Prévia do material em texto
Linguagem de marcação APRESENTAÇÃO A troca de informações e o intercâmbio de conhecimento têm se mostrado essenciais tanto para a evolução de diferentes áreas da ciência como para o desenvolvimento de qualquer atividade profissional. Os mecanismos e ferramentas utilizados para viabilizar essa comunicação são os mais variados possíveis, e vêm sendo aprimorados ao longo dos anos. Com o advento da Internet, esse trânsito de dados ganhou uma nova perspectiva. Na prática, o amplo uso do formato digital causou uma revolução na forma de enviar e receber informações. Apesar dos diversos benefícios alcançados com o uso da Internet, permanecia a necessidade de padronização da representação da informação que trafegava pela rede. Nesse cenário, a linguagem de marcação HTML, abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup Language, que significa Linguagem de Marcação de Hipertexto, surge como uma proposta para a estruturação de textos digitais. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer um pouco da história da linguagem HTML e de como foi a sua evolução à medida que novas versões foram sendo propostas. Além disso, vai se aprofundar nos detalhes que justificaram o seu surgimento e sua adoção como a linguagem de marcação da web. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Relatar o histórico do HTML.• Analisar os fatores que motivaram o surgimento do HTML.• Explicar a necessidade de linguagem de marcação.• DESAFIO A linguagem de marcação HTML sofreu diversas modificações desde que foi proposta nos anos 1980. A sua versão inicial dispunha de apenas 22 marcações ou tags e não oferecia recursos sofisticados para a construção de websites interativos. Além disso, a linguagem como um todo foi evoluindo de forma a criar uma separação bem definida entre a estruturação do conteúdo e a sua estilização. Diante do exposto, observe a situação a seguir: Nesse contexto, analisando as informações apresentadas e supondo que você foi convocado para essa reunião, quais argumentos você apresentaria para o seu líder técnico para justificar que essa migração teria um impacto tecnológico e financeiro significativo para o cliente? INFOGRÁFICO O HTML foi o grande precursor no mundo das linguagens de marcação que foram utilizadas para o intercâmbio de documentos eletrônicos na Internet, que até alcançar a sua versão mais estável e sofisticada, passou por diversas atualizações, algumas delas impactando radicalmente a estrutura da linguagem. Neste Infográfico, você vai ver uma linha do tempo em que as principais versões e características da linguagem HTML são apresentadas em ordem cronológica. Assim, vai ser capaz de sintetizar melhor o passo a passo da evolução da linguagem. CONTEÚDO DO LIVRO Diferentes linguagens de marcação vêm surgindo ao longo dos anos com a missão em comum de viabilizar o compartilhamento de informações de forma eficiente e precisa. Com a popularização da Internet, o uso das linguagens de marcação alcançou proporções nunca antes observadas. Com isso, novos recursos foram continuamente demandados para que essas linguagens conseguissem atender a um padrão de comunicação cada vez mais sofisticado. Nesse contexto, o HTML foi o grande precursor no qual outras linguagens foram baseadas. A simplicidade de seu uso e a sua capacidade de interligar diferentes documentos eletrônicos alavancou a sua adoção pelo público ao redor do mundo. No capítulo Linguagem de marcação, da obra Integração de aplicações, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai se inteirar do histórico de evolução da linguagem HTML e de como diferentes recursos foram sendo adicionados e removidos ao longo de suas versões. Vai conhecer, também, detalhadamente, as razões que fizeram dessa linguagem um sucesso no mundo do compartilhamento de documentos na web. INTEGRAÇÃO DE APLICAÇÕES Thiago Nascimento Rodrigues Linguagem de marcação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Relatar o histórico do HTML. � Analisar os fatores que motivaram o surgimento do HTML. � Explicar a necessidade de linguagem de marcação. Introdução O intercâmbio de informações é uma necessidade presente em qual- quer área de estudo ou de atividade profissional. Diante dessa realidade, diversas ferramentas e mecanismos foram desenvolvidos, a fim de via- bilizar uma troca de dados efetiva e eficiente ao longo dos anos. Com o surgimento e a ampla difusão do uso da internet, a transferência de informações em formato digital assumiu proporções sem precedentes. No entanto, como o tráfego de dados passou a acontecer entre pes- soas de diversas partes do mundo, detentoras de diferentes necessidades e formações, surgiu a demanda por uma padronização da forma como toda essa informação digital poderia ser estruturada. Nesse cenário, o HTML (do inglês HyperText Markup Language, cuja tradução livre é Linguagem de Marcação de Hipertexto) é proposto como uma linguagem para a marcação de textos. Neste capítulo, você estudará sobre a história do surgimento do HTML, bem como conhecerá as razões que serviram de base para a sua propo- sição como linguagem de marcação de textos na web. Além disso, verá por que essa linguagem é tão necessária para a troca de informações na internet. 1 Um pouco sobre o HTML e sua história A história da linguagem de marcação HTML tem seu início atrelado ao surgi- mento dos sistemas de hipertexto. Muitos anos antes de o HTML ser proposto, sistemas de hipertexto predecessores foram criados, com o intuito de permitir que os usuários acessassem informações relacionadas aos documentos eletrô- nicos que estivessem visualizando. Esta é a ideia básica de um hipertexto: um texto que está vinculado ou conectado a outros textos de forma que todos eles possam ser mutuamente acessados por meio de algum elo (link). Embora não haja um reconhecimento formal do primeiro sistema de hi- pertexto desenvolvido, a ideia apresentada em um artigo publicado pelo en- genheiro estadunidense Vannevar Bush, em 1945, é comumente aceita como precursora dos hipertextos que serviram de base para a estruturação da web tal como a conhecemos hoje. Conhecido como o avô do hipertexto, Bush propôs, em seu artigo, um sistema conhecido como Memex (do inglês memory extender, cuja tradução livre é extensor de memória), descrito por ele como uma espécie de arquivo e biblioteca particular cujo acesso é automatizado. Nesse sistema, informações contidas em livros, registros e comunicações seriam armazenadas em microfilmes, e, posteriormente, múltiplas projeções desses microfilmes poderiam ser acessadas, de modo a permitir a um usuário comparar as informações contidas neles (NIELSEN, 1995). Assim, é possível observar que a ideia apresentada por Bush possui uma relação direta com a utilização de hipertextos na web atualmente. Contudo, desde a proposição do Memex até a implementação efetiva do primeiro sistema de hipertextos, muitas décadas se passaram. Em meados da década de 80, Timothy Berners-Lee (ou apenas Tim Berners-Lee, como é comumente chamado), um físico britânico recém-chegado ao CERN (do francês Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, cuja tradução livre é Conselho Europeu para Pesquisas Nucleares), começou a procurar um meio de, a partir de um documento eletrônico, conseguir navegar para outros documentos que estivessem disponíveis em outros computadores ao redor do mundo. Isso significaria que, durante a leitura de uma informação eletrônica, um usuário poderia rapidamente exibir partes de outro documento que contivesse textos ou diagramas relevantes ao assunto pesquisado (RAGGETT et al., 1998). Foi então que Berners-Lee propôs um sistema de hipertexto para o compartilhamento de documentos, que, mais tarde, se tornou a linguagem fundamental da web. O primeiro sistema distribuído de hipertexto foi proposto por Berners- -Leeapenas em 1989, o qual foi dedicado ao gerenciamento de informações Linguagem de marcação2 gerais do CERN. Esse formato para o intercâmbio de dados já dispunha de representações explícitas de links de hipertexto e era usado em conjunto com um protocolo para o endereçamento e a requisição de documentos em uma rede de computadores de larga escala (CAILLIAU; ASHMAN, 1999). Aprimoramentos foram sendo incorporados ao sistema, até que, em 1991, Berners-Lee apresentou, de forma não oficial, a primeira versão concluída do seu sistema de hipertextos — o HTML. Somente dois anos mais tarde, em 1993, a primeira versão oficial do sistema — o HTML 1.0 — foi oficialmente disponibilizada, visando ao compartilhamento de informações que poderiam ser lidas e acessadas via navegadores web — browsers (HTML HISTORY, 2020). Entretanto, como não existiam muitos desenvolvedores dedicados à criação de websites e como muito pouco podia ser feito com o HTML (o HTML original consistia em apenas 22 tags), a linguagem apresentou pouca evolução. Em sequência ao lançamento da sua primeira versão, outras seis novas versões do HTML foram publicadas, agregando gradativamente mais recursos à linguagem. Em 1995, o HTML 2.0 foi disponibilizado, na medida em que a web ganhava cada vez mais popularidade. Esse foi o momento em que a organização conhecida como W3C (do inglês World Wide Web Consortium) foi formada, com a intenção de manter um padrão para diferentes navegadores da web. A principal intenção do W3C era que esses navegadores entendessem e processassem as tags HTML de maneira semelhante. Um dos principais aprimoramentos agregados à linguagem foi o conceito de formulários, que passou a entrar em vigor, embora ainda com tags de marcação muito básicas, como caixas de texto, botões, etc. Além disso, a estrutura de tabelas surgiu como uma tag HTML, e os navegadores incorporaram o conceito de criação de camadas de tags específicas para si próprios (INTRODUCTION..., 2019). Diversas marcações ou tags foram sendo adicionadas e removidas à medida que novas versões do HTML eram lançadas. Naturalmente, essas modificações impactavam a forma como os navegadores (browsers) deveriam renderizar o conteúdo de páginas na web. Pesquise por “HTML Tags: Past, Present, Proposed” no seu mecanismo de busca para acessar a página de Martin Rinehart, na qual você poderá fazer um comparativo dos recursos de marcação que existiam desde o HTML 1.0 até a sua última versão. Observe como o início da linguagem oferecia um número reduzido de tags e como algumas delas desapareceram da especificação enquanto outras novas foram surgindo. 3Linguagem de marcação À medida que o HTML ganhava a aceitação de um número cada vez maior de pessoas, desenvolvedores (webmasters, como ficaram conhecidos) passaram a buscar por recursos mais sofisticados para a melhoria de websites. Nesse cenário, a empresa Netscape assumia a liderança no mercado de navegadores web, com um browser que levava seu nome. Para atender à demanda por novos recursos, a Netscape introduziu novas tags e atributos proprietários em seu navegador, o que causou conflitos com os concorrentes, que tentaram replicar os efeitos dessas tags, mas não conseguiram que seus navegadores exibissem o conteúdo com a mesma qualidade. Segundo Shannon (2012), esse foi o momento em que um grupo de trabalho focado no desenvolvimento do HTML apresentou um esboço do que seria a versão 3.0 do HTML. Nessa versão preliminar, foram incluídos muitos novos e melhorados recursos à linguagem, o que possibilitaria a produção de websites com recursos mais elaborados. Contudo, os navegadores não foram ágeis na implementação dessas melhorias e, por isso, muitos dos recursos propostos foram deixados do lado ou implementados parcialmente. Com o tempo, a especificação do HTML 3.0 foi abandonada. Como o esboço do HTML 3.0 não foi levado adiante e tags proprietárias continuaram surgindo, a padronização da linguagem não podia mais ser postergada. Diante disso, em 1994, o W3C criou e publicou o que ficou conhe- cido como o HTML 3.2 — o próximo passo na evolução da linguagem. Boa parte das tags proprietárias criadas tanto pela Netscape, para o seu browser Navigator, como pela Microsoft, para o Internet Explorer, não compuseram essa nova versão. Em janeiro de 1997, o HTML 3.2 se tornou um padrão oficial. Um relevante recurso introduzido na linguagem foi o suporte a CSS (do inglês Cascading Style Sheets, cuja tradução livre é folhas de estilo em cascata), recurso este que torna possível que tags HTML sejam renderizadas de forma mais rica pelos navegadores. Grandes mudanças vieram com o lançamento do HTML 4.0, versão que representou um grande avanço da linguagem. Em dezembro de 1997, ela foi publicada como a versão recomendada pelo W3C. Embora o HTML 3.2 já oferecesse suporte à linguagem de estilos CSS, ele ainda continha várias tags e atributos para a estilização de marcações de textos e links, por exemplo. Com o HTML 4.0, esse conceito foi totalmente atualizado, e tanto tags como atributos de estilos foram descontinuados. A partir de então, toda a estilização do conteúdo HTML deveria ser feita à parte das marcações que estruturavam as páginas na web. Além disso, essa última versão da linguagem forneceu novas tags para scripts, frames, tabelas e formulários mais complexos, além de aspectos de acessibilidade para pessoas com deficiência. Em abril de 1998, Linguagem de marcação4 o HTML 4.0 se tornou o padrão oficial (HISTORY..., 2019). Após sua oficia- lização como padrão, essa versão da linguagem foi revisada, para que vários ajustes de menor porte pudessem ser incorporados à especificação. Algumas dessas modificações foram a inclusão do atributo name para a tag <form>, a possibilidade de inclusão de texto dentro de uma tag <noframe>, para beneficiar navegadores que não davam suporte a frames, e a definição de um novo tipo de documento, chamado Strict, que não permitia o uso de tags des- continuadas. Essa versão revisada foi publicada em 1999 como o HTML 4.01. A última grande revisão da linguagem desde o lançamento do HTML 4.01 foi o HTML 5. Mais uma vez, essa nova versão trouxe grandes mudanças na maneira como as marcações deveriam ser renderizadas pelos navegadores. Dentre outras mudanças, ela adicionou uma maneira de lidar nativamente com conteúdo gráfico e multimídia e adicionou novos elementos de estrutura de página para aprimorar o conteúdo semântico dos documentos. Em 2014, o HTML 5.0 tornou-se uma recomendação, e o mesmo aconteceu com o HTML 5.1, em 2016. Finalmente, em 14 de dezembro de 2017, o HTML 5.2 foi lançado como a versão recomendada pelo W3C, a qual prevalece até hoje (POGAN, 2018). O Quadro 1, a seguir, apresenta uma lista de alguns dos tipos de conteúdo que podem ser adicionados a páginas web usando diferentes versões do HTML. Assim, é possível ter uma visão mais sistemática da evolução da linguagem e dos recursos que foram sendo incorporados a ela. Marcação HTML 1.0 HTML 4.01 HTML 5 Objetivo Heading (cabeçalho) <h1>, <h2>, <h3>, <h4>, <h5> e <h6> Sim Sim Sim Organizar o conteúdo da página pela adição de títulos e subtítulos. Paragraph (parágrafo) <p> Sim Sim Sim Identificar os parágrafos de um texto. Address (endereço) <address> Sim Sim Sim Identificar um bloco de texto que contém informações de contato. Quadro 1. Marcações disponíveis nas diferentes versões do HTML (Continua) 5Linguagem de marcação Fonte: Adaptado de University of Washington (2020). Marcação HTML 1.0 HTML 4.01 HTML 5 Objetivo Anchor (âncora) <a> Sim Sim Sim Link para outra página web. List (lista) <ol> para lista ordenada; <ul> para lista sem ordenação; <li> para cada item da lista Sim Sim Sim Organizar itens dentro de uma lista. Image (imagem) <img> Sim Sim Sim Embutir um elemento gráfico na página. Table (tabela) <table> para a tabela; <thead>, <tbody>, <th>, <tr> e <td> para cada parte que forma a tabela NãoSim Sim Organizar dados em linhas e colunas. Style (estilo) <style> Não Sim Sim Adicionar CSS para controlar como os elementos são apresentados na página. Script <script> Não Sim Sim Adicionar JavaScript para tornar as páginas mais interativas. Audio (som) <audio> Não Não Sim Adicionar um elemento de áudio à página. Video (vídeo) <video> Não Não Sim Adicionar um vídeo à página. Canvas (tela) <canvas> Não Não Sim Adicionar um bloco de desenho invisível à página para possibilitar a adição de outros elementos gráficos via JavaScript. Quadro 1. Marcações disponíveis nas diferentes versões do HTML (Continuação) Linguagem de marcação6 2 Por que o HTML foi criado? Conforme visto na seção anterior, Tim Berners-Lee foi o criador do HTML, o que, por sua vez, deu origem à web tal como a conhecemos hoje. Todavia, esse não foi o primeiro sistema de hipertextos criado por ele. Na busca por uma linguagem para a publicação e o compartilhamento de informações, Tim criou, em 1980, um sistema conhecido como Enquire para o seu uso pessoal. No ano seguinte, ele construiu um protótipo de browser para explorar o mecanismo de hipertextos por ele desenvolvido. Outro relevante precursor dos sistemas de hipertextos e, consequentemente, do próprio HTML, foi uma aplicação da Apple conhecida como HyperCard. Nesse aplicativo, as páginas continham botões que, quando acionados, dispa- ravam pequenos programas, chamados de scripts, responsáveis por controlar qual página seria exibida em seguida. Eles também eram capazes de exibir trechos de animações na tela. Apesar de ter ganhado certa popularidade, o sistema do HyperCard apresentava uma séria limitação: os saltos de hi- pertextos só podiam ser feitos entre arquivos que estivessem em um mesmo computador (RAGGETT et al., 1998). Embora a ideia de um sistema de hipertextos de alcance global se mostrasse viável, persistia o desafio de se identificar a abordagem mais adequada para sua implementação. Alguns pacotes de hipertextos já estavam disponíveis na época, mas todos eles padeciam de complicadores comuns. Um dos principais limitadores era o fato de certos pacotes estarem disponíveis apenas para tipos específicos de computadores, e, como o objetivo era a troca de informações entre computadores do mundo todo, o sistema de hipertextos a ser implemen- tado deveria funcionar em qualquer computador conectado à internet. A solução apresentada por Tim Berners-Lee para a multiplicidade de mecanismos de publicação de conteúdo acabou sendo decisiva para a adoção do HTML como linguagem de hipertexto para a troca de informações entre quaisquer computadores. Por meio da criação de um protocolo de comunica- ção simples, que ficou conhecido como HTTP (do inglês HyperText Transfer Protocol, cuja tradução livre é Protocolo de Transferência de Hipertexto), Berners-Lee possibilitou que diferentes documentos pudessem ser recupera- dos via links de hipertextos. O formato do texto que seria reconhecido pelo protocolo HTTP foi denominado HTML (do inglês HyperText Markup Lan- guage). Como Tim prezou pela simplicidade tanto do protocolo HTTP como do formato de texto que ele suportava — HTML —, ele conseguiu encorajar outros a adotarem sua abordagem e, a partir daí, a projetarem soluções de software auxiliares para a disponibilização de conteúdo em formato HTML. 7Linguagem de marcação Além da simplicidade do protocolo HTTP e da própria linguagem de marcação, outra razão que contribuiu para a consolidação do HTML foi a sua forte aderência a um padrão de marcação internacionalmente aceito, o SGML (do inglês Standard Generalized Markup Language, cuja tradução livre é Linguagem de Marcação Generalizada Padrão). O SGML possibilitava que textos pudessem ser estruturados em unidades, como parágrafos, títulos e itens de lista, além de poder ser implementado em qualquer computador. O uso de pares de marcadores ou tags, tais como <title> e </title> pelo HTML foi o resultado de uma apropriação direta do SGML. Outros elementos trazidos do SGML para o HTML foram <p> (parágrafo), <h1>...<h6> (cabeçalho, ou título de nível 1 a título de nível 6), <ol> (listas ordenadas), <ul> (lista sem ordenação), entre vários outros. Naturalmente, um recurso que o SGML não dispunha era o de links de hipertextos. A ideia de usar o elemento âncora <a> com o atributo href para o endereçamento de documentos em outros computadores foi uma invenção do próprio Berners-Lee, que veio consolidar o seu sistema de hipertextos. Uma das razões que impulsionaram o HTML a ganhar relevância como linguagem de marcação no cenário internacional foi a simplicidade com que um conteúdo poderia ser anotado com suas tags. Suponha que você precise criar uma página web contendo o modelo simples de um currículo (Curriculum Vitae). Essa página deve conter as seguintes informações: � Cabeçalho: Curriculum Vitae. � Título: Nome completo. � Subtítulo: Endereço completo. � Primeiro parágrafo: Formação. ■ Lista com pelo menos uma formação: Formação 1. � Segundo parágrafo: Experiência profissional. ■ Lista contendo pelo menos uma experiência profissional: experiência 1. Considerando qualquer versão do HTML, tente estruturar o modelo de currículo solicitado utilizando os marcadores da linguagem. Resolução: O código HTML que poderia ser usado para a estruturação do modelo de currículo é apresentado a seguir. Para visualizar como esse código é apresentado por um na- vegador, salve esse conteúdo em um arquivo com a extensão .html (p. ex., currículo. html) e abra-o no seu navegador de preferência. Linguagem de marcação8 <html> <head> <title>Curriculum Vitae</title> </head> <body> <h1>Nome completo</h1> <h2>Endereço completo</h2> <p>Formação</p> <ul> <li>Formação 1</li> </ul> <p>Experiência profissional</p> <ul> <li>Experiência 1</li> </ul> </body> </html> O surgimento do sistema de nomes de domínio não poderia ser deixado à parte das razões que levaram à adoção do HTML como a linguagem de mar- cação internacionalmente aceita. Em meados dos anos 80, a internet ganhou um novo sistema de nomeação de computadores que a ela estavam conectados. Nesse sistema, um computador recebia um nome de domínio, composto de uma série de letras separadas por pontos, como, por exemplo, “www.tnas.com. br” ou “www.sagah.org.br”. Esses nomes eram de fácil uso quando compa- rados aos incômodos endereços IP, compostos por apenas números e pontos. De modo simultâneo, houve o surgimento de um software de rede que ficou como conhecido como DNS (do inglês Domain Name Service, cuja tradução livre é sistema de nomes de domínio). Um DNS era capaz de mapear nomes de domínio para seus respectivos endereços IP, eximindo, dessa forma, os usuários de terem de lidar com esses desconfortáveis endereços numéricos. Essa combinação de nomes de domínio e DNS tornou possível que um público mais amplo pudesse conectar, por meio de links de hipertextos, documentos que estivessem em computadores em diferentes partes do mundo. Mais uma vez, o HTML se apresentava como uma linguagem de marcação de simples uso, mas dotada de recursos muito poderosos. 9Linguagem de marcação 3 A necessidade de uma linguagem de marcação As linguagens de marcação constituem um mecanismo para se adicionar anotações ou informações adicionais a um texto. Essa informação adicional é comumente utilizada para definir a organização do texto e, via de regra, criar uma estrutura hierárquica que codifica a informação. Segundo Kreński, Maciak e Krasuski (2008), historicamente, o termo marcação refere-se ao processo de fazer notas nas margens de manuscritos. Nesse sentido, as notas continham diretrizes de tipografia, como tipo e tamanho da fonte, recuo de margem, espaçamento e quaisquer outras informações que fossem conside- radas relevantes. No contexto digital, o papel das linguagens de marcaçãoé o mesmo: são utilizadas para anotar documentos eletrônicos. De modo geral, são utilizadas como uma marcação específica de como algum elemento será exibido ou qual o significado de determinado item. De acordo com Blaney (2019), os nomes das linguagens de marcação mais populares terminam com a expressão em inglês Markup Language e são abreviadas com o sufixo “ -ML”. Alguns exemplos são: � HTML — HyperText Markup Language; � KML — Keyhole Markup Language; � MathML — Mathematical Markup Language; � SGML — Standard Generalized Markup Language; � XHTML — eXtensible HyperText Markup Language; � XML — eXtensible Markup Language. A variedade de linguagens de marcação que foram surgindo ao longo dos anos ressaltou o fato de que, qualquer que seja a área de estudo ou o campo de atuação profissional, o compartilhamento de informações é vital para o desenvolvimento de uma pesquisa ou atividade. Essa mesma necessidade se fez presente quando Berners-Lee iniciou sua carreira no CERN. Como físico recém-integrado ao laboratório, ele enxergou que a pesquisa no campo da física de partículas frequentemente envolvia a colaboração entre diferentes institutos espalhados por todo o globo. Por isso, Berners-Lee investiu esforços no sentido de conectar a maior quantidade possível de informação relacionada à sua área de pesquisa, a fim de permitir que qualquer pesquisador, em qualquer parte do mundo, pudesse ter acesso a ela. Linguagem de marcação10 Contudo, o simples acesso à informação não garantia a qualidade da forma como ela era exibida ou disponibilizada. Logo, outra necessidade se fez pre- mente: uma sistemática para a estruturação de textos em formato eletrônico. Como a linguagem SGML já havia sido internalizada no ambiente do CERN, Berners-Lee se apropriou dos conceitos providos por ela para cunhar uma linguagem de marcação mais moderna para a época e com potencial de ser aceita pelo público internacional. Nesse contexto, o HTML veio a oferecer uma forma padrão de anotação de textos eletrônico, passando a ser adotado pelo protocolo HTTP como formato de linguagem reconhecido. A grande novidade incorporada pelo HTML foi a capacidade de interligar conteúdos eletrônicos presentes em computadores distintos. O uso da tag <a> associada ao atributo href viabilizou essa funcionalidade. Considerando o exemplo da seção anterior, suponha que, agora, você precise vincular um novo documento HTML ao modelo de currículo criado. Esse novo documento conterá as referências que um empregado recebeu de outros funcionários. O documento deve ser estruturado com as seguintes informações: � Cabeçalho: Referências. � Pelo menos um subtítulo: Autor da referência. � Um parágrafo com o conteúdo: Texto da referência. � Um link para o documento anterior. Além disso, o modelo de currículo original deve ser modificado para conseguir acessar o documento de referências a partir de um link adicionado a ele. Considerando esses novos requisitos, gere o código HTML para os dois documentos solicitados. Resolução: Confira o código do documento currículo.html. <html> <head> <title>Curriculum Vitae</title> </head> <body> <h1>Nome completo</h1> <h2>Endereço completo</h2> <p>Formação</p> <ul> 11Linguagem de marcação <li>Formação 1</li> </ul> <p>Experiência profissional</p> <ul> <li>Experiência 1</li> </ul> <p><a href="referencias.html">Referências</a></p> </body> </html> Confira, a seguir, o código do documento referencias.html. <html> <head> <title>Referências</title> </head> <body> <h3>Autor da referência</h1> <p>Texto da referência</p> <p><a href="curriculo.html">Currículo referenciado</ a></p> </body> </html> BLANEY, J. An Introduction to Semantic Mark-up. Postgrade Online Research Training – School of Advanced Study, London, 2019. Disponível em: https://port.sas.ac.uk/mod/ book/view.php?id=568&chapterid=336. Acesso em: 3 abr. 2020. CAILLIAU, R.; ASHMAN, H. Hypertext in the Web – a History. ACM Computing Sur- veys, New York, v. 31, n. 4, p. 1–6, Dec. 1999. Disponível em https://dl.acm.org/doi/ abs/10.1145/345966.346036. Acesso em: 3 abr. 2020. HISTORY of HTML. Landofcode.com – Putting the pieces together, [S. l.], 2014. Disponível em: http://www.landofcode.com/html-tutorials/html-history.php. Acesso em: 3 abr. 2020. HTML HISTORY. W3schools, [S. l.], 2020. Disponível em: https://www.w3schools.in/html- -tutorial/history/. Acesso em: 3 abr. 2020. Linguagem de marcação12 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. INTRODUCTION to Versions of Html. Educba, Mumbai, 16 Aug. 2019. Disponível em: https://www.educba.com/versions-of-html/. Acesso em: 3 abr. 2020. KREŃSKI, K.; MACIAK, T.; KRASUSKI, A. An Overview of Markup Languages and Appro- priateness of XML for Description Fire and Rescue Analyses. Zeszyty Naukowe SGSP, Warszawa, n. 37, p. 27–38, 2008. Disponível em: http://yadda.icm.edu.pl/baztech/ element/bwmeta1.element.baztech-77b25d1e-c7e2-4da3-9fdf-a2330ff41bce. Acesso em: 3 abr. 2020. NIELSEN, J. The history of hypertext. In: NIELSEN, J. Multimedia and hypertext: the internet and beyond. Cambridge: AP Professional, 1995. p. 33–66. Disponível em: https://www. nngroup.com/articles/hypertext-history/. Acesso em: 3 abr. 2020. POGAN, A. 25 Years of Markup: The Evolution of HTML. DZone – A Devada Media Property, Research Triangle Park, 15 Mar. 2018. Disponível em https://dzone.com/articles/25- -years-of-markup-the-evolution-of-html. Acesso em: 3 abr. 2020. RAGGETT, D. et al. Raggett on HTML 4. 2. ed. Boston: Addison-Wesley, 1998. cap. 2. Disponível em: https://www.w3.org/People/Raggett/book4/ch02.html. Acesso em: 3 abr. 2020. SHANNON, R. The History of HTML. HTML Source: HTML Tutorials, [S. l.], 21 Aug. 2012. Disponível em https://www.yourhtmlsource.com/starthere/historyofhtml.html. Acesso em: 3 abr. 2020. UNIVERSITY OF WASHINGTON. A Brief History of HTML. Seattle: University of Washington, 2020. (Módulo 3 da unidade 1 do curso Web Design & Development I, version 2.0 – student version). Disponível em: https://www.washington.edu/accesscomputing/ webd2/student/unit1/module3/html_history.html. Acesso em: 3 abr. 2020. Leitura recomendada RINEHART, M. HTML Tags: Past, Present, Proposed. Martin Rinehart, [S. l.], 2012. Disponível em: http://www.martinrinehart.com/frontend-engineering/engineers/html/html-tag- -history.html. Acesso em: 3 abr. 2020. 13Linguagem de marcação DICA DO PROFESSOR Quando se fala da história das linguagens de marcação e das razões que levaram à adoção de uma ou de outra linguagem, é interessante também conhecer um pouco mais dos detalhes relacionados à estrutura de uma das linguagens mais utilizadas. Esse é o caso da versão 5 do HTML; ela se mantém como a versão mais atual disponível e oferece uma série de novos recursos. Mas antes de se aprofundar nos detalhes do que essa linguagem oferece para a estruturação de documentos eletrônicos na web, é essencial conhecer os seus principais elementos e que tipo de informação eles agregam a um documento. Na Dica do Professor, conheça a estrutura geral do HTML 5 e algumas de suas marcações ou tags que se mantiveram pertencentes à linguagem desde as primeiras versões. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Antes da proposta da linguagem de marcação HTML por Tim Berners-Lee, outros sistemas de publicação de conteúdo voltados para tipos específicos de computadores (PCs, Macintoshes, UNIX, etc.) já existiam.Assinale a alternativa que justifica corretamente a adoção ou rejeição desses sistemas como substitutos viáveis do HTML. A) Rejeição. Como os sistemas disponíveis eram voltados para tipos específicos de computadores, seria inviável preparar versões desses sistemas para todos os demais tipos de computadores conectados à Internet. B) Adoção. Considerando que o número de diferentes tipos de computadores era reduzido, versões desses sistemas poderiam ser preparadas com tempo e esforço razoáveis. C) Rejeição. Os sistemas de publicação disponíveis não seriam capazes de interpretar o conteúdo provido por outros tipos de sistemas. D) Adoção. Os sistemas disponíveis poderiam vincular documentos presentes em computadores distintos, desde que o mesmo formato fosse respeitado. E) Rejeição. Embora dessem suporte à criação de documentos eletrônicos, os sistemas de publicação da época não dispunham do recurso de hipertexto. 2) Até que a padronização do HTML fosse definida pelo órgão internacional W3C, muitos recursos proprietários foram incorporados à linguagem, especialmente antes da sua versão 3.2. Marque a alternativa que aponta um dos problemas gerados por essas alterações. A) A introdução do CSS como linguagem de estilização impossibilitou que vários navegadores conseguissem interpretar o HTML. B) Marcações proprietárias eram interpretadas apenas por certos navegadores, de modo que sua exibição nos demais navegadores ficava comprometida. C) Certas marcações proprietárias passaram a inviabilizar o mecanismo de hipertexto da linguagem. D) A adição de marcações proprietárias comprometeu a evolução da linguagem, uma vez que inviabilizou o lançamento de novas versões. E) Para fins de preservação das marcações proprietárias, versões alternativas do HTML foram mantidas em paralelo à versão oficial. A essência do HTML está na sua capacidade de estruturar documentos eletrônicos e em permitir que um documento possa ser acessado a partir de outro. Assinale a 3) alternativa que apresenta um avanço tecnológico que impulsionou o recurso de hipertextos do HTML entre documentos presentes em computadores distintos. A) A inclusão da tag âncora para o referenciamento de documentos tanto em um mesmo computador como em computadores distintos. B) A adoção da linguagem de estilos CSS, possibilitando a adaptação do conteúdo de documentos requisitados de outros computadores. C) A criação de um sistema de nomes de domínio que facilitou o endereçamento de computadores em diversas partes do mundo. D) A incorporação desse recurso de hipertextos a partir da linguagem SGML, que já existia e era bem aceita na comunidade científica. E) A adoção de um recurso de comunicação direta com outros computadores, isentando a linguagem da necessidade de um protocolo de comunicação. 4) Linguagens de marcação têm sua origem em anotações feitas em documentos manuscritos. A versão eletrônica dessas marcações também oferece vantagens para a interpretação de informações. Assinale a alternativa que apresenta a função das linguagens de marcação em documentos eletrônicos. A) Oferecem explicações sobre termos pouco conhecidos no texto. B) Possibilitam a tradução de termos provindos de outros idiomas. C) Oferecem comandos que podem ser usados como pequenos programas para tornar os documentos eletrônicos mais interativos. Especificam como algum elemento deve ser exibido e, alternativamente, a semântica ou o D) significado desse elemento. E) Validam se os elementos da página estão em conformidade com padrões definidos, como pelo W3C. 5) O padrão definido pelo W3C para o HTML possibilita que quaisquer navegadores possam renderizar um documento HTML da mesma forma. Suponha que uma nova tag <sagah/> tenha sido sugerida pela empresa Sagah para compor uma nova versão do HTML. Indique a alternativa que melhor explica o impacto que essa nova tag causaria se fosse aceita pelo W3C. A) Agregaria maior poder de expressão à linguagem, dado que ela passaria a atender às especificidades de um público em particular. B) Tornaria a linguagem mais flexível para que as necessidades de um público específico pudessem ser atendidas. C) Abriria precedentes para que tags de outros públicos em particular solicitassem suas inclusões, simplificando, dessa forma, o uso da linguagem. D) Ampliaria a aceitação da linguagem por pessoas ou sistemas que ainda não fazem uso dela. E) Todos os navegadores deveriam ser adaptados para conseguir interpretar essa nova tag cujo significado é restrito a apenas um público específico. NA PRÁTICA As versões que foram sendo lançadas do HTML ao longo dos anos possibilitaram que novos recursos fossem continuamente agregados à linguagem. Porém, a sua estrutura geral não sofreu alterações. Logo, a forma como os documentos são organizados por meio de suas marcações deve permanecer a mesma, independentemente da versão do HTML em uso. Essa premissa deve ser respeitada sob a pena de se ter a renderização de uma página HTML total ou parcialmente comprometida. Em equipes de desenvolvimento de sistemas de informação para a web, não raro há uma considerável rotatividade de profissionais. A entrada de novos membros em uma equipe agrega diversidade de conhecimentos e experiências, o que, por sua vez, agrega benefícios que vão refletir na qualidade do produto final e no trabalho harmônico de todos. Porém, um estagiário novato ou um profissional com pouca experiência pode gerar problemas graves, mesmo ao fazer pequenas intervenções em páginas estruturadas com marcações HTML. Veja, Na Prática, como uma pequena alteração feita por um recém-chegado em uma equipe de desenvolvedores comprometeu parte de um conteúdo web, e como esse erro foi corrigido. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: A versão mais moderna do HTML A versão 5 do HTML agrega o que há de mais moderno na linguagem. Acesse o site para ver o artigo que aborda os principais recursos dessa linguagem e como eles podem ser explorados para a construção de websites mais interativos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Um histórico da evolução da linguagem Mesmo conhecendo os principais fatos relacionados ao desenvolvimento do HTML, um vídeo pode agregar bastante ao seu entendimento a respeito de como a linguagem evoluiu. Confira, neste vídeo, mais um pouco da trajetória do HTML, desde sua versão 1.0 até a versão mais moderna. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Linguagens de marcação e a Ciência da Informação O HTML foi o principal precursor das linguagens de marcação para documentos eletrônicos na web, mas o que dizer das linguagens de marcação de uma forma geral? Qual o seu verdadeiro papel na Ciência da Informação? Confira as respostas neste artigo. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A evolução da linguagem no contexto da Ciência da Informação Conhecer como a linguagem HTML evoluiu ao longo dos anos é importante para uma formação completa, mas analisar essa evolução dentro do contexto de uma área de estudo específica como a Ciência da Informação pode agregar ainda mais aos seus conhecimentos. Veja como essa análise foi feita e que conclusões foram alcançadas neste artigo complementar. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!