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Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. A quantidade dos dias-multa não é cominada pela norma penal incriminadora, que só faz referência a multa. Deve ser fixada pelo juiz, variando de, no mínimo, dez dias-multa a, no máximo, trezentos e sessenta dias-multa (art. 49, caput). Pagamento da multa 1. Havia, antes da alteração promovida pela Lei n. 13.964/2019, controvérsia a respeito do regime jurídico da multa após o trânsito em julgado. Dentre os temas objeto de divergência, destacamos: o juízo competente para a execução da multa, a legitimidade para ajuizar a execução e o prazo prescricional. 2. Desde 23 de janeiro de 2020, com o início da vigência da Lei Anticrime, a legitimidade do Ministério Público passou a ser exclusiva (não mais prioritária), pois a execução, nos termos do dispositivo, sempre se dará perante o Juízo da Execução Penal. Quanto ao prazo prescricional, o entendimento predominante nos tribunais superiores é de que é de dois anos (CP, art. 114). Proibição de conversão da multa em detenção 1. É proibida a conversão da pena de multa em detenção. 2. Já foi permitido, hoje não mais. Fundamento: o não pagamento da multa atuava, muitas vezes, como fato mais grave do que o delito cometido pelo condenado. Referências: JESUS, Damásio de. Parte geral – arts. 1 ao 120 do CP. Vol 1. Atualizador: André Estefam. 37 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
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