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Livro Digital - Taxa de Câmbio

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CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
1 CPC 02 – Efeitos Das Mudanças Nas Taxas De Câmbio E Conversão De 
Demonstrações Contábeis. ............................................................................................ 3 
1.1 - Objetivos ............................................................................................................................................... 3 
1.1 - Definições ............................................................................................................................................. 4 
1.2 - Moeda funcional .................................................................................................................................. 6 
1.3 - Transações Em Moeda Estrangeira ..................................................................................................... 9 
1.3.1 - Reconhecimento Inicial ................................................................................................................................. 9 
1.3.2 - Mensuração Subsequente ........................................................................................................................... 12 
1.3.3 - Reconhecimento De Variação Cambial ....................................................................................................... 16 
1.4 - Alteração da Moeda Funcional .......................................................................................................... 16 
1.4.1 - Uso De Moeda De Apresentação Diferente Da Moeda Funcional ............................................................. 17 
1.4.2 - Conversão Para A Moeda De Apresentação ............................................................................................... 17 
2 Resumo geral – taxa de câmbio ............................................................................ 27 
3 Questões Comentadas Nesta Aula ........................................................................ 28 
4 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula ................................................. 31 
 
Chegamos a mais uma aula de CPCs. Hoje, falaremos sobre o CPC 02. Não é um pronunciamento tão 
simples de entender. 
Caso tenha dificuldade, o que sugiro é que se atenha à parte conceitual e, também, à parte de operações e 
moeda estrangeira, deixando por último e aprendizado da conversão de demonstrações contábeis em 
moeda estrangeira. 
Será o melhor custo benefício. Você verá ao longo da aula. 
Um grande abraço. 
Gabriel Rabelo. 
@contabilidadefacilitada 
 
 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
3 
1 CPC 02 – Efeitos Das Mudanças Nas Taxas De Câmbio E 
Conversão De Demonstrações Contábeis. 
Para os itens que consideramos mais importantes, vamos apresentar o texto do pronunciamento e uma 
explicação detalhada para reforçar o entendimento. 
Para outros itens, apresentaremos apenas o texto do pronunciamento, pois, em alguns casos, a explicação 
seria mera repetição da norma. O texto é importante, caso resolvam cobrar literalidade. 
E, finalmente, deixamos alguns (pouco) itens de lado, pois são assuntos muito específicos e que 
dificilmente serão cobrados. 
 Muito bem, vamos começar! 
1.1 - Objetivos 
Segundo o CPC 02: 
1. Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. Ela pode ter 
transações em moedas estrangeiras ou pode ter operações no exterior. Adicionalmente, a 
entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em uma moeda estrangeira. O 
objetivo deste Pronunciamento Técnico é orientar acerca de como incluir transações em moeda 
estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis da entidade e como 
converter demonstrações contábeis para moeda de apresentação. 
 
2. Os principais pontos envolvem quais taxas de câmbio devem ser usadas e como reportar os 
efeitos das mudanças nas taxas de câmbio nas demonstrações contábeis. 
 
 
 
Uma companhia pode conduzir operações no exterior (e, portanto, ser afetada pelas alterações na taxa de 
câmbio) de duas formas: 
a) Pode ter transações em moeda estrangeira. Ocorre quando a empresa realiza importações, 
exportações, empréstimos, ou quaisquer outras transações vinculadas à moeda estrangeira. 
 b) Pode possuir operações no exterior por meio de investimento direto em uma entidade localizada no 
exterior. É o caso de empresas brasileiras que abrem filial, agência ou mesmo uma empresa controlada no 
exterior. 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
4 
Atividade Exemplo 
Transações em moeda estrangeira Importações, exportações, empréstimos 
Operações no exterior Filial, agência, controlada no exterior 
O pronunciamento detalha os procedimentos contábeis que devem ser observados, em cada caso. 
1.1 - Definições 
Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento Técnico com os significados abaixo 
descritos: 
 
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período de reporte. 
 
Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um número específico de unidades 
em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais. 
 
Taxa de câmbio é a relação de troca entre duas moedas. 
 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na 
data de mensuração (ver Pronunciamento Técnico CPC 46). (Alterada pela Revisão CPC 03) 
 
Moeda estrangeira é qualquer moeda diferente da moeda funcional da entidade. 
 
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada, empreendimento 
controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma entidade que reporta informação, 
por meio da qual são desenvolvidas atividades que estão baseadas ou são conduzidas em um 
país ou em moeda diferente daquelas da entidade que reporta a informação. 
 
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. 
 
Grupo econômico é uma entidade controladora e todas as suas controladas. 
 
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e passivos a serem 
recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado de unidades de moeda. 
 
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que representa o interesse 
(participação na maior parte das vezes) da entidade que reporta a informação nos ativos 
líquidos dessa entidade. 
 
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são apresentadas. 
 
Taxa de câmbio à vista é a taxa de câmbio normalmente utilizada para liquidação imediata 
das operações de câmbio. 
 
 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
5 
Taxa/Moeda Conceito 
Taxa de câmbio Relação de troca entre duas moedas 
Moeda funcional Moeda do ambiente econômico principal 
Moeda estrangeira Qualquer moeda diferente da moeda funcional 
Moeda de apresentação Moeda na qual as demonstrações contábeis são apresentadas 
Taxa de fechamento Taxa de câmbio à vista vigente ao término do exercício social 
Taxa de câmbio à vista Taxa da data em que ocorre a transação 
Algumas definições serão mais detalhadas adiante, pelo Pronunciamento. Chamamos a atenção para os 
seguintes pontos: 
1) Taxa de fechamento e taxa de câmbio a vista: 
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio da data de encerramento (fechamento) do balanço. 
Taxa de Cambio a vista é a taxa da data em que ocorre a transação. 
 
2) Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. Por exemplo: 
 
3) No Pronunciamento, há uma explicação mais detalhada sobre itens monetários e não monetários, 
confira: 
16. A característica essencial de item monetário é o direito a receber (ou a obrigação de 
entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem: 
passivos de planos de pensão ou outros benefícios a empregados a serem pagos com caixa; 
provisões que devem ser liquidadas em caixa; e dividendos a serem distribuídos comcaixa, que 
são reconhecidos como passivos. Da mesma forma, um contrato que preveja o direito a receber 
(ou a obrigação de entregar) um número variável de instrumentos patrimoniais da própria 
entidade ou uma quantidade variável de ativos, cujo valor justo a ser recebido (ou a ser 
entregue) iguala-se a um número fixo ou determinável de unidades de moeda, é considerado 
item monetário. 
 
Por outro lado, a característica essencial de item não monetário é a ausência do direito a 
receber (ou da obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de 
moeda. Alguns exemplos incluem: adiantamento a fornecedores de mercadorias; 
adiantamento a prestadores de serviços; aluguéis antecipados; goodwill; ativos intangíveis; 
estoques; imobilizado; e provisões a serem liquidadas mediante a entrega de ativo não 
monetário. 
Taxa 
Fechamento Data do balanço
de Câmbio à 
Vista
Data da 
transação
Moeda funcional Brasil Real
 
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6 
Vamos explicar um pouco mais, iniciando pela definição do FIPECAFI, “Manual de Contabilidade das 
Sociedades por Ações”, 7ª edição, pg. 557: 
Os itens monetários são compostos pelas contas de disponibilidades e de direitos e obrigações 
a serem liquidados com disponibilidades. 
 
Os itens não monetários são todos os demais, ou seja, representam bens (estoque, 
imobilizado, etc.), despesas antecipadas ou diferidas (seguros a apropriar, despesas pré-
operacionais etc.), adiantamentos a serem liquidados em bens (a fornecedores, de clientes, 
etc.), resultado de exercício futuro, etc. 
 
1.2 - Moeda funcional 
9. O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente aquele em que 
principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve considerar os seguintes fatores na 
determinação de sua moeda funcional: 
 
(a) a moeda: 
 
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços (geralmente é a moeda na qual os 
preços de venda para seus bens e serviços estão expressos e são liquidados); e 
(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na determinação dos preços 
de venda para seus bens e serviços; 
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e outros custos para 
o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda na qual tais custos estão expressos 
e são liquidados). 
 
10. Os seguintes fatores também podem servir como evidências para determinar a moeda 
funcional da entidade: 
 
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento 
(exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações). 
Itens
Monetários
Puros: Não contém 
ajuste/reavaliação
Caixa
Prefixados: Expectativa 
de inflação inserida
Contas a receber -
vendas a prazo
Indexados: Sujeitos à 
atualização pós-fixada
Empréstimos em 
TR/dólar
Não monetários Todos os demais Estoques, imobilizado
 
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7 
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais são 
usualmente acumulados. 
 
11. Os seguintes fatores adicionais devem ser considerados na determinação da moeda 
funcional de entidade no exterior, e também devem sê-los para avaliar se a moeda funcional 
dessa entidade no exterior é a mesma daquela utilizada pela entidade que reporta a 
informação (no caso em tela, a entidade que reporta a informação é aquela que possui uma 
entidade no exterior por meio de controlada, filial, sucursal, agência, coligada ou 
empreendimento controlado em conjunto): 
 
(a) se as atividades da entidade no exterior são executadas como extensão da entidade que 
reporta a informação e, não, nos moldes em que lhe é conferido um grau significativo de 
autonomia. Um exemplo para ilustrar a primeira figura é quando a entidade no exterior 
somente vende bens que são importados da entidade que reporta a informação e remete para 
esta o resultado obtido. Um exemplo para ilustrar a segunda figura é quando a entidade no 
exterior acumula caixa e outros itens monetários, incorre em despesas, gera receita e angaria 
empréstimos, tudo substancialmente em sua moeda local; 
(b) se as transações com a entidade que reporta a informação ocorrem em uma proporção alta 
ou baixa das atividades da entidade no exterior; 
(c) se os fluxos de caixa advindos das atividades da entidade no exterior afetam diretamente os 
fluxos de caixa da entidade que reporta a informação e estão prontamente disponíveis para 
remessa para esta; 
(d) se os fluxos de caixa advindos das atividades da entidade no exterior são suficientes para 
pagamento de juros e demais compromissos, existentes e esperados, normalmente presentes 
em título de dívida, sem que seja necessário que a entidade que reporta a informação 
disponibilize recursos para servir a tal propósito. 
 
12. Quando os indicadores acima estão mesclados e a determinação da moeda funcional não é 
um processo tão óbvio, a administração deve se valer de julgamento para determinar a moeda 
funcional que representa com maior fidedignidade os efeitos econômicos das transações, 
eventos e condições subjacentes. Como parte dessa abordagem, a administração deve priorizar 
os indicadores primários do item 9 antes de levar em consideração os indicadores enumerados 
nos itens 10 e 11, os quais são fornecidos para servirem como evidência adicional para 
determinação da moeda funcional da entidade. 
 
13. A moeda funcional da entidade reflete as transações, os eventos e as condições subjacentes 
que são relevantes para ela. Assim, uma vez determinada, a moeda funcional não deve ser 
alterada a menos que tenha ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições 
subjacentes. 
 
14. Se a moeda funcional é a moeda de economia hiperinflacionária, as demonstrações 
contábeis da entidade devem ser reelaboradas nos moldes do Pronunciamento Técnico CPC 42 
– Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (pelo método da correção 
integral enquanto não emitido esse Pronunciamento). A entidade não pode evitar a 
reapresentação nos moldes requeridos pelo Pronunciamento Técnico CPC 42 mediante, por 
exemplo, a eleição de outra moeda que não seja aquela determinada em consonância com este 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
8 
Pronunciamento Técnico como sua moeda funcional (tal como a moeda funcional de sua 
controladora). 
O aspecto mais importante, com relação à moeda funcional, é que se trata da moeda em que a empresa 
gera e desembolsa caixa. 
 
Geralmente, é a moeda do país em que ocorrem as operações e está apresentando as demonstrações 
contábeis. Por exemplo, a moeda funcional de uma empresa localizada na França normalmente será o 
Euro. 
Todavia, a moeda funcional de uma empresa situada no Brasil, mas que tenha sua sede na França, será o 
real. 
Uma vez determinada, a moeda funcional não deve sofrer alteração, a não ser que as transações, 
eventos e condições subjacentes (que determinam qual é a moeda funcional) também tenham se 
alterado. 
 
 
Moeda funcional
 
 
1) (Consulplan/Exame CFC/2018.1) 
A definição de moeda funcional é detalhada no Pronunciamento Técnico CPC (02). A entidade deve 
considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional, exceto: 
a) O ambiente econômico principal no qual a entidade opera. 
b) Se é a que mais influencia os custos para o fornecimento de produtos ou serviços. 
c) Que esta determinação pode ser livremente alterada pela Administração da Sociedade. 
d) Se é aquela por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento da Sociedade. 
Comentários: 
Questão que exige um pouco de conhecimento do CPC 02, mas que também pode ser resolvida com um 
pouco de bom senso. Senão vejamos. 
Vimos que a moeda funcional é a moeda em que a empresa gera e desembolsa caixa. 
A moeda funcional não é livremente escolhida pela administração da entidade. 
Se tenho uma empresa no Brasil, não posso, a meu dispor, apresentar as demonstrações contábeis em 
libras esterlinas.Portanto, o nosso gabarito é a letra c. 
Gabarito → C. 
 
2) (Consulplan/Exame CFC/2018.2) 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
9 
A NBC TG 02 detalha as definições de moeda funcional. Conforme previsto pelo NBC TG 02, a moeda 
funcional da entidade pode ser determinada por vários fatores. Todos os critérios a seguir podem ser 
utilizados como evidência para definir a moeda funcional, EXCETO: 
a) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços. 
b) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento. 
c) A moeda na qual a flutuação cambial é a menor possível quando comparada ao dólar norte-americano. 
d) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais são usualmente 
acumulados. 
Comentários: 
De posse do que foi dito acima, o gabarito é a letra c. 
Não há correlação necessária da moeda funcional com o dólar norte americano. 
Gabarito → C. 
 
1.3 - Transações Em Moeda Estrangeira 
20. Uma transação em moeda estrangeira é a transação que é fixada ou requer sua liquidação 
em moeda estrangeira, incluindo transações que são originadas quando a entidade: 
 
(a) compra ou vende bens ou serviços cujo preço é fixado em moeda estrangeira; 
(b) obtém ou concede empréstimos, quando os valores a pagar ou a receber são fixados em 
moeda estrangeira; ou 
(c) de alguma outra forma, adquire ou desfaz-se de ativos, ou assume ou liquida passivos 
fixados em moeda estrangeira. 
 
Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, no momento inicial, pela 
moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda 
estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira. 
A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins de reconhecimento, de 
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
1.3.1 - Reconhecimento Inicial 
O reconhecimento inicial é simples. Aplicamos a taxa de cambio à vista (portanto, a taxa do dia do 
reconhecimento da transação) ao valor em moeda estrangeira. 
Quanto à data de reconhecimento, para compra de ativos, a regra geral é que deve ser observada a data 
em que o ativo está pronto para o uso. 
• Compra ou venda bens e serviços, fixados em moeda estrangeira
• Empréstimos obtidos ou concedidos em moeda estrangeira
• Aquisição ou venda de ativos e passivos em moeda estrangeira
Operações em moeda estrangeira
 
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10 
Assim, no caso de estoque (que já podem ser usados ou vendidos imediatamente), usamos a data da 
entrada no estabelecimento. 
Para imobilizado, a data que ele está pronto para uso, nas condições pretendidas pela administração. 
Se for importado, geralmente usamos a taxa de desembaraço aduaneiro. 
No pronunciamento consta que “a taxa média de uma semana ou um mês pode ser usada para todas as 
transações, em cada moeda estrangeira, ocorridas durante aquele período”. 
Seria o caso, por exemplo, de uma empresa que realiza diversas exportações durante o mês e converte 
todas elas pela taxa média do mês (taxa inicial + taxa final)/2. 
Isto era muito útil antigamente, no tempo em que as operações eram controladas manualmente. Agora, 
com o uso dos computadores, as empresas podem efetuar a conversão de cada operação usando a taxa do 
dia da operação. 
Mas a possibilidade do uso da taxa média permanece, e pode ser cobrada em questões de concursos. 
 
 
3) (Consulplan/Exame CFC/2018.1) 
Uma empresa agroindustrial que tem o real como moeda funcional importou uma colheitadeira no valor de 
US$ 10.000,00 (dez mil dólares). Por ocasião do desembaraço aduaneiro, efetuado no dia 30 de abril, 
foram pagos tributos não recuperáveis no montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais). A colheitadeira foi 
usada ao longo do mês de maio. O pagamento foi acordado para ser efetuado em 30 de junho, ao final da 
colheita da safra. 
As cotações hipotéticas do dólar no período são: 
Data Cotação do dólar 
30 de abril US$ 1 = R$ 3,30 
30 de maio US$ 1 = R$ 3,60 
30 de junho US$ 1 = R$ 4,00 
Tendo em vista as informações apresentadas anteriormente bem como o disposto nas Normas Brasileiras 
de Contabilidade sobre conversão de demonstrações contábeis e ativo imobilizado, é correto afirmar que 
deverá ser registrado o valor desta colheitadeira em 30 de abril: 
a) R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais). 
b) R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). 
c) R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). 
d) R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). 
Comentários: 
Reconhecimento inicial
Taxa de câmbio à vista 
(data da operação)
Pode ser utilizada 
taxa média
 
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11 
A colheitadeira foi usada ao longo do mês de maio. Isso significa que no desembaraço aduaneiro ela já 
estava pronta para uso. 
Portanto, nesta data, em 30 de abril, faremos a conversão para reais. 
U$ 10.000,00 x 3,30 = R$ 33.000,00. 
Além disso, há incidência de impostos no valor de R$ 2.000,00 que devem ser acrescidos. 
Portanto, o nosso gabarito é a letra b (35.000,00). 
Gabarito → B. 
 
4) (FBC/Exame CFC/2016.2) 
Uma Construtora, cuja moeda funcional é o Real (R$), importou um guindaste para utilização em sua 
atividade de construção civil, pelo período de 10 anos. 
Considere que a moeda de realização da transação de compra é uma moeda hipotética denominada 
Estrangeiro (ES$). 
O guindaste foi adquirido por ES$15.000,00, com pagamento previsto para 31.8.2016. 
Por ocasião do desembaraço aduaneiro, em 30.6.2016, a Construtora incorreu em gastos no valor total de 
R$5.000,00, referentes a impostos de importação, não recuperáveis, pagos à vista. 
O guindaste foi colocado em uso em 1º.7.2016. 
As cotações do ES$ no período foram: 
Data Cotação do ES$ 
30.6.2016 1ES$ = R$4,00 
31.7.2016 1ES$ = R$5,00 
31.8.2016 1ES$ = R$6,00 
Considerando-se somente as informações apresentadas, e o disposto na NBC TG 02 (R1) – EFEITOS DAS 
MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS e NBC TG 27 (R3) – 
ATIVO IMOBILIZADO, é CORRETO afirmar que: 
a) em 30.6.2016, o Passivo Circulante da empresa apresentou valor total de R$90.000,00. 
b) em 30.6.2016, o Ativo Não Circulante – Imobilizado totalizou o valor de R$55.000,00. 
c) em 30.6.2016, no Resultado, deve ser considerado como despesa com imposto de importação o valor de 
R$5.000,00. 
d) em 30.6.2016, o Ativo Não Circulante – Imobilizado totalizou o valor de R$65.000,00. 
Comentários: 
Como o desembaraço aduaneiro foi em 30.06, utilizaremos esta data para a conversão. A questão enfatiza 
que o guindaste foi colocado em 1.7. 
E$ 15.000 x R$ 4 = R$ 60.000 
A este valor, temos de somar os R$ 5.000,00 de tributos incidentes. 
Temos um valor do guindaste, portanto, de R$ 65.000,00. 
 
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12 
O lançamento será: 
D – Ativo não circulante – Imobilizado 65.000,00 
C – Fornecedores a pagar – Passivo Circulante 65.000,00 
Gabarito → D. 
1.3.2 - Mensuração Subsequente 
Vamos estudar agora como ficam as transações em moeda estrangeira nos balanços subsequentes ao 
reconhecimento inicial. 
Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes 
 
23. Ao término de cada período de reporte: 
 
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de 
câmbio de fechamento; 
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em moeda estrangeira 
devem ser convertidos, usando-se a taxa de câmbio vigente na data da transação; e 
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira devem 
ser convertidos, usando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver 
sido mensurado. (Alterada pela Revisão CPC 03) 
ITEM AVALIAÇÃO 
Itens monetários Taxa de fechamento 
Itens não monetários mensurados ao custo histórico Taxa na data da transação 
Itens não monetários mensurados aovalor justo Taxa da data em que valor justo foi mensurado 
 
Ficou difícil de entender? 
Vamos exemplificar! 
Nos balanços encerrados após o reconhecimento inicial, as transações vinculadas à moeda estrangeira são 
avaliadas assim: 
1) Itens monetários: são convertidos usando a taxa da data do balanço (taxa de fechamento), e, portanto, 
irão gerar variação cambial. 
 
Exemplifique-se. 
- Uma empresa contrata um empréstimo, no valor de 100.000 dólares, em outubro/X1, quando a taxa era 
de R$ 2,00. 
- Em dezembro de X1, o empréstimo ainda está em aberto e a taxa do câmbio do dólar passou para R$ 
2,10. 
- Isso iria gerar a seguinte contabilização: US$ 100.000 x R$ 2,10 = 210.000. 
Item monetário
Taxa de fechamento 
(data do balanço)
Geram variação 
cambial
 
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13 
Na contratação, em outubro: 
D – Banco 200.000 
C – Empréstimos do exterior a pagar 200.000 
Razonetes: 
200.000,00R$ 200.000,00R$ 
Banco Empréstimo a pagar
 
Em dezembro/X1 
D –Despesa financeira – variação cambial (resultado) 10.000 
C – Empréstimos do exterior a pagar 10.000 
Razonetes: 
10.000,00R$ 200.000,00R$ 
10.000,00R$ 
Variação cambial (despesa) Empréstimo a pagar
 
2) Itens não-monetários mensurados ao custo histórico: 
São convertidos usando a taxa da data da transação. 
 
Exemplo: 
- Uma empresa importa uma máquina, no valor de 100.000 dólares, a qual entrou em funcionamento em 
outubro/X1, quando a taxa era de R$ 2,00. 
- O pagamento foi efetuado também em outubro/X1. Em dezembro de X1, a taxa de câmbio do dólar 
passou para R$ 2,10. 
Isso iria gerar a seguinte contabilização: 
Em outubro, quando a máquina entrou em uso e o pagamento foi efetuado: 
D – Imobilizado 200.000 
C – Bancos 200.000 
Razonetes: 
200.000,00R$ 200.000,00R$ 
Imobilizado Bancos
 
Em dezembro/X1, não haverá nenhuma contabilização, pois os itens não-monetários são convertidos pela 
taxa da data da transação. Portanto, o valor da máquina em reais continuaria sendo de 200.000, mesmo 
com a variação da taxa de cambio. 
5) (FBC/Exame CFC/2013.2) 
Item não monetário 
ao custo histórico
Taxa da data da 
transação
Não geram variação 
cambial
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
14 
Em 14.11.2012, uma sociedade empresária adquiriu, a prazo, de um fornecedor situado no exterior, uma 
máquina para incorporar ao seu Ativo Imobilizado por 100.000,00 dólares americanos. 
Considerando que a taxa de câmbio utilizada para converter um Dólar em Real, em 14.11.2012, era de 
R$2,06 e, em 31.12.2012, era de R$2,04, é CORRETO afirmar que: 
a) O valor que constará no Contas a Pagar da sociedade em 31.12.2012 será de R$204.000,00. 
b) O valor que constará no Contas a Pagar da sociedade em 31.12.2012 será de R$206.000,00. 
c) O valor que constará no Contas a Pagar e no Imobilizado, em 31.12.2012, será de R$204.000,00. 
d) O valor que constará no Contas a Pagar e no Imobilizado, em 31.12.2012, será de R$206.000,00. 
Comentários: 
Portanto, no registro inicial teremos: 
D – Máquinas (Ativo Não Circulante – Imobilizado) 206.000,00 
C – Contas a pagar (Passivo) 206.000,00 
Em dezembro, dia 31.12, teremos: 
D – Contas a pagar (Passivo) 2.000,00 
C – Variação monetária (Receita) 2.000,00 
O que nos dará saldo: 
Máquinas 206.000,00 
Contas a pagar 204.000,00 
Gabarito → A. 
 
6) (FBC/Exame CFC/2013.1) 
Uma sociedade empresária adquiriu, em 16.11.2012, mercadorias de um fornecedor estrangeiro por 
US$100,000.00 para pagamento no prazo de 90 dias. A moeda funcional da entidade é o Real. 
A cotação do dólar era de R$2,25, em 16.11.2012, e de R$2,42, em 31.12.2012. Até o encerramento do 
balanço, as mercadorias permaneciam em estoque, e o saldo de fornecedores permanecia em aberto. 
Considerando o que determina a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de 
Demonstrações Contábeis, em 31.12.2012, os saldos de Estoque de Mercadorias e Fornecedores no 
Balanço Patrimonial eram, respectivamente: 
a) R$225.000,00 e R$225.000,00. 
b) R$225.000,00 e R$242.000,00. 
c) R$242.000,00 e R$225.000,00. 
d) R$242.000,00 e R$242.000,00. 
Comentários: 
Na data da compra: 
D – Estoques (Ativo) 225.000,00 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
15 
C – Fornecedores (Passivo) 225.000,00 
Todavia, como a conta fornecedor é um item monetário, gera variação cambial, que, neste caso, será de R$ 
0,17 (R$ 2,42 – 2,25). 
D – Variação cambial (Despesa) 17.000,00 
C – Fornecedores (Passivo) 17.000,00 
Teremos, portanto, saldo de: 225.000,00 para os estoques e 242.000,00 para os fornecedores. 
Gabarito → B. 
 
7) (FBC/Exame CFC/2015.2) 
Em 15.12.2014, uma Sociedade Empresária, cuja moeda funcional é o Real, adquiriu mercadoria para 
revenda importada, a prazo, com pagamento previsto para 15.1.2015, com base na cotação de uma moeda 
estrangeira – nesse caso, hipotética e denominada Estrangeiro (ES$)* –, no montante de ES$ 10.000,00. 
Sabe-se que a mercadoria não havia sido revendida nem o pagamento efetuado até 31.12.2014. As taxas 
de câmbio do Estrangeiro (ES$), em relação ao Real (R$), estão apresentadas na tabela a seguir: 
Data Estrangeiro (ES$)* Real (R$) 
15.12.2014 1,00 1,80 
31.12.2014 1,00 2,00 
15.1.2015 1,00 2,10 
Em 31.12.2014, o preço de venda estimado para a mercadoria mencionada era de R$26.000,00, e a 
despesa para vender era de R$2.000,00. 
Considerando-se que não havia saldos anteriores de estoque, com base apenas nas informações ora 
apresentadas e desconsiderando-se os aspectos tributários, o valor dessa mercadoria a ser apresentado no 
Balanço Patrimonial, encerrado em 31.12.2014, é de: 
a) R$18.000,00. 
b) R$20.000,00. 
c) R$21.000,00. 
d) R$24.000,00. 
Comentários: 
Na compra, em 15.12, lançaremos: 
D – Estoques 18.000,00 
C – Fornecedores 18.000,00 
Em dezembro/X1, não haverá nenhuma contabilização, pois os itens não-monetários são convertidos pela 
taxa da data da transação. Portanto, o valor do estoques em reais continuaria sendo de 18.000, mesmo 
com a variação da taxa de câmbio. 
Gabarito → A. 
3) Itens não-monetários mensurados ao valor justo: 
São convertidos usando a taxa da data em que o valor justo foi mensurado. 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
16 
Portanto, a partir daí, não geram mais variação cambial. 
No reconhecimento da variação cambial referente às transações em moeda estrangeira, os pontos acima 
são os mais importantes. 
Então, vamos praticar? 
1.3.3 - Reconhecimento De Variação Cambial 
28. As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da conversão de 
itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos quando da 
mensuração inicial, durante o período ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser 
reconhecidas na demonstração do resultado no período em que surgirem, com exceção 
daquelas descritas no item 32. 
 
29. Quando itens monetários são originados de transações em moeda estrangeira e há 
mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, surge uma 
variação cambial. Quando a transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em que 
foi originada, toda a variação cambial deve ser reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, 
quando a transação é liquidada em período contábil subsequente, a variação cambial 
reconhecida em cada período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela mudança 
nas taxas de câmbio ocorrida durante cada período. 
Comentários: 
Os itens 28 e 29, acima, esclarecem que a variação cambial deve ser apropriada seguindo o regime de 
competência. Ou seja, se determinada transação é contratada em outubro/X1 e deverá ser liquidada em 
julho/X2, a variação cambialocorrida entre outubro/X1 e dezembro/X1 deve ser contabilizada no ano de 
X1 (supondo, naturalmente, que a entidade encerra seus demonstrativos em 31/12 de cada ano). 
30. Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for reconhecido em conta 
específica de outros resultados abrangentes, qualquer variação cambial atribuída a esse 
componente de ganho ou perda deve ser também reconhecida em conta específica de outros 
resultados abrangentes. Por outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre item não 
monetário for reconhecido na demonstração do resultado do período, qualquer variação 
cambial atribuída a esse ganho ou perda deve ser também reconhecida na demonstração do 
resultado do período. 
Portanto, o acessório acompanha o principal, vale dizer, se o ganho ou perda do item não monetário for 
reconhecido no PL, a variação cambial também o será. Se o ganho ou perda sobre itens não monetário 
for reconhecido no resultado, a variação cambial também deverá ser reconhecida no resultado. 
1.4 - Alteração da Moeda Funcional 
35. Quando há alteração na moeda funcional da entidade, a entidade deve aplicar, 
prospectivamente, os procedimentos de conversão requeridos à nova moeda funcional a partir 
da data da alteração. 
 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
17 
 
 
36. Conforme ressaltado no item 13, a moeda funcional da entidade reflete as transações, os 
eventos e as condições subjacentes que são relevantes para a entidade. Portanto, uma vez 
determinada a moeda funcional, ela somente pode ser alterada se houver mudança nas 
transações, nos eventos e nas condições subjacentes. Por exemplo, uma alteração na moeda 
que influencia fortemente os preços de venda de bens e serviços pode conduzir a alteração na 
moeda funcional da entidade. 
 
37. O efeito da alteração na moeda funcional deve ser tratado contabilmente de modo 
prospectivo. Objetivamente, a entidade deve converter todos os itens para a nova moeda 
funcional, utilizando a taxa de câmbio observada na data da alteração. Os montantes 
resultantes da conversão, no caso dos itens não monetários, devem ser tratados como se 
fossem seus custos históricos. Variações cambiais advindas da conversão da entidade no 
exterior, previamente reconhecidas em outros resultados abrangentes, de acordo com os itens 
32 e 39(c), não devem ser transferidas do patrimônio líquido para a demonstração do resultado 
até a baixa da entidade no exterior. 
É importante destacar que pode haver mudança na moeda funcional, se houver alteração nas transações, 
nos eventos e nas condições em que a empresa opera. 
Se ocorrer a alteração da moeda funcional, a entidade deverá converter todos os itens (monetários e não-
monetários) para a nova moeda, usando a cotação da data da alteração (data em se adotou a nova moeda 
funcional). 
Os efeitos da alteração devem ser tratados contabilmente de forma prospectiva, ou seja, da data da 
alteração em diante, sem alterar as demonstrações passadas. 
Continuando... 
1.4.1 - Uso De Moeda De Apresentação Diferente Da Moeda Funcional 
1.4.2 - Conversão Para A Moeda De Apresentação 
38. A entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou 
moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações contábeis difere da moeda funcional 
da entidade, seus resultados e sua posição financeira devem ser convertidos para a moeda de 
apresentação. Por exemplo, quando um grupo econômico é composto por entidades 
individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e a posição financeira de cada 
entidade devem ser expressos na mesma moeda comum a todas elas, para que as 
demonstrações contábeis consolidadas possam ser apresentadas. 
 
39. Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional não é moeda de 
economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda de apresentação diferente, 
adotando-se os seguintes procedimentos: 
 
Alteração 
Moeda Funcional
Aplicação 
Prospectiva
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
18 
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (incluindo os balanços 
comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de câmbio de fechamento na data 
do respectivo balanço; 
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou demonstração do 
resultado apresentada (incluindo as demonstrações comparativas) devem ser convertidas pelas 
taxas de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações; e 
(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros resultados 
abrangentes. 
 
40. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes nas datas das 
transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser normalmente utilizada para 
converter itens de receita e despesa. Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem 
significativamente, o uso da taxa de câmbio média para o período é inapropriado. 
 
41. As variações cambiais mencionadas no item 39(c) são decorrentes de: 
 
(a) conversão de receitas e despesas pela taxas de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das 
transações e conversão de ativos e passivos pela taxa de câmbio de fechamento; 
(b) conversão dos saldos de abertura de ativos líquidos (patrimônio líquido) pela taxa de 
câmbio de fechamento atual, que difere da taxa de câmbio de fechamento anterior. 
 
Essas variações cambiais não devem ser reconhecidas na demonstração do resultado porque as 
mudanças nas taxas de câmbio têm pouco ou nenhum efeito direto sobre os fluxos de caixa 
atuais e futuros advindos das operações. O montante acumulado das variações cambiais deve 
ser apresentado em conta específica separada do patrimônio líquido até que ocorra a baixa da 
entidade no exterior. Quando as variações cambiais são relacionadas a uma entidade no 
exterior que é consolidada, porém não é controlada integralmente, as variações cambiais 
acumuladas advindas da conversão e atribuídas às participações de não controladores devem 
ser a estas alocadas e devem ser, dessa forma, reconhecidas no balanço patrimonial 
consolidado. 
Abaixo, uma questão para explicar em detalhes como fazer a conversão de demonstrações contábeis em 
moeda estrangeira para real. Deverá esclarecer, também, o cálculo do ajuste acumulado de conversão. 
Questão – Investimento no exterior e conversão de demonstrações contábeis 
A Cia KLS, sediada em São Paulo, constituiu a empresa ABC em Paris, e integralizou o Capital Social, no 
valor de 20.000 euros, no dia 01/11/X1. 
Cotação em 01/11/X1: 1 euro = 2 reais 
Lançamento na KLS após o investimento: 
Capital social: 20.000 euros x 2 reais = 40.000 reais 
D - Investimentos no Exterior 40.000 reais 
C – Caixa / bancos 40.000 reais 
Razonetes: 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
19 
40.000,00R$ 40.000,00R$ 
Investimentos - Exterior Caixa
 
Balanço inicial da empresa ABC (em euros) 01/11/X1 
Caixa 20.000 
Capital Social 20.000 
Durante os meses de novembro e dezembro de X1, a empresa ABC não efetuou nenhuma operação, 
permanecendo com o mesmo balanço inicial. 
Cotação de 31/12/X1: 1 euro = 1,90 reais 
1. Indique o lançamento contábil na empresa KLS, em 31/12/X1: 
a) D – Caixa / bancos 2.000 
 C – Capital Social 2.000 
b) Não houve lucro ou prejuízo na Controlada Abc no Exterior; portanto, não há lançamento na 
controladora KLS 
c) D – Variação cambial (resultado) 2.000 
C – Investimentos no exterior (ANC) 2.000 
d) D – Ajustes acumulados de conversão (PL) 2.000 
C – Investimentos no exterior (ANC) 2.000 
e) D – Variação cambial ( resultado) 2.000 
C – Ajustes acumulados de conversão (ANC) 2.000 
Durante o ano de X2, a controlada ABC realizou diversas operações, apresentando os seguintes 
demonstrativos em 31/12/x2: 
 
 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM20 
Considerando as cotações abaixo, responda às questões: 
Cotação de 31/12/X1: 1 euro = 1,90 reais 
Cotação de 31/12/X2: 1 euro = 2,40 reais 
Cotação média de X2: 1 euro = 2,20 reais 
2. Indique o valor em reais a ser reconhecido no resultado do exercício da Cia KLS em 31/12/X2 
a) 8.450 
b) 7.140 
c) 6.259 
d) 4.950 
e) 3.549 
3. Indique o valor em reais da conta ajuste acumulado de conversão na Cia KLS em 31/12/X2 
a) 8.450 
b) 7.140 
c) 6.259 
d) 4.950 
e) 3.549 
4. Indique o valor do investimento na Cia KLS, em 31/12/X2 
a) 38.000 
b) 40.000 
c) 53.400 
d) 63.500 
e) 73.200 
Resolução das questões 
Para converter demonstrações contábeis de uma moeda estrangeira para o Real, usamos os seguintes 
procedimentos: 
 
• 1. Ativo e passivo: usamos a taxa de fechamento da data do balanço 
• 
• 2. Patrimônio líquido: usamos a taxa histórica, ou seja, a taxa de conversão da data em que 
foi contabilizado o item no PL. 
• 
• 3. Demonstração do resultado do exercício: deve ser usada a taxa da data da transação. Mas 
é aceitável usar uma taxa média (por exemplo, converter todas as vendas de um mês pela taxa 
média do mês), desde que as vendas sejam distribuídas normalmente e a taxa também não 
apresente alterações que possam distorcer os dados. 
• 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
21 
• 4. Depois de efetuarmos os cálculos acima, o valor do ativo não irá bater com o valor do 
passivo + PL. A diferença (que era chamada de “ganhos ou perdas na conversão”) constituirá o 
chamado “ajuste acumulado de conversão”, e será contabilizado no PL. 
Grupo Taxa utilizada 
Ativo e Passivo Taxa de fechamento 
PL Taxa histórica (taxa de conversão) 
DRE Taxa da data da transação (ou taxa média) 
 
Parece complicado, mas, com a resolução da questão, ficará mais fácil. 
Questão de n. 1 
Vamos resolver a primeira questão: 
Ativo Euros Cotação Reais Patrimônio Líquido Euros Cotação Reais 
Caixa/bancos 20.000 1,9 38.000 Capital Social 20.000 2 40.000 
 
 
Ganhos/perdas na conversão 
 
-2.000 
Total ativo 38.000 Total do patrimônio líquido 38.000 
Para o ativo (que só tem a conta caixa) usamos a taxa de fechamento de 1,90. 
Para o PL, usamos a taxa histórica de 2,00. 
Assim, obtemos um ativo de R$ 38.000 e um PL de R$ 40.000. A diferença (perda de R$ 2000) refere-se à 
perda na conversão (que chamaremos de ajuste acumulado de conversão). Essa perda não decorre de 
atividades da empresa, que, aliás, não teve nenhuma atividade neste ano, conforme dados da questão. 
É puramente cambial, em virtude da variação do euro de R$ 2,00 para R$ 1,90, e, portanto, não afeta o 
resultado do exercício. 
Repare que o valor do investimento (ativo da controladora) passou de R$ 40.000 reais para R$ 38.000 reais. 
O lançamento na controladora fica assim: 
D – Ajuste Acumulado de Conversão (PL) 2.000 
C – Investimentos no exterior (AÑC) 2.000 
Razonetes: 
2.000,00R$ 2.000,00R$ 
Ajuste Acumulado Conv. Investimen. Exterior
 
Gabarito → D 
Continuação da resolução... 
Continuando a resolução das outras questões, vamos converter as demonstrações acima, de euros para 
reais: 
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/X2 
Ativo Euros Cotação Reais Passivo Euros Cotação Reais 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
22 
Caixa / bancos 16.000 2,4 38.400 Fornecedores 7.000 2,4 16.800 
Clientes 8.000 2,4 19.200 Aluguéis a pagar 500 2,4 1.200 
Estoque 6.500 2,4 15.600 Tributos a recolher 750 2,4 1.800 
 
 
Total Passivo 8.250 
 
19.800 
 
 
Capital Social 20.000 2 40.000 
 
 
Lucro Líquido 2.250 
 
4.950 
 
 
Ganho/perda conversão 
 
8.450 
 
 
Total PL 22.250 
 
53.400 
Total Ativo 30.500 73.200 Total Passivo + PL 30.500 73.200 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Euros Cotação Reais 
Vendas 12.000 2,2 26.400 
(-) CMV -4.500 2,2 -9.900 
Lucro bruto 7.500 
 
16.500 
Salários -2.000 2,2 -4.400 
Despesas vendas -1.500 2,2 -3.300 
Despesas aluguéis -1.000 2,2 -2.200 
Lucro antes Tributos 3.000 
 
6.600 
Tributos -750 2,2 -1.650 
Lucro líquido 2.250 
 
4.950 
Questão de n. 2 
A DRE deve ser convertida pela taxa da data da transação, sendo aceitável o uso de taxa média. Acima, 
convertemos toda a DRE, mas podemos usar o seguinte cálculo: 
Lucro líquido 2.250 euros x taxa média de R$ 2,20 = R$ 4.950 reais. 
Este valor refere-se a um lucro efetivo, apurado pela controlada no exterior. 
Como é uma controlada integral (a controladora tem 100% de participação), reconhecemos este lucro na 
controladora pela equivalência patrimonial: 
D – Investimento no Exterior (ativo) 4.950 
C – Resultado da equivalência Patrimonial (resultado) 4.950 
Gabarito → D. 
Questão de n. 3 
O ativo, convertido pela taxa de fechamento (2,40), é de R$ 73.200. 
O passivo, convertido pela taxa de fechamento (2,40), é de R$ 19.800. 
O capital social, convertido pela taxa histórica (2,00), é de R$ 40.000. 
E o lucro do exercício (taxa média de 2,20) é de R$ 4.950. 
A diferença (73.200 – 19.800 – 40.000 – 4.950 = 8450) é o valor do ajuste acumulado de conversão. 
Vejamos a contabilização. 
A conta de Investimentos no Exterior apresenta o seguinte saldo: 40.000 – 2.000 + 4.950 = R$ 42.950. 
O valor do PL em reais da empresa no exterior é de 53.400 (ativo de 73.200 reais - passivo de 19.800). 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
 
 
23 
Assim, temos que complementar essa conta (investimento) no valor de 53.400 – 42.950 = R$ 10.450,00. 
D – Investimento no Exterior (ativo) 10.450 
C – Ajuste acumulado de conversão (PL) 10.450 
A conta ajuste acumulado de conversão apresentava um saldo de R$ 2.000,00 devedor (veja questão 1, 
acima). 
Com o crédito de 10.450 nesta conta, o saldo passa para 8.450 credor. 
Este valor “bate” com o ganho de conversão (ajuste acumulado de conversão) apurado no balanço 
convertido de 31/12/X2 (veja acima o balanço completo convertido). 
Vem daí o nome da conta. Ela sempre irá bater com a posição acumulada, e não apenas com a perda ou 
ganho de conversão auferido no ano (o ganho de conversão do ano foi de 10.450, mas o saldo mostra 
8.450). 
Gabarito → A. 
Questão de n. 4 
Este item foi explicado na questão anterior. Passemos a contabilização completa. 
1. Pelo investimento 
D – Investimentos no exterior (ANC) 40.000 
C – Caixa/bancos 40.000 
2. Pela conversão em 31/12/X1 
D – Ajustes de conversão acumulados (PL) 2.000 
C - Investimentos no exterior (ANC) 2.000 
3. Pela equivalência Patrimonial em 31/12/X2 
D – Investimentos no exterior (ANC) 4.950 
C – Resultado da Equivalência Patrimonial 4.950 
4. Pela variação cambial (ganhos / perdas na conversão) 
D – Investimentos no exterior (ANC) 10.450 
C - Ajustes de conversão acumulados (PL) 10.450 
OBS: Para a prova, não há necessidade de se fazer todos esses cálculos. Calcule diretamente. 
• Assim: Ativo – passivo = 22.250 euros x 2,40 = 53.400 reais 
• Lucro líquido: 2.250 euros x 2,2 = 4.950 reais (vai para resultado) 
• Capital: 20.000 euros x 2,00 = 40.000 reais 
• Ajuste acumulado de conversão: 53.400 – 4950 – 40.000 = 8.450 reais. 
O valor do Ajuste Acumulado de Conversão também pode ser calculado diretamente, da seguinte forma: 
• PL: Diferença de taxa x PL → (2,40 – 2,00) x US$ 20.000 = R$ 8.000 (1) 
 
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• Lucro do exercício: (2,40 – 2,20) x US$ 2.250 = R$ 450 (2) 
• Soma (1) + (2) = 8.000 + 450 = R$ 8.450. 
Vimos acima como calcular o valor da variação cambial que vai para o PL, na conta Ajuste Acumulado de 
Conversão, bem como os procedimentos para a conversão das demonstrações contábeis para moeda 
estrangeira. Aliás, os pontos estudados acima são os mais importantes. 
Gabarito → C. 
8) (FBC/Exame CFC/2013.1) 
Uma sociedade empresária, controlada por um grupo empresarial sediado em Portugal, iniciou suas 
atividades no Brasil em 1º.1.2012. Na mesma data, o capital social foi totalmenteintegralizado. Em 
31.12.2012, foram apresentadas as seguintes demonstrações, em Reais, que é a moeda funcional da 
entidade: 
 
No ano de 2012, a cotação para cada Euro, €1,00, foi a seguinte: 
Cotações 
R$2,00 em 1º.1.2012 
R$3,00 em 31.12.2012 
R$2,50 cotação média no período 
A empresa utilizou a taxa de câmbio média para conversão das contas de resultado, uma vez que o 
resultado foi gerado uniformemente ao longo do ano e não ocorreram flutuações significativas na taxa de 
câmbio, ao longo do ano. 
 Assinale a opção INCORRETA em relação às demonstrações contábeis convertidas para Euro (€): 
a) Na Demonstração de Resultado em Euros, a Receita Líquida de Vendas do Período corresponde a 
€20.000mil. 
b) Na Demonstração de Resultado em Euros, o Prejuízo do Período corresponde a €800mil. 
c) No Balanço Patrimonial em Euros, o Ativo Total soma €9.333mil. 
d) No Balanço Patrimonial em Euros, o Patrimônio Líquido soma €3.333mil. 
Comentários: 
 
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Vamos lembrar... 
 
O ativo tem um total de R$ 28.000,00 e será convertido pela taxa de fechamento. 
O passivo tem um total de R$ 18.000,00 e será convertido pela taxa de fechamento. 
O capital social, de R$ 12.000,0 é convertido pela taxa histórica. 
O prejuízo do período é convertido pela taxa média. 
O mesmo vale para a receita líquida. 
Vale lembrar que os valores estão em R$ 1.000 e que, na questão, o euro vale mais do que o real. Assim, 
não temos que multiplicar, mas dividir os valores. 
 
a) Na Demonstração de Resultado em Euros, a Receita Líquida de Vendas do Período corresponde a 
€20.000mil. 
Errado. Este é o nosso gabarito. A receita líquida convertida soma 24.000 euros. 
b) Na Demonstração de Resultado em Euros, o Prejuízo do Período corresponde a €800mil. 
Correto. O prejuízo do período convertido soma 800.000 euros. 
c) No Balanço Patrimonial em Euros, o Ativo Total soma €9.333mil. 
Correto. O ativo convertido soma 9.333,33 euros. 
d) No Balanço Patrimonial em Euros, o Patrimônio Líquido soma €3.333mil. 
Correto. Aqui temos que achar o ajuste acumulado de conversão. Lembrando que a diferença das contas 
de ativo, passivo e PL é o ajuste acumulado de conversão. 
 
Grupo Taxa utilizada 
Ativo e Passivo Taxa de fechamento 
PL Taxa histórica (taxa de conversão) 
DRE Taxa da data da transação (ou taxa média) 
 
Valor em R$ Valor em Euro Total Convertido
Ativo 28.000,00R$ 3,00 € 9.333,33 € 
Passivo 18.000,00R$ 3,00 € 6.000,00 € 
Capital Social 12.000,00R$ 2,00 € 6.000,00 € 
Prejuízo Acumulado 2.000,00-R$ 2,50 € 800,00 €- 
Receita Líquida 60.000,00R$ 2,50 € 24.000,00 € 
44.533,33 € 
Passivo 6.000,00 € 
Capital social 6.000,00 € 
Prejuízo acumulado 800,00 €- 
Ajuste Acumulado 1.866,67 €- 
3.333,33 € 
Total do Ativo 9.333,33 € Total do P + PL 9.333,33 € 
Ativo 9.333,33 € 
PL
Balanço Patrominial
 
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Gabarito → A. 
 
 
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2 Resumo geral – taxa de câmbio 
Uma empresa pode ter transações em moeda estrangeira ou operações (controladas ou coligadas) no 
exterior 
1. No caso de transações: 
1.1. Reconhecimento inicial: é feito pela taxa de câmbio na data da transação 
2. Reconhecimentos subsequentes 
2.1. Itens monetários: são convertidos pela taxa de fechamento (taxa da data do balanço). A variação 
cambial vai para o resultado. 
2.2. Itens não monetários reconhecidos pelo custo: são convertidos pela taxa da data da transação, 
portanto não geram variação cambial. 
2.3. Itens não monetários reconhecidos pelo valor justo: são convertidos pela taxa da data de 
reconhecimento ao valor justo. 
3. Itens monetários com características de investimento liquido: ocorre quando valores a receber ou a 
pagar entre a investidora e a investida, sem previsão de liquidação. Nesse caso, tais valores são 
considerados parte do investimento líquido. 
3.1. Nas demonstrações individuais de cada empresa: a variação cambial desses itens monetários é 
reconhecida no resultado do exercício. 
3.2. Nas demonstrações consolidadas: a variação cambial dos itens monetários com natureza de 
investimento é reconhecida no Patrimônio Líquido. 
4. Para converter demonstrações em moeda estrangeira para real: 
4.1. Ativo e Passivo: use a Taxa de Fechamento (taxa da data do balanço) 
4.2. PL: use a taxa histórica (taxa da data em que o valor foi incluído no PL) 
4.3. DRE: use a taxa da data da transação OU taxa média. 
4.4. A diferença (ATIVO – (PASSIVO + PL)) é o Ajuste Acumulado de Conversão. 
4.5. O lucro ou prejuízo apurado vai para o Resultado, via Equivalência Patrimonial. 
4.6. O valor calculado conforme item 6.4 acima vai para o PL (Ajuste Acumulado de Conversão). 
5. Moeda funcional: é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. Pode ser 
alterada. 
 
 
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3 Questões Comentadas Nesta Aula 
1) (Consulplan/Exame CFC/2018.1) 
A definição de moeda funcional é detalhada no Pronunciamento Técnico CPC (02). A entidade deve 
considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional, exceto: 
a) O ambiente econômico principal no qual a entidade opera. 
b) Se é a que mais influencia os custos para o fornecimento de produtos ou serviços. 
c) Que esta determinação pode ser livremente alterada pela Administração da Sociedade. 
d) Se é aquela por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento da Sociedade. 
2) (Consulplan/Exame CFC/2018.2) 
A NBC TG 02 detalha as definições de moeda funcional. Conforme previsto pelo NBC TG 02, a moeda 
funcional da entidade pode ser determinada por vários fatores. Todos os critérios a seguir podem ser 
utilizados como evidência para definir a moeda funcional, EXCETO: 
a) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços. 
b) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento. 
c) A moeda na qual a flutuação cambial é a menor possível quando comparada ao dólar norte-americano. 
d) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais são usualmente 
acumulados. 
3) (Consulplan/Exame CFC/2018.1) 
Uma empresa agroindustrial que tem o real como moeda funcional importou uma colheitadeira no valor de 
US$ 10.000,00 (dez mil dólares). Por ocasião do desembaraço aduaneiro, efetuado no dia 30 de abril, 
foram pagos tributos não recuperáveis no montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais). A colheitadeira foi 
usada ao longo do mês de maio. O pagamento foi acordado para ser efetuado em 30 de junho, ao final da 
colheita da safra. 
As cotações hipotéticas do dólar no período são: 
Data Cotação do dólar 
30 de abril US$ 1 = R$ 3,30 
30 de maio US$ 1 = R$ 3,60 
30 de junho US$ 1 = R$ 4,00 
Tendo em vista as informações apresentadas anteriormente bem como o disposto nas Normas Brasileiras 
de Contabilidade sobre conversão de demonstrações contábeis e ativo imobilizado, é correto afirmar que 
deverá ser registrado o valor desta colheitadeira em 30 de abril: 
a) R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais). 
b) R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). 
c) R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). 
d) R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). 
 
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4) (FBC/Exame CFC/2016.2) 
Uma Construtora, cuja moeda funcional é o Real (R$), importou um guindaste para utilização em sua 
atividade de construção civil, pelo período de 10 anos. 
Considere que a moeda de realização da transação de compra é uma moeda hipotética denominada 
Estrangeiro (ES$). 
O guindaste foi adquirido por ES$15.000,00, com pagamento previsto para 31.8.2016. 
Por ocasião do desembaraço aduaneiro, em 30.6.2016, a Construtoraincorreu em gastos no valor total de 
R$5.000,00, referentes a impostos de importação, não recuperáveis, pagos à vista. 
O guindaste foi colocado em uso em 1º.7.2016. 
As cotações do ES$ no período foram: 
Data Cotação do ES$ 
30.6.2016 1ES$ = R$4,00 
31.7.2016 1ES$ = R$5,00 
31.8.2016 1ES$ = R$6,00 
Considerando-se somente as informações apresentadas, e o disposto na NBC TG 02 (R1) – EFEITOS DAS 
MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS e NBC TG 27 (R3) – 
ATIVO IMOBILIZADO, é CORRETO afirmar que: 
a) em 30.6.2016, o Passivo Circulante da empresa apresentou valor total de R$90.000,00. 
b) em 30.6.2016, o Ativo Não Circulante – Imobilizado totalizou o valor de R$55.000,00. 
c) em 30.6.2016, no Resultado, deve ser considerado como despesa com imposto de importação o valor de 
R$5.000,00. 
d) em 30.6.2016, o Ativo Não Circulante – Imobilizado totalizou o valor de R$65.000,00. 
5) (FBC/Exame CFC/2013.2) 
Em 14.11.2012, uma sociedade empresária adquiriu, a prazo, de um fornecedor situado no exterior, uma 
máquina para incorporar ao seu Ativo Imobilizado por 100.000,00 dólares americanos. 
Considerando que a taxa de câmbio utilizada para converter um Dólar em Real, em 14.11.2012, era de 
R$2,06 e, em 31.12.2012, era de R$2,04, é CORRETO afirmar que: 
a) O valor que constará no Contas a Pagar da sociedade em 31.12.2012 será de R$204.000,00. 
b) O valor que constará no Contas a Pagar da sociedade em 31.12.2012 será de R$206.000,00. 
c) O valor que constará no Contas a Pagar e no Imobilizado, em 31.12.2012, será de R$204.000,00. 
d) O valor que constará no Contas a Pagar e no Imobilizado, em 31.12.2012, será de R$206.000,00. 
6) (FBC/Exame CFC/2013.1) 
Uma sociedade empresária adquiriu, em 16.11.2012, mercadorias de um fornecedor estrangeiro por 
US$100,000.00 para pagamento no prazo de 90 dias. A moeda funcional da entidade é o Real. 
A cotação do dólar era de R$2,25, em 16.11.2012, e de R$2,42, em 31.12.2012. Até o encerramento do 
balanço, as mercadorias permaneciam em estoque, e o saldo de fornecedores permanecia em aberto. 
 
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Considerando o que determina a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de 
Demonstrações Contábeis, em 31.12.2012, os saldos de Estoque de Mercadorias e Fornecedores no 
Balanço Patrimonial eram, respectivamente: 
a) R$225.000,00 e R$225.000,00. 
b) R$225.000,00 e R$242.000,00. 
c) R$242.000,00 e R$225.000,00. 
d) R$242.000,00 e R$242.000,00. 
7) (FBC/Exame CFC/2015.2) 
Em 15.12.2014, uma Sociedade Empresária, cuja moeda funcional é o Real, adquiriu mercadoria para 
revenda importada, a prazo, com pagamento previsto para 15.1.2015, com base na cotação de uma moeda 
estrangeira – nesse caso, hipotética e denominada Estrangeiro (ES$)* –, no montante de ES$ 10.000,00. 
Sabe-se que a mercadoria não havia sido revendida nem o pagamento efetuado até 31.12.2014. As taxas 
de câmbio do Estrangeiro (ES$), em relação ao Real (R$), estão apresentadas na tabela a seguir: 
Data Estrangeiro (ES$)* Real (R$) 
15.12.2014 1,00 1,80 
31.12.2014 1,00 2,00 
15.1.2015 1,00 2,10 
Em 31.12.2014, o preço de venda estimado para a mercadoria mencionada era de R$26.000,00, e a 
despesa para vender era de R$2.000,00. 
Considerando-se que não havia saldos anteriores de estoque, com base apenas nas informações ora 
apresentadas e desconsiderando-se os aspectos tributários, o valor dessa mercadoria a ser apresentado no 
Balanço Patrimonial, encerrado em 31.12.2014, é de: 
a) R$18.000,00. 
b) R$20.000,00. 
c) R$21.000,00. 
d) R$24.000,00. 
8) (FBC/Exame CFC/2013.1) 
Uma sociedade empresária, controlada por um grupo empresarial sediado em Portugal, iniciou suas 
atividades no Brasil em 1º.1.2012. Na mesma data, o capital social foi totalmente integralizado. Em 
31.12.2012, foram apresentadas as seguintes demonstrações, em Reais, que é a moeda funcional da 
entidade: 
 
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No ano de 2012, a cotação para cada Euro, €1,00, foi a seguinte: 
Cotações 
R$2,00 em 1º.1.2012 
R$3,00 em 31.12.2012 
R$2,50 cotação média no período 
A empresa utilizou a taxa de câmbio média para conversão das contas de resultado, uma vez que o 
resultado foi gerado uniformemente ao longo do ano e não ocorreram flutuações significativas na taxa de 
câmbio, ao longo do ano. 
 Assinale a opção INCORRETA em relação às demonstrações contábeis convertidas para Euro (€): 
a) Na Demonstração de Resultado em Euros, a Receita Líquida de Vendas do Período corresponde a 
€20.000mil. 
b) Na Demonstração de Resultado em Euros, o Prejuízo do Período corresponde a €800mil. 
c) No Balanço Patrimonial em Euros, o Ativo Total soma €9.333mil. 
d) No Balanço Patrimonial em Euros, o Patrimônio Líquido soma €3.333mil. 
4 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula 
QUESTÃO GABARITO 
1 C 
2 C 
3 B 
4 D 
5 A 
6 B 
7 A 
8 A 
 
 
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