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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA LUIZ GUILHERME ROTTA O PAPEL DO EMPREENDEDOR NA ECONOMIA ATUAL Curitiba 2018 1 LUIZ GUILHERME ROTTA TÍTULO Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Econômicas em Curitiba, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. João Antolino Monteiro, Msc. Curitiba 2018 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 3 1.2 OBJETIVOS 4 1.2.1 Objetivo geral 5 1.2.2 Objetivos específicos 5 1.3 JUSTIFICATIVA 5 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 6 1.5 APRESENTAÇÃO 6 2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SCHUMPETER 6 2.1 EMPREENDEDORISMO 9 2.2 EMPREENDEDOR 12 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 15 REFERÊNCIAS 16 3 1. INTRODUÇÃO Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí “regras da casa” (lar). Estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazê-las. Essa ciência está intimamente ligada à política das nações e à vida das pessoas, sua função é explicar como funcionam os sistemas econômicos e as relações dos agentes econômicos, propondo soluções para os problemas existentes. A ciência econômica está sempre analisando os principais problemas econômicos: o que produzir, quando produzir, em que quantidade produzir e para quem produzir. Cada vez mais, essa ciência é aplicada a campos que envolvem pessoas em decisões sociais, como os campos religioso, industrial, educação, política, saúde, instituições sociais, guerra, etc. De Adam Smith e a fundação da economia clássica à necessidade de rever conceitos e paradigmas econômicos por conta das crises mundiais, este projeto de pesquisa tem a finalidade de expor e descrever o papel do empreendedor na economia atual e sua importância social com base principal na Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter. 1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA Empreendedorismo: importância econômica e social Um novo tipo de economia, que derruba o paradigma antigo o da economia convencional, está emergindo agora. Em vez de analisar o ideal do homem econômico racional, ela considera o comportamento de pessoas reais que estão integradas em redes dinâmicas não lineares. Como destaque, a nova economia coloca a economia humana em seu contexto mais amplo como parte do sistema global que ao invés de ver a economia como uma competição entre indivíduos desligados por recursos escassos, ela também considera os valores da conexão e da sustentabilidade. Neste contexto entra o empreendedor que busca através da inovação de produtos e de processos de produção o desenvolvimento econômico. 4 Considerando que o empreendedorismo desempenha um papel complementar ao emprego, surgem novas oportunidades de trabalho e diversas opiniões apontam para um novo modelo em que o capital humano deverá constituir-se numa força de criatividade e dinamismo. O fenômeno do empreendedorismo é de uma importância imprescindível para o desenvolvimento econômico já que o surgimento de novas empresas acarreta a geração de novos empregos. Além do mais elas também geram uma serie de valores que tem impacto no âmbito social, como por exemplo, as ações de responsabilidade social. O empreendedorismo é diretamente responsável por produzir as riquezas de um país. Porém, as atitudes empreendedoras também podem produzir bem-estar social apresentando solução para muitas mazelas, já que o conceito de empreendedorismo é muito mais amplo que a simples ideia de abrir um negócio. Atitudes empreendedoras podem estar ligadas à ideia de encontrar soluções para problemas de uma sociedade. Essas atitudes podem partir tanto das empresas através de suas políticas de responsabilidade social quanto da sociedade civil com a criação de instituições com objetivos sociais. Com isso temos que buscar entender qual o papel do empreendedor levantando as seguintes questões: qual a importância do empreendedor e qual a sua contribuição para a Economia atual? Pode-se dizer que ele é o responsável pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento social? 1.2 OBJETIVOS Tomando como base o problema de pesquisa, apresentam-se, na sequência, os objetivos a serem alcançados no trabalho de conclusão de curso. 1.2.1 Objetivo geral O objetivo geral do trabalho de conclusão de curso é verificar através da pesquisa bibliográfica o papel do empreendedor na economia atual, respondendo às questões propostas no tema a partir de teorias publicadas em diversos tipos de fontes. 5 1.2.2 Objetivos específicos De forma a atingir e complementar o objetivo geral, apresentam-se alguns objetivos específicos a serem alcançados no decorrer do trabalho: - Definir/ conceituar a teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter para melhor entendimento; - Definir/ conceituar empreendedorismo; - Definir/ conceituar empreendedor; - Descrever e informar o panorama da economia atual e qual o papel do empreendedor nesse cenário; - Descrever como se dá o crescimento econômico e o desenvolvimento social. 1.3 JUSTIFICATIVA A execução do tema proposto tem como finalidade demonstrar a importância de que empreendedorismo tem para o desenvolvimento econômico e social do país. E também para o esclarecimento daqueles que buscam o conhecimento na área para a implantação do próprio negócio ou da atividade pró-ativa do funcionário que trabalha em busca da melhor solução. Os conceitos que acercam o tema servirão como base para compreensão de que o empreendedorismo se faz quase de forma individual, adequando-se a cada nova situação. 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia de pesquisa que será utilizada é a de pesquisa bibliográfica, explicará o problema a partir das teorias publicadas em diversos tipos de fontes: livros, artigos, manuais, enciclopédias e meios eletrônicos. Será dedutiva, ou seja, partirá de leis gerais para a compreensão de questões locais ou pontuais e qualitativa com anotações de acordo com o que os autores falaram nas publicações adotadas. Serão apresentados os conceitos centrais da pesquisa com base no que outros autores dizem. 6 A partir das leituras das obras escolhidas será feito um resumo com fichamentos para utilização ou não no trabalho. Com a revisão de literatura, absorvendo e comentando o que diversos autores falam a respeito do assunto. Podendo, dessa forma, corroborar ou desmentir o pressuposto que gerou a pesquisa. 1.5 APRESENTAÇÃO Nos capítulos subsequentes serão apresentados os estudos do tema proposto. No capítulo – A teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter – teremos uma descrição da funcionalidade da obra e como a sua teoria corrobora a indicativa deste trabalho, sendo o mote dos estudos aqui precedidos. Também serão apresentados os conceitos de Empreendedorismo e de Empreendedor e todas as contribuições teóricas acerca desses conceitos. Em considerações finais, conclusão, a reflexão se dará sobre o andamento da pesquisa, neste cenário, todas as ideias acerca do assunto serão revistas para dar o fechamento na proposta do papel do Empreendedor na Economia Atual. 7 2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SCHUMPETER (...) o novo é apenas o fruto de nossa imaginação. Levar a cabo um plano novo e agir de acordo com um plano habitual são coisas tão diferentes quanto fazer uma estrada e caminhar por ela(Schumpeter). Joseph Alois Schumpeter, em seu livro "Teoria do Desenvolvimento Econômico" (1934), defende um pensamento bem particular sobre o que ele chamou de "fenômeno fundamental" do desenvolvimento. Procurando desviar-se da simples história econômica e da parte estática da teoria, a saber o fluxo circular, Schumpeter relacionou o processo de desenvolvimento econômico a mudanças endógenas e descontínuas na produção de bens e serviços. Em sua análise, destaca-se a figura do empreendedor - empresário schumpeteriano - como agente fundamental do processo de desenvolvimento econômico. “Inovação” foi a palavra usada por Schumpeter para descrever uma série de novidades que podem ser introduzidas no sistema econômico e que alteram substancialmente as relações entre produtores e consumidores, sendo o elemento fundamental para o desenvolvimento econômico. Na “Teoria do Desenvolvimento Econômico” (TDE), Schumpeter faz uma enfática distinção entre invenção e inovação. Para o autor, a invenção é a criação de um novo artefato que pode ou não ter relevância econômica. A invenção só se torna uma inovação se for transformada em uma mercadoria ou em uma nova forma de produzir mercadoria, e que seja explorada economicamente. Em sua teoria dois elementos são imprescindíveis para se dar a inovação: o empresário e o crédito. Enquanto o primeiro é o agente transformador, ou seja, aquele que realiza as novas combinações, o segundo é o meio pelo qual obtêm-se os recursos financeiros para adiantar o pagamento dos fatores de produção em uma economia em equilíbrio. Inovando, o empreendedor oferece novos produtos, produtos de melhor qualidade, ou a custos reduzidos, isso lhe permite ter lucros mais elevados do que os concorrentes. As expectativas de lucros “extraordinários” é o incentivo para inovar e a inovação é o que impulsiona o desenvolvimento econômico, ou seja, é a constante introdução de inovações que alavanca a economia. O impulso do desenvolvimento, pela conceituação de Schumpeter engloba cinco casos: 8 1) Introdução de um novo bem – ou seja, um bem com que os consumidores ainda não estiverem familiarizados – ou de uma nova qualidade de um bem. 2) Introdução de um novo método de produção, ou seja, um método que ainda não tenha sido testado pela experiência no ramo próprio da indústria de transformação, que de modo algum precisa ser baseada numa descoberta cientificamente nova, e pode consistir também em nova maneira de manejar comercialmente uma mercadoria. 3) Abertura de um novo mercado, ou seja, de um mercado em que o ramo particular da indústria de transformação do país em questão não tenha ainda entrado, quer esse mercado ter existido antes ou não. 4) Conquista de uma nova fonte de oferta de matérias primas ou de bens semimanufaturados, mais uma vez independentemente do fato de que essa fonte já existia ou teve que ser criada. 5) Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, como a criação de uma posição de monopólio (por exemplo, pela trustificação) ou a fragmentação de uma posição de monopólio (1982 – p. 48). Com essas combinações de recursos que engloba o alavancar do desenvolvimento, o autor faz uma enfática observação, de que as mudanças proporcionadas têm que ser descontinuas e espontâneas, para que ocorram revoluções produtivas no fluxo circular do sistema e para que haja um novo estágio para o crescimento econômico. As novas combinações podem ser chamadas de empreendimento e todo aquele que dirige processo é o empresário - ou empreendedor. No capitalismo competitivo, o inovador é o empresário individual (TDE). O empreendedor é aquela pessoa que realiza novas combinações, reúne os fatores de produção para a criação do novo – nova empresa, novo produto, novo processo produtivo. Mas sem invenção prévia a ação não é possível. Para Schumpeter o todo processo concreto de desenvolvimento repousa finalmente sobre o desenvolvimento precedente. Com isso pode-se afirmar que, para ele, todo o processo de desenvolvimento cria pré-requisitos para o seguinte, portanto para haver o equilíbrio econômico, especialmente numa economia de concorrências, deve-se respeitar o ciclo de negócios. Produtos ou métodos antigos de produção tem que coexistir para que a economia caminhe a um novo ciclo e que este se repita com a introdução de inovações subsequentes. 9 2.1 EMPREENDEDORISMO O conceito de empreendedorismo O conceito surgiu no século XVII na França como entreprenuer. Contudo, só chegou no Brasil nos anos 90. Neste tempo a expansão do empreendedorismo no Brasil se deu com a abertura econômica, que propiciou o crescimento da produtividade e concorrência no mercado. Apesar da demora para chegar até aqui, a quantidade de novos empreendedores ultrapassa os 5 milhões que geram emprego e movimentam a economia no país. No portal “eu sou empreendedor” (2018) pode-se verificar o caminho do empreendedorismo no Brasil, tem-se uma breve descrição, uma linha do tempo, na qual relata a evolução de como aconteceram os fatos desse novo conceito: - 1852 - primeira ferrovia do Brasil, de Petrópolis ao Rio de Janeiro. Este fato merece atenção por conta de quem realizou o empreendimento: Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, empreendedor nato, que foi responsável pela ampliação e construção de diversas obras importantes para o país; - 1987 - criação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – Anprotec, que apoia e incentiva inovação nos empreendimentos; - 1990 - ascensão do empreendedorismo no Brasil com a abertura econômica e criação do Sebrae para apoiar e qualificar empreendedores; - 1993 - criação do Programa Empretec, desenvolvido pela ONU com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e educar por meio de seminários e cursos; - 1999 e 2002 - lançamento do Programa Brasil Empreendedor do Governo Federal para milhões de empreendedores em todo país; - 2003 - lançamento do projeto Pedagogia Empreendedora em 129 cidades destinado a alunos e professores; - 2006 - estabelecimento do o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; - 2007 - formação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) visando simplificar a maneira de legalizar uma empresa; 10 - 2008 - fundação da figura do Microempreendedor Individual – MEI; - 2010 - pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) aponta que Brasil é o maior na Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA); - 2015 - maior taxa de empreendedorismo: 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos. De acordo com o Sebrae, 52 milhões de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos estavam envolvidos na criação ou na manutenção de algum negócio; - 2016 - lançamento do primeiro Censo Brasileiro das Startups, pesquisa realizada para levantar dados sobre a expansão desta modalidade de negócio; - 2017- lançamento do projeto Jovem Empreendedor Primeiros Passos (JEPP), no qual ensina empreendedorismo nas escolas. Com essa cronologia, tem-se uma verificação de fatos, de como o empreendedorismo evoluiu no país e a real importância que hoje tem-se na economia brasileira. Que dos anos 90 até hoje o salto foi grande e devido às evoluções tecnológicas e aos ciclos de recessão mundial, as grandes empresas vem reduzindo drasticamente seus quadros de empregados e o empreendedorismo tem se mostrado como uma ótima forma de reinserir pessoas no mercado de trabalho, além de criar oportunidades para muitos que chegam todos os dias à idade produtiva. Para Fernando Dolabela (2015, p.33), hoje, empreendedorismo é uma palavra conhecida de todos e uma ideia aceita pela maioria, mas, quando surgiu, houve uma grande dificuldade em mostrar que não se tratava de mais um modismo. Segundo ele o empreendedorismo nasceu quandoo espirito humano empregou sua criatividade para melhorar as relações com o outro e com a natureza. Já para José Dornelas em sua obra “Empreendedorismo - transformando ideias em negócios (2018)”, empreendedorismo pode ser definido como o envolvimento de pessoas e processos, que, em conjunto levam à transformação de ideias em oportunidades (p, 29). Os conceitos nos levam a ter panorama de que a implementação destas ideias levam a criação de novos negócios que inspiram uma posição de oportunidade de ordem econômica pela introdução de novos produtos e serviços. É reconhecido que uma série de condições ambientais afeta três componentes principais do empreendedorismo – atitudes, atividades e aspirações, e que essa combinação dinâmica produz uma nova atividade, econômica e socialmente importante, gerando 11 empregos e riqueza. Sendo assim, empreendedorismo é o ato de empreender, ou seja, fazer algo novo e diferente dentro de um mercado, de uma empresa ou para a sociedade. No mundo dos negócios, o termo se refere à busca por novas oportunidades por meio da criatividade e da inovação. No entanto, a definição formal de empreendedorismo pressupõe colocar em prática uma ideia nova, oferecendo um serviço ou produto inédito ou adotando uma nova maneira de fazer algo que já existe. Para ser um verdadeiro empreendedor, portanto, é preciso ser, de certa forma, pioneiro. O surgimento do empreendedorismo se deu ao ato de aproveitar oportunidades por meio da inovação e sendo quase tão antigo quanto a humanidade, o uso da expressão empreendedorismo tem suas raízes na obra do economista austríaco Joseph A. Schumpeter, com a publicação do livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, em 1942. Schumpeter usou o termo empreendedor para denominar o agente responsável pelo processo de destruição criativa que ele considerava a essência do capitalismo. A destruição criativa é o processo de substituição de velhos produtos, empresas e práticas, que se tornam obsoletos e deixam de existir diante das inovações do mercado. 12 2.2 EMPREENDEDOR Conceito de Empreendedor O empreendedor é o elemento chave para o desenvolvimento/crescimento da economia, sendo ele, o elo para a transformação de uma ideia em inovação. É ele que torna possível os grandes saltos da economia, e também quebra a recessão dos ciclos econômicos capitalistas. Por ser inquieto está sempre em busca de novos desafios para a sua realização, pode-se dizer que parte do seu processo de empreender é a auto-realização. Segundo Dolabela: Pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal. Por ser a exteriorização do que se passa no âmago de uma pessoa, e por receber o empreendedor com todas as suas características pessoais, a atividade empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos. Talvez seja muito difícil encontrar um empreendedor que queria se aposentar ou que espere ansiosamente pelo fim de semana para se desvencilhar do trabalho. Não é raro encontrar empreendedores que tirem poucas férias (2008, p. 24). O termo empreendedor – do francês entrepeuner – significa aquele que assume riscos e começa algo novo. É a pessoa que inicia um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades inovando continuamente. Segundo Idalberto Chiavenato (2006, p.3), o espírito empreendedor está presente em pessoas que estão focadas no que acontece a sua volta e essas pessoas têm sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Para ele existem três características básicas que identificam o espírito empreendedor: - necessidade de realização – há uma correlação positiva entre a necessidade de realização e a atividade empreendedora, ou seja, os empreendedores apresentam elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população em geral; - disposição para assumir riscos - assume vários riscos, não só o financeiro, como também o de abandonar o emprego seguro com carreira para se dedicar ao próprio 13 negócio, além dos riscos familiares ao envolver a família nos negócios, e por fim o risco psicológico, pela possibilidade de fracasso; - autoconfiança – os empreendedores de sucesso são pessoas independentes que enxergam os problemas inerentes a um novo negócio, mas acreditam em suas habilidades para superar os problemas. Podemos identificar vários tipos de empreendedores, mas muitos se sobressaem por ter uma visão estratégica e também por serem criadores de soluções e inovações. Schumpeter amplia o conceito dizendo que o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente (TDE), graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias. Com isso pode-se afirmar que os empreendedores de sucesso são visionários e sabem explorar ao máximo as oportunidades. Contribuindo assim para o desenvolvimento na área de atuação e utilizando os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico no qual está inserido. Para José Dornelas (2018), o processo empreendedor tem que ser estudado, pois a chamada nova economia, a era da internet, das startups e das redes sociais, é o contexto propício para a criação de novos negócios e o surgimento cada vez maior de empreendedores. Segundo Dornelas, a capacitação dos candidatos a empreendedor vem sendo prioridades em muitos países, inclusive no Brasil, pela crescente preocupação das escolas e universidades em incluir nos seus programas cursos e matérias específicas de empreendedorismo. Saber reconhecer e identificar oportunidades de negócios é, sem dúvida, uma das principais características dos grandes empreendedores, que ficam atentos a todas as situações ao seu redor, em busca de algo ou alguma ideia que possa lhes oferecer chances de lançar um novo produto ou serviço no mercado, que atenda, com excelência as necessidades de seu público-alvo. O fato é que o empreendedorismo finalmente tem sido tratado no Brasil com o grau de importância que lhe é devido, pois como exemplo do que ocorreu em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde os empreendedores são os grandes propulsores da economia. O ensino dessa modalidade, refere-se à educação empreendedora, com exemplos e casos de sucesso nos quais o empreendedorismo 14 como disciplina, leva o profissional a agir e ter um instrumento de desenvolvimento econômico e social. Dolabela (2008) em denomina o ensino da modalidade como pratica, o termo oficina é uma metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. 15 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste trabalho era o de fazer apontamentos acerca do papel do empreendedor no desenvolvimento econômico e de que maneira isso se comtempla. Pode-se verificar que com as combinações de fatores produtivos, partindo do pressuposto de um fluxo econômico capitalista circular, o quão é fundamental à atividade de empreender na economia atual. A sociedade geralmente apresenta reações ao surgimento de novidades, mas ao passo que evolui o novo passa ser atual e assim por diante. O empreendedor exerce o seu poder de liderança e iniciativa ao trazer consigo todo um setor produtivo, o que se apresenta como o motor do desenvolvimento econômico. No momento presente, não há um movimento predominante, mas as pesquisas indicam que o empreendedorismo, cada vez mais, contribuirá para uma nova forma de se fazerem negócios no mundo. O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade e com o avanço tecnológico requer um número maior de empreendedores. A economia e os meios de produçãoe serviços também evoluíram e se sofisticaram, de forma que, hoje, na nova economia há a necessidade de se formalizarem conhecimentos que no passado eram apenas empíricos. O que reflete e enfatiza no empreendedorismo que surge muito mais como uma consequência da velocidade que acontecem as mudanças tecnológicas do que como modismo. A competição na economia também força os novos empresários a adotar estratégias diferentes para se manterem no mercado. São eles que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias com a globalização criam novas relações de trabalho e novos empregos gerando riqueza para a sociedade, renovando assim os conceitos econômicos. Assim, visto que, a figura do empreendedor e o seu papel na nova economia, são de fundamental importância para que haja o desenvolvimento econômico de uma empresa, de uma cidade, de uma região. Também o papel social é importante, pois ser empreendedor requer muito esforço e dedicação e não é apenas uma opção de vida, mas sim uma missão de vida. O empreendedor não arrisca apenas o seu futuro, mas também o de todos aqueles que estão à sua volta, que trabalham para o seu sucesso e dependem de suas atitudes e decisões. São pessoas muito importantes 16 para a sociedade, ousam e não se contentam com a mesmice, e por mais que tenham sucesso não se dão por satisfeitos. Essa inquietude é o que leva a busca de novos empreendimentos, novas ideias e formas criativas de multiplicar o seu patrimônio, com isso impulsionam as grandes descobertas tecnológicas e consequentemente os grandes períodos de crescimento econômico, modificando o mundo em que vivemos. Salientar a importância dos empreendedores, que ao concentrarem esforços direcionados a superação dos desafios do mundo globalizado, desempenham um papel fundamental na melhora da qualidade de vida de toda uma sociedade. Com isso, hoje, estamos vivenciando um momento especial do empreendedorismo: ele tem sido reconhecido pelo seu valor como promotor de desenvolvimento econômico, capacidade de gerar empregos, criação de produtos inovadores que melhoram a vida das pessoas, atuando na busca de soluções para questões sociais e até mesmo pela sua inclusão em programas governamentais com o objetivo de conseguir fazer acontecer o desenvolvimento local e regional. 17 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2006. DOLABELA, Fernando. Por dentro do universo empreendedor: lições essenciais para transformar a sua ideia em um negócio. São Paulo: Saraiva, 2015. ______. Oficina do empreendedor. – Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DORNELAS, José. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. 7. ed. São Paulo: Empreende, 2018. Linha do tempo do empreendedorismo no Brasil. Disponível em: <https://eusouempreendedor.com/empreendedorismo-no-brasil/ >. Acesso em 11 dez. 2018. O processo Empreendedor. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-processo- mpreendedor >. Acesso em 11 dez. 218. SCHUMPETER, Joseph Alois. A Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico (1 ed., 1934). Tradução de Maria Silvia Possas. Coleção Os Economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1982. SOUZA, Wagner Dantas de. Macroeconomia II: livro didático/Wagner Dantas de Souza; design instrucional Marcelo Tavares de Souza Campos. Palhoça: UnisulVirtual, 2012. p.51-59. https://eusouempreendedor.com/empreendedorismo-no-brasil/
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