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LUIZ ROTTA_TCC II

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 
LUIZ GUILHERME ROTTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DO EMPREENDEDOR NA ECONOMIA ATUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba 
2018
1 
 
LUIZ GUILHERME ROTTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao 
Curso de Graduação em Ciências 
Econômicas em Curitiba, da Universidade 
do Sul de Santa Catarina, como requisito 
parcial para obtenção do título de 
Bacharel. 
 
 
Orientador: Prof. João Antolino Monteiro, Msc. 
 
 
 
Curitiba 
2018 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 3 
1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 3 
1.2 OBJETIVOS 4 
1.2.1 Objetivo geral 5 
1.2.2 Objetivos específicos 5 
1.3 JUSTIFICATIVA 5 
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 6 
1.5 APRESENTAÇÃO 6 
2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SCHUMPETER 6 
2.1 EMPREENDEDORISMO 9 
2.2 EMPREENDEDOR 12 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 15 
REFERÊNCIAS 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de 
bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume 
ou lei), daí “regras da casa” (lar). Estuda as formas de comportamento humano 
resultantes da relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis 
para satisfazê-las. Essa ciência está intimamente ligada à política das nações e à vida 
das pessoas, sua função é explicar como funcionam os sistemas econômicos e as 
relações dos agentes econômicos, propondo soluções para os problemas existentes. 
 A ciência econômica está sempre analisando os principais problemas 
econômicos: o que produzir, quando produzir, em que quantidade produzir e para 
quem produzir. Cada vez mais, essa ciência é aplicada a campos que envolvem 
pessoas em decisões sociais, como os campos religioso, industrial, educação, 
política, saúde, instituições sociais, guerra, etc. De Adam Smith e a fundação da 
economia clássica à necessidade de rever conceitos e paradigmas econômicos por 
conta das crises mundiais, este projeto de pesquisa tem a finalidade de expor e 
descrever o papel do empreendedor na economia atual e sua importância social com 
base principal na Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter. 
 
1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 
 
Empreendedorismo: importância econômica e social 
 
Um novo tipo de economia, que derruba o paradigma antigo o da economia 
convencional, está emergindo agora. Em vez de analisar o ideal do homem econômico 
racional, ela considera o comportamento de pessoas reais que estão integradas em 
redes dinâmicas não lineares. Como destaque, a nova economia coloca a economia 
humana em seu contexto mais amplo como parte do sistema global que ao invés de 
ver a economia como uma competição entre indivíduos desligados por recursos 
escassos, ela também considera os valores da conexão e da sustentabilidade. Neste 
contexto entra o empreendedor que busca através da inovação de produtos e de 
processos de produção o desenvolvimento econômico. 
 
 
4 
 
Considerando que o empreendedorismo desempenha um papel complementar 
ao emprego, surgem novas oportunidades de trabalho e diversas opiniões apontam 
para um novo modelo em que o capital humano deverá constituir-se numa força de 
criatividade e dinamismo. 
 O fenômeno do empreendedorismo é de uma importância imprescindível para 
o desenvolvimento econômico já que o surgimento de novas empresas acarreta a 
geração de novos empregos. Além do mais elas também geram uma serie de valores 
que tem impacto no âmbito social, como por exemplo, as ações de responsabilidade 
social. O empreendedorismo é diretamente responsável por produzir as riquezas de 
um país. Porém, as atitudes empreendedoras também podem produzir bem-estar 
social apresentando solução para muitas mazelas, já que o conceito de 
empreendedorismo é muito mais amplo que a simples ideia de abrir um negócio. 
Atitudes empreendedoras podem estar ligadas à ideia de encontrar soluções para 
problemas de uma sociedade. Essas atitudes podem partir tanto das empresas 
através de suas políticas de responsabilidade social quanto da sociedade civil com a 
criação de instituições com objetivos sociais. 
Com isso temos que buscar entender qual o papel do empreendedor 
levantando as seguintes questões: qual a importância do empreendedor e qual a sua 
contribuição para a Economia atual? Pode-se dizer que ele é o responsável pelo 
crescimento econômico e pelo desenvolvimento social? 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
Tomando como base o problema de pesquisa, apresentam-se, na sequência, 
os objetivos a serem alcançados no trabalho de conclusão de curso. 
 
 
1.2.1 Objetivo geral 
 
O objetivo geral do trabalho de conclusão de curso é verificar através da 
pesquisa bibliográfica o papel do empreendedor na economia atual, respondendo às 
questões propostas no tema a partir de teorias publicadas em diversos tipos de fontes. 
 
 
5 
 
1.2.2 Objetivos específicos 
 
De forma a atingir e complementar o objetivo geral, apresentam-se alguns 
objetivos específicos a serem alcançados no decorrer do trabalho: 
- Definir/ conceituar a teoria do Desenvolvimento Econômico de 
Schumpeter para melhor entendimento; 
- Definir/ conceituar empreendedorismo; 
- Definir/ conceituar empreendedor; 
- Descrever e informar o panorama da economia atual e qual o papel do 
empreendedor nesse cenário; 
- Descrever como se dá o crescimento econômico e o desenvolvimento 
social. 
 
 1.3 JUSTIFICATIVA 
A execução do tema proposto tem como finalidade demonstrar a importância 
de que empreendedorismo tem para o desenvolvimento econômico e social do país. 
E também para o esclarecimento daqueles que buscam o conhecimento na área para 
a implantação do próprio negócio ou da atividade pró-ativa do funcionário que trabalha 
em busca da melhor solução. Os conceitos que acercam o tema servirão como base 
para compreensão de que o empreendedorismo se faz quase de forma individual, 
adequando-se a cada nova situação. 
 
 
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
A metodologia de pesquisa que será utilizada é a de pesquisa bibliográfica, 
explicará o problema a partir das teorias publicadas em diversos tipos de fontes: livros, 
artigos, manuais, enciclopédias e meios eletrônicos. Será dedutiva, ou seja, partirá de 
leis gerais para a compreensão de questões locais ou pontuais e qualitativa com 
anotações de acordo com o que os autores falaram nas publicações adotadas. Serão 
apresentados os conceitos centrais da pesquisa com base no que outros autores 
dizem. 
 
 
6 
 
A partir das leituras das obras escolhidas será feito um resumo com 
fichamentos para utilização ou não no trabalho. Com a revisão de literatura, 
absorvendo e comentando o que diversos autores falam a respeito do assunto. 
Podendo, dessa forma, corroborar ou desmentir o pressuposto que gerou a pesquisa. 
 
1.5 APRESENTAÇÃO 
 
 Nos capítulos subsequentes serão apresentados os estudos do tema 
proposto. No capítulo – A teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter – 
teremos uma descrição da funcionalidade da obra e como a sua teoria corrobora a 
indicativa deste trabalho, sendo o mote dos estudos aqui precedidos. Também serão 
apresentados os conceitos de Empreendedorismo e de Empreendedor e todas as 
contribuições teóricas acerca desses conceitos. Em considerações finais, conclusão, 
a reflexão se dará sobre o andamento da pesquisa, neste cenário, todas as ideias 
acerca do assunto serão revistas para dar o fechamento na proposta do papel do 
Empreendedor na Economia Atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SCHUMPETER 
 
 (...) o novo é apenas o fruto de nossa imaginação. Levar a cabo um plano 
novo e agir de acordo com um plano habitual são coisas tão diferentes 
quanto fazer uma estrada e caminhar por ela(Schumpeter). 
 
Joseph Alois Schumpeter, em seu livro "Teoria do Desenvolvimento 
Econômico" (1934), defende um pensamento bem particular sobre o que ele chamou 
de "fenômeno fundamental" do desenvolvimento. Procurando desviar-se da simples 
história econômica e da parte estática da teoria, a saber o fluxo circular, Schumpeter 
relacionou o processo de desenvolvimento econômico a mudanças endógenas e 
descontínuas na produção de bens e serviços. Em sua análise, destaca-se a figura do 
empreendedor - empresário schumpeteriano - como agente fundamental do processo 
de desenvolvimento econômico. “Inovação” foi a palavra usada por Schumpeter para 
descrever uma série de novidades que podem ser introduzidas no sistema econômico 
e que alteram substancialmente as relações entre produtores e consumidores, sendo 
o elemento fundamental para o desenvolvimento econômico. 
Na “Teoria do Desenvolvimento Econômico” (TDE), Schumpeter faz uma 
enfática distinção entre invenção e inovação. Para o autor, a invenção é a criação de 
um novo artefato que pode ou não ter relevância econômica. A invenção só se torna 
uma inovação se for transformada em uma mercadoria ou em uma nova forma de 
produzir mercadoria, e que seja explorada economicamente. Em sua teoria dois 
elementos são imprescindíveis para se dar a inovação: o empresário e o crédito. 
Enquanto o primeiro é o agente transformador, ou seja, aquele que realiza as novas 
combinações, o segundo é o meio pelo qual obtêm-se os recursos financeiros para 
adiantar o pagamento dos fatores de produção em uma economia em equilíbrio. 
Inovando, o empreendedor oferece novos produtos, produtos de melhor qualidade, ou 
a custos reduzidos, isso lhe permite ter lucros mais elevados do que os concorrentes. 
As expectativas de lucros “extraordinários” é o incentivo para inovar e a inovação é o 
que impulsiona o desenvolvimento econômico, ou seja, é a constante introdução de 
inovações que alavanca a economia. 
O impulso do desenvolvimento, pela conceituação de Schumpeter engloba 
cinco casos: 
 
 
8 
 
1) Introdução de um novo bem – ou seja, um bem com que os consumidores 
ainda não estiverem familiarizados – ou de uma nova qualidade de um bem. 
2) Introdução de um novo método de produção, ou seja, um método que 
ainda não tenha sido testado pela experiência no ramo próprio da indústria 
de transformação, que de modo algum precisa ser baseada numa 
descoberta cientificamente nova, e pode consistir também em nova maneira 
de manejar comercialmente uma mercadoria. 3) Abertura de um novo 
mercado, ou seja, de um mercado em que o ramo particular da indústria de 
transformação do país em questão não tenha ainda entrado, quer esse 
mercado ter existido antes ou não. 4) Conquista de uma nova fonte de oferta 
de matérias primas ou de bens semimanufaturados, mais uma vez 
independentemente do fato de que essa fonte já existia ou teve que ser 
criada. 5) Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, 
como a criação de uma posição de monopólio (por exemplo, pela 
trustificação) ou a fragmentação de uma posição de monopólio (1982 – p. 
48). 
 
Com essas combinações de recursos que engloba o alavancar do 
desenvolvimento, o autor faz uma enfática observação, de que as mudanças 
proporcionadas têm que ser descontinuas e espontâneas, para que ocorram 
revoluções produtivas no fluxo circular do sistema e para que haja um novo estágio 
para o crescimento econômico. As novas combinações podem ser chamadas de 
empreendimento e todo aquele que dirige processo é o empresário - ou 
empreendedor. 
No capitalismo competitivo, o inovador é o empresário individual (TDE). O 
empreendedor é aquela pessoa que realiza novas combinações, reúne os fatores de 
produção para a criação do novo – nova empresa, novo produto, novo processo 
produtivo. Mas sem invenção prévia a ação não é possível. Para Schumpeter o todo 
processo concreto de desenvolvimento repousa finalmente sobre o desenvolvimento 
precedente. Com isso pode-se afirmar que, para ele, todo o processo de 
desenvolvimento cria pré-requisitos para o seguinte, portanto para haver o equilíbrio 
econômico, especialmente numa economia de concorrências, deve-se respeitar o 
ciclo de negócios. Produtos ou métodos antigos de produção tem que coexistir para 
que a economia caminhe a um novo ciclo e que este se repita com a introdução de 
inovações subsequentes. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.1 EMPREENDEDORISMO 
 
O conceito de empreendedorismo 
 
O conceito surgiu no século XVII na França como entreprenuer. Contudo, só 
chegou no Brasil nos anos 90. Neste tempo a expansão do empreendedorismo no 
Brasil se deu com a abertura econômica, que propiciou o crescimento da produtividade 
e concorrência no mercado. Apesar da demora para chegar até aqui, a quantidade de 
novos empreendedores ultrapassa os 5 milhões que geram emprego e movimentam 
a economia no país. No portal “eu sou empreendedor” (2018) pode-se verificar o 
caminho do empreendedorismo no Brasil, tem-se uma breve descrição, uma linha do 
tempo, na qual relata a evolução de como aconteceram os fatos desse novo conceito: 
- 1852 - primeira ferrovia do Brasil, de Petrópolis ao Rio de Janeiro. Este fato merece 
atenção por conta de quem realizou o empreendimento: Irineu Evangelista de Sousa, 
o Barão de Mauá, empreendedor nato, que foi responsável pela ampliação e 
construção de diversas obras importantes para o país; 
- 1987 - criação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de 
Empreendimentos Inovadores – Anprotec, que apoia e incentiva inovação nos 
empreendimentos; 
- 1990 - ascensão do empreendedorismo no Brasil com a abertura econômica e 
criação do Sebrae para apoiar e qualificar empreendedores; 
- 1993 - criação do Programa Empretec, desenvolvido pela ONU com o objetivo de 
fomentar o empreendedorismo e educar por meio de seminários e cursos; 
- 1999 e 2002 - lançamento do Programa Brasil Empreendedor do Governo Federal 
para milhões de empreendedores em todo país; 
- 2003 - lançamento do projeto Pedagogia Empreendedora em 129 cidades destinado 
a alunos e professores; 
- 2006 - estabelecimento do o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de 
Pequeno Porte; 
- 2007 - formação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização 
de Empresas e Negócios (Redesim) visando simplificar a maneira de legalizar uma 
empresa; 
 
 
10 
 
- 2008 - fundação da figura do Microempreendedor Individual – MEI; 
- 2010 - pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) aponta que Brasil é o 
maior na Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA); 
- 2015 - maior taxa de empreendedorismo: 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos. 
De acordo com o Sebrae, 52 milhões de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos 
estavam envolvidos na criação ou na manutenção de algum negócio; 
- 2016 - lançamento do primeiro Censo Brasileiro das Startups, pesquisa realizada 
para levantar dados sobre a expansão desta modalidade de negócio; 
- 2017- lançamento do projeto Jovem Empreendedor Primeiros Passos (JEPP), no 
qual ensina empreendedorismo nas escolas. 
Com essa cronologia, tem-se uma verificação de fatos, de como o 
empreendedorismo evoluiu no país e a real importância que hoje tem-se na economia 
brasileira. Que dos anos 90 até hoje o salto foi grande e devido às evoluções 
tecnológicas e aos ciclos de recessão mundial, as grandes empresas vem reduzindo 
drasticamente seus quadros de empregados e o empreendedorismo tem se mostrado 
como uma ótima forma de reinserir pessoas no mercado de trabalho, além de criar 
oportunidades para muitos que chegam todos os dias à idade produtiva. 
Para Fernando Dolabela (2015, p.33), hoje, empreendedorismo é uma palavra 
conhecida de todos e uma ideia aceita pela maioria, mas, quando surgiu, houve uma 
grande dificuldade em mostrar que não se tratava de mais um modismo. Segundo ele 
o empreendedorismo nasceu quandoo espirito humano empregou sua criatividade 
para melhorar as relações com o outro e com a natureza. 
Já para José Dornelas em sua obra “Empreendedorismo - transformando ideias 
em negócios (2018)”, empreendedorismo pode ser definido como o envolvimento de 
pessoas e processos, que, em conjunto levam à transformação de ideias em 
oportunidades (p, 29). 
Os conceitos nos levam a ter panorama de que a implementação destas ideias 
levam a criação de novos negócios que inspiram uma posição de oportunidade de 
ordem econômica pela introdução de novos produtos e serviços. É reconhecido que 
uma série de condições ambientais afeta três componentes principais do 
empreendedorismo – atitudes, atividades e aspirações, e que essa combinação 
dinâmica produz uma nova atividade, econômica e socialmente importante, gerando 
 
 
11 
 
empregos e riqueza. Sendo assim, empreendedorismo é o ato de empreender, ou 
seja, fazer algo novo e diferente dentro de um mercado, de uma empresa ou para a 
sociedade. No mundo dos negócios, o termo se refere à busca por novas 
oportunidades por meio da criatividade e da inovação. No entanto, a definição formal 
de empreendedorismo pressupõe colocar em prática uma ideia nova, oferecendo um 
serviço ou produto inédito ou adotando uma nova maneira de fazer algo que já existe. 
Para ser um verdadeiro empreendedor, portanto, é preciso ser, de certa forma, 
pioneiro. 
O surgimento do empreendedorismo se deu ao ato de aproveitar oportunidades 
por meio da inovação e sendo quase tão antigo quanto a humanidade, o uso da 
expressão empreendedorismo tem suas raízes na obra do economista austríaco 
Joseph A. Schumpeter, com a publicação do livro “Capitalismo, socialismo e 
democracia”, em 1942. 
Schumpeter usou o termo empreendedor para denominar o agente responsável 
pelo processo de destruição criativa que ele considerava a essência do capitalismo. A 
destruição criativa é o processo de substituição de velhos produtos, empresas e 
práticas, que se tornam obsoletos e deixam de existir diante das inovações do 
mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 2.2 EMPREENDEDOR 
 
Conceito de Empreendedor 
 
 O empreendedor é o elemento chave para o desenvolvimento/crescimento da 
economia, sendo ele, o elo para a transformação de uma ideia em inovação. É ele que 
torna possível os grandes saltos da economia, e também quebra a recessão dos ciclos 
econômicos capitalistas. Por ser inquieto está sempre em busca de novos desafios 
para a sua realização, pode-se dizer que parte do seu processo de empreender é a 
auto-realização. Segundo Dolabela: 
 Pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados 
de realização pessoal. Por ser a exteriorização do que se passa no âmago 
de uma pessoa, e por receber o empreendedor com todas as suas 
características pessoais, a atividade empreendedora faz com que trabalho e 
prazer andem juntos. Talvez seja muito difícil encontrar um empreendedor 
que queria se aposentar ou que espere ansiosamente pelo fim de semana 
para se desvencilhar do trabalho. Não é raro encontrar empreendedores que 
tirem poucas férias (2008, p. 24). 
 
O termo empreendedor – do francês entrepeuner – significa aquele que assume 
riscos e começa algo novo. É a pessoa que inicia um negócio para realizar uma ideia 
ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades inovando continuamente. 
Segundo Idalberto Chiavenato (2006, p.3), o espírito empreendedor está presente em 
pessoas que estão focadas no que acontece a sua volta e essas pessoas têm 
sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar 
oportunidades. Para ele existem três características básicas que identificam o espírito 
empreendedor: 
- necessidade de realização – há uma correlação positiva entre a necessidade de 
realização e a atividade empreendedora, ou seja, os empreendedores apresentam 
elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população em geral; 
- disposição para assumir riscos - assume vários riscos, não só o financeiro, como 
também o de abandonar o emprego seguro com carreira para se dedicar ao próprio 
 
 
13 
 
negócio, além dos riscos familiares ao envolver a família nos negócios, e por fim o 
risco psicológico, pela possibilidade de fracasso; 
- autoconfiança – os empreendedores de sucesso são pessoas independentes que 
enxergam os problemas inerentes a um novo negócio, mas acreditam em suas 
habilidades para superar os problemas. 
Podemos identificar vários tipos de empreendedores, mas muitos se 
sobressaem por ter uma visão estratégica e também por serem criadores de soluções 
e inovações. Schumpeter amplia o conceito dizendo que o empreendedor é a pessoa 
que destrói a ordem econômica existente (TDE), graças à introdução no mercado de 
novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração 
de novos recursos, materiais e tecnologias. Com isso pode-se afirmar que os 
empreendedores de sucesso são visionários e sabem explorar ao máximo as 
oportunidades. Contribuindo assim para o desenvolvimento na área de atuação e 
utilizando os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social 
e econômico no qual está inserido. 
Para José Dornelas (2018), o processo empreendedor tem que ser estudado, 
pois a chamada nova economia, a era da internet, das startups e das redes sociais, é 
o contexto propício para a criação de novos negócios e o surgimento cada vez maior 
de empreendedores. Segundo Dornelas, a capacitação dos candidatos a 
empreendedor vem sendo prioridades em muitos países, inclusive no Brasil, pela 
crescente preocupação das escolas e universidades em incluir nos seus programas 
cursos e matérias específicas de empreendedorismo. Saber reconhecer e identificar 
oportunidades de negócios é, sem dúvida, uma das principais características dos 
grandes empreendedores, que ficam atentos a todas as situações ao seu redor, em 
busca de algo ou alguma ideia que possa lhes oferecer chances de lançar um novo 
produto ou serviço no mercado, que atenda, com excelência as necessidades de seu 
público-alvo. O fato é que o empreendedorismo finalmente tem sido tratado no Brasil 
com o grau de importância que lhe é devido, pois como exemplo do que ocorreu em 
países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde os empreendedores são os 
grandes propulsores da economia. O ensino dessa modalidade, refere-se à educação 
empreendedora, com exemplos e casos de sucesso nos quais o empreendedorismo 
 
 
14 
 
como disciplina, leva o profissional a agir e ter um instrumento de desenvolvimento 
econômico e social. 
Dolabela (2008) em denomina o ensino da modalidade como pratica, o termo 
oficina é uma metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em 
riqueza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O objetivo deste trabalho era o de fazer apontamentos acerca do papel do 
empreendedor no desenvolvimento econômico e de que maneira isso se comtempla. 
Pode-se verificar que com as combinações de fatores produtivos, partindo do 
pressuposto de um fluxo econômico capitalista circular, o quão é fundamental à 
atividade de empreender na economia atual. A sociedade geralmente apresenta 
reações ao surgimento de novidades, mas ao passo que evolui o novo passa ser atual 
e assim por diante. O empreendedor exerce o seu poder de liderança e iniciativa ao 
trazer consigo todo um setor produtivo, o que se apresenta como o motor do 
desenvolvimento econômico. 
No momento presente, não há um movimento predominante, mas as pesquisas 
indicam que o empreendedorismo, cada vez mais, contribuirá para uma nova forma 
de se fazerem negócios no mundo. O papel do empreendedor foi sempre fundamental 
na sociedade e com o avanço tecnológico requer um número maior de 
empreendedores. A economia e os meios de produçãoe serviços também evoluíram 
e se sofisticaram, de forma que, hoje, na nova economia há a necessidade de se 
formalizarem conhecimentos que no passado eram apenas empíricos. O que reflete e 
enfatiza no empreendedorismo que surge muito mais como uma consequência da 
velocidade que acontecem as mudanças tecnológicas do que como modismo. A 
competição na economia também força os novos empresários a adotar estratégias 
diferentes para se manterem no mercado. São eles que estão eliminando barreiras 
comerciais e culturais, encurtando distâncias com a globalização criam novas relações 
de trabalho e novos empregos gerando riqueza para a sociedade, renovando assim 
os conceitos econômicos. 
Assim, visto que, a figura do empreendedor e o seu papel na nova economia, 
são de fundamental importância para que haja o desenvolvimento econômico de uma 
empresa, de uma cidade, de uma região. Também o papel social é importante, pois 
ser empreendedor requer muito esforço e dedicação e não é apenas uma opção de 
vida, mas sim uma missão de vida. O empreendedor não arrisca apenas o seu futuro, 
mas também o de todos aqueles que estão à sua volta, que trabalham para o seu 
sucesso e dependem de suas atitudes e decisões. São pessoas muito importantes 
 
 
16 
 
para a sociedade, ousam e não se contentam com a mesmice, e por mais que tenham 
sucesso não se dão por satisfeitos. Essa inquietude é o que leva a busca de novos 
empreendimentos, novas ideias e formas criativas de multiplicar o seu patrimônio, com 
isso impulsionam as grandes descobertas tecnológicas e consequentemente os 
grandes períodos de crescimento econômico, modificando o mundo em que vivemos. 
Salientar a importância dos empreendedores, que ao concentrarem esforços 
direcionados a superação dos desafios do mundo globalizado, desempenham um 
papel fundamental na melhora da qualidade de vida de toda uma sociedade. 
Com isso, hoje, estamos vivenciando um momento especial do 
empreendedorismo: ele tem sido reconhecido pelo seu valor como promotor de 
desenvolvimento econômico, capacidade de gerar empregos, criação de produtos 
inovadores que melhoram a vida das pessoas, atuando na busca de soluções para 
questões sociais e até mesmo pela sua inclusão em programas governamentais com 
o objetivo de conseguir fazer acontecer o desenvolvimento local e regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
REFERÊNCIAS 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito 
empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2006. 
DOLABELA, Fernando. Por dentro do universo empreendedor: lições essenciais 
para transformar a sua ideia em um negócio. São Paulo: Saraiva, 2015. 
______. Oficina do empreendedor. – Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 
DORNELAS, José. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. 7. ed. 
São Paulo: Empreende, 2018. 
Linha do tempo do empreendedorismo no Brasil. Disponível em: 
<https://eusouempreendedor.com/empreendedorismo-no-brasil/ >. Acesso em 11 
dez. 2018. 
O processo Empreendedor. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-processo-
mpreendedor >. Acesso em 11 dez. 218. 
SCHUMPETER, Joseph Alois. A Teoria do desenvolvimento econômico: uma 
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Tradução de Maria Silvia Possas. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril 
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SOUZA, Wagner Dantas de. Macroeconomia II: livro didático/Wagner Dantas de 
Souza; design instrucional Marcelo Tavares de Souza Campos. Palhoça: 
UnisulVirtual, 2012. p.51-59. 
 
https://eusouempreendedor.com/empreendedorismo-no-brasil/

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