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CAROLINA BALDO- APOSTILA TCC 
 @RESUMEPSICO 
 
1 
 
 
 
 
1. Introdução a terapia cognitivo comportamental 
2. Teoria Social Cognitiva 
3. Sistema Multimodal 
4. Teoria da Aprendizagem Social Cognitiva 
5. Terapia Cognitiva de Beck 
6. Técnicas Comportamentais da TCC 
7. Terapia Cognitiva Para os Transtornos de Ansiedade 
8. Folhas Pautadas para anotações 
 
 
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CAROLINA BALDO- APOSTILA TCC 
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2 
 
Terapia Cognitivo Comportamental 
Aplicação da teoria comportamental na clínica 
 
aprendizagem do comportamento através 
das consequências 
 
Reforço positivo (R+) 
 Reforços são estímulos que aumentam 
a frequência de uma determinada resposta. 
R+ é um estimulo agradável que quando 
apresentado contingências a uma 
determinada resposta, produz um aumento da 
frequência dessa resposta (resposta 
operante). O R- (reforço negativo) são 
estímulos desagradáveis que quando 
retirados o contingente a uma determinada 
resposta produz um aumento da frequência 
dessa resposta (resposta operante). 
A partir do momento que as pessoas não 
estão tendo reforços positivos podem 
desenvolver patologias. O R+ aumenta a 
probabilidade de um comportamento ter uma 
recompensa, aplicado na clínica de bebes até 
idosos. 
O que deve ser analisado para o 
reforço? 
 
Necessidade do caso 
Faixa etária 
 
Tipos de reforços: naturais (ou primários), 
sociais e arbitrários. Os naturais são ligados 
as necessidades básicas (comer, dormir...); 
os reforços sociais são questões de 
sobrevivência ou elogios; um reforço pode 
substituir o outro. 
Para instalar um comportamento (quando 
ainda não existe o comportamento desejado), 
usa-se reforço positivo e continuo (importante 
que seja continuo – mais de uma vez). 
É importante discutir sobre os reforçadores 
em psicoterapia, para que a pessoa 
desenvolva o auto reforçador e não precisa de 
terceiro para sempre reforçar determinados 
comportamentos. 
Se possível, é importante fazer um esquema 
de auto reforço. 
Após parear um reforço com o outro (natural 
com social) muda-se o comportamento. 
R+ Ap Sap as aumentam comport. 
R- Ret Sav 
Legenda: S – estímulos; Ap – apetitosos; 
Av – aversivo. Ret – retirada; 
Reforço positivo: aumenta o comportamento 
apresentando reforços / algo apetitoso / bom. 
Reforço negativo: Aumenta a frequência do 
comportamento, mas sem ganhar nada (retira 
o estimulo aversivo), não fazer prova porque o 
comportamento foi bom (mesmo assim a 
flecha continua para cima). 
P + Ap Sav diminuir o comportamento 
P - Ret Sap 
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3 
 
Legenda: P – punição ; Ap – apetitoso; S 
– estimulo, Av- aversivo; Ret – retirada 
Punição positiva: apresenta algo ruim com 
objetivo de diminuir comportamento; causa 
vergonha (choques, tapas.) Precisa ser 
evitado por ser extremamente ruim. 
Punição negativa: retirada de um estimulo que 
é bom. 
Generalização de estímulos: uma resposta é 
emitida na presença de novos estímulos que 
partilham alguma propriedade física com 
estimulo discriminativo, na presença do qual a 
resposta fora reforçada no passado. Um 
indivíduo generaliza quando emite uma 
mesma resposta na presença de estímulos 
que se parecem com um estimulo 
discriminativo. 
Exemplo: mãe, mulher e terapeuta → coloca 
tudo no mesmo pacote e generaliza os 
comportamentos, trata da mesma maneira, 
espera as mesmas respostas, etc. 
 Estimulo discriminativo: contexto 
do comportamento operante, estímulos que 
sinalizam uma dada resposta que será 
reforçada. Evoca o comportamento 
sinalizando a resposta reforçada. (Ex: gritar 
com a esposa e não obter resposta, o não 
obter resposta é o reforço então continua a 
gritar. Então tenta gritar com a terapeuta a fim 
de não obter respostas também). 
OBSERVAÇÃO: O QUE CAI EM PROVA: 
casos para ver R+ e R-; P+ e P- 
TIPOS DE REFORÇAMENTO 
Reforço continuo 
 
Reforça toda vez, quando fizer algo para 
superar (exemplo: deixar de roer a unha); se 
superou uma dificuldade se reforça; casos 
graves. 
Nos casos de reforço continuo toda resposta 
é seguida de reforçador. (Caso do namorado 
amoroso que toda vez aceita o convite da sua 
namorada – sempre é seguido de reforçador, 
ou seja, são continuamente reforçadas.) 
Reforço intermitente 
 
No esquema de reforço intermitente, algumas 
respostas são reforçadas e outras, não. 
Durante o dia-dia nem todos os 
comportamentos que é emitido recebem 
reforços, apenas algumas respostas são 
seguidas de reforço. 
A cada 10x que fizer reforça; a cada 1 mês que 
ficar sem roer unha reforça; geralmente é 
utilizado depois do continuo. 
São quatro tipos de reforçamento intermitente: 
1) Razão fixa → a cada 3x que não pegar 
na maçaneta reforça; Neste caso, o número 
de respostas exigido para apresentação de 
cada reforçador é sempre o mesmo. 
2) Razão variável → reforço apresentado 
em tempo variável; é muito mais comum no 
cotidiano, o número de respostas entre cada 
reforçador se modifica, ou seja, varia. Ex: 
pentear o cabelo, escovar o dente, fazer 
pedidos, dar ordem, etc. 
3) Intervalo fixo → requisito para que uma 
resposta seja reforçada é o tempo decorrido 
desde o último reforçamento, o período entre 
o último reforçador e a disponibilidade do 
próximo é sempre o mesmo. Ex: programas 
de TV (novela começa sempre as 21h), 
salários (sempre recebe a cada 15 dias). 
4) Intervalo variável → similar ao fixo com 
a diferença que os intervalos entre o último 
reforçador e a próxima disponibilidade não 
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4 
 
são os mesmos, ou seja, são variáveis. Ex: um 
determinado filme passar na TV, achar uma 
música legal no rádio. 
Extinção 
 
 
Não pode liberar reforço positivo, se não o 
comportamento volta. É a suspensão de uma 
consequência reforçadora anteriormente 
produzida por um comportamento. Tem como 
efeito o retorno da frequência do 
comportamento ao seu nível operante. Ex: se 
nossos pedidos ou ordens não forem 
atendidas, provavelmente a emissão cessará, 
mas se houver um reforçamento positivo no 
meio, volta a ser emitido. 
Modelagem 
 
É uma técnica usada para se ensinar um 
comportamento por meio de reforço 
diferencial de aproximações sucessivas do 
comportamento alvo; precisa ter 
enfrentamento e fazer dia após dia e 
reforçando conforme vai tendo enfrentamento 
e dando certo, causa satisfação. Esse 
processo vai modificando o comportamento 
passo a passo. Ex: pais reforçam o balbuciar 
do bebê exigindo cada vez mais sequencias 
de sons, quando alguém bate o carro e não 
quer mais dirigir (um dia olha o carro, no outro 
pega a chave, no outro só entra, só liga...) 
 
Albert Bandura- Teoria Social Cognitiva 
 
Psicólogo canadense 
 Nasceu: 1925 – Província de Alberta – 
Canadá 
 A abordagem comportamental de Bandura é 
uma teoria de aprendizagem social, que 
investiga o comportamento como adquirido e 
modificado num contexto social. 
Embora Bandura, assim como Skinner, 
reconheça que muito aprendizado ocorra 
como resultado de reforçamento, ele também 
enfatiza que praticamente todas as formas de 
comportamento podem ser aprendidas sem 
que se experiencie diretamente qualquer 
reforço. 
Skiner 
 
Bandura 
Estimulo → respostas 
 
A abordagem de Bandura é chamada também 
de aprendizagem observacional, indicando 
a importância, nesse processo, da 
observação do comportamento de outras 
pessoas. 
 Não precisaser reforçado 
diretamente, só de olhar já é um reforço. 
Ao invés de experienciarmos reforços para 
cada uma de nossas ações, aprendemos 
através de reforço vicariante (ou 
aprendizagem vicariante), observando o 
comportamento de outras pessoas e as 
consequências dele. 
 Reforço vicariante: aprende 
através do que é visto, aumenta as 
possibilidades positivas e negativas e 
depende do que vai selecionar (seleciona o 
negativo e o positivo também). 
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5 
 
Estimulo → pensamento → resposta 
 
 Mediação 
 Medía 
aquilo que observo; 
 Avalio se é + ou – 
Observação: a mediação é o pensar se é bom 
ou não (tomar um tapa e revidar rapidamente 
→ não houve mediação). 
O enfoque na aprendizagem por meio de 
observação ou exemplos, e nem sempre de 
reforço direto, é uma característica particular 
da teoria de Bandura. 
Diferentemente de Skinner, para Bandura os 
processos cognitivos internos ou de 
pensamento podem influenciar a 
aprendizagem de observação. 
 Não imitamos automaticamente os 
comportamentos que vemos outras pessoas 
efetuarem; ao invés disso tomamos uma 
decisão consciente de nos comportarmos da 
mesma forma. 
 Na abordagem de aprendizagem social 
da personalidade é importante a avaliação 
de variáveis comportamentais e cognitiva. 
Não há uma ligação direta entre estímulo e 
resposta ou entre comportamento e reforço, 
como Skinner propôs. Nossos processos 
cognitivos fazem mediação entre ambos. 
Bandura apresenta uma forma menos 
extrema de comportamentalismo que a de 
Skinner. Ele enfatiza a observação dos outros 
como meio de aprendizagem, a qual 
considera que é mediada por processos 
cognitivos. 
Para Bandura, a maior parte dos 
comportamentos humanos é aprendido por 
meio de exemplos, seja intencional ou 
acidentalmente. Aprendemos ao observar as 
outras pessoas e ao modelarmos nosso 
comportamento pelo delas. 
Modelamos nosso comportamento através do 
comportamento de outra pessoa, isso pode 
ser intencional (clinica- programado) ou 
acidentalmente 
 
Modelação: técnica de modificação de 
comportamento que envolve observar o 
comportamento de outros (chamados 
modelos) e com eles tomar parte no 
desempenho do comportamento desejado. 
Oferecer modelos que sejam seguros para 
seguir 
 
Modelação modelagem 
 
 É uma técnica usada para se ensinar um 
comportamento por meio de reforço 
diferencial de aproximações sucessivas do 
comportamento alvo. 
Estudos com João-bobo 
 Por meio da modelação, observando o 
comportamento de um modelo e repetindo 
esse comportamento, é possível adquirir 
respostas que nunca desempenhamos 
anteriormente e reforçar ou enfraquecer as já 
existentes. 
A demonstração de modelação de Bandura 
utiliza um boneco joão-bobo plástico e inflável 
que mede um pouco mais de um metro de 
altura. 
Os avaliados iniciais eram crianças de pré-
escola, que assistiram a um adulto bater e 
chutar o boneco. Enquanto o atacava, o 
modelo adulto gritava: “Dê um soco no nariz 
dele e jogue-o para cima”. Quando as crianças 
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eram deixadas sozinhas com o boneco, 
modelavam seu comportamento a partir do 
exemplo que haviam observado. O 
comportamento delas era comparado ao de 
um grupo controle de crianças que não 
haviam visto o modelo atacar o joão-bobo. 
Verificou-se que o grupo experimental era 
duas vezes mais agressivo que o de controle. 
A intensidade do comportamento agressivo 
permaneceu a mesma nos submetidos a 
experimento, independentemente de o 
modelo ter sido visto ao vivo, na televisão ou 
como um personagem de desenho animado. 
**Observa, faz igual e se der certo é reforçado. 
É possível adquirir respostas que nunca 
desempenhamos anteriormente e reforçar ou 
enfraquecer as já existentes. As crianças 
deixadas sozinhas com o boneco modelavam 
o comportamento dos adultos. Tanto a 
agressividade quanto os afetos são 
modelados, pode-se aprender coisas boas ou 
ruins. 
Bandura demonstrou com pesquisa que pais 
e mães de crianças inibidas eram inibidos e 
que pais e mães de crianças agressivas eram 
agressivos. 
Desinibição: refere-se ao enfraquecimento 
de inibições ou constrangimentos por meio da 
observação do comportamento de um 
modelo. 
Exemplo: as pessoas numa multidão podem 
iniciar um tumulto, quebrando vidraças e 
gritando, exibindo comportamentos físicos e 
verbais que jamais apresentariam 
isoladamente. São mais propensas a se 
livrarem de suas inibições contra o 
comportamento agressivo se virem pessoas 
fazendo o mesmo. 
 A massa tem muito poder de 
desinibição. São muitos comportamentos 
adquiridos (NÃO SÃO TODOS). 
Com base em muitas pesquisas, Bandura 
concluiu que muitos comportamentos – bons 
e maus, normais e anormais – são adquiridos 
por meio de imitação do comportamento de 
outras pessoas. 
Desde a infância desenvolvemos respostas a 
modelos que a sociedade nos oferece, tendo 
inicialmente os pais como modelos, 
aprendemos sua língua e nos tornamos 
socializados por meio dos costumes e 
comportamentos aceitáveis de nossa cultura. 
As pessoas que se desviam das normas 
culturais adquirem seu comportamento da 
mesma forma que todas as demais, a 
diferença é que as pessoas que se desviam 
seguiram modelos que o resto da sociedade 
considera indesejável. 
Bandura critica o tipo de sociedade que 
fornece modelos errados para as crianças, 
particularmente os exemplos típicos de 
comportamento violento tão comuns na 
televisão, em cinemas e videogames. 
Comportamentos altamente complexos não 
são imitados tão prontamente quanto os mais 
simples. Os comportamentos hostis e 
agressivos tendem a ser imitados com mais 
vigor, especialmente por crianças. 
Características da situação de modelação 
 Para Bandura três fatores influenciam na 
modelação: 
1. As características dos modelos: 
influenciam nossa tendência a imitá-los. Na 
vida real é provável que sejamos mais 
influenciados por quem parece ser mais 
semelhante a nós do que por alguém que seja, 
de maneira significativa, claramente diferente 
de nós. Modelos do mesmo sexo e/ou da 
mesma idade são mais propensos a 
influenciar nosso comportamento. Status e 
prestígio também são modelos importantes. 
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2. As características dos 
observadores: os atributos dos observadores 
também determinam a eficácia da 
aprendizagem de observação. As pessoas 
com autoconfiança e auto-estima baixas são 
muito mais propensas a imitar o 
comportamento de um modelo do que aquelas 
com autoconfiança e auto-estima altas. 
3. As consequências 
recompensadoras associadas aos 
comportamentos: um modelo de elevado 
status pode nos levar a imitar um determinado 
comportamento, mas se as recompensas não 
tiverem significado para nós interromperemos 
o comportamento e seremos menos 
propensos a ser influenciados por aquele 
modelo no futuro. 
 Na abordagem de Bandura quanto à 
personalidade, o self não é uma espécie de 
agente psíquico que determina ou que causa 
o comportamento, mas sim um conjunto de 
processos e estruturas cognitivos 
relacionados a pensamento e percepção. 
 Dois aspectos importantes do self são o auto-
reforço e a auto-eficácia. 
Auto-reforço: administração de recompensa 
ou punição a si mesmo por satisfazer, superar 
ou frustrar as próprias expectativas ou 
padrões. O auto-reforço é tão importante 
quanto o reforçoadministrado pelos outros, 
especialmente para crianças mais velhas e 
adultos. O reforço auto-administrado pode ser 
tangível, como um novo par de tênis ou um 
automóvel, ou ser emocional, como orgulho e 
satisfação por um trabalho bem feito. 
 A punição auto-administrado pode expressar-
se como vergonha, culpa ou depressão por 
não nos comportarmos da maneira como 
desejaríamos. 
Auto-eficácia: nosso sentimento de 
adequação, eficácia e competência para 
lidarmos com a vida. A satisfação e a 
manutenção dos nossos padrões de 
desempenho realçam a auto-eficácia; já os 
fracassos em satisfazer os nossos padrões de 
desempenho reduzem a auto-eficácia. É 
formado desde bebê e alguns 
comportamentos e características colaboram 
para a formação (tanto para baixa quando 
para elevada). 
• Auto eficácia baixa (sentem-se 
desamparadas- relação com a 
depressão) 
• Auto eficácia elevada 
As pessoas com auto-eficácia baixa sentem-
se desamparadas, incapazes de exercer 
controle sobre os eventos da vida, acham que 
qualquer esforço que façam será em vão. 
Quando encontram obstáculos desistem 
rapidamente caso a sua primeira tentativa de 
contorná-los seja ineficaz. As pessoas com 
auto-eficácia extremamente baixa nem sequer 
tentarão contornar os problemas, pois estão 
convencidas de que nada que fizerem 
modificará algo. 
As pessoas com elevada auto-eficácia 
acreditam que podem lidar com eventos e 
situações satisfatoriamente. Já que esperam 
ser bem-sucedidas na superação de 
obstáculos, são perseverantes em suas 
tarefas e muitas vezes apresentam 
desempenho de alto nível. Encaram as 
dificuldades como desafios, e não como 
ameaças, e buscam ativamente situações 
novas. 
O julgamento sobre nossa auto-eficácia 
baseia-se em quatro fontes de 
informação: 
1. Aquisição de desempenho: experiências 
prévias de sucesso oferecem indicações 
diretas sobre nosso nível de domínio e 
competência. Realizações anteriores atestam 
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nossa capacidade e fortalecem nossos 
sentimentos de auto-eficácia. Fracassos 
prévios, particularmente repetidos na infância, 
diminuem nossa auto-eficácia. Fracassos 
breves na vida adulta podem reduzir a auto-
eficácia. 
 Experiências boas fortalece, uma 
criança pequena conforme vai adquirindo as 
experiências, vai mostrando que é capaz. 
2. As experiências vicariantes: ver outras 
pessoas apresentarem bom desempenho 
fortalece a auto-eficácia, particularmente se 
as pessoas que observamos são semelhantes 
em capacidade. É como se disséssemos: “Se 
eles fazem eu também faço”. Em 
contraposição, ver outras pessoas 
fracassarem pode reduzir a auto-eficácia: “Se 
eles não conseguem fazer, eu também não 
consigo”. 
3. A persuasão verbal: que significa lembrar 
as pessoas que elas possuem a capacidade 
de alcançar o que quer que seja, pode realçar 
a auto-eficácia. Esta deve ser a mais comum 
entre as quatro fontes de informação, e é 
frequentemente fornecida pelos pais, 
professores, cônjuges, treinadores, amigos e 
terapeutas que dizem: “Você consegue fazer 
isso”. Para ser eficaz a persuasão verbal 
precisa ser realista. 
4. Estimulação fisiológica e emocional: 
quanto maior o medo, a ansiedade ou a 
tensão que experienciarmos numa 
determinada situação, menos nos sentimos 
capazes de lidar com ela. Quanto mais calmos 
nos sentimos maior a nossa auto-eficácia. 
Bandura concluiu que certas condições 
aumentam a auto-eficácia: 
• Expor as pessoas a experiências bem-
sucedidas estabelecendo objetivos 
alcançáveis aumenta o desempenho 
satisfatório. 
• Expor as pessoas a modelos 
adequados que são bem-sucedidos realça as 
experiências vicariantes de sucesso. 
• Oferecer persuasão verbal incentiva 
as pessoas a acreditar que possuem 
habilidade de um desempenho satisfatório. 
• Fortalecer a estimulação fisiológica 
por meio de dieta apropriada, redução de 
estresse e programas de exercício aumenta a 
força, a resistência e a capacidade de lidar 
com as situações. 
Os estágios de desenvolvimento de 
modelação e auto-eficácia 
INFÂNCIA: Durante a infância, a modelação 
limita-se à imitação direta. Os bebês ainda 
não desenvolveram a capacidade cognitiva 
(os sistemas de representação de imagens 
mentais e de representação verbal) 
necessária para imitar o comportamento de 
um modelo algum tempo depois de observá-
lo. Por volta dos dois anos, as crianças já 
desenvolveram suficientemente os processos 
de atenção, retenção e produção para 
começar a imitar um comportamento algum 
tempo depois da exposição a ele, e não 
imediatamente. As crianças menores são 
primordialmente reforçadas com estímulos 
físicos, tais como comida, afeição ou punição. 
As maiores associam reforçadores físicos 
positivos a sinais de aprovação proveniente 
de modelos significativos e reforçadores 
indesejados a sinais de desaprovação. Mais 
tarde essas recompensas ou punições 
tornam-se auto administradas. A auto-eficácia 
se desenvolve gradualmente, os bebês 
começam a desenvolvê-la à medida que 
buscam exercer maior influência sobre os 
seus ambientes físico e social. Descobrem as 
consequências de suas próprias habilidades 
física e social e sua competência na 
linguagem. Idealmente, os pais são 
compreensivos com as atividades de seus 
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filhos em crescimento e as suas tentativas de 
comunicação e lhes fornecerão ambientes 
estimulantes que permitirão a eles a liberdade 
de crescer e fazer explorações. 
 As experiências iniciais de construção de 
auto-eficácia são centradas nos pais. A 
importância da influência dos pais diminui à 
medida que o mundo do bebê se expande e 
admite modelos adicionais, como irmãos, 
amigos e outros adultos. Entre amigos, as 
crianças mais experientes e bem-sucedidas 
em tarefas e jogos constituem-se em modelos 
de elevada eficácia para outras crianças. Os 
amigos fornecem pontos referenciais de 
comparação para se avaliar o próprio nível de 
realização. Os professores influenciam 
julgamentos de auto-eficácia por meio de seu 
impacto sobre o desenvolvimento de 
capacidade cognitiva e capacidade de 
resolução de problemas, as quais são vitais 
para a atuação satisfatória de um adulto. 
Muitas vezes, as crianças classificam sua 
própria competência em termos das 
avaliações que os professores fazem delas. 
Para Bandura, as escolas que efetuam 
agrupamentos segundo a capacidade 
debilitam a auto-eficácia e a autoconfiança 
dos alunos classificados em grupos mais 
baixos. 
ADOLESCÊNCIA: As experiências de 
transição da adolescência implicam lidar com 
novas demandas e pressões, desde um maior 
interesse sexual até a escolha de faculdade 
ou carreira a seguir. Os adolescentes têm de 
estabelecer novas competências e avaliações 
para suas habilidades. Bandura observou que 
o sucesso deste estágio depende do nível de 
auto-eficácia estabelecido durante a infância. 
VIDA ADULTA: Bandura dividiu a vida adulta 
em dois períodos, adulta jovem e meia idade. 
A primeira compreende adaptações como 
casamento, paternidade ou maternidade e 
ascensão profissional. É necessário que 
exista elevada auto-eficácia para que essas 
experiências apresentem resultados positivos, 
caso contrário a pessoa não será capaz de 
lidar com essas situações adequadamente, e 
é provável que não consiga se adaptar. Os 
anos da meia-idade também são 
estressantes, pois as pessoas reavaliam sua 
carreira e sua vida familiar e social. Conforme 
nos confrontamos com nossas limitações e 
redefinimos nossos objetivos, temos de 
reavaliar nossas aptidões e encontrar novas 
oportunidades para melhorar a auto-eficácia. 
VELHICE: As reavaliações de auto-eficáciana velhice são difíceis. O declínio das 
capacidades mental e física, a aposentadoria 
e o afastamento da vida social exigem nova 
auto avaliação. Uma diminuição de auto-
eficácia pode posteriormente afetar os 
funcionamentos físico e mental. Por exemplo: 
a autoconfiança reduzida quanto ao 
desempenho sexual pode levar a uma 
redução da atividade sexual. 
PARA BANDURA, AUTO-EFICÁCIA É O 
FATOR CRUCIAL NA DETERMINAÇÃO DO 
SUCESSO OU FRACASSO AO LONGO DE 
TODA A VIDA. 
Modificação do comportamento 
 É o comportamento ou o sintoma, e não 
nenhuma suposta neurose interna, o alvo da 
abordagem social. Para Bandura, se a 
modelação é a forma como originalmente 
aprendemos nossos comportamentos, então 
ela também deve ser um modo eficaz de 
reaprender ou modificar o comportamento. 
Bandura aplicou técnicas de modelação para 
eliminar medos e outras reações emocionais 
intensas. Num estudo inicial, crianças que 
temiam cachorros observavam uma criança 
da mesma idade brincando com um cachorro. 
Enquanto os avaliados assistiam, a uma 
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distância segura, o modelo fazia movimentos 
cada vez mais destemidos com relação ao 
cachorro. O medo que os observadores 
tinham de cachorro reduzia-se 
consideravelmente como resultado dessa 
situação de aprendizagem por observação. 
 Uma técnica denominada participação 
guiada implica assistir a um modelo vivo e 
depois participar com ele. Por exemplo: para 
tratar uma fobia de cobras, pessoas assistem, 
através de uma janela, a um modelo vivo 
manipular uma cobra. Elas entram no cômodo 
com o modelo e observam a manipulação da 
cobra a uma curta distância, usando luvas são 
convencidas a tocar o meio da cobra, 
enquanto o modelo segura sua cabeça e seu 
rabo. No final tocam a cobra sem luvas. 
Em uma outra técnica chamada modelação 
encoberta, as pessoas são instruídas a 
imaginar um modelo lidando com uma 
situação temida ou ameaçadora; elas não 
veem, realmente, um modelo. A modelação 
encoberta vem sendo utilizada para tratar 
fobias de cobras e inibições sociais. 
As pessoas que têm alguma fobia duvidam de 
sua auto-eficácia nessas situações de medo e 
têm pouca confiança em sua habilidade de 
lidar com a raiz da fobia. Aliviar esses medos 
nas pessoas expande o seu ambiente e eleva 
sua auto-eficácia. 
A terapia de modelação, particularmente 
usando técnicas de filme e de vídeos oferece 
várias vantagens práticas. Para citar algumas: 
comportamentos complexos podem ser vistos 
como um todo, os filmes podem ser repetidos 
para muitas pessoas e podem ser usadas com 
grupos, economizando tempo e dinheiro ao 
tratar pessoas com o mesmo problema. 
De acordo com pesquisas, os resultados 
indicaram que, como a auto-eficácia das 
pessoas aumentou durante o tratamento, elas 
tornaram-se cada vez mais capazes de lidar 
com a fonte de medo. Foi o próprio processo 
terapêutico que elevou a sua auto-eficácia. 
Questões sobre a natureza humana 
 O comportamento é controlado pela pessoa, 
por meio de processos cognitivos, e pelo 
ambiente, por meio das situações sociais 
externas, Bandura chama essa noção de 
determinismo recíproco. Tanto as pessoas 
como o seu ambiente são determinantes 
recíprocos uns dos outros. 
AMBIENTE PESSOA 
Depois, ele introduziu a noção de 
reciprocidade triádica, na qual três fatores 
interagem: comportamento, processos 
cognitivos e variáveis situacionais ou 
ambientais. 
Codificamos e representamos simbolicamente 
os eventos externos e antecipamos que um 
determinado comportamento nos trará uma 
determinada resposta. Assim, escolhemos e 
modelamos nosso comportamento para 
receber reforço e evitar punição. 
Bandura propõe que a maioria dos 
comportamentos é aprendida (com exceção 
dos reflexos básicos) e que fatores genéticos 
têm uma importância secundária. No entanto, 
reconhece que fatores hereditários, como tipo 
de corpo, maturação física e aparência, 
podem influenciar os reforçadores que as 
pessoas recebem, particularmente na 
infância. 
Experiências infantis são importantes na 
teoria de Bandura. 
 Nossos padrões internos de desempenho, 
que influenciam nossa auto-eficácia, são 
estabelecidos na infância, juntamente com um 
conjunto de comportamentos ideais. 
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 No entanto, é possível que experiências 
infantis sejam desaprendidas ao longo da vida 
e que novos padrões de desempenho e 
comportamentos venham a substituí-las. 
 PODEMOS INFERIR QUE NOSSO 
OBJETIVO FUNDAMENTAL E DEFINITIVO 
NA VIDA É ESTABELECER PADRÕES DE 
DESEMPENHO REALISTAS, DE MODO A 
MANTER UM NÍVEL ADEQUADO DE AUTO-
EFICÁCIA. 
 
Questões 
1. Como Bandura concebia a 
personalidade? 
2. Descreva como a modelação pode ser 
utilizada para modificar o comportamento. 
Dê dois exemplos específicos. 
3. Descreva os três fatores que influenciam 
na modelação. 
4. Explique auto-reforço e auto-eficácia. 
 
 
OBSERVAÇÃO QUE CAI EM PROVA: 
sobre a personalidade Bandura fala sobre 
modelação, observação e experiências 
vicariantes, auto eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arnold Allan Lazarus - O Sistema Multimodal 
Terapia Multimodal de Arnold Lazarus 
Nasceu em 1932 – Joanesburgo – África do 
Sul 
Terapia Multimodal criada em 1976. 
A terapia multimodal não oferece nova teoria, 
nem novos postulados, ela é e sempre se 
baseou firmemente, e de modo constante, na 
teoria do aprendizado social e outros 
conceitos da terapia comportamental. 
 Faz uma agregação das teorias mais 
importantes. 
BASIC I.D. 
 Basicamente, somos organismos biológicos 
(entidades bioquímico-neurofisiológicas) que: 
1. Se comportam (agem e reagem); 
2. Se emocionam (experimentam 
respostas afetivas); 
3. Sentem (respondem a estímulos táteis, 
olfativos, gustativos, visuais e 
auditivos); 
4. Imaginam (invocam visões, sons e 
outros eventos em sua imaginação); 
5. Pensam (nutrem crenças, opiniões, 
valores e atitudes); 
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6. Interagem com um outro (desfrutam, 
toleram ou experimentam vários 
relacionamentos interpessoais). 
Referindo-nos a estas seis dimensões ou 
modalidades distintas, porém interativas, 
como: 
1. Behavior (comportamento); 
2. Affect (Afeto); 
3. Sensation (Sensação); 
4. Imagery (imagem); 
5. Cognition (Cognição) – são afirmativas 
muito fortes. 
6. Interpersonal (Interpessoal); 
E acrescentando uma sétima 
modalidade: 
 
7. Drugs-Biology (Drogas-Biologia) – 
relacionado a saúde. 
Assim surge a conveniente monograma 
BASIC I.D. a partir das letras iniciais. 
 Muitas abordagens psicoterápicas são 
trimodais, dirigidas ao afeto, comportamento e 
cognição. 
A abordagem multimodal oferece aos clínicos 
um padrão abrangente que lhes permite 
pinçar problemas evidentes que pedem 
correção. 
Separando as sensações das emoções, 
distinguindo entre imagens e cognições, 
enfatizando os 
comportamentos tanto individuais como 
interpessoais, e remarcando o substrato 
biológico, a orientação multimodal tem maior 
alcance. Os elementos de uma avaliação 
completa, ainda que rápida, envolvem a 
seguinte gama de perguntas: 
 
Observação: NÃO NECESSARIAMENTE 
PRECISA TRABALHAR COM AS 7 
MODALIDADES JUNTAS. Pode ser com 
algumas só. 
 
B: Comportamento (Behavior). O que este 
indivíduo está fazendo para atrapalhar sua 
felicidade ou realização pessoal (ações de 
auto frustração, comportamentos 
desajustados?); O que o cliente precisa 
aumentar ou diminuir? O que ele precisaria 
parar de fazer ou começar a fazer? 
A: Afeto. Que emoções (reações afetivas) 
sãopredominantes? Estamos lidando com a 
raiva, ansiedade, depressão ou combinações 
das mesmas, e até que ponto (p. ex. irritação 
versus raiva; tristeza versus melancolia 
profunda?). O que parece gerar estes afetos 
negativos? (Certas cognições, imagens, 
conflitos interpessoais?). E como a pessoa 
responde (se comporta) quando está se 
sentindo de certo modo? É importante buscar 
processos interativos - que impacto têm vários 
comportamentos sobre o afeto da pessoa e 
vice-versa? Como isto influencia cada uma 
das outras modalidades? 
S: Sensação. Existem queixas sensitivas 
específicas (p.ex. tensão, dor crônica, 
tremores?). Que sentimentos, pensamentos e 
comportamentos estão ligados a estas 
sensações negativas? Que sensações 
positivas (p. ex. prazeres visuais, auditivos, 
táteis, olfativos e gustativos) a pessoa relata? 
Isto inclui o indivíduo como um ser sensual e 
sexual. Quando existe a demanda, a melhora 
ou cultivo do prazer erótico é um objetivo 
terapêutico viável. 
I: Imagem. Que fantasias e imagens são 
predominantes? Qual é a autoimagem da 
pessoa? Existem imagens específicas de 
sucesso ou fracasso? Existem imagens 
negativas ou intrusas (p.ex. flashbacks de 
experiências infelizes ou traumáticas)? E 
como estas imagens estão ligadas aos 
comportamentos atuais, cognições, reações 
afetivas, etc.? 
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C: Cognição. Podemos determinar as 
principais atitudes, valores, crenças e 
opiniões do indivíduo? Quais são os “pode”, 
“deve”, “tem que”, predominantes dessa 
pessoa? Existem quaisquer ideias irracionais 
ou crenças disfuncionais definidas? Podemos 
detectar quaisquer pensamentos automáticos 
inconvenientes que minem o desempenho da 
pessoa? 
I.: Interpessoal. Interpessoalmente, quais 
são os outros significativos na vida desta 
pessoa? O que a pessoa quer, deseja, espera 
e recebe deles; o que, por sua vez, a pessoa 
dá a eles ou faz por eles? Que 
relacionamentos, em particular dão a pessoa 
prazer e dor? 
D.: Drogas/biologia. Está essa pessoa 
biologicamente sadia e consciente de sua 
saúde? A pessoa tem quaisquer problemas ou 
queixas médicas? Quais são os detalhes 
pertinentes em relação à dieta, peso, sono, 
exercício e uso de álcool e drogas? 
Na avaliação multimodal, o BASIC I.D. 
funciona para lembrar-nos de examinar cada 
uma das sete modalidades e seus efeitos 
interativos. 
Uma sequência mais abrangente para a 
identificação de problemas é obtida 
solicitando à maioria dos clientes que 
preencham o Inventário Multimodal da 
História de Vida. Este questionário é dado 
como tarefa de casa e fornece uma análise 
BASIC I.D., e possibilita um plano de 
tratamento viável. 
 Uma grande parte da terapia é educacional, e 
as questões de como e por que as pessoas 
aprendem e desaprendem respostas 
adaptativas e desadaptativas são cruciais 
para a intervenção terapêutica efetiva. O 
núcleo da terapia multimodal é didático e a 
suposição básica é que quanto mais as 
pessoas aprendem na terapia, mais amplas se 
tornam suas respostas de enfrentamento, e 
menor a tendência delas a reincidirem. 
A Fórmula para a psicoterapia de Lazarus: 
OBSERVAÇÃO: A diferença de Lazarus para 
outros autores é que os outros focavam 1 ou 
2 aspectos, enquanto Lazarus usou as 7 
modalidades que os pacientes precisavam. 
Primeiro: Determinar se existem problemas 
significativos em cada uma das sete 
modalidades do BASIC I.D. 
Segundo: Em acordo com o cliente, 
selecionar três ou quatro problemas principais 
que exigem atenção específica. 
Terceiro: Se indicado, certificar-se de que o 
paciente passe por um exame físico e, se 
necessário, receba medicação ou drogas 
psicotrópicas. 
Quarto: Sempre que possível, aplicar 
empiricamente métodos comprovados de 
tratamento para problemas específicos. 
Frequentemente, na prática, é desnecessário 
empregar o BASIC I.D. completo. Quando um 
problema significativo em uma modalidade é 
modificado com sucesso, um efeito de 
propagação pode aliviar certas dificuldades 
em outras modalidades do BASIC I.D. 
A abordagem multimodal essencialmente 
pergunta: 
1. Quais são os problemas específicos e 
inter-relacionados através do BASIC 
I.D.? 
2. Quem ou o que parece desencadear e 
manter estes problemas? 
3. Qual parece ser o melhor caminho em 
cada caso individual para corrigir estes 
problemas? 
4. Foram identificados métodos empíricos 
comprovados para lidar com quaisquer 
dessas questões? (Chega a conclusão 
que, por exemplo, a pessoa fica se 
enxergando de modo negativo. Tem 
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algum aspecto que poderia, dentro da 
TCC, ajudar a diminuir essa 
imaginação e passar para positiva?). 
Em essência, a posição multimodal 
incorpora os quatro princípios a seguir: 
1. Os seres humanos agem e interagem 
através das sete modalidades do 
BASIC I.D. 
2. Estas modalidades estão ligadas por 
complexas cadeias de comportamento 
e outros eventos psicofisiológicos, e 
existem em um estado de transação 
recíproca. 
3. A avaliação acurada (diagnóstico) é 
atendida pela avaliação sistemática de 
cada modalidade e sua interação com 
todas as outras. 
4. A terapia abrangente pede correção 
específica de problemas significativos 
através do BASIC I.D. 
 
Terapia Breve 
Precisa realizar mais com menos 
 
Tomar decisões e tratamentos de maneira 
breve, em menos sessões (1 a 15 sessões). 
Mesmo breve, os objetivos são atingidos; o 
terapeuta deve ter a sensibilidade de 
perceber logo o que o paciente preciso. 
 
A abordagem multimodal sempre foi 
relativamente breve, mas atualmente, na 
época dos seguros saúde, há necessidade de 
uma brevidade ainda maior. 
A terapia eficaz depende muito menos das 
horas empregadas e muito mais do que você 
coloca nessas horas. Os terapeutas breves 
não tentam realizar menos; eles tentam 
realizar “mais com menos” – o que coloca 
demandas significativas para o clínico “tomar 
muitas decisões cuidadosas e difíceis, 
rapidamente, sem correr com a terapia”. 
Lazarus vê a terapia breve como dentro de um 
faixa de sessões com 1 a 15 horas de duração 
que podem ocorrer com grande proximidade 
temporal ou com intervalos de muitos meses. 
De acordo com a experiência de Lazarus, é 
extremamente difícil trabalhar de modo breve 
com pessoas que colocam seus problemas 
em termos vagos de modo que o enquadre 
objetivo permanece confuso. Para ele não é 
tanto o “rótulo” do diagnóstico que determina 
se alguém pode se beneficiar da terapia do 
enfoque ou de curto prazo e sim o grau do 
transtorno ou a extensão do distúrbio 
emocional. 
 A terapia verdadeiramente breve, mas 
eficaz, dependerá de dois fatores 
principais: 
1. A implementação de técnicas corretas de 
maneira adequada; 
2. A capacidade do terapeuta de ser um 
verdadeiro camaleão. 
 É importante determinar se o cliente 
responderá melhor a alguém que é diretivo, 
que apoie, reflexivo, frio, caloroso, indiferente, 
formal ou informal. O estilo do terapeuta é tão 
significativo quanto seus métodos. A terapia 
deve ser personalizada, de modo que os 
métodos sejam cuidadosamente talhados e 
adaptados ao usuário. Os clínicos eficientes 
precisam se adaptar às necessidades de 
diferentes indivíduos e situações. Mas há um 
limite: obviamente existe um ponto de corte 
definido na experiência individual, pois a 
classificação do DSM-IV de distúrbios mentais 
cita cerca de 400 diferentes doenças. E não 
existe terapeuta capaz de lidar com todos e 
cada um dos distúrbios psiquiátricos. 
Para uma terapia eficiente Lazarus diz: 
“Conheça suas limitações; tente estar em 
contato com profissionais que tenham 
habilidades e conhecimentos que você nãoLicenciado para - Isabela G
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tem; e não hesite em fazer encaminhamentos 
apropriados”. 
Perfis de Modalidade 
 Os Perfis de Modalidade listam problemas 
através do BASIC I.D. Após conduzir uma 
entrevista inicial e ler com atenção um 
Questionário Multimodal do Histórico de Vida 
preenchido pelo paciente, é frequentemente 
útil esquematizar um Perfil de Modalidades 
que lista as principais queixas em cada área e 
os tratamentos propostos. Muitos terapeutas 
multimodais preferem omitir as anotações de 
tratamentos e enfocar apenas a lista de 
problemas identificados. O Perfil de 
Modalidades pode ser modificado em 
qualquer momento. Ele serve como base para 
guiar o terapeuta e como um lembrete para 
não passar por cima de questões específicas. 
 Dentro de tudo que o paciente trouxe, 
qual as maiores queixas? Baseado nessas 
queixas, qual seria o melhor tratamento? 
 
Exemplo: Perfil de uma mulher de 33 anos de 
idade que procurou terapia por “ansiedade e 
depressão”: 
 
BASIC I.D. de Segunda Ordem 
A terapia pode empacar por razões que fogem 
ao entendimento mesmo de terapeutas 
altamente perceptivos e esclarecidos. 
Quando isto ocorre, um dos recursos é a 
aplicação de uma avaliação BASIC I.D. de 
Segunda Ordem que frequentemente pode 
quebrar o impasse. Então se existe um 
problema que está difícil de ser trabalhado 
podemos percorrer o BASIC I.D. neste 
problema específico. 
Por Exemplo: um cliente tinha adição ao 
álcool estabelecida, e um dos itens neste 
Perfil de Modalidade era “Necessidade de 
Usar Álcool ou Vícios”. Quando a ele se 
perguntou sobre o poder destes impulsos ou 
ânsias, através do BASIC I.D. surgiu o 
seguinte: 
Comportamento: Cerra as mandíbulas; 
começa a batucar ou torcer as mãos. → 
Quando acredita que precisa usar o álcool, 
apresenta comportamento tenso. 
Afeto: Ansiedade; Raiva. → Sensações que 
fazem ter vontade de usar o álcool. 
Sensação: Tensão muscular; Boca seca; 
vago mal-estar na boca do estômago. → 
Sensações relacionadas ao uso. 
Imagens: Visualizar-se bebendo álcool; 
imagina o cheiro e o sabor do drink; faz o 
quadro mental da sensação de ressaca. 
Cognição: Pensamentos de injustiça; Crença 
de que o vício nunca vai desaparecer; Ideia de 
que a ingestão pode ser controlada e várias 
outras racionalizações. 
Interpessoal: Evita a interação social ou 
ataca os outros com irritação. 
Drogas/Biologia: Fuma um cigarro ou toma 
uma xícara de café. 
 Fazer novamente o basic id, mas dessa 
vez mais direcionado, afim de 
“desempacar” a terapia. 
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Portanto, direcionar os problemas-chave, 
torna mais provável acontecer uma mudança 
significativa. Quando se estudou este Perfil, 
tornaram-se evidentes vários pontos para 
intervenção. As estratégias mais óbvias 
deveriam incluir: 
1. Mais atenção ao relaxamento muscular 
profundo; 
2. Imagens de sucesso em abandonar o 
álcool; 
3. Questionamento cognitivo. 
Tratamento multimodal da Distimia 
 Os distímicos mostram humor deprimido a 
maior parte do dia, por pelo menos 2 anos, 
eles nunca estão sem sintomas de depressão 
por mais que 2 meses de cada vez. 
Perfil de Modalidades de um homem 
distímico de 36 anos: (distimia é um 
rebaixamento de humor, crônica, que não seja 
a ser uma depressão. Dura muitos anos, dura 
a vida toda da pessoa. Aparece a maior parte 
do dia, fica meses ou anos sem e volta. Difícil 
sair do quadro, precisa de medicação e 
acompanhamento praticamente o tempo todo 
da vida dela). 
Comportamento: reduzida performance no 
trabalho, atividade diminuída, frases de auto 
difamação. 
Afeto: tristeza, “coração oprimido”, ansiedade 
intermitente. 
Sensação: menos prazer por alimentos e 
sexo, facilmente fatigado. 
Imagens: visões de solidão e fracasso, 
imagina-se sendo rejeitado por pessoas 
importantes em sua vida. 
Cognição: auto avaliação negativa, culpa, 
exagera os defeitos reais ou imaginários. 
Interpessoal: participação social reduzida. 
Drogas/Biologia: insônia intermitente. 
Para tratar este homem foram 
selecionadas três intervenções imediatas: 
1) Sua atividade diminuída e reduzida 
participação social tornaram-se o primeiro 
alvo. De acordo com a demanda do cliente, 
foram discutidos diversões, passatempos, 
hobbies, formas de entretenimento e outros 
eventos prazerosos que ele poderia praticar 
ao invés de ficar sentado matutando. 
2) Suas frases de auto reprovação e 
sua auto avaliação negativa também 
receberam atenção direta. Seu “filtro 
mental”, que tendia a selecionar apenas os 
detalhes negativos sobre os quais se 
estender, e desqualificava quaisquer 
experiências positivas, era repetidamente 
sinalizado. Ele foi habilitado a “ajustar as 
medidas”, de modo a desenvolver uma visão 
mais equilibrada. 
3) Suas imagens de solidão, fracasso e 
rejeição foram vencidas por tarefas para 
serem feitas em casa, nas quais ele tinha que 
enfocar imagens de sucesso. Ele também 
precisou de três sessões nas quais recebeu 
dessensibilização formal às críticas e à 
rejeição. 
 Na sétima e última sessão, ele não só relatou 
sentimentos significativamente melhores, 
como afirmou: “Você não pode acreditar, mas 
eu estou começando em novo emprego na 
quinta-feira”. No seu caso, um medo enorme 
de rejeição e fracasso vinha impedindo que 
ele assumisse riscos emocionais. O impacto 
das nossas sessões, disse ele, tornaram-no 
relativamente impermeável à sua anterior 
rejeição profundamente temida. 
Ele insistiu que a partir daí não se deixaria 
mais “podar e descartar” pela rejeição das 
mulheres, de seus pais ou de seus patrões. 
Este é um caso exemplar de como a 
abordagem trimodal via comportamento, 
cognição e formação de imagens efetuou 
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rapidamente algumas mudanças básicas que 
seriam provavelmente mantidas. 
Ao final da terapia Lazarus sempre se 
pergunta se os ensinou a pescar por si 
mesmos. 
Teorias e Técnicas 
Lázarus diz que a natureza arbitrária das 
crenças teóricas lhe ocorreu em torno de 
1964, depois que tratou, num hospital, um 
paciente durante vários meses, por trás de um 
espelho que só permite a visão por uma das 
faces diante de uma plateia de profissionais 
de diferentes linhas teóricas. Na ocasião ele 
era um terapeuta comportamental que não 
dava importância aos processos cognitivos. 
Semana após semana seus colegas o 
observaram implementando técnicas de 
relaxamento, dessensibilização sistemática, 
treinamento de assertividade, vários métodos 
de uso da formação de imagens e tarefas para 
serem feitas em casa. A cada sessão, 
seguiam-se debates com a plateia a respeito 
das razões para aplicar ou suspender certos 
procedimentos. Após 8 ou 10 sessões, 
estava claro que os pacientes tinham feito 
progressos significativos. Houve então um 
acalorado debate sobre as razões que 
embasaram as mudanças construtivas. Cada 
um dos profissionais defendia sua própria 
linha teórica, no entanto ninguém discordou 
de que houve progresso, mas ninguém viu, 
face a face porque estes ganhos tinham 
ocorrido. Este foi o principal impulso por trás 
do desenvolvimento de uma visão 
tecnicamente eclética de Lázarus. De 
acordo com Lázarus, as técnicas podem, de 
fato, se mostrar eficazes por razões que não 
se relacionam nem remotamente com as 
ideias teóricas que as originam. As teorias 
científicas são, quando muito, um elaborado e 
sofisticado conjunto de hipóteses e 
proposições. Para Lázarus, faz sentido 
selecionar técnicas aparentemente eficazes 
de qualquer linha, sem necessariamenteadotar as teorias que as embasam. Na terapia 
multimodal, a seleção e desenvolvimento de 
técnicas específicas não se fazem de modo 
algum ao acaso. O ecletismo se justifica 
apenas quando não existem tratamentos de 
escolha bem documentados para um 
transtorno em particular, ou quando métodos 
bem estabelecidos não atingem os resultados 
adequados. 
 Pode estar usando um método da 
comportamental ou cognitiva sem ter 
que estar trabalhando dentro daquela 
abordagem. Ex: na minha teoria não 
tenho essa técnica então não posso 
usar? Deve. É importante abranger 
uma estratégia para atingir o problema. 
Portanto, se considerarmos o tratamento da 
agorafobia, com ou sem ataques de pânico, 
existem diversos procedimentos de 
tratamento bem documentados, 
empiricamente estabelecidos e altamente 
recomendados. Por exemplo: os 
pesquisadores de todo o mundo têm 
demonstrado muito claramente que a 
exposição in vivo é o ingrediente central no 
tratamento comportamental da agorafobia e 
que este processo é substancialmente mais 
eficaz que qualquer número de procedimentos 
psicoterapêuticos alternativos reconhecidos. 
No entanto, quando estes procedimentos, 
apesar da implementação apropriada, falham 
em atingir os resultados desejados, deve-se 
buscar procedimentos menos confirmados ou 
tentar desenvolver novas estratégias. 
Personalidade 
Para Lázarus, em sentido amplo, somos 
produtos da interação entre nossa dotação 
genética, nosso meio ambiente físico e nossa 
história de aprendizado social. Porém isto não 
nos informa como, quando, aonde e por que 
outros comportamentos, pontos de vista, 
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18 
 
insights, fantasias e padrões interpessoais 
são adquiridos. Não precisamos da 
explicação exata do que causou um problema 
para curá-lo. 
 Essa proposta é extremamente valida 
pois muitas pessoas procuram 
atendimento querendo saber o porquê 
desenvolveu um 
trauma/ansiedade/depressão, 
acreditando que descobrir o porquê vai 
fazer com que ele se cure e não é 
assim, apenas trará um certo conforto. 
Lázarus descreve sete fatores que formam 
e mantém a personalidade humana: 
1. Associações e relações entre 
eventos: 
Durante toda a vida são feitas conexões ou 
associações entre eventos. Pode ser dito que 
existe uma associação quando as respostas 
evocadas por um estímulo são previsíveis e 
fidedignamente similares àquelas provocadas 
por um outro estímulo. Muitos fenômenos do 
condicionamento respondente e do 
condicionamento operante são úteis para 
explicar as origens presumíveis e fatores de 
manutenção em diversas áreas das atividades 
humanas. Dizer “condicionamento 
respondente” parece ser a explicação mais 
adequada para a aversão de alguém por suco 
de laranja, com base na descoberta de que a 
mãe dessa pessoa tentava disfarçar o gosto 
amargo de certos medicamentos ministrando-
os com suco de laranja. E “condicionamento 
operante” parede uma explicação adequada 
para uma situação em que um garoto que se 
queixava de frequentes dores de cabeça, para 
as quais os médicos não conseguiam detectar 
nenhuma razão orgânica, tinha um pai que o 
perturbava muito com exigências briguentas, 
mas que o mimava quando ele se sentia 
indisposto. Sem nos enredarmos nas 
controvérsias que os envolvem, parece útil 
delinear conceitos, tais como: “generalização 
de estímulo”; “reforço positivo”; estímulos de 
punição ou aversivos”, “controle do estímulo”, 
“reforço intermitente”, “auto-reforço”, e assim 
por diante. 
 
2. Modelo e Imitação 
A sobrevivência humana é grandemente 
facilitada por nossa capacidade de adquirir 
novas respostas através da observação de 
alguém praticando uma atividade e então 
fazê-la por nós mesmos. O ensino de muitas 
tarefas ocupacionais complexas e de 
exigências sociais, o sucesso frequentemente 
depende da imitação, aprendizado por 
observação e identificação. 
3. Processos não conscientes 
O termo “processos não conscientes” 
reconhece simplesmente que (1) as pessoas 
têm diferentes graus e níveis de 
autoconsciência, e (2) apesar de uma falta de 
consciência ou de compreensão consciente, 
estímulos não reconhecidos (subliminares) 
podem influenciar os pensamentos, 
sentimentos e comportamentos conscientes 
de alguém. Ambos, experiência consciente e 
processos psicológicos não conscientes, são 
necessários para uma completa compreensão 
do modo pelo qual os seres humanos sabem, 
aprendem ou se comportam. 
4. Reações Defensivas 
As pessoas podem negar o óbvio ou atribuir 
erroneamente seus próprios sentimentos a 
outros (projeção). Podem facilmente deslocar 
suas agressões para outras pessoas, animais 
ou coisas. O termo “reações defensivas” 
prende-se a realidades estritamente 
empíricas, sem incluir os significados 
adicionais ao termo “mecanismos de defesa”, 
com suas elaboradas ligações aos desvios do 
complexo de atitudes, percepção e que, 
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supostamente, evitam que os impulsos do id 
dominem. As reações defensivas são 
“respostas de evitação” que atenuam a dor, 
desconforto, ansiedade, depressão, culpa e 
vergonha. Portanto, a “sublimação” é vista não 
como “a tradução e modificação de 
impulsos/desejos em atividades que são 
conscientemente aceitáveis para o ego e 
superego”, mas como uma distração, como 
uma canalização do esforço e concentração 
em uma outra direção. 
5. Eventos Privados 
Os eventos privados (p.ex. crenças, valores, 
atitudes, imagens, autoimagem, auto 
regulação) devem ser acrescentados ao 
conjunto de conceitos básico. Isto inclui o uso 
idiossincrásico da linguagem, capacidade 
para resolver problemas, avaliações, 
atribuições, auto eficiência, expectativas, 
objetivos, codificação e atenção seletiva. 
Estas noções indicam um filtro significativo 
– as pessoas não respondem 
automaticamente a estímulos externos. Seus 
pensamentos a respeito daqueles estímulos 
vão determinar quais serão notados, como 
são percebidos, o quanto são valorizados, e 
por quanto tempo serão lembrados. 
6. Metacomunicações 
➔ Metacomunicação: falar com 
nossos pensamentos; além de 
falar com os outros, somos seres 
capazes de conversar com os 
pensamentos. Dialogo com você 
mesmo. 
As pessoas não apenas “comunicam” elas 
também “metacomunicam”, ou seja, 
comunicam a respeito de suas comunicações. 
A intervenção mais típica, envolvendo 
metacomunicações está na terapia de casais. 
Por exemplo: quando se discute Perfis 
Estruturais, além de se auto-avaliarem, 
pergunta-se aos esposos “Que nota você 
acha que ele ou ela vai dar a si mesmo? “ As 
discussões a respeito da precisão ou 
discrepâncias destas diferentes pontuações, 
geralmente favorecem o processo de 
entendimento mútuo. (Vide Inventário do 
Perfil Estrutural) 
7. Limiares 
➔ Apresentam limiares para o dia-
dia, quem tem um limiar maior 
para frustração vai suportar não 
atingir seus objetivos e quem tem 
baixo ficara mais 
descompensado. 
As pessoas têm diferentes limiares de 
tolerância à frustração, limiares de tolerância 
ao estresse, limiares de tolerância à dor, 
limiares de tolerância ao barulho, limiares de 
tolerância ao frio e limiares de tolerância à 
poluição, entre muitos outros. Os limiares são 
em grande parte inatos, em outras palavras, 
as pessoas respondem a uma ampla 
variedade de estímulos com um padrão 
distinto de excitação do sistema nervoso 
vegetativo. 
 Aqueles com um sistema vegetativo estável 
(que apresentam altos limiares para muitos 
eventos) têm uma “personalidade” diferente 
daqueles com reações vegetativas lábeis (que 
geralmente se correlacionam com baixos 
limiares para muitas condições ou situações). 
Estes últimos sãopropensos à ansiedade e 
inclinados a tornarem-se patologicamente 
ansiosos sob condições estressantes. 
Lázarus, defende que as contribuições 
combinadas dos construtos teóricos 
anteriormente mencionados explicam muito 
adequadamente a gama de experiências 
humanas – nossas esperanças, desejos, 
fantasias, sentimentos, sonhos, aspirações, 
motivações, ambições, medos, 
desconfianças, amores e ódios. 
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Albert Ellis – terapia racional-emotivo- comportamental – trec 
 
 Nasceu – 1913 – New York 
Teoria mais contemporânea. 
Foi fundada por Albert Ellis em 1955, é ao 
mesmo tempo uma teoria da personalidade e 
um método de psicoterapia. Enfatiza a 
reestruturação cognitiva de acordo com o 
modelo A-B-C da perturbação emocional. O 
“A-B-C”, envolve uma compreensão sobre a 
base do funcionamento cognitivo do ser 
humano, em que: 
 “A” seria o acontecimento ativador; 
 Vive uma experiência ou passa por 
uma situação (um trauma, uma dificuldade) 
são acontecimentos ativadores. 
 “B” (belief) seria a crença pessoal sobre 
o acontecimento ativador, sua interpretação e 
avaliação; 
 Cresça sobre o acontecimento ativador, 
é como se avalia esse acontecimento. 
As crenças irracionais podem ser combatidas 
com questionamentos. 
 “C” as consequências demonstradas 
pelos sentimentos pessoais e os 
comportamentos. 
 Tenho um evento ativador, tenho 
crenças e interpretações sobre eles e tenho as 
consequências daquele evento, é como vou 
reagir/o que vai acontecer/ o que vou fazer/ 
como vou sentir. 
 
Reestruturação cognitiva → pensar sobre 
o pensamento, avaliar se aquilo que 
pensou é necessário ou não e caso for 
preciso adequar os pensamentos a uma 
realidade. 
 
As crenças irracionais podem ser combatidas 
com questionamentos (D, de dispute). Para 
Ellis o comportamento das pessoas floresce 
de suas ideias. É uma escola de psicoterapia 
baseada na suposição de que os seres 
humanos nascem com um potencial para o 
pensamento racional e correto, assim como 
para o pensamento irracional e desviante. Vê 
o indivíduo como único e como tendo o poder 
de compreender limitações, de mudar pontos 
de vista e valores básicos que foram 
introjetados acriticamente, por ele, enquanto 
criança e de contestar tendências 
autoderrotistas. 
As pessoas possuem a capacidade de 
confrontar seus sistemas de valores e 
redoutrinar a si mesmas com crenças, ideias 
e valores diferentes. Por poderem pensar e 
trabalhar até que se tornem realmente 
diferentes, as pessoas não são vítimas 
passivas de condicionamentos passados. 
 Não somos vítimas das nossas ideias, 
é possível confrontar as nossas ideias, não 
somos pessoas passivas, pode trabalhar o 
pensamento e mudar e mudar para melhor. 
 
Teoria Básica 
A terapia racional-emotivo-comportamental 
apoia-se no método científico e na observação 
empírica. Na prática da TREC, para cada 
crença expressa por uma pessoa uma 
pergunta adequada seria: 
Quais são as evidências de que esta 
crença é verdadeira? 
Tenta-se fazer dos clientes melhores 
cientistas de modo que eles possam adquirir 
informações corretas, usar as evidências 
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logicamente e construir crenças solidamente 
embasadas. A arte do pensamento lógico não 
é facilmente adquirida: ao contrário, muitas 
pessoas parecem ser peritas em não ser 
lógicas. 
 
Quando tenho uma ideia sobre mim, o mundo 
que me cerca e o futuro, eu posso questionar 
a evidencia dessas ideias, se essas ideias tem 
uma certa lógica e por isso a arte do 
pensamento logico não é facilmente 
adquirida. 
Muitas pessoas têm dificuldade de pensar de 
uma forma desadaptada; não é pensar certo 
ou errado é logico ou ilógico, irracional ou 
racional, adaptada ou desadaptada. 
Exemplos: 
“Devo ser perfeito”. 
“Acabei de cometer um erro. Isso é terrível! ” 
E “Isso prova que sou imperfeito e, portanto, 
não tenho valor”. 
Onde está a evidência que apoia a afirmação 
“Devo ser perfeito”? Não há. 
 E sobre “Acabei de cometer um erro”? Isso 
pode até ser demonstrado, mas é sobre isso 
ser “terrível”? Pode seguir-se então que “não 
tenho valor”? Claramente que não, embora 
pessoas que pensam dicotomicamente 
pudessem dizer que sim. 
➔ Mas por que devo ser perfeito? Crença 
irracional, pois, seres humanos não 
são perfeitos. Gostaria de tentar fazer 
as coisas de uma maneira correta, mas 
não devo ser perfeito. 
➔ Fiz uma coisa errada? Mas eu tenho 
valor, da próxima vez posso acertar e 
não pensar “fiz uma coisa errada e 
nunca vou acertar, não sirvo para nada” 
 É ensinado ao paciente as evidencias e 
contestações, “aonde mostra que devo 
ser perfeito? ” Se cometeu um erro “tudo 
bem cometer um erro, mas não está tudo 
perdido, ainda tem valor”. 
As pessoas geralmente não estão 
conscientes das premissas de seus 
pensamentos (não tem total 
ideia/conhecimento das premissas de seus 
pensamentos), mas frequentemente, 
focalizam apenas as conclusões que, se 
distorcidas, tendem a gerar problemas 
emocionais. O pensamento racional envolve 
raciocínio lógico baseado em afirmações 
empiricamente verificáveis. Se pensarmos 
racionalmente, é improvável chegarmos a 
conclusões que levem a sentimentos 
extremamente perturbadores. 
 
Quando UMA coisa sai errado o pensamento 
irracional toma conta para deixar mal, o 
pensamento irracional está baseado em 
afirmações que podem verificar. “Por que vou 
me sentir mal assim se cometi um erro? ” → 
Porque o ser humano não consegue ser bom 
sempre, avaliar o que saiu fora dos eixos 
nessa situação, verificar o que pode modificar 
e concertar da próxima vez. Diante de um 
erro, um pensamento distorcido, pudesse 
brigar com ele e favorecer-nos e não deixar 
esse pensamento distorcido tomar conta dos 
nossos pensamentos. Se pensar 
racionalmente, vai chegar a uma conclusão 
adaptada “ah então não me esforcei e por isso 
fiz algo errado”. 
O conceito subjacente da TREC é que, se as 
pessoas são preparadas para pensar mais 
racionalmente, com mais flexibilidade e mais 
cientificidade (ou seja, de uma forma logica), 
elas estarão capacitadas para viver mais 
longamente e mais felizes. 
 
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A ideia da TREC é preparar as pessoas para 
pensar mais racionalmente, enquanto as 
pessoas tiverem fantasias e fizer de 
pequenos problemas uma catástrofe ela está 
pensando de forma irracional e precisa 
ajudar a pessoa a pensar de uma maneira 
mais racional. 
Ellis pega pesado na razão (como penso a 
respeito das coisas, cognição, raciocínio), 
emoção (quando sente ao ter pensamento 
racional e irracional) e comportamentos (o 
que faz e o que deixa de fazer devido a um 
acontecimento). 
 
Ellis aponta algumas metas importantes que 
vêm de encontro com os valores da TREC: 
Ajuda a avaliar se o indivíduo está bem ou mal 
e o quanto está bem e o quanto está mal. (São 
11 metas para que tenha saúde mental) 
1) Auto interesse: pessoas emocionalmente 
responsáveis tendem a colocar seus 
interesses ao menos um pouco acima dos 
interesses dos outros. Sacrificam-se em certo 
grau por aqueles que amam, mas não 
demasiadamente ou completamente. 
 Se recebe algum paciente que parece 
não dar muita importância para ela propria e 
vive em função completamente de outra 
pessoa (filho ou esposo) não pode considerar 
que tem uma boa saúde mental, pois é 
necessário ter auto interesse, colocar seus 
interesses um pouco acima do interesse das 
outras pessoas. 
2) Interesse social: a maioria daspessoas 
escolhe viver em grupos sociais e, para fazer 
isso de modo mais confortável e feliz, devem 
agir mais moralmente, proteger mais o direito 
dos outros e ajudar na sobrevivência da 
sociedade na qual vivem. 
 Indivíduos com boa saúde mental acaba 
vivendo em grupos sociais, se alguém 
abandonou tudo é preciso avaliar as 
circunstâncias para saber se está bem. 
3) Auto direção: seria bom cooperar com os 
outros, mas é melhor para nós assumirmos a 
responsabilidade primária das nossas 
próprias vidas mais do que exigir ou 
necessitar de apoio excessivo dos outros. 
 Indivíduos com bom auto direção corre 
atrás daquilo que deseja ou acha importante, 
segue seus objetivos e não fica preocupado 
se as pessoas estão dando apoio para ele. 
Crianças e adolescentes precisam de um 
apoio maior. Auto direção é seguir um 
caminho, uma meta. Nos transtornos aprecem 
muita falta de auto direção, como nos 
transtornos de personalidade as pessoas não 
conseguem aprofundar na vida delas um 
seguimento, muda muito de relacionamento. 
No caso de quando essa pessoa que “guia” a 
outra, haverá um sofrimento muito maior, 
desolação, etc. Ocorre isso nos casos de 
dependência afetivo-amorosa. 
1) Auto interesse 
2) Interesse social 
3) Auto direção 
4) Tolerância: ajuda a permitir que as pessoas 
têm o direito de estar erradas. Não é 
apropriado apreciar comportamentos 
inadequados, mas também não é necessário 
maldizer a pessoa que os apresentou. 
 Intolerantes são pouco assertivos 
5) Flexibilidade: pessoas saudáveis tendem a 
ser pensadores flexíveis, regras rígidas, 
tendenciosas e invariantes tendem a 
minimizar a felicidade. 
 Quem tem flexibilidade geralmente são 
saudáveis e as inflexíveis são mais rígidas e 
isso dificulta alcançar a felicidade e bem-estar. 
4) Tolerância 
5) Flexibilidade caminham próximas 
 
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6) Aceitação da incerteza: pessoas 
emocionalmente maduras reconhecem e 
aceitam o fato de que vivemos em um mundo 
de probabilidades e de acaso, no qual não 
existem certezas absolutas, nem 
provavelmente existirão. Dão-se conta de que 
não é terrível, pelo contrário, na verdade é 
fascinante e excitante viver nesse tipo de 
mundo probabilístico e incerto. Apreciam um 
bom grau de ordem, mas não a exigem ou a 
impõem. 
 Quem aceita que viver em um mundo 
incerto, de certa forma, se dão melhor. De 
uma maneira geral, é apreciado uma ordem, 
mas não pode exigir/impor uma ordem com 
certeza total, pessoas saudáveis mentalmente 
aceitam a incerta. Ex: familiares estão bem e 
de repente alguém falece e isso traz várias 
incertezas, mas se aceita que incertezas 
acontecem, lida melhor. 
7) Comprometimento: grande parte das 
pessoas sentem-se mais saudáveis e felizes 
quando está absorvida com algo seu, 
podendo ser pessoas, coisas e ideias. Elas 
têm preferivelmente pelo menos um grande 
interesse criativo tanto quanto algum 
envolvimento humano principal que 
consideram tão importante que estruturam 
uma boa parte da sua existência diária nisso. 
 Quando se compromete com algum 
projeto, se sente melhor. Por isso fala-se 
muito da importância de trabalhar, estudar, 
participar de grupos como uma maneira de ser 
saudável. E alguns pacientes mais debilitados 
chegam a ser ter comprometimentos e isso 
dificulta. 
8) Pensamento científico: pessoas que não 
são perturbadas tendem a ser mais objetivas, 
racionais e científicas do que as perturbadas. 
Regulam suas emoções e ações por reflexões 
sobre elas e suas consequências e por 
aplicação das regras da lógica e do método 
científico para avaliar e determinar essas 
consequências. 
 São pensamentos com logica, racional 
então pessoas saudáveis regulam seus 
pensamentos por reflexões e pensamentos 
que tem delas mesmas, essas pessoas com 
pensamentos científicos aplicam as logicas do 
método cientifico para avaliar as 
consequências. Cada ser humano no seu dia-
dia fosse fazendo uma pequena pesquisa 
cientifica sobre suas ideias e pensamentos 
“isso que estou fazendo tem logica, está bom? 
Isso está me ajudando ou prejudicando?” 
 9) Auto aceitação: pessoas saudáveis estão 
normalmente contentes por estarem vivas. 
Aceitam-se apenas porque estão vivas e, 
como criaturas vivas, têm alguma capacidade 
de se alegrar e de se afastar da dor e do 
sofrimento. Não medem seu valor intrínseco 
por suas realizações extrínsecas ou pelo que 
os outros pensam delas. 
 Nos autos aceitarmos, quem somos e/ou 
como sonos 
10) Aceitação de correr riscos: pessoas 
emocionalmente não-perturbadas percebem 
que a vida envolve um certo grau de riscos. 
Perguntam-se o que realmente gostariam de 
fazer e então tentam fazê-lo, mesmo que haja 
uma boa probabilidade de falharem. Tendem 
a ser aventureiras, sem serem bobas ou 
ingênuas, e a querer experimentar qualquer 
coisa pelo menos uma vez, para verem se 
gostam ou não. Com frequência, buscam uma 
quebra em sua rotina diária 
11) Expectativas realistas: Pessoas não-
perturbadas aceitam o fato de que utopias são 
impossíveis de alcançar e que nunca terão 
tudo o que querem nem conseguirão evitar 
tudo o que não querem. Não se dirigem 
irrealisticamente a uma satisfação ou 
felicidade totais, nem a uma falta total de 
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ansiedade, depressão, auto piedade ou 
hostilidade. 
 
Ellis, fala que os seres humanos têm duas 
principais tendências biológicas: 
A primeira é uma forte tendência para 
pensar irracionalmente. Embora 
reconhecendo a influência de fatores sociais, 
ele destacou que: Mesmo se todos tivessem a 
educação mais racional, os seres humanos 
iriam frequentemente migrar de modo 
irracional das suas preferências individuais e 
sociais para exigências absolutistas sobre si 
mesmos, sobre as outras pessoas e sobre o 
universo em torno de si. → São biológicos 
pensar irracional e ter ideias absolutistas. 
A segunda tendência biológica descreve os 
seres humanos como tendo tanto a 
capacidade para pensar sobre o seu 
próprio pensamento quanto à capacidade 
para poder escolher trabalhar na direção de 
mudar seu pensamento irracional. Desta 
forma, as pessoas não são escravas, sem 
poder sobre suas tendências para pensar 
irracionalmente. → Mas também tem uma 
tendência de pensar no nosso pensamento “o 
que estou pensando agora? Isso é verdade 
mesmo? Eu estou mudando a realidade? ” 
 
A Natureza da Perturbação Psicológica 
Ellis concorda com os teóricos da terapia 
cognitiva quanto ao papel das distorções 
cognitivas nas perturbações psicológicas. 
Contudo, defende que elas sempre decorrem 
de “devos”. → Usam as distorções em alguns 
momentos, mas pode levar a ansiedade, 
depressão, medo, etc. 
Exemplos de distorções: 
1. Pensamento tudo ou nada: “Se eu 
falhar em qualquer tarefa importante, como 
não devo, sou um fracasso total e totalmente 
não merecedor de amor”. → Ou sei tudo e está 
tudo bem ou eu não sei nada e sou um 
fracasso. 
2. Salto para conclusões: “Já que me 
viram falhando de modo terrível, como eu não 
deveria, vou ser visto como um verme 
incompetente”. 
3. Adivinhação: “Como estão rindo de 
mim por eu ter falhado e sabem que eu 
deveria ter tido sucesso, irão me desprezar 
para sempre”. 
4. Focalização no negativo: “Como não 
aguento que as coisas deem errado, como 
elas não devem, não consigo ver nada de 
bom acontecendo na minha vida”. 
5. Desqualificação do positivo: “Quando 
me cumprimentam pelas coisas boas que eu 
fiz, estão apenas sendo gentis comigo e 
esquecendo as coisas estúpidas que eu não 
deveria ter feito”. 
6. Sempre ade e nunca ade: “Como ascondições de vida tinham que ser boas e na 
verdade são tão más e intoleráveis, elas vão 
ser assim sempre e eu nunca vou conseguir 
ser feliz”. 
7. Minimização: “Minhas realizações são 
resultado de sorte e são pouco importantes. 
No entanto, meus erros, os quais eu nunca 
deveria ter cometido, são tão ruins que eu não 
deveria jamais ser desculpado”. 
8. Raciocínio emocional: “Como me 
desempenhei tão mal, como não deveria ter 
feito, sinto-me totalmente incompetente e meu 
sentimento prova que eu não sou nada bom”. 
9. Rotulação e super generalização: 
“Como não devo falhar em trabalhos 
importantes e eu falhei, sou um fracasso 
completo e um perdedor”. 
10. Personalização: “Já que estou agindo 
muito pior do que deveria e eles estão rindo 
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disso, tenho certeza de que estão rindo de 
mim, e isso é terrível”. 
11. Farisaísmo (falsidade): “Quando não 
faço tão bem quanto eu deveria e eles ainda 
me elogiam e aceitam, isso significa que eu 
sou um impostor; mais cedo ou mais tarde, 
vou cair do cavalo e acabar demonstrando 
como sou desprezível”. 
12. Perfeccionismo: “Mesmo me dando 
conta de que fiz bastante bem, eu deveria ter 
feito perfeitamente bem uma tarefa assim, e 
isso significa que sou realmente um 
incompetente”. 
As onze crenças irracionais 
A partir das distorções cognitivas destacadas, 
Ellis listou 11 crenças irracionais que 
representam o aspecto central de seu 
tratamento: 
1. A ideia de que existe uma extrema 
necessidade para qualquer ser humano adulto 
ser amado ou aprovado por qualquer outra 
pessoa significativa em sua comunidade. 
2. A ideia de que se deva ser inteiramente 
competente, adequado e realizador em todos 
os aspectos possíveis para se considerar 
como tendo valor. 
3. A ideia de que é terrível e catastrófico 
quando as coisas não são do jeito que 
gostaríamos muito que fossem. 
4. A idéia de que certas pessoas são más, 
perversas e velhacas e de que elas deveriam 
ser severamente responsáveis e punidas por 
sua maldade. 
5. A idéia de que a infelicidade humana é 
externamente causada e de que as pessoas 
têm pouca ou nenhuma habilidade para 
controlar seus infortúnios e distúrbios. 
6. A idéia de que, se alguma coisa é ou pode 
ser perigosa ou assustadora, deve-se ficar 
terrivelmente preocupado e ficar ruminando 
sobre sua possível ocorrência. 
7. A idéia de que é mais fácil evitar do que 
enfrentar certas dificuldades ou 
responsabilidades da vida. 
8. A idéia de que se deva ser dependente 
dos outros e de que se necessite de alguém 
mais forte em quem se apoiar. 
9. A idéia de que a história passada de 
alguém é um determinante definitivo do seu 
comportamento presente e, se algo afetou 
uma vez fortemente a sua vida, isso 
continuará tendo indefinidamente um efeito 
similar. 
10. A idéia de que se deva ficar muito 
transtornado com os problemas e as 
preocupações de outras pessoas. 
11. A idéia de que há invariavelmente uma 
solução certa, precisa e perfeita para os 
problemas humanos e de que é catastrófico se 
essa solução perfeita não é encontrada. 
De todas as crenças descritas, as três 
primeiras são as mais importantes e 
comuns. 
 
A Mudança Terapêutica 
 A TREC sustenta que a mudança mais 
duradoura envolve a reestruturação filosófica 
das crenças irracionais. Para produzir uma 
mudança filosófica as pessoas devem fazer o 
seguinte: 
1. Compreender que elas criam suas 
próprias perturbações psicológicas e que 
quando o ambiente possa contribuir para isso 
é de consideração secundária. 
2. Reconhecer plenamente que têm a 
capacidade para mudar essas perturbações. 
3. Compreender e aceitar que as 
perturbações emocionais e comportamentais 
derivam, em grande parte, de crenças 
irracionais, absolutistas. 
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4. Detectar suas crenças irracionais e 
discriminar entre elas e suas contrapartes 
racionais. 
5. Combater essas crenças irracionais, 
usando métodos lógico-empíricos da ciência. 
6. Trabalhar para a internalização dessas 
novas crenças racionais, empregando 
métodos cognitivos e comportamentais de 
mudança. 
7. Continuar esse processo de desafiar as 
crenças irracionais, usando métodos 
multimodais de mudanças pelo resto da vida. 
A Prática 
A TREC é uma forma ativa e diretiva de 
terapia na qual os terapeutas agem 
diretamente na identificação de suas crenças, 
as quais constituem a base para seus 
problemas. O processo terapêutico baseia-se 
em um modelo educacional de atuação, em 
que o terapeuta ensina o cliente a 
compreender-se melhor e a modificar seu 
próprio comportamento. A base fundamental é 
a aceitação incondicional do cliente pelo 
terapeuta, a capacidade empática, o interesse 
genuíno e o calor do terapeuta pelo cliente. O 
terapeuta atenta-se a detalhes e geralmente 
pergunta: o quê, por quê, quando, onde e 
como. O terapeuta faz confrontação se 
percebe discrepâncias entre o que o cliente 
está dizendo e o que disse antes, entre o que 
ele está comunicando verbalmente e a sua 
expressão não-verbal, entre o modo como o 
cliente está vendo os seus problemas e o 
modo como o terapeuta os está concebendo. 
 Três qualidades são importantes no 
estabelecimento do rapport: a auto revelação, 
o uso apropriado do humor e um estilo ativo e 
diretivo. 
 
Avaliando os problemas do cliente 
Quando um cliente descreve um 
acontecimento problemático de sua vida, o 
terapeuta avalia: 
O que aconteceu? (Aspecto do A – 
Acontecimento Ativador); 
Como o cliente percebeu/entendeu o que 
aconteceu? (Aspecto do A – Acontecimento 
Ativador); 
Como o cliente avaliou o que aconteceu? 
(Aspecto do B – crenças). 
Quais foram as consequências emocionais e 
comportamentais? (Aspecto do C – 
consequências). 
O terapeuta tenta fazer uma distinção entre a 
realidade objetiva e a realidade percebida. 
Exemplo: Um cliente apresenta um problema 
de depressão porque no trabalho ninguém 
gosta dele. Um questionamento maior revela 
que os colegas interagem com ele apenas 
sobre problemas de trabalho, que não 
conversam com ele ou o convidam para 
almoçar e, quando o fazem, ele recusa: 
A (confirmável): “Poucas pessoas me 
convidam para almoçar ou tentam interagir 
comigo fora de assuntos de trabalho”. 
A (percebido): “Acho que ninguém gosta de 
mim”. 
B: “É terrível e catastrófico que ninguém gosta 
de mim”. 
C: Depressão. 
O “C” é um dos aspectos mais importantes, 
pois envolve as consequências emocionais e 
comportamentais decorrentes de “A” e “B”. É 
justamente pelo “C” que um cliente busca 
terapia. 
Os seres humanos são necessariamente 
emotivos, mas algumas de suas emoções 
podem impedi-los de alcançar suas metas, de 
se satisfazer, de prejudicar seu 
funcionamento cognitivo, de produzir 
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problemas psicossomáticos e, por isso podem 
ser consideradas inadequadas. 
“D” de Debater 
A, B e C são o terreno do diagnóstico da 
TREC. É importante ajudar os clientes a 
compreender a relação entre B e C. Depois 
dessa compreensão, pode-se passar para a 
etapa de tentar mudar as suas crenças 
irracionais. 
Mudar crenças irracionais é o verdadeiro 
trabalho terapêutico e ocorre no “D” de 
Debater. 
Debater significa combater, questionar, 
desafiar o sistema de crenças irracionais do 
cliente e, portanto, é um processo lógico-
empírico no qual o paciente é ajudado a parar 
e pensar para poder internalizar uma nova 
filosofia mais adaptativa. 
 Muda-se as crenças irracionais através de 
questionamentos de natureza cognitiva, 
imaginária e/ou comportamental. O

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