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Distorções cogni�vas são pensamentos que muitas vezes não refletem a realidade e sim uma percepção distorcida das situações. Torna-se importante aprender a iden�ficar tais distorções para que seja possível aprender a reavaliar e ressignificar nossas percepções. 1- Leitura mental: Você imagina que sabe o que as pessoas pensam sem ter evidências suficientes. A pessoa acha que sabe o que os outros estão pensando e não considera outras possibilidades mais prováveis. Por exemplo: Exemplo: “Ele acha que sou um fracasso”. “Ele está pensando que eu não sei nada sobre esse projeto.” “Elepensa que sou uma idiota.” É possível perceber essa distorção cogni�va quando se apresenta um trabalho acadêmico em público, pois normalmente a pessoa estará fazendo a seguinte leitura mental: “Ele está me olhando assim, pois deve estar pensando que estou falando abobrinhas.” 2- Adivinhação do futuro: Você prevê o futuro – que as coisas vão piorar ou que há perigos pela frente. Você acredita que o que aconteceu ou vai acontecer é tão terrível e insustentável que não será capaz de suportar. A pessoa prevê o futuro nega�vamente sem considerar outros resultados mais prováveis. Exemplo: “Seria horrível se eu fracassasse”, “Vou ser reprovado no exame” ou “Não conseguirei o emprego” 3- Catastrofização: É quando nós aumentamos a gravidade das coisas, transformando uma dificuldade em uma impossibilidade, e uma situação di�cil em uma catástrofe. Exemplo: “Meu filho ainda não chegou, deve ter acontecido algo ruim. Esperarei mais um pouco, pois não conseguirei dormir mesmo”, ou “Meu namorado não atende o celular, deve estar com outra. Tudo está bem entre nós, mas sei que logo começará a me desapontar, pois não chegou ainda”. 4- Rotulação: Você atribui traços nega�vos a si mesmo e aos outros. Quando a pessoa habitua-se a colocar um rótulo global e fixo sobre si mesmo ou sobre os outros sem considerar as ocorrências. Exemplo: “Sou indesejável” ou “Ele é uma pessoa imprestável” ou “Eu sou idiota mesmo!” ou “Quão burra eu sou!” ou “Ele é um simplório!” ou “Os homens são todos iguais!” Esses rótulos são simplesmente abstrações que levam à raiva, ansiedade, frustração e baixo amor próprio. 5- Desqualificação dos aspectos posi�vos: Você afirma que as realizações posi�vas, suas ou alheias, são triviais. A pessoa diz para si mesmo que experiências, atos ou qualidades posi�vas não contam. Exemplo: “É isso que se espera das esposas” – de modo que não conta quando ela é legal com ele ou “Esses sucessos são fáceis, de modo que não importam” “Eu fiz bem aquele projeto, mas isso não significa que eu seja competente; eu apenas �ve sorte.” A pessoa rejeita experiências posi�vas insis�ndo que elas não contam. Desqualificar o posi�vo �ra a alegria da vida e faz a pessoa se sen�r inadequada e não recompensada. Este é o preço que a pessoa paga por não qualificar as coisas que acontecem em seu co�diano. 6- Filtro nega�vo: Você foca quase exclusivamente os aspectos nega�vos e raramente nota os posi�vos. Exemplo: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”. 7- Supergeneralização: Você percebe um padrão global de aspectos nega�vos com base em um único incidente. A pessoa �ra uma conclusão nega�va radical que vai muito além da situação atual. Exemplo: “Nessa escola não tenho amigos, assim como era no colégio anterior.” 8- Pensamento dicotômico: Pensamento preto-e-branco, polarizado e tudo ou nada, é 8 ou 80: A pessoa vê uma situação em apenas duas categorias em vez de em várias alterna�vas. Exemplo: “Se eu não for um sucesso total, eu serei um fracasso.” A pessoa perfeccionista normalmente faz uso constante desse erro de pensamento e isso faz com que se sinta inadequado e desvalorizado quando o sucesso esperado não vem. Pensamentos dicotômicos tendem a contribuir para episódios depressivos e separações conjugais. Por exemplo: “Sou rejeitado por todos” ou “Tudo isso foi perda de tempo”. 9- Afirmações do �po “deveria”: Você interpreta os eventos em termos de como as coisas devem ser, em vez de simplesmente concentrar-se no que elas são. A pessoa também cria expecta�vas exageradas em relação ao comportamento dos outros, gerando afetos nega�vos quando estas não são preenchidas, bem como, adoecimento psicológico do �po: estresse, ansiedade generalizada, depressão. E, também, acontecimentos indesejáveis como separação conjugal são per�nentes a esse �po de distorção cogni�va. Bem como, conflitos entre pais e filhos, educadores e educandos, gerências e subordinados, entre outras relações interpessoais. Exemplo: “Eu deveria me sair bem. Caso contrário, serei um fracasso”. 10- Personalização: Você atribui a si mesmo culpa desproporcional por eventos nega�vos e não consegue ver que certos eventos também são provocados pelos outros, quando a pessoa guarda para si mesmo a inteira responsabilidade sobre um evento que não está sob seu controle. Exemplo: “Eu não cuidei bem do meu filho, por isso ele está internado no hospital”. “Meu namorado me traiu porque eu estava estressada.” “Meu casamento terminou porque falhei”. 11- E se...? Você faz uma série de perguntas do �po “e se...” alguma coisa acontecer, e nunca fica sa�sfeito com as respostas. Exemplo: “Sim, mas e se eu não conseguir respirar”? “E se eu perder o emprego”? 12- Raciocínio emocional: Você deixa os sen�mentos guiarem sua interpretação da realidade. A pessoa pensa que algo deve ser verdade porque “sente” (em realidade, acredita) isso da maneira tão convincente que acaba por ignorar ou desconsiderar fatos e evidências. Exemplo: “Eu sei que eu faço muitas coisas certas no trabalho, mas eu ainda me sinto como se eu fosse um fracasso.”
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