) (TRT22-2013) (TJMT-2018) (MPPR-2011/2019) (Cartórios/TJMS-2021) c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; (TJPR-2011) (TJMS- 2012) (TJAC-2012) (DPEAC-2012) (DPEMS-2012) (TRT1-2012) (TRT2-2012) (MPSC-2010/2013) (MPRO- 2013) (TRT22-2013) (MPPR-2012/2019) (Cartórios/TJMS-2021) (TJMT-2018-VUNESP): No que se refere à garantia da prioridade absoluta, da forma como prevista no ECA, tem-se que esta compreende: preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas. BL: art. 4º, § único, “c”, ECA. (TJPR-2012): A garantia a prioridade absoluta aos direitos da criança e do adolescente compreende preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas. BL: art. 4º, § único, “c”, ECA. d) destinação privilegiadade recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. (TJPR-2008/2011) (DPEAC-2012) (DPEMS-2012) (TRT1-2012) (TRT2-2012) (TRT4 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 7 -2012) (TRT22-2013) (DPEPE-2015) (TJMT-2018) (MPPR-2008/2011/2012/2019) (Cartórios/TJMS-2021) (TJRJ-2016-VUNESP): Com relação à Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, tratado internacional de proteção de direitos humanos, com início de vigência em 1990, é correto afirmar que ao estabelecer a obrigação dos Estados de respeitar responsabilidades, direitos e obrigações dos pais, apropriados para o exercício, pela criança, dos direitos que contempla, adotou o princípio do best interest of the child, encampada pelo artigo 227, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil. BL: art. 227, caput, CF c/c art. Art. 3º, item 2 da Conv. Internacional sobre os Direitos da Criança c/c art. 3º e 4º do ECA. ##Atenção: Vide art. 227, caput, CF/88: “Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)”. (TJDFT-2012): A garantia da prioridade estabelecida no art. 4º do ECA compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. BL: art. 227 da CF/88 e art. 4º do ECA. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. (MPSC-2010) (DPESE-2012) (MPDFT- 2015) (DPEES-2016) Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. (TJRO-2011) (TJMS-2012) (DPEES- 2016) (DPESC-2021) (DPEES-2016-FCC): São aspectos que, entre outros, o próprio ECA expressamente determina sejam observados na interpretação de seus dispositivos: Os deveres individuais e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. BL: art. 6º, ECA. Título II Dos Direitos Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a EFETIVAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS PÚBLICAS que PERMITAM o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. (MPRR-2008) (MPMG-2010) (TJRO-2011) (MPSC-2013) (MPDFT-2015) (MPCE-2020) (MPSC-2010): O nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso é uma obrigação a ser efetivada mediante políticas sociais públicas. BL: art. 7º, ECA. Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (PGM-Sorocaba/SP-2018) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 8 § 1o O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (MPMG-2017) § 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (MPMG-2017) (TJGO-2021) (MPMG-2017): São direitos das gestantes e parturientes, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: Alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio e amamentação. BL: art. 8º, §3º, ECA. § 4o INCUMBE ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, INCLUSIVE como forma de prevenir ou minorar as consequências do ESTADO PUERPERAL. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) (MPSC-2010) (MPBA-2010) (TJES-2011) (TJPR-2010/2012) (TJPA-2012) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (DPEAC-2012) (TJSC-2013) (MPAC-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (DPEES-2016) (MPPR-2011/2021) (TJGO-2021) (MPPR-2021): Nos termos do ECA, assinale a alternativa correta: Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. BL: art. 8º, §4º, ECA. (TJES-2011-CESPE): Acerca dos direitos fundamentais inerentes à criança e ao adolescente, assinale a opção correta à luz do ECA: É previsto atendimento pré e perinatal à gestante, por meio do SUS, incluindo-se assistência psicológica, como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. BL: art. 8º, §4º, ECA. § 5o A assistência referida no § 4o deste artigo DEVERÁ SER PRESTADA também a gestantes e mães que MANIFESTEM interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães que SE ENCONTREM em situação de privação de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (TJRS-2018) § 6o A gestante e a parturiente TÊM direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência DURANTE O PERÍODO do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPEES-2016) (TJRS-2018-VUNESP): No que diz respeito aos dispositivos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente relativos ao período de gestação até o final da amamentação, assinale a alternativa correta: A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. BL: art. 8º, §6º, ECA. (MPMG-2017): São direitos das gestantes e parturientes, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: Um acompanhante, de sua preferência, durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. BL: art. 8º, §6º, ECA. § 7o A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPEES-2016) (DPERO-2017) (PGM- http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 9 Sorocaba/SP-2018) (MPMG-2017): São direitos das gestantes e parturientes, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: Acompanhamento saudável durante toda a gestação, parto natural cuidadoso, aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos. BL: art. 8º, §8º, ECA. § 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas pós- parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPERO-2017) § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019) Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas prioritariamente ao público adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019) Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores PROPICIARÃO condições adequadas ao ALEITAMENTO MATERNO, INCLUSIVE aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. (MPRO-2008) (DPESP-2009) (TJRO-2011) (TJPE-2011) (MPAC-2014) (MPAM-2015) (TJRS- 2018) (Cartórios/TJMS-2021) § 1o Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, de forma contínua. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos DE ATENÇÃO À SAÚDE DE GESTANTES, públicos e particulares, SÃO OBRIGADOS a: I - MANTER registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; (TJPE-2013) (MPAM-2015) (TJDFT-2012/2016) (TJRJ-2019) (TJMS-2020) (DPEGO- 2021) (TJPR-2008): Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos. BL: art. 10, I, ECA. II - IDENTIFICAR o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, SEM PREJUÍZO de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; (TJPR-2008) (TJPE-2013) III - PROCEDER a exames VISANDO ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; (TJPE-2013) (TJRJ-2019) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13798.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13798.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 10 IV - FORNECER declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; (MPRO-2008) (TJPE-2013) (TJRJ-2019) V - MANTER alojamento conjunto, POSSIBILITANDO ao neonato a permanência junto à mãe. (MPRO-2008) (TJPE-2013) (MPSP-2017) (MPPR-2011/2021) (MPPR-2021): Nos termos do ECA, assinale a alternativa correta: Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe. BL: art. 10, V, ECA. VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído pela Lei nº 13.426, de 2017) Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (TJGO-2021) (DPESC-2021) § 1o A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o INCUMBE ao poder público FORNECER GRATUITAMENTE, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (TJRJ-2019) (MPSC-2019) § 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que SE FIZER NECESSÁRIO. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (TJMS-2020) (TJGO-2021) Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, INCLUSIVE as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, DEVERÃO PROPORCIONAR CONDIÇÕES PARA A PERMANÊNCIA EM TEMPO INTEGRAL de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (MPPR-2016) (MPMG-2018) (TJRS- 2018) (TJMS-2020) Art. 13. Os casos de SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente SERÃO OBRIGATORIAMENTE COMUNICADOS ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, SEM PREJUÍZO de outras providências legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014) (TJSP-2015) (MPDFT-2015) (TJPA- 2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020) (MPPR-2016/2021) (TJGO-2021) (DPEGO-2021) (TJAP-2022) (DPEDF-2019-CESPE): Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o atendeu comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima de castigo físico praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício haviam lesionado os braços do garoto, mediante emprego de pedaço de madeira, em razão de ele ter se recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os encaminhou para tratamento psicológico. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, de acordo com o ECA (Lei 8.069/90): O médico adotou providência obrigatória quando comunicou ao conselho tutelar a suspeita de que Maurício havia sofrido castigo físico. BL: art. 13, ECA. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm 11 ##Atenção: A inobservância dessa determinação sujeita o agente à pena prevista na infração administrativa tipificada no art. 245, sem prejuízo da infração penal. § 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção SERÃO OBRIGATORIAMENTE ENCAMINHADAS, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPEES-2016) (TJRS-2018) (TJRJ-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020) (MPPR-2016/2021) (TJGO-2021) (TJAP-2022) (TJRJ-2019-VUNESP): Quanto ao direito à saúde e à vida da criança e do adolescente, à luz dos artigos 7° e seguintes do ECA, é correto afirmar que as gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos à adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. BL: art. 13, §1º, ECA. § 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, SE NECESSÁRIO, ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPEES-2016) (DPESP-2019) (TJMS-2020-FCC): O acompanhamento domiciliar é previsto expressamente no ECA para o atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, se necessário. BL: art. 13, §2º, ECA. ##Atenção: ##Não Confundir: ##TJMS-2020: ##FCC: ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR (art. 13, §2º, ECA): em casos de VIOLENCIA DOMÉSTICA a crianças na fase da primeira infância (suspeita ou confirmação). ACOMPANHAMENTO FAMILIAR (art. 19-A, §8º, ECA): em casos de DESISTENCIA dos genitores da ENTREGA de criança após o nascimento, pelo prazo de 180 dias. (MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: O sistema de garantias dos direitos da criança e do adolescente, concebido pela Lei n. 8.069/90, não é hierarquizado, havendo apenas profissionais e autoridades diversas com funções distintas. BL: art. 13, §2º, ECA e doutrina. ##Atenção: Sobre o tema, Murillo José Digiácomo que “o "Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente" concebido pela Lei nº 8.069/90 não é hierarquizado, de modo que não mais existe a figura da "autoridade suprema" (como ocorria sob égide do revogado "Código de Menores"), mas apenas profissionais (e autoridades) diversas com funções distintas.” (Fonte: https://crianca.mppr.mp.br/pagina-1267.html) Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. (MPSC-2010) (MPAL-2012) (DPEES-2016) (TJAC-2019) (TJRJ-2019) § 1o É OBRIGATÓ RIA a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016) (MPSC-2010) (TJRJ-2014) (MPAM-2015) (DPEES-2016) (TJAC-2019) (MPPR-2021) (MPPR-2021): Nos termos do ECA, assinale a alternativa correta: É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. BL: art. 14, §1º, ECA. § 2o O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PROMOVERÁ a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma TRANSVERSAL, INTEGRAL e INTERSETORIAL com as demais linhas de cuidado DIRECIONADAS à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (TJRJ-2019) (TJMS-2020) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm https://crianca.mppr.mp.br/pagina-1267.html http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 12 (TJAC-2019-VUNESP): Com relação à assistência médica prestada pelo Sistema Único de Saúde para prevenção de enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, é correto afirmar que a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes será promovida de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança. BL: art. 14, §2º, ECA. § 3o A ATENÇÃO ODONTOLÓ GICA À CRIANÇA TERÁ função educativa protetiva e SERÁ PRESTADA, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de ACONSELHAMENTO PRÉ-NATAL, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, COM ORIENTAÇÕES sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (TJAC-2019) (MPPR-2021) (MPPR-2021): Nos termos do ECA, assinale a alternativa correta: A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal. BL: art. 14, §3º, ECA. § 4o A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 5º É OBRIGATÓ RIA a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído COM A FINALIDADE de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o SEU DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO. (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017) (TJAC-2019) (MPSC-2019) (TJGO-2021) (PCPA-2021) Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. (MPMG-2010) (DPEBA-2010) (MPAL-2012) (TJRN-2013) (MPDFT-2015) (TJPR-2019) Art. 16. O DIREITO À LIBERDADE COMPREENDE os seguintes aspectos: (MPES-2010) (TJPR- 2011) (TJGO-2012) (MPAL-2012) (TJRN-2013) (TJSC-2013) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (MPPR-2016) (TJMSP-2016) (MPMT-2019) (MPSP-2017/2022) I - IR, VIR e ESTAR nos logradouros públicos e espaços comunitários, RESSALVADAS as restrições legais; (TJPR-2011) (TJGO-2012) (TJRN-2013) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (MPPR-2016) (TJMSP-2016) II - opinião e expressão; (TJPR-2011) (TJGO-2012) (MPAL-2012) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (MPPR-2016) (MPSP-2022) III - crença e culto religioso; (TJPR-2011) (TJGO-2012) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (TJMSP-2016) (MPPR-2016) (MPSP-2022) IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; (TJPR-2011) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (MPPR-2016) (MPMT-2019) (MPSP-2017/2022) V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; (TJPR-2011) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (MPPR-2016) (MPSP-2022) VI - participar da vida política, na forma da lei; (MPES-2010) (TJPR-2011) (TRT22-2013) (DPEGO- 2014) (TJMSP-2016) (MPPR-2016) (MPMT-2019) VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. (TJPR-2011) (DPESE-2012) (TRT22-2013) (DPEGO-2014) (MPPR-2016) (MPSP-2017) (MPMT-2019) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13438.htm13 (MPSP-2017): A CF/1988 impôs ao legislador infraconstitucional o dever de tratar a criança e o adolescente como sujeitos de direito – e não mais como mero objeto de intervenção do mundo adulto. Nessa linha, o ECA, em seu Título II, especificou direitos denominados fundamentais de infantes e jovens. Em tal contexto, atribuiu às crianças e aos adolescentes direitos de defesa mesmo em face dos adultos a quem o ordenamento jurídico os subordina. Dentre tais direitos, encontra-se o de defesa da integridade físico-psíquica e moral, na sua faceta de proteção aos direitos de fruir e de desenvolver a própria personalidade, de defender-se de agressões comprometedoras de sua condição de pessoa em face de desenvolvimento, especificamente quando as iniciativas nefastas partam de pessoas a quem a lei impôs o dever de, direta e rotineiramente, protegê-los contra os ataques dos demais membros do grupo social, devendo ser- lhes prestado, para tanto, o suporte necessário. Tal contextualização correspondente ao direito de liberdade de. BL: art. 16, VII, ECA. Art. 17. O DIREITO AO RESPEITO CONSISTE na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, ABRANGENDO a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. (TJRN-2013) (MPSC-2013) (MPAC-2014) (MPDFT-2015) (MPPR-2016) (TRT1-2016) (TJMSP-2016) (MPMT-2019) (MPSP- 2015/2017/2022) (TJMSP-2016-VUNESP): Nos termos preconizados pela Lei 8.069/90, a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. E, ainda, estabelece que o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente. BL: art. 17, ECA. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. (TRT22-2013) (DPEPE-2018) Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEPA-2015) (DPEES-2016) (TRT1-2016) A Lei 13.010/2014 prevê que as crianças e os adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de: • castigo físico ou • de tratamento cruel ou degradante. Quem deverá respeitar esse direito? • os pais • os integrantes da família ampliada (exs: padrasto, madrasta); • os responsáveis (ex: tutor); • os agentes públicos executores de medidas socioeducativas (ex: funcionários dos centros de internação); • qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los (exs: babás, professores). O que é considerado “castigo físico” para os fins desta Lei? Castigo físico é a ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física que cause na criança ou adolescente: a) sofrimento físico ou; b) lesão. O que é considerado “tratamento cruel ou degradante” para os fins desta Lei? Tratamento cruel ou degradante é aquele que: a) humilha, b) ameaça gravemente ou, c) ridiculariza a criança ou o adolescente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm 14 O que acontece com quem utilizar de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como forma de educação contra a criança ou adolescente? Os infratores estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; V - advertência. OBS: As medidas acima previstas serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, CONSIDERA-SE: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - CASTIGO FÍSICO: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que RESULTE em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (MPPI- 2019) (DPEDF-2019) (TJPA-2019-CESPE): O pai que usa de força física contra seu filho menor de idade para discipliná- lo incide no que o ECA denomina: castigo físico. BL: art. 18-A, § único, I, ECA. a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEDF-2019) (MPRR-2017-CESPE): Segundo o ECA, “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.” Nesse sentido, entende-se por castigo físico a ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente e que lhes cause sofrimento físico ou lesão. BL: art. 18-A, § único, I, ECA. (DPEES-2016-FCC): Na perspectiva de conceituar adequadamente as situações de violência contra a criança e o adolescente, o ECA, definiu, expressamente castigo físico como a ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força sobre a criança ou adolescente que resulte em sofrimento físico ou lesão. BL: art. 18-A, § único, I, ECA. II - TRATAMENTO CRUEL ou DEGRADANTE: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEES-2016) (TRT1-2016) a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEES-2016) (MPPI-2019-CESPE): De acordo com o ECA, considera-se uma forma de tratamento cruel ou degradante a humilhação. BL: art. 18-A, § único, II, “a”, ECA. b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEES-2016) c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEES-2016) (TRT1-2016) (DPEDF-2019-CESPE): “Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o atendeu comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima de castigo físico praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício haviam lesionado os braços do garoto, mediante emprego http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm 15 de pedaço de madeira, em razão de ele ter se recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os encaminhou para tratamento psicológico.” Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, de acordo com o ECA (Lei 8.069/90): O ECA faz distinção entre castigo físico e tratamento cruel ou degradante e, nos termos desse Estatuto, a lesão sofrida por Maurício não é considerada tratamentocruel ou degradante. BL: art. 18-A, § único, I e II, ECA. (MPRR-2017-CESPE): Segundo o ECA, “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.” Nesse sentido, entende-se por tratamento cruel ou degradante a conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que lhes humilhe, ameace gravemente ou ridicularize. BL: art. 18-A, § único, II, ECA. (TJGO-2015-FCC): De acordo com o ECA, considera-se tratamento cruel ou degradante dispensado à criança aquele que a humilhe, ameace gravemente ou a ridicularize. BL: art. 18-A, II do ECA. Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPERN-2015) (DPERO-2017) (DPESC-2017) I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPERN-2015) (DPERO-2017) (DPESC-2017) (TJAL-2015-FCC): Como resultado do debate sobre a chamada "Lei da Palmada", com o escopo de ampliar a proteção do direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante, passou o ECA e/ou outras leis correlatas a sujeitar os pais que utilizarem castigo físico como forma de correção ou disciplina de filhos crianças ou adolescentes à medida de encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico, a qual será aplicada pelo Conselho Tutelar. BL: art. 18-B, II, § único do ECA. III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPEDF-2019) VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) (DPERO-2017) (DPESC-2017) (DPEDF-2019) Capítulo III http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm 16 Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária Seção I Disposições Gerais Art. 19. É direito da criança e do adolescente SER CRIADO e EDUCADO no seio de sua família e, EXCEPCIONALMENTE, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (MPGO-2016) (TJMSP-2016) (DPEBA-2016) (DPEAL-2017) (DPERO-2017) (TJMG-2018) (TJAC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) Direito à Convivência Familiar Preferência Família natural Exceção Família Substituta Programa de acolhimento Excepcional e pelo mínimo tempo necessário (MPRR-2017-CESPE): Com base na legislação relativa às crianças e aos adolescentes, julgue o item que se segue: A criança e o adolescente têm o direito de ser criados em suas famílias naturais, embora, em determinados momentos, possa ser necessária sua colocação em família substituta. BL: art. 19, ECA. § 1o § 1o Toda criança ou adolescente que ESTIVER INSERIDO em PROGRAMA DE ACOLHIMENTO FAMILIAR ou INSTITUCIONAL TERÁ sua situação reavaliada, no máximo, A CADA 3 (TRÊS) MESES, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAL-2017) (DPEPR-2017) (DPERO-2017) (DPESC-2017) (DPERS-2018) (MPGO-2019) (TJMS-2020) (DPEBA-2021) (DPERJ-2021) (TJMG-2018/2022) (MPMG-2018): Assinale a alternativa CORRETA: Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses. BL: art. 19, §1º, ECA. § 2o A permanência da criança e do adolescente em PROGRAMA DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL NÃO SE PROLONGARÁ por mais de 18 (dezoito meses), SALVO COMPROVADA necessidade que ATENDA ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) (TJSC-2017) (MPPR-2017) (TJMG-2018) (PCPA- 2021) (Cartórios/TJMS-2021) (MPSC-2019): Segundo a redação do ECA, a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. BL: art. 19, §2º, ECA. ##Atenção: art. 19, §§1º e 2º do ECA: Programa de acolhimento: Reavaliação a cada 3 meses, no máximo; Prazo limite 18 meses, excepcionalmente no interesse da criança ou adolescente. (MPMS-2018): Assinale a alternativa correta, referente ao ECA: A permanência de criança e adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. BL: art. 19, §2º, ECA. § 3o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPEAL- 2017) (TJMS-2020) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 17 § 4o SERÁ GARANTIDA a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai PRIVADO DE LIBERDADE, por meio de visitas periódicas PROMOVIDAS pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, INDEPENDENTEMENTE de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) (MPAM-2015) (DPEPE-2015) (DPESP-2015) (MPRO-2017) (MPRS-2017) (DPERO-2017) (TJMG-2018) (MPPR-2017/2021) (MPRS-2021):Considerando o direito à Convivência Familiar, assinale a alternativa correta: Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial. BL: art. 19, §4º, ECA. ##Atenção: A Lei 12.962/2014 determinou que a pessoa que ficar responsável pela criança ou adolescente deverá, periodicamente, levar esse menor para visitar a mãe ou o pai na unidade prisional ou outro centro de internação. § 5o SERÁ GARANTIDA a convivência integral da criança com a mãe adolescente que ESTIVER em ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (TJMG-2018-Consulplan): Considerando o disposto no ECA sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, analise a afirmativa a seguir: A convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional será devidamente garantida. BL: art. 19, §5º, ECA. § 6o A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A adolescente em acolhimento institucional terá garantida a convivência integral com seu filho, inclusive com acompanhamento multidisciplinar. BL: art. 19, §§5º e 6º, ECA. Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, ANTES ou LOGO APÓ S O NASCIMENTO, SERÁ ENCAMINHADA à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (TJRS-2018) (DPEAP-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPERR-2021) (DPESC-2021) (TJAP-2022) § 1o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAP-2018) § 2o De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento da gestante ou mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAP-2018) § 3o A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAP-2018) § 4o Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPERR-2021) (DPESC-2021) § 5o Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAP-2018) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12962.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm 18 § 6o Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPESC-2021) § 7o Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) § 8o Na hipótese de DESISTÊNCIA PELOS GENITORES - manifestada em audiência ou perante a equipe interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança SERÁ MANTIDA com os genitores, e SERÁ DETERMINADO pela Justiça da Infância e da Juventude o ACOMPANHAMENTO FAMILIAR pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (TJRS-2018) (DPEAP-2018) (TJMS-2020) ##Atenção: ##Não Confundir: ##TJMS-2020: ##FCC: ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR (art. 13, §2º, ECA): em casos de VIOLENCIA DOMÉSTICA a crianças na fase da primeira infância (suspeita ou confirmação). ACOMPANHAMENTO FAMILIAR (art. 19-A, §8º, ECA): em casos de DESISTENCIA dos genitores da ENTREGA de criança após o nascimento, pelo prazo de 180 dias. § 9o É GARANTIDO à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) (DPEAP-2018-FCC): Manifestando a mãe interesse em entregar seu filho para adoção, segundo dispõe o ECA, é garantido a ela o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o direito do adotado em conhecer sua origem biológica. BL: art. 19-A c/c art. 48, ECA. § 10. SERÃO CADASTRADOS PARA ADOÇÃO recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPERJ-2021) (DPESC-2021) Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar PODERÃO PARTICIPAR de PROGRAMA DE APADRINHAMENTO. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (MPMS-2018) (DPEAM-2018) (DPEMA-2018) (PGM-João Pessoa/SP-2018) (MPGO-2019) (DPEBA-2021) § 1o O APADRINHAMENTO CONSISTE em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição PARA FINS DE convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAM-2018) (DPEMA-2018) (PGM-João Pessoa/SP- 2018) (MPGO-2019) § 2o PODEM SER PADRINHOS ou MADRINHAS pessoas maiores de 18 (dezoito) anos NÃO INSCRITAS nos cadastros de adoção, DESDE QUE CUMPRAM os requisitos exigidos pelo PROGRAMA DE APADRINHAMENTO de que fazem parte. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (MPMS- 2018) (DPEAM-2018) (DPEMA-2018) (TJRO-2019) (MPPR-2021) (DPEBA-2021) (TJRO-2019-VUNESP): O apadrinhamento de crianças ou adolescentes acolhidos institucionalmente consiste em estabelecer e proporcionar a eles vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaborar com o seu desenvolvimento nos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm 19 aspectos social, moral, físico, cognitivo e financeiro. A respeito do apadrinhamento de crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente, nos termos do art. 19-B do ECA, é correto afirmar: Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos de idade não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte, não havendo exigência legal expressa no ECA de que residam na mesma Comarca que a criança ou adolescente. BL: art. 19-B, §2º, ECA. ##Atenção: ##TJRO-2019: ##VUNESP: De fato, o ECA não exige residência dos padrinhos e madrinhas na mesma comarca da criança ou do adolescente. Além disso, para serem padrinhos ou madrinhas, é necessário não estarem inscritos nos cadastros de adoção. (MPPI-2019-CESPE): A respeito da colocação de criança ou adolescente em família substituta, julgue o item seguinte: Pode ser padrinho ou madrinha pessoa maior de dezoito anos não inscrita nos cadastros de adoção, desde que cumpra os requisitos do programa de apadrinhamento de que faz parte. BL: art. 19-B, §2º, ECA. § 3o PESSOAS JURÍDICAS PODEM APADRINHAR criança ou adolescente A FIM DE COLABORAR para o seu desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (MPMS-2018) (DPEAM -2018) (MPGO-2019) (MPPR-2021) (MPRS-2021) (DPEBA-2021) (MPGO-2019): Com relação do direito à convivência familiar e comunitária da criança e do adolescente, é correto afirmar: A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamento, que consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro. Pessoa jurídica poderá apadrinhar criança ou adolescente, a fim de colaborar para seu desenvolvimento. BL: art. 19-B, caput e §§1ºe 3º, ECA. § 4o O PERFIL da criança ou do adolescente A SER APADRINHADO SERÁ DEFINIDO no âmbito de cada programa de apadrinhamento, COM PRIORIDADE para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAM-2018) (TJRO-2019) (MPPR-2021) (DPEBA-2021) (DPEBA-2021-FCC): Do programa de apadrinhamento, conforme previsto no ECA, devem participar, prioritariamente, crianças com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família substituta. BL: art. 19-B, §4º, ECA. ##Atenção: ##TJRO-2019: ##VUNESP: No ECA não há idade mínima para a criança/adolescente ser apadrinhado. § 5o Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (DPEAM-2018) (MPPR-2021) § 6o Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento DEVERÃO imediatamente NOTIFICAR a autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPR-2021) (PGM-João Pessoa/PB-2018-CESPE): Caso ocorram violações às regras de apadrinhamento de criança e adolescente, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar o fato à autoridade judiciária competente. BL: art. 19-B, §6º, ECA. ##Atenção: ##DPEBA-2021: ##FCC: Apadrinhamento Financeiro X Apadrinhamento Material: “Apadrinhamento Financeiro” consiste em uma contribuição econômica para atender às necessidades de uma criança ou adolescente acolhido, sem necessariamente criar http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm 20 vínculos afetivos. Há algumas variantes do apadrinhamento financeiro. No “Apadrinhamento de Serviços”, por exemplo, os interessados realizam serviços na instituição ou fora dela, voltados à cultura, lazer, educação, saúde ou formação profissional das crianças e adolescentes, inerentes à sua profissão, ofício ou talento. Já o “Apadrinhamento Material” é indicado para pessoa física e/ou jurídica que queira contribuir com recursos materiais, objetos, equipamentos, utensílios móveis, entre outros. (Fonte: https://w w w .tjsp.jus.br/ApadrinhamentoAfetivo). Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. (TJGO- 2012) Art. 21. O PODER FAMILIAR SERÁ EXERCIDO, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, RECORRER à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) (TJSC-2009) (DPEBA-2010) (DPESE- 2012) (DPEPE-2018) Art. 22. AOS PAIS INCUMBE o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, CABENDO-LHES ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. (TJSC-2009) (DPEMA-2011) (TJMG-2012) (TJPI-2012) (DPESE-2012) (TJPR- 2014) (DPEBA-2016) (MPPR-2017) (DPEPE-2018) (TJES-2011-CESPE): O art. 229 da CF dispõe que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores. A respeito desse assunto, assinale a opção correta: O ECA acrescenta ao rol de deveres dos pais o dever de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. BL: art. 22, ECA. Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, DEVENDO SER RESGUARDADO o DIREITO DE TRANSMISSÃO FAMILIAR de suas crenças e culturas, ASSEGURADOS os direitos da criança estabelecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (MPPR-2017) (DPEPE-2018) (TJSP-2017-VUNESP): Assinale a opção que não constitui causa para possível perda do poder familiar: A doutrinação da criança ou adolescente segundo a crença religiosa e os valores morais dos genitores. Art. 23. A FALTA ou a CARÊNCIA DE RECURSOS MATERIAIS NÃO CONSTITUI motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) (DPEMA-2011) (TJMG-2012) (TJMS-2012) (TJGO-2012) (TJDFT-2012) (MPRJ-2012) (DPERO-2012) (PCMA-2012) (TJMA-2013) (MPES-2013) (DPETO-2013) (TJPR-2014) (MPMG-2014) (MPDFT-2015) (DPEPA-2015) (DPEBA-2016) (TRT1-2016) (TJSC-2009/2017) (MPRO-2010/2017) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TJRS-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMS-2021) § 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual DEVERÁ obrigatoriamente SER INCLUÍDA em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) (DPEPE-2018-CESPE): A respeito do poder familiar dos pais, assinale a opção correta: A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar; nesse caso, a família deverá ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção. BL: art. 23, caput e §1º, ECA. § 2º A condenação criminal do pai ou da mãe NÃO IMPLICARÁ a destituição do poder familiar, EXCETO na hipótese de condenação por crime doloso sujeito
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