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3 - Didatica_Ensino_Superior_SEC

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ESPECIALIZAÇÃO - 
NÚCLEO COMUM
DIDÁTICA DO ENSINO 
SUPERIOR.
Tânia Regina Laurindo
http://unar.info/ead2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR. 
 
 
TÂNIA REGINA LAURINDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Apresentação ................................................................................................................................. 
Programa da disciplina .................................................................................................................. 
UNIDADE 01 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL............................ 1 
UNIDADE 02 - O ENSINO SUPERIOR NA ATUALIDADE .......................................................... 7 
UNIDADE 03 - O QUE É APRENDIZAGEM? ............................................................................. 11 
UNIDADE 04 - PLANEJAMENTO .............................................................................................. 15 
UNIDADE 05 - TÉCNICAS DE ENSINO ..................................................................................... 18 
 
 
 
 
Apresentação 
 
Olá! 
Sejam bem vindos à disciplina de Didática do Ensino Superior. 
Esta disciplina objetará sobre conhecimentos sobre o ensino superior, que 
professores deste módulo de ensino precisam e necessitam conhecer. 
O professor do ensino superior, como o de qualquer outro nível, não 
necessita apenas de sólidos conhecimentos na área em que pretende atuar, mas 
também de habilidades pedagógicas suficientes para tornar o aprendizado mais 
eficaz. Além disso, o professor do ensino superior precisa ter uma visão de 
mundo, de ser humano, de ciência e de educação compatível com as 
características de sua função. 
Esta disciplina, portanto, fará referência à contextualização do Ensino 
Superior no Brasil e suas demandas pela formação dos sujeitos. O conceito de 
aprendizagem e sua complexidade no ensino de adultos. E finalmente discorrerá 
sobre as técnicas e métodos que retratam o aprendizado de forma significativa. 
Lembrando que não há receitas no modo de ensinar e sim caminhos que 
nos guiam para a efetivação de conhecimentos e informações. 
Bom estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
Ementa: Contextualização do ensino superior no Brasil. Os fundamentos da 
Didática. A docência no ensino superior e os desafios contemporâneos da 
educação. A estrutura universitária no Brasil. Dimensões do processo didático e 
seus eixos norteadores: ensinar, aprender, pesquisar e avaliar. A função do 
planejamento e as estratégias de ensino e de aprendizagem. 
 
Objetivos Gerais: Conhecer as múltiplas dimensões da formação e prática docente 
refletindo sobre as estratégias de ensino-aprendizagem na docência universitária. 
 
Objetivos Específicos: 
• Contextualizar a historia do Ensino Superior no Brasil; 
• O papel do professor no ensino superior e as características da docência neste 
contexto de trabalho; 
• Conhecer as estratégias de ensino e de aprendizagem usuais no Ensino 
Superior; 
• Realizar reflexões constantes sobre o ensino, que possibilitem aos alunos se 
instrumentalizarem para o exercício da profissão docente. 
 
Conteúdos: 
Contextualização do ensino superior no Brasil; O Ensino Superior na 
atualidade; O que é aprendizagem; Planejamento; Técnicas de ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
Bibliografia Básica 
VEIGA, I.P.A., CASTANHO, M.E.L.M. Pedagogia Universitária: a aula em foco. 
Campinas: Papirus, 2000. 
MORIN, E. Os desafios da complexidade. In: MORIN, E. (Org.). A religação dos 
saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 
PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. G. C.. Docência no ensino superior. São Paulo: 
Cortez, 2002. 
 
Bibliografia Complementar 
RASCO, F. A. O desejo de separação: As competências nas universidades. In: 
SACRISTÁN, José Gimeno e outros. Educar por competências: o que há de novo? 
Porto Alegre: Artmed, 2011, p.198-232. 
ALARCÃO, I. (org.) Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. 
Porto, Portugal: Porto, 1996. 
MASETTO, M. T. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: 
Summus Editorial, 2003 a. 
BUARQUE, C. A aventura da Universidade. São Paulo: Universidade Estadual 
Paulista, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994. 
GAUTHIER, C. e outros. Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas 
sobre o saber docente. Ijuí, Rio Grande do Sul, 1998. 
1 
 
UNIDADE 01 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL. 
OBJETIVOS: Compreender o conceito de didática. Entender como se estruturou o 
ensino superior no Brasil dentro dos contextos sociais e econômicos. E como se 
configura o ensino superior na atualidade. 
 
BEBENDO NA FONTE 
Para iniciar nosso estudo da Didática no Ensino Superior vamos começar 
com o significado do termo Didática: 
 
 
DIDÁTICA 
1. Termo conhecido desde a Grécia antiga. 
2. Para muitos educadores a Didática é uma ação que se refere ao ensino. 
 3. O objetivo fundamental da Didática é se ocupar das estratégias de ensino, das 
questões práticas relativas à metodologia e às estratégias de aprendizagem. 
 
Para entendermos este processo de ensino e aprendizagem e como se configurou 
os cenários de ação pedagógica, vamos conhecer, o denominado por muitos, 
como o “pai” da didática”: João Amós Comenius: Leia o texto abaixo: 
João Amós Comenius (1592-1670) foi um homem profundamente 
religioso que dedicou sua vida a refletir sobre questões educacionais. Em 1626, 
publicou a primeira versão de seu principal trabalho, com o título de Didáctica 
Tcheca, reeditado em 1634 como Didáctica Magna, considerado o primeiro 
tratado sistemático de pedagogia e didática. 
2 
 
 
(http://revistaescola.abril.com.br/formacao/pai-didatica-moderna-423273.shtml) 
No livro: Didáctica Magna, Comenius realiza uma racionalização de todas 
as ações educativas, indo da teoria até as questões cotidianas de sala de aula. A 
prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações 
entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da 
criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um 
missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do 
currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos 
quanto dos professores, de ter outras atividades. 
Vamos observar alguns temas tratados por Comenius na “didática 
Magna”: 
 
 
I. O homem é a mais alta, a mais absoluta e a mais excelente das criaturas. 
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/pai-didatica-moderna-423273.shtml
3 
 
II. O fim último do homem está fora desta vida. 
III. Esta vida não é senão uma preparação para a vida eterna. 
IV. Os graus da preparação para a eternidade são três: conhecermo-nos a nós mesmos 
(e conosco todas as coisas), governarmo-nos e dirigirmo-nos para Deus. 
V. As sementes destas três coisas (da instrução, da moral e da religião) são postas 
dentro de nós pela natureza. 
VI. O homem tem necessidade de ser formado para que se torne homem. 
VII. A formação do homem faz-se com muita facilidade na primeira idade, e chego a 
dizer que não pode fazer-se senão nessa idade. 
VIII. É necessário, ao mesmo tempo, formar a juventude e abrir escolas. 
IX. Toda a juventude de ambos os sexos deve ser enviada às escolas. 
X. Nas escolas, a formação deve ser universal. 
(Fonte: COMÉNIO, João Amós. Didáctica Magna: tratado da arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: 
Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. 525 p) 
 
 Suas propostas, à época, eram extremamente revolucionárias e algumas 
delas continuam bandeiras da educação contemporânea: universalização da 
educação (inclusive para deficientes e mulheres, que ele considerava terem direito 
à educação), (cf. Belleratte) defesa de uma educação públicae de toda população; 
ensino das disciplinas componentes do currículo na língua materna (e não em 
latim, como ainda permaneceu por muito tempo, particularmente nas escolas 
jesuíticas); o ensino não individualizado, mas para muitos simultaneamente. Para 
tornar possíveis suas propostas, necessariamente foi um defensor dos manuais 
didáticos, das orientações aos professores então despreparados para a imensa 
tarefa que ele propunha. Desde então, o controle da atividade docente passa a 
fazer parte do universo das preocupações educacionais. 
Assim sendo, o papel do professor se configura como não somente para o 
ensino aprendizagem de alguns alunos, mas a ideia principal é ensinar a todos. 
Desde Comenius, pesquisadores e pensadores da educação procuram solucionar 
as questões da aprendizagem e esta sempre se depara com as questões da 
“ensinagem”, isto é, como o professor ensina seus alunos? Que espaços são 
configurados para esta relação de ensino aprendizagem/aprendizagem ensino? 
4 
 
Enfocando o ensino superior, temos que primeiro conhecer como foi sendo 
construído historicamente este modelo de ensino em nosso Brasil. Para isso 
proponho que leiam o texto a seguir: 
 
Contextualização do ensino superior no Brasil 
Em 1808 foram fundadas as primeiras escolas de ensino superior no Brasil, 
isto aconteceu com a vinda da família real portuguesa ao país. Neste ano, foram 
criadas as escolas de Cirurgia e Anatomia em Salvador (hoje Faculdade de 
Medicina da Universidade Federal da Bahia), a de Anatomia e Cirurgia, no Rio de 
Janeiro (atual Faculdade de Medicina da UFRJ) e a Academia da Guarda Marinha, 
também no Rio. Dois anos após, foi fundada a Academia Real Militar (atual Escola 
Nacional de Engenharia da UFRJ). Seguiram-se o curso de Agricultura em 1814 e a 
Real Academia de Pintura e Escultura. Até a proclamação da república em 1889, o 
ensino superior desenvolveu-se muito lentamente, seguia o modelo de formação 
dos profissionais liberais em faculdades isoladas, e seu objetivo era de assegurar 
um diploma profissional com direito a ocupar postos privilegiados em um 
mercado de trabalho 
restrito além de garantir 
prestígio social. 
 
 
 
 
(https://www.google.com.br/sea
rch?q=primeira+faculdade+de+
ensino+superior+no+brasil) 
 
A Universidade surge no Brasil no começo do Século XIX, a primeira 
universidade brasileira, Universidade do Rio de Janeiro, foi fundada em 1920, no 
Rio de Janeiro. 
5 
 
Num primeiro momento, as universidades tinham a orientação de dar 
maior ênfase ao ensino do que à investigação. Instituições extremamente elitistas, 
com forte orientação profissional. 
 
• No período de trinta anos, compreendido entre 1930 (revolução 
industrial) e 1964 (governo militar assume o poder), foram criadas mais 
de 20 universidades federais no Brasil. O surgimento das universidades 
públicas, como a Universidade de São Paulo, em 1934, com a 
contratação de grande número de professores europeus, marcou a forte 
expansão do sistema público federal de educação superior. Nesse 
mesmo período, surgem algumas universidades religiosas (católicas e 
presbiterianas). 
• Em 1968, inicia uma terceira fase da educação superior brasileira com 
o movimento da reforma universitária, que tinha como base a eficiência 
administrativa, estrutura departamental e a indissociabilidade do ensino, 
pesquisa e extensão como mote das instituições de Ensino Superior. 
• O contexto da época, na década de 70, impulsionou o 
desenvolvimento de cursos de pós-graduação no Brasil e a possibilidade 
de realização de cursos de pós-graduação no exterior, com vistas à 
capacitação avançada do corpo docente brasileiro. 
• A partir dos anos 90, inicia uma quarta fase com a Constituição de 
1988 e com a homologação de leis que passaram a regular a educação 
superior. Havia a necessidade de flexibilização do sistema, redução do 
papel exercido pelo governo, ampliação do sistema e melhoria nos 
processos de avaliação com vistas à elevação da qualidade. 
(https://www.ucs.br/ucs/tplCooperacaoCapa/cooperacao/assessoria/arti
gos/sistema_ensino_superior.pdf) 
 
Nesse contexto, surgiram e desenvolveram-se as instituições de Ensino 
Superior no Brasil, buscando atender ao mercado que solicitava profissionais 
qualificados, ao mesmo tempo em que se buscava criar sua própria identidade 
enquanto sistema de educação. 
 
AMPLIANDO HORIZONTES 
Quer saber mais sobre Comenius? Veja as sugestões de leitura abaixo: 
 
https://www.ucs.br/ucs/tplCooperacaoCapa/cooperacao/assessoria/artigos/sistema_ensino_superior.pdf
https://www.ucs.br/ucs/tplCooperacaoCapa/cooperacao/assessoria/artigos/sistema_ensino_superior.pdf
6 
 
 
Para você saber mais sobre a história do ensino superior no Brasil leia o texto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comênio: A Emergência da Modernidade na Educação, João Luiz Gasparin, 147 
págs., Ed. Vozes. 
Comenius: a Persistência da Utopia em Educação, Wojciech A. Kulesza, 214 
págs., Ed. Unicamp. 
O SISTEMA DE ENSINO SUPERIOR DO BRASIL CARACTERÍSTICAS, TENDÊNCIAS 
E PERSPECTIVAS. 
 Acesse o link: 
(https://www.ucs.br/ucs/tplCooperacaoCapa/cooperacao/assessoria/artigos/sist
ema_ensino_superior.pdf) 
7 
 
UNIDADE 02 – O ENSINO SUPERIOR NA ATUALIDADE 
OBJETIVOS: Compreender o desenvolvimento do ensino superior no Brasil. 
 
BEBENDO NA FONTE 
Para compreendermos como se encontra o ensino superior no Brasil na 
atualidade, vamos nos reportar ao crescimento das instituições de ensino na 
década de 90, isto porque foi nesta década que começa a grande expansão das 
instituições de ensino superior tanto pública quanto privada. 
Veja o quadro abaixo: 
Número de instituições por categoria administrativa - Brasil 1991/2000 
Categorias administrativas 1991 1994 1996 1998 2000 
Brasil 893 851 922 973 1.180 
Federal 56 57 57 57 61 
Estadual 82 73 74 74 61 
Municipal 84 88 80 78 54 
Privada 671 633 711 764 1.004 
Fonte: MEC/INEP 
Notas: inclui todas as instituições de Educação Superior em atividade 
Algumas IES não responderam ao censo de educação superior de 2000 
Até o ano 2000 podemos notar um grande crescimento do Ensino Superior 
no Brasil, principalmente na rede privada de ensino. 
Dados do INEP apontam o seguinte panorama do Ensino superior até o 
ano de 2012: 
 
 
 
8 
 
Fonte: http://portal.inep.gov.br/ 
 
Tipos de Instituições de Ensino Superior 
Conforme a SESU – Secretaria de Educação Superior, no Sistema de Ensino 
Superior Brasileiro, as instituições assim podem ser classificadas. 
As Instituições Públicas podem ser: 
 
As Instituições privadas, ou seja, mantidas e administradas por pessoas 
físicas ou jurídicas de direito privado, podem ser: 
 Federais - mantidas e administradas pelo Governo Federal; 
 Estaduais - mantidas e administradas pelos governos dos estados; 
 Municipais - mantidas e administradas pelo poder público municipal. 
O total de alunos matriculados na educação superior brasileira ultrapassou a arca de 7 
milhões em 2012. É o que apontam os dados do Censo da Educação Superior. 
Os 7.037.688 alunos matriculados em cursos de graduação no Brasil estão distribuídos 
em 31.866 cursos, oferecidos por 2.416 instituições — 304 públicas e 2.112 particulares. O total 
de estudantes que ingressaram no ensino superior em 2012 chegou a 2.747.089. O número de 
concluintes, a 1.050.413. 
As universidades são responsáveis por mais de 54% das matrículas. As faculdades 
concentram 28,9%; os centros universitários, 15,4%; as instituições federais de educação 
tecnológica, 1,6%. 
No período 2011-2012, o número de ingressantes nas instituições de educação superior 
cresceu 17,1%. Com taxa média de crescimento anual de 8,4% nos últimos dez anos, a rede 
federal registrou aumento no número de ingressantes superior a 124% entre 2002 e 2012. A 
rede já participa com mais de 60% dos ingressos nos cursos de graduação da rede pública. 
Tecnológicos — O Censo mostra tambéma expansão do número de matrículas nos 
cursos tecnológicos. Entre 2011 e 2012, o total cresceu 8,5%. Nos cursos de bacharelado, o 
aumento foi de 4,6% e nos de licenciatura, de 0,8%. 
Com esse aumento, os cursos tecnológicos representam 13,5% das matrículas na 
educação superior. Os de bacharelados e de licenciatura participam com 67,1% e 19,5%, 
respectivamente. 
"O segmento que mais cresce em número de matrículas são os cursos tecnológicos", 
disse Mercadante. "Isso tem muito a ver com o atual momento do Brasil, com o mercado de 
trabalho aquecido." 
Distância — Entre 2011 e 2012, as matrículas avançaram 12,2% nos cursos a distância e 
3,1% nos presenciais. Com esse crescimento, a modalidade a distância já representa mais de 
15% do total de matrículas em graduação. 
Dos estudantes que optaram pela modalidade a distância, 72% estão matriculados em 
universidades. Os centros universitários detêm 23%. 
A maioria dos matriculados no ensino superior a distância (40,4%) cursa licenciatura. 
Os que optaram por bacharelados são 32,3% e por tecnólogos, 27,3%. 
9 
 
 
As instituições do Ensino Superior em nosso País encontram-se desta 
forma. 
E o professor para este ensino tão especifico? Como deve ser a didática 
neste espaço em que os conhecimentos formais e informais são apresentados em 
diferentes situações? 
Vamos retomar aqui o papel do professor e a didática para este processo 
de ensino aprendizagem. 
A didática está intrinsecamente ligada ao ato de ensinar, e este conceito se 
apresenta em toda sua complexidade dentro da sala de aula. Citamos Luckesi (in: 
CANDAU, 2005, p. 26) para reafirmar sobre a questão em discussão: 
 Com Fins Lucrativos – Nesse caso, são as instituições particulares, em 
sentido restrito; 
 Sem Fins Lucrativos – Essas instituições são classificadas em: 
• Comunitárias - que incorporam em seus colegiados representantes da 
comunidade. São instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou 
mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que 
incluam, na sua entidade mantenedora, representantes da comunidade; 
• Confessionais - que são constituídas por motivação confessional ou 
ideológica. Instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais 
pessoas jurídicas que atendam à orientação confessional e ideológica 
específicas; 
• Filantrópicas - são aquelas cuja mantenedora, sem fins lucrativos, obteve 
junto ao Conselho Nacional de Assistência Social o Certificado de Assistência 
Social. São as instituições de educação ou de assistência social que prestem 
os serviços para os quais foram instituídas e os coloquem à disposição da 
população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado sem 
qualquer remuneração. 
 
10 
 
O papel da didática destina-se a atingir um fim – “a formação do 
educador”. [...] entendo eu que o que, de imediato, nos interessa, a mim 
e aos presentes, é o educador, na formação do qual a didática pretende 
ter um papel a seguir. [...], cabe destacar que a didática, desde os 
tempos imemoriais dos gregos, significa um modo de facilitar o ensino e 
a aprendizagem, de modo, de condutas desejáveis. Lá entre os nossos 
ancestrais históricos, a didática foi utilizada, especialmente, na 
transmissão, aqui entre nós, utilizamos a didática para transmissão de 
conteúdos tanto morais como cognitivos. Com um aparente 
acentuamento hipertrofiado para este último. A educação 
institucionalizada que compõe a nossa circunstância histórica está, 
aparentemente, destinada à transmissão, quase que exclusiva, de 
conteúdos dos diversos âmbitos do conhecimento científico. Todavia, 
sabemos todos nós, que nas atividades do magistério e outras afins, 
existe uma carga imensa de conteúdos moralizantes, ou, ao menos, 
subjacentemente ideologizantes. Comprovando isso, então aí os livros 
didáticos que, sob uma capa de “objetividade” científica, transmitem a 
pura ideologia dominante. 
 
Assim sendo o professor além de trabalhar os conceitos do conhecimento, 
precisa se preocupar se estes foram aprendidos e para isso é necessário saber o 
que é aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
UNIDADE 03 – O QUE É APRENDIZAGEM? 
OBJETIVO: Compreender o conceito de aprendizagem-ensino. Conhecer as 
diferentes instituições de ensino superior existentes no Brasil 
 
BEBENDO NA FONTE 
O binômio educacional, ensino-aprendizagem existe desde o início da 
humanidade. O Homem, entre os demais seres da natureza, se encontra em uma 
constante ação evolutiva, por ser dotado de uma consciência intencional. 
Isto implica que a complexidade dos fatores que envolvem a vida humana 
é assegurada e apreendida pelo Homem e, em um determinado momento, 
surgem as necessidades de transformá-la, de acordo com as próprias carências e 
valores. Para Beresford (2000), esta transformação se dá pelo fato do Homem não 
ser produzido, apenas, biologicamente, vivendo no mundo da natureza, como os 
outros animais, mas porque sua existência é construída pelo mundo da cultura. 
A partir da relação com o meio sócio-cultural, na comunicação do Homem 
com outros homens se estabelecem desafios, para construir recursos que o 
auxiliem a obter uma melhor qualidade de vida que, conseqüentemente, 
beneficiará toda a sociedade. 
Ao longo da história podemos perceber as grandes modificações que a 
sociedade sofreu. Estas modificações foram marcadas, principalmente, pelos 
efeitos da Revolução Agrícola e da Revolução Industrial. A partir destas 
revoluções, surge a invenção de novas técnicas na agricultura, na eletricidade, nas 
máquinas, decorrentes da necessidade de ampliação dos negócios e 
enriquecimento da burguesia, o que levara as pessoas a mudarem sua forma de 
pensar e agir (VALENTE 1999). Nesse processo histórico, é alterado o 
desenvolvimento econômico, político, social e cultural, e, a partir destas 
modificações o papel do educador se configura de uma outra maneira, ele precisa 
partir do pressuposto de que a educação só pode ser compreendida em um 
determinado contexto histórico, por ser “um fenômeno social amplo, complexo, 
12 
 
através da qual a sociedade, ao mesmo tempo, se renova e perpetua” (MARES 
GUIA, 1999, p. 7). 
 
 Tipos de Aprendizagem 
O ensino visa à aprendizagem. Entretanto a aprendizagem é um fenômeno 
complexo, logo precisa ser subsidiada pelas diversas teorias de aprendizagem 
estudadas pela Psicologia Educacional. 
Os tipos de aprendizagem são: 
• Motora ou Motriz: consiste na aprendizagem que envolve as habilidades 
motoras como: aprender a andar, dirigir, cortar etc.; 
• Cognitiva: está ligada as habilidades mentais, intelectuais, a aquisição de 
informações, ou seja, tudo aquilo que depende do uso da memória. 
• Afetiva ou Emocional: diz respeito aos sentimentos e moções, relacionadas aos 
valores. 
Assim sendo, o professor necessita perceber que o mundo atual exige, 
cada vez mais, que a sua prática docente precisa transformar as informações em 
conhecimento, pois o processo histórico-cultural constrói meios de interação 
humano-social que necessitam de que as informações sejam transformadas em 
opiniões, para que, os professores, possam melhor entender o mundo e, assim, 
compreender melhor seus alunos. 
Cabe ao professor ter a capacidade de entender que cada aluno é um ser 
único, com características próprias. 
A maneira mais adequada de partir para uma ação docente eficaz, é iniciar, 
lentamente ao mundo da ciência, devido à complexidade que o ato educativo 
exige. Isto implica em que o cotidiano das práticas docentes seja iluminado pelos 
A aprendizagem é um processo de aquisição e assimilação consciente de 
novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir. O indivíduo só 
demonstra que aprende quando ele é capaz de reelaborar de maneira 
diferente o que lhe foi apresentado, ou seja, capaz de conceituar e abstrair. 
13 
 
diferentes campos de conhecimento. E acima de tudo que a aprendizagemno 
ensino superior seja significativa, e o que quer dizer isso? 
 
AMPLIANDO HORIZONTES 
Conheça a lei que estabelece os objetivos e finalidades das instituições de 
ensino superior do Brasil a LDB – Lei de diretrizes e bases. 
 
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e o ensino Superior 
A LDB estabelece, prioritariamente, que a educação superior tem por 
finalidade: 
I. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e 
do pensamento reflexivo; 
II. formar diplomados, nas diferentes áreas do conhecimento, aptos 
para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação 
contínua; 
III. incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando 
ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e, ainda, da criação e 
difusão da cultura e, desse modo, desenvolver o entendimento do 
homem e do meio em que vive; 
IV. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e 
técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de 
comunicação. 
 V. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e 
profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os 
conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual 
sistematizadora do conhecimento de cada geração; 
A aprendizagem significativa envolve aquisição/construção de significados. 
Para que a aprendizagem seja significativa é necessário fazer com que o aluno 
aprenda utilizando os conhecimentos prévios existentes em sua estrutura 
cognitiva. A construção da aprendizagem significativa implica a conexão do 
que o aluno já sabe com os conhecimentos que está adquirindo, quer dizer, o 
antigo com o novo. As universidades, faculdades e centro de ensino têm 
apresentado uma grande quantidade de teoria que nem sempre torna a 
aprendizagem em aprendizado significativo. 
14 
 
VI. estimular o conhecimento dos problemas do mundo 
presente, em particular os nacionais e regionais, prestar 
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma 
relação de reciprocidade; 
VII. promover a extensão, aberta à participação da população, 
visando à difusão das conquistas e benefícios da criação cultural 
e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição; Atendendo 
a esses objetivos, organiza-se a educação superior no Brasil, que será 
ministrada em instituições de Ensino Superior, públicas ou privadas, com 
variados graus de abrangência ou de especialização, a partir dos 
interesses institucionais de cada IES. 
 
 Fonte: adaptado: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf. Acesso 03/11/2014 
 
2. Utilize as duas charges abaixo para refletir sobre a situação da universidade em 
nosso país. 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf.%20Acesso%2003/11/2014
15 
 
UNIDADE 04 – PLANEJAMENTO 
Objetivo: Compreender o conceito de planejar. Definir as intenções educativas 
que presidem o Planejamento de Ensino. 
 
BEBENDO NA FONTE 
 PLANEJAMENTO: Planejar, criar um plano para otimizar a alcance de um 
determinado objetivo. Esta palavra pode abranger muitas áreas diferentes. Mas 
neste espaço vamos falar sobre o Planejamento escolar. 
 
A partir do planejamento escolar, um professor programa e planeja suas 
aulas. Planeja as atividades que vai propor aos seus alunos, e determina quais os 
objetivos pretendidos para cada atividade. 
O exercício da profissão docente não começa no primeiro dia de aula. Ele 
inicia algumas semanas ou até mesmo alguns meses antes, o que vai depender 
muito de sua experiência com determinada disciplina que vai lecionar. 
Evidentemente que o planejamento requer do professor algumas 
habilidades distintas daquelas que estão diretamente relacionadas à prática 
O QUE É PLANEJAMENTO ESCOLAR 
O Planejamento é uma antecipação mental de uma ação que será realizada. É 
fazer o plano (planejar). Buscar fazer algo por meio de um trabalho de 
preparação, articulando métodos, através de um processo de reflexão, para 
uma tomada de decisão, direcionada para a finalidade pensada. De acordo 
com Libâneo (1992, p. 222), “é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão 
das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face 
dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do 
processo de ensino”. O planejamento escolar é uma ferramenta usada por um 
professor para facilitar e organizar o seu trabalho. Tem como objetivo melhorar 
a qualidade do ensino. 
16 
 
docente, mas se pensarmos bem, o desenvolvimento a que chegou a humanidade 
requer de todos nós, seres humanos, a capacidade de prever. 
Queremos com essa breve introdução ao planejamento mostrar ao 
professor a importância de planejar suas aulas, com criatividade, com seriedade e 
com reflexão. 
 
Tipos de planejamento e a formulação dos seus objetivos 
Planejamento educacional: 
Para Coaracy (1974, p. 79), planejamento educacional é o processo 
contínuo que se preocupa com o “para onde ir” e “quais as maneiras 
adequadas para chegar lá”, tendo em vista a situação presente e 
possibilidades futuras Relacionar o desenvolvimento do sistema 
educacional com o desenvolvimento econômico, social, político e 
cultural do país, em geral, e de cada comunidade, em particular; 
• Estabelecer as condições necessárias para o aperfeiçoamento dos 
fatores que influem diretamente sobre a eficiência do sistema 
educacional (estrutura, administração, financiamento, pessoal, conteúdo, 
procedimentos e instrumentos); 
• Alcançar maior coerência interna na determinação dos objetivos e nos 
meios mais adequados para atingi-los; 
• Conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema 
(COARACY, 1974, p. 79). 
São requisitos do Planejamento Educacional: 
• Aplicação do método científico na investigação da realidade educativa, 
cultural, social e econômica do país; 
• Apreciação objetiva das necessidades, para satisfazê-las a curto, médio 
e longo prazo; 
• Apreciação realista das possibilidades de recursos humanos e 
financeiros, a fim de assegurar a eficácia das soluções propostas; 
• Previsão dos fatores mais significativos que intervêm no 
desenvolvimento do planejamento; 
• Continuidade que assegure a ação sistemática para alcançar os fins 
propostos; 
• Coordenação dos serviços da educação, e destes com os demais 
serviços do Estado, em todos os níveis da administração pública; 
• Avaliação periódica dos planos e adaptação constante destes mesmos 
às novas necessidades e circunstâncias; 
• Flexibilidade que permita a adaptação do plano a situações 
imprevistas ou imprevisíveis; 
• Trabalho de equipe que garanta uma soma de esforços eficazes e 
coordenados; 
• Formulação e apresentação do plano como iniciativa e esforço 
nacionais, e não como esforço de determinadas pessoas, grupos e 
setores (UNESCO, 1959 apud TEIXEIRA, 2005). 
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABRNAAF/didatica-
planejamento-educacional-planejamento-ensino. Acesso 31/11/2014 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABRNAAF/didatica-planejamento-educacional-planejamento-ensino
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABRNAAF/didatica-planejamento-educacional-planejamento-ensino
17 
 
 
AMPLIANDO HORIZONTES 
PLANEJAMENTO DE ENSINO: 
O professor é o planejador, pois é um processo que envolve um conjunto 
de decisoes, em vista do agir para atingir um determinado objetivo. 
O planejamento envolve 5 elementos para atingir seus objetivos. São eles: 
 
 
 
Como elaborar um plano de ensino na educação superior? 
PLANO DE ENSINO: 
Identificação Data, instituição, professor, disciplina e carga horária 
desta. 
Ementa Resumo do conteúdo da disciplina 
Objetivo Indicam a função da disciplina 
Conteúdo Corresponde aos temas e conteúdos a serem ensinados. 
Recursos Ferramentas facilitadorasda aprendizagem 
Estratégias de ensino Técnicas facilitadoras do processo de ensino-
aprendizagem 
Avaliação Verificação dos objetivos alcançados 
Referência Fontes de consulta. 
 
 
A charge abaixo nos mostra, de uma forma divertida, que planejar as aulas 
de forma contextualizada é de extrema importância para o aprendizado 
significativo dos alunos. 
PROCESSO - EFICIENCIA 
- EFICACIA - METAS - PRAZOS 
18 
 
 
Dica de filme que trata sobre o tema do planejamento escolar. 
 
 
 
O filme Entre os muros da escola do diretor Laurent Cantet conta a história de 
François e seus colegas professores que preparam o novo ano letivo de uma escola da 
periferia parisiense. Munidos de boas intenções, eles se apoiam para tentar manter vivo o 
estímulo de dar a melhor educação a seus alunos. 
Na sala de aula, um microcosmo da França contemporânea, choque entre as 
diferentes culturas dos jovens que por mais inspiradores e divertidos que sejam, 
desanimam seus professores e os desestimulam com seus projetos de melhorias que 
beneficiariam os adolescentes. 
Duração: 2h 8min 
Classificação: 12 anos 
 
Fonte: http://www.sescamapa.com.br/cinema/sinopse-do-filme-entre-os-0muros-da-
escola. Acesso em 31/10/2014 
 
UNIDADE 05 - TÉCNICAS DE ENSINO 
Objetivos: Compreender as diferentes técnicas e métodos de ensino para uma 
aprendizagem significativa. 
 
BEBENDO NA FONTE 
Componentes Fundamentais do processo de ensino 
Apresentaremos agora os cincos componentes básicos para um processo 
de ensino. 
 1. Aluno - 2. Aprendizagem - 3. Objetivos - 4. Conteúdo - 5. Métodos 
http://www.sescamapa.com.br/cinema/sinopse-do-filme-entre-os-0muros-da-escola
http://www.sescamapa.com.br/cinema/sinopse-do-filme-entre-os-0muros-da-escola
19 
 
 
Estratégias para o ensino na educação superior e competência docente. 
Anastasiou & Alves (2003) apresentam uma série de estratégias possíveis 
nos processos de “ensinagem” no ensino superior, com o intuito de que 
consigamos garantir aprendizagens mais eficazes. Indicam que o professor deve 
ser um estrategista, que seleciona pontualmente técnicas, recursos ou dinâmicas 
compatíveis com os objetivos desejáveis. De todo modo, ressaltamos que não se 
trata de um roteiro ou modelo rígido a ser aplicado indiscriminadamente, mas 
sim, de sugestões flexíveis que possam compor uma alternativa metodológica 
mais dialética, que rompa com a linearidade, organização linearizada do trabalho, 
exclusivamente tradicional. De nada, ou muito pouco valerá a diversificação 
metodológica se ela não estiver articulada com a mudança do padrão costumeiro 
de avaliação da aprendizagem, com a concepção de educação, com os critérios 
de seleção dos conteúdos, com a qualidade da relação professor aluno. Vejamos 
o que as pesquisadoras sugerem: 
 
 
 
Estratégia Descrição Operações de 
pensamento 
Aula 
expositiva 
dialogada 
É uma exposição do conteúdo com a 
participação ativa dos estudantes, cujo 
conhecimento prévio deve ser tomado 
como ponto de partida. O professor leva 
os estudantes a questionarem, 
interpretarem e discutirem o objeto de 
estudo, a partir do reconhecimento e do 
confronto com a realidade. 
Obtenção e 
organização de dados, 
interpretação, crítica, 
decisão, comparação, 
resumo 
Estudo de 
texto 
É a exploração das idéias de um autor a 
partir do estudo critico de um texto, e/ou 
a busca de informações e exploração de 
ideias dos autores estudados 
Identificação, obtenção 
e organização de 
dados, interpretação, 
crítica, analise, 
reelaboração, resumo. 
Tempestade É a possibilidade de estimular a geração Imaginação e 
Estratégia Descrição Operações 
20 
 
cerebral de novas ideias de forma espontânea e 
natural, deixando funcionar a imaginação. 
Não há certo ou errado. Tudo o que for 
levantado será considerado, solicitando-
se, se necessário, uma explicação 
posterior do estudante. 
criatividade/Busca de 
suposições/ 
Classificação. 
Mapa 
conceitual 
Consiste na construção de um diagrama 
que indica a relação de conceitos em 
uma perspectiva bidimensional, 
procurando mostrar as relações 
hierárquicas entre os conceitos 
pertinentes à estrutura do conteúdo. 
Interpretação/ 
Classificação/Crítica 
Organização de dados 
/Resumo. 
Estudo 
dirigido 
É o ato de estudar sob a orientação do 
professor, visando sanar dificuldades 
específicas. É preciso ter claro: o que é 
sessão, para que e como é preparada. 
Identificação/Obtenção 
e organização de dados 
/Busca de suposições/ 
aplicação de fatos e 
princípios a novas 
situações. 
Solução de 
problemas 
É o enfrentamento de uma situação nova, 
exigindo pensamento reflexivo. Critico e 
criativo a partir dos dados expressos na 
descrição do problema, demanda a 
aplicação de princípios, leis que podem 
ou não ser expressas em fórmulas 
matemáticas. 
Identificação/Obtenção 
e organização de dados 
/Planejamento/ 
imaginação/ 
Elaboração de 
hipóteses/ 
Interpretação / Decisão. 
Grupo de 
verbalização 
grupo de 
observação 
É a análise de tema / problemas sob a 
coordenação do professor, que divide os 
estudantes em dois grupos: um de 
verbalização (GV) e outro de observação 
(GO). É uma estratégia aplicada com 
sucesso ao longo do processo de 
construção do conhecimento e nesse 
caso, requer leituras, estudos 
preliminares, enfim, um contato inicial 
com o tema. 
Analise / Interpretação 
/ Crítica / 
Levantamento de 
hipóteses / Obtenção e 
organização de dados / 
Comparação / Resumo 
/ Observação / 
interpretação . 
Dramatização É uma representação teatral a partir de 
um foco, problema, tema etc. Pode 
conter explicação de idéias, conceitos, 
argumentos a ser também um jeito 
particular de estudo de casos, já que a 
teatralização de um problema ou 
situação perante os estudantes equivale a 
apresentar-lhes 
Decisão / Interpretação 
/ Crítica / Busca de 
suposições / 
comparação / 
Imaginação. 
21 
 
um caso de relações humanas. 
Seminário É um espaço em que as ideias devem 
germinar ou serem semeadas. Portanto, 
espaço onde um grupo discuta ou 
debata temas ou problemas que são 
colocados em discussão. 
Análise/Interpretação/ 
Crítica / Levantamento 
de hipóteses / Busca de 
suposições / Obtenção 
de organização de 
dados / Comparação / 
Aplicação de fatos a 
novas situações. 
Estudo de 
caso 
É a análise minuciosa e objetiva de uma 
situação real que necessita ser 
investigada e é desafiadora para os 
envolvidos. 
Análise / Interpretação 
/ Crítica / 
Levantamento de 
hipóteses / Busca de 
suposições / Decisão / 
Resumo. 
Fórum Consiste num espaço do tipo “reunião”, 
no qual os membros do grupo têm a 
oportunidade de participar do debate de 
um tema ou problema determinado. 
Pode ser utilizado após a apresentação 
teatral, palestra, projeção de um filme, 
para discutir um livro que tenha sido lido 
pelo grupo, um problema ou fato 
histórico, um artigo de jornal, uma visita 
ou uma excursão. 
Busca de suposições / 
Hipóteses / Obtenção e 
organização de dados / 
interpretação / Crítica 
/ Resumo. 
Estudo do 
meio 
É um estudo direto do contexto natural e 
social no qual o estudante se insere, 
visando a uma determinada problemática 
de forma interdisciplinar. 
Observação/Obtenção 
e organização 
dados/Interpretação/ 
Classificação/Busca de 
suposições/Análise/ 
Levantamento de 
Hipóteses/Crítica/ 
Aplicação de fatos a 
novas situações 
/Planejamentos de 
projetos e pesquisas. 
 
Fonte: Adaptado de: Organização do trabalho pedagógico no ensino superior: alternativas e 
desafios para o trabalho educativo Alexandre de Paula Franco in: Revista de Formación e 
Innovación Educativa Universitaria. Vol. 3, Nº 1, 21-32 (2010). 
 
AMPLIANDO HORIZONTES 
22 
 
Leia a noticia abaixo sobre métodos alternativos que podem ser utilizados 
em sala de aula. 
05 de maio de 2014 • 14h58 • atualizado em 21 de maio de 2014 às 12h23 
Ensino superior insere métodos alternativos em aula 
Instituições brasileiras estão alinhadascom estudo internacional que prevê 
tendências em educação 
Aulas expositivas vão ceder espaço a métodos alternativos de ensino 
superior nos próximos cinco anos, diz pesquisa. O Horizon Report: 2014 Higher 
Education Edition, estudo desenvolvido anualmente pelo New Media Consortium 
(NMC) prevê tendências, obstáculos e tecnologias emergentes que serão 
adotadas em curto, médio e longo prazo. Para ilustrar as afirmações, a pesquisa 
relata, sobretudo, práticas de universidades estadunidenses. Em território 
brasileiro, instituições de ensino superior (IES) já apresentam algumas dessas 
alternativas, como educação via redes sociais, ou passam por fase de implantação 
destas. 
Vice-presidente acadêmico da Escola Superior de Propaganda e Marketing 
(ESPM), Alexandre Gracioso afirma que a ciência já demonstrava que as aulas 
expositivas - nas quais o professor explica conceitos aos alunos durante a maior 
parte do tempo - não eram ideais, mas faltava estruturar e sistematizar 
alternativas viáveis. O momento é positivo para mudanças de postura na área 
educacional - e o ensino superior, um campo fértil para elas. "Você consegue 
acelerar a aprendizagem engajando mais o estudante, chamando à participação e 
ao protagonismo em sua atividade", sugere. 
Ainda que critique o método tradicional, Gracioso entende que ele não 
deve ser completamente abandonado. Porém, ressalta que as aulas expositivas 
são mais valorizadas pelos alunos em meio a "um cardápio variado de 
experiências". 
 
Trabalho em redes sociais é tendência em curto prazo 
O Horizon Report 2014 afirma que haverá crescimento do ensino nas redes 
sociais em até dois anos. Atualmente, a aplicação mais comum é a inclusão de 
vídeos e blogs para instruir. "Os educadores as estão utilizando como 
comunidades de prática profissional, comunidades de aprendizagem e como 
plataforma para compartilhar histórias interessantes sobre temas que os alunos 
estudam em sala de aula", revela o estudo. O desafio, segundo a NMC, é 
desenvolver métodos criativos para a ferramenta virtual. 
23 
 
A mudança se justifica pela difusão acentuada das redes - 1,2 bilhões de 
pessoas usavam o Facebook regularmente em outubro de 2013, e 2,7 bilhões de 
pessoas frequentam mídias sociais, de acordo com reportagem da Business 
Insider. Além disso, a pesquisa também inclui o diálogo menos formal das redes 
como facilitador da comunicação e do ensino fora da universidade. 
Na ESPM, cujo novo Plano Diretor Acadêmico estabelece metas em 
período próximo ao indicado pela pesquisa do NMC (as transformações devem 
ocorrer até 2020 na instituição), o suporte Blackboard Collaborate possibilita 
criação de redes sociais por disciplina, por exemplo. Além disso, a ferramenta 
NewsMonitor, permite reunir conteúdos e notícias entre públicos fechados e 
incentiva, assim, debate entre alunos e contextualização por parte do docente. 
O Blackboard é citado pela pesquisa do NMC como exemplo de ensino 
colaborativo, após ser introduzido na Purdue University e na Florida International 
University, ambas nos Estados Unidos. 
 
Ensino online deve ser integrado ao modelo presencial 
A segunda tendência em curto prazo é justamente a integração entre os 
ensinos colaborativo, online e híbrido (aulas virtuais e presenciais). O modelo 
pedagógico de sala de aula invertida se inclui na categoria híbrida, pois os alunos 
aprendem através de vídeos em casa e tiram dúvidas em sala de aula. Na ESPM, 
ele está sendo incluído gradativamente nos cronogramas. 
Em relação à educação exclusivamente online, os cursos em EAD 
apresentam crescimento maior que o do ensino presencial, como aponta 
reportagem da Terra. Segundo o Censo da Educação Superior de 2012, o mais 
recente realizado pelo Inep, o ensino a distância compreende 15,8% das 
matrículas. 
A pesquisa ainda explica a relação entre os modelos e o ensino 
colaborativo. Para o NMC, a concepção do conhecimento em grupo é 
impulsionado pela ampliação de locais de trocas de ideias, como o ambiente 
virtual. 
 
Alunos da FGV aprendem resolvendo problemas em aula 
Outra característica interessante na adoção de redes sociais na educação, 
segundo Gracioso, é a predisposição do estudante em compartilhar seu 
conhecimento, entrar em contato com colegas com as mesmas dificuldades e 
interesses e criar seu próprio conteúdo. O que dialoga com a “transformação de 
estudantes consumidores em criadores”, tendência para até cinco anos exposta 
pelo estudo. 
http://noticias.terra.com.br/educacao/sala-de-aula-invertida-tem-aula-em-casa-e-tema-na-escola,1684eee6359f4410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/sala-de-aula-invertida-tem-aula-em-casa-e-tema-na-escola,1684eee6359f4410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/educacao-a-distancia-cresce-mais-que-a-presencial,43fcd717c9c21410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/educacao-a-distancia-cresce-mais-que-a-presencial,43fcd717c9c21410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
24 
 
Na Escola de Economia de São Paulo (EESP), da Fundação Getúlio Vargas 
(FGV), todas as disciplinas obrigatórias são desenvolvidas através da 
Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Segundo especialistas, o método 
estimula a criatividade, visto que o conhecimento nunca é exposto de maneira 
pronta pelo professor. 
Em salas de aula de no máximo 15 pessoas, os estudantes se sentam em 
círculo, acompanhados por um docente. Este fica encarregado de apresentar o 
problema - gerir os estoques de uma empresa para maximizar os lucros, por 
exemplo. Os alunos passam a discutir, então, qual a solução, buscando o 
conhecimento em livros e na internet. 
De acordo com a coordenadora de graduação da EESP, Mayra Ivanoff Lora, 
o dever do professor nesse sistema é garantir que os objetivos e resultados 
corretos sejam levantados. Para ela, o grande mérito é tornar o aluno "agente do 
aprendizado" e "personagem principal" na sala de aula. “De certa forma, eles 
reinventam o conteúdo a cada semestre”, conta. 
 
Learning Analytics potencializará o ensino em até cinco anos 
Também é através do Blackboard que a ESPM pretende desenvolver uma 
das tecnologias emergentes de aplicação em até um ano, conforme o estudo: o 
Learning Analytics. Essa inovação é adaptada da análise de consumo virtual (Big 
Data) e navegação dos clientes por empresas como Amazon e Google. Consiste 
no uso das metodologias do Big Data para estudar os hábitos de aprendizagem 
online das pessoas. 
De acordo com o vice-presidente acadêmico da ESPM, a principal fonte 
disponível para o Learning Analytics são os Cursos Online Abertos e Massivos 
(MOOCs, pela sigla em inglês). "É possível (pelos MOOCs) identificar pontos de 
maior dúvida, lições com mais ou menos atenção, quais questões foram mais 
fáceis ou difíceis, que conteúdo foi melhor assimilado e qual gerou dificuldades. E, 
a partir disso, potencializar o ensino", explica. 
No Brasil, há universidades que oferecem iniciativas próximas ao modelo 
de MOOCs. Na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), por 
exemplo, há a plataforma Unesp Aberta, que divulga aulas nas áreas de ciências 
exatas e humanas. No entanto, não apresenta acompanhamento, avaliação ou 
certificados. Da mesma forma, a USP tem seu espaço no E-aulas USP. Outra IES 
que inclui o processo é a Unicamp. 
A tendência que se relaciona com a tecnologia de Learning Analytics é 
definida, pelo NMC, como "aumento dos dados de aprendizagem orientada e 
avaliação". Ou seja, coleta e utilização efetiva desses dados na forma e 
http://noticias.terra.com.br/educacao/moocs-tem-alta-desistencia-mas-adesao-massiva-compensa,fcbfd73dad673410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/moocs-tem-alta-desistencia-mas-adesao-massiva-compensa,fcbfd73dad673410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
25 
 
abordagem dos conteúdos em aula. A expectativa do estudo é de que esse 
processo seja mais lento que a adoção da análise: de três a cinco anos. 
 
Alternativaspodem dificultar adaptação de estudantes após vestibular 
Com tantos métodos criativos a serem adotados nas universidades - 
inclusive, a "briga" entre qual tecnologia promover na instituição é relatada pela 
pesquisa como um obstáculo a ser superado -, as diferenças entre instituições de 
educação básica e superior podem se acentuar. Gracioso acredita que o choque 
no processo de adaptação ao estudo após o ingresso nas IES deve ser maior. 
"Todo o professor que passou por esse percurso ouviu em algum 
momento (quando usam a sala de aula invertida) um 'por que você não me dá 
aula?'. Faz parte do sucesso da iniciativa aculturar o estudante a essa nova 
realidade." Destaca, porém, que isso será importante para criação de autonomia 
do aluno ao final da transição. 
 
Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/ensino-superior. Acesso 31/11/2014. 
 
 
http://noticias.terra.com.br/educacao/ensino-superior.%20Acesso%2031/11/2014
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	Apresentação
	PROGRAMA DA DISCIPLINA
	UNIDADE 01 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL.
	Para iniciar nosso estudo da Didática no Ensino Superior vamos começar com o significado do termo Didática:
	UNIDADE 02 – O ENSINO SUPERIOR NA ATUALIDADE
	UNIDADE 03 – O QUE É APRENDIZAGEM?
	UNIDADE 04 – PLANEJAMENTO
	UNIDADE 05 - TÉCNICAS DE ENSINO
	Ensino superior insere métodos alternativos em aula
	Instituições brasileiras estão alinhadas com estudo internacional que prevê tendências em educação

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