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AVALIACAO-TEORIA-DA-PERSONALIDADE-E-DO-COMPORTAMENTO

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TEORIA DA PERSONALIDADE E DO 
COMPORTAMENTO 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS .................................................................................. 4 
Conceito ................................................................................................................... 4 
Personalidade .......................................................................................................... 5 
Teoria ....................................................................................................................... 8 
Teorias da Personalidade dos Teóricos ................................................................ 9 
Comparação entre as teorias da personalidade ................................................. 10 
Humanidade ........................................................................................................... 11 
Gestalt .................................................................................................................... 14 
As Leis da Gestalt .................................................................................. 14 
Teorias Associativas: Behaviorismo ................................................................... 15 
Caixa de Skinner .................................................................................... 18 
Teoria Psicodinâmica: Psicanálise ...................................................................... 20 
Estágios do desenvolvimento psicossexual ...................................................... 23 
O Humanismo ........................................................................................................ 25 
Carl Jung e a Psicologia Analítica ....................................................................... 26 
COMPORTAMENTO ................................................................................................ 28 
REFRERÊNCIAS ...................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criada a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
Conceito 
Por que as pessoas agem da forma como agem? Elas têm alguma escolha ao 
moldarem a própria personalidade? O que justifica as semelhanças e diferenças entre 
as pessoas? O que as faz agirem de maneiras previsíveis? Por que elas são 
imprevisíveis? Forças ocultas inconscientes controlam o comportamento das 
pessoas? O que causa os transtornos mentais? O comportamento humano é moldado 
mais pela hereditariedade ou pelo ambiente? 
Durante séculos, filósofos, teólogos e outros pensadores fizeram essas 
indagações enquanto ponderavam sobre a essência da natureza humana – ou até 
mesmo se perguntavam se os humanos possuem uma natureza básica. Até tempos 
relativamente recentes, os grandes pensadores fizeram pouco progresso em obter 
respostas satisfatórias para tais questões. Mais de cem anos atrás, Sigmund Freud 
começou a combinar especulações filosóficas com um método científico primitivo. 
Como neurologista treinado em ciências, Freud passou a ouvir os pacientes para 
descobrir que conflitos se encontravam por trás dos variados sintomas deles. “Ouvir 
se tornou, para Freud, mais do que uma arte; transformou-se em um método, um 
caminho privilegiado para o conhecimento que seus pacientes mapeavam para ele” 
(Gay, 1988, p. 70). Freud, de fato, foi o primeiro a desenvolver uma teoria 
verdadeiramente moderna da personalidade, com base, principalmente, em suas 
observações clínicas. Ele formulou a “Grande Teoria”, ou seja, uma teoria que tentou 
explicar a personalidade para todas as pessoas. 
A tendência geral durante o curso do século XX foi basear as teorias cada vez 
mais em observações científicas do que em observações clínicas. Ambas as fontes, 
no entanto, são fundamentos válidos para as teorias da personalidade. 
 
 
 
 
5 
 
 
 
Personalidade 
Os humanos não estão sozinhos em sua singularidade e variabilidade entre os 
indivíduos das espécies. Os indivíduos que pertencem a cada espécie viva exibem 
diferenças ou variabilidade. De fato, animais como polvos, pássaros, porcos, cavalos, 
gatos e cachorros possuem diferenças individuais consistentes no comportamento, 
conhecidas de outra forma como personalidade, dentro de sua própria espécie 
(Dingemanse, Both, Drent, Van Oers, & Van Noordwijk, 2002; Gosling & John, 1999; 
Weinstein, Capitanio, & Gosling, 2008). 
Porém, o grau em que os humanos variam entre si, tanto física quanto 
psicologicamente, é espantoso e singular entre as espécies. Alguns de nós somos 
quietos e introvertidos, outros anseiam por contato e estimulação social; alguns de 
nós somos calmos e equilibrados, enquanto outros mostram-se excitados e 
persistentemente ansiosos. Neste capítulo, exploramos as explicações e ideias que 
vários homens e mulheres tiveram referentes a como acontecem essas diferenças na 
personalidade humana. 
Os psicólogos diferem entre si quanto ao significado da personalidade. A 
maioria concorda que a palavra “personalidade” se originou do latim persona, que se 
referia a uma máscara teatral usada pelos atores romanos nos dramas gregos. Esses 
atores romanos antigos usavam uma máscara (persona) para projetar um papel ou 
uma falsa aparência. Tal visão superficial da personalidade, é claro, não é uma 
definição aceitável. Quando os psicólogos usam o termo “personalidade”, eles estão 
se referindo a algo que vai além do papel que as pessoas desempenham. 
No entanto, os teóricos não entraram em consenso quanto a uma definição 
única de personalidade. Na verdade, eles desenvolveram teorias singulares e vitais, 
porque não havia concordância quanto à natureza da humanidade e porque cada um 
via a personalidade de um ponto de referência individual. Os teóricos da 
personalidade discutidos neste livro são de muitas procedências. 
Alguns nasceram na Europa e viveram toda a sua vida lá; outros nasceram na 
Europa, mas migaram para outras partes do mundo, especialmente os Estados 
Unidos; há aqueles, ainda, que nasceram na América do Norte e permaneceram por 
6 
 
 
 
lá. Muitos foram influenciados por experiências religiosas anteriores; outros não. A 
maioria foi treinada em psiquiatria ou psicologia. Muitos utilizaram a sua experiência 
como psicoterapeutas; outros se basearam mais na pesquisa empírica para reunir 
dados sobre a personalidade humana. 
Mesmo que todos eles tenham lidado de alguma forma com o que chamamos 
de personalidade, cada um abordou esse conceito global a partir de uma perspectiva 
diferente. Alguns tentaram construir uma teoria abrangente; outros foram menos 
ambiciosos e lidaram apenas com alguns aspectos da personalidade. 
Poucos teóricos definiramformalmente a personalidade, mas todos 
apresentaram sua própria visão sobre ela. Apesar de não haver uma definição única 
que seja aceita por todos os teóricos da personalidade, podemos dizer que 
personalidade é um padrão de traços relativamente permanentes e características 
únicas que dão consistência e individualidade ao comportamento de uma pessoa 
(Roberts & Mroczek, 2008). Os traços contribuem para as diferenças individuais no 
comportamento, a consistência do comportamento ao longo do tempo e a estabilidade 
do comportamento nas diversas situações. Os traços podem ser únicos, comuns a 
algum grupo ou compartilhados pela espécie inteira, porém seu padrão é diferente em 
cada indivíduo. Assim, cada pessoa, embora seja como as outras em alguns aspectos, 
possui uma personalidade única. Características são qualidades peculiares de um 
indivíduo que incluem atributos como temperamento, psique e inteligência. 
Existem poucas palavras na nossa língua com tanto fascínio para o público em 
geral como o termo personalidade. Embora a palavra seja usada em vários sentidos, 
a maioria desses significados populares se encaixa em um ou dois tópicos. O primeiro 
uso iguala o termo à habilidade ou à perícia social. A personalidade de um indivíduo 
é avaliada por meio da efetividade com que ele consegue eliciar reações positivas em 
uma variedade de pessoas em diferentes circunstâncias. É nesse sentido que a 
professora que se refere a um aluno como apresentando um problema de 
personalidade, provavelmente, está indicando que suas habilidades sociais não são 
adequadas para manter relações satisfatórias com os colegas e com a professora. 
 
7 
 
 
 
O segundo uso considera a personalidade do indivíduo como consistindo-se na 
impressão mais destacada ou saliente que ele cria nos outros. Assim, podemos dizer 
que uma pessoa tem uma “personalidade agressiva” ou uma “personalidade 
submissa” ou uma “personalidade temerosa”. 
Em cada caso o observador seleciona um atributo ou uma qualidade altamente 
típica do sujeito, que presumivelmente é uma parte importante da impressão global 
criada nos outros, e identifica sua personalidade por esse termo. Está claro que existe 
um elemento de avaliação em ambos os usos. As personalidades, conforme descritas 
comumente, são boas e más. 
Embora a diversidade no uso comum da palavra personalidade possa parecer 
considerável, ela é superada pela variedade de significados atribuídos ao termo pelos 
psicólogos. Em um exame exaustivo da literatura, Allport (1937) extraiu quase 
cinquenta definições diferentes que classificou em algumas categorias amplas. Na 
presente disciplina, analisaremos as mais 
A definição biossocial mostra uma estreita correspondência com o uso popular 
do termo, uma vez que equipara personalidade ao “valor da impressão social” que o 
indivíduo provoca. É a reação dos outros indivíduos ao sujeito o que define a sua 
personalidade. Podemos inclusive afirmar que o indivíduo não possui nenhuma 
personalidade a não ser aquela proporcionada pela resposta dos outros. Allport 
contesta vigorosamente a implicação de que a personalidade reside apenas no “outro-
que-responde”, e sugere ser preferível uma definição biofísica que baseie firmemente 
a personalidade em características ou qualidades do sujeito. De acordo com essa 
última definição, a personalidade tem um lado orgânico, assim como um lado 
aparente, e pode ser vinculada a qualidades específicas do indivíduo suscetíveis à 
descrição e à mensuração objetivas. 
Um outro tipo importante de definição é a globalizante ou do tipo coletânea. 
Essa definição abrange a personalidade por enumeração. O termo personalidade é 
usado aqui para incluir tudo sobre o indivíduo. O teórico comumente lista os conceitos 
considerados de maior importância para descrever o indivíduo e sugere que a 
personalidade consiste nisso. Outras definições enfatizam principalmente a função 
integrativa, ou organizadora, da personalidade. Tais definições sugerem que a 
8 
 
 
 
personalidade é a organização ou o padrão dado às várias respostas distintas do 
indivíduo. Alternativamente, elas sugerem que a organização resulta da personalidade 
que é uma força ativa dentro do indivíduo. A personalidade é aquilo que dá ordem e 
congruência a todos os comportamentos diferentes apresentados pelo indivíduo. 
Alguns teóricos enfatizam a função da personalidade na mediação do 
ajustamento do indivíduo. A personalidade consiste nos esforços de ajustamento 
variados e, no entanto, típicos, realizados pelo indivíduo. Em outras definições, a 
personalidade é igualada aos aspectos únicos ou individuais do comportamento. 
Nesse caso, o termo designa aquilo que é distintivo no indivíduo e o diferencia de 
todas as outras pessoas. Finalmente, alguns teóricos consideram que a personalidade 
representa a essência da condição humana. Essas definições sugerem que a 
personalidade se refere àquela parte do indivíduo que é mais representativa da 
pessoa, não apenas porque a diferencia dos outros, mas principalmente porque é 
aquilo que a pessoa realmente é. A sugestão de Allport de que “a personalidade é o 
que um homem realmente é” ilustra esse tipo de definição. A implicação aqui é que a 
personalidade consiste naquilo que é, na análise final, mais típico e característico da 
pessoa. 
Teoria 
A palavra “teoria” possui a distinção dúbia de ser um dos termos mais usados 
indevidamente e mais pouco compreendido da língua inglesa. Algumas pessoas 
contrastam teoria com verdade ou fato, mas essa antítese demonstra uma ausência 
fundamental de compreensão de todos os três termos. Na ciência, as teorias são 
ferramentas usadas para gerar pesquisa e organizar observações, porém nem 
“verdade” nem “fato” possuem um lugar em uma terminologia científica. 
Uma teoria científica é um conjunto de pressupostos relacionados que permite 
que os cientistas usem o raciocínio lógico dedutivo para formular hipóteses 
verificáveis. Essa definição precisa de maior explicação. Em primeiro lugar, uma teoria 
é um conjunto de pressupostos. Um único pressuposto nunca pode atender a todas 
as exigências de uma teoria adequada. Um único pressuposto, por exemplo, não pode 
servir para integrar várias observações, algo que uma teoria útil deve fazer. 
9 
 
 
 
Em segundo lugar, uma teoria é um conjunto de pressupostos relacionados. 
Pressupostos isolados não podem gerar hipóteses significativas, nem possuem 
consistência interna – dois critérios de uma teoria útil. Em terceiro, uma palavra-chave 
na definição é pressupostos. 
Os componentes de uma teoria não são fatos comprovados no sentido de que 
sua validade tenha sido absolutamente estabelecida. Eles são, no entanto, aceitos 
como se fossem verdade. Este é um passo prático, dado de forma que os cientistas 
possam conduzir pesquisa úteis, cujos resultados continuam a construir e a reformular 
a teoria original. Em quarto lugar, o raciocínio lógico dedutivo é usado pelo 
pesquisador para formular hipóteses. Os princípios de uma teoria devem ser 
especificados com uma precisão suficiente e com uma consistência lógica que 
permitam aos cientistas deduzir hipóteses claramente propostas. As hipóteses não 
são componentes da teoria, mas derivam dela. 
 O trabalho de um cientista imaginativo é começar com a teoria geral e, por 
meio do raciocínio dedutivo, chegar a uma hipótese particular que pode ser verificada. 
Se as proposições teóricas gerais forem ilógicas, elas permanecem estéreis e 
incapazes de gerar hipóteses. Além do mais, se um pesquisador usa uma lógica falha 
na dedução de hipóteses, a pesquisa resultante não apresentará significado e não 
contribuirá para o processo contínuo de construção da teoria. A parte final da definição 
inclui o qualificador verificável. A menos que uma hipótese possa ser verificada de 
alguma maneira, ela será inútil. A hipótese não precisa ser verificada imediatamente, 
masdeve sugerir a possibilidade de os cientistas, no futuro, desenvolverem os meios 
necessários para tanto. 
Teorias da Personalidade dos Teóricos 
As personalidades dos teóricos e suas teorias da personalidade Como as 
teorias da personalidade se desenvolvem a partir das próprias personalidades dos 
teóricos, um estudo dessas personalidades é apropriado. Em anos recentes, uma 
subdisciplina da psicologia chamada psicologia da ciência começou a examinar os 
traços pessoais dos cientistas; isto é, ela investiga o impacto dos processos 
psicológicos e das características pessoais de um cientista no desenvolvimento de 
suas teorias e pesquisa (Feist, 1993, 1994, 2006; Feist & Gorman, 1998; Gholson, 
10 
 
 
 
Shadish, Neimeyer, & Houts, 1989). Em outras palavras, a psicologia da ciência 
examina como as personalidades dos cientistas, seus processos cognitivos, histórias 
desenvolvimentais e experiência social afetam o tipo de ciência que eles desenvolvem 
e as teorias que eles criam. 
Na verdade, inúmeras investigações (Hart, 1982; Johnson, Germer, Efran, & 
Overton, 1988; Simonton, 2000; Zachar & Leong, 1992) demonstraram que as 
diferenças da personalidade influenciam a orientação teórica de um indivíduo, bem 
como sua inclinação a se voltar para o lado “duro” ou “leve” de uma disciplina. Uma 
compreensão das teorias da personalidade se apoia nas informações referentes ao 
mundo histórico, social e psicológico de cada teórico no momento de sua formulação 
teórica. Como acreditamos que as teorias da personalidade refletem a personalidade 
do teórico, incluímos uma quantidade substancial de informações biográficas sobre 
cada teórico importante. 
Assim, as diferenças de personalidade entre os teóricos explicam as 
discordâncias fundamentais entre aqueles que se voltam para o lado quantitativo da 
psicologia (behavioristas, teóricos da aprendizagem social e teóricos dos traços) e 
aqueles que se voltam para o lado clínico e qualitativo da psicologia (psicanalistas, 
humanistas e existencialistas). Ainda que a personalidade de um teórico molde 
parcialmente sua teoria, ela não deve ser a única determinante. 
Comparação entre as teorias da personalidade 
O fato mais notável com o qual o estudante da personalidade se depara é a 
multiplicidade de teorias da personalidade. A confusão aumenta quando lhe dizem 
que é impossível afirmar qual teoria está certa ou é melhor do que as outras. Essa 
incerteza é tipicamente atribuída à qualidade recente do campo e à dificuldade do 
assunto. Neste ponto, em vez de perguntar se as teorias estão certas ou erradas, o 
estudante é aconselhado a adotar uma estratégia comparativa. 
Segundo, alguns aspectos da personalidade são discutidos por diferentes 
teóricos, por exemplo, a ansiedade, o senso de competência, o conflito intrapsíquico 
e o nível de sociabilidade desempenham papéis centrais em muitas das teorias. Por 
um lado, isso é alentador, porque a convergência de diferentes teóricos em 
11 
 
 
 
determinadas facetas da personalidade sugere que essas características são reais e 
importantes. Por outro lado, isso pode ser desorientador, uma vez que os diferentes 
teóricos necessariamente empregam linguagens específicas das próprias teorias para 
discutir essas características. Para ajudar o estudante a compreender essas 
convergências, nós incluiremos uma discussão explícita das traduções entre as 
teorias apresentadas. Finalmente, existem várias qualidades pelas quais as teorias da 
personalidade podem ser comparadas e distinguidas. Nós agora apontamos algumas 
das mais importantes destas dimensões. Os atributos se dividem naturalmente entre 
aqueles referentes a questões de adequação formal e os referentes à natureza 
substantiva da teoria. 
Humanidade 
As teorias da personalidade diferem em questões básicas referentes à natureza 
da humanidade. Cada teoria da personalidade reflete os pressupostos de seu autor 
sobre humanidade. 
Tais pressupostos se apoiam em dimensões amplas, que separam os vários 
teóricos da personalidade. Usamos seis dessas dimensões como estrutura para 
examinar o conceito de humanidade de cada teórico. 
A primeira dimensão é determinismo versus livre-arbítrio. O comportamento 
das pessoas é determinado por forças sobre as quais elas não têm controle ou as 
pessoas podem escolher ser o que desejam ser? O comportamento pode ser 
parcialmente livre e parcialmente determinado ao mesmo tempo? 
Ainda que a dimensão do determinismo versus livre-arbítrio seja mais filosófica 
do que científica, a posição que os teóricos assumem sobre essa questão molda sua 
forma de encarar as pessoas e influencia seu conceito de humanidade. 
A segunda questão é pessimismo versus otimismo. As pessoas estão 
condenadas a viver vidas miseráveis, conflituosas e problemáticas ou elas podem 
mudar e crescer, tornando-se seres humanos psicologicamente saudáveis, felizes e 
funcionando de modo integral? 
12 
 
 
 
Em geral, os teóricos da personalidade que acreditam no determinismo tendem 
a ser pessimistas (Skinner foi uma exceção notável), enquanto aqueles que acreditam 
no livre-arbítrio em geral são otimistas. A terceira dimensão para examinar o conceito 
de humanidade de um teórico é causalidade versus teleologia. Brevemente, a 
causalidade sustenta que o comportamento é uma função de experiências passadas, 
enquanto a teleologia é uma explicação do comportamento em termos de objetivos e 
propósitos futuros. As pessoas agem como agem por causa do que aconteceu a elas 
no passado ou porque têm certas expectativas do que acontecerá no futuro? 
A quarta consideração que divide os teóricos da personalidade é sua atitude 
em relação aos determinantes conscientes versus inconscientes do comportamento. 
As pessoas normalmente estão conscientes do que fazem e de por que fazem aquilo 
ou forças inconscientes interferem e as levam a agir sem consciência dessas forças 
subjacentes? 
A quinta questão é a das influências biológicas versus sociais na personalidade. 
As pessoas são, sobretudo, criaturas da biologia ou suas personalidades são 
moldadas, em grande parte, por suas relações sociais? Um elemento mais específico 
dessa questão é a hereditariedade versus o ambiente; ou seja, as características 
pessoas são mais o resultado da hereditariedade ou elas são determinadas pelo 
ambiente? 
A sexta questão é a singularidade versus semelhanças. A característica 
relevante das pessoas é sua individualidade ou são suas características comuns? O 
estudo da personalidade deve se concentrar naqueles traços que tornam as pessoas 
parecidas ou deve se voltar para os traços que as tornam diferentes? 
Essas e outras questões básicas que separam os teóricos da personalidade 
resultaram em teorias da personalidade verdadeiramente diferentes, não apenas 
diferenças na terminologia. Não conseguiríamos apagar as diferenças entre as teorias 
da personalidade adotando uma linguagem comum. As diferenças são filosóficas e 
profundas. Cada teoria da personalidade reflete a personalidade individual de seu 
criador, e cada criador tem uma orientação filosófica única, moldada, em parte, pelas 
experiências precoces infantis, pela ordem de nascimento, pelo gênero, pelo 
treinamento, pela educação e pelo padrão de relações interpessoais. Essas 
13 
 
 
 
diferenças ajudam a definir se um teórico será determinista ou adepto do livre-arbítrio, 
será pessimista ou otimista, adotará uma explicação causal ou teleológica. Elas 
também ajudam a determinar se o teórico enfatiza a consciência ou a inconsciência, 
os fatores biológicos ou sociais, as singularidades ou as semelhanças das pessoas. 
No entanto, essas diferenças não negam a possibilidade de que dois teóricos 
com visões opostas de humanidade possam ser igualmente científicos em sua reunião 
dos dados e construção da teoria. 
 
14 
 
 
 
TEORIAS 
Gestalt 
Estruturada por Chrinstiam von Ehrenfels (1856 a 1932),filósofo e psicólogo, a 
Psicologia da Gestalt estuda as sensações (dado psicológico) de espaço-forma e 
tempo-forma (o dado físico). 
As bases dessa teoria psicológica partiram de estudos que estabeleciam a 
forma e sua percepção na Alemanha, entre 1910 e 1920, através de Max Wertheimer 
(1880–1943), Kurt Koffka (1886–1941), Wolfgang Kohler (1887–1967). A palavra 
Gestalt tem origem alemã e surgiu de uma das muitas traduções da Bíblia em 1523, 
significando "o que é colocado diante dos olhos, exposto aos olhares". O termo alemão 
“Gestalt” se aproxima na tradução para o português correspondente como forma, 
estrutura, configuração, podendo ser compreendido como uma integração de partes 
em oposição à soma do "todo". A Psicologia da Gestalt, também conhecida como 
Psicologia da Boa Forma, estuda as sensações de espaço, forma e tempo. As 
aplicações das descobertas da Gestalt na Educação são muito importantes por não 
utilizarem o exercício puramente mecânico no processo de aprendizagem. Segundo 
Ehrenfels (1890), existem características da forma onde a união destas sensações 
gera a percepção. Köhler e Koffka defendiam que a experiência e a percepção são 
mais importantes que as respostas específicas no processo de aprendizagem. 
Segundo eles, a aprendizagem acontece através de um insight, que se constitui numa 
compreensão súbita para solução de problemas, até então sem resposta, sendo a 
aprendizagem uma reorganização do campo cognitivo que permite a compreensão de 
um problema e a sua solução. 
As Leis da Gestalt 
Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo 
de percepção, foram elaboradas algumas normas para o entendimento desse 
comportamento. 
A Teoria da Gestalt estuda a percepção e a sensação do movimento, os 
processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como este é percebido 
pelo sujeito. 
15 
 
 
 
A Psicologia da Gestalt afirma que as partes nunca podem proporcionar uma 
real compreensão do todo. O todo é diferente da soma das partes. Os psicólogos da 
Gestalt analisam os fenômenos mentais e comportamentais em elementos pré-
determinados arbitrariamente, pois o todo psicológico é mais do que a soma de suas 
partes, merecendo ser compreendido em sua totalidade. 
A Gestalt encontra no fenômeno da percepção as condições para a 
compreensão do comportamento humano. A maneira como percebemos um 
determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento. As figuras podem ser 
percebidas de formas diferentes. Mais do que os traços das próprias figuras, o que 
determina a interpretação é o olhar do observador. Para a Psicologia da Gestalt, o 
olhar do observador é mais importante do que as características do estímulo e 
diferentemente do associacionismo, vê o processo de aprendizagem como a relação 
entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto 
percebido. 
Já, em 1977, o russo radicado na Alemanha Hilarion Petzold (1944) propõe 
uma nova abordagem em pedagogia denominada Gestalt pedagogia para as 
situações de ensino e aprendizagem, que propõe alternativas para os problemas na 
atualidade, uma transferência dos princípios terapêuticos da filosofia da Gestalt para 
o contexto da educação. A experiência passada, apesar de não conseguir resolver o 
problema, facilita a compreensão de uma nova situação. É objetivo central da Gestalt 
pedagogia possibilitar ao indivíduo o desenvolvimento completo das capacidades e 
de todo o seu potencial, segundo Burow e Scherpp (1981), (...) é apenas preciso que 
se criem as condições necessárias. 
Teorias Associativas: Behaviorismo 
O Behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, é uma área 
da psicologia que tem o comportamento como objeto de estudo. Esta palavra tem 
origem no termo behavior, que em inglês significa comportamento ou conduta. 
John Watson (1878-1958) foi o principal divulgador do Behaviorismo. O 
behaviorismo contempla o comportamento como uma forma funcional e reacional de 
organismos vivos. 
16 
 
 
 
Os principais tipos de behaviorismo são o Behaviorismo Metodológico, que tem 
como precursor o psicólogo John B. Watson e o Behaviorismo Radical, que tem como 
pai o psicólogo Burrhus F. Skinner. Sendo o behaviorismo de Watson o primeiro da 
evolução da escola de pensamento comportamental seguido por trabalhos de Edward 
Chace Tolman (1886-1959), cujo Behaviorismo intencional propunha uma explicação 
cognitiva para a aprendizagem, sugerindo que a repetição do desempenho de uma 
tarefa reforça a relação aprendida entre as dicas ambientais e as expectativas do 
organismo. Clark Leonard Hull (1884-1952) com seu behaviorismo objetivo, 
reducionista e mecanicista, a teoria da aprendizagem de Hull concentra-se no 
princípio do reforço. Skinner com o behaviorismo radical. Esses behavioristas 
entendem que o estudo da aprendizagem constitui o tópico central da psicologia onde 
na maioria das vezes os comportamentos, independentemente da sua complexidade, 
podem ser entendidos pelas leis do condicionamento. Depois aparece Albert Bandura 
(1925-) com o behaviorismo social cognitivo, cuja abordagem consiste em uma teoria 
de aprendizagem "social", porque estuda informação e a modificação do 
comportamento nas situações sociais. Julian Rotter (1916-) com estudos dos 
processos cognitivos sociais, mas mantendo o enfoque na observação do 
comportamento manifesto. 
Os behavioristas metodológicos estudavam os aspectos objetivos, observáveis 
e mensuráveis da atividade psicológica, deixando de lado aspectos subjetivos, 
considerados não mensuráveis, diferentemente dos behavioristas radicais que se 
preocupavam em estudar os comportamentos observáveis (inatos e aprendidos) e 
comportamentos privados ou encobertos (como pensamento, sentimento, resolução 
de problemas etc.). A partir do século XX, o estudo do comportamento animal é parte 
importante do behaviorismo com o objetivo de fazer comparações, sem “aproximar” o 
ser humano de outros animais. 
Watson entendia que, se a observação objetiva era um método adequado para 
conhecer o comportamento animal, também seria eficaz em seres humanos. A 
associação de um estímulo inicialmente neutro a uma resposta, por meio do 
treinamento ou repetição, era a chave para a compreensão do comportamento. Ele 
estudava os comportamentos reflexos ou respondentes, os quais eram explicados a 
17 
 
 
 
partir da relação entre um estímulo antecedente, estímulos eliciadores a uma resposta 
involuntária do organismo como salivar, sudorese, taquicardia. 
Mais tarde, Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936) buscou explicar sobre 
comportamentos reflexos aprendidos ou respondentes aprendidos. O estudo de tais 
comportamentos é fundamental para a compreensão sobre as emoções dos seres 
humanos, incluindo situações em contexto educacional. 
O behaviorista Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi o pesquisador 
behaviorista mais conhecido. Sua extensa produção teórica influenciou a Psicologia e 
ficou conhecida por Behaviorismo Radical, designando uma filosofia da Ciência do 
Comportamento (que ele se propôs defender) por meio da Análise Experimental do 
Comportamento humano, que tem sua base teórico-conceitual na formulação do 
comportamento operante que se caracteriza por estímulos que seguem a resposta 
permitindo modelar um determinado comportamento pretendido. 
O comportamento operante pode ser público (observável) e privado ou 
encoberto (sentimento, pensamento, raciocínio, resolução de problema etc.), assim 
como o meio pode ser interno ou externo. Ainda o condicionamento operante refere-
se ao de contingência tríplice, ou seja, a relação entre a situação que antecedente a 
ocorrência de uma resposta do indivíduo (pública ou privada), a ocorrência da 
resposta e as consequências que a resposta opera (produz) sobre o meio (externo ou 
interno). Segundo o autor, “os homens agem sobre o mundo, modificam-no e são 
modificadospelas consequências de suas ações”, Skinner (1953). Enfim, nesta 
afirmação, Skinner expressa qual a concepção de ser humano que o Behaviorismo 
Radical e a Análise do Comportamento apresentam: sujeito ativo, interativo e 
participativo em seu meio (externo e interno). Ou seja, no processo ensino-
aprendizagem tanto professor como estudante são vistos como sujeitos ativos em 
interação constante de conhecimentos e habilidades. 
O Condicionamento operante é a modificação do comportamento (reações e 
ações do ser humano), através do controle das consequências que se seguem a um 
determinado comportamento. O Behaviorismo Radical contempla os estímulos dados 
aos indivíduos pelo meio ambiente. Há vários tipos de estímulos antecedentes, por 
exemplo: estímulo discriminativo e estímulo neutro. Há estímulos consequentes: 
18 
 
 
 
reforço (positivo e negativo) e punição (positiva e negativa). A retirada de estímulos 
aversivos é chamada de reforço negativo. Esta retirada também aumenta a 
probabilidade que a resposta desejada ocorrer. Para chegar a estes conceitos, 
Skinner utilizou-se de experimentos que ficaram famosos, realizados com ratos de 
laboratório num equipamento que ganhou o nome de Caixa de Skinner. 
Caixa de Skinner 
Cada rato era colocado sozinho no interior da caixa, a qual era equipada com 
um bebedouro acionável pelo experimentador ou pelo próprio rato, na medida em que 
pressionasse numa pequena barra existente no interior do equipamento. 
Figura 1: Caixa de Skinner. 
 
Dentre os behavioristas, o trabalho de Skinner é o que tem mais implicações 
educacionais. As contribuições do Behaviorismo Radical e Análise do Comportamento 
são inúmeras para a educação. Sua abordagem teve profundo impacto nas 
tecnologias de ensino (tecnologias para melhorar o ensino e facilitar a vida de 
professores e alunos como, por exemplo, o quadro negro digital, o ensino a distância), 
especialmente no que se refere à instrução programada que segundo Glória Della 
Monica (1977): 
A "instrução-aprendizagem programa", um dos mais modernos métodos 
pedagógicos, destina-se a aumentar a eficiência do processo de ensino-
19 
 
 
 
aprendizagem, tendo em vista a proficiência dos educandos e levando em 
conta, principalmente, o ritmo de aprendizado de cada um, relativo aos 
diferentes ramos do conhecimento humano. 
Em entrevista dada a uma revista brasileira de análise do comportamento, em 
1974, Skinner definiu sua máquina de ensinar da seguinte maneira: Minha “máquina 
de ensinar” consiste, muito simplesmente, em programar o material didático de 
maneira que o estudante seja recompensado pelos seus esforços não no fim do curso 
ou de seus estudos – o que é causa de baixa produtividade –, mas em cada uma das 
etapas de sua aprendizagem. Isto é, ao aprender uma lição, o aluno não é 
recompensado pelos seus esforços um mês depois, quando recebe a nota X, mas 
enquanto está trabalhando na lição. Se um aluno pode ver a resposta de um problema 
matemático apenas quando terminou de resolvê-lo, ele é estimulado por vários 
fatores: o triunfo de ter resolvido o problema corretamente ou o descobrimento da 
resposta correta. Se ele fica esperando a nota do professor, que deve ter um valor 
punitivo, ele não tem verdadeiras razões positivas para se interessas por problemas 
matemáticos. É fundamental entender que o organismo humano, em relação com o 
seu comportamento, é reforçado pela sua capacidade de efetividade. (SKINNER, 
1974) 
Em sua obra “Escola do Futuro” de 1989, Skinner defende a ideia de que os 
professores terão mais tempo para falarem com seus alunos. Funcionarão como 
conselheiros, provavelmente permanecendo em contato com determinados 
estudantes por mais de um ano e tendo a oportunidade de conhecê-los melhor. Os 
professores deverão ser mais capazes de ajudar os estudantes a escolher campos de 
interesse, seu futuro. Terão a satisfação de fazer parte de um sistema que ensina 
habilidades de forma direta e com acompanhamento ponto a ponto. 
Na educação, o behaviorismo é utilizado de forma a proporcionar melhoria no 
aprendizado, a partir das modificações comportamentais do aluno e do professor, 
aplicando, por meio da psicologia, técnicas diversas, acreditando-se que, conforme já 
defendido por Watson, é possível transformar um indivíduo por meio do processo da 
educação. 
20 
 
 
 
Teoria Psicodinâmica: Psicanálise 
A Psicanálise desenvolveu-se a partir do trabalho de Sigmund Freud (1856-
1939) na Áustria. Este médico propôs a Psicanálise com suas técnicas de hipnose, 
expressão e associação livre de ideias pelos pacientes, como uma proposta 
terapêutica para os distúrbios emocionais e também como uma via de investigação 
dos processos mentais. 
A partir da Psicanálise, originaram-se inúmeras abordagens, como a Psicologia 
Analítica (Cari G.Jung), a Psicologia Reichiana (W. Reich) e ainda a Psicanálise 
Kleiniana (Melanie Klein), a Psicanálise Lacaniana (J. Lacan). Freud publicou 
trabalhos durante toda a sua vida, relatando sobre suas descobertas e formulando leis 
gerais sobre a psique humana, sua estrutura e seu funcionamento. A Psicanálise 
enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, de um 
significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas 
produções imaginárias. 
O exercício da Psicanálise ocorre de muitas formas, sendo usada como base 
para psicoterapias, aconselhamento, orientação. A Psicanálise também é um 
instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais 
considerados relevantes do mundo contemporâneo. A relação entre Freud e sua obra 
torna-se muito significativa, pois grande parte de sua produção foi baseada em 
experiências pessoais, transcritas em várias de suas obras, como por exemplo: “A 
interpretação dos sonhos” e “A psicopatologia da vida cotidiana”, dentre outras. Seu 
principal objetivo foi o de descobrir o propósito no inconsciente do ser, suas 
necessidades, os complexos, traumas e tudo que perturbe seu equilíbrio emocional, 
um intérprete das necessidades humanas. 
Além de ter como objeto de estudo o inconsciente e a descoberta da 
sexualidade infantil, inova os estudos de Psicologia, até então definida como a ciência 
da consciência e da razão. Segundo Freud (1926), o comportamento humano baseia-
se nos impulsos ou instintos inconscientes, sendo que alguns são destrutivos e outros, 
tais como a fome, sede, autopreservação e o exo, fazem parte da saúde humana, 
necessários à sobrevivência. 
21 
 
 
 
A prática de Freud traz para a Psicologia uma grande contribuição com a 
recuperação da importância da afetividade. Freud acreditava que a personalidade 
surgia após a resolução de conflitos inconscientes e das crises do desenvolvimento. 
Freud distinguiu três zonas do funcionamento mental: o consciente, o subconsciente 
e o inconsciente. O consciente assume um ponto de vista ideológico em relação a 
alguma coisa: estava consciente do problema ambiental. O subconsciente se refere a 
qualquer tipo de conteúdo da mente existente ou operante fora do estado da 
consciência. Enquanto o conceito de inconsciente aparece como grande inovação na 
época. No inconsciente, aparecem conteúdos disfarçados nos sonhos, nos atos 
falhos, nos sintomas, mas nunca em sua forma pura. 
Continuando suas pesquisas, Freud formula a Segunda Teoria do Aparelho 
Psíquico, introduzindo os conceitos de Id, Ego e Superego, referindo-se aos 
elementos ou instâncias que compõem o “sistema da personalidade”. 
Figura 2: Id, Ego e Superego. 
 
 O id, que se constitui como o reservatório da energia psíquica onde se 
localizam as pulsões da vida e a morte, é regido pelo princípio do prazer. O ego 
administra a relação do indivíduo com o meio, onde os conteúdos mentais conscientes 
e subconscientes são acessíveis voluntariamente pelo sujeito tornando possível saber 
22 
 
 
 
o que está sendo pensado ou sentidoa respeito dos conteúdos que estão em sua 
consciência, ou seja, sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as 
exigências da realidade e as ordens do superego. O Superego vai funcionar como 
censura aos conteúdos do id. Ele origina-se com o complexo de Édipo, a partir da 
internalização das proibições, dos limites e da autoridade. Esta instância é constituída 
a partir do moralismo e das repressões no meio social em que vive. Freud buscou 
relacionar a sexualidade com a educação, focalizando a psicanálise como uma 
ferramenta estimuladora de práticas intelectuais. A teoria freudiana está totalmente 
sustentada na estrutura da mente que concebemos por inconsciente, atos que estão 
dentro do inconsciente humano, pois é nesse local que está o conflito entre o superego 
e o id. 
A partir destas formulações propostas por Freud, muitos trabalhos foram se 
desenvolvendo no sentido da compreensão do ser humano. No campo da educação, 
os conceitos propostos por Freud são largamente utilizados para a compreensão e 
intervenção sobre as dificuldades de aprendizagem pela Psicopedagogia Clínica. Para 
Freud (1976), “o trabalho da Educação é algo sui generis: não deve ser confundido 
com a influência psicanalítica e não pode ser substituído por ela". 
Além das questões relativas a “dificuldades de aprendizagem”, a psicanálise 
também trata sobre outros conceitos importantes na educação como processo de 
aprendizagem, processo de transferência e contratransferência, mecanismos de 
defesa, sexualidade, entre outros aspectos. Segundo Maira Sampaio Alencar Lima 
(2011): 
Sobre a educação, a postura de Freud mudou diversas vezes, acompanhando 
as mudanças que a teoria psicanalítica sofreu. No início, ocorreu uma crítica à postura 
repressora que a educação faz frente à sexualidade, o que propiciaria a neurose e a 
inibição (1908/1976). Anos depois ele acreditou em medidas profiláticas na educação 
através da formação psicanalítica e da análise dos professores (1932/1976). Contudo, 
nos últimos escritos de Freud (1937/1976) já não havia mais a crença nas medidas 
educativas profiláticas. Educar retomava o lugar de profissão impossível ao lado de 
governar e curar. Assim, o conceito de pulsão de morte faz sentir seus efeitos na 
postura freudiana. A psicanálise poderia ajudar a educação a compreender a criança, 
mas não teria a pretensão de substituí-la. A partir das considerações entre 
23 
 
 
 
sexualidade, inibição e educação, Freud afasta a psicanálise dos demais saberes ao 
desconsiderar os limites entre normal e patológico e focar a análise das dificuldades 
partindo de cada sujeito, da singularidade como cada um é estruturado psiquicamente. 
Estágios do desenvolvimento psicossexual 
Cada evento psíquico é normalmente determinado por outros que o 
precederam, essa hipótese é base para o entendimento do aparelho psíquico. O 
impulso é considerado como um constituinte psíquico, que produz um estado de 
tensão quando em ação, os instintos são a força propulsora ou motivadora da 
personalidade. Para Freud (1914), as representações mentais dos estímulos internos 
(como a fome) que motivam a personalidade do comportamento. A forma de energia, 
por meio da qual se manifestam os instintos de vida, pode ser chamada de libido que, 
segundo Freud (1914), é a “energia dos instintos sexuais e só deles”, o qual direciona 
o indivíduo na busca de pensamentos e comportamentos prazerosos. Segundo Lacan 
(1998): 
A pulsão, tal como é construída por Freud a partir da experiência do 
inconsciente, proíbe ao pensamento psicologizante esse recurso ao instinto com ele 
mascara sua ignorância, através de uma suposição de uma moral na natureza. O afeto 
é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional. A pressão é o fator motor 
da pulsão, a quantidade de força ou exigência do trabalho que ela representa. A rigor, 
não existe pulsão passiva, apenas pulsões cuja finalidade é passiva (Freud, 1915). 
Toda pulsão é ativa e a pressão é a própria atividade da pulsão. Uma zona erógena é 
uma parte do corpo que recebe estímulos e tem como consequência uma sensação 
de prazer. 
Na teoria psicanalítica de Freud, o desenvolvimento da personalidade humana 
passa pelos seguintes estágios psicossexuais, conforme Glassman; Hadad (2008). 
Estágio oral – se estende do nascimento até o segundo ano de vida. Neste 
estágio, a estimulação da boca é a fonte primária de satisfação erótica. “Fase Oral, na 
teoria do desenvolvimento de Freud, é a primeira fase, estendendo-se desde o 
nascimento até os dezoito meses, quando o foco da gratificação está na boca. Um 
bebe recém-nascido é governado por suas pulsões, ou seja, somente o id está 
24 
 
 
 
presente no nascimento.” É nessa fase que o ego se forma. Estágio anal – coincide 
com o período de treinamento para aprender a ir ao banheiro autonomamente e de 
desenvolvimento de competências para a higiene pessoal. “Fase Anal é a segunda 
fase do desenvolvimento psicossexual; durante esta fase, o foco da energia da pulsão 
desloca-se para a extremidade inferior do trato digestivo, e o principal conflito é o 
treinamento do uso do banheiro.” É uma fase de interiorização de normas sociais. 
Estágio fálico – acontece por volta do quarto ano de idade. A satisfação erótica está 
relacionada à região genital e surge muita curiosidade em torno das diferenças entre 
os sexos e da origem dos bebês e ainda as crianças podem desenvolver uma forte 
ligação com o genitor do sexo oposto ao mesmo tempo em que sentem ciúmes do 
genitor do mesmo sexo. No caso dos meninos, Freud chamou esse conflito de 
Complexo de Édipo, em homenagem ao personagem da mitologia grega que matou o 
pai e casou-se com a mãe. Quanto às meninas que passam pelo equivalente, o 
Complexo de Electra, que envolve o amor possessivo pelo pai e o ciúme da mãe. É 
também o estágio em que se desenvolve o superego, que inflige à criança vergonha 
e culpa. 
Período de latência – ocorre dos cinco aos dez anos, aproximadamente. 
Caracteriza-se por maior interesse em questões intelectuais e pela sublimação do 
interesse por questões sexuais como mecanismo de defesa. É a fase de 
desenvolvimento de amizades e laços sociais. Estágio genital – preparação para a 
formação de família, início dos relacionamentos amorosos. É a fase de 
desenvolvimento de amizades e laços sociais. “Seja ou não resolvido com sucesso o 
complexo de Édipo, os imperativos do desenvolvimento impulsionam a criança da fase 
fálica para a fase da latência em torno dos cinco anos. Na fase da latência, que se 
estende até a puberdade, as pulsões parecem estar relativamente inativas – daí 
serem vistas como latentes ou ocultas. Em parte, a mudança se deve ao uso da 
repressão na resolução no complexo de Édipo. Devido a esses resultados no bloqueio 
do acesso consciente ao id, a gratificação, daí em diante, está relacionada aos 
processos secundários e, por isso, nunca e tão diretos ou tão imediatos quanto as 
gratificações da primeira infância. Na latência, as pulsões reprimidas são 
redirecionadas para novas atividades, com novos objetos de gratificação. Assim, os 
esportes, os passatempos, a escola e as amizades vão todos proporcionar 
oportunidades para a satisfação das pulsões. Os problemas que ocorrem na latência, 
25 
 
 
 
como a agressão excessiva, podem estar relacionados à repressão inadequada e/ou 
ao fato de o ego ser incapaz de redirecionar a energia da pulsão para saídas 
socialmente aprovadas”. 
O Humanismo 
Ao final do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, a 
psicologia passou a ter o status de ciência, desenvolvendo propostas metodológicas 
junto às diversas teorias sobre o funcionamento da mente e o comportamento 
humano. O Humanismo teve seu início em meados do século XIV, na Itália, em meio 
à transformação do homem medieval para o homem moderno, entre o final da Idade 
Média e o início do Renascimento. Como humanismo, o homem volta a ser centro 
das coisas após o período dominado pela Igreja. A educação do Renascimento foi 
centrada no homem, com inclusão da cultura do corpo, alcançava a formação 
burguesa não chegando à população em geral. 
A partir da segunda metade do século XX, o Humanismo de Carl Rogers (1902-
1987) fez-se tão forte e com tantos adeptos que poderia também ser considerado 
como uma escola da psicologia. 
A Psicologia Humanista concentra-se no conceito de valorização da pessoa 
como um todo. Carl Rogers sofreu profundas influências do conceito de Adler (1870-
1937) de busca da perfeição onde Adler (1961) diz o seguinte: 
“A primeira coisa que descobrimos na vida psíquica é que seus movimentos 
se dirigem a um fim. (…) A vida psíquica do homem é determinada pelo seu 
objetivo. Homem nenhum pode pensar, querer, sonhar sem que estas 
atividades sejam determinadas, continuadas, modificadas e dirigidas para um 
objetivo constante. Isso resulta da necessidade de adaptação do organismo 
ao meio envolvente (…). Assim, todos os fenômenos da vida da alma podem 
ser considerados como preparação para alguma situação futura. Parece-nos 
impossível conceber a alma como outra coisa senão força a agir rumo a um 
objetivo – e a Psicologia Individual considera todas as manifestações da alma 
humana como dirigidas para um objetivo”. 
Com isso, concluímos que podemos, como diz Adler, passar de um sentimento 
de inferioridade para um sentimento de domínio. As pessoas que vivem todo o seu 
potencial são aquelas que tendem a viver plenamente cada momento da vida, 
deixando-se guiar por seus próprios instintos, sem levar em consideração outras 
opiniões. Seus pensamentos ficam livres e com alta criatividade. 
26 
 
 
 
O pensamento de Carl Rogers influenciou a educação centrada no aluno, a 
espontaneidade, as questões de aconselhamento psicológico no ambiente escolar, a 
relação educação e pedagogia sendo importantes contribuições da Psicologia por 
uma escola atualizada e renovada através de atitudes facilitadoras da aprendizagem. 
O modelo educativo proposto por Rogers, no âmbito da Abordagem Centrada no 
homem e que designou por Aprendizagem Centrada no Aluno, tem como objetivo 
principal que o aluno tenha uma participação ativa no seu processo de aprendizagem. 
Para o humanismo, a educação não deveria se limitar aos saberes necessários 
para um exercício profissional específico. O humanismo aparece inserido em quase 
todas as concepções pedagógicas do século XX. Mizukami (1986) identifica dois 
enfoques tipicamente humanista, predominantes principalmente no Brasil: de Carl 
Rogers e Alexandre S. Neill. O ensino nessa abordagem é totalmente centrado no 
aluno que aparece como uma pessoa situada no mundo e em processo constante de 
descoberta. O professor não ensina: apenas cria condições para que o os alunos 
aprendam. O papel do professor se assemelha ao do terapeuta e o do aluno ao do 
cliente. 
Isso quer dizer que a tarefa do professor é facilitar o aprendizado que o aluno 
conduz ao seu modo. Rogers propunha ainda uma aprendizagem significativa que 
ocorre quando o conteúdo é percebido como relevante pelo aluno. Desse modo, as 
experiências pessoais e subjetivas são fundamentais para o conhecimento no 
processo de ensino-aprendizagem. O importante é aprender a aprender centrando 
seu processo nas necessidades do aluno. Ainda, como representantes dessa corrente 
humanista, podemos citar Célestin Freinet (1896-1966), Maria Montessori (1870-
1952) e Paulo Freire (1921-1997). 
Carl Jung e a Psicologia Analítica 
Carl Jung desenvolveu uma teoria de psicologia complexa e fascinante, que 
abrange uma série extraordinariamente extensa de comportamentos e pensamentos 
humanos. A análise de Jung sobre a natureza humana inclui investigações acerca de 
religiões orientais, Alquimia, Parapsicologia e Mitologia. De início, sua teoria provocou 
maior impacto em filósofos, folcloristas e escritores do que em psicólogos ou 
psiquiatras. Hoje em dia, entretanto, a crescente preocupação com a consciência e o 
27 
 
 
 
potencial humanos fez ressurgir o interesse pelas ideias de Jung. Em suas pesquisas 
e escritos, Jung de maneira alguma ignorou o lado negativo, mal ajustado da natureza 
humana. Entretanto, seus maiores esforços foram devotados a investigação das 
metas mais distantes da aspiração e da realização humanas. Um dos principais 
conceitos de Jung é o da "individuação", termo que usa para um processo de 
desenvolvimento pessoal que envolve o estabelecimento de uma conexão entre o 
ego, centro da consciência, e o se/f, centro da psique total, o qual, por sua vez, inclui 
tanto a consciência como o inconsciente. Para Jung, existe interação constante entre 
a consciência e o inconsciente, e os dois não são sistemas separados, mas dois 
aspectos de um único sistema. A psicologia junguiana está basicamente interessada 
no equilíbrio entre os processos conscientes e inconscientes e no aperfeiçoamento do 
intercâmbio dinâmico entre eles. 
Jung desenvolveu teorias próprias a respeito da individuação ou integração da 
personalidade. Mais tarde, ele se impressionou profundamente por diversas tradições 
orientais, que forneciam a primeira confirmação exterior de muitas de suas próprias 
ideias, em especial de seu conceito de individuação. Richard Wilhelm, um estudioso 
alemão que viveu na China por muitos anos, enviou a Jung o manuscrito de sua 
tradução do Segredo da Flor de Ouro, um texto espiritual chinês clássico, expresso 
em termos alquímicos. Jung descobriu que as descrições orientais do crescimento 
espiritual, do desenvolvimento psíquico interno e da integração, correspondem 
rigorosamente ao processo de individuação que ele observou em seus pacientes 
ocidentais. Jung também se preocupou em apontar importantes diferenças entre os 
caminhos de individuação oriental e ocidental. A estrutura social e cultural na qual o 
processo de crescimento ocorre é muito diferente no Oriente e no Ocidente, assim 
como as atitudes predominantes em relação ao conceito de individuação e àqueles 
que buscam ativamente esta meta. O desejo de desenvolvimento e iluminação 
internos é bem aceito no Oriente onde há procedimento. 
 
28 
 
 
 
COMPORTAMENTO 
O comportamento é a maneira na qual se porta ou atua um indivíduo. Isto é, o 
comportamento é a forma de proceder que as pessoas ou os órgãos têm diante dos 
diversos estímulos que recebem e em relação ao ambiente na qual se desenvolvem. 
O comportamento de uma pessoa diante de um determinado estímulo incidirá 
a experiência, mas também poderão ser feitos as diversas convenções sociais 
existentes, que de alguma maneira, nos antecipam como a sociedade espera que 
atuemos diante de certas situações. 
Então, existem diferentes maneiras de comportar-se nas quais estarão 
condicionadas pelas circunstâncias em questão... 
O comportamento consciente é aquele que se realiza logo após um processo 
de razoamento, por exemplo, cumprimentamos o professor de matemática quando o 
encontramos na rua. Por outro lado, o comportamento inconsciente, diferentemente 
do anterior, acontece de modo automático, quer dizer, o indivíduo não pensa ou 
reflete. 
sobre a conduta que desenvolverá, ela sai naturalmente, por exemplo, tocamos 
e olhamos nosso dedo quando o batemos no pé da cama. 
No entanto, o comportamento privado é aquele que se desenvolve justamente 
na área pessoal, na intimidade de casa ou na solidão; e então, o comportamento 
público, significa simplesmente o contrário, porque o desenvolvemos diante dos outros 
seres humanos ou em espaços públicos onde convivemos com o restante da 
sociedade ou comunidade. 
Para a Psicologia é uma das disciplinas que mais trata do estudo do 
comportamento. Ele envolve tudo aquilo que faz um ser humano diante de seu meio. 
Cada interação, por menor que possa parecer significa um comportamento, 
entretanto, quando o comportamento começaa vislumbrar padrões repetidos, 
podemos falar de conduta. 
Além disso, um comportamento poder ser valorizado sendo bom ou mau, 
dependendo do quadro observado dentro das normas sociais estabelecidas. Por 
exemplo, quando uma criança se comporta mal, seus pais ou professores podem 
repreendê-lo por não cumprir com a norma pré-estabelecida, o que conhecemos com 
castigo. 
29 
 
 
 
O Behaviorismo (já mencionado nos nossos estudos), também conhecido como 
comportamentalismo, é uma área da psicologia, que tem o comportamento como 
objeto de estudo. 
Em mínimos, os comportamentos são classificados e divididos de duas formas: 
→ Comportamento social operante – Esse é o tipo de comportamento que 
envolve atos como comer, falar, andar, correr, entre outros. 
→ Comportamento social respondente – Aquele que acaba por ser um tipo 
de comportamento que parte do próprio corpo humano. Bem como glândulas, 
sudorese, etc. 
Tendo em vista o sujeito humano age como uma unidade, ainda que 
heterogênea, de corpo-e-mente, estes dois componentes, físico e psíquico, devem 
estar sempre interagindo e, de algum modo, agindo conjuntamente. Mesmo assim, 
pode-se visualizar a possibilidade na qual alguns indivíduos agiriam mais sobre o 
impacto de um dos componentes, enquanto outros agiriam mais sob o outro. 
Como o ser humano é uma entidade una que pode ser analisada em 
subsistemas variados, uma dessas análises pode ser feita em termos da 
predominância dos componentes físico e psíquico em tais sistemas. Assim, um 
subsistema neste ser humano é constituído por aquela região onde predomina o físico 
e outra em que predomina o psíquico. Há, contudo, um momento em que o físico e o 
psíquico se equilibram formando um estágio, sistema ou esfera do ser humano em 
que ambos os níveis de ser atuam igualmente. 
O comportamento é um termo que caracteriza toda e qualquer reação do 
indivíduo, animal, órgão ou instituição perante o meio em que está inserido. 
Ele trata da forma que as pessoas ou organismos procedem perante os 
estímulos em relação ao entorno, mas também podem ser realizados de acordo com 
as diversas convenções sociais existentes, onde a sociedade espera que as pessoas 
devem agir de acordo com os padrões em determinadas situações. 
Do ponto de vista psicológico, o comportamento é o modo de agir do ser 
humano perante o seu ambiente. Quando uma pessoa possui um tipo de padrão 
estável, falamos então que esta pessoa apresenta uma conduta. As teorias da 
personalidade e do comportamento apresentadas anteriormente vem como apoio no 
processo de compreensão do indivíduo e de suas relações endógenas e exógenas. 
 
30 
 
 
 
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