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Decadência e perempção

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Decadência do direito de queixa e de representação
1. Nos termos do art. 107, IV, 2ª figura, a decadência constitui causa de extinção da punibilidade. E o art. 103 do CP diz que o ofendido (ou seu representante legal) decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de seis meses, contados a partir do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso da ação penal privada subsidiária da pública, do dia em que se esgotou o prazo para o oferecimento da denúncia.
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. 
2. Decadência é a causa extintiva da punibilidade que se dá pela perda do direito de ação do ofendido em face do decurso do tempo.
3. A decadência não se aplica à requisição do Ministro da Justiça.
Titularidade do direito de queixa ou de representação e decadência
1. Se o ofendido é menor de 18 anos, o direito de queixa ou de representação pertence a seu representante legal (pai, mãe, tutor, curador). 
2. O CP diz que o prazo para o exercício do direito de queixa ou de representação é de seis meses, contados a partir do dia em que o ofendido ou seu representante legal veio a conhecer a autoria do crime.
3. Quando o ofendido é menor de 18 anos, o prazo flui para o representante legal a partir do conhecimento da autoria do crime. Suponha-se que o ofendido possua 16 anos ao tempo da prática do crime, transmitindo na mesma data o conhecimento da autoria a seu representante legal. A partir dessa data, terá o representante legal prazo de seis meses para o exercício do direito de queixa ou de representação. 
4. E se o ofendido não conta o fato e sua autoria ao representante legal? Quando o ofendido completar 18 anos, começará a ser contado o prazo decadencial de seis meses.
Perempção da ação penal
1. Perempção é a perda do direito de demandar o querelado pelo mesmo crime em face de inércia do querelante, diante do que o Estado perde o jus puniendi.
2. Cabe após o início da ação penal privada. Antes, tem incidência a prescrição, a decadência ou a renúncia.
Nota: os casos de perempção da ação penal estão no art. 60 do CPP.
Referências:
JESUS, Damásio de. Parte geral – arts. 1 ao 120 do CP. Vol 1. Atualizador: André Estefam. 37 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

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