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- TEORIA DA PERSONALIDADE E DO COMPORTAMENTO 2 SUMÁRIO ASPECTOS INTRODUTÓRIOS .................................................................................. 4 Conceito ................................................................................................................... 4 Personalidade .......................................................................................................... 5 Teoria ....................................................................................................................... 8 Teorias da Personalidade dos Teóricos ................................................................ 9 Comparação entre as teorias da personalidade ................................................. 10 Humanidade ........................................................................................................... 11 Gestalt .................................................................................................................... 14 As Leis da Gestalt .................................................................................. 14 Teorias Associativas: Behaviorismo ................................................................... 15 Caixa de Skinner .................................................................................... 18 Teoria Psicodinâmica: Psicanálise ...................................................................... 20 Estágios do desenvolvimento psicossexual ...................................................... 23 O Humanismo ........................................................................................................ 25 Carl Jung e a Psicologia Analítica ....................................................................... 26 COMPORTAMENTO ................................................................................................ 28 REFRERÊNCIAS ...................................................................................................... 30 3 NOSSA HISTÓRIA A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criada a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Conceito Por que as pessoas agem da forma como agem? Elas têm alguma escolha ao moldarem a própria personalidade? O que justifica as semelhanças e diferenças entre as pessoas? O que as faz agirem de maneiras previsíveis? Por que elas são imprevisíveis? Forças ocultas inconscientes controlam o comportamento das pessoas? O que causa os transtornos mentais? O comportamento humano é moldado mais pela hereditariedade ou pelo ambiente? Durante séculos, filósofos, teólogos e outros pensadores fizeram essas indagações enquanto ponderavam sobre a essência da natureza humana – ou até mesmo se perguntavam se os humanos possuem uma natureza básica. Até tempos relativamente recentes, os grandes pensadores fizeram pouco progresso em obter respostas satisfatórias para tais questões. Mais de cem anos atrás, Sigmund Freud começou a combinar especulações filosóficas com um método científico primitivo. Como neurologista treinado em ciências, Freud passou a ouvir os pacientes para descobrir que conflitos se encontravam por trás dos variados sintomas deles. “Ouvir se tornou, para Freud, mais do que uma arte; transformou-se em um método, um caminho privilegiado para o conhecimento que seus pacientes mapeavam para ele” (Gay, 1988, p. 70). Freud, de fato, foi o primeiro a desenvolver uma teoria verdadeiramente moderna da personalidade, com base, principalmente, em suas observações clínicas. Ele formulou a “Grande Teoria”, ou seja, uma teoria que tentou explicar a personalidade para todas as pessoas. A tendência geral durante o curso do século XX foi basear as teorias cada vez mais em observações científicas do que em observações clínicas. Ambas as fontes, no entanto, são fundamentos válidos para as teorias da personalidade. 5 Personalidade Os humanos não estão sozinhos em sua singularidade e variabilidade entre os indivíduos das espécies. Os indivíduos que pertencem a cada espécie viva exibem diferenças ou variabilidade. De fato, animais como polvos, pássaros, porcos, cavalos, gatos e cachorros possuem diferenças individuais consistentes no comportamento, conhecidas de outra forma como personalidade, dentro de sua própria espécie (Dingemanse, Both, Drent, Van Oers, & Van Noordwijk, 2002; Gosling & John, 1999; Weinstein, Capitanio, & Gosling, 2008). Porém, o grau em que os humanos variam entre si, tanto física quanto psicologicamente, é espantoso e singular entre as espécies. Alguns de nós somos quietos e introvertidos, outros anseiam por contato e estimulação social; alguns de nós somos calmos e equilibrados, enquanto outros mostram-se excitados e persistentemente ansiosos. Neste capítulo, exploramos as explicações e ideias que vários homens e mulheres tiveram referentes a como acontecem essas diferenças na personalidade humana. Os psicólogos diferem entre si quanto ao significado da personalidade. A maioria concorda que a palavra “personalidade” se originou do latim persona, que se referia a uma máscara teatral usada pelos atores romanos nos dramas gregos. Esses atores romanos antigos usavam uma máscara (persona) para projetar um papel ou uma falsa aparência. Tal visão superficial da personalidade, é claro, não é uma definição aceitável. Quando os psicólogos usam o termo “personalidade”, eles estão se referindo a algo que vai além do papel que as pessoas desempenham. No entanto, os teóricos não entraram em consenso quanto a uma definição única de personalidade. Na verdade, eles desenvolveram teorias singulares e vitais, porque não havia concordância quanto à natureza da humanidade e porque cada um via a personalidade de um ponto de referência individual. Os teóricos da personalidade discutidos neste livro são de muitas procedências. Alguns nasceram na Europa e viveram toda a sua vida lá; outros nasceram na Europa, mas migaram para outras partes do mundo, especialmente os Estados Unidos; há aqueles, ainda, que nasceram na América do Norte e permaneceram por 6 lá. Muitos foram influenciados por experiências religiosas anteriores; outros não. A maioria foi treinada em psiquiatria ou psicologia. Muitos utilizaram a sua experiência como psicoterapeutas; outros se basearam mais na pesquisa empírica para reunir dados sobre a personalidade humana. Mesmo que todos eles tenham lidado de alguma forma com o que chamamos de personalidade, cada um abordou esse conceito global a partir de uma perspectiva diferente. Alguns tentaram construir uma teoria abrangente; outros foram menos ambiciosos e lidaram apenas com alguns aspectos da personalidade. Poucos teóricos definiramformalmente a personalidade, mas todos apresentaram sua própria visão sobre ela. Apesar de não haver uma definição única que seja aceita por todos os teóricos da personalidade, podemos dizer que personalidade é um padrão de traços relativamente permanentes e características únicas que dão consistência e individualidade ao comportamento de uma pessoa (Roberts & Mroczek, 2008). Os traços contribuem para as diferenças individuais no comportamento, a consistência do comportamento ao longo do tempo e a estabilidade do comportamento nas diversas situações. Os traços podem ser únicos, comuns a algum grupo ou compartilhados pela espécie inteira, porém seu padrão é diferente em cada indivíduo. Assim, cada pessoa, embora seja como as outras em alguns aspectos, possui uma personalidade única. Características são qualidades peculiares de um indivíduo que incluem atributos como temperamento, psique e inteligência. Existem poucas palavras na nossa língua com tanto fascínio para o público em geral como o termo personalidade. Embora a palavra seja usada em vários sentidos, a maioria desses significados populares se encaixa em um ou dois tópicos. O primeiro uso iguala o termo à habilidade ou à perícia social. A personalidade de um indivíduo é avaliada por meio da efetividade com que ele consegue eliciar reações positivas em uma variedade de pessoas em diferentes circunstâncias. É nesse sentido que a professora que se refere a um aluno como apresentando um problema de personalidade, provavelmente, está indicando que suas habilidades sociais não são adequadas para manter relações satisfatórias com os colegas e com a professora. 7 O segundo uso considera a personalidade do indivíduo como consistindo-se na impressão mais destacada ou saliente que ele cria nos outros. Assim, podemos dizer que uma pessoa tem uma “personalidade agressiva” ou uma “personalidade submissa” ou uma “personalidade temerosa”. Em cada caso o observador seleciona um atributo ou uma qualidade altamente típica do sujeito, que presumivelmente é uma parte importante da impressão global criada nos outros, e identifica sua personalidade por esse termo. Está claro que existe um elemento de avaliação em ambos os usos. As personalidades, conforme descritas comumente, são boas e más. Embora a diversidade no uso comum da palavra personalidade possa parecer considerável, ela é superada pela variedade de significados atribuídos ao termo pelos psicólogos. Em um exame exaustivo da literatura, Allport (1937) extraiu quase cinquenta definições diferentes que classificou em algumas categorias amplas. Na presente disciplina, analisaremos as mais A definição biossocial mostra uma estreita correspondência com o uso popular do termo, uma vez que equipara personalidade ao “valor da impressão social” que o indivíduo provoca. É a reação dos outros indivíduos ao sujeito o que define a sua personalidade. Podemos inclusive afirmar que o indivíduo não possui nenhuma personalidade a não ser aquela proporcionada pela resposta dos outros. Allport contesta vigorosamente a implicação de que a personalidade reside apenas no “outro- que-responde”, e sugere ser preferível uma definição biofísica que baseie firmemente a personalidade em características ou qualidades do sujeito. De acordo com essa última definição, a personalidade tem um lado orgânico, assim como um lado aparente, e pode ser vinculada a qualidades específicas do indivíduo suscetíveis à descrição e à mensuração objetivas. Um outro tipo importante de definição é a globalizante ou do tipo coletânea. Essa definição abrange a personalidade por enumeração. O termo personalidade é usado aqui para incluir tudo sobre o indivíduo. O teórico comumente lista os conceitos considerados de maior importância para descrever o indivíduo e sugere que a personalidade consiste nisso. Outras definições enfatizam principalmente a função integrativa, ou organizadora, da personalidade. Tais definições sugerem que a 8 personalidade é a organização ou o padrão dado às várias respostas distintas do indivíduo. Alternativamente, elas sugerem que a organização resulta da personalidade que é uma força ativa dentro do indivíduo. A personalidade é aquilo que dá ordem e congruência a todos os comportamentos diferentes apresentados pelo indivíduo. Alguns teóricos enfatizam a função da personalidade na mediação do ajustamento do indivíduo. A personalidade consiste nos esforços de ajustamento variados e, no entanto, típicos, realizados pelo indivíduo. Em outras definições, a personalidade é igualada aos aspectos únicos ou individuais do comportamento. Nesse caso, o termo designa aquilo que é distintivo no indivíduo e o diferencia de todas as outras pessoas. Finalmente, alguns teóricos consideram que a personalidade representa a essência da condição humana. Essas definições sugerem que a personalidade se refere àquela parte do indivíduo que é mais representativa da pessoa, não apenas porque a diferencia dos outros, mas principalmente porque é aquilo que a pessoa realmente é. A sugestão de Allport de que “a personalidade é o que um homem realmente é” ilustra esse tipo de definição. A implicação aqui é que a personalidade consiste naquilo que é, na análise final, mais típico e característico da pessoa. Teoria A palavra “teoria” possui a distinção dúbia de ser um dos termos mais usados indevidamente e mais pouco compreendido da língua inglesa. Algumas pessoas contrastam teoria com verdade ou fato, mas essa antítese demonstra uma ausência fundamental de compreensão de todos os três termos. Na ciência, as teorias são ferramentas usadas para gerar pesquisa e organizar observações, porém nem “verdade” nem “fato” possuem um lugar em uma terminologia científica. Uma teoria científica é um conjunto de pressupostos relacionados que permite que os cientistas usem o raciocínio lógico dedutivo para formular hipóteses verificáveis. Essa definição precisa de maior explicação. Em primeiro lugar, uma teoria é um conjunto de pressupostos. Um único pressuposto nunca pode atender a todas as exigências de uma teoria adequada. Um único pressuposto, por exemplo, não pode servir para integrar várias observações, algo que uma teoria útil deve fazer. 9 Em segundo lugar, uma teoria é um conjunto de pressupostos relacionados. Pressupostos isolados não podem gerar hipóteses significativas, nem possuem consistência interna – dois critérios de uma teoria útil. Em terceiro, uma palavra-chave na definição é pressupostos. Os componentes de uma teoria não são fatos comprovados no sentido de que sua validade tenha sido absolutamente estabelecida. Eles são, no entanto, aceitos como se fossem verdade. Este é um passo prático, dado de forma que os cientistas possam conduzir pesquisa úteis, cujos resultados continuam a construir e a reformular a teoria original. Em quarto lugar, o raciocínio lógico dedutivo é usado pelo pesquisador para formular hipóteses. Os princípios de uma teoria devem ser especificados com uma precisão suficiente e com uma consistência lógica que permitam aos cientistas deduzir hipóteses claramente propostas. As hipóteses não são componentes da teoria, mas derivam dela. O trabalho de um cientista imaginativo é começar com a teoria geral e, por meio do raciocínio dedutivo, chegar a uma hipótese particular que pode ser verificada. Se as proposições teóricas gerais forem ilógicas, elas permanecem estéreis e incapazes de gerar hipóteses. Além do mais, se um pesquisador usa uma lógica falha na dedução de hipóteses, a pesquisa resultante não apresentará significado e não contribuirá para o processo contínuo de construção da teoria. A parte final da definição inclui o qualificador verificável. A menos que uma hipótese possa ser verificada de alguma maneira, ela será inútil. A hipótese não precisa ser verificada imediatamente, masdeve sugerir a possibilidade de os cientistas, no futuro, desenvolverem os meios necessários para tanto. Teorias da Personalidade dos Teóricos As personalidades dos teóricos e suas teorias da personalidade Como as teorias da personalidade se desenvolvem a partir das próprias personalidades dos teóricos, um estudo dessas personalidades é apropriado. Em anos recentes, uma subdisciplina da psicologia chamada psicologia da ciência começou a examinar os traços pessoais dos cientistas; isto é, ela investiga o impacto dos processos psicológicos e das características pessoais de um cientista no desenvolvimento de suas teorias e pesquisa (Feist, 1993, 1994, 2006; Feist & Gorman, 1998; Gholson, 10 Shadish, Neimeyer, & Houts, 1989). Em outras palavras, a psicologia da ciência examina como as personalidades dos cientistas, seus processos cognitivos, histórias desenvolvimentais e experiência social afetam o tipo de ciência que eles desenvolvem e as teorias que eles criam. Na verdade, inúmeras investigações (Hart, 1982; Johnson, Germer, Efran, & Overton, 1988; Simonton, 2000; Zachar & Leong, 1992) demonstraram que as diferenças da personalidade influenciam a orientação teórica de um indivíduo, bem como sua inclinação a se voltar para o lado “duro” ou “leve” de uma disciplina. Uma compreensão das teorias da personalidade se apoia nas informações referentes ao mundo histórico, social e psicológico de cada teórico no momento de sua formulação teórica. Como acreditamos que as teorias da personalidade refletem a personalidade do teórico, incluímos uma quantidade substancial de informações biográficas sobre cada teórico importante. Assim, as diferenças de personalidade entre os teóricos explicam as discordâncias fundamentais entre aqueles que se voltam para o lado quantitativo da psicologia (behavioristas, teóricos da aprendizagem social e teóricos dos traços) e aqueles que se voltam para o lado clínico e qualitativo da psicologia (psicanalistas, humanistas e existencialistas). Ainda que a personalidade de um teórico molde parcialmente sua teoria, ela não deve ser a única determinante. Comparação entre as teorias da personalidade O fato mais notável com o qual o estudante da personalidade se depara é a multiplicidade de teorias da personalidade. A confusão aumenta quando lhe dizem que é impossível afirmar qual teoria está certa ou é melhor do que as outras. Essa incerteza é tipicamente atribuída à qualidade recente do campo e à dificuldade do assunto. Neste ponto, em vez de perguntar se as teorias estão certas ou erradas, o estudante é aconselhado a adotar uma estratégia comparativa. Segundo, alguns aspectos da personalidade são discutidos por diferentes teóricos, por exemplo, a ansiedade, o senso de competência, o conflito intrapsíquico e o nível de sociabilidade desempenham papéis centrais em muitas das teorias. Por um lado, isso é alentador, porque a convergência de diferentes teóricos em 11 determinadas facetas da personalidade sugere que essas características são reais e importantes. Por outro lado, isso pode ser desorientador, uma vez que os diferentes teóricos necessariamente empregam linguagens específicas das próprias teorias para discutir essas características. Para ajudar o estudante a compreender essas convergências, nós incluiremos uma discussão explícita das traduções entre as teorias apresentadas. Finalmente, existem várias qualidades pelas quais as teorias da personalidade podem ser comparadas e distinguidas. Nós agora apontamos algumas das mais importantes destas dimensões. Os atributos se dividem naturalmente entre aqueles referentes a questões de adequação formal e os referentes à natureza substantiva da teoria. Humanidade As teorias da personalidade diferem em questões básicas referentes à natureza da humanidade. Cada teoria da personalidade reflete os pressupostos de seu autor sobre humanidade. Tais pressupostos se apoiam em dimensões amplas, que separam os vários teóricos da personalidade. Usamos seis dessas dimensões como estrutura para examinar o conceito de humanidade de cada teórico. A primeira dimensão é determinismo versus livre-arbítrio. O comportamento das pessoas é determinado por forças sobre as quais elas não têm controle ou as pessoas podem escolher ser o que desejam ser? O comportamento pode ser parcialmente livre e parcialmente determinado ao mesmo tempo? Ainda que a dimensão do determinismo versus livre-arbítrio seja mais filosófica do que científica, a posição que os teóricos assumem sobre essa questão molda sua forma de encarar as pessoas e influencia seu conceito de humanidade. A segunda questão é pessimismo versus otimismo. As pessoas estão condenadas a viver vidas miseráveis, conflituosas e problemáticas ou elas podem mudar e crescer, tornando-se seres humanos psicologicamente saudáveis, felizes e funcionando de modo integral? 12 Em geral, os teóricos da personalidade que acreditam no determinismo tendem a ser pessimistas (Skinner foi uma exceção notável), enquanto aqueles que acreditam no livre-arbítrio em geral são otimistas. A terceira dimensão para examinar o conceito de humanidade de um teórico é causalidade versus teleologia. Brevemente, a causalidade sustenta que o comportamento é uma função de experiências passadas, enquanto a teleologia é uma explicação do comportamento em termos de objetivos e propósitos futuros. As pessoas agem como agem por causa do que aconteceu a elas no passado ou porque têm certas expectativas do que acontecerá no futuro? A quarta consideração que divide os teóricos da personalidade é sua atitude em relação aos determinantes conscientes versus inconscientes do comportamento. As pessoas normalmente estão conscientes do que fazem e de por que fazem aquilo ou forças inconscientes interferem e as levam a agir sem consciência dessas forças subjacentes? A quinta questão é a das influências biológicas versus sociais na personalidade. As pessoas são, sobretudo, criaturas da biologia ou suas personalidades são moldadas, em grande parte, por suas relações sociais? Um elemento mais específico dessa questão é a hereditariedade versus o ambiente; ou seja, as características pessoas são mais o resultado da hereditariedade ou elas são determinadas pelo ambiente? A sexta questão é a singularidade versus semelhanças. A característica relevante das pessoas é sua individualidade ou são suas características comuns? O estudo da personalidade deve se concentrar naqueles traços que tornam as pessoas parecidas ou deve se voltar para os traços que as tornam diferentes? Essas e outras questões básicas que separam os teóricos da personalidade resultaram em teorias da personalidade verdadeiramente diferentes, não apenas diferenças na terminologia. Não conseguiríamos apagar as diferenças entre as teorias da personalidade adotando uma linguagem comum. As diferenças são filosóficas e profundas. Cada teoria da personalidade reflete a personalidade individual de seu criador, e cada criador tem uma orientação filosófica única, moldada, em parte, pelas experiências precoces infantis, pela ordem de nascimento, pelo gênero, pelo treinamento, pela educação e pelo padrão de relações interpessoais. Essas 13 diferenças ajudam a definir se um teórico será determinista ou adepto do livre-arbítrio, será pessimista ou otimista, adotará uma explicação causal ou teleológica. Elas também ajudam a determinar se o teórico enfatiza a consciência ou a inconsciência, os fatores biológicos ou sociais, as singularidades ou as semelhanças das pessoas. No entanto, essas diferenças não negam a possibilidade de que dois teóricos com visões opostas de humanidade possam ser igualmente científicos em sua reunião dos dados e construção da teoria. 14 TEORIAS Gestalt Estruturada por Chrinstiam von Ehrenfels (1856 a 1932),filósofo e psicólogo, a Psicologia da Gestalt estuda as sensações (dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico). As bases dessa teoria psicológica partiram de estudos que estabeleciam a forma e sua percepção na Alemanha, entre 1910 e 1920, através de Max Wertheimer (1880–1943), Kurt Koffka (1886–1941), Wolfgang Kohler (1887–1967). A palavra Gestalt tem origem alemã e surgiu de uma das muitas traduções da Bíblia em 1523, significando "o que é colocado diante dos olhos, exposto aos olhares". O termo alemão “Gestalt” se aproxima na tradução para o português correspondente como forma, estrutura, configuração, podendo ser compreendido como uma integração de partes em oposição à soma do "todo". A Psicologia da Gestalt, também conhecida como Psicologia da Boa Forma, estuda as sensações de espaço, forma e tempo. As aplicações das descobertas da Gestalt na Educação são muito importantes por não utilizarem o exercício puramente mecânico no processo de aprendizagem. Segundo Ehrenfels (1890), existem características da forma onde a união destas sensações gera a percepção. Köhler e Koffka defendiam que a experiência e a percepção são mais importantes que as respostas específicas no processo de aprendizagem. Segundo eles, a aprendizagem acontece através de um insight, que se constitui numa compreensão súbita para solução de problemas, até então sem resposta, sendo a aprendizagem uma reorganização do campo cognitivo que permite a compreensão de um problema e a sua solução. As Leis da Gestalt Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo de percepção, foram elaboradas algumas normas para o entendimento desse comportamento. A Teoria da Gestalt estuda a percepção e a sensação do movimento, os processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como este é percebido pelo sujeito. 15 A Psicologia da Gestalt afirma que as partes nunca podem proporcionar uma real compreensão do todo. O todo é diferente da soma das partes. Os psicólogos da Gestalt analisam os fenômenos mentais e comportamentais em elementos pré- determinados arbitrariamente, pois o todo psicológico é mais do que a soma de suas partes, merecendo ser compreendido em sua totalidade. A Gestalt encontra no fenômeno da percepção as condições para a compreensão do comportamento humano. A maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento. As figuras podem ser percebidas de formas diferentes. Mais do que os traços das próprias figuras, o que determina a interpretação é o olhar do observador. Para a Psicologia da Gestalt, o olhar do observador é mais importante do que as características do estímulo e diferentemente do associacionismo, vê o processo de aprendizagem como a relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto percebido. Já, em 1977, o russo radicado na Alemanha Hilarion Petzold (1944) propõe uma nova abordagem em pedagogia denominada Gestalt pedagogia para as situações de ensino e aprendizagem, que propõe alternativas para os problemas na atualidade, uma transferência dos princípios terapêuticos da filosofia da Gestalt para o contexto da educação. A experiência passada, apesar de não conseguir resolver o problema, facilita a compreensão de uma nova situação. É objetivo central da Gestalt pedagogia possibilitar ao indivíduo o desenvolvimento completo das capacidades e de todo o seu potencial, segundo Burow e Scherpp (1981), (...) é apenas preciso que se criem as condições necessárias. Teorias Associativas: Behaviorismo O Behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, é uma área da psicologia que tem o comportamento como objeto de estudo. Esta palavra tem origem no termo behavior, que em inglês significa comportamento ou conduta. John Watson (1878-1958) foi o principal divulgador do Behaviorismo. O behaviorismo contempla o comportamento como uma forma funcional e reacional de organismos vivos. 16 Os principais tipos de behaviorismo são o Behaviorismo Metodológico, que tem como precursor o psicólogo John B. Watson e o Behaviorismo Radical, que tem como pai o psicólogo Burrhus F. Skinner. Sendo o behaviorismo de Watson o primeiro da evolução da escola de pensamento comportamental seguido por trabalhos de Edward Chace Tolman (1886-1959), cujo Behaviorismo intencional propunha uma explicação cognitiva para a aprendizagem, sugerindo que a repetição do desempenho de uma tarefa reforça a relação aprendida entre as dicas ambientais e as expectativas do organismo. Clark Leonard Hull (1884-1952) com seu behaviorismo objetivo, reducionista e mecanicista, a teoria da aprendizagem de Hull concentra-se no princípio do reforço. Skinner com o behaviorismo radical. Esses behavioristas entendem que o estudo da aprendizagem constitui o tópico central da psicologia onde na maioria das vezes os comportamentos, independentemente da sua complexidade, podem ser entendidos pelas leis do condicionamento. Depois aparece Albert Bandura (1925-) com o behaviorismo social cognitivo, cuja abordagem consiste em uma teoria de aprendizagem "social", porque estuda informação e a modificação do comportamento nas situações sociais. Julian Rotter (1916-) com estudos dos processos cognitivos sociais, mas mantendo o enfoque na observação do comportamento manifesto. Os behavioristas metodológicos estudavam os aspectos objetivos, observáveis e mensuráveis da atividade psicológica, deixando de lado aspectos subjetivos, considerados não mensuráveis, diferentemente dos behavioristas radicais que se preocupavam em estudar os comportamentos observáveis (inatos e aprendidos) e comportamentos privados ou encobertos (como pensamento, sentimento, resolução de problemas etc.). A partir do século XX, o estudo do comportamento animal é parte importante do behaviorismo com o objetivo de fazer comparações, sem “aproximar” o ser humano de outros animais. Watson entendia que, se a observação objetiva era um método adequado para conhecer o comportamento animal, também seria eficaz em seres humanos. A associação de um estímulo inicialmente neutro a uma resposta, por meio do treinamento ou repetição, era a chave para a compreensão do comportamento. Ele estudava os comportamentos reflexos ou respondentes, os quais eram explicados a 17 partir da relação entre um estímulo antecedente, estímulos eliciadores a uma resposta involuntária do organismo como salivar, sudorese, taquicardia. Mais tarde, Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936) buscou explicar sobre comportamentos reflexos aprendidos ou respondentes aprendidos. O estudo de tais comportamentos é fundamental para a compreensão sobre as emoções dos seres humanos, incluindo situações em contexto educacional. O behaviorista Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi o pesquisador behaviorista mais conhecido. Sua extensa produção teórica influenciou a Psicologia e ficou conhecida por Behaviorismo Radical, designando uma filosofia da Ciência do Comportamento (que ele se propôs defender) por meio da Análise Experimental do Comportamento humano, que tem sua base teórico-conceitual na formulação do comportamento operante que se caracteriza por estímulos que seguem a resposta permitindo modelar um determinado comportamento pretendido. O comportamento operante pode ser público (observável) e privado ou encoberto (sentimento, pensamento, raciocínio, resolução de problema etc.), assim como o meio pode ser interno ou externo. Ainda o condicionamento operante refere- se ao de contingência tríplice, ou seja, a relação entre a situação que antecedente a ocorrência de uma resposta do indivíduo (pública ou privada), a ocorrência da resposta e as consequências que a resposta opera (produz) sobre o meio (externo ou interno). Segundo o autor, “os homens agem sobre o mundo, modificam-no e são modificadospelas consequências de suas ações”, Skinner (1953). Enfim, nesta afirmação, Skinner expressa qual a concepção de ser humano que o Behaviorismo Radical e a Análise do Comportamento apresentam: sujeito ativo, interativo e participativo em seu meio (externo e interno). Ou seja, no processo ensino- aprendizagem tanto professor como estudante são vistos como sujeitos ativos em interação constante de conhecimentos e habilidades. O Condicionamento operante é a modificação do comportamento (reações e ações do ser humano), através do controle das consequências que se seguem a um determinado comportamento. O Behaviorismo Radical contempla os estímulos dados aos indivíduos pelo meio ambiente. Há vários tipos de estímulos antecedentes, por exemplo: estímulo discriminativo e estímulo neutro. Há estímulos consequentes: 18 reforço (positivo e negativo) e punição (positiva e negativa). A retirada de estímulos aversivos é chamada de reforço negativo. Esta retirada também aumenta a probabilidade que a resposta desejada ocorrer. Para chegar a estes conceitos, Skinner utilizou-se de experimentos que ficaram famosos, realizados com ratos de laboratório num equipamento que ganhou o nome de Caixa de Skinner. Caixa de Skinner Cada rato era colocado sozinho no interior da caixa, a qual era equipada com um bebedouro acionável pelo experimentador ou pelo próprio rato, na medida em que pressionasse numa pequena barra existente no interior do equipamento. Figura 1: Caixa de Skinner. Dentre os behavioristas, o trabalho de Skinner é o que tem mais implicações educacionais. As contribuições do Behaviorismo Radical e Análise do Comportamento são inúmeras para a educação. Sua abordagem teve profundo impacto nas tecnologias de ensino (tecnologias para melhorar o ensino e facilitar a vida de professores e alunos como, por exemplo, o quadro negro digital, o ensino a distância), especialmente no que se refere à instrução programada que segundo Glória Della Monica (1977): A "instrução-aprendizagem programa", um dos mais modernos métodos pedagógicos, destina-se a aumentar a eficiência do processo de ensino- 19 aprendizagem, tendo em vista a proficiência dos educandos e levando em conta, principalmente, o ritmo de aprendizado de cada um, relativo aos diferentes ramos do conhecimento humano. Em entrevista dada a uma revista brasileira de análise do comportamento, em 1974, Skinner definiu sua máquina de ensinar da seguinte maneira: Minha “máquina de ensinar” consiste, muito simplesmente, em programar o material didático de maneira que o estudante seja recompensado pelos seus esforços não no fim do curso ou de seus estudos – o que é causa de baixa produtividade –, mas em cada uma das etapas de sua aprendizagem. Isto é, ao aprender uma lição, o aluno não é recompensado pelos seus esforços um mês depois, quando recebe a nota X, mas enquanto está trabalhando na lição. Se um aluno pode ver a resposta de um problema matemático apenas quando terminou de resolvê-lo, ele é estimulado por vários fatores: o triunfo de ter resolvido o problema corretamente ou o descobrimento da resposta correta. Se ele fica esperando a nota do professor, que deve ter um valor punitivo, ele não tem verdadeiras razões positivas para se interessas por problemas matemáticos. É fundamental entender que o organismo humano, em relação com o seu comportamento, é reforçado pela sua capacidade de efetividade. (SKINNER, 1974) Em sua obra “Escola do Futuro” de 1989, Skinner defende a ideia de que os professores terão mais tempo para falarem com seus alunos. Funcionarão como conselheiros, provavelmente permanecendo em contato com determinados estudantes por mais de um ano e tendo a oportunidade de conhecê-los melhor. Os professores deverão ser mais capazes de ajudar os estudantes a escolher campos de interesse, seu futuro. Terão a satisfação de fazer parte de um sistema que ensina habilidades de forma direta e com acompanhamento ponto a ponto. Na educação, o behaviorismo é utilizado de forma a proporcionar melhoria no aprendizado, a partir das modificações comportamentais do aluno e do professor, aplicando, por meio da psicologia, técnicas diversas, acreditando-se que, conforme já defendido por Watson, é possível transformar um indivíduo por meio do processo da educação. 20 Teoria Psicodinâmica: Psicanálise A Psicanálise desenvolveu-se a partir do trabalho de Sigmund Freud (1856- 1939) na Áustria. Este médico propôs a Psicanálise com suas técnicas de hipnose, expressão e associação livre de ideias pelos pacientes, como uma proposta terapêutica para os distúrbios emocionais e também como uma via de investigação dos processos mentais. A partir da Psicanálise, originaram-se inúmeras abordagens, como a Psicologia Analítica (Cari G.Jung), a Psicologia Reichiana (W. Reich) e ainda a Psicanálise Kleiniana (Melanie Klein), a Psicanálise Lacaniana (J. Lacan). Freud publicou trabalhos durante toda a sua vida, relatando sobre suas descobertas e formulando leis gerais sobre a psique humana, sua estrutura e seu funcionamento. A Psicanálise enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, de um significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias. O exercício da Psicanálise ocorre de muitas formas, sendo usada como base para psicoterapias, aconselhamento, orientação. A Psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais considerados relevantes do mundo contemporâneo. A relação entre Freud e sua obra torna-se muito significativa, pois grande parte de sua produção foi baseada em experiências pessoais, transcritas em várias de suas obras, como por exemplo: “A interpretação dos sonhos” e “A psicopatologia da vida cotidiana”, dentre outras. Seu principal objetivo foi o de descobrir o propósito no inconsciente do ser, suas necessidades, os complexos, traumas e tudo que perturbe seu equilíbrio emocional, um intérprete das necessidades humanas. Além de ter como objeto de estudo o inconsciente e a descoberta da sexualidade infantil, inova os estudos de Psicologia, até então definida como a ciência da consciência e da razão. Segundo Freud (1926), o comportamento humano baseia- se nos impulsos ou instintos inconscientes, sendo que alguns são destrutivos e outros, tais como a fome, sede, autopreservação e o exo, fazem parte da saúde humana, necessários à sobrevivência. 21 A prática de Freud traz para a Psicologia uma grande contribuição com a recuperação da importância da afetividade. Freud acreditava que a personalidade surgia após a resolução de conflitos inconscientes e das crises do desenvolvimento. Freud distinguiu três zonas do funcionamento mental: o consciente, o subconsciente e o inconsciente. O consciente assume um ponto de vista ideológico em relação a alguma coisa: estava consciente do problema ambiental. O subconsciente se refere a qualquer tipo de conteúdo da mente existente ou operante fora do estado da consciência. Enquanto o conceito de inconsciente aparece como grande inovação na época. No inconsciente, aparecem conteúdos disfarçados nos sonhos, nos atos falhos, nos sintomas, mas nunca em sua forma pura. Continuando suas pesquisas, Freud formula a Segunda Teoria do Aparelho Psíquico, introduzindo os conceitos de Id, Ego e Superego, referindo-se aos elementos ou instâncias que compõem o “sistema da personalidade”. Figura 2: Id, Ego e Superego. O id, que se constitui como o reservatório da energia psíquica onde se localizam as pulsões da vida e a morte, é regido pelo princípio do prazer. O ego administra a relação do indivíduo com o meio, onde os conteúdos mentais conscientes e subconscientes são acessíveis voluntariamente pelo sujeito tornando possível saber 22 o que está sendo pensado ou sentidoa respeito dos conteúdos que estão em sua consciência, ou seja, sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. O Superego vai funcionar como censura aos conteúdos do id. Ele origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. Esta instância é constituída a partir do moralismo e das repressões no meio social em que vive. Freud buscou relacionar a sexualidade com a educação, focalizando a psicanálise como uma ferramenta estimuladora de práticas intelectuais. A teoria freudiana está totalmente sustentada na estrutura da mente que concebemos por inconsciente, atos que estão dentro do inconsciente humano, pois é nesse local que está o conflito entre o superego e o id. A partir destas formulações propostas por Freud, muitos trabalhos foram se desenvolvendo no sentido da compreensão do ser humano. No campo da educação, os conceitos propostos por Freud são largamente utilizados para a compreensão e intervenção sobre as dificuldades de aprendizagem pela Psicopedagogia Clínica. Para Freud (1976), “o trabalho da Educação é algo sui generis: não deve ser confundido com a influência psicanalítica e não pode ser substituído por ela". Além das questões relativas a “dificuldades de aprendizagem”, a psicanálise também trata sobre outros conceitos importantes na educação como processo de aprendizagem, processo de transferência e contratransferência, mecanismos de defesa, sexualidade, entre outros aspectos. Segundo Maira Sampaio Alencar Lima (2011): Sobre a educação, a postura de Freud mudou diversas vezes, acompanhando as mudanças que a teoria psicanalítica sofreu. No início, ocorreu uma crítica à postura repressora que a educação faz frente à sexualidade, o que propiciaria a neurose e a inibição (1908/1976). Anos depois ele acreditou em medidas profiláticas na educação através da formação psicanalítica e da análise dos professores (1932/1976). Contudo, nos últimos escritos de Freud (1937/1976) já não havia mais a crença nas medidas educativas profiláticas. Educar retomava o lugar de profissão impossível ao lado de governar e curar. Assim, o conceito de pulsão de morte faz sentir seus efeitos na postura freudiana. A psicanálise poderia ajudar a educação a compreender a criança, mas não teria a pretensão de substituí-la. A partir das considerações entre 23 sexualidade, inibição e educação, Freud afasta a psicanálise dos demais saberes ao desconsiderar os limites entre normal e patológico e focar a análise das dificuldades partindo de cada sujeito, da singularidade como cada um é estruturado psiquicamente. Estágios do desenvolvimento psicossexual Cada evento psíquico é normalmente determinado por outros que o precederam, essa hipótese é base para o entendimento do aparelho psíquico. O impulso é considerado como um constituinte psíquico, que produz um estado de tensão quando em ação, os instintos são a força propulsora ou motivadora da personalidade. Para Freud (1914), as representações mentais dos estímulos internos (como a fome) que motivam a personalidade do comportamento. A forma de energia, por meio da qual se manifestam os instintos de vida, pode ser chamada de libido que, segundo Freud (1914), é a “energia dos instintos sexuais e só deles”, o qual direciona o indivíduo na busca de pensamentos e comportamentos prazerosos. Segundo Lacan (1998): A pulsão, tal como é construída por Freud a partir da experiência do inconsciente, proíbe ao pensamento psicologizante esse recurso ao instinto com ele mascara sua ignorância, através de uma suposição de uma moral na natureza. O afeto é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional. A pressão é o fator motor da pulsão, a quantidade de força ou exigência do trabalho que ela representa. A rigor, não existe pulsão passiva, apenas pulsões cuja finalidade é passiva (Freud, 1915). Toda pulsão é ativa e a pressão é a própria atividade da pulsão. Uma zona erógena é uma parte do corpo que recebe estímulos e tem como consequência uma sensação de prazer. Na teoria psicanalítica de Freud, o desenvolvimento da personalidade humana passa pelos seguintes estágios psicossexuais, conforme Glassman; Hadad (2008). Estágio oral – se estende do nascimento até o segundo ano de vida. Neste estágio, a estimulação da boca é a fonte primária de satisfação erótica. “Fase Oral, na teoria do desenvolvimento de Freud, é a primeira fase, estendendo-se desde o nascimento até os dezoito meses, quando o foco da gratificação está na boca. Um bebe recém-nascido é governado por suas pulsões, ou seja, somente o id está 24 presente no nascimento.” É nessa fase que o ego se forma. Estágio anal – coincide com o período de treinamento para aprender a ir ao banheiro autonomamente e de desenvolvimento de competências para a higiene pessoal. “Fase Anal é a segunda fase do desenvolvimento psicossexual; durante esta fase, o foco da energia da pulsão desloca-se para a extremidade inferior do trato digestivo, e o principal conflito é o treinamento do uso do banheiro.” É uma fase de interiorização de normas sociais. Estágio fálico – acontece por volta do quarto ano de idade. A satisfação erótica está relacionada à região genital e surge muita curiosidade em torno das diferenças entre os sexos e da origem dos bebês e ainda as crianças podem desenvolver uma forte ligação com o genitor do sexo oposto ao mesmo tempo em que sentem ciúmes do genitor do mesmo sexo. No caso dos meninos, Freud chamou esse conflito de Complexo de Édipo, em homenagem ao personagem da mitologia grega que matou o pai e casou-se com a mãe. Quanto às meninas que passam pelo equivalente, o Complexo de Electra, que envolve o amor possessivo pelo pai e o ciúme da mãe. É também o estágio em que se desenvolve o superego, que inflige à criança vergonha e culpa. Período de latência – ocorre dos cinco aos dez anos, aproximadamente. Caracteriza-se por maior interesse em questões intelectuais e pela sublimação do interesse por questões sexuais como mecanismo de defesa. É a fase de desenvolvimento de amizades e laços sociais. Estágio genital – preparação para a formação de família, início dos relacionamentos amorosos. É a fase de desenvolvimento de amizades e laços sociais. “Seja ou não resolvido com sucesso o complexo de Édipo, os imperativos do desenvolvimento impulsionam a criança da fase fálica para a fase da latência em torno dos cinco anos. Na fase da latência, que se estende até a puberdade, as pulsões parecem estar relativamente inativas – daí serem vistas como latentes ou ocultas. Em parte, a mudança se deve ao uso da repressão na resolução no complexo de Édipo. Devido a esses resultados no bloqueio do acesso consciente ao id, a gratificação, daí em diante, está relacionada aos processos secundários e, por isso, nunca e tão diretos ou tão imediatos quanto as gratificações da primeira infância. Na latência, as pulsões reprimidas são redirecionadas para novas atividades, com novos objetos de gratificação. Assim, os esportes, os passatempos, a escola e as amizades vão todos proporcionar oportunidades para a satisfação das pulsões. Os problemas que ocorrem na latência, 25 como a agressão excessiva, podem estar relacionados à repressão inadequada e/ou ao fato de o ego ser incapaz de redirecionar a energia da pulsão para saídas socialmente aprovadas”. O Humanismo Ao final do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, a psicologia passou a ter o status de ciência, desenvolvendo propostas metodológicas junto às diversas teorias sobre o funcionamento da mente e o comportamento humano. O Humanismo teve seu início em meados do século XIV, na Itália, em meio à transformação do homem medieval para o homem moderno, entre o final da Idade Média e o início do Renascimento. Como humanismo, o homem volta a ser centro das coisas após o período dominado pela Igreja. A educação do Renascimento foi centrada no homem, com inclusão da cultura do corpo, alcançava a formação burguesa não chegando à população em geral. A partir da segunda metade do século XX, o Humanismo de Carl Rogers (1902- 1987) fez-se tão forte e com tantos adeptos que poderia também ser considerado como uma escola da psicologia. A Psicologia Humanista concentra-se no conceito de valorização da pessoa como um todo. Carl Rogers sofreu profundas influências do conceito de Adler (1870- 1937) de busca da perfeição onde Adler (1961) diz o seguinte: “A primeira coisa que descobrimos na vida psíquica é que seus movimentos se dirigem a um fim. (…) A vida psíquica do homem é determinada pelo seu objetivo. Homem nenhum pode pensar, querer, sonhar sem que estas atividades sejam determinadas, continuadas, modificadas e dirigidas para um objetivo constante. Isso resulta da necessidade de adaptação do organismo ao meio envolvente (…). Assim, todos os fenômenos da vida da alma podem ser considerados como preparação para alguma situação futura. Parece-nos impossível conceber a alma como outra coisa senão força a agir rumo a um objetivo – e a Psicologia Individual considera todas as manifestações da alma humana como dirigidas para um objetivo”. Com isso, concluímos que podemos, como diz Adler, passar de um sentimento de inferioridade para um sentimento de domínio. As pessoas que vivem todo o seu potencial são aquelas que tendem a viver plenamente cada momento da vida, deixando-se guiar por seus próprios instintos, sem levar em consideração outras opiniões. Seus pensamentos ficam livres e com alta criatividade. 26 O pensamento de Carl Rogers influenciou a educação centrada no aluno, a espontaneidade, as questões de aconselhamento psicológico no ambiente escolar, a relação educação e pedagogia sendo importantes contribuições da Psicologia por uma escola atualizada e renovada através de atitudes facilitadoras da aprendizagem. O modelo educativo proposto por Rogers, no âmbito da Abordagem Centrada no homem e que designou por Aprendizagem Centrada no Aluno, tem como objetivo principal que o aluno tenha uma participação ativa no seu processo de aprendizagem. Para o humanismo, a educação não deveria se limitar aos saberes necessários para um exercício profissional específico. O humanismo aparece inserido em quase todas as concepções pedagógicas do século XX. Mizukami (1986) identifica dois enfoques tipicamente humanista, predominantes principalmente no Brasil: de Carl Rogers e Alexandre S. Neill. O ensino nessa abordagem é totalmente centrado no aluno que aparece como uma pessoa situada no mundo e em processo constante de descoberta. O professor não ensina: apenas cria condições para que o os alunos aprendam. O papel do professor se assemelha ao do terapeuta e o do aluno ao do cliente. Isso quer dizer que a tarefa do professor é facilitar o aprendizado que o aluno conduz ao seu modo. Rogers propunha ainda uma aprendizagem significativa que ocorre quando o conteúdo é percebido como relevante pelo aluno. Desse modo, as experiências pessoais e subjetivas são fundamentais para o conhecimento no processo de ensino-aprendizagem. O importante é aprender a aprender centrando seu processo nas necessidades do aluno. Ainda, como representantes dessa corrente humanista, podemos citar Célestin Freinet (1896-1966), Maria Montessori (1870- 1952) e Paulo Freire (1921-1997). Carl Jung e a Psicologia Analítica Carl Jung desenvolveu uma teoria de psicologia complexa e fascinante, que abrange uma série extraordinariamente extensa de comportamentos e pensamentos humanos. A análise de Jung sobre a natureza humana inclui investigações acerca de religiões orientais, Alquimia, Parapsicologia e Mitologia. De início, sua teoria provocou maior impacto em filósofos, folcloristas e escritores do que em psicólogos ou psiquiatras. Hoje em dia, entretanto, a crescente preocupação com a consciência e o 27 potencial humanos fez ressurgir o interesse pelas ideias de Jung. Em suas pesquisas e escritos, Jung de maneira alguma ignorou o lado negativo, mal ajustado da natureza humana. Entretanto, seus maiores esforços foram devotados a investigação das metas mais distantes da aspiração e da realização humanas. Um dos principais conceitos de Jung é o da "individuação", termo que usa para um processo de desenvolvimento pessoal que envolve o estabelecimento de uma conexão entre o ego, centro da consciência, e o se/f, centro da psique total, o qual, por sua vez, inclui tanto a consciência como o inconsciente. Para Jung, existe interação constante entre a consciência e o inconsciente, e os dois não são sistemas separados, mas dois aspectos de um único sistema. A psicologia junguiana está basicamente interessada no equilíbrio entre os processos conscientes e inconscientes e no aperfeiçoamento do intercâmbio dinâmico entre eles. Jung desenvolveu teorias próprias a respeito da individuação ou integração da personalidade. Mais tarde, ele se impressionou profundamente por diversas tradições orientais, que forneciam a primeira confirmação exterior de muitas de suas próprias ideias, em especial de seu conceito de individuação. Richard Wilhelm, um estudioso alemão que viveu na China por muitos anos, enviou a Jung o manuscrito de sua tradução do Segredo da Flor de Ouro, um texto espiritual chinês clássico, expresso em termos alquímicos. Jung descobriu que as descrições orientais do crescimento espiritual, do desenvolvimento psíquico interno e da integração, correspondem rigorosamente ao processo de individuação que ele observou em seus pacientes ocidentais. Jung também se preocupou em apontar importantes diferenças entre os caminhos de individuação oriental e ocidental. A estrutura social e cultural na qual o processo de crescimento ocorre é muito diferente no Oriente e no Ocidente, assim como as atitudes predominantes em relação ao conceito de individuação e àqueles que buscam ativamente esta meta. O desejo de desenvolvimento e iluminação internos é bem aceito no Oriente onde há procedimento. 28 COMPORTAMENTO O comportamento é a maneira na qual se porta ou atua um indivíduo. Isto é, o comportamento é a forma de proceder que as pessoas ou os órgãos têm diante dos diversos estímulos que recebem e em relação ao ambiente na qual se desenvolvem. O comportamento de uma pessoa diante de um determinado estímulo incidirá a experiência, mas também poderão ser feitos as diversas convenções sociais existentes, que de alguma maneira, nos antecipam como a sociedade espera que atuemos diante de certas situações. Então, existem diferentes maneiras de comportar-se nas quais estarão condicionadas pelas circunstâncias em questão... O comportamento consciente é aquele que se realiza logo após um processo de razoamento, por exemplo, cumprimentamos o professor de matemática quando o encontramos na rua. Por outro lado, o comportamento inconsciente, diferentemente do anterior, acontece de modo automático, quer dizer, o indivíduo não pensa ou reflete. sobre a conduta que desenvolverá, ela sai naturalmente, por exemplo, tocamos e olhamos nosso dedo quando o batemos no pé da cama. No entanto, o comportamento privado é aquele que se desenvolve justamente na área pessoal, na intimidade de casa ou na solidão; e então, o comportamento público, significa simplesmente o contrário, porque o desenvolvemos diante dos outros seres humanos ou em espaços públicos onde convivemos com o restante da sociedade ou comunidade. Para a Psicologia é uma das disciplinas que mais trata do estudo do comportamento. Ele envolve tudo aquilo que faz um ser humano diante de seu meio. Cada interação, por menor que possa parecer significa um comportamento, entretanto, quando o comportamento começaa vislumbrar padrões repetidos, podemos falar de conduta. Além disso, um comportamento poder ser valorizado sendo bom ou mau, dependendo do quadro observado dentro das normas sociais estabelecidas. Por exemplo, quando uma criança se comporta mal, seus pais ou professores podem repreendê-lo por não cumprir com a norma pré-estabelecida, o que conhecemos com castigo. 29 O Behaviorismo (já mencionado nos nossos estudos), também conhecido como comportamentalismo, é uma área da psicologia, que tem o comportamento como objeto de estudo. Em mínimos, os comportamentos são classificados e divididos de duas formas: → Comportamento social operante – Esse é o tipo de comportamento que envolve atos como comer, falar, andar, correr, entre outros. → Comportamento social respondente – Aquele que acaba por ser um tipo de comportamento que parte do próprio corpo humano. Bem como glândulas, sudorese, etc. Tendo em vista o sujeito humano age como uma unidade, ainda que heterogênea, de corpo-e-mente, estes dois componentes, físico e psíquico, devem estar sempre interagindo e, de algum modo, agindo conjuntamente. Mesmo assim, pode-se visualizar a possibilidade na qual alguns indivíduos agiriam mais sobre o impacto de um dos componentes, enquanto outros agiriam mais sob o outro. Como o ser humano é uma entidade una que pode ser analisada em subsistemas variados, uma dessas análises pode ser feita em termos da predominância dos componentes físico e psíquico em tais sistemas. Assim, um subsistema neste ser humano é constituído por aquela região onde predomina o físico e outra em que predomina o psíquico. Há, contudo, um momento em que o físico e o psíquico se equilibram formando um estágio, sistema ou esfera do ser humano em que ambos os níveis de ser atuam igualmente. O comportamento é um termo que caracteriza toda e qualquer reação do indivíduo, animal, órgão ou instituição perante o meio em que está inserido. Ele trata da forma que as pessoas ou organismos procedem perante os estímulos em relação ao entorno, mas também podem ser realizados de acordo com as diversas convenções sociais existentes, onde a sociedade espera que as pessoas devem agir de acordo com os padrões em determinadas situações. Do ponto de vista psicológico, o comportamento é o modo de agir do ser humano perante o seu ambiente. Quando uma pessoa possui um tipo de padrão estável, falamos então que esta pessoa apresenta uma conduta. As teorias da personalidade e do comportamento apresentadas anteriormente vem como apoio no processo de compreensão do indivíduo e de suas relações endógenas e exógenas. 30 REFRERÊNCIAS ABBAGNANO, N. (2000). Dicionário de filosofia (4a ed.). São Paulo: Martins Fontes. ALLPORT, G. W. (1961). Pattern and growth in personality. New York: Holt, Rinehart and Winston. AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION [APA]. (2003). Manual Diagnóstico e Estatístico para os Transtornos Mentais DSM-IV-TR (4a ed. Rev.). 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