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Materno Infantil Técnico em Enfermagem Olá este material didático correspondente à disciplina, Materno Infantil, do Curso Técnico de Enfermagem da Escola Técnica Alvorada, esta aborda os temas específicos da formação do profissional técnico de enfermagem. Contém os objetivos de aprendizagem referentes ao tema acompanhado do conteúdo no intuito de deixar claro o que é esperado do aluno ao final da disciplina. Elaborado no intuito de qualificar o processo de ensino-aprendizagem, este material consiste-se como instrumento pedagógico mediador para facilitar o processo de ensino- aprendizagem em sala de aula embasado em um método problematizador, dialógico e prático, afim de torna o aluno protagonista do seu aprendizado facilitando a apropriação dos conceitos de forma crítica e responsável. EMENTA - disciplina de Materno Infantil. Revisão de anatomia e fisiologia do sistema genital feminino; Assistência de enfermagem no pré-natal; Assistência no pré, trans e pós-parto; Evolução do trabalho de parto; Parto operatório; Noções das complicações mais comuns na gravidez; Assistência de enfermagem nas complicações do puerpério; Assistência de enfermagem ao recém-nato normal; Aleitamento materno; Incubadoras; Berçário e alojamento conjunto;Planejamento familiar Revisão de anatomia e fisiologia do sistema genital feminino; Assistência de enfermagem no pré-natal; Assistência no pré, trans e pós-parto; Evolução do trabalho de parto; Parto operatório; Noções das complicações mais comuns na gravidez; Assistência de enfermagem nas complicações do puerpério; Assistência de enfermagem ao recém-nato normal; Aleitamento materno; Incubadoras; Berçário e alojamento conjunto;Planejamento familiar MATRIZ CURRICULAR DE TÉCNICO EM ENFERMAGEM MÓDULO I COMPONENTE CURRICULAR PROFESSOR: DATA: NOTA: Higiene e Profilaxia. Microbiologia e Parasitologia. Anatomia e Fisiologia Humana. Matemática Aplicada. Noções de Farmacologia. Fundamentos de Enfermagem. MÓDULO II COMPONENTE CURRICULAR PROFESSOR: DATA: NOTA: Psicologia Aplicada. Enfermagem Médica. Enfermagem Cirúrgica. Enfermagem Materno-Infantil. Administração Aplicada à Enfermagem. Português Aplicada. MÓDULO III COMPONENTE CURRICULAR PROFESSOR: DATA: NOTA: Enfermagem em Saúde Pública. Enfermagem. Neuropsiquiátrica. Nutrição e Dietética. Primeiros Socorros. Estágio Supervisionado. SUMÁRIO UNIDADE I – ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO .............. 1 1.1 Anatomia do Sistema genital feminino ............................................................................. 1 1.2 Principais afecções do aparelho reprodutor feminino e a consulta clínico- ginecológica ...................................................................................................................... 2 1.2.1 Leucorréias ................................................................................................................ 2 1.2.2 Vulvovaginites ............................................................................................................ 2 1.2.3 Vaginoses bacterianas ............................................................................................... 3 1.2.4 Candidíase vulvovaginal ............................................................................................ 3 1.2.5 Tricomoníase genital .................................................................................................. 4 1.2.6 Herpes genital ............................................................................................................ 4 1.2.7 Cranco mole............................................................................................................... 4 1.2.8 Bartholinite ................................................................................................................. 4 1.2.9 Câncer de útero ......................................................................................................... 4 1.2.10 Câncer de mama..................................................................................................... 4 1.3 Fisiologia do ciclo menstrual .......................................................................................... 5 1.3.1 O ciclo menstrual ....................................................................................................... 5 1.4 CLIMATÉRIO .................................................................................................................... 6 1.5 MENOPAUSA ................................................................................................................... 6 1.3.1 Sintomas .................................................................................................................... 7 1.6 Desenvolvimento Embrionário e Fetal ........................................................................... 8 1.6.1 Fecundação ............................................................................................................... 8 1.6.2 Desenvolviemento do blastocisto ............................................................................... 9 1.6.3 Desenvolviemento do embrião, feto e placenta .......................................................... 9 1.7 Fases do desenvolvimento embrionário ........................................................................ 10 1.7.1 Fase ovular – 1 semana ........................................................................................... 10 1.7. 2 Fase embrionária ..................................................................................................... 10 1.7. 3 Fase fetal ................................................................................................................ 11 1.8 Anexos do embrião e feto ............................................................................................... 11 1.8.1 Placenta ................................................................................................................... 12 1.8. 2 Cordão umbilical ...................................................................................................... 12 1.7. 3 Líquido amniótico .................................................................................................... 12 UNIDADE II – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL ..................................... 13 2.1 Avaliação pré-concepcional ........................................................................................... 13 2.2.1 Atividades desenvolvidas na avaliação pré-natal ...................................................... 13 2.2 Assistência pré-natal ...................................................................................................... 14 2.3 Organização dos serviços, planejamento e programação ........................................... 14 2.4 Acolhimento ao pré-natal ............................................................................................... 14 2.5 O papel da equipe de atenção básica no pré-natal ....................................................... 15 2.6 Diagnóstico de gravidez ................................................................................................. 15 2.6.1 Sinais de presunção de gravidez .............................................................................. 16 2.6.2 Sinais de probilidade de gravidez .............................................................................. 16 2.6.3 Sinais de certeza de gravidez .................................................................................... 16 2.7 Classificação de risco gestacional ................................................................................ 16 2.8 Calendário de consulta pré-natal ...................................................................................19 2.9 Roteiro da consulta de pré-natal .................................................................................... 19 2.10 Anamnese ............................................................................................................................ 20 2.11 Cálculo da data provável do parto ..................................................................................... 20 2.12 Cálculo da idade gestacional ............................................................................................. 20 2.13 Exame físico ........................................................................................................................ 20 2.13.1 Palpação obstétrica e medidas uterinas (AU) ................................................................... 21 2.13.2 Asculta dos batimentos cardiofetais ................................................................................. 21 2.13.3 Controle do peso .............................................................................................................. 21 2.13.4 Controle da pressão arterial ............................................................................................. 22 2.13.5 Avaliar Sinais Clínicos ..................................................................................................... 22 2.13.6 Exames complementares de rotina no pré-natal ............................................................... 22 2.13.7 Imunização na gestação .................................................................................................. 22 2.13.8 Assistência odontológica ................................................................................................. 23 2.13.9 Suplementação de vitaminas ........................................................................................... 23 UNIDADE III – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO .................................................... 25 3.1 Características variadas ....................................................................................................... 25 3.2 Admissão da parturiente e assistência de enfermagem ..................................................... 25 3.3 Controle da evolução do parto ............................................................................................. 26 UNIDADE IV – EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO ........................................................... 29 4.1 Fase 1: dilatação.................................................................................................................... 29 4.2 Fase 2: expulsão .................................................................................................................... 30 4.3 Fase 3: dequitação ................................................................................................................. 31 4.4 Fase 4: greenberg .................................................................................................................. 32 UNIDADE V – PARTO CESÁRIA/OPERATÓRIO ......................................................................... 34 5.1 Principais recomendações para o parto cesária ................................................................. 35 5.2 Como fazer o parto cesária ................................................................................................... 35 5.2.1 Com quantas semanas o bebê pode nascer ................................................................... 35 5.2.2 Anestesia na cesariana ................................................................................................... 36 5.3 Riscos e complicações do parto cesária ............................................................................. 36 5.3.1 Cicatriz após cesariana ................................................................................................... 36 5.4 Recuperação e cuidados após alta ...................................................................................... 36 5.5 Vantagens do parto normal x cesariana ............................................................................... 36 UNIDADE VI – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PUERPÉRIO (PÓS-PARTO) .................. 38 6.1 Ações de enfermagem relacionadas ao puerpério .............................................................. 38 6.1.1 Uso de medicamentos .................................................................................................... 38 6.1.2 Lóquios........................................................................................................................... 39 6.1.3 Útero .............................................................................................................................. 39 6.1.4 Vagina ............................................................................................................................ 39 6.1.5 Mamas ........................................................................................................................... 39 6.1.6 Intestino .......................................................................................................................... 39 6.1.7 Volta da menstruação ..................................................................................................... 39 6.1.8 Dieta ............................................................................................................................... 39 6.1.9 Períneo........................................................................................................................... 40 UNIDADE VII – NOÇÕES DAS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NA GRAVIDEZ .................... 42 7.1 Hipertensão arterial ............................................................................................................... 42 7.1. 1 Classificação das doenças hipertensivas ..................................................................... 42 7.1. 2 Riscos relacionados a hipertensão crônica .................................................................. 42 7.2 Diabetes gestacional ............................................................................................................. 43 7.3 Infecções sexualmente transmissíveis ................................................................................ 44 7.4 Pielonefrite ............................................................................................................................ 44 7.5 Anormalidades do trato genital ............................................................................................ 45 7.6 Idade materna ........................................................................................................................ 45 7.7 Peso materno ........................................................................................................................ 45 7.8 Altura materna ....................................................................................................................... 46 7.9 Exposição a teratógenos ...................................................................................................... 46 7.10 Natimorto prévio ................................................................................................................. 47 7.11 Parto prematuro prévio....................................................................................................... 47 7.12 Neonato anterior com doença genética ou congênita ....................................................... 47 7.13 Polidrâmnio e oligoidrâmnio .............................................................................................. 47 7.14 Gestação multifetal ............................................................................................................. 48 7.15 Lesão do nascimento.......................................................................................................... 48UNIDADE VIII – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES DO PUERPÉRIO 50 8.1 Complicações que podem ocorrer com maior frequência no puerpério ........................... 50 8.1.1 Hemorragias puerperais ................................................................................................. 50 8.1.2 Infecção puerperal........; ................................................................................................. 51 8.1.3 Rachaduras e fissuras do mamilo ................................................................................... 51 8.1.4 Mastites........................; ................................................................................................. 52 8.1.5 Hematomas Vulvares........; ............................................................................................ 52 8.1.6 Deiscência de sutura e episiotomia.....; .......................................................................... 52 UNIDADE IX – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NATO NORMAL ...................... 54 9.1 Objetivos da assistência ao recém-nato.............................................................................. 54 9.2 Assistência imediata ao recém-nato normal ....................................................................... 55 9.2.1 Desobstrução das vias aéreas ........................................................................................ 55 9.2.2 Secar e aquecer o recém-nascido (RN) ........................................................................... 55 9.2.3 Avaliação da vitalidade do RN - APGAR ......................................................................... 55 9.2.4 Verificar sinais vitais ........................................................................................................ 56 9.2.5 Identificação de recém-nascido ....................................................................................... 56 9.2.6 Clampeamento do cordão umbilical ................................................................................. 56 9.2.7 Administrar nitrato de prata nos olhos do RN ................................................................... 56 9.2.8 Administrar vitamina K ..................................................................................................... 57 9.2.9 Contato mãe-bebê ........................................................................................................... 58 9.2.10 Exame/Avaliação do RN ................................................................................................ 58 UNIDADE X – ALEITAMENTO MATERNO .................................................................................. 60 10.1 Benefícios da amamentação ............................................................................................... 61 10.2 Como amamentar ................................................................................................................ 61 10.3 Banco de leite humano ....................................................................................................... 63 UNIDADE XI – BERÇÁRIO E ALOJAMENTO CONJUNTO ......................................................... 65 11.1 Beçário ................................................................................................................................. 65 11.2 Alojamento conjunto........................................................................................................... 65 11.2.1 Assistência de enfermagem ao recém-nascido no alojamento conjunto ......................... 66 11.2.2 Riscos de infecção ao recém-nascido ........................................................................... 67 1 UNIDADE I – ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR 1. 1 ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o desenvolvimento do bebê, além de ser responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação geral de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina. Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis por produzir os gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona, relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais apresentam uma extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas. Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a gravidez. A parede do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por grande quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser perdida durante a menstruação. O colo do útero, também chamado de cervice, abre-se na vagina. 2 Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o espermatozoide é depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o parto normal. Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios menores, a abertura vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas terminações nervosas, sendo um local de grande sensibilidade. 1. 2 PRINCIPAIS AFECÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO E A CONSULTA CLÍNICO- GINECOLÓGICA Quando recebemos uma mulher na Unidade de Saúde, é importante valorizar suas queixas e perceber com que urgência suas necessidades precisam ser atendidas. Conforme a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), a mulher deve procurar rotineiramente os serviços de saúde, e não somente quando se encontra doente, e deve ter suas necessidades atendidas. A consulta clínico-ginecológica tem por objetivo identificar os mais precocemente possíveis distúrbios que afetam especialmente os órgãos reprodutores femininos e as mamas, além de olhar para a saúde da mulher de uma maneira geral. Os principais sintomas ginecológicos que levam as mulheres a buscarem atendimento são: a dor, as modificações dos ciclos menstruais, as hemorragias e o corrimento vaginal. 1. 2. 1. Leucorréias O corrimento vaginal, chamado leucorréia, é representado pela saída de secreção de coloração e abundância variável. A leucorréia fisiológica é uma secreção normalmente produzida pelas mucosas vulvares, endocervical, ectocervical e sobretudo vaginal que pode ocasionar corrimento sem dar motivo para inquietação e/ ou tratamento. Possui coloração cristalina, semelhante à clara de ovo e torna-se mais espessa quando a mulher está em seu período fértil. As leucorréias patológicas estão ligadas a inflamações vulvovaginais, e pela sua relevância e frequência devem ser diagnosticadas e tratadas. De maneira geral podem ser caracterizadas conforme a sua coloração, entretanto, é necessário a confirmação por meio da bacterioscopia da secreção vaginal. Leucorréia esbranquiçada: infecção vaginal por fungos (candidíase). Leucorréia amarelada: infecção vaginal por protozoário (gardnerella) ou tricomoníase. Leucorréia acinzentada: infecção vaginal por gardnerella. Leucorréia esverdeada: infecção vaginal por trichomonos vaginallis. 1. 2. 2. Vulvovagites Considera-se como vulvovaginites todas as manifestações inflamatórias e/ou infecciosas, de caráteragudo ou crônico que podem acometer a vulva, vagina ou o colo uterino, podendo atingir também acometer a bexiga, ureter, ânus e face interna das coxas. As vulvovaginites manifestam-se por meio de leucorréias de aspectos e consistências DEVE FAZER PARTE DA ROTINA DA MULHER ✔ Consulta ginecológica de rotina, com Citologia oncótica (prevenção): anual a partir dos 20 anos ou início da atividade sexual; ✔ Autoexame das mamas: mensal a partir dos 20 anos; ✔ Planejamento familiar: conforme necessidade; ✔ Mamografias; ✔ Tratamento das DST/ Leucorréias. 3 distintas, segundo as características do agente infeccioso, do grau de infestação e das condições clínicas do hospedeiro. O corrimento pode se apresentar associado a um ou mais dos seguintes sintomas: prurido contínuo no canal vaginal e vulva, dor ou ardor local e/ou ao urinar e sensação de desconforto pélvico; os pequenos lábios, o clitóris e o introito vaginal podem apresentar edema e hiperemia, como também escoriações devido ao prurido. É imprescindível o tratamento do parceiro nas vulvovaginites recidivantes. O tratamento, depois de iniciado, não deverá ser interrompido mesmo durante a menstruação. É importante o uso de preservativos durante a relação sexual, enquanto permanecer o tratamento. 1. 2. 3. Vaginoses bacterianas Caracterizadas por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido a um aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias (Gardnerella vaginallis), adquiridas através da relação sexual ou hábitos precários de higiene. O diagnóstico é feito através da anamnese, que identifica a queixa de prurido vulvar acompanhado de corrimento amarelado e odor fétido. A confirmação do diagnóstico ocorre através da leitura de uma lâmina de esfregaço vaginal. O tratamento deverá ser do casal na forma sistêmica e poderá estar associado a um bactericida tópico. 1. 2. 4. Candidíase vulvovaginal Infecção da vulva e canal vagina causada por um fungo que habita a mucosa vaginal, a Candida albicans. A relação sexual é considerada a principal forma de transmissão; outros fatores, como gravidez, diabetes melitus, obesidade, antibióticos, corticóides, uso de anticoncepcional hormonal também são fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal. A sintomatologia dependerá do grau de infecção e da localização do tecido inflamado, podendo apresentar-se como prurido vulvovaginal, ardor ou dor à micção, corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (leite coalhado), hiperemia, edema, fissuras e maceração da vulva, dispareunia. O diagnóstico é confirmado pelo exame laboratorial do conteúdo vaginal em que se visualiza a presença do fungo. O tratamento é tópico, com o uso de creme antimicótico, podendo também ser prescrito terapêutica sistêmica nos casos de recidivas. DENTRE AS VULVOVAGINITES MAIS COMUNS, TEMOS: ✔ Vaginose bacteriana; ✔ Candidíase vulvovaginal; ✔ Tricomoníase genital; ✔ Herpes genital; ✔ Cancro mole; ✔ Bartolinite. 4 1. 2. 5. Tricomoniase genital É uma infecção causada pela Trichomonas vaginallis, tendo como via de transmissão a sexual. Pode permanecer assintomática no homem e na mulher, principalmente após a menopausa. Na mulher pode acometer a vulva, o canal vaginal e a cérvice uterina. Os sinais e sintomas principais são: corrimento abundante amarelo ou amarelo esverdeado, com presença de bolhas e odor fétido semelhante a “peixe podre”, prurido e/ou irritação vulvar, dor pélvica, disúria, polaciúria e hiperemia da mucosa vaginal com placas avermelhadas. O tratamento sempre é sistêmico, podendo ser associada terapêutica tópica vaginal. 1. 2. 6. Herpes genital É uma DST causada por um vírus o Herpes simples genitalis. Deve ser diferenciado e não pode ser confundido com as lesões semelhantes que ocorrem nos lábios durante os processos infecciosos e febris devido à baixa da imunidade do organismo. O Herpes genitalis causa lesões da pele do períneo, grandes lábios, face externa dos pequenos lábios, região perianal, glande, prepúcio, saco escrotal e nádegas. São lesões muito pequenas, semelhantes a pequenas bolhas que, posteriormente se rompem tornando-se extremamente dolorosas e incômodas. O casal portador de lesões herpéticas necessita tratamento conjunto, mesmo que um deles nada tenha ou nada sinta. Deverão usar camisinha até o médico liberá- los para a atividade sexual livre. 1. 2. 7. Cancro mole É uma DST causada por uma bactéria - o Bacilo de Ducrey ou Hemophilus ducreyi. É denominada assim pelo simples fato da sua lesão inicial possuir bordos macios em contraposição à sífilis cuja lesão primária possui bordos duros e, por isso é chamada de cancro duro. As lesões ocorrem principalmente nos pequenos lábios. 1. 2. 8. Bartholinite A bartholinite é uma infecção estritamente vulvar da glândula de Bartholin. Sua infecção é às vezes crônica e sob a forma de cisto, sendo mais frequente a forma aguda, que se caracteriza pela presença de rubor, calor, dor e com edema significativo, por vezes deformando a vulva. 1. 2. 9. Câncer de colo de útero A prevenção do câncer de colo de útero ou cérvice, com a colheita da citologia oncótica, e o exame clínico das mamas com orientação para o autoexame, ocupam um lugar importante na consulta. O colo é a parte do útero que se encontra no fundo do canal vaginal e pela sua localização torna- se mais exposto ao risco de desenvolver doenças. 5 Para a detecção precoce de fatores predisponentes do câncer de colo do útero é feito o exame de Papanicolau que consiste em retirar uma pequena quantidade de material do colo do útero para análise em laboratório especializado. As ações de controle do câncer cérvico-uterino compõem-se de: consulta clínico- ginecológica, colheita de material para esfregaço cérvico-vaginal, tratamento dos processos inflamatórios e neoplasias, encaminhamento para clínica especializada para dar continuidade aos tratamentos. 1. 2. 10. Câncer de mama As ações de controle do câncer de mama são: autoexame das mamas, exame clínico das mamas e exames complementares. Estas ações têm como principal objetivo a detecção precoce de alterações que podem sugerir ou constituir uma neoplasia. O câncer de mama geralmente apresenta-se como um nódulo. Leva aproximadamente de seis a oito anos para atingir um centímetro de diâmetro. Está lenta evolução possibilita a descoberta ainda cedo destas lesões, se as mamas são periodicamente examinadas. As primeiras metástases comumente aparecem nos gânglios linfáticos das axilas. A doença é descoberta entre os 40 e os 60 anos de idade e os fatores de risco envolvidos são: menarca antes dos 11 anos; primeiro parto após os 30 anos; nuliparidade; menopausa após os 55 anos; história pessoal ou familiar de câncer de mama. Existem fatores de risco que podem ser controlados, pela própria mulher desde que orientada a não ingerir dieta rica em gordura e pobre em fibras e vitaminas; evitar exposição a radiações. O que se sabe hoje sobre o câncer de mama ainda não é o suficiente para a utilização de medidas que evitem o aparecimento da doença. Os esforços para o controle são direcionados para a detecção precoce. 1. 3. FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL Menstruação é uma perda sanguínea, por via vaginal, que ocorre na mulher desde a menarca até a menopausa. Caracterizam-se por ter um ciclo de 15 a 60 dias, mais frequentes 25 a 32 dias, com a duração de 3 a 5 dias em média. A quantidade de sangue perdida varia entre 100 a 150g. 1. 3. 1. O ciclo menstrual O ciclo menstrual tem início no primeiro dia de uma menstruação e termina no primeiro dia da menstruação seguinte. Sua duração que é de 25 a 32 dias, varia de mulher para mulher e, às vezes, numa mesma mulher. Considera- EXISTEM FATORES DE RISCO QUE ESTÃO RELACIONADOS, TAIS COMO: ✔ Início da atividade sexual emidade precoce; ✔ Vários parceiros; ✔ História de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente decorrentes de infecções por papiloma vírus e herpes vírus; ✔ Baixo nível socioeconômico Tabagismo; ✔ Carências nutricionais, como a hipovitaminose A. O Ciclo Menstrual ocorre por ação de quatro hormônios: - Hipofisários: FSH – hormônio folículo estimulante e o LH – hormônio luteinizante. - Ovarianos: estrogênio e progesterona. Apresenta duas fases distintas: 1º fase – proliferativa; 2º fase – secretória. 6 - Fase Proliferativa Vai do primeiro dia da menstruação até o dia da ovulação. É assim chamada, porque nesta fase ocorre um espessamento do endométrio (mucosa) com multiplicação de camadas celulares, vasos sanguíneos e glândulas, preparando a cavidade uterina a receber o produto da fecundação (ovo). Durante esta fase, a hipófise produz e lança na corrente circulatória o hormônio folículo estimulante (FSH) que age no ovário provocando o amadurecimento do folículo de graaf que contém o óvulo. Na medida em que vai amadurecendo, o folículo migra para a superfície externa do ovário. Estimulado pelo FSH, o ovário produz um hormônio chamado estrogênio, que age sobre o endométrio, provocando sua modificação. Quando o endométrio está devidamente preparado, o folículo maduro e já na superfície externa do ovário, a hipófise lança na corrente sanguínea o LH (hormônio luteinizante), que provoca o rompimento do folículo e, portanto, liberação do óvulo. Este é captado pela tuba uterina e trazido para seu interior. A este fenômeno – rompimento de folículo de graaf e liberação do óvulo – damos o nome de ovulação. - Fase Secretória É a fase do momento da ovulação até o primeiro dia da menstruação seguinte. Dura mais ou menos 14 dias. Nesta fase, temos a ação da progesterona, que é produzida pelo o corpo amarelo no local do folículo de graaf e que tem por função manter o endométrio proliferado. Se não ocorrer a fecundação, o corpo amarelo vai regredindo e diminuindo a produção de progesterona, até que está se torna insuficiente para continuar nutrindo o endométrio. O endométrio então se desloca da cavidade uterina e se exterioriza através do canal vaginal sob a forma de fluxo menstrual, ou seja, menstruação. DISTÚRBIOS MENSTRUAIS ✔ Síndrome Pré-menstrual (SPM); ✔ Dismenorréia (Menstruação dolorosa); ✔ Amenorréia (Ausência de menstruação); ✔ Hipermenorréia (Sangramento excessivo); ✔ Hipomenorréia (Diminuição do volume); ✔ Polimenorréia (Ciclo menstrual frequente); ✔ Oligomenorréia (Diminuição do ciclo menstrual); ✔ Metrorragia (Sangramento fora do ciclo menstrual). 1. 4. CLIMATÉRIO O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários. A insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa. 1. 5. MENOPAUSA A menopausa é a última menstruação da mulher. A menopausa delimita as duas fases do climatério, o climatério pré- menopausa e o pós-menopausa. A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55 anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura. A 7 diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar vários locais do organismo e determinam sinais e sintomas conhecidos pelo nome de síndrome climatérica ou menopausa. 1. 5. 1. Sintomas ✔ Ondas de calor ou Fogachos: Que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia. ✔ Alterações do humor: Sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a química cerebral. ✔ Modificação da sexualidade: Com diminuição do desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal. ✔ Osteoporose: Que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. ✔ Alterações urogenitais: causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual (dispareunia). ✔ Aumento do risco cardiovascular: pela diminuição do estrogênio (hormônio que protege o coração e vasos sanguíneos contra determinados problemas). 8 1. 6. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL Um bebê passa por vários estágios de desenvolvimento, começando com a fertilização do óvulo. O óvulo se transforma em um blastocisto, em um embrião e, por fim, em um feto. 1. 6. 1. Fecundação Durante um ciclo menstrual normal, um óvulo costuma ser liberado de um dos ovários aproximadamente 14 dias depois da menstruação anterior. A liberação do óvulo se chama de ovulação. O óvulo é encaminhado para a extremidade em forma de funil de uma das duas trompas de Falópio. Durante a ovulação, o muco do colo do útero torna-se mais ralo e elástico, permitindo que os espermatozoides entrem no útero rapidamente. Depois de aproximadamente cinco minutos, o espermatozoide desloca-se da vagina, entrando através do colo do útero no interior do útero até a extremidade em forma de funil de uma das trompas de Falópio, onde normalmente ocorre a fecundação. As células que revestem as trompas de Falópio facilitam a fecundação. Se a fecundação não ocorrer, o óvulo se move das trompas de Falópio até o útero, onde ele se degenera e é eliminado do útero na menstruação seguinte. Se um espermatozoide penetrar no óvulo, ocorre a fecundação. Pequenos cílios que revestem as trompas de Falópio propelem o óvulo fertilizado (zigoto) através das trompas até o Estágio de 8 células Mórula Estágio de 2 células Blastocisto Feto com 4 semanas Feto com 40 semanas Feto com 20 semanas Feto com 10 semanas Óvulo Fertilizado Estágio de 4 células https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/biologia-do-sistema-reprodutor-feminino/ciclo-menstrual 9 útero. As células do zigoto dividem-se várias vezes enquanto este se desloca através da trompa de Falópio até o útero. O zigoto entra no útero dentro de três a cinco dias. Uma vez dentro do útero, as células continuam a dividir-se e convertem-se em uma esfera oca denominada blastocisto. O blastocisto se implanta na parede do útero aproximadamente seis dias após a fertilização. Se mais de um óvulo for liberado e fertilizado, ocorre uma gravidez de mais de um feto, normalmente dois (gêmeos). Uma vez que o material genético em cada óvulo e em cada espermatozoide é ligeiramente diferente, cada óvulo fertilizado é diferente. Os gêmeos resultantes são então gêmeos fraternos. Os gêmeos idênticos surgem quando um único óvulo fecundado se separa em dois embriões depois de ter começado a se dividir. Uma vez que um óvulo foi fertilizado por um espermatozoide, o material genético nos dois embriões é o mesmo. 1. 6. 2. Desenvolvimento do blastocisto Aproximadamente seis dias após a fecundação, o blastocisto se prende ao revestimento interno do útero, normalmente perto da parte superior. Esse processo,denominado implantação, termina por volta do 9º ou do 10º dia. A parede do blastocisto tem a espessura de uma célula, exceto em uma área, na qual a espessura equivale à de três ou quatro células. As células internas nessa área espessada convertem-se no embrião, enquanto as células externas penetram na parede do útero e convertem-se na placenta. A placenta produz vários hormônios que ajudam a manter a gravidez. Por exemplo, a placenta produz a gonadotrofina coriônica humana, que impede os ovários de liberarem mais óvulos e os estimula a produzir estrogênio e progesterona continuamente. A placenta também transporta oxigênio e nutrientes da mãe para o feto e resíduos do feto para a mãe. Algumas das células da placenta se transformam em uma camada externa de membranas (córion) ao redor do blastocisto em desenvolvimento. Outras células se transformam em uma camada interna de membranas (âmnio), que forma a bolsa amniótica. Quando a bolsa é formada (por volta do 10º ao 12º dia), o blastocisto é considerado um embrião. Essa bolsa se enche com um líquido transparente (líquido amniótico) e se expande para envolver o embrião em desenvolvimento, que flutua dentro dela. 1. 6. 3. Desenvolvimento do embrião, feto e da placenta 10 O próximo estágio do desenvolvimento corresponde ao embrião, que se desenvolve dentro da bolsa amniótica, sob o revestimento do útero de um dos lados. Esse estágio se caracteriza pela formação da maior parte dos órgãos internos e das estruturas externas do corpo. A maioria dos órgãos começa a se formar aproximadamente três semanas depois da fecundação, o que equivale a cinco semanas de gravidez (uma vez que o médico determina o início da gravidez a partir do primeiro dia da última menstruação da mulher, que normalmente ocorre duas semanas antes da fecundação). Nessa época, o embrião se alonga, sugerindo pela primeira vez um formato humano. Logo depois, tem início o desenvolvimento da área que se tornará o cérebro e a medula espinhal (tubo neural). O coração e os principais vasos sanguíneos começam a se desenvolver mais cedo, por volta do 16º dia. O coração começa a bombear líquido através dos vasos sanguíneos por volta do 20º dia, e os primeiros glóbulos vermelhos aparecem no dia seguinte. Os vasos sanguíneos continuam a se desenvolver no embrião e na placenta. Quase todos os órgãos estão totalmente formados após dez semanas da fecundação (o que equivale a 12 semanas de gravidez). As exceções são o cérebro e a medula espinhal, que continuam a se formar e a se desenvolver durante a gravidez. A maioria das malformações (defeitos congênitos) ocorre durante o período de formação dos órgãos. Durante esse período, o embrião está mais vulnerável a efeitos de medicamentos, radiação e vírus. Portanto, a gestante não deve tomar nenhuma vacina de vírus vivo ou nenhum tipo de medicamento durante esse período, a não ser que sejam considerados essenciais para proteger a saúde da mulher. Ao final da 8.ª semana após a fecundação (10 semanas de gravidez), o embrião é considerado um feto. Durante esse estágio, as estruturas que já se formaram crescem e se desenvolvem. Os itens a seguir são indicadores durante a gravidez: Na 12ª semana de gravidez: O feto preenche todo o útero. Por volta da 14ª semana: O sexo pode ser identificado. Por volta da 16ª à 20ª semana: A gestante costuma sentir pela primeira vez os movimentos do feto. A mulher que já teve outra gravidez costuma sentir os movimentos duas semanas antes das mulheres na primeira gestação. Por volta da 24ª semana: O feto tem chance de sobreviver fora do útero. Os pulmões continuam a amadurecer até quase o momento do parto. O cérebro acumula novas células durante toda a gravidez e durante o primeiro ano de vida depois do nascimento. À medida que a placenta se desenvolve, ela estende pequenas projeções semelhantes a fios de cabelo (vilosidades) para o interior da parede do útero. Essas projeções se ramificam várias vezes até formarem uma complexa árvore de vilosidades. Essa ramificação aumenta muito a área de contato entre a parede do útero e a placenta, aumentando o intercâmbio de nutrientes e resíduos. A placenta está totalmente formada por volta da 18ª ou 20ª semana, mas continua a crescer durante toda a gravidez. No momento do parto, ela pesa aproximadamente 0,5 kg. 1. 7. FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL 1. 7. 1. Fase ovular – 1 semana Até o 3º mês denomina-se fase embrionária. Com o início do 4º mês inicia-se a fase fetal. 1. 7. 2. Fase embrionária Após a fecundação, há a migração tubária. Em torno do 6º dia ocorre a nidação na parede do útero. Entre o 6º e 7º dia há o início da formação da placenta. Entre o 18º a 20º dia há no embrião um esboço auditivo, o início da inervação, o esboço cardíaco e as primeiras ilhotas vasculares. Entre o 24º e 26º dia de gestação, ocorre a formação do tubo digestivo e a brotação dos membros. No 28º dia aparece óptico e circulação embrionária. No 31º dia, ocorre migração das primeiras células sexuais. No 33º dia, formação definitiva dos rins. No 40º dia, há início da formação das mãos. No 45º dia, diferenciação genital das gônadas. No 50º dia, quatro cavidades cardíacas. No 56º dia, dedos separados. 11 1. 7. 3. Fase fetal Os vários órgãos e tecidos do feto não crescem em ritmo idêntico, não alcançam, ao mesmo tempo, o mesmo grau de maturação. O feto a termo possui aparelho digestório, respiratório, circulatório e urinário se encontram praticamente prontos para a vida extrauterina, enquanto os tecidos nervosos e ósseos, nessa fase, são imaturos e seu aperfeiçoamento prossegue por muito tempo, após o nascimento. CRESCIMENTO FETAL PESO A exemplo da vida extrauterina o índice de crescimento do feto é variável, mas pode-se ter por base a seguinte tabela. 2º mês 07 cm; 4º mês 16 cm; 6º mês 32 cm; 8º mês 45 cm; 9º mês 50 cm; Sofre maior variação individual do que o crescimento. 2º mês 04g 4º mês 120g 6º mês 700g 8º mês 2.200g 9º mês 3.300g OSSIFICAÇÃO APARELHO CIRCULATÓRIO Os centros de ossificação fetal começam a aparecer em torno da 7º semana e se completam em torno da 36º semana de gestação. O coração inicia seu desenvolvimento na 3º semana após a concepção e no fim da 4º semana tem contrações rápidas e irregulares, capazes de mover o sangue no interior dos vasos. Os batimentos cardíacos são audíveis ao fim da primeira metade da gestação e o coração apresenta em média 140 batimentos por minuto. APARELHO RESPIRATÓRIO APARELHO DIGESTÓRIO O desenvolvimento embrionário do pulmão começa em torno do 24º dia de concepção. A dilatação dos alvéolos na hora do parto é atribuída ao desenvolvimento de uma pressão negativa intratorácica que permite a inspiração do ar. No 3º mês de gestação, o feto já possui estômago e intestinos formados, embora rudimentares. Os movimentos intestinais aparecem no 5º mês. Existe bile na vesícula ao 4º mês e enzimas pancreáticas como lipase e tripsina, entre o 4º e 5º mês. O mecônio é encontrado no intestino do feto entre o 4º e 5º mês e são formados de células epiteliais, pelos deglutidos com o líquido amniótico, células descamadas dos aparelhos digestório e geniturinário, vernix caseoso, bile e enzimas. APARELHO GENITAL LANUGEM, CABELOS E VERNIX CASEOSO Sua forma diferenciada estabelece-se na 12º semana. Surgem a partir da 20º semana. TECIDO GORDUROSO Desenvolve-se rapidamente durante 6º a 8º últimas semanas 1. 8. ANEXOS DO EMBRIÃO E FETO Anexos embrionários são estruturas formadas pelos folhetos germinativos e presentes durante o desenvolvimento embrionário, auxiliando no desenvolvimento do em L b íq ri u ão id . 12 1. 8. 1. Placenta É o órgão responsável pelas trocas entre o concepto, composta por duas faces, a materna e a fetal. Aque fica em contato com o útero é chamada face materna. A face fatal é a que entra em contato com o líquido amniótico e o feto. 1. 8. 2. Cordão Umbilical Está inserido na placenta, unindo-a ao feto. Ele é formado por duas artérias e uma veia que são revestidas por uma substância denominada geléia de Warton. Mede em torno de 60 cm. 1. 8. 3. Líquido Amniótico O feto está envolvido por um líquido chamado amniótico o qual está contido por duas membranas chamadas âmnio (a interna) e córion (a externa). Rompem-se espontaneamente ou artificialmente durante o trabalho de parto. Encontramos nele células de descamação do feto, lanugem e verniz caseoso. Sua função é permitir a movimentação do feto, protegê-lo de traumas externos, lubrificar o canal do parto e nutrir o feto. A partir da deglutição deste líquido forma-se mecônio. O líquido amniótico é claro, com grumos e odor particular. Seu volume vai até 1000 ml. Caso esteja sanguinolento, esverdeado ou castanho é sinal de alarme. Através de exame próprio é possível diagnosticar a idade do feto. Para isso se efetua, quando necessário, a amniocentese. EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Qual das seguintes estruturas é responsável pela produção dos óvulos (ovócitos) na mulher? a) Útero b) Vagina c) Ovário d) Trompa de Falópio 02ª) Qual é a principal função das trompas de Falópio? a) Produção de hormônios b) Transporte de óvulos dos ovários para o útero c) Recepção do esperma durante a relação sexual d) Armazenamento de óvulos não fertilizados 03ª) Qual das seguintes afirmações sobre o ciclo menstrual é verdadeira? a) A fase lútea ocorre antes da ovulação. b) A ovulação ocorre no início do ciclo menstrual. c) A menstruação ocorre durante a fase folicular. d) A fase proliferativa é caracterizada pelo espessamento da camada endometrial. 04ª) O que é o endométrio? a) Um hormônio produzido pelos ovários. b) Uma estrutura que protege o ovário. c) O revestimento interno do útero. d) Uma glândula que secreta lubrificação vaginal. 05ª) Qual das seguintes estruturas é responsável pela produção dos hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e a progesterona? a) Ovários b) Útero c) Vagina d) Glândulas mamárias 06ª) O que é a menopausa? a) O período em que a mulher está mais fértil. b) A primeira menstruação na vida de uma mulher. c) O fim da capacidade reprodutiva da mulher, caracterizada pela parada das menstruações. d) Um distúrbio hormonal que afeta o ciclo menstrual. 07ª) Qual das seguintes estruturas é responsável pela produção dos óvulos nas mulheres? a) Útero b) Vagina c) Ovário d) Trompa de Falópio 08ª) Qual é a principal função do útero no sistema reprodutivo feminino? Cordão Umbilical Placenta 13 a) Produção de óvulos b) Armazenamento de esperma c) Proteção dos órgãos internos d) Acomodar e nutrir o feto durante a gravidez 11ª) Cite e descreva resumidamente quais são as fases do desenvolvimento embrionário. 09ª) Qual é o nome das glândulas localizadas nos arredores da abertura vaginal que produziram secreções lubrificantes? a) Glândulas de Skene b) Glândulas de Bartholin c) Glândulas de Montgomery d) Glândulas de Graafian 12ª Descreva os anexos embrionários do embrião e do feto. 10ª) Onde ocorre a fertilização natural de um óvulo pelo espermatozoide? a) Ovário b) Útero c) Vagina d) Trompa de Falópio 2. 1. AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL Entende-se por avaliação pré-concepcional a consulta que o casal faz antes de uma gravidez, objetivando identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a evolução normal de uma futura gestação. Sabe-se que do total de gestações, pelo menos a metade não é inicialmente planejada, embora ela possa ser desejada. Entretanto, em muitas ocasiões, o não planejamento se deve à falta de orientação ou de oportunidades para aquisição de um método anticoncepcional. Faz-se necessária, portanto, a implementação da atenção em planejamento familiar num contexto de escolha livre e informada, com incentivo à dupla proteção (prevenção de gravidez e DST´s) nas consultas médicas e de enfermagem, nas visitas domiciliares, durante as consultas de puericultura, puerpério e nas atividades de vacinação. 2. 1. 1. Atividades desenvolvidas na avaliação pré-natal ✔ Anamnese e exame físico, com exame ginecológico, além de alguns exames laboratoriais. No exame geral deve-se verificar a pressão arterial, o peso e a altura da mulher. É recomendado a realização do exame clínico das mamas e o exame de citologia oncótica. ✔ A investigação dos problemas de saúde atuais e prévios e a história obstétrica são importantes para a avaliação do risco gestacional. A história clínica objetiva identificar situações de saúde que podem complicar a gravidez, como diabetes pré gestacional, a hipertensão, as cardiopatias, os distúrbios da tireoide e os processos infecciosos, incluindo as doenças sexualmente transmissíveis. ✔ O uso de medicamentos, o hábito de fumar e o uso de álcool e drogas ilícitas precisam ser verificados, e a futura gestante deve ser orientada quanto aos efeitos adversos associados. ✔ Na história obstétrica, é importante registrar o número de gestações anteriores e de partos pré- termo, o intervalo entre os partos, o tipo de parto, o peso ao nascer e as complicações das gestações anteriores. ✔ Orientação nutricional visando à promoção do estado nutricional adequado. ✔ Administração preventiva de ácido fólico no período pré-gestacional, para a prevenção de anormalidades congênitas do tubo neural (5mg VO por 60 a 90 dias antes da concepção). UNIDADE II – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL 14 2. 2. ASSISTÊNCIAL PRÉ-NATAL O pré-natal é o acompanhamento médico e de enfermagem, que toda gestante deve ter, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê. A assistência pré-natal consiste em consultas periódicas (preconizado pelo MS no mínimo seis consultas) onde são realizados exames físicos e laboratoriais, orientações e imunização da gestante. Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais que visam identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança. É importante que as futuras mamães comecem a fazer seu pré-natal assim que tiverem a gravidez confirmada ou antes de completarem três meses de gestação. O objetivo da assistência pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. 2. 3. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS, PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, inclusive proporcionando um acompanhamento longitudinal e continuado. 10 PASSOS PARA O PRÉ-NATAL DE QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA 1º PASSO: Iniciar o pré-natal na atenção primária à saúde até a 12ª semana de gestação. 2º PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 3º PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em tempo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal. 4º PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e seus acompanhantes. 5º PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento. 6º PASSO: É direito do parceiro (a) ser cuidado, antes, durante e após a gestação. 7º PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário. 8º PASSO: Estimular e informar sobre os benefíciosdo parto fisiológico. 9º PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz. 10º PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal. 2. 4. ACOLHIMENTO AO PRÉ-NATAL O acolhimento da gestante na atenção básica implica a responsabilização pela integralidade do cuidado a partir da recepção da usuária com escuta qualificada e a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidade de acordo com o seu contexto social, entre outros cuidados. O profissional deve permitir que a gestante expresse suas preocupações e suas angústias, garantindo a atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência. É importante acolher o acompanhante de escolha da mulher, não oferecendo obstáculos à sua participação no pré-natal, no trabalho de parto, no parto e pós-parto, conforme preconiza a Lei nº 11.108, de 07 de abril de 2005. O acolhimento, portanto, é uma ação que pressupõe a mudança da relação profissional/ usuário. O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética. 15 2. 5. O PAPEL DA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA NO PRÉ-NATAL É importante ressaltar que as atribuições dos profissionais são de grande valia em todo o processo. Os profissionais devem realizar ações de atenção integral e de promoção da saúde, prevenção de agravos e escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo. ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; Verificar/realizar o cadastramento das gestantes no SISPRENATAL; Conferir as informações preenchidas no Cartão da Gestante; Verificar o peso e a pressão arterial e anotar os dados no Cartão da Gestante; Aplicar vacinas antitetânica, influenza e contra hepatite B; Realizar atividades educativas; orientar a gestante sobre a periodicidade das consultas e realizar a busca ativa das gestantes faltosas; Informar ao enfermeiro/médico de sua equipe, caso a gestante apresente sinal de alarme; Identificar situações de risco e vulnerabilidade e encaminhar a gestante para a consulta de enfermagem ou médica, quando necessário; Realizar visita domiciliar durante o período gestacional e puerperal, acompanhando o processo de aleitamento e planejamento familiar. 2. 6. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ Para ampliar a captação precoce das gestantes, o Ministério da Saúde, por intermédio da Rede Cegonha, incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina do pré-natal, que pode ser realizado na própria UBS, o que acelera o processo necessário para a confirmação da gravidez e início do pré-natal. Toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e com história de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o Teste Imunológico de Gravidez (TIG). Este teste é considerado o método mais confiável. A dosagem de gonadotrofina coriônica humana (BHCG) para o diagnóstico precoce da gravidez tornou este teste mundialmente reconhecido para confirmar a ocorrência de gravidez. O BHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre 8ª 11 dias após a concepção. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um pico entre 60 e 90 dias de gravidez. As queixas principais para a suspeita de gravidez são devidas ao atraso menstrual, à fadiga, à mastalgia, ao aumento da frequência urinária e aos enjoos/vômitos matinais. 16 2. 6.1. Sinais de Presunção de Gravidez Ausência de menstruação (amenorréia); Náuseas, vômitos matutinos, tontura, salivação excessiva, aumento ou diminuição de apetite, aumento da frequência urinaria, sonolência e odontalgias; Modifcações anatômicas: aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea da vulva, cianose vaginal e cervical e aumento do volume abdominal. 2. 6. 2. Sinais de Probabilidade de Gravidez Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento de seu volume; Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização; Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. 2 6. 3. Sinais de Certeza de Gravidez Presença de batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; Percepção dos movimentos fetais (18 a 20 semanas); Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. 2. 7. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser vista pelas gestantes equipes de saúde como parte de uma experiência de vida saudável que envolve mudanças dinâmicas do olhar físico, social e emocional. No entanto, devido a alguns fatores de risco, algumas gestantes podem apresentar maior probabilidade de evolução desfavorável. São as chamadas “gestantes de alto risco”. 3. FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis Idade menor do que 15 anos e maior do que 35 anos; Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, exposição a agentes; 1. PRÉ-NATAL PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA; 2. FATORES DE RISCO QUE PODEM INDICAR ENCAMINHAMENTO AO PRÉ NATAL DE ALTO RISCO; 2. FATORES DE RISCO QUE INDICAM O ENCAMINHAMENTO À URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA 17 Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez; Situação conjugal insegura; Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular); Condições ambientais desfavoráveis; Altura menor do que 1,45m; IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade; Fatores relacionados à história reprodutiva anterior Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; Macrossomia fetal; Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos; Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); Cirurgia uterina anterior; Três ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual Ganho ponderal inadequado; Infecção urinária; Anemia. 3. FATORES DE RISCO QUE PODEM INDICAR ENCAMINHAMENTO AO PRÉ NATAL DE ALTO RISCO Fatores Relacionados às Condições Prévias Cardiopatias; Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); Nefropatias graves; Endocrinopatias; Doenças hematológicas; Doenças neurológicas; Doenças psiquiátricas; 18 Doenças autoimunes; Alterações genéticas maternas; Qualquer patologia clínica que necessita de acompanhamento especializado; Hipertensão arterial crônica (PA > 140/90 mmHg); Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Ginecopatias; Portadoras de doenças infecciosas (hepatite, sífilis, toxoplasmose, HIV e outras DSTs), hanseníase, tuberculose; Fatores relacionados à história reprodutiva anterior Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior; História prévia de doença hipertensiva em gestação, com mau resultado obstétrico/perinatal; Abortamento habitual; Esterilidade/infertilidade; Fatores relacionados à gravidez atual Restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; Gemelaridade; Malformações fetais ou arritmia fetal; Distúrbios hipertensivos da gestação; Infecção urináriade repetição; Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; Portadoras de doenças infecciosas; Evidência laboratorial de proteinúria; Diabetes Mellitus gestacional; Desnutrição materna severa; Obesidade mórbida ou baixo peso; NIC II; Alta suspeita clínica de câncer de mama; Adolescentes com fatores de risco psicossocial. 4. FATORES DE RISCO QUE INDICAM O ENCAMINHAMENTO À URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA Síndromes hemorrágicas; Suspeita de pré-eclâmpsia (pressão arterial > 140/90 + proteinúria); 19 Sinais premonitórios de eclampsia em gestante hipertensa (escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito); Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia); Crise hipertensiva; Amniorrexe prematura (perda de líquido vaginal); Isoimunização Rh; Anemia grave (hemoglobina <8 mg/dl); Trabalho de parto prematuro (contrações com menos de 36 semanas); ✔ IG a partir de 41 semanas confirmadas; Hipertermia; Pieolonefrite, infecção ovular ou outras infecções que necessitem de internação hospitalar; Suspeita de trombose venosa profunda; Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento; Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre; Restrição de crescimento intrauterino; Oligoidrâmnio. 2. 8. CALENDÁRIO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de atendimento deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal. O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular. O total de consultas deve ser de no mínimo seis, com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: Até 28ª semana Da 28ª até a 36ª semana Da 36ª até a 41ª semana 2. 9. ROTEIRO DA CONSULTA DE PRÉ-NATAL Durante o pré-natal, a gestante deve ser examinada e orientada quanto seus direitos, hábitos saudáveis de vida (alimentação, exercícios etc.), medicamentos que precisa tomar e os que deve evitar e as mudanças que ocorrem durante a gravidez, como a maior incidência de sono e alterações no ritmo intestinal. Mensalmente Quinzenalmente Semanalmente 20 É importante também que a gestante receba informações sobre sinais de risco em cada etapa da gravidez, como lidar com dificuldades de humor, temores em relação à sua saúde e a saúde do bebê, enjoos, inchaço, manchas na pele, sinais de parto etc. Um pré-natal bem realizado deve, sobretudo, valorizar a participação da gestante, fortalecendo a sua autoconfiança para que possa chegar ao momento do parto tendo maior clareza sobre o que está sentindo, sobre o parto e os limites para enfrentar todo o processo, além de ser orientada sobre como, quando e para quem ela pode pedir ajuda. 2. 10. ANAMNESE Na primeira consulta deve-se pesquisar os aspectos socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, os antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos, além da situação da gravidez atual. 2. 11. CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM). Regra de Naegele: Soma-se sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtraia três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro, fevereiro e março). Uso do gestograma: coloque a seta sobre o dia e o mês correspondente ao primeiro dia e mês da última menstruação e observe a seta na data indicada como data provável do parto. 2. 12. CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL Para se calcular a idade gestacional é necessário que se conhece a data da última menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último ciclo menstrual. ✔ Usando um calendário some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas); ✔ Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês correspondente ao primeiro dia e mês do último ciclo menstrual e observe o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. 2. 13. EXAME FÍSICO Exame físico geral: inspeção da pele e das mucosas; sinais vitais; palpação da tireoide, região cervical e axilar; ausculta cardiopulmonar; exame do abdome; exame dos membros inferiores; determinação do peso e altura para cálculo do IMC; avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional; medida da pressão arterial; pesquisa de edema. Exame físico específico (gineco-obstétrico): palpação obstétrica; medida e avaliação da altura uterina; ausculta dos batimentos cardiofetais; registro dos movimentos fetais; exame clínico das mamas; exame ginecológico. 1. Quando a data da última menstruação é conhecida: 2. Quando a data da última menstruação é desconhecida, considere os dias 5, 15 e 25. 2. 13. 1. Palpação Obstétrica e Medida Uterina (AU) - Objetivos: identificar o crescimento fetal; identificar a situação e a apresentação do feto. - Palpação obstétrica: deve ser realizada antes da altura uterina, feita através da manobra de Leopold. - Medida de altura uterina: é feita com o uso de uma fita métrica posicionada da sínfise púbica até o fundo do útero 2. 13. 2. Ausculta dos Batimentos Cardiofetais Objetivo: constatar a presença, o ritmo, frequência e a normalidade dos batimentos do feto 2. 13. 3. Controle do Peso É importante verificar sempre o peso inicial da gestante para comparação posterior. É ideal até o final da gestação um aumento de 6 kg 21 22 para o útero, placenta, feto, líquido amniótico mais 5% do peso inicial. Uma paciente com 60kg iniciais de gestação deve até o final aumentar 9 quilos. No primeiro trimestre pode aumentar 2kg (150g/semana); no segundo trimestre até 4kg (350g/semana), no terceiro trimestre, até 3kg (250g/semana). O controle ponderal deve ser feito em todas as consultas. O aumento excessivo pode ser ocasionado por erros alimentares da gestante ou presença de edema. 2. 13. 4. Controle da Pressão Arterial Deve ser realizado em todas as consultas e assim como o peso, é de grande importância verificar a pressão arterial desde o início da gravidez para comparação. Admite-se como limite de normalidade até 140/90mmHg ou que a elevação da pressão arterial anterior não ultrapasse 30mmHg de sistólica (máxima) e 15mmHg de diastólica (mínima). 2. 13. 5. Avaliar Sinais Clínicos ✔ Edema; ✔ Presença de varizes nos membros inferiores; ✔ Presença de varizes vulvares; ✔ Presença de hemorroidas. 2. 13. 6. Exames Complementares de Rotina no Pré-Natal ✔ Alguns exames feitos durante o pré-natal são importantes para detectar problemas, como doenças que possam afetar a criança ou o seu desenvolvimento no útero. Os exames complementares devem ser solicitados na primeira consulta e na 30ª semana. ✔ Hemograma: avalia dosagem de hemoglobina e hematócrito, a fim de detectar possível estado de anemia. ✔ Glicemia em jejum: avalia presença de diabetes. ✔ VDRL: avalia sífilis, doença infectocontagiosa que pode ser transmitida ao feto, ocasionando má formação. ✔ Tipagem Sanguínea e fator Rh: avalia o tipo sanguíneo da mãe. ✔ E.A.S: exame de urina, para avaliar possível infecção urinária. ✔ Sorologia para Toxoplasmose IgM e IgG: doença infectocontagiosa, que pode ser transmitida ao feto ocasionando má formação. ✔ Sorologia para Rubéola IgM e IgG: doença que pode levar ao aborto, além de causar má formação no feto. ✔ HbsAg (Hepatite B) ✔ Anti HIV ✔ Ultrassonografia Obstétrica: Éa emissão de ondas sonoras de frequência elevada que vão aos tecidos, são refletidas e recebidas no aparelho sob a forma de pontos luminosos ou sonoros. É registrado em um gráfico próprio. ✔ Citopatológico de colo de útero (se necessário) ✔ Exame de secreção vaginal (se houver indicação clínica) ✔ Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) 2. 13. 7. Imunização na Gestação 23 Antitetânica (dT): Para se considerar indivíduo imune o mesmo deve receber 3 doses da vacina, se ainda não for imune. Caso a gestante já tenha tomado a vacina em outras situações, deve-se fazer apenas o reforço caso a gestante tenha sido imunizado há mais de cinco anos, ou completar o esquema vacinal caso esteja incompleto. Essa vacina deve ser iniciada imediatamente logo após a descoberta da gestação. Não há restrições de idade gestacional. E previne o tétano neonatal. Influenza: Vacina que protege contra a gripe. É anual. Deve ser feita em qualquer período gestacional. Hepatite B: Vacina que protege contra hepatite B. para gestante ser considerada imune deve tomar 3 doses se ainda não for imune. Caso a gestante já tenha iniciado o esquema, o vacinador deve apenas concluir o esquema vacinal da mesma. Deve ser feita somente após o primeiro trimestres. 2. 13. 8. Assistência Odontológica O ministério da saúde preconiza que a gestante seja avaliada por um odontologista, logo no início da gestação a fim de identificar possíveis focos infecciosas nessa gestante, proporcionando-lhe conforto em sua gravidez. 2. 13. 9. Suplementação de Vitaminas É importante que a gestante faça a reposição de vitaminas, sendo o ácido fólico recomendado nas primeiras semanas de gravidez, pois ele ajuda a prevenir as malformações: Ácido fólico 5mg 1x dia; Sulfato ferroso 40mg 1x dia. EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Caracterize avaliação pré-concepcional e quais as atividades desenvolvidas na avaliação no pré-natal. 02ª) Em relação ao papel da equipe de atenção básica no pré-natal, descreva quais as atribuições do técnico de enfermagem na equipe de atenção básica no pré- natal. ORIENTAÇÕES ✔ Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês; ✔ Alimentação saudável e ganho de peso na gestação; ✔ Reconhecer sinais de risco e necessidade de assistência médica. 24 03ª) Descreva quais os sinais de presunção, probabilidade e certeza de gravidez. 04ª) Indique quais são as classificações de risco gestacional. 05ª) Com base no calendário de consultas de pré-natal, como são organizadas as consultas de pré-natal da gestante de acordo com a semana getsacional. 06ª) Com base nas datas a seguir, calcule a data provável do parto de acordo com cada data mencionada. a) 02/01/2022 b) 10/03/2022 c) 28/08/2023 d) 16/12/2023 07ª) O cálculo da data provável do parto e a idade gestacional da gravidez são itens fundamentais na assistência obstétrica, que, quando feito de forma equivocada, poderá determinar agravos perinatais. Frente a essa informação, sendo hoje, 15.11.2016, uma gestante com DUM, em 25.04.2016, tem hoje qual IG e qual é a DPP? a) 33 semanas e 2 dias; DPP: 02.02.2017. b) 36 semanas e 2 dias; DPP: 02.12.2016. c) 33 semanas e 2 dias; DPP: 02.12.2016. d) 36 semanas e 2 dias; DPP: 02.01.2017. e) 29 semanas e 2 dias; DPP: 02.02.2017. 08ª) Calcula-se a data provável do parto levandose em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da data da última menstruação), mediante a utilização de calendário. Considerando a data da última menstruação dia 27/01/2016, calcule a data provável do parto de acordo com a Regra de Näegele. a) Data provável do parto dia 20/11/2016. b) Data provável do parto dia 27/10/2016. d) Data provável do parto dia 27/11/2016. e) Data provável do parto dia 03/10/2016. f) Data provável do parto dia 03/11/2016. 09ª) No dia 24/08/14, compareceu na Unidade Básica de Saúde, para realizar sua primeira consulta de prénatal a adolescente Juliana Santos de 16 anos, considerando a DUM em 15/06/14. Calcule a Idade Gestacional e data provável do parto de acordo com a Regra de Naegele, e assinale a alternativa que apresenta a resposta correta, respectivamente. a) 10 semanas e 22/03/15. b) 11 semanas e 20/02/15. c) 12 semanas e 22/03/15. d) 10 semanas e 20/03/15. e) 12 semanas e 23/03/15. 10ª) Para cálculo da data provável do parto (DPP), a regra de Nagele é um dos métodos geralmente utilizados. Calcule a DPP de uma paciente nulípara, cuja data da última menstruação (DUM) é 13/05/2007. a) Somar 10 (dez) ao primeiro dia da DUM, subtrair 2 (dois) meses e somar 1 (um) ano. A DPP nesse caso é 23/03/2008. b) Somar 7 (sete) ao primeiro dia da DUM, somar 9 (nove) meses e manter o mesmo ano. A DPP nesse caso é 20/02/2007. c) Somar 7 (sete) ao primeiro dia da DUM, somar 10 (dez) meses e somar 1 (um) ano. A DPP nesse caso é 20/03/2008. d) Somar 10 (dez) ao primeiro dia da DUM e subtrair 3 (três) meses e acrescentar 1 (um) ano. A DPP nesse caso é 23/02/2008. 25 e) Somar 10 (dez) ao primeiro dia da DUM, subtrair 2 (dois ) meses e manter o mesmo ano. A DPP nesse caso é 23/03/2007. 3. 1. CACTERÍSTICAS AVALIADAS ✔ Apagamento do colo; ✔ Dilatação do colo uterino; ✔ Rompimento das membranas (córion e âmnio), nem sempre às vezes rompe por causa de infecção (rutura alta) traumatismo e sem motivo aparente; ✔ Emissão do tampão mucoso; ✔ Contrações uterinas (duas a cada dez minutos). 3. 2. ADMISSÃO DA PARTURIENTE E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ✔ Preenchimento da ficha de admissão, anotando cuidadosamente a hora do início das contrações, frequência das mesmas. Hora da rutura das membranas, aspecto do líquido e cor. Posição, situação e apresentação do feto. Número, ritmo e localização dos batimentos cardíacos fetais. ✔ Preparação da paciente para o toque (posição e anti-sepsia vulvar). Anotar dilatação cervical, altura e variedade de apresentação, apagamento do colo, dados sobre a bolsa d`água, de acordo com as informações do examinador (médico ou enfermeira). Verificar pressão arterial, pulso, temperatura, altura uterina e circunferência máxima do abdome. ✔ TRICOTOMIA – Restringe-se à área perineal para partos normais e perineal pubiana para parto operatório. ✔ ENTEROCLISMA (lavagem intestinal) – Faz-se em pacientes multíparas até 6 cm de dilatação, primigestas até 8 cm de dilatação. Contra-indicado em período expulsivo, em eclâmpsia, em apresentações anômalas, em partos prematuros e nas perdas sanguíneas e em parturientes com bolsa rota. ✔ HIGIENIZAÇÃO DA PACIENTE – Quando o seu estado permitir, encaminhá-la para o chuveiro. ✔ ALIMENTAÇÃO – Dependerá da evolução do trabalho de parto, sendo o jejum a melhor maneira da paciente ficar preparada para qualquer emergência (cesárea). ✔ Encaminhar para a unidade de internação. ✔ Orientar familiares. A assistência de enfermagem no trabalho de parto e parto refere-se ao período em que a gestante apresenta contrações uterinas em intervalos regulares, que aumentam progressivamente em termos de frequência e intensidade, com o passar do tempo são concomitantes ao apagamento (esvaecimento) e dilatação progressiva do colo uterino. - Admissão da paciente no centro obstétrico A paciente é acolhida pela equipe de enfermagem, orientado-a sobre o setor e a presença dos acompanhantes, conforme Protocolo de Acompanhantes da instituição. UNIDADE III – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO 26 O banho de aspersão é oferecido a paciente que recebe orientações sobre como proceder com a vestimenta (camisola e touca) e logo depois é direcionada ao leito. O enfermeiro realiza a anamnese da paciente.- Objetivos de enfermagem Acolher e apoiar a paciente em todo o trabalho de parto. Monitorar os sinais e sintomas da evolução do parto. Orientar e oferecer os métodos não farmacológicos de alívio da dor. Prestar um atendimento humanizado a paciente e seu acompanhante. - Avaliação de enfermagem Pré-natal (realizada na ME / UBS/ não realizou). Queixa principal. Antecedência obstétrica (número de gestações, paridades e abortos). Avaliação obstétrica (contrações / perdas transvaginais/ movimentos fetais). Alergias /uso de drogas/ vítima de violência. História patológica atual. Nível de consciência. Avaliação das mamas / mamilos. Avaliação das perdas transvaginais (quantidade e características). Sinais vitais. 3. 3. CONTROLE DA EVOLUÇÃO DO PARTO DINÂMICA UTERINA – Em uma técnica que consiste em colocar a mão espalmada sobre o abdome, durante 10 minutos. Coloca-se o número e a duração das contrações, considerando que no início da dilatação as contrações são em número de 2 a 3 cm com duração de 30 segundos. AUSCULTA DOS BATIMENTOS CÁRDIO-FETAIS – No início do trabalho de parto, as auscultas são fetais mais espaçadas, diminuindo o intervalo de tempo entre uma ausculta e outra, a medida que as contrações se tornam mais freqüentes e intensas, para detectar sofrimento fetal. DEAMBULAÇÃO – Poderá locomover-se à vontade durante o período de dilatação até a rotura das membranas. Repouso em decúbito lateral esquerdo a fim de diminuir a compressão da veia cava inferior, aorta abdominal e vasos ilíacos. TOQUES – realiza-se o toque, afastando-se os pequenos lábios e introduzindo se dedos indicadores e médios untados em solução anti-séptica. Seu número deve ser reduzido ao mínimo, sendo impossível ditar um limite. BOLSA DÁGUA – Quando não houver rotura espontânea, faz-se a amniotomia com 8 para 9 cm de dilatação e apresentação fixa. A rotura é feita com amniótomo ou na ausência deste, um ramo da pinça dente de rato. De preferência com a dilatação completa e cabeça fixa, para evitar contaminação da cavidade e prolapso do cordão umbilical. EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Os profissionais de saúde devem considerar os possíveis danos que qualquer intervenção pode causar no processo fisiológico de adaptação do recém-nascido no momento do nascimento. Devem ser realizadas, em sequência, três práticas simples que, além de 27 proporcionar benefício instantâneo ao recém-nascido, podem ter impacto na nutrição e na saúde da mãe e do bebê e, possivelmente, afetar o desenvolvimento da criança muito além do período neonatal e do puerpério. Essas práticas, na sequência correta, são as seguintes: a) clampeamento tardio do cordão umbilical, contato imediato pele a pele e início da amamentação exclusiva. b) aspiração nasogástrica, ausculta cardíaca e contato imediato pele a pele. c) clampeamento tardio do cordão umbilical, aspiração nasogástrica e contato imediato pele a pele. d) clampeamento tardio do cordão umbilical, contato imediato pele a pele e aspiração nasogástrica. 02ª) Em relação à profilaxia da pré-eclâmpsia no pré- natal, as gestantes com maior risco e alvo dessa intervenção são aquelas que apresentam: a) baixo peso; b) adolescente ou idade materna maior que 40 anos; c) história familiar de pressão alta d) primíparas; e) nulígestas 03ª) Na admissão da parturiente, durante o exame obstétrico, a enfermagem deve estar atenta às seguintes intercorrências: a) sangramento vaginal, contração uterina rítmica e agitação psicomotora; b) alteração da frequência cardíaca fetal, fome e sede; c) hipertensão arterial, sangramento vaginal abundante e alteração da frequência cardíaca fetal; d) sangramento vaginal abundante, presença de linha nigra e cloasma gravídico; e) hipertensão arterial, contração uterina rítmica e respiração eupneica. 04ª) São práticas prejudiciais ou ineficazes, que não são recomendadas como rotina de assistência ao parto: a) apoio contínuo durante o parto, incluindo o acompanhante; b) indução do trabalho de parto sem indicação, utilizando ocitocina de rotina; c) realização de cesarianas com indicação clínica; d) oferecer métodos não farmacológicos de alívio da dor; e) liberdade de movimentos. 05ª) São modificações locais que ocorrem no organismo feminino na gestação: a) cloasma gravídico, hipertrofia uterina, hipervolemia; b) andar anserino, tubérculos de Montgomery, polaciúria; c) formação do tampão mucoso, sinal de Jaquemier, sinal de Hunter; d) amolecimento do colo uterino, aumento da taxa de filtração glomerular; e) êmese, polaciúria, linha nigra. 06ª) O aborto legal, ou seja, interrupção da gravidez nos casos previstos em lei ainda é um tema que causa muita dificuldade de acesso e dúvida nas mulheres, particularmente nas mulheres mais pobres, mais excluídas da sociedade e que tem menos informações. A legislação brasileira estabelece os permissivos legais para a interrupção da gestação nos seguintes casos: a) para salvar a vida da mulher, caso de uma gestação decorrente de estupro, por solicitação e consentimento da mulher e casos de anencefalia; b) para salvar a vida da mulher por solicitação e consentimento dela, caso de uma gestação indesejada e casos de anencefalia; c) caso de uma gestação planejada, por solicitação e consentimento da mulher, para salvar a vida da mulher e casos de anencefalia; d) casos de anencefalia, para salvar a vida da mulher cumprindo ordem judicial expressa, caso de uma gestação decorrente de estupro, por solicitação e consentimento da mulher; e) para salvar a vida da mulher, casos de anencefalia e pela expressão de gênero. 07ª) O aborto espontâneo é definido como gestação intrauterina não viável até 20-22 semanas ou peso fetal de 500 g. É considerado precoce ou de primeiro trimestre até 12 semanas e 6 dias (Brasil, 2022). O aborto espontâneo é tradicionalmente classificado como ameaça de aborto ou aborto evitável, inevitável, incompleto, completo e retido, com base na história e nos achados clínicos, laboratoriais e de imagem. Com base no assunto relacione as colunas e a seguir assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Coluna 1 1. Ameaça de Aborto ou Aborto Evitável. 2. Aborto Inevitável. 3. Aborto Completo. 4. Aborto Incompleto. 5. Aborto Retido. Coluna 2 28 ( ) Além de sangramento vaginal abundante e cólicas uterinas, a mulher apresenta colo pérvio e não há possibilidade de salvar a gravidez. ( ) Situação na qual a paciente apresenta sangramento vaginal, mas o orifício interno do colo uterino permanece impérvio e a vitalidade embrionária está preservada. ( ) Aquele no qual há ausência de batimentos 10ª) Quais os objetivos da enfermagem na assistência ao parto? cardíacos fetais ou do embrião, mas não ocorre a expulsão espontânea do conteúdo intrauterino. ( ) Ocorre quando há eliminação completa do produto conceptual. ( ) É definido pela presença intrauterina dos produtos da concepção, após a expulsão parcial do tecido gestacional. a) 1,2,3,4,5. b) 2,1,5,3,4. c) 2,1,4,3,5. d) 3,2,1,4,5. e) 1,2,4,3,5. 08ª) Quais as características avaliadas no processo do parto? 11ª) Quais os itens verificados na avaliação de enfermagem ao parto? 09ª) Explique o quais os itens do processo de admissão da paciente no momento do parto. 12ª) Quais os parâmetros de controle da evolução do parto? _ 29 _ 4. 1. FASE1: DILATAÇÃO 1. A dilatação do colo uterino ou canal cervical tem por finalidade aumentar-lhe o diâmetro de modo que forme juntamente, com a vagina, o canal do parto. Abrange dois fenômenos, o apagamento do canal cervical e a dilatação. 2. Na primigesta dá-se primeiro o apagamento do colo e depois a dilatação, enquanto que nas multíparas, é simultâneo. 3. Este período se inicia com as contrações que começam a modificar a cervix e termina com a dilatação completa, 10 cm. 4. Terminada a dilatação, útero e vagina formam uma só cavidade. 5. A rotura das membranas com o escoamento do líquido dá- se geralmente, em plena fase de dilatação e como foi dito, pode ser espontâneo ou artificial, podendo ocorrer antes ou ao se completar o segundo período. 6. Quanto à localização, embora ocorra comumente central, no ponto abaulado, pode incidir em zonas altas. 7. A rotura atinge as duas membranas ao mesmo tempo, podendo atingir primeiro a externa e depois, a interna ou vice-versa, raramente. UNIDADE IV – EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE DILATAÇÃO Manter higiene e conforto físico da paciente; Administrar água em pequena quantidade; Posicionar a paciente para exames; Manter a porta fechada durante a realização dos exames; Providenciar material necessário para amniotomia: comadres, luvas, amniótomo ou pinça dente de rato. Dar apoio psicológico para a parturiente, orientando-a quanto à respiração; Controlar dinâmica e foco fetal; Administrar soro e medicação sempre que prescritos; Levar a paciente para a sala de parto; Controlar Pressão Arterial e Temperatura; Observar perdas líquidas dos genitais (líquido amniótico, sangue). AS FASES CLÍNICAS DO PARTO 1ª fase: Dilatação 2ª fase: Expulsão 3ª fase: Dequitação 4ª fase: Greenberg 30 O Período de dilatação é dividido em duas fases: latente e ativa. A latência como um período em que as contrações estão se tornando mais coordenadas, fortes e mais eficientes e o colo mais amolecido, flexível e elástico, dois terços do tempo total que dura o período de dilatação são utilizados durante esta fase. A fase ativa começa quando a dilatação cervical atinge 3 a 4cm, sendo definida como a de dilatação cervical rápida. Para que ocorra a dilatação, é necessário o apagamento, a descida do feto e contrações uterinas eficientes. Estas contrações encurtam o corpo uterino, tracionando 2 longitudinalmente o segmento inferior, que se expande. A frequência da contratilidade uterina aumenta à medida que evolui o trabalho de parto, sendo maior em sua fase ativa. No primeiro estágio do parto são necessárias algumas intervenções de enfermagem específica desta fase do parto: Estabelecer uma relação com a parturiente seus familiares. Informar a parturiente e seus familiares a progressão do trabalho de parto. Fornecer líquidos leves conforme prescrição médica. Explicar todos os procedimentos durante o trabalho de parto. Monitorar os sinais vitais maternos: o Temperatura a cada 6 horas, exceto no caso de hipertermia ou com rompimento das membranas, que exigem a verificação a cada 2 horas e sempre que necessário. o Verificação de pulso e respiração de acordo com a rotina do setor. o Pressão Arterial a cada 6 horas, exceto no caso de hipertensão ou hipotensão, ou quando a parturiente receber medicamento que interfira na estabilidade hemodinâmica. Nestes casos o intervalo de verificação será definido pela equipe do setor. Monitorar os batimentos cardiofetais. Oferecer os métodos não farmacológicos de alívio da dor de acordo com a aceitação da parturiente: deambulação, massagens, movimentos facilitadores do trabalho de parto, banho de aspersão, bola suíça, respiração consciente, aromoterapia, escalda pés - Ver Protocolo de Métodos não Farmacológicos do Alívio da Dor no Trabalho de Parto. Estimular a parturiente uma atitude ativa com movimentação e exercícios livres durante o trabalho de parto, parto e nascimento, favorecendo as posições verticais e uso de métodos não invasivos para alívio da dor. Estimular as técnicas de conforto. Ajudar a parturiente a mudar de posição. Orientar a paciente a caminhar, agachar, ficar semi-sentada, manter-se em decúbito lateral, auxiliar no banho de aspersão. Rever e ensinar técnicas de respiração adequadas. Administrar medicações prescritas, caso necessário. Observar sinais e sintomas após a administração das medicações. Auxiliar na analgesia, quando indicado. Incentivar o esvaziamento da bexiga. 4. 2. FASE 2: EXPULSÃO Inicia-se com a dilatação completa e termina com a expulsão do feto. Caracteriza-se pelo aumento das contrações, associadas à contratilidade do diafragma, com um exercício expiratório violento. Graças a este esforço desce o bebê pelo canal do parto, a vulva se entreabre e dá passagem ao feto. Flui a porção restante de líquido amniótico mesclado de sangue. O feto fica unido a mãe pelo cordão umbilical até que se faça o pinçamento e realize o corte do cordão. O útero retrai-se ficando ao nível da cicatriz umbilical. A paciente passa por um período de euforia compensadora seguido de relaxamento, embora persistam as contrações indolores. O pulso da paciente fica mais lento, a respiração calma, e às vezes, ocorrem calafrios que perduram no pós-parto imediato. 31 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE EXPULSÃO ✔ Controlar os batimentos cardiofetais e a dinâmica uterina; ✔ Colocar a parturiente na mesa e posicioná-la para o parto (posição de litotomia); ✔ Abrir a bandeja de parto e completá-la com o material necessário, e ajudar a médica ou a enfermeira a vestir o avental; ✔ Permanecer ao lado da parturiente orientando-a nos momentos de fazer força; ✔ Pegar o bebê logo que nascer e levá-lo para o local mais adequado para realizar os primeiros cuidados (berço aquecido ou incubadora); ✔ Identificar o recém-nascido no Serviço Pediátrico; ✔ Controlar os SSVV; ✔ Observar estado psicológico da paciente – agitação, queixa de dor. ✔ A anestesia locorregional – após o bloqueio locorregional é conveniente empregar analgesia durante o primeiro período, para fazer elevar o limiar da dor. ✔ A seguir procede-se o bloqueio troncolar do nervo, pudendo interno na extremidade da espinha ciática; antes da introdução da agulha, é o local meticulosamente reparado pelo indicador, colocado na vagina, só então faz-se a deposição de 10 ml do anestésico, procede-se identicamente ao lado oposto. A EPISIOTOMIA ✔ A proteção do períneo, a passagem do feto pelo anel vulvoperineal será raramente possível sem lesar a integridade dos tecidos maternos, com lacerações e roturas das mais variadas, a condicionarem frouxidão irreversível do assoalho pélvico. ✔ O momento adequado para a execução da episiotomia se dará início antes que apresentação esteja a distender, acentuadamente, o períneo efetuado de dentro para fora. Após o nascimento do pólo cefálico, busca- se a circulares do cordão que, presentes, serão desfeitas ou seccionadas. ✔ Ultimada a rotação externa da cabeça, o parteiro apreende com ambas as mãos a apresentação, traciona para baixo com objetivo de liberar ombro anterior depois para cima, auxiliando a saída do posterior. ✔ Durante a expulsão do ombro anterior, ou logo que for possível, eis o momento adequado para a injeção intravenosa de metilergonovina ou 10 u.i. de ocitocina, com o que consegue reduzir as perdas sanguíneas no quarto período e no puerpério apressando a dequitação. 4. 3. FASE 3: DEQUITAÇÃO Delivramento, dequitação ou secundamento é o terceiro período do parto que começa imediatamente após o nascimento da criança e termina com a expulsão da placenta e das membranas. Inicia-se 5 a 10 minutos após a expulsão fetal. O hematoma, alimentado pelos vasos rompidos, se difunde e acaba descolando a placentaenquanto o útero se retrai. Quando a placenta está totalmente descolada, ela desliza para a vagina pelo orifício do colo, ainda aberto. Greemberg ou Miotamponagem 2 horas após a saída da placenta: é o período mais perigoso, por causa de hemorragias e falta de assistência médica. SÃO TRÊS TEMPOS FUNDAMENTAIS: 32 ✔ DESCOLAMENTO: decorre da retração do músculo uterino. ✔ DESCIDA: as contrações uterinas que não cessam, e a possível ação da gravidade condicionam a migração da placenta, percorre a cérvice e cai na vagina. ✔ EXPULSÃO OU DESPRENDIMENTO: no canal vaginal a placenta provoca nova sensação de puxo, determinando esforço abdominais, responsável pela expulsão do órgão para o exterior. O segundo estágio (período expulsivo) inicia-se com a dilatação máxima e termina com a expulsão do feto. Nessa fase ocorrem os puxos maternos. Nesta fase são necessárias as seguintes intervenções de enfermagem: Informar a parturiente e seus familiares sobre a progressão do trabalho de parto. Preparar a mesa de parto usando técnica asséptica. Preparar a Unidade de Calor Radiante (UCR) e os materiais para receber o RN. Auxiliar o profissional a se paramentar. Auxiliar a parturiente o posicionamento adequado. Higienizar a área perineal. Monitorar os sinais vitais maternos. Auxiliar a puxar suas pernas para trás, de modo que seus joelhos fiquem fletidos. Fornecer incentivo positivo e frequente. Incentivar a respiração eficaz. Levantar grades laterais. Registrar o procedimento no livro de parto transpélvico do setor. Incentivar o aleitamento materno na primeira hora de vida. A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento precoce, pois está associado à menor mortalidade neonatal, ao maior período de amamentação, à melhor interação mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia materna. Identificar o recém-nascido com pulseira e/ou tornozeleira, registrando o nome da mãe, prontuário data, hora do nascimento e sexo. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE DEQUITAÇÃO ✔ Aplicar 1 ml de Methergin IM logo após a saída da placenta; ✔ Proceder a assepsia da região genital da paciente; ✔ Examinar a placenta para constatação que não sobraram restos de membranas e placentários e de cotilédones; ✔ Controle rigoroso de sangramento via vaginal; ✔ Tirar a paciente da posição e passa - lá para a maca e aquecê-la; ✔ Deixar a puérpera limpa e seca; ✔ Controlar SSVV e encaminhar a paciente para o quarto ou enfermaria; ✔ Controle de retração uterina – consistência e sangramento; ✔ Controle de gotejamento do soro se estiver com este. 4. 4. FASE 4: GREENBERG Após a dequitação, sucede esse estágio, conhecido pela retração uterina e pela formação de coágulos fisiológicos. Esses coágulos impedem as grandes hemorragias e são dependentes da contração uterina, do miotamponamento e do trombotamponamento. Assim, espera-se que, dentro de 1 hora após o parto, o útero adquira maior tônus, entrando na fase de contração uterina fixa que atua na manutenção da hemostasia uterina. Entretanto, quando o trabalho de parto é prolongado ou abrupto, a hemostasia uterina pode ser comprometida, levando a perdas sanguíneas significativas. Isso porque, nessa situação de 1. Descolamento 2. Descida 3. Expulsão 33 desequilíbrio, os períodos de contração e relaxamento miometrial (fase de indiferença miouterina) são prolongados, de maneira que alimentam a perda sanguínea. EXERCÍCIOS 01ª) Quanto aos estágios do trabalho de parto, assinale a alternativa correta. a) O primeiro estágio do trabalho de parto compreende todo o período de dilatação, que vai do início da dilatação cervical até 10 cm e consiste em 3 fases: fase latente, fase ativa e fase de transição. b) O primeiro estágio do trabalho de parto compreende todo o período de dilatação, que vai de 0 cm até 10 cm e consiste em 2 fases: fase latente e fase ativa. c) O segundo estágio do trabalho de parto compreende a fase de transição, iniciando com a dilatação total e terminando com a expulsão do feto/bebê. d) O terceiro estágio do trabalho de parto compreende a fase de transição, iniciando com a expulsão do feto/bebê e terminando com a separação e saída da placenta. e) O terceiro estágio do trabalho de parto compreende a fase de transição, iniciando com a expulsão do feto/bebê e terminando com a separação da placenta, sendo também conhecido como puerpério. 02ª) O primeiro estágio do trabalho de parto é o mais longo, por isso é dividido em fases. No entanto, a fase mais difícil dura em torno de uma hora em primíparas e de 15 a 30 minutos em multíparas. Nessa fase, as contrações são mais fortes, dolorosas e frequentes. Algumas parturientes apresentam náuseas, vômitos, tremores dos membros, lombalgia, irritabilidade e inquietação. A fase descrita é classificada como: a) Ativa b) Latente c) Diligente d) transição Praticando... 03ª) A avaliação do início efetivo do trabalho de parto é muito importante para definir o momento adequado para a admissão das parturientes nas unidades obstétricas. Alguns critérios devem ser levados em consideração nessa determinação, tais como a atividade uterina com metrossístoles regulares com, pelo menos: a) 2 contrações em 10 minutos e dilatação cervical progressiva a partir dos 5cm b) 2 contrações em 10 minutos e dilatação cervical progressiva a partir dos 4cm c) 3 contrações em 10 minutos e dilatação cervical progressiva a partir dos 5cm d) 3 contrações em 10 minutos e dilatação cervical progressiva a partir dos 4cm 04ª) O secundamento, também chamado de decedura e delivramento, é o estágio da parturição que ocorre após o nascimento do concepto, geralmente de maneira fisiológica, e sua evolução é bem típica. Assinale a alternativa que apresenta as fases deste desprendimento. a) descolamento, descida e expulsão (despreendimento). b) dilatação, rotação, descida e expulsão. c) descolamento, rotação e descida. d) dilatação, descida, rotação e desprendimento. e) descolamento, rotação e expulsão. 05ª) Em relação às fases do estágio clínico do parto, marque V para verdadeiro e F para falso. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) A fase latente é caracterizada por um início rápido do trabalho de parto, e a dilatação do colo uterino encontra-se em até 4 cm. ( ) A fase aguda caracteriza-se pela contração lenta, com duração variável, e a dilatação do colo uterino encontra-se em até 6 cm. A EPISIORRAFIA ✔ A sutura principia pelo ângulo superior da ferida, na vagina. ✔ Usa-se pontos separados de categute número 00 cromados, na mucosa vaginal no plano muscular, e no tecido conjuntivo difuso. ✔ E a pele é aproximada por pontos simples, do mesmo fio, que se soltam espontaneamente em alguns dias. 34 ( ) Na fase ativa, as contrações são mais vigorosas e mais longas e a dilatação do colo uterino encontra-se em 8 cm. ( ) Na fase de transição, a dilatação continua em ritmo mais lento, seguindo de 8 cm para 10 cm, porém as contrações ficam mais frequentes, mais intensas e mais longas. a) F - F - V – V b) V - F - V – F c) F - V - F – V d) V - V -F – F 06ª) Em relação ao primeiro período do trabalho de parto, a dilatação, para possibilitar a passagem do crânio do feto faz-se necessária uma dilatação total de: a) 20 cm. b) 25 cm. c) 05 cm. d) 10 cm. 07ª) O segundo estágio do trabalho de parto: a) Dura desde a expulsão da placenta, até que a condição pós-parto da mulher tenha sido estabilizada. b) Começa com o nascimento do bebê e termina com a expulsão da placenta. c) Começa com a dilatação completa e termina com o nascimento do bebê. d) Começa com as primeiras contrações verdadeiras do trabalho de parto e termina com o apagamento da dilatação completos do colo uterino. 08ª) O parto é caracterizadopor contrações das fibras miometriais, cujas principais funções são a dilatação cervical e a expulsão do feto através do canal de parto. São características específicas e cada fase do parto: a) Expulsão: também denominado terceiro período do parto, o canal de parto é completamente formado, ou seja, o segmento inferior do útero, o canal cervical totalmente dilatado e a vagina formam uma única cavidade. b) Dequitação: chamado de secundamento ou dequitadura, o útero expele a placenta e as membranas. c) A fase de dilatação, ou segundo período do parto, tem início com as primeiras modificações cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino (10 cm). d) A fase ativa do trabalho do parto geralmente tem início aos 2 cm de dilatação cervical e dura em média, 10 horas nas primíparas. e) Para o diagnóstico de trabalho de parto deve estar presente uma contração uterina a cada 10 minutos e uma dilatação de pelo menos, 2 cm. 09ª) O trabalho de parto é considerado ativo quando há a) contrações uterinas dolorosas em qualquer frequência. b) dilatação progressiva na velocidade ≥ 2 cm por hora. c) dilatação cervical progressiva a partir dos 4 cm. d) frequência cardíaca fetal (FCF) < 110 ou > 160 bpm. e) ruptura de membrana, seguida da perda de tampão. 10ª) São cuidados de enfermagem, à gestante no primeiro período (estágio) do parto: a) Incentivar a respiração eficaz. Manter no leito e elevar grades laterais. b) Estabelecer uma relação com a parturiente e seus familiares. Fornecer líquidos leves conforme prescrição médica. c) Higienizar a área perineal. Preparar a mesa de parto usando técnica asséptica. d) Avaliar os sinais vitais em busca de sinais de hemorragia. Puncionar veia calibrosa. Realizar a coleta do sangue do cordão para obter amostra de sangue. A cesariana é um procedimento cirúrgico (operação) para a extração do feto (nascimento do bebé) por via abdominal através da realização de um pequeno corte realizado acima da púbis da mãe. Há que ter em conta que uma cesariana deve ser realizada para evitar um mal maior, ou seja, para evitar um problema grave para o feto ou para a mãe. Apesar de ser um procedimento muito seguro na atualidade, deve apenas ser realizado em determinadas condições. Veja adiante mais informação em “indicações da cesariana”. Em muitos países europeus e americanos tem havido um aumento do número de partos por cesariana. A questão coloca-se se este aumento do número de cesarianas é justificado por razões médicas ou não. As explicações são muitas e as conclusões não são fáceis. Entender algumas considerações permite analisar melhor o tema. UNIDADE V – PARTO CESÁREA/OPERATÓRIO 35 A organização mundial de saúde (OMS) recomenda manter a taxa de cesarianas abaixo dos 15%. Mas convém recordar que este número não leva em consideração a heterogeneidade étnica, o aumento da idade materna, as técnicas de reprodução medicamente assistidas e o aumento das gravidezes múltiplas (gémeos) em muitas sociedades modernas. Portanto, seria mais lógico considerar um valor maior, que segundo o nosso tipo de população rondaria os 20 a 25%. A cesariana é uma intervenção cirúrgica com riscos maternos muito baixos, mas superior ao parto vaginal (veja quais em riscos da cesariana e comparação com o parto normal). Por isto, a cesariana deve ser realizada apenas em determinadas condições, conforme descrevemos de seguida. 5. 1. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA O PARTO CESÁREA 1. Se o canal de parto não permite a passagem do feto, ou porque este é muito grande ou porque a bacia da mãe é muito estreita. É denominada de incompatibilidade feto-pélvica; 2. Se há placenta prévia (placenta baixa) ou o cordão é velamentoso (passa em frente do colo uterino) e a passagem do feto é impossível, pois pode provocar uma hemorragia muito grande; 3. Se o feto não tolera o parto normal. Se antes ou durante o parto se considera que existe um risco de sofrimento, então a cesariana é alternativa para protegê-lo; 4. Se o parto põe em risco a mãe visto esta padecer de alguma patologia (doença). Esta é uma indicação menos frequente. 5. 2. COMO É REALIZADO O PARTO CESÁREA - A cesariana é feita através de uma pequena abertura na parede abdominal da mãe, normalmente através de uma pequena incisão na pele 2 a 3 cm acima da sínfise púbica (da púbis) com cerca de 10 cm de comprimento. - Depois fazem-se outras aberturas nos tecidos colocados por baixo da pele (tecido celular subcutâneo, aponevrose e peritoneu) até chegar ao útero. - Por fim faz-se uma abertura neste (também transversal) para extração do feto. Posteriormente, retira-se a placenta e de seguida são encerradas (suturadas) as aberturas que foram realizadas para chegar ao feto. 5. 2. 1. Com quantas semanas o bebé pode nascer? Por norma, o recém-nascido nasce de forma espontânea (parto normal) entre as 37 e as 42 semanas de gestação. A cesariana pode ser programada a partir das 39 semanas pois é a idade gestacional em que se considera 36 Tempo de demora da cesariana É variável. Depende se se trata da primeira cesariana ou se há cesarianas anteriores. Se é uma cesariana em ausência ou em trabalho de parto. Mas, normalmente, varia entre 30 a 60 minutos. que toda a maturação do feto (nomeadamente cerebral) está completa. A baixo das 39 semanas de gestação considera-se que o bebé é um termo-prematuro. A decisão de efetuar a cesariana num dado momento da gravidez deve ser tomada pelo médico obstetra (especialista em obstetrícia), levando em consideração diversos fatores relacionados com a saúde da mãe e do feto. 5. 2. 2. Anestesia na cesariana A anestesia durante a cesariana pode ser igual à do parto normal (epidural ou raqui-anestesia). Em raras situações pode ser realizada anestesia geral. A forma de anestesia mais comum para a cesárea é a espinhal, raquidiana ou raquianestesia, no qual a mulher fica sem a sensibilidade dos membros inferiores, do umbigo para baixo. As vantagens desse método são: tem ação rápida, pode ser usada uma quantidade baixa de anestésico, preserva a consciência, é bastante segura, tem analgesia prolongada pós-operatória. A desvantagem apresentada pelas parturientes é a possibilidade de eventualmente ter uma forte dor de cabeça, mas esse sintoma vem sendo reduzido com o avanço das técnicas. 5. 3. RISCOS E COMPLICAÇÕES DO PARTO CESÁREA Embora sejam raras as complicações, quando comparadas com o parto normal o parto por cesariana possui associada uma maior perda de sangue, maior risco de lesão da bexiga e maior risco tromboembólico. Em gravidezes subsequentes aumenta o risco de novo parto por cesariana, placenta prévia (placenta baixa), placenta acreta (placenta aderente ao útero) e risco de rotura uterina se entrar novamente em trabalho de parto. Apesar dos riscos atrás enumerados a cesarina é um procedimento cirúrgico muito seguro na atualidade com uma baixa taxa de complicações quer durante quer após a cirurgia, desde que executada por especialistas em obstetrícia devidamente capacitados para o efeito. 5. 3. 1. Cicatriz após cesariana A cicatriz após a cesarina resulta da pequena incisão na pele (2 a 3 cm). O local da cicatriz é acima da sínfise púbica (a púbis). A extensão (tamanho) é de aproximadamente 10 cm de comprimento. As técnicas atuais permitem minimizar bastante a cicatriz, apesar de ser sempre visível quando a mulher está completamente despida. 5. 4. RECUPERAÇÃO E CUIDADOS APÓS ALTA A recuperação após uma cesariana pode ser mais demorada quando comparada com um parto normal, pois é realizada uma cirurgia. Pode haver algumas dores no pós-parto imediato e a deambulação (andar, caminhar) faz-se mais tarde do que no parto normal. Devem ser seguidas as seguintes recomendações no pós-operatório da cesariana: Se foi usadona pele um fio não absorvível os pontos são retirados normalmente ao 7º dia. Se foi usado um fio absorvível não é necessário retirar pontos; O uso de uma cinta no pós-operatório pode dar algum conforto; A mulher deve manter uma dieta rica em cálcio (particularmente aquelas que amamentam); A administração de suplementos de ferro pode ser importante para compensar as perdas hemáticas (perdas de sangue) após o parto; https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/359034/raquianestesia%2Bo%2Bque%2Be%2Bquais%2Bos%2Bpreparos%2Bnecessarios%2Bcomo%2Be%2Bfeita%2Bquais%2Bsao%2Bas%2Bvantagens%2Be%2Bas%2Bdesvantagens.htm https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/parto-normal/ https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/parto-normal/ 37 A mulher pode reiniciar a sua atividade sexual após a cessação do lóquios, desde que as relações sexuais não provoquem does e desconforto e tenham decorrido, pelo menos 2 a 3 semanas após a cesariana; É normal no primeiro mês após o parto surgirem alterações no humor, irritabilidade, labilidade emocional, ansiedade, insónia (dormir mal), crises de choro (pospartum blues). Habitualmente, estas alterações são transitórias, melhorando ao final de 2 semanas. Se estas alterações se prolongarem por muito mais tempo a mulher deve procurar ajuda, pois pode surgir uma depressão pós-parto; É costume surgir queda de cabelo mais intensa até aos 6 meses após o parto; Esforços e atividade física deve ser evitada nas primeiras semanas, devendo ser retomada de forma gradual; A consulta do puerpério deve ser feita entre a 4ª a 6ª semana após o parto; O teste do pezinho (recém nascido) deve ser realizado no 3º dia de vida. A primeira consulta deve ser feita aos 15 dias de vida. 5. 5. VANTAGENS DO PARTO NORMAL X CEARIANA O parto normal ou natural (com ou sem intervenção instrumental) possui diversas vantagens quando comparado com o parto por cesariana, a saber: Existe um risco de infecção inferior; Tempo de internamento mais baixo (geralmente 48 horas); O tempo de recuperação mais baixo; O útero volta ao tamanho natural mais rápido; Aumenta as hormónas responsáveis pelo bem estar; Menores riscos com complicações anestésicas; Para o bebé também existem algumas vantagens, a saber: Uma maior tranquilidade e recetividade ao toque e para o bebé; Existe uma facilidade acrescida para respirar (no parto normal, o bebé ao passar pelo canal de parto faz com que o tórax seja comprimido, provocando com que os líquidos do interior do pulmão sejam naturalmente expelidos). EXERCÍCIOS 01ª) Conceitue o parto cesárea é recomendado. Praticando... 03ª) A partir de quantas semanas o bebé pode ser retirado da barriga da mãe? 02ª) Quais as principais indicações para o parto cesárea? 04ª) Qual a anestesia utilizada durante o procedimento cirúrgico do parto cesárea? 38 07ª) Elenque as vantagens do parto normal em relação ao parto cesárea para a parturiente. 05ª) Quais os riscos e complicações do parto cesárea? 06ª) Quais os cuidados necessários no cuidado pós alta do parto cesárea? 08ª) Elenque as vantagens do parto normal em relação ao parto cesárea para o recém-nascido _ Puerpério é o período que transcorre desde a dequitação até o retorno ao normal de todas as modificações orgânicas. Podemos dividi-los em: ✔ Puerpério Imediato: Primeiras 24 horas pós-parto. ✔ Puerpério Mediato: do 1º dia ao 10º dia ✔ Puerpério Tardio: do 10º dia ao 42º dia. ✔ Puerpério Remoto: a partir do 43º dia. 6. 1. AÇÕES DE ENFERMAGEM RELACIONADAS AO PUERPÉRIO 6. 1. 1. Uso de Medicamentos UNIDADE VI – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PUERPÉRIO (PÓS-PARTO) 39 Orientar a gestante a manter o uso de sulfato ferroso por até 40 dias após o parto, bem como outras vitaminas se for necessário. 6. 1. 2. Lóquios Com o nome de lóquios designa-se o fluxo sanguíneo que se escoa pelo trato genital nos primeiros dias do puerpério. São quase completamente sanguíneos até o 3° dia, contendo mesmo pequenos coágulos; tornam- se a seguir, mais claros. Gradualmente, a proporção de sangue vai diminuindo, a cor mudando do vermelho para marrom-amarelado e finalmente, para o amarelo. Em torno do 20º dia, tornam-se serosos e esbranquiçados, desaparecendo por fim. O cheiro dos lóquios é semelhante ao cheiro do sangue menstrual. A modificação de cheiro para fétido, é quase sempre sinal de infecção. 6. 1. 3. Útero A involução uterina é rápida nos primeiros dias e mais lenta nos dias seguintes. No puerpério imediato há formação do globo de segurança que tampona os vasos sangrantes, com duração de poucas horas. O volume uterino regride diariamente. No primeiro dia, pós-parto, atinge a altura do umbigo. No final da primeira semana, o fundo uterino encontra- se cerca de cinco dedos horizontais acima da sínfise púbica. Por volta do 12º ou 14º dia, torna-se novamente pélvico. OBS: No mínimo 30 min. por dia a puérpera deverá ficar em decúbito ventral, para evitar retroversão uterina. 6. 1. 4. Vagina São marcantes as alterações involutivas da vagina. Logo após o parto a mucosa vaginal apresenta-se com a coloração arroxeada, característica da gravidez, podendo apresentar algumas soluções de continuidade de origem traumática, com perda de pequena quantidade de sangue. Volta à sua estrutura normal em 3 semanas. 6. 1. 5. Mamas Depois do parto, durante dois ou três dias, a mama produz um líquido amarelo viscoso denominado colostro. Este, em quantidade pequena, é pobre em calorias, lípidios e glicídios e muito rico em proteínas e anticorpos. Por esta razão o recém-nascido normal pede 10% do seu peso até 5 dias – recuperando-o até o 10 dia. Durante a amamentação, as glândulas mamárias aumentam de volume não só pela proliferação dos ácinos e ductos, também pelo acúmulo de leite. As mamas necessitam de particular asseio. Os mamilos e a auréola devem ser lavados, durante o banho, com sabonete neutro. No 3° dia do parto, dá-se a apojadura com desconforto considerável à paciente. Ficam as mamas ingurgitadas e dolorosas. Consegue-se alívio, aplicando-lhes compressas quentes e úmidas e administrando ocitocina, pela via nasal, que provoca a saída do leite e ameniza a congestão. Durante todo o período de aleitamento, devem as mamas ser mantidas bem elevadas pelo sutiã para evitar acotovelamentos vasculares e empedramento. 6. 1. 6. Intestino Nos primeiros dias do puerpério, habitualmente há uma constipação intestinal. Recomenda-se dieta rica em fibras, bastante líquido e deambulação precoce. Intestino foi esvaziado pela lavagem intestinal e não contém bolo fecal, paciente com pouca movimentação e alimenta-se pouco no primeiro dia. 6. 1. 7. Volta da Menstruação Por volta dos 45 dias (pós-parto) há tendência a restabelecer os ciclos menstruais normais. Se a mulher continua a amamentar, a infertilidade poderá se prolongar. OBS: O FATO DE ESTAR AMAMENTANDO NÃO SIGNIFICA QUE NÃO HÁ RISCOS DE UMA NOVA GRAVIDEZ. 6. 1. 8. Dieta 40 Durante a amamentação devem ser evitadas as bebidas alcoólicas e alimentos muito condimentados os quais são prejudiciais ao lactente. Nas primeiras horas pós-parto ingerir bastante líquido. Os alimentos devem conter muitos resíduos a fim de melhorar a função intestinal. Orientar a puérpera que poderá se alimentar normalmente. 6. 1. 9. Períneo Rapidamente a musculatura perineal se retrai, o que lhe confere certos tônus, estreitando-se novamente a luz vaginal e do vestíbulo. De grande importância para o futuro psicológicoda mulher, é a involução da musculatura pelviana, perineal e dos órgãos genitais internos. Nos primeiros dias, os cuidados resumem-se na rigorosa higiene local. Para tanto, duas a três vezes por dia e tantas quantas a puérpera urinar ou defecar, é feita a limpeza externa aplicando antisséptico, quando houver episiorrafia e laceração. EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) O puerpério inicia-se imediatamente após o parto e dura, em média, seis semanas após a sua realização, havendo variabilidade na duração entre as mulheres. Para facilitar a organização das ações de saúde, o puerpério pode ser dividido em imediato, tardio e remoto. Assinale a alternativa correta quanto ao período do puerpério tardio. a) 01º ao 20º dia após o parto. b) 05º ao 25º dia após o parto. c) 05º ao 30º dia após o parto. d) 11º ao 45º dia após o parto. e) 46º ao 60º dia após o parto. 02ª) Imediatamente após o parto, a assistência ao recém-nascido deve ser feita considerando um conjunto de cuidados. Sobre esses cuidados, analise as afirmativas a seguir. I. Como cuidado de rotina, o índice de Apgar deve ser realizado no primeiro e no quinto minutos de vida. II. O sangue de cordão para análise de pH deve ser coletado em todos os recém-nascidos rotineiramente. III. Em recém-nascido saudável não se recomenda a aspiração orofaringeana nem nasofaringeana sistemática. Está correto o que se afirma em I e II. I e III. II e III. I, apenas. III, apenas. 03ª) As complicações do pós-parto ou complicações puerperais podem surgir imediatamente ou até 30-45 dias após o parto, sendo que a gravidade das ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO NORMAL ✔ Controle dos SSVV; ✔ Observar os lóquios: cor, cheiro e quantidade; ✔ Observar as mamas e incentivar o aleitamento; ✔ Incentivar a deambulação 6 horas após o parto normal e cesárea, tão logo se restabeleça da anestesia; ✔ Estimular a micção; ✔ Observar e fazer curativos do períneo e ou incisão cirúrgica; ✔ Observar a involução uterina; ✔ Muito importante no puerpério observar se a paciente urinou, a bexiga cheia desloca o útero à direita, aumentando sua altura acima da cicatriz umbilical, ocasionando sangramento; ✔ Banho 6 horas após o parto; ✔ Administração dos medicamentos prescritos; ✔ Orientar sobre medidas de saúde a serem adotadas ao longo do puerpério; ✔ Orientar para a alta. 41 complicações podem variar de acordo com o tipo de 07ª) Caracterize a involução uterina. parto realizado. São complicações pós-parto: a) Hemorragia vaginal e mastite. b) Trombose venosa e infecção puerperal. c) Cistite e mastite. d) Todas as alternativas estão corretas 04ª) Mulher de 19 anos, em pós-operatório de cesariana realizada há vinte dias, lactante em aleitamento materno exclusivo, comparece à UBS relatando queimação nos mamilos ao amamentar e durante os intervalos das mamadas. Ao ser examinada pela enfermeira, verificou-se o uso de conchas de silicone. Suas mamas estavam cheias e os mamilos, descamativos e hiperemiados, com aspecto de 08ª) Descreva o termo colostro. assadura. Nesse caso, para garantir o bem-estar da mulher e do seu recém-nascido, deve-se orientar quanto ao(à): a) pega adequada, visto se tratar de fissura mamilar b) ordenha das mamas quando necessário, visto se tratar de ingurgitamento mamário c) correto uso dos antimicóticos pela mulher e pelo recém-nascido, visto se tratar de infecção por Candida albicans. 09ª) Qual o período para o restabelecimento do ciclo menstrual normal. d) aumento da frequência de oferta das mamas e à compressão das mamas pelas conchas de silicone, visto se tratar de ductos mamários bloqueados. 05ª) Descreva o puerpério imediato, puerpério mediato, puerpério tardio e puerpério remoto. 10ª) Quais os procedimentos realizados pela enfermagem na assistência ao puerpério normal? 06ª) Descreva o que consiste lóquio e classifique os tipos existentes . 42 São caracterizadas complicações mais comuns na gravidez: Hipertensão Diabetes Infecções sexualmente transmissíveis Pielonefrite Anormalidades do trato genital Idade materna Peso materno Altura materna Exposição a teratógenos Natimorto prévio Parto prematuro anterior Neonato anterior com doença genética ou congênita Polidrâmnio (hidrâmnio) e oligoidrâmnio Gestação multifetal (múltipla) Lesão antes do nascimento 7. 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL 7. 1. 1. Classificação das doenças hipertensivas - Hipertensão crônica: presente antes da gestação ou que se desenvolve antes de 20 semanas de gestação - Hipertensão gestacional: início recente de pressão arterial (PA) sistólica e/ou diastólica ≥ 140/≥ 90 mmHg em 2 ocasiões com intervalo de pelo menos 4 horas após 20 semanas de gestação - Pré-eclâmpsia: início recente após 20 semanas de gestação de PA sistólica e/ou diastólica ≥ 140/≥ 90 mmHg persistentemente (2 episódios em 4 horas) ou pelo menos 1 medição da PA sistólica e/ou diastólica ≥ 160/≥ 110 mmHg MAIS proteinúria inexplicada recente (> 300 mg/24 horas ou razão proteína/creatinina urinária ≥ 0,3 ou leitura da tira reagente de 2+; na ausência de proteinúria, hipertensão de início recente com início recente de outros sinais de lesão de órgãos-alvo [p. ex., trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mcL)], função hepática comprometida, insuficiência renal, edema pulmonar, cefaleia de início recente (não responde à medicação e não é explicada por diagnósticos alternativos), sintomas visuais]. - Pré-eclâmpsia com características graves: pré-eclâmpsia com PA sistólica e/ou diastólica ≥ 160/≥ 110 mmHg persistente (2 episódios em 4 horas) e/ou outros sinais de lesões em órgão-alvo Síndrome HELLP: uma forma de pré-eclâmpsia grave com hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem plaquetária - Hipertensão arterial crônica mais pré-eclâmpsia sobreposta: proteinúria nova ou piorando ou outros sinais de lesão em órgão-alvo após 20 semanas de gestação em uma mulher com hipertensão arterial preexistente - Eclâmpsia: convulsões tônico-clônicas, focais ou multifocais de início recente não explicadas por outras causas 7. 1. 2. Riscos relacionados a hipertensão crônica UNIDADE VII – NOÇÕES DAS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NA GRAVIDEZ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Hipertens%C3%A3o_v21452619_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Diabetes_v21452639_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Infec%C3%A7%C3%B5es-sexualmente-transmiss%C3%ADveis_v21452800_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Pielonefrite_v21452823_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Anormalidades-do-trato-genital_v21452850_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Idade-materna_v21452872_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Peso-materno_v21452880_pthttps://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Altura-materna_v21452892_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Natimorto-pr%C3%A9vio_v21452920_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Parto-prematuro-anterior_v21452928_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Neonato-anterior-com-doen%C3%A7a-gen%C3%A9tica-ou-cong%C3%AAnita_v21452946_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Polidr%C3%A2mnio-(hidr%C3%A2mnio)-e-oligoidr%C3%A2mnio_v21452955_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Gesta%C3%A7%C3%A3o-multifetal-(m%C3%BAltipla)_v21452977_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Les%C3%A3o-antes-do-nascimento_v21452997_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia 43 o Restrição do crescimento fetal (diminuindo o fluxo sanguíneo entre o útero e a placenta) o Pré-eclâmpsia e eclampsia o Resultados maternos e fetais adversos Antes da concepção, mulheres hipertensas devem ser aconselhadas do risco da gestação. Se engravidarem, o cuidado pré-natal deve começar o mais cedo possível. O tratamento da hipertensão crônica durante a gestação inclui mensurações da função renal inicial (p. ex., creatinina e ureia séricas), exame de fundo de olho e avaliação cardiovascular direcionada (ausculta e, às vezes, ECG, ecocardiograma ou ambos). A cada trimestre mensuram-se proteinúria de 24 horas, ácido úrico sérico, creatinina sérica e hematócrito. A ultrassonografia para monitorar o crescimento fetal é realizada com 28 semanas e a cada 4 semanas a partir de então. O retardo de crescimento é avaliado com fluxometria Doppler de múltiplos vasos, realizada por especialista em medicina materno-fetal. Se as mulheres têm alto risco de pré-eclâmpsia, os médicos devem prescrever ácido acetilsalicílico em baixa dose (81 mg por via oral uma vez ao dia), que deve ser utilizado diariamente iniciando com 12 a 28 semanas da gestação e mantido até o parto. Mulheres com história de pré-eclâmpsia ou hipertensão gestacional têm maior risco de eventos cardiovasculares ao longo da vida e, após o parto, devem ser encaminhadas para avaliação e acompanhamento apropriados do risco cardiovascular. 7. 2. DIABETES GESTACIONAL Diabetes mellitus preexistente ocorre em ≥ 6% das gestações e diabetes gestacional ocorre em cerca de 8,5% das gestações. A incidência está aumentando à medida que a obesidade aumenta. Diabetes preexistente dependente de insulina aumenta o risco dos seguintes: Pielonefrite Cetoacidose Pré-eclâmpsia Morte fetal Malformações fetais importantes Macrossomia fetal (peso fetal > 4,5 kg) Se houver vasculopatia, restrição do crescimento fetal Necessidade de parto prematuro, parto cesárea ou parto cirúrgico A incidência de macrossomia fetal é cerca de 50% maior em gestantes com diabetes preexistente do que em gestantes da população em geral. A incidência da mortalidade perinatal também é mais alta. Mulheres com diabetes preexistente são mais propensas a exigir parto prematuro para indicações obstétricas ou clínicas. Exercícios durante a gestação (com alterações criteriosas na dieta) reduzem a necessidade de partos cesárea e partos cirúrgicos nessas mulheres. Um controle rigoroso da glicose antes da concepção e durante a gestação precoce é essencial para prevenir malformações fetais. As necessidades de insulina geralmente aumentam na gestação. Diabetes gestacional aumenta o risco dos seguintes: Distúrbios hipertensivos Macrossomia fetal Necessidade de cesariana O diabetes gestacional é geralmente rastreado com 24 a 28 semanas e, se a paciente apresentar fatores de risco, durante o 1º trimestre. Os fatores de risco incluem: Diabetes gestacional prévio Lactente macrossômico em uma gestação anterior Perdas fetais inexplicáveis Índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional > 30 kg/m2 Idade materna > 40 anos História familiar de diabetes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/hipertens%C3%A3o-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1072437_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%A3o-do-trato-urin%C3%A1rio-na-gesta%C3%A7%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/regula%C3%A7%C3%A3o-e-dist%C3%BArbios-%C3%A1cido-base/acidose-metab%C3%B3lica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-grande-para-a-idade-gestacional-gig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-grande-para-a-idade-gestacional-gig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana 44 Algumas raças ou etnias associadas a taxas mais altas de diabetes (p. ex., pessoas com ascendência hispânico-americana, afro-americana, índio-americana, asiática ou das Ilhas do Pacífico). Pode-se realizar a triagem e a confirmação do diagnóstico de diabetes gestacional em 1 ou 2 etapas: Teste em 1 etapa: teste de tolerância à glicose (TTG) oral de 2 horas, em jejum, utilizando 75 g de glicose Teste em 2 etapas: TTG de 1 hora sem jejum, utilizando 50 g de glicose; se anormal (≥ 135 mg/dL/7,5 mmol/L), então um TTG de 3 horas em jejum, utilizando 100 g de glicose. O diagnóstico baseia-se melhor nos resultados de um teste de tolerância à glicose oral (TTGO — ver tabela Limiares de glicose para diabetes mellitus gestacional utilizando teste de tolerância à glicose de 3 horas). Pode- se realizar o TTGO em 1 ou 2 etapas. Com base em uma recomendação da conferência para o desenvolvimento do consenso de 2013 do National Institutes of Health (NIH), a triagem começa com um teste de carga de glicose (TCG) de 1-horas, 50 g; se os resultados são positivos (glicemia > 130 a 140 mg/dL [7,2 a 7,8 mmol/L]), realiza-se um TTGO de 3 horas, 100 g. O tratamento do diabetes gestacionalideal (com modificação da dieta, exercícios e monitoramento atento dos níveis de glicose no sangue e insulina, quando necessário) reduz o risco de resultados adversos maternos, fetais e neonatais. Mulheres com diabetes gestacional têm maior risco ao longo da vida de eventos cardiovasculares e, após o parto, devem ser encaminhadas para avaliação e acompanhamento apropriados do risco cardiovascular. Mulheres com diabetes mellitus gestacional podem ter tido diabetes mellitus não diagnosticado antes da gestação. Assim, elas devem ser examinadas para diabetes mellitus 6 a 12 semanas pós-parto, utilizando os mesmos testes e critérios utilizados para pacientes que não estão grávidas 7. 3. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Deve-se fazer a triagem à procura de infecções sexualmente transmissíveis durante a gestação para possibilitar o tratamento e prevenir os efeitos adversos das infecções intrauterinas ou perinatais transmitidas ao feto ou neonato. O atendimento pré-natal de rotina inclui teste de rastreamento à procura de infecção pelo HIV, hepatite B e sífilis e, se < 25 anos, infecção por clamídia e gonorreia na primeira consulta pré-natal. Repete-se o teste para sífilis durante a gestação e no parto se o risco continuar (1). As gestantes com qualquer uma dessas infecções devem ser tratadas com antimicrobianos. A sífilis fetal intrauterina pode causar morte fetal, malformações congênitas e deficiências graves. Sem tratamento, o risco de transmissão do HIV de mulher para seus descendentes é cerca de 30% pré-parto e cerca de 25% intraparto. Tratamento antirretroviral da gestante antes e durante a gestação e do neonato nas 6 a 12 horas após o nascimento reduz o risco de transmissão do HIV para o feto em dois terços; o risco é provavelmente mais baixo (< 2%) com uma combinação de 2 ou 3 antivirais. Esses fármacos são recomendadas apesar dos efeitos tóxicos potenciais sobre a mulher e o feto. Durante a gestação, hepatite, vaginose bacteriana, gonorreia e infecção genital por clamídia aumentam o risco de parto prematuro e ruptura prematura das membranas. O tratamento de vaginose bacteriana, gonorreia ou infecção por clamídia poderia prolongar o intervalo entre a ruptura das membranas e o parto e melhorar os resultados fetais, por diminuir o risco de inflamação fetal. 7. 4. PIELONEFRITE Durante a gestação, a bacteriúria recorrente ocorre com mais frequência e a incidência de pielonefrite é maior. Se ocorrer bacteriúria, 20 a 35% das gestantes desenvolvem infecção do trato urinário (ITU) e pielonefrite é possível. Pielonefrite aumenta o risco de: Ruptura prematura das membranas Trabalho de parto prematuro Síndrome da angústia respiratória infantil https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v21452688_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071973_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v71485093_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/s%C3%ADfilis-cong%C3%AAnita https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv#v1021294_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv-em-lactentes-e-crian%C3%A7as#v1108219_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-prematura-das-membranas-rpm https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio/pielonefrite-cr%C3%B4nica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-prematura-das-membranas-rpm https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-em-neonatos 45 A pielonefrite é a causa não obstétrica mais frequente de internação de gestantes. A gestante com pielonefrite deve ser internada para avaliação e tratamento, principalmente com urocultura mais antibiograma, antibióticos IV (p. ex., cefalosporinas de 3ª geração com ou sem aminoglicosídios), antipiréticos e hidratação. Antibióticos por via oral, específicos para o agente etiológico, são iniciados 24 a 48 horas após o desaparecimento da febre e continuados até 7 a 10 dias. Antibióticos profiláticos (p. ex., nitrofurantoína, sulfametoxazol/trimetoprima) com uroculturas periódicas são continuados até o final da gestação. 7. 5. ANORMALIDADES DO TRATO GENITAL Anormalidades estruturais do útero e da colo do útero (p. ex., septo uterino, útero bicorno) tornam as seguintes complicações mais prováveis: Aborto espontâneo durante o 2º trimestre de gestação Má apresentação fetal Trabalho de parto ou parto prematuros Trabalho de parto disfuncional Necessidade de cesariana - Miomas uterinos raramente causam anormalidades placentárias (p. ex., placenta prévia), trabalho de parto prematuro e abortos espontâneos recorrentes. Os miomas podem crescer rapidamente ou degenerar durante a gestação; a degeneração frequentemente causa dor grave e sinais peritoneais. - Insuficiência cervical: (incompetência) torna o trabalho de parto prematuro mais provável. O risco de insuficiência do colo do útero é maior em mulheres que tiveram lacerações ou lesão do colo do útero durante um procedimento anterior (p. ex., aborto terapêutico, partos vaginais com instrumentos). Pode-se tratar a insuficiência cervical com intervenção cirúrgica (cerclagem), progesterona vaginal ou, às vezes, um pessário vaginal. Se, antes da gestação, a mulher passou por miomectomia, na qual foi acessada a cavidade uterina, a cesariana é necessária porque a ruptura uterina é um risco durante os partos vaginais subsequentes. Anormalidades uterinas que provocam resultados obstétricos desfavoráveis geralmente necessitam de correção cirúrgica, a qual é realizada após o parto. 7. 6. IDADE MATERNA Adolescentes, que correspondem a 13% de todas as gestações, tem maior incidência de pré- eclâmpsia, trabalho de parto prematuro e anemia, que muitas vezes leva à restrição do crescimento fetal. A causa, ao menos em parte, é que as adolescentes tendem a negligenciar o cuidado pré-natal, frequentemente fumam e têm taxas mais altas de infecções sexualmente transmissíveis. Em mulheres com ≥ 35 anos de idade, a incidência de pré-eclâmpsia é maior, como ocorre também com o diabetes gestacional, trabalho de parto distócico, descolamento prematuro da placenta, óbito intrauterino e placenta prévia. Essas mulheres também têm maior probabilidade de apresentarem doenças preexistentes (p. ex., hipertensão crônica, diabetes). Como o riscode anormalidades fetais cromossômicas aumenta de acordo com o aumento da idade materna, deve-se considerar exames genéticos e triagem ultrassonográfica detalhada para malformações fetais. A anormalidade cromossômica mais comum é a trissomia autossômica. O US National Birth Defects Prevention Study (NBDPS) descobriu que descendentes de mulheres > 40 anos têm risco aumentado de anormalidades cardíacas, atresia esofágica, hipospadias e craniossinostose. 7. 7. PESO MATERNO https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/distocia-fetal https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prolongado#v1075491_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/miomas-uterinos/miomas-uterinos https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/placenta-pr%C3%A9via https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-recorrente https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-recorrente https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/insufici%C3%AAncia-cervical https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-uterina https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/abordagem-ao-paciente-com-anemia/etiologia-da-anemia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071968_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prolongado#v1075491_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/descolamento-prematuro-da-placenta-abruptio-placentae https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/natimorto https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/placenta-pr%C3%A9via https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/placenta-pr%C3%A9via https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/hipertens%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/hipertens%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/diabetes-mellitus-dm https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/anomalias-gen%C3%A9ticas-e-cromoss%C3%B4micas/overview-of-chromosomal-abnormalities https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/teste-gen%C3%A9tico-pr%C3%A9-natal-dos-pais 46 Gestantes cujo índice de massa corporal (IMC) era < 18,5 kg/m2 antes da gestação são consideradas abaixo do peso, o que predispõe a baixo peso fetal (< 2,5 kg) dos recém-nascidos. Tais mulheres são estimuladas a ganhar pelo menos 12,5 kg durante a gestação. Gestantes com IMC acima de 25 a 29,9 kg/m2 (sobrepeso) ou ≥ 30 kg/m2 (obeso) antes da gestação têm risco de hipertensão e diabetes materno, gestação pós-termo, aborto, macrossomia fetal, malformações congênitas, restrição de crescimento intrauterino, pré- eclâmpsia e necessidade de cesariana. Idealmente, a perda ponderal deve começar antes da gestação, primeiro tentando modificar o estilo de vida (p. ex., mais atividade física, mudanças na dieta). Mulheres com sobrepeso ou obesidade são encorajadas a limitar o ganho ponderal durante a gestação, idealmente modificando o estilo de vida. Entretanto, nem todos os especialistas concordam com as recomendações do IOM. Muitos especialistas recomendam uma abordagem individualizada que pode incluir ganho de peso mais limitado, além de modificações no estilo de vida (p. ex., mais atividade física, mudanças na dieta), particularmente para mulheres com obesidade. Durante a gestação, deve-se encorajar a maioria das mulheres a exercitar-se pelo menos 3 vezes por semana em um total de 150 minutos por semana. Para gestantes com sobrepeso ou obesidade, modificações no estilo de vida durante a gestação reduzem o risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. 7. 8. ALTURA MATERNA As mulheres baixas (cerca de < 152 cm) são mais suscetíveis de apresentarem uma pelve pequena, que pode levar à distocia com desproporção cefalopélvica ou distocia de ombro. Para as mulheres pequenas, o trabalho de parto prematuro e a restrição de crescimento intrauterino também são mais prováveis. 7. 9. EXPOSIÇÃO A TERATÓGENOS Teratógenos comuns (agentes que causam malformação fetal) incluem infecções, drogas e agentes físicos. As malformações são mais prováveis se a exposição ocorrer entre a 2ª e a 8ª semana após a concepção (de 4ª à 10ª semana após a última menstruação), período no qual os órgãos estão se formando. Outros resultados adversos na gestação também podem ocorrer. Gestantes expostas a teratógenos são orientadas em relação ao aumento dos riscos que podem ocorrer e são encaminhadas para avaliação por ultrassonografia detalhada para detectar malformações. Infecções comuns que podem ser teratogênicas são: Herpes simples Hepatite viral Rubéola Varicela Sífilis Toxoplasmose Infecção pelo citomegalovírus Sobrepeso: ganho de peso limitado a 6,8 a 11,3 kg Obeso: ganho de peso limitado a < 5 a 9 kg https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/hipertens%C3%A3o-na-gesta%C3%A7%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/p%C3%B3s-datismo https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/p%C3%B3s-datismo https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/dist%C3%BArbios-do-in%C3%ADcio-da-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-espont%C3%A2neo https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-grande-para-a-idade-gestacional-gig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsiahttps://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/distocia-fetal https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-v%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpes-v%C3%ADrus-simples-hsv https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/vis%C3%A3o-geral-da-hepatite-viral-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-comuns-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/rub%C3%A9ola https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-v%C3%ADrus/catapora https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/infec%C3%A7%C3%B5es-sexualmente-transmiss%C3%ADveis/s%C3%ADfilis https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-v%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%A3o-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv 47 Infecções pelo vírus coxsackie Infecção pelo zika-vírus As drogas comumente utilizadas que podem ser teratogênicas incluem Álcool Tabaco Cocaína Alguns fármacos prescritos 7. 10. NATIMORTO PRÉVIO Natimorto é o feto que morre com ≥ 20 semanas de gestação antes ou durante o parto, conforme definição do Centers for Disease Control and Prevention [CDC (1)] ou com > 28 semanas, conforme definição da Organização Mundial da Saúde. A morte fetal em gestações tardias pode ter causas maternas, placentárias ou anatômicas fetais ou genéticas (ver tabela Causas comuns do natimorto). A ocorrência de óbito fetal anterior ou aborto tardio (isto é, em 16 a 20 semanas) aumenta o risco em gestação subsequente. O grau de risco varia de acordo com a causa de um natimorto anterior. A avaliação fetal com testes anteparto (p. ex., cardiotocografia e perfil biofísico) é recomendada. O tratamento das doenças maternas (p. ex., hipertensão crônica, diabetes, infecções) pode diminuir o risco de morte fetal na gestação atual. 7. 11. PARTO PREMATURO PRÉVIO O parto prematuro acontece antes da 37ª semana. O parto prematuro anterior, devido a parto prematuro, aumenta o risco de futuros partos prematuros; caso o neonato pese < 1,5 kg, o risco de parto prematuro em uma próxima gestação é de 50%. Mulheres com parto prematuro anterior por causa de parto prematuro devem ser cuidadosamente monitoradas em intervalos de 2 semanas após 20 semanas. O monitoramento é feito: Avaliação por ultrassonografia, incluindo medida do comprimento do colo do útero, com 14 a 16 semanas Testes para vaginose bacteriana Medida da fibronectina fetal Mulheres com história de parto prematuro decorrente de trabalho de parto prematuro ou com encurtamento (≤ 25 mm) do colo do útero, devem receber 17 alfa-hidroxiprogesterona intramuscular. 7. 12. NEONATO ANTERIOR COM DOENÇA GENÉTICA OU CONGÊNITA O risco de nascimento de feto com distúrbio cromossômica é maior para a maioria dos casais que anteriormente tiveram feto ou neonato com doença cromossômica (reconhecida ou perdida). A taxa de recorrência para a maioria das desordens genéticas é desconhecida. A maioria das malformações congênitas é multifatorial; o risco de novo feto com malformação é ≤ 1%. Se os casais tiveram um filho com uma doença genética ou cromossômica, recomenda-se a triagem genética. Se o casal tiver um neonato com malformações congênitas, recomenda-se triagem genética, ultrassonografia de alta resolução e avaliação de especialista em medicina materno-fetal. 7. 13. POLIDRÂMNIO E OLIGOIDRÂMNIO Polidrâmnio (excesso de líquido amniótico) pode ocasionar desconforto respiratório materno e trabalho de parto prematuro. - Os fatores de risco incluem Diabetes materno não controlado Gestação multifetal https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/enterov%C3%ADrus/vis%C3%A3o-geral-das-infec%C3%A7%C3%B5es-por-enterov%C3%ADrus https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/arbov%C3%ADrus%2C-arenav%C3%ADrus-e-filov%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%B5es-pelo-v%C3%ADrus-da-zica-zikv https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/seguran%C3%A7a-de-medicamentos-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/f%C3%A1rmacos-sociais-e-il%C3%ADcitas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o#v85336204_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/seguran%C3%A7a-de-medicamentos-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/f%C3%A1rmacos-sociais-e-il%C3%ADcitas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o#v85336172_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/seguran%C3%A7a-de-medicamentos-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/f%C3%A1rmacos-sociais-e-il%C3%ADcitas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o#v85336247_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/natimorto https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v71485121_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/natimorto#v8520737_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/aconselhamento-gen%C3%A9tico-pr%C3%A9-natal#v30031277_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/teste-gen%C3%A9tico-pr%C3%A9-natal-dos-pais https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/polidr%C3%A2mnio 48 Isoimmunização Malformações fetais (p. ex., atresia esofágica, anencefalia, espinha bífida) O oligoidrâmnio (deficiência de líquido amniótico) geralmente acompanha malformações congênitas do trato urinário fetal e restrição de crescimento fetal grave (< percentil 3). Também a síndrome de Potter, com hipoplasia pulmonar ou anormalidades compressivas superficiais fetais, pode resultar geralmente no 2º trimestre e causar morte fetal. Suspeita-se de polidrâmnio ou oligoidrâmnio se o tamanho do útero não corresponder à data gestacional, ou podem ser descobertos incidentalmente pela ultrassonografia, que é diagnóstica. Em pacientes sintomáticos (falta de ar e/ou desconforto abdominal), deve-se considerar a realização de amniocentese para remover o excesso de líquido amniótico (amniorredução). Raramente, quando os sintomas maternos são graves, deve-se considerar corticoides e parto prematuro. A amniorredução alivia os sintomas maternos, mas o líquido amniótico pode reacumular rapidamente e exigir procedimentos repetidos. Em pacientes com polidrâmnio leve a moderado, o parto eletivo em 39 semanas (ou mais cedo, conforme indicado pelos sintomas) pode ser aconselhável;ao tomar essa decisão, os médicos também devem considerar o grau de dilatação cervical e o risco de ruptura prematura das membranas e prolapso do cordão umbilical. 7. 14. GESTAÇÃO MULTIFETAL Gestação multifetal aumenta o risco dos seguintes: Restrição do crescimento fetal Trabalho de parto prematuro Descolamento prematuro da placenta Malformações congênitas Morbidade e mortalidade perinatal Após o parto, atonia e hemorragia uterina Gestação multifetal é detectada pela ultrassonografia de rotina com 16 a 20 semanas. A incidência de gestações multifetais aumentou; o uso de técnicas de reprodução assistida contribuíram substancialmente para esse aumento. 7. 15. LESÃO ANTES DO NASCIMENTO A maioria das doenças de paralisia cerebral e desenvolvimento neurológico é causada por fatores relacionados a uma lesão no nascimento. Lesões como o trauma no plexo braquial podem resultar de procedimentos no parto que utilizam o fórceps ou extrator a vácuo, mas geralmente resultam de forças intrauterinas no trabalho de parto ou posicionamento inadequado durante as últimas semanas de gestação. A distocia de ombro é um fator de risco de futuras distocias, e os registros de parto devem ser revisados para que sejam localizados fatores de risco modificáveis (p. ex., macrossomia fetal, parto vaginal operatório) que podem ter predisposto à lesão. EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Quais as complicações mais comums na gestação? https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/oligodr%C3%A2mnio https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/gesta%C3%A7%C3%A3o-multifetal https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/descolamento-prematuro-da-placenta-abruptio-placentae https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/hemorragia-p%C3%B3s-parto https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/infertilidade/t%C3%A9cnicas-de-reprodu%C3%A7%C3%A3o-assistida https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/distocia-fetal#v1075214_pt 49 02ª) Sabe-se que a hipertensão arterial é uma das complicações mais comuns na gravidez. Nesse sentido, classifique as doenças hipertensivas. 06ª Em que consiste a exposição a teratógenos e quais as infecções teratogênicas mais comuns? 03ª) O que é pielonefrite e quais os riscos que essa complicação pode ocasionar? 07ª) Caracterize os termos natimorto prévio e parto prematuro prévio. 04ª) As anormalidades estruturais do útero e da colo do útero podem ocasionar algumas complicações. São elas? 05ª) Quando a idade, o peso e a altura materna podem torna-se uma complicação para a gravidez? 50 08ª) Diferencie o termo polidrâmnio e o termo oligoidrâmnio. 10ª) Sabe-se que a maioria das doenças de paralisia cerebral e desenvolvimento neurológico são causadas por fatores não relacionados a uma lesão no nascimento, quais as lesões que ocasionam essas complicações? 09ª) Quais os riscos decorrentes de uma gestação multifetal? 8. 1. AS COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER COM MAIOR FREQUÊNCIA NO PUERPÉRIO ✔ Hemorragias puerperais; ✔ Infecções puerperais; ✔ Rachaduras e fissuras no mamilo; ✔ Mastites; ✔ Flebites; ✔ Hematomas vulvares; ✔ Deiscência de sutura; ✔ Psicose puerperal. 8. 1. 1. Hemorragias Puerperais ✔ Podem ocorrer após o parto ou no decorrer de alguns dias; ✔ São perdas sangüíneas que por vezes tornam-se graves. As causas mais comuns são: . ✔ Retenção de restos placentários: os restos da placenta e das membranas que podem permanecer após a dequitação, representam a causa mais comum das hemorragias puerperais; deve ser avaliada pelo obstetra e provavelmente fará curetagem. UNIDADE VIII – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES DO PUERPÉRIO https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc 51 CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✔ Incentivar a continuidade da amamentação; ✔ Expor a mama ao sol; ✔ Massagear o seio no sentido horário, lubrificando o mamilo e a aréola com o próprio leite; ✔ Esgotar manualmente a mama; ✔ Lavar bem as mamas no banho de chuveiro. ✔ Hipotonia uterina: principalmente em multíparas, o útero contrai, porém relaxa, não comprimindo os vasos sangüíneos que formam o globo de pinard do útero, continuam sangrando nas áreas onde descolou a placenta. Isso no puerpério imediato e 4º fase de parto. Tipos de Hemorragias Puerperais ✔ Atonia: útero não contrai; ✔ Cuidados de Enfermagem; ✔ Controle do sangramento; ✔ Controle de SSVV; ✔ Massagem do útero; ✔ Administração de medicamentos prescritos; ✔ Manter veia com soro fisiológico. 8. 1. 2. Infecção Puerperal ✔ É considerada aquela que se origina no aparelho genital, decorrendo de parto recente. ✔ Em geral ocorre nas lacerações ou feridas do canal de parto ou zona de implantação da placenta, podendo comprometer todo o aparelho genital e organismo materno. Sintomas ✔ Temperatura superior a 38C, principalmente; ✔ Lóquios fétidos; ✔ Dor. Causas ✔ Pode ser causada pela falta de assepsia das pessoas que lidam com a paciente e do material (luvas, instrumental); de infecções existentes nas vias genitais externas ou provêm de qualquer foco de infecção: dentes, garganta, furúnculos. 8. 1. 3. Rachaduras e Fissuras do Mamilo As feridas superficiais denominam-se rachaduras e as profundas fissuras são observadas frequentemente nos primeiros dias de lactação. São ocasionadas pela sucção do lactente e ocorrem com maior frequência nas primiparturientes, nos casos de mamilo umbilicado, plano, grande e quando existem más condições higiênicas e a falta de preparo do mamilo (massagens e raios de sol), a partir do 7° mês de gravidez. A paciente sente dor espontânea, ao roçar CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✔ Administração de medicamentos prescritos; ✔ Orientar, quanto à higiene perineal; ✔ Utilizar técnicas assépticas ao prestar cuidados; ✔ Prestar assistência à paciente no transcorrer da curetagem. 52 das vestes e principalmente na hora da mamada. 8. 2. 4. Mastites São processos inflamatórios das mamas. Tem maior facilidade para adquiri-la, a puérpera que possui lesões mamilares, e /ou prática erros de amamentação, e de higiene. Desde que a mama se encontra ingurgitada até a comprovação de mastite, deve ficar elevada com sutiã adequado, pode fazer uso de analgésicos, antibióticos e compressas quentes. A amamentação deve ser suspensa, se necessário. Quando houver abscessomamário, este será tratado convenientemente. 8. 2. 5. Hematomas Vulvares Quando são realizadas as episiotomias, após sua reparação, pode ocorrer que um vaso fique sangrando dentro da ferida suturada, causando um hematoma. A paciente recebe analgésicos e antibióticos e a sutura deve ser reaberta para que se faça a hemostasia do vaso 8. 2. 6. Deiscência de Sutura de Episiotomia É a consequência de instalação de microorganismos na episiorrafia. É tratada com curativo locais, antibióticos e analgésicos. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✔ Não suspender a amamentação; ✔ Aumentar o número de mamadas; ✔ Limpeza com algodão e água morna; ✔ Compressas quentes e úmidas das mamas; ✔ fazer ordenha manual; ✔ Lâmpada infra-vermelha. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✔ Administrar os medicamentos prescritos; ✔ Observar e fazer o curativo de episiorrafia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✔ Orientar quanto à higiene; ✔ Evitar o excesso de esforço físico; ✔ Fazer curativo; ✔ Administrar medicamentos prescritos; ✔ Pode-se fazer irradiação com lâmpada infra-vermelha 53 EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Quais as complicações mais comuns que podem ocorrer no período do puerpério? 05ª) Quais as causas da infecção puerperal e os cuidados de enfermagem relacionados? 02ª) Quais as causas mais comuns da hemorragias puerperais? 06ª) Quando e como são ocasionadas as rachaduras, fissuras no mamilo e quais o cuidados prestados pela a enfermagem em relção a isso? 03ª) Quais os tipos de hemorragias puerperais? 07ª) Caracterize o termo mastite e defina quais os cuidados de enfermagem relacionados a essa afecção. 04ª) Em que consiste a infecção puerperal e quais seus principais sintomas? 54 08ª) O que são hematomas vulvares e quais os cuidados de enfermagem relacionados? 10ª) O que são deiscência de sutura de episiotomia e quais os cuidados de enfermagem relacionados? 09ª) Diferencie os termos episotomia e episorrafia. Entende-se por assistência imediata aquela prestada ao RNlogo após ao nascimento, ou seja, nas duas primeiras horasapós o parto. Procedimentos universais e obrigatórios. Segundo a OMS, os cuidados prestados ao RN devem serdesenvolvidos conforme a ética profissional, a filosofia dainstituição e os princípios de humanização do nascimento 9. 1. OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NATO NORMAL Observar e avaliar suas condições vitais, físicas e comportamentais; Atender todas as necessidades básicas e específicas do recém-nascido; Proteger a criança dos riscos do meio ambiente; Identificar, precocemente, quaisquer anormalidades; Intervir profissionalmente nos problemas que ocorrerem; Conhecer o recém-nascido e interagir com ele, buscando a participação da família. UNIDADE IX – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NATO NORMAL A recepção do RN deve ter normas estabelecidas com as diferentes atribuições constituídas para a equipe profissional, com o objetivo de prestar uma assistência de qualidade. 55 9. 2. ASSISTÊNCIA IMEDIATA AO RECÉM-NATO NORMAL Receber o RN utilizando luvas Proteção do profissional 9. 2. 1. Desobstrução das vias aéreas Envolver o RN com lençol ou campo esterilizado para iniciar a secagem das secreções e aquecimento; Manter a criança em Trendelemburg – facilita desobstrução das vias aéreas; Remover mucosidades e sangue com gaze esterilizada da boca, nariz e olhos; Realizar aspiração de mucosidades da oro e nasofaringe e verificar se não há atresia de coanas. 9. 2. 2. Secar e aquecer o recém-nascido (RN) Completar a secagem; Manter o RN em berço aquecido e retirar o excesso delíquido amniótico com compressa macia, minimizando o choque térmico e restringindo as perdas de calor. A transição do ambiente aquoso aquecido do útero para a sala de parto representa um estresse térmico para o bebê. Ele responde ao frio com vasoconstrição, tentando reduzir o calor perdido com a metabolização de gorduras e consumindo assim, três vezes mais oxigênio e glicose. Estabelecer um ambiente adequado minimiza as perdas! 9. 2. 3. Avaliação da vitalidade do RN - APGAR O índice de Apgar é realizado para avaliar o RN no 1º e 5ºminuto . RN envolto de secreçõescorporais (líquido amniótico, vérnix caseoso, sangue) • 1º min – fornece informações indicativas da adaptaçãoinicial do RN à vida extra-uterina. • 5º min – avaliação mais clara do estado geral do sistemanervoso central (SNC) do RN. 56 PONTUAÇÃO: Escore de 0 a 3 intensamente deprimidos. Escore de 4 a 6 moderadamente deprimido. Escore de 7 a 10 não exibem estresse imediato/ estável. 9. 2. 4. Verificar Sinais Vitais Monitorar a coloração do RN e temperatura; Monitorar a qualidade da respiração e a frequênciarespiratória do RN – durante 1 minuto completo; Verificar frequência cardíaca durante 1 minuto completo,observando irregularidades do ritmo e quaisquer sopros(Pulso apical); Avaliar os sinais vitais a cada hora nas primeiras 4 horas. 9. 2. 5. Identificação do recém-nascido Impressão plantar do RN e digital da mãe permite estabelecer a identidade absoluta do bebê (ver cadernetada criança). Identificar o RN com uma braçadeira, com o nome da mãe,o sexo da criança, a data e hora do parto, o número doquarto ou número do registro no antebraço e tornozelo; Em partos múltiplos, a ordem de nascimento deverá serespecificada nas pulseiras através de números (1, 2, 3, 4,etc.), após o nome da mãe. 9. 2. 6. Clampeamento do cordão umbilical A criança deverá permanecer em nível inferior ao da mãe, até o cordão umbilical ser pinçado (clampeado e cortado logo após parar de pulsar); Clampear o cordão a uma distância de 2cm do anel umbilical, usando álcool etílico a 70%. Verificar sinais de hemorragia; Inspecionar os vasos umbilicais - presença de duas artérias e uma veia; 9. 2. 7. Administrar nitrato de prata nos olhos do RN Confere as ações bactericida e bacteriostática para prevenir conjuntivite por Neisseria gonorrhoeae e Clamydia trachomatis (conjuntivite gonocócica); 57 Após administração do medicamento (Nitrato de prata 1% ou Agirol – 1 gota em cada olho) realizar boa limpeza ocular e observar sinais de infecção. Profilaxia: oftalmia Neonatal Gonocócica, Método de Credé - aplicação do Nitrato de Prata a 1% na primeira hora de vida da criança. Que cuidados deve-se tomar com o frasco de nitrato de prata 1% ? Observar o prazo de validade; O frasco, depois de violado, deve ser trocado diariamente, pois a evaporação do diluente aumenta sua concentração acentuando sua ação cáustica. Manter em local que os resguarde do calor e da luz, pois podem afetar sua concentração. A solução de nitrato de prata é límpida e transparente sendo que o aparecimento de turvação ou precipitados indicam que a solução deve ser descartada. Se o dispositivo conta-gotas tocar no olho do recém-nascido, este frasco deverá ser descartado. 9. 2. 8. Administrar vitamina K A vitamina K é administrada em dose única por via intramuscular (1mg = 0,1ml), até 2 horas após o nascimento. Vitamina anti homorrágica!!! Administrar por via intramuscular (IM) 1 mg nas primeiras horas de vida da criança. Profilaxia: Doença Hemorrágica do Recém Nascido Eventualmente, o nitrato de prata pode ocasionar conjuntivite química, que é decorrente do excesso desse medicamento instilado no saco lacrimal. Tal incidente ocorre quando o profissionalda saúde, sem o conhecimento da técnica correta, pinga mais de uma gota, ocasionando a irritação no olho. Por conta disso, seu uso tem sido questionado em alguns hospitais, inclusive sendo substituído por outros medicamentos. 58 9. 2. 9. Contato mãe-bebê É fundamental iniciar o contato do bebê com a mãe omais precocemente possível – incentiva o aleitamentomaterno, aumenta o vínculo afetivo, fornece proteção Desde o momento do nascimento, o RN normal não deve ser afastado da mãe e o aleitamento precisa ser iniciado o mais precocemente possível. Após as duas primeiras horas de vida, aproximadamente, o RN deverá receber a primeira higiene corporal e deverá ser submetido ao primeiro exame físico completo, além de ter seus reflexos avaliados. 9. 2. 10. Exame/Avaliação do RN O exame do RN deve ser minucioso, feitoem local e condições satisfatórias, incluindotodos os órgãos e sistemas passíveis deserem avaliados clinicamente. Deve ser observado tônus muscular, atividade espontânea, postura,fácies, tiragens, estridores, gemidos,características de choro, vômitos, regurgitações,sangramentos, convulsões, eliminação demecônio e urina, distensão abdominal, salivaçãoe sopros cardíacos. As manifestações clínicas predominantes da carênciada vitamina K são as hemorragias; Decorrentes da não ativação das proteínasdependentes da vitamina. São cuidados mediatos 1. Higiene corporal; 2. Exame físico completo; 3. Avaliação das capacidades de alimentação; 4. Vínculo mãe-bebê 5.Avaliação da perda ponderal. CAUSAS DA PERDA DO PESO DO RN: ✔ Eliminação do mecônio; ✔ Urina; ✔ Alimenta-se pouco (dorme muito); ✔ Perdas metabólicas. 59 EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Quais os procedimentos utilizados na prática da assistência imediata ao recém-nato normal? 05ª) Como realizar a assistência de enfermagem relacionado a identificação do recém nascido? 02ª) Como realizar a assistência de enfermagem relacionado a desobstrução nasal? 06ª) Como realizar a assistência de enfermagem relacionado ao clampeamento do cordão umbilical? 03ª) Quais os parâmetros avaliados no índice de Apgar? 07ª) Qual o objetivo da administração de nitrato de prata nos olhos do recém-nascido? 04ª) Em relação aos sinais vitais, quais desses são verificados na assistência imediata ao recém-nascido? 08ª) Caracterize a oftalmia neonatal gonocócica. 60 09ª) Qual o objetivo da administração da vitamina K no 11ª) Qual a importância do contato mãe-bebê nas primeiras horas de vida do recém-nascido? recém-nascido, e qual a dose e a via de administração? 10ª) Caracterize doença hemorrágica do recém- nascido. O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve ser interrompida. UNIDADE X – ALEITAMENTO MATERNO Importante! Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. 61 10. 1. BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO Benefícios para a sociedade e o planeta O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade. Benefícios para o Bebê O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. Benefícios para a Mulher A amamentação oferece diversos benefícios à mulher. Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho. 10. 2. COMO AMAMENTAR Amamentar não deve doer. No início pode haver algum desconforto até que mãe e bebê se adaptem à amamentação, que deve ser prazerosa tanto para a mãe, como para o bebê. O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres. A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo. O bebê deve ser colocado para sugar quando ele abrir bem a boca. Quando o bebê pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo. Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado. A seguir veja como é realizado a pega correta do bebê no mamilo. Importante! Nos primeiros seis meses de vida o bebê seja amamentado exclusivamente, e a oferta de água, chás e outros leites é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes. O colostro nos primeiros dois a três dias de vida, é suficiente para nutrir e hidratar recém-nascidos saudáveis e eles não necessitam de qualquer outro líquido além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos. 62 Dicas sobre amamentação Os bebês não têm horário certo para mamar. Eles costumam mamar muitas vezes, durante o dia e à noite, principalmente nos primeiros meses. Nem todo choro do bebê é fome. Ele pode chorar porque está com frio ou calor, sentindo algum desconforto, fraldas sujas ou precisando de aconchego. Com o tempo, a família aprende a reconhecer melhor esses sinais. Se o bebê estiver fazendo barulhos ao mamar, como por exemplo som de estalos, ele pode estar engolindo ar. Nesse caso, é importante segurá-lo junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto e também avaliar se a pega na mama está adequada. O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe come. Por isto, a criança que mama no peito tem mais facilidade para aceitar os alimentos que serão introduzidos após os 6 meses de idade. É muito importante 63 que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. 10. 3. BANCO DE LEITE HUMANO O leite humano é essencial para todos os bebês, em especial para a saúde e sobrevivência de bebês prematuros e de baixo peso (com menos de 2.500gr), que estão internados nas unidades neonatais do Brasil e não podem ser amamentados pelas próprias mães A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano está presente em todos os estados brasileiros, com mais de 200 bancos de leite materno e postos de coleta. No entanto, a Rede consegue suprir um mais da metade da demanda para os recém-nascidos internados nas unidades neonatais do Brasil,por isso, toda ajuda é bem-vinda. Um pote de leite humano de 200 ml doado, por exemplo, é capaz de alimentar até dez recém-nascidos internados, por dia. Dependendo do peso do bebê, cerca de um ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que ele for alimentado. Bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite humano com a doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de recuperação e sobrevivência. 10. 3. RESTRIÇÕES QUANTO AO ALEITAMENTO MATERNO São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Alguns exemplos são os filhos de mães HIV positivo, para os quais a amamentação é contraindicada, e de mulheres usuárias regulares de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras), as quais devem interromper a amamentação enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias. EXERCÍCIOS Praticando... 01ª) Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. É um período de intenso aprendizado para a mãe e o bebê. Em relação a amamentação, assinale a alternativa CORRETA. a) Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de duas a seis vezes ao dia. b) O melhor momento de não interagir com a criança é quando ela se encontra no estado quietoalerta. c) O tempo de permanência na mama em cada mamada deve ser fixado. d) Além de interferir no aleitamento materno, o uso de chupeta está associado à maior ocorrência de candidíase oral (sapinho), de otite média e de alterações do palato. 02ª) O aleitamento materno é recomendado por órgãos nacionais e internacionais devido à série de benefícios que proporciona tanto para o lactente quanto para a lactante. Sendo assim, o uso de mamadeiras está contraindicado, pois prejudica o aleitamento materno. São razões para não oferecer mamadeiras a crianças, EXCETO: a) Sugar a mamadeira é mais fácil, a criança faz menos esforço e, se ela tentar sugar o peito da mesma maneira que suga a mamadeira, o leite pode não sair tão facilmente e isso pode frustrá-la e levá- la, inclusive, a recusar o peito. b) O uso de mamadeiras prejudica a habilidade da criança de regular o apetite, podendo ocasionar ganho de peso excessivo. c) O uso de mamadeiras faz com que o movimento e a posição da língua prejudiquem o desenvolvimento da deglutição, mastigação e fala. Uso de Mamadeira e Chupetas: O Ministério da Saúde não recomenda o uso de mamadeiras e chupetas. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito. 64 d) A mamadeira pode ser uma fonte de contaminação de vírus e bactérias, aumentando a chance de a criança contrair uma infecção. e) O uso de mamadeiras auxilia o lactente a receber todos os nutrientes que necessita. 03ª) O leite humano e o colostro contém anticorpos e fatores anti- infecciosos que não estão presentes nas fórmulas infantis. Qual é a principal substância presente no leite humano, responsável por proteger o intestino imaturo do bebê/criança contra infecções? a) Imunoglobulina G secretória (IgG); b) Anticorpos IgM; c) Antígenos microbianos; d) Imunoglobulina E (IgE); e) Imunoglobulina A secretória (sIgA) 04ª) É importante aguardar que o bebê sugue uma mama inteira antes de passar para a outra, pois o leite do final da mamada tende a ser mais rico em: a) carboidrato. b) proteína. c) gordura. d) ferro. e) tiamina. 05ª) O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA: a) Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve ser interrompida. b) O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. c) Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. d) São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Alguns exemplos são os filhos de mães HIV negativo, para os quais a amamentação é contraindicada, e de mulheres usuárias regulares de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras), as quais devem interromper a amamentação enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias. e) O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. 06ª) Em relação à prática do aleitamento materno, assinale a alternativa correta. a) Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser interrompida e dar lugar a outros alimentos saudáveis e de hábitos da família. b) O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. c) O Ministério da Saúde recomenda o uso de chupetas e de mamadeira caso a criança tenha dificuldade de pega no peito. d) A mastite e o bico retrovertido são complicações que podem surgir em decorrência da amamentação, e, nesses casos, o aleitamento deverá ser interrompido. e) O colostro é eliminado após 10 dias do nascimento, sendo o alimento ideal para o recém- nascido. Além de nutritivo, ajuda a proteger a criança contra infecções, pois contém grande quantidade de substâncias fundamentais no fortalecimento da imunidade. 07ª) A pega correta é o primeiro passo para a mamada eficiente. Marque a alternativa correspondente ao músculo facial que auxilia no vedamento labial, manutenção da pressão intraoral e sucção por pressão negativa. a) Zigomático menor. b) Risório. c) Zigomático maior. d) Bucinador. e) Masseter. 08ª) Considerando os benefícios do aleitamento materno exclusivo para o lactente e a lactante, identifique o enunciado INCORRETO: a) Reduz o risco de asma e de sibilos recorrentes e protege contra o desenvolvimento de dermatite atópica nos bebês. b) Diminuição do risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes no lactente. 65 c) Involução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de progesterona. d) Diminuição do risco de câncer de mama e ovário na lactante. e) Efeito positivo no desenvolvimento intelectual da criança. 09ª) Segundo a Organização Mundial de Saúde- OMS existem 4 pontos- chave, que caracterizam a pega e o posicionamento adequados para amamentação, exceto: a) Mais aréola visível acima da boca do bebê. b) Lábio inferior virado para fora. c) Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo. d) Boca bem aberta. e) Bochechas do bebê encovadas a cada sucção. 10ª) Assinale a alternativa correta sobre o aleitamento materno e a alimentação complementar saudável. a) O aleitamento materno exclusivo é preconizado para todas as crianças até os 4 meses deidade, devendo ser complementado a partir dessa idade. b) A prática do aleitamento materno depende basicamente das orientações corretas fornecidas às mães pela equipe de saúde da maternidade. c) A promoção do aleitamento materno exclusivo para os bebês de baixo peso e/ou pré-termos deve ser feita somente quando há aceitação familiar dessa prática. d) Entre os 4 e 6 meses de idade, a criança deve receber complementarmente ao aleitamento materno, alimentos levemente adocicados, mais suaves ao paladar. e) O aleitamento materno exclusivo deve ser praticado até os 6 meses e complementado com alimentos apropriados até os 2 anos ou mais. 11. 1. BERÇÁRIO A internação no Berçário se dá via Centro Obstétrico, Centro Cirúrgico, UTI Neonatal ou diretamente em casos de parto domiciliar, em ambulância, etc. O atendimento é destinado à assistência ao recém-nascido. Após o nascimento do bebê, a equipe pediátrica e de enfermagem dará os primeiros atendimentos necessários (secagem, aquecimento, observação do estado geral e padrão respiratório, administração dos medicamentos obrigatórios, contato precoce com a mãe e aleitamento materno) e, em seguida, o recém-nascido será encaminhado ao quarto com a mãe, onde permanecerá em alojamento conjunto até a alta hospitalar. A enfermagem auxilia no banho e nos cuidados com o bebê, além de orientar e incentivar o aleitamento materno. Durante a permanência, são realizados obrigatoriamente os testes da orelhinha, da linguinha, do olhinho e do coraçãozinho, e exames laboratoriais necessários. O atendimento no Berçário é realizado pelas enfermeiras hospitalares, técnicas de enfermagem, equipe médica pediátrica e equipe multidisciplinar. A equipe de enfermagem é responsável por agendar a primeira consulta do recém-nascido no posto de saúde de origem no prazo máximo de 10 dias, orientar sobre o exame do pezinho (realizado no posto de saúde após a alta), dar as orientações necessárias e encaminhar o recém-nascido à recepção. A alta hospitalar é dada pelo pediatra de plantão. O tempo de permanência mínimo para parto normal é de 24 h e para parto cesárea, 48 horas. A internação do recém-nascido dá o direito à mãe de permanecer como acompanhante por 24 horas. Para outros membros da família, o horário é especial. 11. 2. ALOJAMENTO CONJUNTO A transferência do recém-nascido com sua mãe para o Alojamento conjunto ocorre quando o bebê encontra- se em condições clínicas favoráveis e com os sistemas estáveis. UNIDADE XI – BERÇÁRIO E ALOJAMENTO CONJUNTO 66 É importante que você tenha em mente os objetivos do cuidado de enfermagem ao recém-nascido no Alojamento conjunto. Eles abordam: A diminuição da morbimortalidade infantil, com ênfase na neonatal. O incentivo ao aleitamento materno. A promoção e o fortalecimento dos vínculos familiares. Suporte para que os pais se sintam confiantes e seguros para o cuidado com o recém-nascido. Estímulo ao desenvolvimento de programas educativos individuais e coletivos. 11. 2. 1. Assistência de enfermagem ao recém-nascido no alojamento conjunto Os cuidados que devem ser prestados diariamente pela Enfermagem ao recém-nascido no Alojamento conjunto são os seguintes: Exame físico e de reflexos completo. Incentivo e apoio à amamentação. Proteção contra infecções. Avaliação e controle dos sinais vitais. Avaliação da perda ponderal. Controle das eliminações. Medidas de higiene e conforto. Cuidados com o coto umbilical. Avaliação de anormalidades e educação em saúde. 67 11. 2. 2. Riscos de infecção ao recém-nascido Os recém-nascidos, devido a sua vulnerabilidade, estão mais suscetíveis às infecções, podendo ser infectados por várias vias, incluindo os profissionais de saúde e os materiais e equipamentos utilizados para o seu cuidado. Desta forma, a prevenção e o controle das infecções neonatais se mostram como um desafio para a equipe de saúde envolvida nos cuidados aos neonatos. Quando está no útero materno, o feto encontra-se protegido da flora microbiana do trato genital materno. Após a ruptura das membranas, a colonização normal do neonato e da placenta começa a se estabelecer, sendo que os mesmos continuam sendo colonizados quando em contato com a mãe e com os ambientes inanimado e animado, até que se estabeleça a flora normal endógena neonatal. Os fatores que podem contribuir para a aquisição desta flora são: a flora genital materna, a alimentação do neonato, o pessoal em contato com o neonato e o ambiente (PINHATA; NASCIMENTO, 2001). Segundo os autores Pinhata e Nascimento (2001), Monticelli e Oliveira (2011), o risco para infecção em recém-nascidos envolve fatores intrínsecos e extrínsecos, observe os detalhes de cada um a seguir: Intrínsecos A idade gestacional, o gênero, o peso ao nascer, a presença e a gravidade de doença, o grau de desenvolvimento imunológico, a infecção materna, entre outros. Extrínsecos Procedimentos invasivos, tais como: sondagens, uso de cateteres, cânulas, drenos, etc.; o ambiente; a duração da permanência no hospital; os profissionais de saúde que podem infectar o neonato por meio das mãos ou por meio das vias aéreas; as soluções desinfetantes; os materiais utilizados que não são de uso individualizado, como termômetros, estetoscópios, fitas métricas; os outros recém-nascidos. Os sinais de infecção, embora inespecíficos, devem ser avaliados diariamente pela equipe de enfermagem, buscando garantir um cuidado individualizado e de qualidade. A enfermagem deve estar atenta para sinais como: retrações intercostais; gemidos expiratórios; alterações na frequência e no ritmo respiratório e circulatório; coloração cutânea pálida, cianosada ou marmórea; edema; perfusão periférica diminuída; hipo ou hipertermia; presença de vesículas ou pústulas; distensão abdominal; problemas com alimentação; vômitos; resíduos gástricos biliosos; hiperemia; alterações nas fezes como diarreia, diminuição do número de evacuações ou presença de sangue oculto; irritabilidade; letargia; hipo ou hipertonia; tremores; convulsões; depressão ou abaulamento das fontanelas, entre outros. 11. 2. 3. Cuidados relacionados ao recém-nascido 2. Em relação às eliminações, é importante observar a presença de regurgitações e vômitos, bem como se o bebê está urinando e evacuando normalmente. Os bebês amamentados ao peito evacuam em torno de duas a dez vezes por dia, enquanto os bebês que são alimentados por fórmula apresentam em média uma evacuação por dia. As primeiras fezes, eliminadas dentro das 48 horas após o nascimento, denominadas de mecônio, são pegajosas, intensamente coradas pela bile e consideradas estéreis. Entre o término da eliminação meconial e da eliminação permanente, encontramos as fezes de transição, que são amarronzadas e geralmente aparecem em torno do 2o dia de vida. As fezes permanentes ou lácteas são produto específico da degradação do leite ingerido pelo recém-nascido e apresentam-se amareladas e fétidas, sendo eliminadas 1. Um cuidado de grande importância que deve ser realizado diariamente no Alojamento conjunto é a pesagem do neonato, que deve ser aferida com o recém-nascido sem roupa, em balança digital protegida, previamente desinfetada e tarada. Os bebês a termo perdem cerca de 10% do seu peso de nascimento nos primeiros dias após o nascimento (mais ou menos até o quarto dia) recuperando-o em torno do décimo ou décimo quinto dia de vida. Esta perda ocorre devido à diminuição de fluidos corporais, à eliminação de mecônio e urina e à pequena ingesta de alimentos logo após o nascimento, obrigando o neonato a utilizar suas próprias reservas energéticas. 68 EXERCÍCIOS 01ª) Caracterize berçário e alojamento conjunto. Praticando... 03ª) Quais os riscosintrínsecos de infecção relacionada ao recém-nascido? 02ª) Descreva a assistência de enfermagem prestada ao recém-nascido em alojamento conjunto. 3. A eliminação urinária, logo após o nascimento, é escassa, porém, dentro de poucos dias, torna-se abundante, sendo que o neonato urina várias vezes por dia. A urina do recém-nascido é clara e de baixa densidade, no entanto, devido à imaturidade renal (filtração glomerular deficiente) pode apresentar cristais de urato, que dão uma cor avermelhada à urina (KENNER, 2001). Este fato, do ponto de vista clínico, não merece atenção específica. No entanto, os familiares devem ser orientados sobre a imaturidade renal, pois muitas vezes mostram-se ansiosos e preocupados. de duas a cinco vezes por dia (MONTICELLI, 2011). A ausência de eliminação meconial nas primeiras 48 horas de vida sugere malformação anal ou intestinal (KENNER, 2001). 69 American College of Obstetrics and Gynecology (ACOG): ACOG Practice Bulletin, Number 222: Gestational hypertension and preeclampsia. Obstet Gynecol 133 (1):1, 2019. doi: 10.1097/AOG.0000000000003018 04ª) Quais os riscos Extrínsecos de infecção relacionada ao recém-nascido? 05ª) O que significa perda ponderal fisiológica para o recém nascido, e qual a importância de orientar a família em relação a isso? REFERÊNCIAS American Academy of Pediatrics, American College of Obstetricians and Gynecologists, eds. Guidelines for perinatal care. 2020. Brasil. Ministerio da Saude. Secretaria de Atencao a Saude. Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. Atencao humanizada ao recem-nascido de baixo peso: Metodo Canguru/ Ministerio da Saude, Secretaria de Atencao a Saude, Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. – 2. ed. – Brasilia : Editora do Ministerio da Saude, 2019. 204 p. : il. – (Serie A. Normas e Manuais Tecnicos). ACOG Committee Opinion No. 743: Low-dose aspirin use during pregnancy. Obstet Gynecol 132 (1):e44– e52, 2018. doi: 10.1097/AOG.0000000000002708. Artal R: Exercise: The alternative therapeutic intervention for gestational diabetes. Clinical Obstetrics and Gynecology 46 (2):479–487, 2003. Artal R: The role of exercise in reducing the risks of gestational diabetes mellitus in obese women. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol 29 (1):123–4132, 2015. Workowski KA. , Laura H. Bachmann LH, Chan PA: Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep 70 (4):1–187, 2021. doi: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.rr7004a1external icon. APGAR V. A proposal for a new method of evaluation of the newborn infant. Curr Res Anesth Analg 1953; 32:260-7. - BORNIA, R. G.; COSTA JUNIOR, I. B. da; AMIM JUNIOR, J.Parto Pretermo. In: BORNIA, R. G.; COSTA JUNIOR, I. B. da; AMIM JUNIOR, J. (Org.). Protocolos assistenciais: Maternidade Escola: Universidade Federal do Rio de Janeiro : anestesiologia, neonatologia, obstetrícia. Rio de Janeiro: POD, 2013. cap.64. p.275-280 - BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde do recém- nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011. 4 v. : il. – (Série A. Normas e Manuais. Disponível em: http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v4.pdf. Acesso em: 06 mai 2015. - BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao recém nascido no Sistema Único de Saúde. Portaria n° 371 de 7 maio de 2014. Disponível em: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.js p?jornal=1&pagina=50&data=08/05/2014. Acesso em 06 mai 2015. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Reanimação Neonatal em Sala de Parto: Documento Científico do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria . 2013 Disponível em: http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN-SBP- https://journals.lww.com/greenjournal/Abstract/2020/06000/Gestational_Hypertension_and_Preeclampsia__ACOG.46.aspx https://journals.lww.com/greenjournal/Abstract/2020/06000/Gestational_Hypertension_and_Preeclampsia__ACOG.46.aspx https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29939940 https://www.researchgate.net/publication/10707480_Exercise_The_Alternative_Therapeutic_Intervention_for_Gestational_Diabetes https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521693414001746?via%3Dihub https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/rr/rr7004a1.htm http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.rr7004a1external http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v4.pdf http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.js http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN-SBP- 70 Reanima%C3%A7%C3%A3oNeonatalatualiza%C3%A 7%C3%A3o-1abr2013.pdf. Acesso em 22 mai 2015 1. 2 PRINCIPAIS AFECÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO E A CONSULTA CLÍNICO- GINECOLÓGICA 1. 2. 1. Leucorréias 1. 2. 2. Vulvovagites 1. 2. 3. Vaginoses bacterianas 1. 2. 4. Candidíase vulvovaginal 1. 2. 5. Tricomoniase genital 1. 2. 6. Herpes genital 1. 2. 7. Cancro mole 1. 2. 8. Bartholinite 1. 2. 9. Câncer de colo de útero 1. 2. 10. Câncer de mama 1. 3. FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL 1. 3. 1. O ciclo menstrual - Fase Proliferativa - Fase Secretória 1. 4. CLIMATÉRIO 1. 5. MENOPAUSA 1. 5. 1. Sintomas 1. 6. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL 1. 6. 1. Fecundação 1. 6. 2. Desenvolvimento do blastocisto 1. 6. 3. Desenvolvimento do embrião, feto e da placenta 1. 7. FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL 1. 7. 1. Fase ovular – 1 semana 1. 7. 2. Fase embrionária 1. 7. 3. Fase fetal 1. 8. ANEXOS DO EMBRIÃO E FETO 1. 8. 1. Placenta 1. 8. 2. Cordão Umbilical 1. 8. 3. Líquido Amniótico EXERCÍCIOS Praticando... 2. 1. AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL 2. 1. 1. Atividades desenvolvidas na avaliação pré-natal 2. 2. ASSISTÊNCIAL PRÉ-NATAL 2. 3. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS, PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO 10 PASSOS PARA O PRÉ-NATAL DE QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA 2. 4. ACOLHIMENTO AO PRÉ-NATAL 2. 5. O PAPEL DA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA NO PRÉ-NATAL ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM 2. 6. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ 2. 6.1. Sinais de Presunção de Gravidez 2. 6. 2. Sinais de Probabilidade de Gravidez 2 6. 3. Sinais de Certeza de Gravidez 2. 7. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL 2. 8. CALENDÁRIO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL 2. 9. ROTEIRO DA CONSULTA DE PRÉ-NATAL 2. 10. ANAMNESE 2. 11. CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO 2. 12. CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL 2. 13. EXAME FÍSICO 2. 13. 1. Palpação Obstétrica e Medida Uterina (AU) 2. 13. 2. Ausculta dos Batimentos Cardiofetais 2. 13. 3. Controle do Peso 2. 13. 4. Controle da Pressão Arterial 2. 13. 5. Avaliar Sinais Clínicos 2. 13. 6. Exames Complementares de Rotina no Pré-Natal 2. 13. 7. Imunização na Gestação 2. 13. 8. Assistência Odontológica 2. 13. 9. Suplementação de Vitaminas EXERCÍCIOS (1) Praticando... 3. 1. CACTERÍSTICAS AVALIADAS 3. 2. ADMISSÃO DA PARTURIENTE E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - Admissão da paciente no centro obstétrico - Objetivos de enfermagem - Avaliação de enfermagem 3. 3. CONTROLE DA EVOLUÇÃO DO PARTO EXERCÍCIOS (2) Praticando... Coluna 1 Coluna 2 4. 1. FASE 1: DILATAÇÃO 4. 2. FASE 2: EXPULSÃO 4. 3. FASE 3: DEQUITAÇÃO SÃO TRÊS TEMPOS FUNDAMENTAIS: 4. 4. FASE 4: GREENBERG Praticando... (1) 5. 1. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA O PARTO CESÁREA 5. 2. COMO É REALIZADO O PARTO CESÁREA 5. 2. 1. Com quantas semanas o bebé pode nascer? 5. 2. 2. Anestesia na cesariana 5. 3. RISCOS E COMPLICAÇÕES DO PARTO CESÁREA 5. 3. 1. Cicatriz após cesariana 5. 4. RECUPERAÇÃO E CUIDADOS APÓS ALTA 5. 5. VANTAGENS DO PARTO NORMAL X CEARIANA EXERCÍCIOS (3) Praticando... 6. 1. AÇÕES DE ENFERMAGEM RELACIONADAS AO PUERPÉRIO 6. 1. 1. Uso de Medicamentos 6. 1. 2. Lóquios 6. 1. 3. Útero 6. 1. 4. Vagina 6. 1. 5. Mamas 6. 1. 6. Intestino 6. 1. 7.Volta da Menstruação 6. 1. 8. Dieta 6. 1. 9. Períneo EXERCÍCIOS (4) Praticando... 7. 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL 7. 1. 1. Classificação das doenças hipertensivas 7. 1. 2. Riscos relacionados a hipertensão crônica o Pré-eclâmpsia e eclampsia 7. 2. DIABETES GESTACIONAL 7. 3. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 7. 4. PIELONEFRITE 7. 5. ANORMALIDADES DO TRATO GENITAL 7. 6. IDADE MATERNA 7. 7. PESO MATERNO 7. 8. ALTURA MATERNA 7. 9. EXPOSIÇÃO A TERATÓGENOS 7. 10. NATIMORTO PRÉVIO 7. 11. PARTO PREMATURO PRÉVIO Avaliação por ultrassonografia, incluindo medida do comprimento do colo do útero, com 14 a 16 semanas Medida da fibronectina fetal 7. 12. NEONATO ANTERIOR COM DOENÇA GENÉTICA OU CONGÊNITA 7. 13. POLIDRÂMNIO E OLIGOIDRÂMNIO 7. 14. GESTAÇÃO MULTIFETAL 7. 15. LESÃO ANTES DO NASCIMENTO EXERCÍCIOS (5) Praticando... 8. 1. AS COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER COM MAIOR FREQUÊNCIA NO PUERPÉRIO 8. 1. 1. Hemorragias Puerperais 8. 1. 2. Infecção Puerperal 8. 1. 3. Rachaduras e Fissuras do Mamilo 8. 2. 4. Mastites 8. 2. 5. Hematomas Vulvares 8. 2. 6. Deiscência de Sutura de Episiotomia EXERCÍCIOS (6) Praticando... 9. 1. OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NATO NORMAL 9. 2. ASSISTÊNCIA IMEDIATA AO RECÉM-NATO NORMAL Receber o RN utilizando luvas 9. 2. 1. Desobstrução das vias aéreas 9. 2. 2. Secar e aquecer o recém-nascido (RN) 9. 2. 3. Avaliação da vitalidade do RN - APGAR PONTUAÇÃO: 9. 2. 4. Verificar Sinais Vitais 9. 2. 5. Identificação do recém-nascido 9. 2. 6. Clampeamento do cordão umbilical 9. 2. 7. Administrar nitrato de prata nos olhos do RN 9. 2. 8. Administrar vitamina K Vitamina anti homorrágica!!! 9. 2. 9. Contato mãe-bebê 9. 2. 10. Exame/Avaliação do RN EXERCÍCIOS (7) Praticando... 10. 1. BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO 10. 2. COMO AMAMENTAR 10. 3. BANCO DE LEITE HUMANO EXERCÍCIOS (8) Praticando... 11. 1. BERÇÁRIO 11. 2. ALOJAMENTO CONJUNTO 11. 2. 1. Assistência de enfermagem ao recém-nascido no alojamento conjunto 11. 2. 2. Riscos de infecção ao recém-nascido Intrínsecos Extrínsecos EXERCÍCIOS (9) Praticando...