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Conceito 1. Perdão judicial é o instituto pelo qual o juiz, não obstante comprovada a prática da infração penal pelo sujeito culpado, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias. Exs.: CP, arts. 121, § 5º; 129, § 8º; 140, § 1º, I e II; 176, parágrafo único, etc. Natureza jurídica Trata-se de um direito penal público subjetivo de liberdade. Satisfeitos os pressupostos exigidos pela norma, está o juiz obrigado a deixar de aplicar a pena. Natureza jurídica da sentença concessiva 1. Se a sentença é condenatória, a decisão fará coisa julgada no cível, servindo à vítima como título executivo judicial, para efeito de reparação dos danos. No caso de se considerar a sentença absolutória ou declaratória da extinção da punibilidade, tal efeito (assim como os demais de natureza extrapenal) não subsistirá. 2. O perdão judicial é causa extintiva da punibilidade (CP, art. 107, IX). O Estado renuncia, por intermédio da declaração do juiz, à pretensão de imposição das penas. Trata-se de sentença declaratória. Nota: De observar que o debate não interfere na questão da reincidência, pois há norma expressa no Código (art. 120): Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. Referências: JESUS, Damásio de. Parte geral – arts. 1 ao 120 do CP. Vol 1. Atualizador: André Estefam. 37 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
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