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Iniciativas Governamentais de Atenção à Saúde da Mulher e do Neonato
 
Vamos falar sobre a evolução da mulher? 
 Antigamente, as mulheres deveriam ficar 
em casa, cuidando dos filhos e dos serviços 
domésticos, não precisavam ir para a 
faculdade, não precisavam aprender a ler 
já que vão só fazer serviços de lavar e 
passar, já que o homem é quem mandava 
na casa. 
O que mudou? 
 Educação: Para conquistar o direito à 
educação, as mulheres tiveram que se unir 
e somente em 1827, algumas mulheres 
puderam ser matriculadas em instituições de 
ensino, sendo o direito de cursar uma 
faculdade instituído em torno de 1870. 
 Ditadura Militar: Durante a Ditadura 
Militar as mulheres resistiram ao regime com 
a tentativa de derrubar o regime. O 
movimento estudantil também se juntou 
com os partidos e sindicatos, em que o 
papel feminino tradicional foi desafiado, 
ocupando espaços com o intuito de 
desmantelar o regime. 
O início 
 Século XX: a atenção à saúde da mulher 
passou a fazer parte das políticas públicas 
de saúde no Brasil. No entanto, nas décadas 
de 30, 40 e 50 a mulher era vista como mãe 
e “dona de casa”. 
 Na década de 60: o controle de 
natalidade era voltado para as mulheres em 
idade fértil, movimento feminista reivindicou 
a igualdade social, com um novo conceito 
rompendo o paradigma vigente, 
pontuando a saúde sexual e reprodutiva 
como um direito. 
 Saúde da Mulher: gênero, trabalho, 
desigualdade, sexualidade, prevenção de 
doenças sexualmente transmissíveis e 
anticoncepção. 
 
 
Mortalidade Materna 
 
 Em 1990 e 2015 a redução na razão de 
mortalidade materna no Brasil foi de 143 
para 62 óbitos maternos por 100 mil nascidos 
vivos, o que representou uma diminuição de 
56%, sendo que a meta ODS é de 35 por 100 
mil nascidos vivos. Quais as causas de óbito 
materno: Hipertensão (pré-eclâmpsia e 
eclampsia), Hemorragias graves 
(principalmente após o parto), Infecções 
(normalmente depois do parto), 
Complicações no parto e Abortos inseguros. 
O Programa de Assistência Integral à 
Saúde da Mulher (Paism) 
 Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou 
o Programa de Assistência Integral à Saúde 
da Mulher (PAISM), marcando, sobretudo, 
uma ruptura conceitual com os princípios 
norteadores da política de saúde das 
mulheres e os critérios para eleição de 
prioridades neste campo. 
 O Paism incorporou como princípios e 
diretrizes: descentralização, hierarquização 
e regionalização dos serviços, integralidade 
e equidade da atenção. Ações educativas, 
preventivas e de diagnóstico; tratamento e 
recuperação; assistência à mulher em 
clínica ginecológica, no pré-natal, no 
climatério e em planejamento familiar; IST, 
câncer de colo de útero e de mama. 
 Em 2003, a área técnica de saúde da 
mulher identifica ainda a necessidade de 
articulação com outras áreas técnicas e da 
proposição de novas ações, quais sejam: 
atenção às mulheres rurais, com deficiência, 
negras, indígenas, presidiárias e lésbicas, 
além da participação nas discussões e 
atividades sobre saúde da mulher e meio 
ambiente  Nascendo nesse contexto, a 
Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde da Mulher (PNAISM). 
Programa de Humanização no Pré-Natal 
e Nascimento 
 O Programa de Humanização no Pré-
natal e Nascimento foi instituído pelo MS 
através da Portaria/GM nº 569, de 1/06/2000, 
subsidiado nas análises das necessidades de 
atenção específica à gestante, ao recém-
nascido e à mãe no período pós-parto, 
considerando como prioridades: 
 Toda gestante tem direito ao acesso a 
atendimento digno e de qualidade no 
decorrer da gestação, parto e puerpério. 
 Toda gestante tem direito de saber e 
ter assegurado o acesso à maternidade 
em que será atendida no momento do 
parto. 
 Toda gestante tem direito à 
assistência ao parto e ao puerpério e que 
esta seja realizada de forma humanizada e 
segura, de acordo com os princípios gerais 
e condições estabelecidas na prática 
médica. 
 Todo recém-nascido tem direito à 
assistência neonatal de forma humanizada 
e segura. 
 
PRÉ-NATAL 
 
 Realizar a primeira consulta de pré-
natal até o 4º mês de gestação. 
 Realização de, no mínimo, 6 consultas 
de acompanhamento pré-natal. 
 Realização de uma consulta no 
puerpério, até quarenta e dois dias após o 
nascimento. Realização dos seguintes 
exames: ABO – Rh, glicemia de jejum, urina 
tipo 1, VDRL, HB e Ht, TR HIV (com um 
exame na primeira consulta, naqueles 
municípios com população acima de 50 
mil habitantes). Atividades educativas e 
classificação de risco. 
Rede Cegonha 
A Portaria Nº 1459, de 24 de Junho de 
2011, institui no âmbito do SUS, a Rede 
Cegonha como: 
 Uma rede de cuidados que visa 
assegurar à mulher o direito ao 
planejamento reprodutivo e à atenção 
humanizada à gravidez, ao parto e ao 
puerpério, bem como à criança o direito ao 
nascimento seguro e ao crescimento e ao 
desenvolvimento saudáveis. 
 
 
 
 
 
A operacionalização da Rede Cegonha se dá pela execução de 5 fases: 
1. Adesão e diagnóstico. 
2. Desenho Regional da Rede Cegonha. 
3. Contratualização dos Pontos de Atenção. 
4. Qualificação dos componentes. 
5. Certificação. 
Planejamento Reprodutivo 
 É um conjunto de ações de regulação 
da fecundidade para prever e controlar a 
geração/nascimento de filhos. Engloba 
adultos, jovens e adolescentes, com vida 
sexual com e sem parcerias estáveis, bem 
como aqueles e aquelas que se preparam 
para iniciar sua vida sexual. 
 Saúde reprodutiva implica que a 
pessoa possa ter uma vida sexual segura e 
satisfatória. 
 Autonomia. 
 Oferta de informação, acesso e 
escolha a métodos eficientes, seguros, 
permissíveis e aceitáveis. 
 
 
Escolha do método Anticoncepcional 
 A orientação é essencial antes de 
escolher um método anticoncepcional, a 
partir da preferência da mulher, do homem 
ou do casal. Vale lembrar que não existe 
nenhum método 100% eficaz, em que temos 
que verificar os efeitos secundários, a 
disponibilidade, a facilidade de uso, além 
de ajudar na proteção contra IST’s. 
Métodos comportamentais 
 Os métodos comportamentais, 
também conhecidos como métodos de 
abstinência periódica ou de percepção da 
fertilidade ou métodos naturais, são técnicas 
para obter ou evitar a gravidez, mediante a 
identificação do período fértil da mulher. 
 O sucesso dos métodos 
comportamentais depende do 
reconhecimento dos sinais da ovulação 
aproximadamente 14 dias antes do início da 
menstruação) e do período fértil. Possui 
baixa eficácia em uso rotineiro; 
 Desaconselha-se o uso desses métodos 
em mulheres que apresentam longos 
períodos de anovulação, ciclos irregulares 
ou amenorreia, assim como nas 
adolescentes, nos períodos pós-parto, pós-
aborto, durante a amamentação e na 
perimenopausa; 
 Esses métodos também não estão 
indicados em casos onde a mulher tem 
dificuldades de seguir as orientações de uso 
do método e cuja gravidez constitui risco de 
vida; 
 Esses métodos requerem disciplina, 
conhecimento do funcionamento do corpo, 
observação atenta e a cooperação de 
ambos os parceiros. 
 A eficácia depende de seu uso correto 
e da cooperação de ambos os parceiros. 
Não tem efeitos colaterais orgânicos, não 
previnem contra IST e favorecem o 
conhecimento da fisiologia reprodutiva. 
Tabela ou Calendário – Ogino Knaus 
 Esse método se baseia no fato de que 
a duração da segunda fase do ciclo 
menstrual (pós ovulatória ou fase lútea) é 
relativamente constante, com a ovulação 
ocorrendo entre 11 e 16 dias antes do início 
da próxima menstruação. 
 O cálculo do período fértil da mulher é 
feito mediante a análise de seu padrão 
menstrual prévio, durante 6 a 12 meses. 
 Técnica: Verificar a duração (número 
de dias) a cada ciclo, contando desde o 
primeiro dia da menstruação(primeiro dia 
do ciclo) até o dia que antecede a seguinte 
(último dia do ciclo) e verificar o ciclo mais 
curto e o mais longo. 
 
 
Curva Térmica Basal ou de Temperatura 
 Esse método fundamenta-se nas 
alterações da temperatura basal que 
ocorrem na mulher ao longo do ciclo 
menstrual. A temperatura basal corporal é a 
temperatura do corpo em repouso. Antes 
da ovulação, a temperatura basal corporal 
permanece num determinado nível baixo. 
Após a ovulação, se eleva 
ligeiramente (alguns décimos de grau 
centígrado), permanecendo nesse novo 
nível até a próxima menstruação. Esse 
aumento de temperatura é resultado da 
elevação dos níveis de progesterona, que 
tem um efeito termogênico. 
O método permite, portanto, por meio 
da mensuração diária da temperatura 
basal, a determinação da fase infértil pós-
ovulatória. O casal que não deseja 
engravidar deve evitar as relações sexuais 
com penetração vaginal no período de 
quatro a cinco dias antes da data prevista 
da ovulação até o quarto dia da 
temperatura basal alta. 
 
 
Muco Cervical - Billings 
 Esse método baseia-se na identificação 
do período fértil por meio da auto-
observação, com relação às mudanças do 
muco cervical e à sensação de umidade na 
vagina ao longo do ciclo menstrual. O muco 
cervical é uma secreção produzida no colo 
do útero pelo epitélio grandular das criptas 
cervicais, que, por ação hormonal, 
apresenta transformações características 
ao longo do ciclo menstrual, possibilitando 
dessa maneira a identificação do processo 
ovulatório. 
 
 
 
 
 
 
Sintotérmico 
 Esse método baseia-se na combinação 
de múltiplos indicadores da ovulação, com 
a finalidade de determinar o período fértil 
com maior precisão e confiabilidade. Ele 
combina, fundamentalmente com os 
métodos de tabela, do muco cervical, da 
temperatura basal e a observação de sinais 
e sintomas que indicam o período fértil da 
mulher. 
 Os parâmetros subjetivos relacionados 
com a ovulação podem ser, entre outros: 
dor abdominal, sensação de peso nas 
mamas, mamas inchadas ou doloridas, 
variações de humor e/ou da libido. Outros 
sinais e sintomas: enxaqueca, náuseas, 
acne, aumento de apetite, ganho de peso, 
sensação de distensão abdominal, 
sangramento intermenstrual, entre outros. 
Coito interrompido 
 Não é recomendado como único 
método anticoncepcional, em que o 
homem retira o pênis da vagina um pouco 
antes da ejaculação e o sêmen é 
depositado longe dos genitais femininos, 
porém, é um risco. 
Método da lactação e amenorreia 
 A amamentação tem efeito inibidor 
sobre a fertilidade. É um método importante 
de planejamento reprodutivo, pois é 
acessível à maioria das mulheres e, 
efetivamente, contribui para o 
espaçamento entre as gestações. 
 Entre as mulheres que amamentam, a 
possibilidade de retomada das ovulações é 
remota nos primeiros dois meses pós-parto, 
lembrar de associar o LAM com outro 
método anticoncepcional que não interfira 
na amamentação. 
 
Métodos cirúrgicos 
Os métodos cirúrgicos são métodos 
contraceptivos definitivos – esterilização –
que podem ser realizados na mulher, por 
meio da ligadura das trompas (laqueadura 
ou ligadura tubária), e no homem, por meio 
da ligadura dos canais deferentes 
(vasectomia). 
 
 
 
Dispositivo Intrauterino - Diu 
 O dispositivo intrauterino – DIU é um 
objeto pequeno de plástico flexível, em 
forma de T, que mede aproximadamente 31 
mm, ao qual pode ser adicionado cobre ou 
hormônios que, inserido na cavidade 
uterina, exerce função contraceptiva. O DIU 
de cobre afeta os espermatozoides e os 
óvulos de várias maneiras. 
 O DIU estimula a reação inflamatória 
pronunciada ou reação à presença de 
corpos estranhos no útero. Poucos 
espermatozoides chegam às tubas uterinas, 
e os que chegam, com toda probabilidade, 
não são aptos para fertilizar um óvulo. 
 
Métodos de Barreira 
 
 
Métodos Hormonais 
 Os anticoncepcionais hormonais orais, 
também chamados de pílulas 
anticoncepcionais são esteroides utilizados 
isoladamente ou em associação, com a 
finalidade básica de impedir a concepção. 
 Apenas com progesterona  minipílula 
 Anticoncepcional hormonal injetável. 
 
 
 
 
 
 
 
Corrimentos Vaginais 
 
Mucorreia 
 Fisiológico 
 Ausência de inflamação 
 Muco claro e límpido 
 Orientar sobre a fisiologia da vagina 
 
Vaginose Citolítica 
 Ocorre um crescimento excessivo do 
lactobacillus ou citólise de Doderlein. Há 
presença de prurido vaginal, queimação, 
dispareunia, disúria, corrimento branco 
abundante como sintomas presentes. O 
exame de microscopia mostra um número 
aumentado de lactobacilos, escassez de 
leucócitos, citólise e Ph entre 3,5 e 4,5. 
 O tratamento baseia-se pela ducha 
vaginal com bicarbonato para elevar o Ph 
(4 xícaras de água morna com 1-2 colheres 
de bicarbonato – 2x por semana a cada 2 
semanas.  Não é considerada IST. 
Candidíase Vulvovaginal 
Secreção vaginal branca, grumosa aderida 
à parede vaginal e ao colo do útero, 
causada pela Candida spp e Candida 
Albicans (é a mais frequente)  Também 
não é considerada uma IST. 
 Sem odor 
 Prurido vaginal intenso 
 Edema de vulva 
 Hiperemia de mucosa 
 Dispareunia de intróito 
 Ph vaginal < 4,5 
 
 Na microscopia a fresco: presença de 
hifas ou micélios birrefringentes e esporos de 
leveduras. Leucócitos frequentes. Orientar 
medidas higiênicas como o uso de roupas 
íntimas de algodão (para melhorar a 
ventilação e diminuir umidade na região 
vaginal), evitar calças apertadas e retirar 
roupa íntima para dormir. 
 O tratamento de primeira escolha é a 
via vaginal com: 
 Miconazol creme a 2% - um aplicador 
(5g) à noite, ao deitar-se, por 7 dias; 
 Clotrimazol creme a 1% - um aplicador 
(5g) à noite, ao deitar-se, por 7 adias; ou 
óvulos 100 mg – uma aplicação à noite, ao 
deitar-se, dose única; 
 Tioconazol creme a 6% - um aplicador 
à noite, por 7 dias; ou óvulos 300 mg – uma 
aplicação à noite, dose única. 
 Nistatina 100.000 UI – aplicador à noite, 
ao deitar-se, por 14 dias. 
 
 O tratamento via oral deve ser 
reservada para os casos de candidíase 
resiste ao tratamento tópico: 
 Fluconazol, 150 mg, VO, dose única. 
 Itraconazol, 200 mg, VO, a cada 12 
horas, por 1 dia. 
 Para gestantes e nutrizes, o tratamento 
é: 
 Miconazol creme a 2% - um aplicador 
(5g) à noite, ao deitar-se, por 7 dias. 
 Nistatina 100.000 UI – um aplicador à 
noite, ao deitar-se, por 14 dias. 
 Clotrimazol creme a 1% - um aplicador 
(5g) à noite, ao deitar-se, por 7 dias; ou 
óvulos 100 mg – uma aplicação à noite, ao 
deitar-se, dose única. 
 
Obs: Tratar o parceiro SOMENTE se for 
sintomático  Nos demais casos, este 
tratamento traz benefícios. 
Vaginose bacteriana 
 Secreção vaginal acinzentada, 
cremosa, com odor fétido, mais acentuado 
após o coito e durante o período menstrual 
com causa pela Gardnerella vaginalis, 
Mobiluncus sp, bacteroides sp, Mycoplasma 
hominis, Peptococcus e outros anaeróbios. A 
Vaginose bacteriana não tem sintomas 
inflamatórios e não é considerada IST. 
 
 O Ph vaginal é superior a 4,5 com 
liberação de odor fétido com KOH a 10%, 
leucócitos escassos e corrimento 
homogêneo e fino. 
 O tratamento é por via oral com: 
 Metronidazol, 500 mg, VO, a cada 12 
horas, por 7 dias; 
 O tratamento por via intravaginal com: 
 Metronidazol gel vaginal, 100 mg/g, 1 
aplicador (5g), 1x/dia, por 5 dias. 
 Clindamicina creme 2%, 1 aplicador 
(5g), 1x/dia, por 7 dias. 
 
 
 O tratamento das parceiras sexuais não 
está recomendado. Orientar o paciente a 
não fazer uso de bebida alcoólica antes, 
durante e após o tratamento. As puérperas 
e nutrizes seguem o mesmo esquema 
terapêutico das gestantes. O diagnóstico na 
gestação  risco de parto pré-termo. 
 
Infecções Sexualmente Transmissíveis 
Tricomoníase 
 O Trichomonasvaginalis é responsável 
por causar uma secreção vaginal amarelo 
esverdeada, bolhosa e fétida com prurido 
intenso, edema de vulva, dispareunia, colo 
com petéquias, “em framboesa” e disúria. 
 No exame a fresco, presença de 
protozoário móvel e leucócitos abundantes. 
 Ph vaginal > 4,5 
 
 
OBS: Não fazer uso de bebida alcóolica 
antes, durante e após o tratamento, em que 
todos os parceiros devem ser tratados com 
dose única  Atenção: 50% dos casos são 
assintomáticos. 
Gonorreia 
 Causada pela Neisseria Gonorrhoeae 
com tratamento baseado em 
Ciprofloxacina, 500 mg, VO, dose única (não 
recomendada para menores de 18 anos ou 
Ceftriaxona, 500 mg IM, dose única. 
 
 
Clamídia 
 É causada pela Chlamydia 
Trachomatis, em que o tratamento é 
baseado em: 
 Azitromicina, 1g, VO, dose única. 
 Doxicilina, 100 mg, VO, 2x/dia, por 7 a 
10 dias. 
 
 
Úlceras Genitais 
 Representam uma síndrome clínica 
produzida por agentes infecciosos 
sexualmente transmissíveis. Lesões 
ulcerativas erosivas, precedidas ou não por 
pústulas e/ou vesículas, acompanhadas ou 
não de dor, ardor, prurido, drenagem de 
material muco purulento, sangramento e 
linfadenopatia regional. 
 
 
 Sífilis 
 Notificação compulsória 
 Também conhecida como “cancro 
duro”, ocorre após o contato sexual com o 
indivíduo infectado. 
 Infecção bacteriana de caráter 
sistêmico, curável e exclusiva do ser 
humano. 
 É causada pelo T. pallidum, uma 
bactéria Gram-negativa do grupo das 
espiroquetas. 
 
Existem duas classificações para as 
formas clínicas da sífilis adquirida: pelo 
tempo de infecção e por suas 
manifestações clínicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Herpes 
 
HSV – 1 e HSV – 2 provocam lesões em 
qualquer parte do corpo, há predomínio do 
tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas 
lesões periorais. 
 
 Primoinfecção herpética. 
 Surtos recidivantes. 
 Sintomáticos são estimados entre 13% 
e 37%. 
 
 
 
 
 
Cancroide 
 
Afecção de transmissão 
exclusivamente sexual, provocada pelo H. 
ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais, 
em que se denomina também cancro mole, 
cancro venéreo ou cancro de Ducrey, com 
lesões múltiplas ou únicas. 
A borda da lesão é irregular, 
apresentando contornos eritemato-
edematosos e fundo irregular, recoberto por 
exsudato necrótico, amarelado, com odor 
fétido e que, quando removido, revela 
tecido de granulação com sangramento 
fácil. 
O período de incubação é geralmente 
de três a cinco dias, podendo se estender 
por até duas semanas, com o risco de 
infecção em uma relação sexual é de 80%. 
 
 
 
 
Linfogranuloma Venéreo (LGV) 
 
 O LGV é causado pelo C. Trachomatis 
com sorotipos L1, L2 e L3, com a 
manifestação clínica mais comum do LGV é 
a linfadenopatia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Donovanose 
 
 A bactéria K. granulomatis acomete 
preferencialmente pele e mucosas das 
regiões genitais, perianais e inguinais. 
 O quadro clínico inicia-se com 
ulceração de borda plana ou hipertrófica, 
bem delimitada com fundo granuloso, de 
aspecto vermelho vivo e de sangramento 
fácil. 
As lesões costumam ser múltiplas, sendo 
frequente a configuração em “espelho”, em 
bordas cutâneas e/ou mucosas. 
 
 Há predileção pelas regiões de 
dobras e região perianal. 
 A localização extragenital é rara e, 
quase sempre, ocorre a partir de lesões 
genitais ou perigenitais primárias. 
 
 
 
 
HPV – Verrugas Anogenitais 
 
O HPV é um DNA-vírus que pode 
induzir uma grande variedade de lesões 
proliferativas na região anogenital. Existem 
200 tipos de HPV descritos, sendo que 
aproximadamente 40 tipos infectam o trato 
anogenital e pelo menos 20 subtipos estão 
associados ao carcinoma do colo uterino. 
A maioria das infecções são 
assintomáticas ou não aparentes. Outras 
podem apresentar-se sob forma de lesões 
exofíticas, os chamados condilomas 
acuminados, verrugas genitais ou cristas de 
galo. 
 
 
 
 Apresentação latente: ocorre quando 
as pessoas infectadas por HPV não 
desenvolvem qualquer lesão. 
 Apresentação subclínica: a lesão 
subclínica ocorre quando as microlesões 
pelo HPV são diagnosticadas por meio de 
exame de Papanicolau e/ou colposcopia 
(lesões acetobrancas), com ou sem biópsia. 
 
O tratamento irá ocorrer com: Podofilina 
a 10% - 25% (solução); Ácido tricloroacético 
(ATA) a 80% - 90% (solução); 
Eletrocauterização; Crioterapia e Exérese 
Cirúrgica. 
 
 
 
 
Prevenção de Câncer de Mama e de Colo do Útero 
 
 O câncer de mama é o tipo de câncer 
mais comum entre as mulheres no mundo e 
no Brasil, depois do de pele não melanoma, 
respondendo por cerca de 28% dos casos 
novos a cada ano (INCA, 2015). 
 O câncer de mama também 
acomete homens, porém é raro, 
representando apenas 1% do total de casos 
da doença. 
Câncer de Mama 
 As estratégias de detecção precoce 
são: diagnóstico de casos de câncer em 
fase inicial, melhor prognóstico e menor 
morbidade associada ao tratamento. 
 Os programas de saúde visam: 
prevenção primária (visa redução ou 
eliminação dos fatores de risco); prevenção 
secundária (visa identificação precoce do 
câncer ou de lesões precursoras); 
prevenção terciária (visa reabilitação e 
cuidados paliativos) e prevenção 
quaternária (evita ações com benefícios 
incertos para a paciente e a protege de 
ações potencialmente danosas). 
Obs: Não solicitar mamografia de 
rastreamento na população menor de 50 
anos e maior de 70 anos ou com 
periodicidade menor de dois anos. 
 No Brasil, a mamografia é o método 
preconizado para rastreamento na rotina 
da atenção integral à saúde da mulher. A 
mamografia é o único exame cuja 
aplicação em programas de rastreamento 
apresenta eficácia comprovada na 
redução da mortalidade do câncer de 
mama. 
Rastreamento com mamografia 
 A mamografia de rotina é a cada 2 
anos em mulheres de 50 anos a 69 anos, em 
que proximadamente 5% dos casos de 
câncer de mama ocorrem em mulheres 
com alto risco para desenvolvimento dessa 
neoplasia. 
 Ainda não existem ensaios clínicos que 
tenham identificado estratégias de 
rastreamento diferenciadas e eficazes para 
redução de mortalidade neste subgrupo. 
 Portanto, recomenda-se 
acompanhamento individualizado e de 
forma clínica para essas mulheres. 
 Os fatores de risco (gerais) para o 
câncer de mama incluem: Envelhecimento 
(> 50 anos); Fatores relacionados à vida 
reprodutiva da mulher (menarca precoce, 
nuliparidade ou primeira gravidez após os 
30 anos); uso de álcool e tabaco; excesso 
de peso e sedentarismo; exposição à 
radiação ionizante e terapia de reposição 
hormonal (estrogênio-progesterona). 
 Risco elevado de câncer de mama 
inclui: História familiar de câncer de mama 
em parente de primeiro grau antes dos 50 
anos ou de câncer bilateral ou de ovário 
em qualquer idade; História familiar de 
câncer de mama masculino e Diagnóstico 
histopatológico de lesão mamária. 
Rastreamento com autoexame 
 O autoexame das mamas, que foi 
muito estimulado no passado, não provou 
ser benéfico para a detecção precoce de 
tumores. 
 Portanto, não deve ser orientado para o 
reconhecimento de lesões, embora possa 
ser recomendado para que a mulher tenha 
conhecimento de seu próprio corpo. 
 
Fluxograma de atendimento na UBS 
 
 
 
Interpretação de Mamografia e Eco 
 
 
Tratamento 
 As modalidades terapêuticas para o 
tratamento do câncer de mama são 
cirurgias oncológicas, quimioterapia, 
hormonioterapia e radioterapia. 
Câncer de Colo do Útero 
 No Brasil, o câncer de colo do útero, 
também chamado de câncer cervical, é o 
quarto tipo de câncer mais comum entre as 
mulheres. Com exceção do câncer de 
pele, esse tumor é o que apresenta maior 
potencial de prevençãoe cura quando 
diagnosticado precocemente. 
 Estima-se que 12% a 20% das brasileiras 
entre 25 e 64 anos nunca realizaram o 
exame citopatológico, que é a principal 
estratégia de rastreamento do câncer de 
colo do útero e de suas lesões precursoras. 
 O rastreamento deve ser realizado a 
partir de 25 anos em todas as mulheres que 
iniciaram atividade sexual, a cada três 
anos, se os dois primeiros exames anuais 
forem normais. Os exames devem seguir até 
os 64 anos de idade. 
Consulta de Enfermagem Direcionada 
 Acolhimento com escuta qualificada 
(equipe multiprofissional). 
 Avaliação geral (enfermeiro/médico) – 
idade, verificar a realização prévia de 
exame citopatológico (data do último 
exame e a ocorrência de exames 
anormais, questionar sobre a realização 
de exames intravaginais, uso de 
lubrificantes, espermicidas ou 
medicamentos vaginais, histórico de 
relações sexuais com preservativo nas 
48 horas anteriores ao exame 
citopatológico, antecedentes pessoais 
obestétricos, presença de queixas 
relacionadas a corrimentos vaginais 
(tricomoníase – atenção), dispaurenia e 
sangramentos vaginais pós-coito ou 
anormais. 
 
 
 Exame físico específico: mamas 
(queixas), inspeção dos órgãos genitais, 
exame especular. 
 Preparo para a coleta da amostra 
 Exame do colo uterino 
 Exame do canal vaginal 
Obs: a coleta de citopatológico pode ser 
realizada por técnicos devidamente 
treinados, visando ampliar o acesso da 
população alvo ao exame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casos diferenciados 
 As mulheres com história de lesões pré-
neoplásicas retornam ao rastreio trienal ao 
apresentarem dois exames de controle 
citológicos semestrais normais após 
tratamento das lesões precursoras na 
unidade de referência. 
 Para mulher com mais 64 anos de idade 
e que nunca realizaram o exame 
citopatológico, deve-se realizar dois 
exames com intervalo de um a três anos. Se 
ambos os exames foram negativos, elas 
podem ser dispensados de exames 
adicionais. 
 Não há indicação para rastreamento 
do câncer de colo do útero e seus 
precursores no caso de mulheres sem vida 
sexual ativa. Gestantes sem exames 
anteriores devem ser submetidas ao exame 
(literaturas oferecem conflitos de opiniões) – 
avaliar benefício da coleta. 
 Mulheres no climatério e em pós-
menopausa devem ser rastreadas de 
acordo com as orientações para as demais 
mulheres. Em caso de histerectomia 
subtotal (com permanência do colo do 
útero), deve seguir a rotina de tratamento. 
 Em caso de histerectomia total: não se 
faz rastreamento, pois a possibilidade de 
encontrar lesão é desprezível.  se a 
histerectomia foi realizada como 
tratamento de câncer de colo do útero ou 
lesão precursora. 
Imunossuprimidas 
 É parte deste grupo: mulheres 
infectadas pelo vírus HIV, imunossuprimidas 
por transplantes de órgãos sólidos, em 
tratamentos de câncer e em uso crônico de 
corticoesteróides. 
 - O exame citopatológico deve ser 
realizado após o incício da atividade 
sexual, com intervalos semestrais no 
primeiro ano e, se normais, manter 
seguimento anual enquanto se mantiver o 
fator de imunossupressão. 
 - Em mulheres HIV positivas com CD4 
abaixo de 200 células/mm3, deve ser 
priorizada a correção dos níveis de CD4 e, 
enquanto isso, deve ter o rastreamento 
citológico a cada seis meses. 
Ressecamento vaginal ou colpite atrófica 
 São comuns no período do climatério, só 
demandando tratamento se houverem 
queixas como secura vaginal ou 
dispareunia, dificuldades na coleta do 
exame ou prejuízo da amostra pela atrofia. 
 O tratamento pode ser realizado pela 
administração de creme de estriol 0,1% por 
um a três meses (Enfermeiro/médico). 
Vaginismo 
 Caracteriza-se pela contração 
involuntária dos músculos próximos à vagina 
antes da penetração e que pode impedir a 
realização do exame, pela limitação à 
introdução do espéculo. Caso isso 
aconteça, recomenda-se evitar o exame 
naquele momento para não provocar 
desconforto ou mesmo lesões à mulher. 
 
 
É necessário realizar orientações referentes 
ao retorno e orientações gerais em saúde 
(oferecer testes rápidos). 
 
Resultado do Papanicolau 
 
 
Climatério e Menopausa 
 
 O climatério corresponde à transição 
da mulher do ciclo reprodutivo para o não 
reprodutivo, ocorrendo habitualmente entre 
os 40 e 65 anos. As mudanças durante esse 
período podem ser: psicossociais, de ordem 
afetiva, sexuais, familiares e ocupacionais. 
 A menopausa, marco do período do 
climatério é a interrupção permanente da 
menstruação, em que o diagnóstico é feito 
de forma retroativa, após 12 meses 
consecutivos de amenorreia, ocorrendo 
geralmente entre os 48 e 50 anos de idade 
e pode ocorrer de forma precoce antes dos 
40 anos. 
 A confirmação do climatério e da 
menopausa é de forma clínica, sendo 
desnecessárias dosagens hormonais. As 
principais alterações transitórias são: 
 Menstruais: O intervalo entre as 
menstruações pode diminuir ou pode 
estar aumentado, em que as 
menstruações podem ser abundantes e 
com maior duração. 
 Neurogênicas: Ondas de calor 
(fogachos), sudorese, calafrios, 
palpitações, cefaleia, tonturas, 
parestesias, insônia, perda da memória e 
fadiga. 
 Psicogênicas: Diminuição da 
autoestima, irritabilidade, labilidade 
afetiva, sintomas depressivos, 
dificuldade de concentração e 
memória, dificuldades sexuais e insônia. 
 
As principais alterações não transitórias 
são: 
 
 Urogenitais: Mucosa mais delgada, 
propiciando prolapsos genitais, 
ressecamento e sangramento vaginal, 
dispareunia, disúria, aumento da 
frequência e urgência miccional. 
 Metabolismo lipídico: A mudança dos 
níveis de estrogênio na pós-menopausa 
é considerada como fator relevante na 
Etiopatogenia da doença 
cardiovascular e das doenças 
cerebrovasculares isquêmicas. 
 Metabolismo ósseo: Há mudanças no 
metabolismo ósseo, variáveis de acordo 
com características genéticas, 
composição corporal, estilo de vida, 
hábitos (tabagismo e sedentarismo) e 
comorbidades. 
 Ganho de peso e modificação no 
padrão de distribuição de gordura 
corporal: Tendência ao acúmulo de 
gordura na região abdominal (padrão 
androide). 
 
 
 
 
 
 
Abordagem integral e não farmacológica 
 
 
Abordagem Farmacológica 
 
Educação em Saúde 
 Ressignificação do climatério; 
Ressignificação dessa fase da vida, que 
pode ser saudável, produtiva e feliz; Queixas 
do climatério; Exercícios da musculatura 
perineal; Alimentação saudável; 
Manutenção do peso normal e Prática de 
atividade física (150 minutos de atividade 
aeróbica de intensidade moderada); 
 Alterações e medidas de promoção à 
saúde bucal; Doenças sexualmente 
transmissíveis, HIV, Hepatites; Transtornos 
psicossociais; Prevenção primária da 
osteoporose e prevenção de quedas 
(orientar dieta rica em cálcio – 1.200 mg/dia 
e vitamina D – 800 a 1.000 mg/dia) e 
aconselhar exposição solar antes das 10h e 
após as 16h. 
 A suplementação de cálcio e vitamina D 
só está recomendada se não houver aporte 
dietético adequado destes elementos e/ou 
exposição à luz solar; recomendar exercícios 
físicos regulares para fortalecimento 
muscular e ósseo, melhora do equilíbrio e da 
flexibilidade. 
 Aconselhar a cessação do tabagismo e 
a redução do consumo de bebidas 
alcóolicas e de cafeína; avaliar fatores de 
risco para quedas (ambiência doméstica, 
uso de psicotrópicos, dosagem de 
medicamentos anti-hipertensivos, distúrbios 
visuais e auditivos). 
Fitoterápicos que podem ser usados 
 
 
 
 
 
Ciclo Menstrual e Gestacional 
Ovário Humano 
 
 Liberação de folículos humanos; 
Produção de hormônios (estrogênio e 
progesterona). 
Ovogênese 
 A Fase diferenciada ocorre entre 6 e 8 
semanas gestacionais multiplicação de 
folículos. De 6 a 7 milhões de folículos estarão 
formados por volta de 18 a 20 semanas de 
gestação  Por divisão mitótica há a 
formação do folículo primordial (ainda na 
vida uterina). 
 Os folículos primordiais começam na 
primeira divisão da meiose e permanecem 
em prófase até a adolescência da mulher, 
sendo rodeados por uma camada única de 
células da granulosa. 
 
 Na puberdade, cada ovário possui de 
300 a 500 mil folículos. Durante os 35 a 40 
anos da vida reprodutiva, 400 a 500 folículos 
serão selecionados para ovulação e 
formação do corpo lúteo. 
Menstruação 
 Cada ciclo tem início no primeiro dia 
da menstruação e termina na véspera do 
primeiro dia de uma nova menstruação, 
durando em média 28 dias, mas pode ser 
mais curto ou mais longo sem qualquer 
prejuízo no seu correto funcionamento (25 a 
35 dias). 
 O sistema nervoso central possui uma 
participação ativa, em que o hipotálamo 
produz hormônios inibidores e estimuladores: 
 GnRH: Liberador de FSH e LH. 
 Dopamina: Inibidor de GnRH e 
Prolactina. 
 A hipófise lateral produz o hormônio 
folículo estimulante e o hormônio 
luteinizante (FSH e LH), sendo responsável 
pela estimulação pulsátil do GnRH. Os 
folículos irão liberar pelas células granulosas: 
estradiol e progesterona. 
 
 Entre os 9 e os 12 anos, a hipófise 
anterior aumenta progressivamente a 
liberação de FSH e LH  Menarca. 
 
 A menstruação possui três fases: Fase 
folicular, fase ovulatória e fase lútea. 
Fase Ovulatória 
 Os folículos primordiais (lembrando que 
eles pararam a divisão na vida uterina 
durante a meiose 1 e recomeçam na 
puberdade) são preparados para a 
ovulação. Quando uma menina nasce, 
cada folículo está revestido por uma 
camada de células granulosas – folículo 
primordial. 
 Na puberdade, com a liberação de 
FSH e LH, ovários e folículos começam a 
crescer. O primeiro estágio de crescimento 
envolve um aumento do folículo em cerca 
de 3x  Começam a crescer outras 
camadas de células da granulosa – folículo 
primário. 
 O aumento do FSH nos primeiros dias do 
ciclo menstrual é ligeiramente maior do que 
o de LH, em que o FSH (especialmente) 
causa o crescimento de 6 a 12 folículos 
primários por mês. 
 Células fusiformes derivadas do 
interstício ovariano se agrupam em várias 
camadas fora das células granulosas para 
formar a teca.  Duas camadas – teca 
interna (estrogênio e progesterona) e teca 
externa (cápsula do folículo altamente 
vascularizada). 
 Depois da fase proliferativa inicial a 
massa de células granulosas secreta um 
líquido folicular que contém grande 
quantidade de estrogênio. O acúmulo de 
líquido folicular leva ao aparecimento de 
um antro dentro da massa de células 
granulosas, em que o crescimento inicial do 
folículo até a fase antral é estimulado 
principalmente pelo FSH. 
 
Folículo primordial  Folículo primário  
Folículo antral 
 O Estrogênio (líquido folicular e teca 
interna) aumenta os receptores de FSH 
(feedback positivo). O FSH e estrogênio se 
combinam para aumentar os receptores de 
LH nas células granulosas e com o aumento 
do LH há estimulação das células tecais  O 
folículo chega então a 1 – 1,5 cm é 
chamado de folículo maduro. 
Folículo primordial  Folículo primário  
Folículo antral  Folículo maduro 
 Ovulação 
 O Pico de LH (lembrando que seus 
receptores aumentaram na combinação de 
estrogênio e FSH. O LH age nas células tecais 
e granulosas fazendo com as mesmas 
passem a secretar progesterona. 
 Com o aumento da progesterona 
ocorre: Teca externa começa a liberar 
enzimas proteolíticas que causam 
dissolução da parede capsular; Há um 
crescimento de novos vasos sanguíneos na 
parede folicular e liberação de 
prostaglandinas que fazem a dilatação do 
folículo  Dissolução da parede folicular + 
dilatação = rompe o folículo e libera o 
ovócito II  De onde vem esse ovócito II? 
 
Fase Lútea 
 Durante as primeiras horas depois da 
expulsão do ovócito II, as células tecais 
internas e granulosas do folículo mudam 
para células luteínicas (dependência do 
LH). As células luteínicas amareladas são 
chamadas de corpo lúteo. 
 É realizada uma ecografia de 12 semanas (translucência nucal) – ver se tem osso nasal e 
prega da nuca – máximo de 3mm, em que o suprimento vascular desenvolvido cresce no corpo 
lúteo. O corpo lúteo começa a produzir inibina, estrogênio e progesterona (em maior 
quantidade). 12 dias após a ovulação (Sem fecundação), o corpo lúteo involui e se transforma 
em corpus Albicans (ação da inibina na hipófise anterior. Com a involução do corpo lúteo, a 
quantidade de progesterona, inibina e estrogênio começam a cair e o efeito na hipófise 
anterior e ela começa a secretar novamente FSH e LH – Novo ciclo. 
 
 
Fecundação e Desenvolvimento Embrionário 
 
https://www.youtube.com/watch?v=n68ZHH1HMdg 
 Contato de um espermatozoide e um 
ovócito secundário. 
 Fusão dos núcleos do espermatozoide 
e do ovócito II que continua a se multiplicar, 
se transformando em óvulo. 
 
 
 
https://meet.google.com/linkredirect?authuser=0&dest=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Dn68ZHH1HMdg
http://www.youtube.com/watch?v=ze5BInMYAtw
Desenvolvimento do Embrião 
 Ao final da quarta semana, o saco 
coriônico apresenta cerca de 2 a 3 cm de 
diâmetro e o embrião tem cerca de 4 a 5mm de 
comprimento. 
 Ao final da sexta semana, o embrião 
tem de 22 a 24 mm de comprimento, a 
cabeça é relativamente volumosa quando 
comparada ao tronco e o coração está 
completamente formado. 
 
 Ao final da décima segunda semana 
de gestação (idade menstrual), o 
comprimento cabeça-nádegas do feto é 
de 6 a 7 cm. Os centros de ossificação estão 
presentes, os dedos das mãos e dos pés 
tornam-se diferenciados e o feto apresenta 
movimentos espontâneos. 
 O final do período embrionário e o início 
do período fetal ocorrem 8 semanas após a 
fertilização, ou seja, 10 semanas após a 
DUM. Observa-se que o feto apresenta 
comprimento ao redor de 4 cm. 
 Ao final da décima sexta semana, o feto 
atinge o comprimento de 12 cm e peso de 110 
g. O gênero fetal pode ser corretamente 
identificado pela genitália externa. 
 
 
 A vigésima semana marca a metade 
da gravidez. O feto apresenta peso de 
aproximadamente 300 g e o ganho de peso 
adquire característica de crescimento 
linear, além da pele fetal se tornar menos 
transparente e uma leve lanugem recobre o 
corpo. 
 
 Na vigésima quarta semana, o peso 
fetal é de aproximadamente 630 g, a pele é 
caracteristicamente enrugada e inicia-se a 
formação de depósitos de gordura e a 
cabeça ainda é relativamente grande. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=NkBzMjd2Ec8
 Na vigésima oitava semana, o 
comprimento cabeça-nádegas é de 
aproximadamente 25 cm e o peso fetal está 
em torno de 1.100 g, a pele é avermelhada, 
coberta com vérnix. 
 
 Ao final da trigésima segunda semana, 
o feto tem cerca de 28 cm, com peso ao 
redor de 1.800 g, a pele continua 
avermelhada e enrugada. Com 36 semanas 
de gestação, o peso do feto está em torno de 
2.500 g e ele apresenta depósito de gordura no 
subcutâneo, o que faz com que a pele fique 
menos enrugada. 
 
 Com 40 semanas, o feto está 
completamente desenvolvido e com peso 
ao redor de 3.400 g.  Já estou pronto para 
nascer? 
Sistema Respiratório 
 A maturação pulmonar ocorre, em 
geral, ao redor da trigésima quinta semana 
de gestação, mas a partir de 24 semanas o 
feto apresenta estruturas pulmonares 
capazes de realizar trocas gasosas, 
possibilitando a sobrevivência do recém-
nascido prematuro extremo. 
 Os movimentos respiratórios fetais são 
observados no desenvolvimento normal do 
produto conceptual. Iniciam-se a partir da 
décima primeira semana e são observados 
até o termo, tratando-se de movimentos 
torácicos fetais, pois não exercem função 
respiratória. 
SistemaDigestório 
 O intestino primitivo se forma durante a 
quarta semana, quando a parte dorsal da 
vesícula vitelínica é incorporada ao 
embrião. A deglutição fetal inicia-se entre a 
décima e a décima segunda semanas de 
gestação, período em que o intestino 
delgado adquire discreto peristaltismo e é 
capaz de transportar a glicose ativamente, 
onde a maior parte da água do "fluido 
deglutido é absorvida. 
Aparelho Urogenital 
 Com 14 semanas, a alça de Henle já 
funciona e inicia-se a reabsorção tubular. Os 
novos néfrons continuam a se formar até 36 
semanas de gestação. Apesar de haver 
produção de urina pelo feto, é limitada a 
capacidade do rim fetal em concentrar a 
urina. 
Sistema Nervoso Central 
 A indução dorsal é a primeira etapa de 
desenvolvimento e se caracteriza por dois 
grandes eventos: a neurulação e a formação da 
porção caudal do tubo neural. A neurulação 
ocorre entre a terceira e a quarta semanas e 
consiste na formação do tubo neural. O tubo 
neural propriamente dito dará origem ao 
sistema nervoso central: o encéfalo e a medula 
espinhal. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=x5rmZxsF8Hg
Modificações Gravídicas e Pré-Natal 
Definições 
 Obstetrícia é a especialidade médica 
direcionada à gestação desde a 
fecundação até o puerpério (pós-parto). 
 Gravidez: da concepção ao trabalho 
de parto. 
 Termo: entre 37 semanas a 41 semanas 
e 6 dias. 
 Parto: período durante o qual o bebê e 
a placenta são expelidos do corpo da mãe. 
 Pós-parto (puerpério): período no qual 
os órgãos de reprodução restauram suas 
condições originais, com adaptação do 
corpo materno para a amamentação. 
Sinais de presunção de gravidez 
 Atraso menstrual 
 Manifestações clínicas (náuseas, 
vômitos, tonturas, salivação excessiva, 
mudança de apetite, aumento da 
frequência urinária e sonolência). 
 Modificações anatômicas (aumento 
do volume das mamas, hipersensibilidade 
nos mamilos, tubérculos de Montgomery, 
saída de colostro pelo mamilo, coloração 
violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, 
aumento do volume abdominal). 
Sinais de probabilidade 
 Teste de gravidez positivo (sangue) – 
oitavo ou nono dia após a fertilização. 
 Teste de urina positivo. 
 Contrações de Braxton Hicks 
 Paredes vaginais aumentadas (com 
aumento da vascularização pode-se 
observar pulsação da artéria vaginal nos 
fundos de sacos laterais). 
 Falsos positivos: aumento do LH 
hipofisário, uso de anticonvulsionantes, 
antidepressivos e proteinúria. 
Sinais de certeza 
 Percepção e palpação das partes 
fetais. 
 Presença de batimentos fetais (BCF), 
que são detectados pelo sonar a partir de 12 
semanas e pelo Pinard a partir de 20 
semanas. 
 Percepção dos movimentos fetais (de 
18 a 20 semanas). 
 Ultrassonografia: o saco gestacional 
pode ser observado por via transvaginal 
com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a 
atividade cardíaca é a primeira 
manifestação do embrião com 6 semanas 
gestacionais. 
 
 
Modificações Gerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré – Natal 
 
 Mínimo de 6 consultas (médicas e de 
enfermagem intercaladas). 
 Mensais de até a 28º semana. 
 Quinzenais da 28º semana a 36º 
semana. 
 Semanais da 36º até 41º semana. 
Importante! 
 
Na SES fazemos os exames de rotina: vdrl, 
hep b, c e hiv. 
 
 
 
 Histórico: Na primeira consulta, deve-se 
pesquisar os aspectos 
socioepidemiológicos, os antecedentes 
familiares, os antecedentes pessoais graves, 
ginecológicos e obstétricos, além da 
situação da gravidez atual  DUM, 
regularidade dos ciclos, uso de 
anticoncepcionais, paridade, 
intercorrências clinicas/obstétricas e 
cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ecografia até 13 semanas 
 
 
 29 semanas e 6 dias 
 
9 semanas e 5 dias 
5 semanas 
19 semanas e 1 dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
No MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de parto e parto vaginal 
 
https://www.youtube.com/watch?v=d0_PmflsaL4 
Bacia Obstétrica 
 
 
Durante o parto, o cóccix faz retro pulsão. 
 
Apresentação Fetal 
 A apresentação é a parte fetal que 
está em contato com o estreito superior da 
bacia. São três: cefálica, pélvica e córmica. 
 
https://meet.google.com/linkredirect?authuser=0&dest=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Dd0_PmflsaL4
 
 
 
A – Posição correta de flexão e os outros graus de deflexão 
Apresentações cefálicas defletidas 
 1º grau ou bregmática: atitude instável, 
pode fletir ou defletir. 
 2º grau ou de fronte: toca-se o osso 
nasal. Não nasce. 
 3º grau ou de face: toca-se o mento, o 
PN é possível, porém muito difícil. 
 
 
 
 
Situação Fetal 
Situação é a relação entre o maior eixo fetal 
(que é o eixo longitudinal do feto) com 
maior eixo uterino (que também é 
logintudinal). São três: oblíqua, longitudinal e 
transversa. 
 
Posição Fetal 
 É a relação do dorso fetal com o lado 
materno: Dorso fetal à esquerda ou à direita. 
 
Frequência Cardíaca Fetal 
 A FCF basal é a registrada entre os 
episódios de estimulação fetal ou 
contrações uterinas, em que a faixa normal 
de variação fica entre 120 e 160 bpm (110 – 
160 MS/2016).  Alterações durando mais 
de 15 minutos são consideradas alterações 
do valor basal. 
 Sonar 
Descida da apresentação 
 
Trabalho de parto 
 O trabalho de parto é a combinação 
de fatores como: 
 Aumento dos receptores de ocitocina. 
 Declínio da progesterona e elevação 
do estrogênio (aumento da contração). 
 Liberação de ACTH (acetilcolina) pela 
hipófise fetal  Glândulas adrenais fetais  
cortisol  Estimulam a placenta a secretar 
prostaglandinas  Contração da 
musculatura lisa. 
 O nível de relaxina aumenta ao 
máximo antes do parto e depois cai 
rapidamente. 
Fase latente 
 Descida do fundo uterino. 
 Falso trabalho de parto. 
 Tampão mucoso pode sair entre 24 e 48 
horas antes do TP ou durante o TP. 
 Contrações irregulares até 3 cm de 
dilatação. 
 Tampão 
Fase Ativa 
 Duas ou três contrações em dez 
minutos. 
 Modificações do colo uterino. 
 Toque a cada 4 horas e ouvir os BF a 
cada 30 minutos. 
 
Mecanismos do parto 
 Insinuação ou encaixamento: É a 
passagem da maior circunferência da 
apresentação fetal, através do estreito 
superior, em que a cabeça penetra na 
pelve no seu maior diâmetro. 
 Descida seguida de flexão: O feto vai 
descendo e rodando, começando com a 
insinuação e geralmente ocorre 
concomitantemente ao terceiro 
mecanismo. 
 Rotação interna: O occipto posiciona-
se na direção do pube ou do sacro. 
 
 Extensão: Cabeça forçada contra o 
períneo, ocorre o desprendimento do polo 
cefálico em Occiptopubi ou occiptosacro. 
 Rotação externa: Os ombros antes em 
posição transversa rodam para uma 
posição ântero-posterior. 
 Expulsão: Depois do nascimento dos 
ombros, o restante do corpo é rapidamente 
expulso. 
https://www.youtube.com/watch?v=jAtqgV9Ovjc 
Fases Clínicas do parto 
 Dilatação. 
 Expulsão. 
 Dequitação. 
 Período de Geemberg. 
Dilatação 
 Inicia-se com a instalação das 
contrações regulares que induzem 
modificações importantes no colo uterino (4 
cm): 
1. Apagamento: Incorporação do canal 
cervical ao segmento inferior do corpo 
uterino. 
2. Dilatação: Aumento da 
circunferência do colo uterino que 
promovem a cervicodilatação ativa e 
termina com a dilatação completa do colo 
(10 cm). 
3. Nas primíparas, o colo primeiro se 
esvaece para depois dilatar-se. 
4. Nas multíparas, o esvaecimento e a 
dilatação são concomitantes. 
Expulsão 
 Inicia-se com dilatação completa do 
colo e termina com saída do feto. 
 Na fase de expulsão, as contrações 
uterinas são cada vez mais intensas e 
frequentes com intervalos cada vez 
menores, até atingirem 5 contrações a cada 
10 minutos. 
 
Dequitação 
 Caracteriza-sepelo descolamento, 
descida e expulsão ou desprendimento da 
placenta e seus anexos para fora das vias 
vaginais. 
 2 mecanismos de Descolamento de 
Placenta: - Baudelocque – Scultze e 
Baudelocque – Duncan. 
 Scultze 
https://www.youtube.com/watch?v=jAtqgV9Ovjc
 
Duncan 
Período de Greenberg 
 Quarto período – primeira hora após a 
dequitação. 
 Miotamponagem – contração dos 
vasos da musculatura uterina. 
 Trombotamponagem – processo de 
coagulação sanguínea. 
 Globo de segurança de Pinard. 
 Loquiação – sangue depois que o bebê 
sai 
Lóquios sanguinolentos, serosanguinolentos 
e serosos. 
 
 
 
Emergências Obstétricas 
Distócias no processo parturitivo 
Maternas 
 Distócia pélvica (óssea); Distócia 
funcional (contração uterina e musculatura 
auxiliar). 
 Distócia de partes moles: Varizes, 
prolapso, atresia e edema de colo, 
condilomas, mioma vulvar, bartholinite, 
fístulas e etc; Posição corporal e respostas 
psíquicas (experiências, cultura e etc). 
Polissistolia 
 Aumento da frequência das 
contrações uterinas acima de 5 em 10 
minutos  Daí decorre a hipertonia uterina. 
 Drogas uterolíticas; Rotura das 
membranas. 
Feto-anexiais 
 Fetais (tamanho, número, 
apresentação, situação, anomalias). 
 Anexos (posição e implantação da 
placenta, infecção, prolapsos e procúbitos 
de cordão umbilical). 
 
Distocias de Cordão 
 
 Normal: 50 a 60 cm; Curto: 20 cm ou 
menos; Longo: Maior do que 80 cm. 
 Circulares, prolapso, fase expulsiva 
prolongada, rotura do cordão, desinserção 
do cordão no nível da placenta, DPP, 
inversão uterina incompleta e nós do 
cordão. 
 
 Prolapso de Cordão 
 O prolapso de cordão ocorre quando 
o cordão umbilical (PCU) se projeta ao lado 
(prolapso oculto) ou além lado (prolapso 
oculto) ou além da apresentação fetal pelo 
orifício cervical (prolapso manifesto), 
podendo estar presente na vagina ou além 
desta. 
 
 
 É uma condição que ameaça a vida 
do feto, pois ele pode comprimir o cordão 
umbilical comprometendo seu próprio 
aporte sanguíneo. 
 O primeiro sinal do PCU é bradicardia 
fetal prolongada de início abrupto. É 
importante realizar a auscultado BCF 
regularmente e sempre que ocorrer rotura 
da bolsa. 
 A ocorrência de PCU exige 
abordagem de emergência e realização de 
uma cesariana o mais rápido possível. 
 
 Condutas: 
1. Descompressão do cordão Os 
dedos indicador e médio do examinador 
são mantidos dentro da vagina da 
paciente, elevando-se o polo cefálico, com 
o objetivo de aliviar a compressão sobre o 
cordão. 
 
2. Enchimento vesical: a paciente 
é colocada na posição de Trendelenburg e 
sua bexiga rapidamente preenchida com 
500 a 700mL de soro fisiológico, utilizando-se 
para isso um cateter de Foley. A distensão 
vesical eleva a apresentação e alivia a 
compressão, evitando assim a necessidade 
de descompressão digital prolongada.  O 
enchimento vesical é uma técnica útil, 
especialmente quando não é possível a 
realização de uma cesariana em caráter 
emergencial. 
 
Distócia de ombro – lesão do plexo braquial 
 
 O plexo braquial é a estrutura a partir 
do qual têm origem os nervos dos membros 
superiores. 
 Ele é formado pela união dos ramos 
ventrais dos quatro nervos cervicais inferiores 
(C5, C6, C7 e C8) e pela maior parte ventral 
do primeiro nervo torácico (T1) e 
contribuições do quarto nervo cervical (C4) 
e segundo torácico (T2). 
 A tração aplicada a cabeça durante 
desprendimento do ombro, ocasiona o 
estirando das raízes nervosas. 
 
Distócia de ombro – lesão do plexo braquial 
 
 
 
 Manobra de MC ROBERTS: Consiste na 
hiperflexão e abdução das coxas, com 
consequente rotação cefálica da sínfise 
púbica e retificação da lordose lombar, 
liberando-se o ombro impactado. 
 
 
 Manobra de Jaquemier: Após 
suspender o polo cefálico, introduz-se a mão 
pela concavidade do sacro, apreende-se o 
antebraço e, por deslizamento, este é 
retirado pela face anterior do tórax, em 
seguida abaixa-se o tronco, que liberará o 
ombro anterior. 
 
 
 Manobra de Woods: Girar o tronco em 
180º, em sentido horário. Após o ombro 
posterior ser liberado, roda-se o tronco em 
sentido horário, 180º, soltando-se o outro 
ombro. 
 
 
 Manobra de Gaskin: A posição é útil 
para facilitar a rotação do bebê, podendo 
reverter o ombro impactado. 
 
Parto Pélvico: Manobras 
 
 
 Manobra oscilatória de Deventer-
Müller: Deve-se elevar o feto e tentar 
desprender primeiro o ombro posterior pela 
elevação do feto com movimentos 
alternados de abaixamento e elevação do 
tronco fetal. 
 
Manobra de Mauriceau 
 
Apresentação pélvica – Cabeça derradeira 
 
Partograma 
 
Identificação de Distocias 
 
 Dinâmica uterina. 
 BCF. 
 Apagamento do colo. 
 Dilatação em cm: Δ 
 Plano de Lee: О 
 Variedades de posições. 
 Condições das membranas e 
aspectos do líquido amniótico (BI – bolsa 
íntegra; BRALCG – bolsa rota artificial líquido 
claro com grumos; BRELCG – bolsa rota 
espontânea, ou Mecônio +/4+, ++/4+). 
 Em caso de dúvidas do início da fase 
ativa, aguarda-se 1 hora e realiza-se novo 
toque, se a velocidade de dilatação for 
1cm/hora, verificada em 2 toques 
sucessivos, caracteriza-se fase ativa do 
trabalho de parto. 
 
 
 
 
 
 Quando a evolução do parto se 
afasta à direita da linha de alerta sugere-se 
um parto disfuncional, fazendo-se 
necessário intervenções para correção de 
distocias, não sendo necessariamente 
conduta cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
Condutas no Partograma 
 
 Dieta. 
 Banho morno. 
 Deambulação e posições verticais ou 
laterais  Em repouso: decúbito lateral 
esquerdo. 
 Massagem lombar e balanço pélvico. 
 Amniotomia. 
 Medicações. 
 Analgesia. 
 Oxitocina. 
 CTG. 
Síndromes Hemorrágicas
Entre 10 a 15% das gestações 
apresentam hemorragias e podem 
representar complicação gestacional ou 
agravos ginecológicos concomitantes com 
o período gravídico. 
Classificação 
Na primeira metade da gestação: 
Abortamento, gravidez ectópica, neoplasia 
trofoblástica gestacional benigna (mola 
hidatiforme) e descolamento 
corioamniótico. 
Na segunda metade da gestação: 
placenta prévia, descolamento prematuro 
da placenta, rotura uterina e vasa prévia. 
Abortamento 
Conceitua-se como abortamento a 
interrupção da gravidez ocorrida antes da 
22ª semana de gestação. O produto da 
concepção eliminado no processo de 
abortamento é chamado aborto. O 
abortamento pode ser precoce, quando 
ocorre até a 13ª semana e tardio, quando 
entre 13ª e 22ª semanas. 
Pode ser classificado de várias formas: 
• Abortamento espontâneo: é a perda 
involuntária da gestação. 
• Ameaça de abortamento: é a 
ocorrência de sangramento uterino com a 
cérvix fechada sem eliminação de tecidos 
ovulares. 
• Abortamento completo: quando a 
totalidade do conteúdo uterino foi 
eliminada. 
• Abortamento incompleto: quando 
apenas parte do conteúdo uterino foi 
eliminado. 
• Abortamento inevitável: quando há 
sangramento e dilatação cervical, mas 
ainda não ocorreu eliminação de conteúdo 
uterino. 
• Abortamento retido: quando ocorre a 
morte do embrião ou feto e o mesmo 
permanece a cavidade uterina, sem ser 
eliminado. De uma maneira geral o colo se 
encontra fechado, podendo ocorrer leve 
sangramento. 
• Abortamento infectado: é o processo 
de abortamento acompanhado de 
infecção genital, tais como endometrite e 
peritonite. 
• Abortamento habitual: perdas 
espontâneas e sucessivas de três ou mais 
gestações. 
 
Diagnóstico e conduta 
 Toda gestante com sangramento vaginal 
no 1º trimestre deve ser submetida a exame 
abdominal, exame especular e toque. 
Quando o colo estiver fechado ou houver 
dúvida no diagnóstico, está indicada uma 
ultrassonografia para avaliação das 
condições do saco gestacional (com ou 
sem descolamento) e do embrião (comou 
sem batimentos). 
Ameaça de Abortamento 
 - Realizar ultrassonografia; Não existe 
indicação de internação hospitalar; A 
mulher deve ser orientada para ficar em 
repouso, utilizar analgésico se apresentar 
dor, evitar relações sexuais durante a perda 
sanguínea, e retornar ao atendimento de 
pré-natal; 
 Abortamento Completo: Observação, 
com atenção ao sangramento e/ou à 
infecção uterina; Ultrassonografia. 
 Abortamento inevitável/incompleto: 
Em gestações com menos de 12 semanas, 
pelo tamanho uterino, indica-se a aspiração 
manual intrauterina (AMIU) ou Curetagem 
uterina. O tratamento alternativo, na 
indisponibilidade de AMIU ou curetagem, 
estando o colo pérvio, é misoprostol; 
Ultrassonografia. 
 Abortamento inevitável/incompleto: 
Em úteros compatíveis com gestação 
superior a 12 semanas, recomenda-se 
misoprostol; Após a expulsão, caso haja 
suspeita de restos ovulares ou placentários 
remanescentes, realiza-se a curetagem 
uterina; Avaliar a perda sanguínea - 
transfusão sanguínea. 
 Abortamento retido: Ultrassonografia; 
Em gestações com menos de 12 semanas, 
utiliza-se o misoprostol. Após 4 horas, realizar 
o esvaziamento uterino por AMIU ou 
curetagem; Entre 13 e 22 semanas de 
gestação, sugere-se o emprego misoprostol 
via vaginal de 6 em 6 horas, 4 doses. Se há 
suspeita de restos ovulares ou placentários 
remanescentes, realiza-se a curetagem 
uterina. 
 Abortamento infectado: Hemograma 
com contagem de plaquetas, urina, 
coagulograma, hemocultura, cultura da 
secreção vaginal e do material endometrial 
(aeróbios e anaeróbios), raios-x do abdome, 
ultrassonografia pélvica transvaginal ou de 
abdome total e tomografia, para definir 
coleções intracavitárias; Antibióticos; AMIU; 
Curetagem; Laparotomia. 
Gravidez Ectópica 
A gravidez ectópica corresponde à 
nidação do ovo fora da cavidade uterina  
O tipo mais frequente é a tubária. Os fatores 
de risco para esse tipo de gravidez são: 
Cirurgia tubária prévia, história de gravidez 
ectópica prévia, infecções tubárias 
anteriores e contracepção com 
progesterona ou DIU. 
 
 
 
Diagnóstico 
 O exame físico/ginecológico pode 
evidenciar presença de sangue no canal 
vaginal, útero menor do que o esperado 
para a idade gestacional, amolecimento 
do colo uterino e dor pélvica, massa 
dolorosa palpável. 
 Nos casos onde ocorreu rotura, 
podem estar presentes sinais e sintomas de 
hemoperitônio e choque, com dor de forte 
intensidade, associada a abdome 
distendido e abaulamento de fundo de 
saco vaginal. 
 Ultrassonografia. 
 
Conduta 
 
 Metotrexato. 
 Cirurgia em casos de: Gestante com 
sinais vitais instáveis ou sinais de 
hemoperitônio; Diagnóstico inconclusivo; 
Gravidez ectópica avançada (BHCG > 
5.000mUI/ml, massa anexial > 4cm, 
atividade cardíaca embrionária); 
Seguimento difícil e Contraindicação ao 
tratamento clínico. 
Mola hidatiforme – Neoplasia benigna 
O diagnóstico vem a partir do 
sangramento e sinais de gestação em que a 
ultrassonografia é o método mais preciso 
para diferenciar gestação normal da 
prenhez molar. As imagens são típicas de 
mola, anecoicas, no interior do útero, em 
“flocos de neve”. 
As condutas são AMIU, ocitocina e 
acompanhamento. 
 
Descolamento Corioaminiótico 
Caracteriza-se por sangramento 
genital de pequena intensidade e é 
diagnosticado por exame ecográfico. A 
evolução é boa, não representando quadro 
grave de risco materno e/ou ovular. A 
conduta é conservadora e, basicamente, 
consiste no esclarecimento à gestante, com 
as mesmas orientações da ameaça de 
abortamento. 
Placenta Prévia 
A Placenta prévia é definida como a 
placenta que se implanta total ou 
parcialmente no segmento inferior do útero: 
• Baixa: está localizada próxima ao 
colo do útero, sem atingi-lo 
• Marginal: atinge o orifício interno do 
colo do útero, sem recobri-lo 
• Completa ou centro-total: recobre 
totalmente o orifício interno do colo do 
útero. 
 
 
 
Conduta 
 Ultrassonografia 
 Exames Laboratoriais em vigência de 
sangramento: Hematócrito, hemoglobina e 
coagulograma. 
 Abordagem expectante. 
 Parto normal. 
 Parto Cirúrgico. 
Descolamento Prematuro de Placenta 
O descolamento prematuro de 
placenta (DPP) é definido como a 
separação da placenta da parede uterina 
antes do parto. Essa separação pode ser 
parcial ou total. 
Grau 1 
 Sangramento genital discreto sem 
hipertonia uterina significativa. 
 Vitalidade fetal preservada. Sem 
repercussões hemodinâmicas e 
coagulopatias. 
 Geralmente diagnosticado no pós-
parto com a identificação do coágulo 
retroplacentário. 
 
Grau 2 
 
 Sangramento genital moderado e 
contrações tetânicas. 
 Presença de taquicardia materna e 
alterações posturais da pressão arterial. 
 Batimentos cardíacos fetais presentes, 
porém, com sinais de comprometimento de 
vitalidade. 
 
Grau 3 
 
 Sangramento genital importante com 
hipertonia uterina. 
 Hipotensão arterial materna e óbito 
fetal. 
 
 Grau 3A: sem coagulopatia instalada. 
 Grau 3B: com coagulopatia instalada. 
 
Quadro Clínico 
 Dor abdominal, associada ou não a 
sangramento vaginal. 
 A dor varia de leve desconforto até 
dor intensa, associada a aumento do tônus 
uterino, que pode se manifestar em graus 
variados, desde uma taquihiperssistolia até 
hipertonia. 
 Em casos de placenta de inserção 
posterior, a dor é lombar. 
 Na gestante em trabalho de parto, há 
persistência da dor entre as contrações. 
 O sangramento no DPP pode se 
manifestar das seguintes maneiras: 
Hemorragia exteriorizada, hemoâmnio e 
sangramento retroplacentário. 
 
Quadro Clínico 
 
 Aferição de sinais vitais com medidas 
iniciais das manobras de ressuscitação (se 
necessário). 
 Verificar se vias aéreas estão pérvias, 
checar respiração e circulação (dois 
acessos venosos calibrosos com 1.000ml de 
solução cristaloide correndo em cada um 
deles à velocidade inicial de 500ml nos 
primeiros 10 minutos e manutenção de 
infusão de 250ml/hora). 
 No exame obstétrico, deve-se realizar 
a palpação uterina observando a 
apresentação fetal e se o tônus uterino está 
aumentado. 
 Fazer medida de altura uterina e 
ausculta dos batimentos cardíacos fetais 
(monitoração fetal contínua). 
 Na monitoração fetal é frequente o 
achado de padrão não tranquilizador. 
 Ultrassonografia não exerce papel 
determinante, diagnóstico clínico. 
Exames Laboratoriais 
 Hemograma com contagem de 
plaquetas; 
 Tipagem sanguínea ABO Rh; 
 Coagulograma; 
 Exames de rotina para doença 
hipertensiva se apropriado. 
 
Rotura Uterina 
 Completa: há a total rotura da parede 
uterina. É uma urgência obstétrica, levando a 
risco de vida tanto da mãe quanto do feto. 
 Incompleta: o peritônio parietal 
permanece intacto. Geralmente não é 
complicada, podendo permanecer 
assintomática após um parto vaginal. 
 A rotura uterina pode ocorrer no pré-
parto, intraparto e pós-parto. O trauma 
abdominal é uma importante causa de rotura 
uterina pré-parto. 
 
Quadro Clínico 
 Deterioração do padrão dos 
batimentos cardíacos fetais. 
 Gestante queixa de dor aguda e de 
forte intensidade. 
 Sangramento vaginal. 
 Parada das contrações. 
 Subida da apresentação ao toque 
vaginal. 
 Partes fetais palpáveis facilmente no 
abdome materno. 
 Taquicardia importante e hipotensão 
grave. 
 
Conduta 
 Estabilidade hemodinâmica da 
gestante: vias aéreas pérvias, respiração - 
fornecer O2 em máscara a 10l/min ou cateter 
a 5l/min; 
 Puncionar dois acessos venosos 
calibrosos infundindo 1.000ml de solução 
cristaloide em cada acesso na velocidade 
inicial de 500ml nos primeiros 10 minutos e 
manter com a velocidade de infusão de 
250ml/hora. 
 Ultrassonografia, Laparotomia e 
histerectomia. 
 O feto e a placenta podem ser 
encontrados na cavidade abdominal. 
Nesses casos o prognósticofetal é muito 
ruim, sendo causa importante de óbito 
perinatal. 
 
 
Vasa Prévia 
Diagnóstico 
 Toque vaginal e pela amnioscopia 
(com a visualização dos vasos sanguíneos 
atravessando as membranas pelo orifício 
interno do colo). 
 A USG com Doppler colorido pode 
detectar a vasa prévia no anteparto e deve 
ser considerada em gestantes de alto risco. 
 É frequente a deterioração dos 
batimentos cardíacos fetais no momento da 
rotura. Nesse caso, a cesariana de urgência 
está indicada. 
 
 
Síndromes Hipertensivas na Gestação 
Mensuração da PA 
A pressão arterial deve ser mensurada 
com a gestante sentada, com o braço no 
mesmo nível do coração e com um 
manguito de tamanho apropriado. Se for 
consistemente mais elevada em um braço, 
o braço com os maiores valores deve ser 
usado para todas as medidas. 
Conceitos Iniciais 
Como hipertensão arterial na gestação, 
define-se a pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 
140 mmHg ou a pressão arterial diastólica 
(PAD) ≥ 90 mmHg (se possível, em 02 
medidas com intervalo de pelo menos 04 
horas); 
Como proteinúria, define-se a excreção 
urinária de, pelo menos, 300 mg em urina 
colhida durante 24 horas ou 01 ou mais 
cruzes (+) em exame de análise de 
sedimento de urina (EAS), desde que não 
haja evidência de infecção urinária. 
Outro parâmetro utilizado é a relação 
proteína/creatinina urinária > 0,3. 
Classificação das Síndromes 
Hipertensivas 
 Hipertensão Crônica: Observada 
antes da gravidez, ou antes de 20 semanas 
de gestação, ou diagnosticada pela 
primeira vez durante a gravidez e não se 
resolve até 12 semanas após o parto. 
 Hipertensão Gestacional: Hipertensão 
arterial presente após a 20ª semana de 
gestação, SEM proteinúria associada em 
gestante previamente não hipertensa, com 
retorno aos níveis normais após a 12ª 
semana de puerpério. 
 Pré-eclâmpsia: Hipertensão que 
ocorre após 20 semanas de gestação 
acompanhada de proteinúria, com 
desaparecimento até 12 semanas pós-
parto. 
 Hipertensão arterial crônica com pré-
eclâmpsia ajuntada: Hipertensão arterial 
crônica sem proteinúria antes da 20ª 
semana de gestação, que manifesta 
proteinúria na sua segunda metade OU 
hipertensão arterial crônica com 
manifestação de proteinúria na primeira 
metade da gestação e na qual, após a 20ª 
semana, verifica-se aumento repentino no 
valor da proteinúria ou da pressão arterial 
previamente controlada. 
 Eclâmpsia: A eclâmpsia caracteriza-se 
pela presença de convulsões generalizadas 
ou coma em mulher com qualquer quadro 
hipertensivo, não causadas por epilepsia ou 
qualquer outra doença convulsiva. Pode 
ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério 
imediato. 
 Síndrome Hellp: É o quadro clínico 
caracterizado por hemólise (H = 
“hemolysis”), elevação de enzimas 
hepáticas (EL = “elevated liver functions 
tests”) e plaquetopenia (LP = low platelets 
count “)”. Embora acompanhe outras 
doenças, em Obstetrícia é considerada 
como agravamento do quadro de pré-
eclâmpsia. 
Sinais de Alerta de Gravidade 
 Pressão arterial diastólica igual/maior 
que 110mmHg. 
 ✓ Proteinúria igual/maior que 2,0g em 
24 horas ou 2+ em fita urinária. 
 ✓ Oligúria (menor que 500ml/dia, ou 
25ml/hora). 
 ✓ Níveis séricos de creatinina maiores 
que 1,2mg/dL. 
 Sinais de encefalopatia hipertensiva 
(cefaleia e distúrbios visuais). 
 Dor epigástrica ou no hipocôndrio 
direito. 
 Evidência clínica e/ou laboratorial de 
coagulopatia. 
 Plaquetopenia (<100.000/mm3) 
 Aumento de enzimas hepáticas (TGO, 
TGP, DHL) e de bilirrubinas. 
 Outros sinais que podem sugerir o 
diagnóstico: Acidente vascular cerebral; 
Sinais de insuficiência cardíaca, ou cianose 
e Presença de RCIU (restrição de 
crescimento intrauterino) e/ou 
oligohidrâmnio. 
Condutas 
 Condutas de acompanhamento no 
Pré-natal 
 Quando referenciar ao alto risco? 
 Manter acompanhamento na UBS de 
referência mesmo para aquelas que 
estejam sendo acompanhadas no alto risco. 
 Propedêutica Laboratorial: 
 
 
 
 
Prevenção de Convulsões 
 
 
 
 
Complicações 
 Edema pulmonar. 
 Insuficiência renal aguda. 
 Coagulopatia (coagulação 
intravascular disseminada – CIVD). 
 Encefalopatia. 
 Rotura hepática. 
Acompanhamento Fetal 
 USG com Doppler. 
 USG com doppler + perfil biofísico fetal 
 Cartiotocografia 
 Quando interromper a gestação? 
 Via vaginal ou cirúrgica? 
Diabetes Gestacional 
Fatores de Risco 
 
Fisiopatologia 
 Gestação: Estado de resistência à 
insulina. 
 Consumo de glicose pelo embrião e 
feto. 
 Alguns hormônios produzidos pela 
placenta e outros aumentados pela 
gestação, tais como lactogênio 
placentário, cortisol e prolactina, podem 
promover redução da atuação da insulina 
em seus receptores e, consequentemente, 
um aumento da produção de insulina nas 
gestantes saudáveis. 
 Em mulheres com produção de 
insulina limítrofe isso pode não acontecer! 
 
 
 
Puericultura e Pós-Parto 
Puérpera 
A oferta de cuidados qualificados à 
gestante, à puérpera e ao recém-nascido 
exige a definição de estratégias de 
atendimento que envolvam todas as 
pessoas que, direta ou indiretamente, 
desempenhem atividades nas unidades de 
saúde que compõem determinada rede 
regional de atenção à saúde, em particular 
nas unidades básicas de saúde. 
 Do 1º ao 10º dia – puerpério imediato 
 Do 10º ao 45º dia – puerpério tardio 
 Além do 45º dia – puerpério remoto 
No atendimento após o parto a mulher 
deve receber algumas informações 
fundamentais acerca de: 
 Promoção da alimentação saudável 
com foco na prevenção dos distúrbios 
nutricionais e das doenças associadas à 
alimentação e nutrição, como baixo peso, 
sobrepeso, obesidade, hipertensão e 
diabetes 
 Sulfato ferroso 40mg (200Fe) ao dia 
por 90 dias. 
 Modificações corporais e emocionais. 
 Medos; Atividade sexual, incluindo 
prevenção das IST. 
 Orientação e incentivo ao 
aleitamento materno e apoio específico 
para as mulheres que não poderão 
amamentar. 
 Importância do planejamento 
familiar. 
 Saúde mental e violência doméstica. 
 Ajuste entre a imagem do filho ideal, 
construída durante a gestação, e o filho real, 
apresentado à mulher após o parto; 
 Desafio da relação entre a mãe e seu 
filho, que será baseada num padrão de 
comunicação não-verbal; 
 A mulher geralmente tem suas 
necessidades preteridas em privilégio do 
recém-nascido, o que pode gerar 
ansiedades relacionadas, inclusive a 
idealização do melhor cuidado; 
 A amamentação pode exigir muito da 
puérpera, produzindo a sensação de 
incapacidade, preocupações estéticas ou 
a ideia de ser uma etapa de dependência 
infinita na relação com seu filho; 
 O eventual ciúme por parte de outros 
filhos do casal, a partir da reorganização do 
núcleo familiar, pode representar um 
período de intensa exigência na busca de 
equilíbrio nas relações e no cotidiano do 
grupo familiar; 
 A experiência da convivência com a 
criança é tida como uma situação nova, 
com a inclusão de um ser diferente dela e 
que mobiliza um esforço adicional, 
particularmente desafiador quando o 
puerpério tem um curso anormal, ou 
quando o recém-nascido for prematuro, 
apresentar malformações ou alguma 
patologia; 
 As alterações na esfera sexual, 
incluindo o desejo, são frequentemente 
intensificadas pelas transformações físicas e 
podem potencializar sentimentos de 
exclusão do companheiro, impondo à 
mulher uma preocupação adicional, muitas 
vezes desgastante; 
Loquiação 
 
 Lóquios vermelhos (rubra – até 3º dia). 
 Lóquios serosanguinolentos (fusca – 3º 
a 10º dia). 
 Lóquios amarelo (flava – 10º ao 20º 
dia). 
 Lóquios alvos (alba – a partir do 21º 
dia). 
Consulta de Enfermagem 
 Dê atenção a sintomas, evitando a 
tendência de justificar todas as queixas 
como problemas relacionados ao curso 
habitual do período; 
 Promovao vínculo familiar; 
 Valorize o diálogo e as informações 
dos acompanhantes, desenvolvendo uma 
postura de apoio e crítica habilidosa; 
 Reconheça que a dúvida infundada 
pode representar uma busca legítima de 
apoio; 
 Apoie a mulher quando ocorrerem 
complicações, como, por exemplo, o óbito 
fetal ou do recém-nascido; 
 Reconheça as anormalidades 
potencialmente graves, como a depressão 
puerperal, que se expressa como alterações 
no ciclo sono-vigília, culpabilidade 
excessiva, falta de energia e ideias de 
morte, suicídio e/ou rejeição ao concepto, 
solicitando apoio especializado, quando 
necessário; 
Alterações Emocionais do Puerpério 
Tristeza materna, blues puerperal ou baby blues 
 Manifestação mais frequente, 
acometendo de 50 a 70% das puérperas. 
 É definido como estado depressivo 
mais brando, transitório, que aparece em 
geral no 3º dia do pós-parto e tem duração 
aproximada de 2 semanas. 
 Caracteriza-se por fragilidade, 
hiperemotividade, alterações do humor, 
falta de confiança em si própria, 
sentimentos de incapacidade. 
Depressão pós-parto 
 Menos frequente, manifesta-se em 10 
a 15% das puérperas, e os sintomas 
associados incluem perturbação do apetite, 
do sono, decréscimo de energia, sentimento 
de desvalia ou culpa excessiva, 
pensamentos recorrentes de morte e 
ideação suicida, sentimento de 
inadequação e rejeição ao bebê; 
Psicose Puerperal 
 Manifestação mais rara, ocorre entre 
1,1 e 4 para cada 1.000 nascimentos. 
 O início é abrupto, os sintomas surgem 
até 2 ou 3 semanas pós-parto, ou seja, 
quando a puérpera já se encontra fora da 
maternidade. 
 Os sintomas incluem quadro 
alucinatório delirante, grave e agudo; 
delírios que envolvem seus filhos; estado 
confusional; desorganização presente no 
comportamento. 
 Há risco para a própria mulher e para 
o bebê e é necessário que se proceda a 
encaminhamento para especialista em 
saúde mental. 
Anamnese 
 Verificar o cartão da gestante e o 
resumo de alta hospitalar; 
 Condições do atendimento ao parto 
e ao recém-nascido; 
 Dados do parto (data, tipo de parto, 
se cesárea, qual a indicação); 
 Se houve alguma intercorrência na 
gestação, no parto ou no pós-parto (febre, 
hemorragia, hipertensão, diabetes, 
convulsões, sensibilização Rh); 
 Se recebeu aconselhamento e 
realizou testagem para sífilis ou HIV durante 
a gestação e/ou parto; 
 Uso de medicamentos (ferro, ácido 
fólico, outros); 
 
Exame Físico Direcionado - ATENÇÃO! 
 SSVV; Pele; Mucosas; Mamas; Abdome; 
Períneo; Loquiação (DEPENDE DA FASE DO 
PUERPÉRIO) e Membros. 
Infecção Puerperal 
 No período de involução e 
recuperação do organismo materno 
podem surgir infecções e alterações 
decorrentes da regressão das modificações 
impostas pela gestação; 
 Infecção Puerperal é qualquer 
infecção das vias genitais no período de 
pós-parto recente; 
 Temperatura de 38ºC ou mais, que 
ocorre em quaisquer dois dos 10 primeiros 
dias após o parto, excluindo as primeiras 24 
horas; 
 A cérvice, feridas vulvares, vaginais e 
perineais, e ainda, a incisão cirúrgica no 
parto cesariana fornecem portas de 
entrada adicionais para a infecção; 
 O parto por cesariana é, 
isoladamente, o principal fator de risco para 
a infecção puerperal; 
 
Fatores de Risco 
 Qualidade dos cuidados assistenciais; 
 Técnicas de assepsia dos profissionais; 
 Qualidade da técnica cirúrgica e 
assistência durante o período de trabalho 
de parto; 
 
A invasão do local da inserção da 
placenta e das incisões, lacerações e 
escoriações consequentes ao parto, 
geralmente é polimicrobiana e por 
microrganismos que fazem parte da 
microflora do trato genital inferior ou podem 
ser introduzidas por fontes exógenas. 
Lesões do períneo, vulva, vagina e cérvice 
Lesões raras e quando presentes 
decorrem de manuseio excessivo – episiotomia 
duplas. 
 
 
Endometrite e miometrite 
 É forma clínica mais frequente de 
infecção puerperal; 
 Cesarianas e partos vaginais após 
trabalho de parto prolongado, longo tempo 
entre amniorrexe e a expulsão do feto e 
excessiva manipulação intravaginal e 
intrauterina; 
 O quadro clínico varia de acordo com 
a extensão da doença. Na endometrite 
geralmente é leve, apresentando discreta 
elevação da temperatura; 
 Na miometrite pode manifestar-se 
com calafrios, febre elevada, dor 
abdominal, útero amolecido e sub involuído, 
lóquios com odor fétido; 
Choque Séptico 
 As formas mais graves de infecção 
puerperal podem evoluir com grave quadro 
de infecção sistêmica, com quadro clínico 
de febre alta contínua, associada a 
calafrios, taquicardia, hipotensão e 
confusão mental. 
 
Diagnóstico Laboratorial 
 Hemograma; 
 Culturas endometriais 
 Ultrassonografia – avaliação de 
infecção puerperal por identificar restos 
placentários, abscessos e hematomas 
intracavitários ou de parede abdominal; 
 Tomografia computadorizada e 
ressonância nuclear magnética – avaliam 
com mais precisão a extensão dos processos 
infecciosos. 
 A antibioticoterapia endovenosa 
deve ser mantida até a paciente tornar-se 
afebril e assintomática por 48 horas; 
 A persistência de febre após 48 horas 
de antibioticoterapia indica reavaliação da 
paciente; 
 O tratamento cirúrgico é indicado 
para remoção de restos placentários 
através da curetagem uterina; 
desbridamento de material necrótico em 
feridas cirúrgicas (perineal e abdominal); 
drenagem de abscessos (perineal, de 
parede abdominal e intracavitária); 
histerectomia. 
Gestação Gemelar 
Gestação Múltipla 
 É a gravidez que ocorre com 
presença de dois ou mais fetos. 
 A mortalidade perinatal aumenta em 
proporção direta ao número de fetos. 
 Risco maior de prematuridade, 
retardo de crescimento fetal e, 
secundariamente, à presença de 
malformações fetais, alterações 
placentárias e de cordão, aumento de 
incidência de doenças como pré-
eclâmpsia, etc. 
 Está também aumentado o risco 
materno pelo aparecimento mais frequente 
das síndromes hipertensivas, de anemia, de 
quadros hemorrágicos no parto, 
polidrâmnio, apresentações anômalas, etc. 
(Brasil, 2000). 
 Com relação ao parto pré termo (˂37 
sem), esse agrava-se em proporção ao 
número de fetos; 
 Incide em 50% dos gemelares; 
 A duração média da gravidez 
gemelar é de 260 dias; Da tripla é de 246 
dias; Da quádrupla é de 236 dias 
 O peso médio dos gêmeos é de 2.500 
g, dos trigêmeos é em torno de 2.000g e dos 
quadrigêmeos 1.500g. 
Fatores Predisponentes 
 Idade avançada; Raça negra; 
 Aumento da paridade; 
 História familiar – lado materno; 
 Frequência maior de relações sexuais; 
 Técnicas de indução da ovulação ou 
de fertilização assistida (clomifene e 
gonadotrofinas humanas. 
Diagnóstico 
 Aumento da altura uterina. 
 Palpação de dois polos cefálicos. 
 Sobredistensão uterina. 
 Presença de dois focos, separados a 
mais de 10 cm e com batimentos diferentes 
entre si. 
 USG confirma a gravidez múltipla. 
 A melhor época para o diagnóstico 
da gemelidade pelo USG está entre 6-9 
semanas da gravidez, percebe-se um ou 
mais sacos gestacionais. 
 Em caso de gêmeos é mais comum as 
malformações, pode-se rastrear 
cromossomopatias pelo USG no 1º tri. 
 
 
Concepção Gemelar 
 Os gêmeos dizigóticos se formam 
quando dois espermatozoides fertilizam 
ovócitos diferentes. Nesse caso, em vez de 
liberar um ovócito durante a ovulação, a 
mãe libera dois. 
 Em nascimentos de mais bebês, houve 
a liberação de mais ovócitos. Por exemplo, 
em trigêmeos trizigóticos, três óvulos foram 
fertilizados por três espermatozoides. 
Gêmeos Dizigóticos 
 Os gêmeos dizigóticos, ou fraternos, 
podem se apresentar em uma das três 
combinações: 
 Dois meninos (representa cerca 
de um quarto de todos os gêmeos 
dizigóticos); 
 Duas meninas (representa 
cerca de um quarto de todos osgêmeos 
dizigóticos); 
 Um menino e uma menina 
(representa metade de todos os gêmeos 
dizigóticos). 
 
 Representam 2/3 dos gemelares, em 
que a placentação é obrigatoriamente 
dicoriônica e diaminiótica, embora a 
placenta possa estar fusionada. 
 
 
 
Concepção Monozigótica 
 Como os gêmeos monozigóticos se 
originam do mesmo óvulo fertilizado, eles 
compartilham um material genético 
idêntico. 
 
 Os gêmeos monozigóticos só podem 
ser do mesmo sexo, significando que há 
duas combinações possíveis: Dois meninos; 
e duas meninas. 
 Também possuem o mesmo grupo 
sanguíneo, as características físicas e as 
tendências patológicas; 
 Os gêmeos mozigóticos podem 
corresponder a qualquer tipo de 
placentação (monocoriônica ou 
dicoriônica). 
Gêmeos Idênticos 
 Correspondendo a qualquer tipo de 
placentação. Podendo as placentas 
estarem separadas, fusionadas ou 
compartilhadas. 
 
 
Trigemelar (Trizigóticos ou monozigóticos) 
 
 
Restrição de Crescimento Fetal 
 É preferível que os gêmeos 
monozigóticos tenham placentas 
separadas. 
 Em alguns casos, os gêmeos 
monozigóticos que compartilham uma 
placenta não irão se desenvolver da mesma 
forma porque, na verdade, um deles 
receberá mais nutrientes através da 
placenta do que o outro. Isso é chamado de 
restrição do crescimento fetal. 
 Os gêmeos monozigóticos que 
compartilham uma placenta correm o risco 
de desenvolver a Síndrome de Transfusão 
Feto-Fetal (STFF). 
Transfusão Feto Fetal (TFF) 
 Além da placenta compartilhada, os 
gêmeos compartilham a mesma circulação, 
possibilitando, assim, a transfusão de sangue 
de um gêmeo para outro; 
 O gêmeo doador pode ficar anêmico 
e será muito pequeno para sua idade 
gestacional. Por outro lado, o gêmeo 
receptor terá uma abundância de 
fornecimento sanguíneo e será bem grande 
para sua idade gestacional. 
 Além disso, o doador possui uma 
quantidade perigosamente baixa de líquido 
amniótico, ao passo que o receptor tem 
bastante. Essa abundância de líquido pode 
causar à mãe um desconforto contínuo, 
dificuldade para dormir e dor. 
Síndrome da Transfusão Feto Fetal 
 
Redução Seletiva 
 Utilizada para gemelaridade 
discordante e quando um dos conceptos é 
inviável. Ex: feto normal com o gêmeo 
anencéfalo; 
 A redução seletiva é realizada pela 
injeção de kcl no coração ou no tórax fetal, 
guiada pelo ultrassom vaginal ou 
abdominal. É preferível executá-la entre 11-
14 semanas; 
 Na monocoriônica o feticídio não 
pode ser feito com o kcl porque a 
substância pode entrar na circulação do 
feto normal. 
 O feticídio terapêutico na 
gemelaridade monocoriônica pode ser 
realizado por três técnicas de oclusão do 
cordão: ligação do cordão fetoscópica, 
coagulação a laser fetoscópica e 
coagulação bipolar do cordão guiada pelo 
ultrassom. 
Morte Unifetal 
 A morte unifetal até o fim do 1ºtri está 
associada à completa reabsorção do ovo, 
podendo não haver evidência da prenhez 
gemelar no termo ou no parto; 
 Se o feto morre mais tarde, todavia 
muito antes do termo, a gestação pode 
continuar com o feto vivo. 
 No parto, o feto morto, juntamente 
com a placenta e as membranas, será 
facilmente identificado. 
Gemelaridade imperfeita 
 Cerca de 1% dos gêmeos 
monocoriônicos constitui os gêmeos 
acolados. Ocorre principalmente quando a 
divisão do ovo fertilizado ocorre após o 
13ºdia a partir da fertilização; 
 Em 70% dos casos, os gêmeos 
acolados são toracópagos; 
 Os 30% restantes são pigópagos (fusão 
da pelve) ou cefalópagos; 
 Cerca de 50% dos gêmeos acolados 
são natimortos e 1/3 dos nascidos vivos têm 
defeitos que não são susceptíveis de cirurgia 
e por isso morrem no período neonatal. Dos 
que são operados 60 % sobrevivem. 
 
 
 
Condutas na gestação Gemelar 
 Consultas mais frequentes, no máximo 
a cada três semanas. 
 USG mensal para avaliar o 
crescimento dos fetos. 
 Uso de corticoides entre 26 e 34 
semanas. 
 Avaliação da vitalidade fetal. 
Via de Parto 
O intervalo entre os dois partos deve 
ser ao redor de 15 minutos. Se maior que 30 
minutos, indica-se a via alta para o segundo 
gemelar, o que deve ser visto como 
procedimento de exceção. 
Seminário de Citomegalovírus 
O que é o Citomegalovírus? 
 
É um vírus da herpes e acomete 
humanos em todas as populações, em que 
a infecção pode ser adquirida por meio de 
contatos com pessoas que estejam 
excretando o vírus. Algumas pessoas 
correm o risco de desenvolver os sintomas 
de infecção por citomegalovírus. 
Sintomas 
 Febre; 
 Dor muscular e articular; 
 Tremor; 
 Dor abdominal; 
 Tosse não produtiva; 
 Erupção cutânea; 
 Ocorrência de diarreia; 
Transmissão 
 Existem vários tipos de transmissão: 
secreções respiratórias, sangue, urina, 
secreção do colo uterino, esperma e leite 
materno. Após o contato ocorre a infecção 
primária que pode perdurar por semana e 
até anos. 
Transmissão Vertical 
 Pode ser transmitido de mãe para filho 
em diferentes momentos: 
 Durante a vida fetal, no momento do 
parto e durante o aleitamento materno. 
 Mulheres que tiveram o vírus antes de 
gestar e durante a gestação. 
 A infecção congênita é quando a 
transmissão de mãe para filho ocorre 
durante a gestação. 
 Infecção perinatal é aquela que 
ocorre durante o parto ou aleitamento. 
 
Infecção Congênita 
Embora a grande maioria dos RN seja 
assintomática ao nascimento, entre 5 e 15% 
podem ter anormalidades tardias, 
principalmente surdez neurossensorial. Os 
sinais clínicos mais frequentemente 
observados na infecção congênita por 
CMV: 
 Restrição do crescimento intrauterino. 
 Petéquias. 
 Hepatoesplenomegalia. 
 Icterícia associada à colestase. 
 Hiperbilirrubinemia direta. 
 Microcefalia. 
 Trombocitopenia. 
 Calcificações periventriculares. 
 Aminotransferases séricas 
aumentadas. 
 Perda auditiva neurossensorial. 
Diagnóstico 
 Urina e saliva são as amostras clínicas 
ideais para o diagnóstico da infecção. 
 A presença do citomegalovírus é 
detectada pelo isolamento viral ou por 
identificação de DNA viral pela PCR. 
 A pesquisa do CMV deve ser realizada 
em amostras obtidas antes de 3 semanas de 
vida. 
 A ausência do vírus na saliva e/ou na 
urina do nascimento até 2 a 3 semanas de 
vida exclui o diagnóstico de infecção 
congênita. 
 A detecção do vírus a partir da 4ª até 
12ª semana de vida indica infecção 
adquirida no período perinatal ou pós-natal 
precoce. 
Avaliação Clínica 
 
 Peso, comprimento e perímetro 
cefálico; 
 Hepatimetria e tamanho do baço; 
 Fundoscopia ocular ao nascimento e 
com 12 e 60 meses. 
Avaliação Auditiva 
 
 
 Otoemissões acústicas; 
 Potencial evocado da audição (BERA) 
ao nascimento, com 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36 
meses. A partir dessa idade, audiometria 
infantil condicionada a cada 6 meses até 6 
anos de idade. 
Imagens de imagem do SNC 
 
 Tomografia computadorizada de 
crânio ao nascimento e, se alterada, 
repetir de acordo com a necessidade 
clínica. 
Exames Complementares 
 Hemograma completo com contagem 
de plaquetas; 
 Bilirrubina total e frações; 
 Transaminases séricas; 
 Exame liquórico: celularidade, 
proteinorraquia, glicorraquia e pesquisa do 
DNA do CMV. 
Critérios de inclusão para tratamento 
 RN sintomáticos com evidências de 
envolvimento do SNC incluindo 
calcificações intracranianas, microcefalia, 
atrofia cortical, surdez neurossensorial, líquor 
anormal e coriorretinite. 
 RN com quadro de síndrome sepsis-like 
viral, pneumonite intersticial por CMV. 
 Excluídas outras etiologias. 
 Idade inferior a 1 mês na ocasião do 
diagnóstico. 
Administração da droga 
 Ganciclovir, na dose de 8 a 12mg/Kg/ 
dia, de 12/12 horas, rediluído em soro 
fisiológico 0,9% ou soro glicosado a 5%, não 
ultrapassando 10mg/mL, em infusão 
endovenosa lenta por 1 hora, durante seissemanas. 
Contraindicações da droga 
 Neutropenia (<500 células/mm3) e 
plaquetopenia (<50.000/mm3): redução da 
dose para 4 a 6mg/kg/dia. 
 Creatinina sérica >2,0mg/dL. 
 Se essas alterações persistirem por mais 
de uma semana ou piorarem, a droga 
deverá ser suspensa até a normalização dos 
parâmetros laboratoriais. 
Controle Laboratorial 
 Hemograma completo com plaquetas, 
ureia e creatinina, TGO, bilirrubina total e 
frações, nos dias 3, 5, 7, 10, 14, 17, 21, 28, 35, 
42 e 49 de tratamento. 
 Monitorização da virúria: coleta de 
urina para isolamento viral e PCR nas 
semanas 1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12. 
 Líquor antes do início do tratamento e, 
se alterado, repetir no dia 42. 
Tratamento para crianças 
 Quanto mais cedo o bebê tiver contato 
com o vírus, mais repercussões clínicas vão 
acontecer, podendo acontecer até mesmo 
o aborto. 
 Surdez 
 Bebês de tamanho pequeno 
 Má-formação 
 Hepatoesplenomegalia 
 Anemia 
 Petéquias e púrpura 
 Icterícia 
 Perda da visão 
Além de sequelas neurológicas: 
 Microcefalia 
 Convulsões 
 Falta de coordenação 
 Fraqueza 
 Problemas motores 
 Deficiência Intelectual 
 O reconhecimento da importância 
clínica do vírus podem reduzir drasticamente 
a frequência de complicações e o risco de 
vida desses pacientes, melhorando sua 
qualidade de vida. 
 A detecção do CMV por técnicas 
moleculares é mais sensível e preciso do que 
os métodos tradicionais de sorologia. 
 A técnica de PCR em Tempo Real 
permite ainda a diferenciação da infecção 
latente em casos em que há replicação 
viral. 
Prevenção da infecção congênita 
 Mesmo que a mulher já tenha tido a 
infecção primária, ela está sujeita a adquirir 
infecção pelo CMV; 
 É dever do profissional de saúde 
esclarecer e orientar todas as gestantes 
sobre as medidas para prevenção; 
 A gestante deve estar alerta para 
medidas que reduzem o risco de aquisição 
de infecção gestacional por CMV. 
 Reforçar hábitos de higiene: lavagem 
das mãos após contato com pessoas, 
independentemente de apresentarem ou 
não a doença. 
 Evitar aglomerações: O contato pessoa 
a pessoa facilita a contaminação por meio 
de secreções. 
 Hábitos sexuais: reduzir o número de 
parceiros sexuais, usar preservativo durante 
todas as relações sexuais. 
 Mesmo que seja com familiares ou 
filhos menores: não compartilhar objetos de 
uso pessoal. 
Curiosidades 
 No Brasil, a soropositividade para o 
CMV observada entre gestantes oscila entre 
76,6% e 97,5%. 
 A CMV é a principal causa infecciosa 
de malformação do SNC. 
 O período de incubação é de 28-60 
dias. 
 A citomegalovirose primária 
geralmente é assintomática, mas os 
indivíduos podem experimentar uma 
síndrome mononucleose-like. 
 A infecção materna pode ser primária 
ou recorrente, sendo a chance de infecção 
congênita maior nos casos de infecção 
primária. 
 É fundamental que, após o nascimento, 
a criança seja identificada como portadora 
de infecção congênita para que possa ter o 
acesso e ser tratada. 
 Não há, até o momento, nenhuma 
modalidade de tratamento materno que 
previna ou reduza a chance de ocorrência 
de doença fetal. 
 O objetivo do acompanhamento pré-
natal é assegurar o desenvolvimento da 
gestação, permitindo o parto de um recém-
nascido saudável. 
 
Rubéola 
O que é rubéola? 
 Doença infectocontagiosa causada 
pelo Rubella vírus. 
 Transmissão: contato direto através 
de minúsculas gotas de saliva liberadas no 
ar ao tossir, espirrar ou falar, ou através da 
mãe para o feto através da circulação 
comum. 
 Período de incubação: 14 a 21 dias. 
 Prevenção: vacina tríplice viral. 
Manifestações Clínicas 
 Característica marcante: manchas 
rosadas. 
 Febre; 
 Cefaleia; 
 Dor de garganta; 
 Aumento dos gânglios linfáticos. 
 
 
Síndrome da Rubéola Congênita 
 Transmissão vertical. 
 Parto prematuro; 
 Glaucoma; Catarata; 
 Lesões cutâneas; Perda auditiva; 
 Restrição do crescimento intrauterino; 
 Malformação cardíaca; 
 Morte fetal. 
 
Prevenção da Transmissão Vertical 
Esclarecer a população sobre a 
doença e a importância de vacinação das 
crianças e mulheres, principal medida de 
controle para diminuir a circulação do vírus 
da rubéola, com vistas à prevenção da SRC; 
Todas as mulheres devem submeter-se 
à triagem sorológica para rubéola e, se 
necessário, serem imunizadas, 
preferencialmente antes da primeira 
gestação. 
 
Filhos de mães imunes geralmente 
permanecem protegidos por anticorpos 
maternos em torno de seis a nove meses 
após o nascimento. 
A vacina tríplice viral é recomendada 
para todas as crianças (duas doses), 
adolescentes e adultos (homens e 
mulheres), especialmente mulheres que não 
tiveram o contato com a doença. 
Gestantes não podem ser vacinadas. 
As mulheres em idade fértil devem evitar a 
gestação por 30 dias após a vacinação. 
Condutas com o bebê 
Monitorizar o RN, pois quando o 
diagnóstico é positivo de rubéola para a 
gestante, não existe nenhuma terapia 
medicamentosa de evitar a infecção fetal, 
só resta esperar o nascimento para verificar 
as consequências da infecção no RN. 
 
Pedir exames para avaliar avanços da 
doença sobre órgãos e sistemas: SNC, olhos, 
ouvidos, coração, sistema hematopoiético. 
A criança portadora de rubéola congênita 
deve permanecer afastada de mulheres 
susceptíveis na idade fértil, até pelo menos 1 
ano de idade, pois a criança é uma fonte de 
infecção e continuam eliminando o vírus 
pela nasofaringe e pela urina, a infecção 
também pode ser transmitida a outras 
pessoas, sendo assim importante a 
vacinação dos profissionais de saúde e dos 
contactantes. Sendo também necessário 
evitar o contato da gestante com a criança. 
Toxoplasmose 
O que é? 
 Toxoplasma gondii é um protozoário 
intracelular obrigatório. 
 Todo ciclo evolutivo com 
competência infecciosa. 
 Taquizoítos - ocorrem na fase aguda 
ou na reagudização da doença (capazes 
de atravessar placenta e infectar o feto). 
 Bradizoítos - encontram nos tecidos 
dos seres humanos e de todos os animais 
infectados pelo protozoário. 
 Esporozoítas - encontram dentro dos 
oocistos formados exclusivamente no 
intestino dos gatos (hospedeiro definitivo). 
 
Transmissão 
Hospedeiro definitivo (felinos) ele é 
encontrado nas células do epitélio intestinal. 
● Ingestão de carnes crua ou 
malpassada. 
● Leite ou queijo não pasteurizados. 
● Vegetais mal lavados. 
Que tiveram contato com gatos 
infectados ou solo contaminado. 
● Maneira congênita 
● Casos raros: Inalação de aerossóis 
contaminados, inoculação acidental, 
transfusão sanguínea e transplante de 
órgãos. 
 
 
Sintomas 
 Maioria dos casos assintomáticos ou 
apresenta sintomas bastante inespecíficos 
que são confundidos, principalmente, com 
sintomas comuns a outras doenças como 
dengue. 
● São sintomas: febre, dor de cabeça, 
falta de apetite, ínguas, problemas de visão 
em crianças, adultos e jovens; 
● Lesões no sistema nervoso; 
● Retardo mental e defeitos visuais em 
crianças cujas mães adquiriram 
toxoplasmose. 
Transmissão Vertical 
 Ocorre quando a mulher apresenta 
infecção aguda durante a gestação. 
 Pode gerar sequelas graves ao feto 
como: surdez, cegueira e atraso no 
desenvolvimento neuropsicomotor. 
 Parasitemia materna: infecção aguda 
na gestação 
 Os taquizoítos infectam e se 
multiplicam na placenta, chegando a 
circulação fetal. 
 Reativação da doença em gestantes 
com infecção crônica pelo toxoplasma e 
imunossuprimidas. 
 
Manifestações Clínicas 
● Risco de parto prematuro; 
● Danos cerebrais graves no bebê; 
● Micro e Macrocefalia; 
● Hidrocefalia; 
● Retardo neuromotor; 
● Estrabismo; 
● Crises convulsivas; 
● Cegueira; 
● Surdez. 
Condutas com a gestante 
 
 
 
Condutas com o recém-nascido 
 
Prevenção 
 Higienizar corretamente as mãos 
antes das refeições,após manusear lixo, 
após o contato com animais, após 
manipular alimentos e sempre que 
necessário; ao manipular carnes cruas, 
procure usar luvas. 
 Evitar manusear terra ou solo e, se 
necessário, utilizar luvas e higienizar as mãos 
após a atividade. 
 Consumir apenas água filtrada ou 
fervida; manter os reservatórios bem 
fechados. 
 
● Congelar a carne antes do consumo. 
● Higienizar tábuas de corte, facas, 
balcões e pia após a preparação dos 
alimentos. 
● Evitar a contaminação cruzada de 
alimentos crus com alimentos cozidos. 
● Não consumir carnes cruas, mal 
cozidas ou mal passadas e não provar a 
carne crua durante 
seu preparo; cozinhar a carne a pelo 
menos 67°C. 
● Evitar ingerir carnes defumadas ou 
curadas em salmoura. 
 Não consumir leite e seus derivados 
crus, não pasteurizados, sejam de vaca ou 
de cabra. 
 Controlar vetores e pragas (ratos, 
moscas, baratas e formigas), descartando 
corretamente o lixo doméstico e os dejetos 
de animais. 
 Evitar contato com cães que andem 
soltos. 
 O principal fator de controle para a 
prevenção da infecção por T. gondii pelo 
consumo de carne é o cozimento 
adequado e a prevenção da 
contaminação cruzada. 
Incompatibilidade Sanguínea 
 Caso a mãe tenha sangue tipo O, 
por exemplo, e o feto tenha sangue tipo A 
ou B, o corpo da mãe produzirá anticorpos 
anti-A ou anti-B. 
 Esses anticorpos podem atravessar a 
placenta, fixar-se aos glóbulos vermelhos do 
feto e provocar sua destruição (hemólise), o 
que causa anemia leve ou 
hiperbilirrubinemia. 
 
Incompatibilidade pelo Rh 
 
 
 Para prevenir problemas no feto, o 
médico administra imunoglobulinas de 
anticorpos anti-Rh em mulheres com sangue 
Rh negativo aproximadamente na 28ª 
semana, depois de qualquer episódio de 
sangramento significativo, após o parto e 
após determinados procedimentos. 
Complicações na Gravidez 
 São problemas que ocorrem apenas 
durante a gestação. Elas podem afetar a 
mulher, o feto ou ambos e surgir várias vezes 
durante a gestação. No entanto, a maioria 
das complicações da gravidez pode ser 
tratada. 
Incompatibilidade Rh 
 O feto de uma mulher com sangue 
Rh negativo pode ter sangue Rh positivo, se 
o pai tiver sangue Rh positivo. O fator Rh é 
uma molécula presente na superfície dos 
glóbulos vermelhos em algumas pessoas. 
Eritrobastose 
 Caracteriza-se como afecção 
generalizada, acompanhada de destruição 
das hemácias, anemia e presença de suas 
formas jovens ou imaturas na circulação 
periférica fetal (eritoblastos). Pode causar de 
anemia e icterícia à deficiência mental, 
surdez, paralisia cerebral, fígado e baço 
aumentados, e morte do bebê durante a 
gestação ou após o parto. 
 Ocorre quando a mãe forma 
anticorpos contra antígenos presentes nas 
hemácias fetais (herdados do pai), que não 
estão presentes nas hemácias maternas. A 
principal causa é o anti-D, mas pode ser 
causada por outros anticorpos. 
 O exame de tipagem sanguínea é 
realizado ainda na 1 consulta do pré natal. 
 
Condutas 
Se o fator Rh for negativo e o pai 
desconhecido ou pai com fator Rh positivo, 
realizar exame de Combs indireto. 
Antecedente de hidropisia fetal ou 
neonatal, independentemente do Rh, 
realizar exame de Combs indireto. 
O Combos indireto possibilita 
identificar se a mãe ainda não produziu os 
anticorpos. Nesse caso, a mulher deve 
tomar a imunoglobulina anti-Rh, mais 
conhecida como vacina anti-Rh ou anti-D. 
O medicamento bloqueia a produção. 
 
 
 A imunoglobulina anti-Rh ou anti-D: é 
utilizada como precaução. 
 
Imunoglobulina Rh 0 (D) 
Esse tratamento funciona tornando o 
sistema imunológico da mulher menos 
capaz de reconhecer o fator Rh em glóbulos 
vermelhos do bebê, que talvez tenham 
entrado na corrente sanguínea da mulher. 
Assim, o sistema imunológico da mulher 
não produz anticorpos para o fator Rh. Esse 
tratamento reduz o risco de os glóbulos 
vermelhos do feto serem destruídos em 
gestações seguintes de aproximadamente 
12% a 13% (sem tratamento) para 
aproximadamente 0,1%. 
 
 
 
 
Se o sangue do feto for Rh negativo ou 
se os resultados dos exames continuarem a 
indicar que o feto não tem anemia, a 
gravidez pode continuar até o fim sem 
nenhum tratamento. 
 
Sífilis Congênita 
 O que é? 
 Infecção de múltiplos sistemas 
causada pelo Treponema pallidum. 
 Transmitida pela placenta; 
 Caracterizada por sinais precoces e 
tardios. 
Sinais Precoces 
 Lesão de pele característica. 
 Linfadenopatia. 
 Hepatoesplenomegalia. 
 Incapacidade de ganhar peso. 
 Secreção nasal sanguinolenta. 
 Fissura perioral. 
 Meningite. 
 Coroidite. 
 Hidrocefalia. 
 Convulsões. 
 Retardo mental. 
 Osteocondrite. 
 Pseudoparalisia. 
Sinais Tardios 
 Úlcera gomosa. 
 Lesões periostais. 
 Paresias. 
 Tabes. 
 Atrofia óptica. 
 Queratite intersticial. 
 Surdez sensorineural. 
 Deformidades dentárias. 
Transmissão 
 
Sífilis Congênita Precoce 
 A sífilis congênita precoce surge até 0 
segundo ano de vida e assintomático ao 
nascimento com expressão clínica e sinais 
discretos na criança. O diagnóstico vem 
por meio de uma avaliação clínica, 
laboratorial e de estudos de imagem na 
criança. 
Características da Precoce 
 Clínicas: petéquias, púrpura, fissura 
peribucal, síndrome nefrótica, hidropisia, 
edema, convulsão e meningite. 
 Laboratorial: anemia, leucopenia, 
trombocitopenia e leucocitose. 
Sífilis Congênita Tardia 
 Surgem após os 2 anos de vida e pode 
ser diagnosticada por critérios 
epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. 
Atento para a possibilidade da criança ter 
sido exposta ao T. pallidum por meio de 
exposição sexual. 
 
Outras situações: 
 Óbito fetal por sífilis: Todo feto morto, 
após 22 semanas de gestação ou peso igual 
ou maior de 500 gramas, cuja mãe portadora 
de sífilis não foi tratada ou foi 
inadequadamente tratada. 
 Aborto por sífilis: Define-se aborto por 
sífilis toda perda gestacional, ocorrida antes 
de 22 semanas de gestação, ou com peso 
menor a 500 gramas, cuja mãe é portadora 
de sífilis e não foi tratada ou foi 
inadequadamente tratada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções Gerais de Neonatologia
Neonatologia 
 É o ramo da pediatria que se dedica à 
atenção do recém-nascido sadio ou 
enfermo. 
 
A palavra neonatologia deriva de natos, 
que em latim significa nascer e logos, que é 
tratado ou estudo, então neonatologia é o 
conhecimento do recém-nascido humano, 
Finalidade da Neonatologia 
A neonatologia tem por finalidade a 
assistência ao recém-nascido, bem como a 
pesquisa clínica, sendo sua principal meta: a 
redução da mortalidade e morbidade 
perinatais e a procura de sobrevivência do 
recém-nascido nas melhores condições 
funcionais possíveis. 
Mortalidade neonatal 
Atualmente, a mortalidade neonatal é 
responsável por quase 70% das mortes no 
primeiro ano de vida e o cuidado adequado 
ao recém-nascido tem sido um dos desafios 
para reduzir os índices de mortalidade infantil 
em nosso país. 
 
 Taxa de mortalidade neonatal (TMN): é 
a relação entre o número de mortes de 
crianças com menos de 28 dias durante o 
ano pelo número de nascidos vivos no 
mesmo ano; é expressa por 1.000 nascidos 
vivos. 
 Taxa de mortalidade neonatal 
precoce: é a razão entre o número de mortes 
de crianças com menos de uma semana 
durante o ano e o número de nascidos vivos 
no mesmo ano. O valor é expresso por 1.000 
nascidos vivos. 
 Taxa de mortalidade perinatal: é a 
razão entre o número de mortes de uma 
criança com menos de uma semana 
durante o ano e o número de nascimentos 
naquele ano (incluindo natimortos); é 
expressa por 1.000 nascidos vivos. 
 Óbito fetal, morte fetal ou perda fetal: 
segundo a OMS, é a morte de um produto da 
concepção antes da expulsão ou da 
extração completa do corpo da mãe, 
independentementeda duração da 
gravidez; indica o óbito do feto, depois da 
separação, não respirar nem apresentar 
nenhum sinal de vida, como batimentos do 
coração, pulsações do cordão umbilical ou 
movimentos efetivos dos músculos de 
contração voluntaria. 
Unidade neonatal 
 É o setor do hospital destinado a assistir 
o bebê desde o nascimento até a sua alta. 
 Fluxograma: Sala de parto ou centro 
cirúrgico, berçário ou UTI neonatal e ALCON; 
 Contato pele a pele por pelo menos 1h 
para RNs com boa vitalidade ao nascer (a 
termo); 
 Rotina na sala de reanimação; 
 ALCON. 
Conceitos 
 Nativivo: produto de um nascimento 
do feto vivo (quando RN respira ou mostra 
qualquer evidência de vida). 
 Natimorto: produto de um nascimento 
do feto morto. 
 Óbito fetal: morte de um produto de 
concepção antes de sua expulsão. 
 Óbito neonatal: ocorrido em crianças 
menores de 28 dias de nascimento. 
 Morte neonatal precoce (7 dias) e 
tardia (28 dias). 
 RN de baixo peso < 2.500g. 
 RN de muito baixo peso < 1500g. 
 RN de extremo baixo peso < 1000g. 
Nomenclatura por idade gestacional 
 Pré-termo: < 37 semanas de gestação 
(limítrofe 35-36, moderado 31 – 34, extremo 
24-30.) 
 Termo: entre 37 a 41 semanas e 6 dias. 
 Pós-termo: 42 semanas de gestação 
ou mais. 
 De acordo com o crescimento 
intrauterino: PIG, AIG e GIG (curva: peso x 
idade gestacional). 
Curva de crescimento intrauterino 
 
Cálculo de idade gestacional 
 Obstetra – História obstétrica 
cuidadosamente obtida (DUM) e exames 
feitos no início da gestação; 
 Pediatra - Pelo exame físico geral - Pelo 
exame neurológico; 
RN Pré-Termo 
 É a criança nascida em um período 
inferior a 37 semanas de gestação, com: 
1. Estatura geralmente inferior a 47 cm. 
2. Peso geralmente inferior a 2.500 g. 
3. Membros compridos em relação ao 
corpo. 
4. Excesso de lanugem. 
5. Ausência de vérnix caseoso. 
6. Testículos geralmente ausentes da 
bolsa escrotal. 
7. Intenso edema dos grandes lábios. 
8. Predisposição às infecções. 
9. Reflexos deficientes. 
10. Insuficiência respiratória grave. 
11. Predisposição à hemorragia. 
 
RN a Termo 
 Vérnix caseoso presente. 
 Milium sebáceo presentes na face. 
 Manchas mongólicas que aparecem 
geralmente na região glútea. 
 Lanugem presentes. 
 O tórax pode apresentar tumefação 
dos mamilos; 
 O abdome apresenta-se abaulado 
pelo aumento fisiológico do fígado e baço; 
 Os membros são curtos em relação ao 
corpo; 
 Perímetro Cefálico - em média, 34 a 35 
cm. 
Microcefalia 
O Ministério da Saúde mudou os 
critérios que classificam uma criança como 
tendo microcefalia. Até então, a pasta 
considerava que bebês com circunferência 
da cabeça igual ou menor a 33 cm tinham a 
malformação. 
 
O novo parâmetro passa a apontar 
microcefalia em crianças com cabeça 
medindo 32 cm ou menos de circunferência. 
 
 
 
 
RN Pós-termo 
É a criança nascida após 41 semanas 
de gestação e 6 dias, que apresenta as 
seguintes características: 
• Deslocamento quase total do vernix 
caseoso; 
• Pele enrugada; 
• Pouca lanugem; 
 Variação da frequência 
cardíaca/sofrimento fetal. 
 Estágio 1: O recém-nascido 
apresenta vernix caseoso e lanugem 
ausentes ou escassos; Borda livre das unhas 
ultrapassando a polpa digital; Cabelos 
muito longos, expressão fisionômica de 
“envelhecimento” e de “preocupação” e 
os olhos bem abertos (olhar vígil); 
 Estágio 2: A descamação da pele se 
faz em grandes placas e estende-se por 
todo o corpo, alcançando as faces plantar 
e palmar (“mão de lavadeira”); 
 Estágio 3: Eliminação de mecônio 
que impregna a pele, unhas, traduzindo 
sofrimento fetal crônico. 
 Estágio 4: É o grau mais avançado. Os 
recém-nascidos exibem tegumento de cor 
amarelo brilhante, decorrente da 
transformação do mecônio. 
 
 
Eliminações fisiológicas 
 23% urinam na sala de parto; 
 99% urinam em 48 horas; 
 Diurese das primeiras 24 horas =15ml. 
 Eliminação de mecônio: 90% nas 
primeiras 24 horas; considera-se retardo a 
alimentação após 36-48 horas e pode surgir 
obstrução intestinal. 
Método de estimativa da IG no período 
pós-natal 
Após o parto, a avaliação da idade 
gestacional é feita através da observação 
das características físicas externas, 
avaliação neurológica ou sistemas de 
escores que combinam estas avaliações. A 
observação destas características é feita 
rotineiramente na Sala de Parto, logo após 
o nascimento. 
Método de Capurro 
Método de avaliação pós-natal da 
idade gestacional desenvolvido por 
Capurro, Konichezky e Fonseca, (1978), 
baseado em 6 itens do exame físico. É de 
fácil execução, permitindo rápida 
avaliação da idade gestacional na sala de 
parto. É mais preciso para estimativa em 
recém-nascidos com idade gestacional 
superior a 34 semanas. 
 
 Capurro somático: textura da pele, 
pregas plantares, forma da orelha, 
glândulas mamárias e forma do mamilo. 
 Capurro somático neurológico: 
textura da pele, forma da orelha, glândulas 
mamárias, pregas plantares, sinal do 
cachecol e posição da cabeça ao 
levantar do RN. 
 
Condutas Iniciais 
 Diminuir o máximo possível o período 
de separação mãe – filho, liberando o RN 
para o Alojamento Conjunto, tão logo as 
condições clínicas permitam. 
 O bebê deve ir direto da sala de 
reanimação para o Alojamento Conjunto. 
 Na sala de reanimação, observar 
rigorosamente o RN (o ritmo respiratório, 
palidez, cianose, tremores, gemidos, hipo 
ou hipertonia, malformações, tipo de choro, 
etc.). 
 Avaliar a idade gestacional, pesar e 
classificar o RN, estimando o risco de 
patologias (monitorização da glicemia com 
fitas reagentes para RN PIG, GIG, sorologia 
para infecção congênita, etc..). 
 Aplicar 0,1 ml (1mg) IM de vitamina K1 
(Kanakion) para prevenção da doença 
hemorrágica do RN. 
 Instilar uma gota de nitrato de prata 
a 1% em cada um dos olhos tanto no RN de 
parto normal como cesariana e 2 gotas na 
vagina para a prevenção da gonocócica 
neonatal. 
 Aplicar o Engerix B® (0,5 ml IM) para 
todos os RN na prevenção da Hepatite pelo 
vírus B. 
 Fazer o exame físico completo após o 
nascimento. Este exame deverá ser 
minucioso e tem, como objetivos: Detectar 
anormalidades anatômicas e determinar 
estado de saúde do RN. 
 Histórico materno: Paridade, 
antecedentes maternos (uso de drogas, 
tabagismo, álcool), informações sobre 
gestações, trabalho de parto e partos 
anteriores e intercorrências no pré-natal. 
 Histórico familiar: Enfermidades atuais 
e significantes em membros da família e 
consanguinidade. 
 Histórico neonatal: Ocorrências no 
pré-parto e sala de parto, boletim apgar, 
necessidade de reanimação e 
amamentação. 
 Placenta: Peso, coloração, odor, 
relação do peso da placenta com peso do 
RN (classificação da placenta e do RN) e 
cordão umbilical. 
 Avaliação da idade gestacional. 
 Medidas ao nascer: peso, 
comprimento (Rn deitado sobre a régua e 
a medida feita do calcanhar à 
protuberância occipital) e perímetro 
cefálico. 
 
Recepção do RN
Preparo para a assistência 
O preparo para atender o RN na sala 
de parto inclui necessariamente: realização 
de anamnese materna, disponibilidade do 
material para atendimento e presença de 
equipe treinada em reanimação neonatal. 
 Anamnese materna: condições 
perinatais associadas à necessidade de 
reanimação neonatal. 
 
 Material para atendimento: 
 
 
 
Recepção em Sala de Parto 
 Avaliação da vitalidade ao nascer: 
Imediatamente após ao nascimento, a 
necessidade de reanimação depende da 
avaliação rápida de três situações referentes 
à vitalidade do concepto, sendo feitas as 
seguintes perguntas: Gestação a termo?; 
Respirando ou chorando?; Tônus muscular 
em flexão?  Se a resposta é sim a todas as 
perguntas, considera-se que o RN está com 
boa vitalidade e não necessita de manobras 
comreanimação. 
 A determinação da necessidade de 
reanimação e a avaliação de sua eficácia 
dependem da avaliação simultânea de dois 
sinais: respiração e frequência cardíaca (FC). 
 A frequência cardíaca é o principal 
determinante da decisão de indicar as 
diversas manobras de reanimação. 
 Logo após o nascimento, o RN deve 
respirar de maneira regular e suficiente para 
manter a FC acima de 100 bpm. 
 A FC é avaliada por meio da ausculta 
do precórdio com estetoscópio podendo 
eventualmente ser verificada pela palpação 
do pulso na base do cordão umbilical. 
 
Boletim de Apgar 
 
 O boletim de Apgar não deve ser 
utilizado para determinar o início da 
reanimação, nem as manobras a serem 
instituídas no decorrer do procedimento. 
 Sua aferição permite avaliar a 
resposta do RN às manobras realizadas e a 
eficácia dessas manobras. 
 Se o escore é inferior a sete no 5º 
minuto, recomenda-se sua aplicação a 
cada cinco minutos, até 20 minutos de vida. 
 Se, ao nascimento, verifica-se que o 
RN é a termo, está respirando ou chorando e 
com tônus muscular em flexão, a criança 
apresenta boa vitalidade e não necessita de 
qualquer manobra de reanimação. 
 Após o clampeamento do cordão, o 
RN poderá ser mantido sobre o abdome 
e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe 
como fonte de calor, garantindo-se que o 
posicionamento da criança permita 
movimentos respiratórios efetivos. 
 
 
 O contato pele a pele 
imediatamente após o nascimento, em 
temperatura ambiente de 26 graus, reduz o 
risco de hipotermia em RN a termo que 
nascem com respiração espontânea e que 
não necessitam de ventilação, desde que 
cobertos com campos pré-aquecidos. 
Nesse momento, pode-se iniciar a 
amamentação. 
 A organização mundial de saúde, 
recomenda que o aleitamento materno 
seja iniciado na primeira hora de vida, pois 
está associado a menor mortalidade 
neonatal, maior período de amamentação, 
melhor interação mãe-bebê e menor risco 
de hemorragia materna. 
 
 Laqueadura do cordão umbilical: 
Fixar o clamp à distância de 2 a 3 cm do 
anel umbilical, envolvendo o coto com 
gaze embebida em álcool etílico 70% ou 
clorexidina alcóolica 0,5%. Em RN de 
extremo baixo peso, utiliza-se soro 
fisiológico. Verificar a presença de duas 
artérias e de uma veia umbilical, pois a 
existência de artéria umbilical única pode 
associar-se a anomalias congênitas. 
 
 
Cuidados Iniciais 
Prevenção da oftalmia gonocócica pelo 
método de Credé 
 Retirar o vérnix da região ocular com 
gaze seca ou umedecida com água, sendo 
contraindicado o uso de soro fisiológico ou 
qualquer outra solução salina. 
 Afastar as pálpebras e instilar uma 
gota de nitrato de prata a 1% no fundo do 
saco lacrimal inferior a cada olho. 
 A seguir, massagear suavemente as 
pálpebras deslizando-as sobre o globo 
ocular para fazer com o que nitrato de 
prata banhe toda a conjuntiva, em que se 
o RN for do sexo feminino, devemos pingar 
duas gotas na vagina também. 
 Opções: Eritromicina a 0,5% (colírio) 
ou Tetraciclina a 1%. 
Outros Cuidados 
 Antropometria: peso, comprimento e 
os perímetros cefálicos, torácico e 
abdominal. 
 Prevenção do sangramento por 
deficiência de vitamina K: Administrar 1mg 
(0,1ml) de vitamina K1 por via intramuscular 
ou subcutânea ao nascimento. 
 Detecção de incompatibilidade 
sanguínea materno fetal: coletar sangue da 
mãe e do cordão umbilical para determinar 
os antígenos dos sistemas ABO e Rh. Não é 
necessário realizar o teste de Coombs direto 
de rotina. No caso da mãe Rh negativo, 
deve-se realizar pesquisa de anticorpos 
anti-D por meio do Coombs indireto na mãe 
e Coombs direto no sangue do cordão 
umbilical. 
 Identificação do RN – pulseiras. 
Humanização da Assistência 
 Os RN instáveis devem permanecer 
com suas mães e ser transportados juntos ao 
alojamento conjunto. 
 Caso haja a necessidade de 
transporte do RN para outra unidade 
neonatal, antes do transporte ele sempre 
deve ser mostrado à mãe novamente. 
História 
 A obtenção dos primeiros dados é 
feita pouco tempo antes de seu 
nascimento. 
 Existe o risco de que nem todas as 
informações necessárias sejam oferecidas 
adequadamente por parte da mãe, que 
pode estar completamente envolvida com 
o trabalho de parto. 
 Sempre que possível, a obtenção das 
informações deve ocorrer logo após a 
entrada da gestante, no início do trabalho 
de parto, quando a parturiente ainda tem 
a possibilidade de refletir sobre os 
questionamentos. 
 Muitos dos dados necessários podem 
também ser obtidos a partir do cartão do 
acompanhante pré-natal da gestante, que 
traz, quando adequadamente preenchido, 
informações relevantes, e do prontuário 
médico da paciente. 
 A história clínica do RN deverá conter 
dados sobre antecedentes dos pais, de 
outras gestações, partos e evolução das 
crianças. Ainda deverão contar a evolução 
da gestação atual, e a evolução do parto 
e da criança, do nascimento até o 
momento atual. 
 
 
 
 
 
 
 
Exame Físico do RN 
 Observar simetria geral do corpo, 
postura e tônus. 
 Avaliar textura, umidade, cor e 
anomalias da pele. 
 Palpar todas as cadeias 
ganglionares: cervicais, occipitais, 
submandibulares, axilares, inguinais e 
descrever anormalidades. 
 Avaliar a cor, umidade e presença de 
lesões nas mucosas. 
 Na boca, avaliar presença de dentes, 
tumorações, tamanho e proporcionalidade 
da mandíbula e fissuras do palato. 
 Avaliar força e mobilidade de todos 
os membros. 
 Palpar o crânio, identificando 
fontanelas, suturas e anomalias. 
 Avaliar a presença de deformidades 
ósseas, inadequações de mobilidade e dor 
à palpação de todos os ossos e 
articulações. 
 Avaliar presença de dedos 
extranuméricos e/ou apêndices 
digitiformes. 
 Atentar para lesões do plexo braquial 
podendo estar associado ao estiramento 
exagerado ou à fratura de clavícula. 
 Realizar manobra de Ortolani. 
 Palpar a linha média da coluna 
vertebral na busca de espinha bífida, 
meningocele e outros defeitos, 
especialmente na região sacrolombar. 
 Avaliar o padrão respiratório quanto 
à frequência e amplitude dos movimentos, 
tiragem, retração xifoidiana, batimentos de 
asas do nariz, estridor expiratório e gemidos. 
 
 Avaliar na ausculta a presença de 
creptos, roncos e diminuição do murmúrio 
vesicular. 
 Avaliar ritmo, frequência cardíaca, 
bulhas e presença de sopro. 
 Avaliar intensidade e simetria de 
pulsos nas extremidades (femorais). 
 Observar a forma do abdome e 
verificar presença de ruídos hidroaéreos. 
 Observar a forma do abdome e 
verificar a presença de ruídos hidroaéreos. 
 Observar a presença de anomalias 
abdominais, tais como: escavação 
acentuada, hérnia diafragmática e 
visceromegalias. 
 Inspecionar as condições do coto 
umbilical, inclusive quanto a sinais flogísticos 
periumbilicais. 
 Observar a presença de 
anormalidades genitais. 
 Nos meninos, verificar a presença ou 
ausência de testículos, que podem ser 
encontrados nos canais inguinais 
(hidrocele, hipospádia, epispádia). 
 Nas meninas, devemos avaliar a 
conformação vaginal. 
 Observar a presença de diurese. 
 Avaliar posição e conformação do 
ânus. 
 Observar a eliminação do mecônio. 
 Realizar estimativa da Idade 
Gestacional pelo Método Capurro. 
 
 
Patologias Neonatais 
 
Doença Hemolítica do RN 
A Doença hemolítica Perinatal ou 
Eritroblastose fetal é caracterizada pela 
destruição dos eritrócitos do feto Rh positivo 
por anticorpos específicos da mãe Rh 
negativos  o rastreamento começa no 
pré-natal. 
O antígeno mais usualmente abrangido 
no desenvolvimento da doença hemolítica 
perinatal é o antígeno D, o qual é 
responsável por definir o tipo sanguíneo Rh 
 Se uma pessoa é D positivo, ela será 
Rh positivo. 
 Se uma pessoa não possui o antígenoD, ela será Rh negativo. 
 A imunoglobulina utilizada para 
prevenção de Doença hemolítica é a Anti 
D e deve ser aplicada até 72 h após o parto 
ou abortamento. 
A produção materna A produção 
materna de anticorpos anti D se dá logo 
após a primeira apresentação ao antígeno 
D, nas decorrentes gestações com feto Rh 
positivos. Os anticorpos anti D, por serem da 
classe IgG penetram a barreira placentária 
se ligando aos eritrócitos fetais, começando 
o processo hemolítico; 
 
 Teste de antiglobulina (Coombs). 
 O desenvolvimento da Eritroblastose 
fetal acontece se a mãe desenvolver 
anticorpos contrários aos eritrócitos do feto, 
o que acontece unicamente se a mesma já 
foi sensibilizada previamente por meio de 
uma transfusão sanguínea incompatível, ou 
após a primeira gestação de um feto Rh 
positivo. 
Eritrobastose Fetal 
 
 Aumento do fígado e do baço. 
 Pressão no sistema porta fetal. 
 Ascite e aumento de proteínas 
circulantes. 
 Insuficiência cardíaca congestiva. 
 Retardo do crescimento intrauterino. 
 
E no recém-nascido? 
 
 No útero, a bilirrubina do feto, 
formada como resultado da hemólise é 
eliminada parcialmente pela placenta 
materna; 
 Ao nascer, o RN depende dos seus 
próprios mecanismos hepáticos para 
metabolizar a bilirrubina; 
 Sem esses sistemas, a degradação da 
hemoglobina leva a um acúmulo de 
bilirrubina, que pode levar kernicterus (lesão 
no SNC, cérebro apresenta se edemaciado 
e aumentado, além de apresentar uma 
coloração amarelo brilhante) 
 Quando excedida a capacidade 
compensatória do sistema hematopoiético, 
ocorre profunda anemia, resultando em 
palidez, sinais de descompensação 
cardíaca e anasarca. 
 
Tratamento em UTI NEO 
 
 Estabilizar o recém-nascido na sala de 
parto (reanimação nascido na sala de 
parto (reanimação cardiovascular, 
ventilação assistida, drenagem do líquido 
pleural ou ascético); 
 Avaliação: hidropisia, anemia, 
hepatoesplenomegalia, púrpura 
prematuridade e adaptação 
cardiovascular; 
 Coleta de sangue do cordão para: 
tipagem ABO e Rh, Coombs direto, 
hemograma, bilirrubina e proteínas 
totais/albumina; 
 Providenciar sangue para a 
necessidade de uma exsanguíneo 
transfusão precoce. 
 
 
Doença da membrana hialina - 
prematuros 
 Deficiência de surfactante pulmonar; 
 Resulta em atelectasia, redução da 
capacidade residual funcional, hipóxia e 
dificuldade respiratória; 
 Dificuldade de expansão pulmonar; 
 A caixa torácica do RN prematuro é 
muito complacente, ele tenta superar a 
complacência reduzida do pulmão com 
pressões inspiratórias crescentes, gerando 
retrações na parede do tórax; 
 Troca de ar precária, aumento do 
espaço morto fisiológico e hipoventilação 
alveolar; 
 Redução da síntese de surfactante 
pode levar a hipertensão pulmonar. 
 https://www.youtube.com/watch?v=
NBA9iigiDgk&list=PLtFMz2lx-
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Tratamento em UTI NEO 
 
 Ambiente termoneutro. 
 Acesso venoso PICC. 
 Nutrição parenteral. 
 Assistência ventilatória. 
 Controle de gasometria e saturação 
de O2. 
 Uso de surfactante. 
Taquipneia Transitória do RN 
 Taquipneia sem explicação clínica 
aparente; 
 Ocorre em recém-nascido a termo e 
prematuros; 
https://www.youtube.com/watch?v=NBA9iigiDgk&list=PLtFMz2lx-iiJxVdymdFAW5JciRGdzllWk
https://www.youtube.com/watch?v=NBA9iigiDgk&list=PLtFMz2lx-iiJxVdymdFAW5JciRGdzllWk
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 Absorção retardada do líquido 
pulmonar; 
 Aspiração de líquido amniótico e 
muco; 
 Não há tratamento específico e o 
desconforto respiratório é autolimitado, 
quase sempre resolvendo se em 24 a 72 
horas; 
 Monitorar FC e FR e avaliar suspensão 
da sucção no seio materno e oferta de 
dieta via sonda; 
Eritema Tóxico 
 Erupção cutânea benigna, 
autolimitada e idiopática; 
 Geralmente ocorre em RN a termo; 
 As lesões caracterizam se por 
máculas, pápulas e pústulas eritematosas 
transitórias, que se iniciam em geral ao 
redor de 3 a 4 dias de vida e localizam se 
em fronte, face, tronco e membros, 
tendendo a poupar palmas das mãos e 
plantas dos pés. 
 Habitualmente têm evolução rápida, 
desaparecendo de uma área e surgindo 
em outra em horas; 
 O diagnóstico é na maioria das vezes 
clínico; 
 Pode se realizar biópsia nos casos 
duvidosos; 
 No diagnóstico diferencial devem ser 
considerados melanose pustular transitória, 
milium, miliária e impetigo. 
 O tratamento é desnecessário, pois se 
trata de condição autolimitada. 
 
Acne Neonatal 
 Erupção acneiforme benigna e 
autolimitada, que geralmente acomete o 
RN com 2 a 4 semanas de vida e mais 
raramente ao nascer. 
 Os comedões, pápulas inflamatórias 
e pústulas localizam se na face, tórax, dorso 
e virilhas. 
 Ocorre igualmente entre os sexos e 
em torno de 50 dos lactentes. 
 Pode persistir até os 8 meses de vida e 
em poucos casos até a vida adulta. 
 O tratamento dos casos leves é 
desnecessário, sendo recomendada 
apenas limpeza local. 
 Para os casos graves, pode ser 
utilizado peróxido de benzoíla a 2,5%. 
 
Impetigo 
 Inicia se geralmente ao redor de 2 a 3 
dias de vida, sob a forma de lesões 
superficiais vesiculares, pustulosas ou 
bolhosas, sobre base eritematosa, as quais 
se rompem facilmente, formando crostas. 
 Localizam se habitualmente em áreas 
úmidas da pele, como área das fraldas, 
virilha, axilas e dobras do pescoço. 
 A incidência de impetigo nas 
unidades de cuidados neonatais é um 
excelente indicador da qualidade da 
prevenção de infecções de uma maneira 
geral. 
 O tratamento do impetigo será 
tópico ou sistêmico dependendo do estado 
clínico do RN. 
 Considerando-se que os agentes 
etiológicos mais frequentes são o 
Staphylococcus aureus e eventualmente, o 
Streptococcus beta hemolítico 
 Recomenda se o uso de unguento ou 
creme de mupirocina a 2 nas lesões. 
 Quando ocorrerem manifestações 
sistêmicas de infecção, utiliza se a via 
parenteral, com uso de antibióticos 
específicos de acordo com a sensibilidade 
dos micro-organismos. 
 Recomenda se sempre, que a 
hemocultura seja coletada antes de se 
iniciar a antibioticoterapia. 
 
Método Canguru
O Método Canguru é uma política 
pública e está sendo ampliado e 
fortalecido no Brasil, uma vez que foi 
incorporado às ações do Pacto de 
Redução da Mortalidade Materna e 
Neonatal. 
Norma de Atenção Humanizada ao 
Recém-nascido de Baixo Peso Método 
Canguru, instituída na Portaria GM/MS nº 1 
683 de 12 de julho de 2007. 
 Reduz o tempo de separação entre 
mãe e recém-nascido e favorece o vínculo; 
permite um controle térmico adequado; 
 Contribui para a redução do risco de 
infecção hospitalar; 
 Reduz o estresse e a dor do recém-
nascido; 
 Aumenta as taxas de aleitamento 
materno. 
 Melhora a qualidade do 
desenvolvimento neurocomportamental e 
psicoafetivo do recém-nascido; 
 Propicia um melhor relacionamento 
da família com a equipe de saúde; 
 Possibilita maior competência e 
confiança dos pais no cuidado do seu filho 
inclusive após a alta hospitalar; 
 Reduz o número de reinternações; 
 Contribui para a otimização dos leitos 
de Unidades de Terapia Intensiva e de 
Cuidados Intermediários Neonatais. 
Histórico 
O Método Canguru foi inicialmente 
idealizado na Colômbia no ano de 1979 no 
Instituto Materno Infantil de Bogotá, pelos Dr 
Reys Sanabria e Dr Hector Martinez, como 
proposta de melhorar os cuidados 
prestados ao recém-nascido pré termo 
naquele país, visando reduzir os custos da 
assistência perinatal e promover, através do 
contato pele a pele precoce entre a mãe e 
o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior 
estabilidade térmica e melhor 
desenvolvimento. 
Primeira Etapa 
 Acolher os pais e a família na Unidade 
Neonatal; 
 Esclarecer sobre as condições de 
saúde do RN e sobreos cuidados 
dispensados, sobre a equipe, as rotinas e o 
funcionamento da Unidade Neonatal; 
 Estimular o livre e precoce acesso dos 
pais à Unidade Neonatal, sem restrições de 
horário; 
 Propiciar sempre que possível o 
contato com o bebê; 
 Garantir que a primeira visita dos pais 
seja acompanhada pela equipe de 
profissionais; 
 Oferecer suporte para a 
amamentação. 
 Estimular a participação do pai em 
todas as atividades desenvolvidas na 
Unidade; 
 Assegurar a atuação dos pais e da 
família como importantes moduladores 
para o bem estar do bebê; 
 Comunicar aos pais as peculiaridades 
do seu bebê e demonstrar continuamente 
as suas competências; 
 Garantir à puérpera a permanência 
na unidade hospitalar pelo menos nos 
primeiros cinco dias, oferecendo o suporte 
assistencial necessário; 
 Diminuir os níveis de estímulos 
ambientais adversos da unidade neonatal, 
tais como odores, luzes e ruídos; 
 Adequar o cuidar de acordo com as 
necessidades individuais comunicadas pelo 
bebê; 
 Garantir ao bebê medidas de 
proteção do estresse e da dor. 
Segunda Etapa 
Bebê – RN em contato direto com a mãe 
 
 Estabilidade clínica. 
 Nutrição enteral plena (peito, sonda 
gástrica ou copo). 
 Peso mínimo de 1.250g. 
 
Mãe 
 
 Desejo de participar, disponibilidade 
de tempo e de rede social de apoio 
 Consenso entre mãe, familiares e 
profissionais da saúde; 
 Capacidade de reconhecer os sinais 
de estresse e as situações de risco do 
Recém-nascido. 
 Conhecimento e habilidade para 
manejar o bebê em posição canguru. 
 
Terceira Etapa 
 Seguimento ambulatorial agenda 
aberta. 
 Médicos e enfermeiros. 
 Até 2.500g, após, seguimento de 
rotina na UBS. 
 Primeira consulta com 48h após a 
alta. 
 
Saúde Mental 
Em muitos casos de distúrbios 
psiquiátricos, existe uma incidência 
significativamente elevada de ausência de 
formação de uma ligação afetiva ou de 
prolongadas com os pais e talvez repetidas 
rupturas dessa ligação, especialmente em 
momentos primordiais para o 
desenvolvimento ou estabelecimento dos 
laços afetivos! 
Conteúdo de apoio 
 https://www.youtube.com/watch?v=
IhKyaqGX_ MQ. 
 https://www.youtube.com/watch?v=
17KtGo6anWw.

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