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Tipo e grau das perdas auditivas (Audiologia I)

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 Revisão para a prova (capítulo 4) 
Tipo de perda auditiva 
Através da comparação das respostas obtidas por VA e 
VO, o fonoaudiólogo pode estabelecer o tipo de perda auditiva. 
 Existem três tipos de perda auditiva: 
Nesse tipo de perda auditiva, a lesão está na OE e/ou OM, 
e a cóclea e o nervo auditivo possuem função normal. Os 
limiares auditivos de VA encontram-se rebaixados e há 
integridade dos limiares auditivos de VO (melhores que 15 dB). 
A diferença de 15 dB entre os limiares de VO e VA na 
mesma frequência, é denominada gap aéreo-ósseo. 
 
As perdas auditivas condutivas, se tratadas de forma 
adequada, são reversíveis. Normalmente as perdas condutivas 
são de grau leve a moderado. 
Perdas auditivas recorrentes (mais de três episódios em 
um ano), especialmente nos primeiros anos de vida, podem 
gerar uma privação sensorial para o adequado desenvolvimento 
da via auditiva central, podendo gerar alterações no 
processamento auditivo, afetando o desenvolvimento da 
linguagem da criança. Por isso, as perdas auditivas condutivas, 
mesmo temporárias e passíveis de tratamento 
(medicamentoso ou cirúrgico) podem gerar importante 
consequências ao desenvolvimento da criança. 
As perdas auditivas neurossensoriais são caracterizadas 
por apresentarem normalidade de OE e OM. A lesão encontra-
se na cóclea e/ou no nervo auditivo. 
 
Na perda auditiva neurossensorial, não se observa 
diferenças maiores que 10 dB entre os limiares auditivos de 
VA e os limiares auditivos tonais de VO. No exemplo acima, além 
de uma perda neurossensorial, verifica-se uma perda de grau 
moderado bilateral. 
As perdas auditivas neurossensoriais podem atrapalhar o 
desenvolvimento da linguagem, social e educacional da criança. 
Quanto maior o grau da perda auditiva, maiores serão as 
dificuldades relacionadas à linguagem e à fala. Será necessário 
o uso de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI). Em 
alguns casos de perdas auditivas severas e profundas, em que 
a pessoa não tenha bons resultados com o AASI, é indicado o 
implante coclear. 
As perdas auditivas neurossensoriais podem ser divididas 
em sensoriais, onde o problema é predominante na orelha 
interna (coclear), ou neurais, onde o problema encontra-se no 
nervo auditivo (retrococlear). 
As características audiológicas evidenciadas no audiograma, 
não são muito diferentes de um tipo a outro, exceto que nas 
perdas do tipo neural, não há compatibilidade entre o grau da 
perda auditiva e os resultados dos testes da logoaudiometria, 
que apresentam resultados incompatíveis com os limiares 
auditivos, sendo eles muito piores. 
 No diagnóstico audiológico desse tipo de perda 
neurossensorial, é necessário a realização de outros dois 
procedimentos audiológicos: PEATE ou BERA, que auxilia a 
determinar a integridade da via auditiva central (do nervo 
auditivo ao tronco encefálico) e a pesquisar os limiares 
eletrofisiológicos, e EOA, que avaliam a fisiologia coclear. 
Nas perdas auditivas mistas, a lesão localiza-se 
concomitantemente nas orelhas externa e/ou média e 
também a cóclea e/ou nervo auditivo. 
Nesse tipo de perda, existe o gap aéreo-ósseo, 
entretanto, tanto a VA como a VO apresentam 
comprometimento, portanto ambos os limiares auditivos estão 
rebaixados. 
 
As perdas auditivas mistas, se tratadas adequadamente, 
podem melhorar o problema existente na OM e/ou OE, 
melhorando assim os limiares de VA. A dificuldade de audição, 
mesmo após tratamento médico, vai depender da extensão 
dos danos na cóclea, podendo ser necessário o uso do AASI. 
Se essa perda auditiva ocorrer em crianças (não é muito 
comum), poderá, dependendo do grau e comprometimento da 
VO, atrapalhar no desenvolvimento social, educacional e 
linguagem da criança. 
Grau de perda auditiva 
Segundo a OMS, o grau de perda auditiva é determinado 
pela média dos limiares auditivos da VA nas frequências de 
500, 1000, 2000 e 4000 Hz. 
 
As perdas auditivas moderadas, severas e profundas são 
descritas como perdas auditivas incapacitantes, devido ao 
impacto que as mesmas geram na vida das pessoas com esses 
graus de deficiência auditiva. 
O grau da perda auditiva reflete diretamente no 
desenvolvimento da pessoa, visto que quanto maior a perda 
auditiva, menor será a informação de fala recebida.

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