Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Materno Infantil 
Técnico em 
Enfermagem 
Olá este material didático correspondente à disciplina, Materno Infantil, do Curso Técnico 
de Enfermagem da Escola Técnica Alvorada, esta aborda os temas específicos da 
formação do profissional técnico de enfermagem. Contém os objetivos de aprendizagem 
referentes ao tema acompanhado do conteúdo no intuito de deixar claro o que é 
esperado do aluno ao final da disciplina. Elaborado no intuito de qualificar o processo de 
ensino-aprendizagem, este material consiste-se como instrumento pedagógico mediador 
para facilitar o processo de ensino- aprendizagem em sala de aula embasado em um 
método problematizador, dialógico e prático, afim de torna o aluno protagonista do seu 
aprendizado facilitando a apropriação dos conceitos de forma crítica e responsável. 
 
EMENTA - disciplina de Materno Infantil. 
 
 Revisão de anatomia e fisiologia do sistema genital feminino; 
 Assistência de enfermagem no pré-natal; 
 Assistência no pré, trans e pós-parto; 
 Evolução do trabalho de parto; 
 Parto operatório; 
 Noções das complicações mais comuns na gravidez; 
 Assistência de enfermagem nas complicações do puerpério; 
 Assistência de enfermagem ao recém-nato normal; 
 Aleitamento materno; 
 Incubadoras; 
 Berçário e alojamento conjunto;Planejamento familiar 
 Revisão de anatomia e fisiologia do sistema genital feminino; 
 Assistência de enfermagem no pré-natal; 
 Assistência no pré, trans e pós-parto; 
 Evolução do trabalho de parto; 
 Parto operatório; 
 Noções das complicações mais comuns na gravidez; 
 Assistência de enfermagem nas complicações do puerpério; 
 Assistência de enfermagem ao recém-nato normal; 
 Aleitamento materno; 
 Incubadoras; 
 Berçário e alojamento conjunto;Planejamento familiar 
 
 
 
 
 
 
MATRIZ CURRICULAR DE TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
MÓDULO I 
COMPONENTE CURRICULAR PROFESSOR: DATA: NOTA: 
Higiene e Profilaxia. 
Microbiologia e Parasitologia. 
Anatomia e Fisiologia Humana. 
Matemática Aplicada. 
Noções de Farmacologia. 
Fundamentos de Enfermagem. 
 
 
 
MÓDULO II 
 
COMPONENTE CURRICULAR PROFESSOR: DATA: NOTA: 
Psicologia Aplicada. 
Enfermagem Médica. 
Enfermagem Cirúrgica. 
Enfermagem Materno-Infantil. 
Administração Aplicada à Enfermagem. 
Português Aplicada. 
 
MÓDULO III 
 
COMPONENTE CURRICULAR PROFESSOR: DATA: NOTA: 
Enfermagem em Saúde Pública. 
 
Enfermagem. Neuropsiquiátrica. 
 
Nutrição e Dietética. 
 
Primeiros Socorros. 
 
Estágio Supervisionado. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE I – ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO .............. 1 
1.1 Anatomia do Sistema genital feminino ............................................................................. 1 
1.2 Principais afecções do aparelho reprodutor feminino e a consulta clínico- 
ginecológica ...................................................................................................................... 2 
1.2.1 Leucorréias ................................................................................................................ 2 
1.2.2 Vulvovaginites ............................................................................................................ 2 
1.2.3 Vaginoses bacterianas ............................................................................................... 3 
1.2.4 Candidíase vulvovaginal ............................................................................................ 3 
1.2.5 Tricomoníase genital .................................................................................................. 4 
1.2.6 Herpes genital ............................................................................................................ 4 
1.2.7 Cranco mole............................................................................................................... 4 
1.2.8 Bartholinite ................................................................................................................. 4 
1.2.9 Câncer de útero ......................................................................................................... 4 
1.2.10 Câncer de mama..................................................................................................... 4 
1.3 Fisiologia do ciclo menstrual .......................................................................................... 5 
1.3.1 O ciclo menstrual ....................................................................................................... 5 
1.4 CLIMATÉRIO .................................................................................................................... 6 
1.5 MENOPAUSA ................................................................................................................... 6 
1.3.1 Sintomas .................................................................................................................... 7 
1.6 Desenvolvimento Embrionário e Fetal ........................................................................... 8 
1.6.1 Fecundação ............................................................................................................... 8 
1.6.2 Desenvolviemento do blastocisto ............................................................................... 9 
1.6.3 Desenvolviemento do embrião, feto e placenta .......................................................... 9 
1.7 Fases do desenvolvimento embrionário ........................................................................ 10 
1.7.1 Fase ovular – 1 semana ........................................................................................... 10 
1.7. 2 Fase embrionária ..................................................................................................... 10 
1.7. 3 Fase fetal ................................................................................................................ 11 
1.8 Anexos do embrião e feto ............................................................................................... 11 
1.8.1 Placenta ................................................................................................................... 12 
1.8. 2 Cordão umbilical ...................................................................................................... 12 
1.7. 3 Líquido amniótico .................................................................................................... 12 
UNIDADE II – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL ..................................... 13 
2.1 Avaliação pré-concepcional ........................................................................................... 13 
2.2.1 Atividades desenvolvidas na avaliação pré-natal ...................................................... 13 
2.2 Assistência pré-natal ...................................................................................................... 14 
2.3 Organização dos serviços, planejamento e programação ........................................... 14 
2.4 Acolhimento ao pré-natal ............................................................................................... 14 
2.5 O papel da equipe de atenção básica no pré-natal ....................................................... 15 
2.6 Diagnóstico de gravidez ................................................................................................. 15 
2.6.1 Sinais de presunção de gravidez .............................................................................. 16 
2.6.2 Sinais de probilidade de gravidez .............................................................................. 16 
2.6.3 Sinais de certeza de gravidez .................................................................................... 16 
2.7 Classificação de risco gestacional ................................................................................ 16 
2.8 Calendário de consulta pré-natal ...................................................................................19 
2.9 Roteiro da consulta de pré-natal .................................................................................... 19 
2.10 Anamnese ............................................................................................................................ 20 
2.11 Cálculo da data provável do parto ..................................................................................... 20 
2.12 Cálculo da idade gestacional ............................................................................................. 20 
2.13 Exame físico ........................................................................................................................ 20 
2.13.1 Palpação obstétrica e medidas uterinas (AU) ................................................................... 21 
2.13.2 Asculta dos batimentos cardiofetais ................................................................................. 21 
2.13.3 Controle do peso .............................................................................................................. 21 
2.13.4 Controle da pressão arterial ............................................................................................. 22 
2.13.5 Avaliar Sinais Clínicos ..................................................................................................... 22 
2.13.6 Exames complementares de rotina no pré-natal ............................................................... 22 
2.13.7 Imunização na gestação .................................................................................................. 22 
2.13.8 Assistência odontológica ................................................................................................. 23 
2.13.9 Suplementação de vitaminas ........................................................................................... 23 
UNIDADE III – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO .................................................... 25 
3.1 Características variadas ....................................................................................................... 25 
3.2 Admissão da parturiente e assistência de enfermagem ..................................................... 25 
3.3 Controle da evolução do parto ............................................................................................. 26 
UNIDADE IV – EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO ........................................................... 29 
4.1 Fase 1: dilatação.................................................................................................................... 29 
4.2 Fase 2: expulsão .................................................................................................................... 30 
4.3 Fase 3: dequitação ................................................................................................................. 31 
4.4 Fase 4: greenberg .................................................................................................................. 32 
UNIDADE V – PARTO CESÁRIA/OPERATÓRIO ......................................................................... 34 
5.1 Principais recomendações para o parto cesária ................................................................. 35 
5.2 Como fazer o parto cesária ................................................................................................... 35 
5.2.1 Com quantas semanas o bebê pode nascer ................................................................... 35 
5.2.2 Anestesia na cesariana ................................................................................................... 36 
5.3 Riscos e complicações do parto cesária ............................................................................. 36 
5.3.1 Cicatriz após cesariana ................................................................................................... 36 
5.4 Recuperação e cuidados após alta ...................................................................................... 36 
5.5 Vantagens do parto normal x cesariana ............................................................................... 36 
UNIDADE VI – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PUERPÉRIO (PÓS-PARTO) .................. 38 
6.1 Ações de enfermagem relacionadas ao puerpério .............................................................. 38 
6.1.1 Uso de medicamentos .................................................................................................... 38 
6.1.2 Lóquios........................................................................................................................... 39 
6.1.3 Útero .............................................................................................................................. 39 
6.1.4 Vagina ............................................................................................................................ 39 
6.1.5 Mamas ........................................................................................................................... 39 
6.1.6 Intestino .......................................................................................................................... 39 
6.1.7 Volta da menstruação ..................................................................................................... 39 
6.1.8 Dieta ............................................................................................................................... 39 
6.1.9 Períneo........................................................................................................................... 40 
UNIDADE VII – NOÇÕES DAS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NA GRAVIDEZ .................... 42 
7.1 Hipertensão arterial ............................................................................................................... 42 
7.1. 1 Classificação das doenças hipertensivas ..................................................................... 42 
7.1. 2 Riscos relacionados a hipertensão crônica .................................................................. 42 
7.2 Diabetes gestacional ............................................................................................................. 43 
7.3 Infecções sexualmente transmissíveis ................................................................................ 44 
7.4 Pielonefrite ............................................................................................................................ 44 
7.5 Anormalidades do trato genital ............................................................................................ 45 
7.6 Idade materna ........................................................................................................................ 45 
7.7 Peso materno ........................................................................................................................ 45 
7.8 Altura materna ....................................................................................................................... 46 
7.9 Exposição a teratógenos ...................................................................................................... 46 
7.10 Natimorto prévio ................................................................................................................. 47 
7.11 Parto prematuro prévio....................................................................................................... 47 
7.12 Neonato anterior com doença genética ou congênita ....................................................... 47 
7.13 Polidrâmnio e oligoidrâmnio .............................................................................................. 47 
7.14 Gestação multifetal ............................................................................................................. 48 
7.15 Lesão do nascimento.......................................................................................................... 48UNIDADE VIII – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES DO PUERPÉRIO 50 
8.1 Complicações que podem ocorrer com maior frequência no puerpério ........................... 50 
8.1.1 Hemorragias puerperais ................................................................................................. 50 
8.1.2 Infecção puerperal........; ................................................................................................. 51 
8.1.3 Rachaduras e fissuras do mamilo ................................................................................... 51 
8.1.4 Mastites........................; ................................................................................................. 52 
8.1.5 Hematomas Vulvares........; ............................................................................................ 52 
8.1.6 Deiscência de sutura e episiotomia.....; .......................................................................... 52 
UNIDADE IX – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NATO NORMAL ...................... 54 
9.1 Objetivos da assistência ao recém-nato.............................................................................. 54 
9.2 Assistência imediata ao recém-nato normal ....................................................................... 55 
9.2.1 Desobstrução das vias aéreas ........................................................................................ 55 
9.2.2 Secar e aquecer o recém-nascido (RN) ........................................................................... 55 
9.2.3 Avaliação da vitalidade do RN - APGAR ......................................................................... 55 
9.2.4 Verificar sinais vitais ........................................................................................................ 56 
9.2.5 Identificação de recém-nascido ....................................................................................... 56 
9.2.6 Clampeamento do cordão umbilical ................................................................................. 56 
9.2.7 Administrar nitrato de prata nos olhos do RN ................................................................... 56 
9.2.8 Administrar vitamina K ..................................................................................................... 57 
9.2.9 Contato mãe-bebê ........................................................................................................... 58 
9.2.10 Exame/Avaliação do RN ................................................................................................ 58 
UNIDADE X – ALEITAMENTO MATERNO .................................................................................. 60 
10.1 Benefícios da amamentação ............................................................................................... 61 
10.2 Como amamentar ................................................................................................................ 61 
10.3 Banco de leite humano ....................................................................................................... 63 
UNIDADE XI – BERÇÁRIO E ALOJAMENTO CONJUNTO ......................................................... 65 
11.1 Beçário ................................................................................................................................. 65 
11.2 Alojamento conjunto........................................................................................................... 65 
11.2.1 Assistência de enfermagem ao recém-nascido no alojamento conjunto ......................... 66 
11.2.2 Riscos de infecção ao recém-nascido ........................................................................... 67 
1 
 UNIDADE I – ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR 
1. 1 ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL 
O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o desenvolvimento do bebê, 
além de ser responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema 
reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação geral de vulva 
e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem 
os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina. 
 
 
 
 
 Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis por produzir os 
gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona, 
relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o 
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. 
 Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais apresentam 
uma extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos 
denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas. 
 Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a gravidez. A parede 
do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por 
grande quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser 
perdida durante a menstruação. O colo do útero, também chamado de cervice, abre-se na vagina. 
2 
 Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o espermatozoide é 
depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o parto normal. 
 Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios menores, a abertura 
vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas 
terminações nervosas, sendo um local de grande sensibilidade. 
 
 
1. 2 PRINCIPAIS AFECÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO E A CONSULTA CLÍNICO- 
GINECOLÓGICA 
 
Quando recebemos uma mulher na Unidade de Saúde, é importante valorizar suas queixas e perceber com que 
urgência suas necessidades precisam ser atendidas. Conforme a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher 
(PAISM), a mulher deve procurar rotineiramente os serviços de saúde, e não somente quando se encontra doente, e 
deve ter suas necessidades atendidas. A consulta clínico-ginecológica tem por objetivo identificar os mais 
precocemente possíveis distúrbios que afetam especialmente os órgãos reprodutores femininos e as mamas, além de 
olhar para a saúde da mulher de uma maneira geral. Os principais sintomas ginecológicos que levam as mulheres a 
buscarem atendimento são: a dor, as modificações dos ciclos menstruais, as hemorragias e o corrimento vaginal. 
 
 
 
1. 2. 1. Leucorréias 
 
O corrimento vaginal, chamado leucorréia, é representado pela saída de secreção de coloração e 
abundância variável. A leucorréia fisiológica é uma secreção normalmente produzida pelas mucosas 
vulvares, endocervical, ectocervical e sobretudo vaginal que pode ocasionar corrimento sem dar motivo para 
inquietação e/ ou tratamento. Possui coloração cristalina, semelhante à clara de ovo e torna-se mais espessa 
quando a mulher está em seu período fértil. As leucorréias patológicas estão ligadas a inflamações 
vulvovaginais, e pela sua relevância e frequência devem ser diagnosticadas e tratadas. 
 
De maneira geral podem ser caracterizadas conforme a sua coloração, entretanto, é necessário a 
confirmação por meio da bacterioscopia da secreção vaginal. 
 
 Leucorréia esbranquiçada: infecção vaginal por fungos (candidíase). 
 Leucorréia amarelada: infecção vaginal por protozoário (gardnerella) ou tricomoníase. 
 Leucorréia acinzentada: infecção vaginal por gardnerella. 
 Leucorréia esverdeada: infecção vaginal por trichomonos vaginallis. 
 
 
1. 2. 2. Vulvovagites 
 
Considera-se como vulvovaginites todas as manifestações inflamatórias e/ou infecciosas, de caráteragudo ou 
crônico que podem acometer a vulva, vagina ou o colo uterino, podendo atingir também acometer a bexiga, ureter, 
ânus e face interna das coxas. As vulvovaginites manifestam-se por meio de leucorréias de aspectos e consistências 
DEVE FAZER PARTE DA ROTINA DA MULHER 
 
✔ Consulta ginecológica de rotina, com Citologia oncótica (prevenção): anual a 
partir dos 20 anos ou início da atividade sexual; 
✔ Autoexame das mamas: mensal a partir dos 20 anos; 
✔ Planejamento familiar: conforme necessidade; 
✔ Mamografias; 
✔ Tratamento das DST/ Leucorréias. 
3 
distintas, segundo as características do agente infeccioso, do grau de infestação e das condições clínicas do 
hospedeiro. 
O corrimento pode se apresentar associado a um ou mais dos seguintes sintomas: prurido contínuo no canal 
vaginal e vulva, dor ou ardor local e/ou ao urinar e sensação de desconforto pélvico; os pequenos lábios, o clitóris e o 
introito vaginal podem apresentar edema e hiperemia, como também escoriações devido ao prurido. 
É imprescindível o tratamento do parceiro nas vulvovaginites recidivantes. O tratamento, depois de iniciado, não deverá 
ser interrompido mesmo durante a menstruação. É importante o uso de preservativos durante a relação sexual, 
enquanto permanecer o tratamento. 
 
 
 
 
1. 2. 3. Vaginoses bacterianas 
 
Caracterizadas por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido a um 
aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias (Gardnerella 
vaginallis), adquiridas através da relação sexual ou hábitos precários de 
higiene. 
O diagnóstico é feito através da anamnese, que identifica a queixa de 
prurido vulvar acompanhado de corrimento amarelado e odor fétido. A 
confirmação do diagnóstico ocorre através da leitura de uma lâmina de 
esfregaço vaginal. 
O tratamento deverá ser do casal na forma sistêmica e poderá estar 
associado a um bactericida tópico. 
 
 
1. 2. 4. Candidíase vulvovaginal 
 
Infecção da vulva e canal vagina causada por um fungo que habita a 
mucosa vaginal, a Candida albicans. A relação sexual é considerada a principal 
forma de transmissão; outros fatores, como gravidez, diabetes melitus, 
obesidade, antibióticos, corticóides, uso de anticoncepcional hormonal também 
são fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal. 
A sintomatologia dependerá do grau de infecção e da localização do 
tecido inflamado, podendo apresentar-se como prurido vulvovaginal, ardor ou 
dor à micção, corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso 
(leite coalhado), hiperemia, edema, fissuras e maceração da vulva, dispareunia. 
O diagnóstico é confirmado pelo exame laboratorial do conteúdo vaginal 
em que se visualiza a presença do fungo. O tratamento é tópico, com o uso 
de creme antimicótico, podendo também ser prescrito terapêutica sistêmica nos 
casos de recidivas. 
 
DENTRE AS VULVOVAGINITES MAIS COMUNS, TEMOS: 
✔ Vaginose bacteriana; 
✔ Candidíase vulvovaginal; 
✔ Tricomoníase genital; 
✔ Herpes genital; 
✔ Cancro mole; 
✔ Bartolinite. 
4 
1. 2. 5. Tricomoniase genital 
 
É uma infecção causada pela Trichomonas vaginallis, tendo como via de 
transmissão a sexual. Pode permanecer assintomática no homem e na mulher, 
principalmente após a menopausa. Na mulher pode acometer a vulva, o canal 
vaginal e a cérvice uterina. 
Os sinais e sintomas principais são: corrimento abundante amarelo ou 
amarelo esverdeado, com presença de bolhas e odor fétido semelhante a “peixe 
podre”, prurido e/ou irritação vulvar, dor pélvica, disúria, polaciúria e hiperemia da 
mucosa vaginal com placas avermelhadas. O tratamento sempre é sistêmico, 
podendo ser associada terapêutica tópica vaginal. 
 
1. 2. 6. Herpes genital 
 
É uma DST causada por um vírus o Herpes simples genitalis. Deve ser 
diferenciado e não pode ser confundido com as lesões semelhantes que ocorrem 
nos lábios durante os processos infecciosos e febris devido à baixa da imunidade 
do organismo. O Herpes genitalis causa lesões da pele do períneo, grandes 
lábios, face externa dos pequenos lábios, região perianal, glande, prepúcio, saco 
escrotal e nádegas. 
São lesões muito pequenas, semelhantes a pequenas bolhas que, 
posteriormente se rompem tornando-se extremamente dolorosas e incômodas. O 
casal portador de lesões herpéticas necessita tratamento conjunto, mesmo que 
um deles nada tenha ou nada sinta. Deverão usar camisinha até o médico liberá- 
los para a atividade sexual livre. 
 
1. 2. 7. Cancro mole 
 
É uma DST causada por uma bactéria - o Bacilo de Ducrey ou Hemophilus ducreyi. É 
denominada assim pelo simples fato da sua lesão inicial possuir bordos macios em 
contraposição à sífilis cuja lesão primária possui bordos duros e, por isso é chamada de 
cancro duro. As lesões ocorrem principalmente nos pequenos lábios. 
 
1. 2. 8. Bartholinite 
 
 
 
A bartholinite é uma infecção estritamente vulvar da glândula de Bartholin. Sua 
infecção é às vezes crônica e sob a forma de cisto, sendo mais frequente a forma aguda, 
que se caracteriza pela presença de rubor, calor, dor e com edema significativo, por vezes 
deformando a vulva. 
 
 
 
 
1. 2. 9. Câncer de colo de útero 
 
A prevenção do câncer de colo de útero ou cérvice, com a colheita da 
citologia oncótica, e o exame clínico das mamas com orientação para o 
autoexame, ocupam um lugar importante na consulta. O colo é a parte do 
útero que se encontra no fundo do canal vaginal e pela sua localização torna- 
se mais exposto ao risco de desenvolver doenças. 
5 
Para a detecção precoce de fatores predisponentes do câncer de colo do útero é feito o exame de Papanicolau 
que consiste em retirar uma pequena quantidade de material do colo do útero para análise em laboratório especializado. 
As ações de controle do câncer cérvico-uterino compõem-se de: consulta clínico- ginecológica, colheita de 
material para esfregaço cérvico-vaginal, tratamento dos processos inflamatórios e neoplasias, encaminhamento para 
clínica especializada para dar continuidade aos tratamentos. 
 
 
 
1. 2. 10. Câncer de mama 
 
As ações de controle do câncer de mama são: autoexame das mamas, exame clínico das mamas e 
exames complementares. Estas ações têm como principal objetivo a detecção precoce de alterações que podem 
sugerir ou constituir uma neoplasia. O câncer de mama geralmente apresenta-se como um nódulo. Leva 
aproximadamente de seis a oito anos para atingir um centímetro de diâmetro. Está lenta evolução possibilita a 
descoberta ainda cedo destas lesões, se as mamas são periodicamente examinadas. As primeiras metástases 
comumente aparecem nos gânglios linfáticos das axilas. 
A doença é descoberta entre os 40 e os 60 anos de idade e os fatores de risco envolvidos são: menarca 
antes dos 11 anos; primeiro parto após os 30 anos; nuliparidade; menopausa após os 55 anos; história pessoal ou 
familiar de câncer de mama. Existem fatores de risco que podem ser controlados, pela própria mulher desde que 
orientada a não ingerir dieta rica em gordura e pobre em fibras e vitaminas; evitar exposição a radiações. O que se 
sabe hoje sobre o câncer de mama ainda não é o suficiente para a utilização de medidas que evitem o aparecimento 
da doença. Os esforços para o controle são direcionados para a detecção precoce. 
 
 
 
1. 3. FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL 
 
 
Menstruação é uma perda sanguínea, por via vaginal, que ocorre na mulher desde a menarca até a 
menopausa. Caracterizam-se por ter um ciclo de 15 a 60 dias, mais frequentes 25 a 32 dias, com a duração de 3 a 5 
dias em média. A quantidade de sangue perdida varia entre 100 a 150g. 
 
1. 3. 1. O ciclo menstrual 
 
O ciclo menstrual tem início no primeiro dia de uma menstruação e termina no primeiro dia da menstruação 
seguinte. Sua duração que é de 25 a 32 dias, varia de mulher para mulher e, às vezes, numa mesma mulher. Considera- 
 
 
EXISTEM FATORES DE RISCO QUE ESTÃO RELACIONADOS, TAIS COMO: 
✔ Início da atividade sexual emidade precoce; 
✔ Vários parceiros; 
✔ História de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente decorrentes 
de infecções por papiloma vírus e herpes vírus; 
✔ Baixo nível socioeconômico 
Tabagismo; 
✔ Carências nutricionais, como a hipovitaminose A. 
 
O Ciclo Menstrual ocorre por ação de 
quatro hormônios: 
- Hipofisários: FSH – hormônio folículo 
estimulante e o LH – hormônio luteinizante. 
- Ovarianos: estrogênio e progesterona. 
 
Apresenta duas fases distintas: 
 1º fase – proliferativa; 
 2º fase – secretória. 
6 
- Fase Proliferativa 
 
Vai do primeiro dia da menstruação até o dia da ovulação. É assim chamada, porque nesta fase ocorre um 
espessamento do endométrio (mucosa) com multiplicação de camadas celulares, vasos sanguíneos e glândulas, 
preparando a cavidade uterina a receber o produto da fecundação (ovo). 
Durante esta fase, a hipófise produz e lança na corrente circulatória o hormônio folículo estimulante (FSH) que 
age no ovário provocando o amadurecimento do folículo de graaf que contém o óvulo. Na medida em que vai 
amadurecendo, o folículo migra para a superfície externa do ovário. Estimulado pelo FSH, o ovário produz um hormônio 
chamado estrogênio, que age sobre o endométrio, provocando sua modificação. 
Quando o endométrio está devidamente preparado, o folículo maduro e já na superfície externa do ovário, a 
hipófise lança na corrente sanguínea o LH (hormônio luteinizante), que provoca o rompimento do folículo e, portanto, 
liberação do óvulo. Este é captado pela tuba uterina e trazido para seu interior. A este fenômeno – rompimento de 
folículo de graaf e liberação do óvulo – damos o nome de ovulação. 
 
- Fase Secretória 
 
É a fase do momento da ovulação até o primeiro dia da menstruação seguinte. Dura mais ou menos 14 dias. 
Nesta fase, temos a ação da progesterona, que é produzida pelo o corpo amarelo no local do folículo de graaf e que 
tem por função manter o endométrio proliferado. Se não ocorrer a fecundação, o corpo amarelo vai regredindo e 
diminuindo a produção de progesterona, até que está se torna insuficiente para continuar nutrindo o endométrio. O 
endométrio então se desloca da cavidade uterina e se exterioriza através do canal vaginal sob a forma de fluxo 
menstrual, ou seja, menstruação. 
 
 
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS 
 
 
✔ Síndrome Pré-menstrual (SPM); 
✔ Dismenorréia (Menstruação dolorosa); 
✔ Amenorréia (Ausência de menstruação); 
✔ Hipermenorréia (Sangramento excessivo); 
✔ Hipomenorréia (Diminuição do volume); 
✔ Polimenorréia (Ciclo menstrual frequente); 
✔ Oligomenorréia (Diminuição do ciclo menstrual); 
✔ Metrorragia (Sangramento fora do ciclo menstrual). 
 
 
 
 
1. 4. CLIMATÉRIO 
 
O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período 
reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos 
hormônios sexuais produzidos pelos ovários. A insuficiência ovariana é 
secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o 
patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais 
é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 
anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado 
de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa. 
 
 
1. 5. MENOPAUSA 
 
A menopausa é a última menstruação da mulher. A menopausa delimita as duas fases do climatério, o 
climatério pré- menopausa e o pós-menopausa. A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo 
variar de 48 a 55 anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura. A 
7 
diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar vários locais do organismo e determinam sinais e 
sintomas conhecidos pelo nome de síndrome climatérica ou menopausa. 
 
1. 5. 1. Sintomas 
 
✔ Ondas de calor ou Fogachos: Que causam uma 
vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por 
uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. 
Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão 
desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a 
dia. 
✔ Alterações do humor: Sintomas emocionais, tais 
como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de 
memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a 
química cerebral. 
 
✔ Modificação da sexualidade: Com diminuição do 
desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários 
motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal. 
 
✔ Osteoporose: Que é a diminuição da quantidade de 
massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às 
fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, 
quadril e punho. 
 
✔ Alterações urogenitais: causadas pela falta de 
estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o 
tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o 
estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e 
diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e 
desconforto durante a relação sexual (dispareunia). 
 
✔ Aumento do risco cardiovascular: pela diminuição 
do estrogênio (hormônio que protege o coração e vasos 
sanguíneos contra determinados problemas). 
8 
1. 6. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL 
 
Um bebê passa por vários estágios de desenvolvimento, começando com a fertilização do óvulo. O óvulo se 
transforma em um blastocisto, em um embrião e, por fim, em um feto. 
 
 
1. 6. 1. Fecundação 
 
Durante um ciclo menstrual normal, um óvulo costuma ser liberado de um dos ovários aproximadamente 
14 dias depois da menstruação anterior. A liberação do óvulo se chama de ovulação. O óvulo é encaminhado para a 
extremidade em forma de funil de uma das duas trompas de Falópio. 
 
Durante a ovulação, o muco do colo do útero torna-se mais ralo e elástico, permitindo que os espermatozoides 
entrem no útero rapidamente. Depois de aproximadamente cinco minutos, o espermatozoide desloca-se da vagina, 
entrando através do colo do útero no interior do útero até a extremidade em forma de funil de uma das trompas de 
Falópio, onde normalmente ocorre a fecundação. As células que revestem as trompas de Falópio facilitam a 
fecundação. 
 
Se a fecundação não ocorrer, o óvulo se move das trompas de Falópio até o útero, onde ele se degenera e é 
eliminado do útero na menstruação seguinte. Se um espermatozoide penetrar no óvulo, ocorre a fecundação. 
Pequenos cílios que revestem as trompas de Falópio propelem o óvulo fertilizado (zigoto) através das trompas até o 
Estágio de 
8 células 
 Mórula 
Estágio de 2 células 
 Blastocisto 
Feto com 4 
semanas 
Feto com 40 
semanas 
Feto com 20 
semanas 
Feto com 10 
semanas 
Óvulo 
Fertilizado 
Estágio de 
4 células 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/biologia-do-sistema-reprodutor-feminino/ciclo-menstrual
9 
útero. As células do zigoto dividem-se várias vezes enquanto este se desloca através da trompa de Falópio até o útero. 
O zigoto entra no útero dentro de três a cinco dias. 
 
Uma vez dentro do útero, as células continuam a dividir-se e convertem-se em uma esfera oca denominada 
blastocisto. O blastocisto se implanta na parede do útero aproximadamente seis dias após a fertilização. Se mais de 
um óvulo for liberado e fertilizado, ocorre uma gravidez de mais de um feto, normalmente dois (gêmeos). Uma vez que 
o material genético em cada óvulo e em cada espermatozoide é ligeiramente diferente, cada óvulo fertilizado é 
diferente. Os gêmeos resultantes são então gêmeos fraternos. Os gêmeos idênticos surgem quando um único óvulo 
fecundado se separa em dois embriões depois de ter começado a se dividir. Uma vez que um óvulo foi fertilizado por 
um espermatozoide, o material genético nos dois embriões é o mesmo. 
 
 
 
1. 6. 2. Desenvolvimento do blastocisto 
 
Aproximadamente seis dias após a fecundação, o blastocisto se prende ao revestimento interno do útero, 
normalmente perto da parte superior. Esse processo,denominado implantação, termina por volta do 9º ou do 10º dia. 
A parede do blastocisto tem a espessura de uma célula, exceto em uma área, na qual a espessura equivale à de três 
ou quatro células. As células internas nessa área espessada convertem-se no embrião, enquanto as células externas 
penetram na parede do útero e convertem-se na placenta. A placenta produz vários hormônios que ajudam a manter 
a gravidez. Por exemplo, a placenta produz a gonadotrofina coriônica humana, que impede os ovários de liberarem 
mais óvulos e os estimula a produzir estrogênio e progesterona continuamente. A placenta também transporta oxigênio 
e nutrientes da mãe para o feto e resíduos do feto para a mãe. 
 
Algumas das células da placenta se transformam em uma camada externa de membranas (córion) ao redor 
do blastocisto em desenvolvimento. Outras células se transformam em uma camada interna de membranas (âmnio), 
que forma a bolsa amniótica. Quando a bolsa é formada (por volta do 10º ao 12º dia), o blastocisto é considerado um 
embrião. Essa bolsa se enche com um líquido transparente (líquido amniótico) e se expande para envolver o embrião 
em desenvolvimento, que flutua dentro dela. 
 
1. 6. 3. Desenvolvimento do embrião, feto e da placenta 
10 
O próximo estágio do desenvolvimento corresponde ao embrião, que se desenvolve dentro da bolsa amniótica, 
sob o revestimento do útero de um dos lados. Esse estágio se caracteriza pela formação da maior parte dos órgãos 
internos e das estruturas externas do corpo. A maioria dos órgãos começa a se formar aproximadamente três semanas 
depois da fecundação, o que equivale a cinco semanas de gravidez (uma vez que o médico determina o início da 
gravidez a partir do primeiro dia da última menstruação da mulher, que normalmente ocorre duas semanas antes da 
fecundação). Nessa época, o embrião se alonga, sugerindo pela primeira vez um formato humano. Logo depois, tem 
início o desenvolvimento da área que se tornará o cérebro e a medula espinhal (tubo neural). O coração e os principais 
vasos sanguíneos começam a se desenvolver mais cedo, por volta do 16º dia. O coração começa a bombear líquido 
através dos vasos sanguíneos por volta do 20º dia, e os primeiros glóbulos vermelhos aparecem no dia seguinte. Os 
vasos sanguíneos continuam a se desenvolver no embrião e na placenta. 
 
Quase todos os órgãos estão totalmente formados após dez semanas da fecundação (o que equivale a 12 
semanas de gravidez). As exceções são o cérebro e a medula espinhal, que continuam a se formar e a se desenvolver 
durante a gravidez. A maioria das malformações (defeitos congênitos) ocorre durante o período de formação dos 
órgãos. Durante esse período, o embrião está mais vulnerável a efeitos de medicamentos, radiação e vírus. Portanto, 
a gestante não deve tomar nenhuma vacina de vírus vivo ou nenhum tipo de medicamento durante esse período, a 
não ser que sejam considerados essenciais para proteger a saúde da mulher. 
 
Ao final da 8.ª semana após a fecundação (10 semanas de gravidez), o embrião é considerado um feto. 
Durante esse estágio, as estruturas que já se formaram crescem e se desenvolvem. Os itens a seguir são indicadores 
durante a gravidez: 
 Na 12ª semana de gravidez: O feto preenche todo o útero. 
 Por volta da 14ª semana: O sexo pode ser identificado. 
 Por volta da 16ª à 20ª semana: A gestante costuma sentir pela primeira vez os movimentos do feto. A mulher 
que já teve outra gravidez costuma sentir os movimentos duas semanas antes das mulheres na primeira 
gestação. 
 Por volta da 24ª semana: O feto tem chance de sobreviver fora do útero. 
 
Os pulmões continuam a amadurecer até quase o momento do parto. O cérebro acumula novas células durante 
toda a gravidez e durante o primeiro ano de vida depois do nascimento. À medida que a placenta se desenvolve, ela 
estende pequenas projeções semelhantes a fios de cabelo (vilosidades) para o interior da parede do útero. Essas 
projeções se ramificam várias vezes até formarem uma complexa árvore de vilosidades. Essa ramificação aumenta 
muito a área de contato entre a parede do útero e a placenta, aumentando o intercâmbio de nutrientes e resíduos. A 
placenta está totalmente formada por volta da 18ª ou 20ª semana, mas continua a crescer durante toda a gravidez. No 
momento do parto, ela pesa aproximadamente 0,5 kg. 
 
1. 7. FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL 
 
1. 7. 1. Fase ovular – 1 semana 
 
 Até o 3º mês denomina-se fase embrionária. 
 Com o início do 4º mês inicia-se a fase fetal. 
 
1. 7. 2. Fase embrionária 
 
 Após a fecundação, há a migração tubária. Em torno do 6º dia ocorre a nidação na parede do útero. Entre o 6º 
e 7º dia há o início da formação da placenta. 
 Entre o 18º a 20º dia há no embrião um esboço auditivo, o início da inervação, o esboço cardíaco e as primeiras 
ilhotas vasculares. 
 Entre o 24º e 26º dia de gestação, ocorre a formação do tubo digestivo e a brotação dos membros. 
 No 28º dia aparece óptico e circulação embrionária. 
 No 31º dia, ocorre migração das primeiras células sexuais. 
 No 33º dia, formação definitiva dos rins. 
 No 40º dia, há início da formação das mãos. 
 No 45º dia, diferenciação genital das gônadas. 
 No 50º dia, quatro cavidades cardíacas. 
 No 56º dia, dedos separados. 
11 
1. 7. 3. Fase fetal 
 
Os vários órgãos e tecidos do feto não crescem em ritmo idêntico, não alcançam, ao mesmo tempo, o mesmo 
grau de maturação. O feto a termo possui aparelho digestório, respiratório, circulatório e urinário se encontram 
praticamente prontos para a vida extrauterina, enquanto os tecidos nervosos e ósseos, nessa fase, são imaturos e seu 
aperfeiçoamento prossegue por muito tempo, após o nascimento. 
 
 
CRESCIMENTO FETAL PESO 
 
A exemplo da vida extrauterina o índice de 
crescimento do feto é variável, mas pode-se ter por base 
a seguinte tabela. 
 2º mês 07 cm; 
 4º mês 16 cm; 
 6º mês 32 cm; 
 8º mês 45 cm; 
 9º mês 50 cm; 
 
Sofre maior variação individual do que o crescimento. 
 2º mês 04g 
 4º mês 120g 
 6º mês 700g 
 8º mês 2.200g 
 9º mês 3.300g 
OSSIFICAÇÃO APARELHO CIRCULATÓRIO 
 
Os centros de ossificação fetal começam a aparecer 
em torno da 7º semana e se completam em torno da 36º 
semana de gestação. 
 
O coração inicia seu desenvolvimento na 3º semana 
após a concepção e no fim da 4º semana tem contrações 
rápidas e irregulares, capazes de mover o sangue no 
interior dos vasos. 
Os batimentos cardíacos são audíveis ao fim da 
primeira metade da gestação e o coração apresenta em 
média 140 batimentos por minuto. 
APARELHO RESPIRATÓRIO APARELHO DIGESTÓRIO 
 
O desenvolvimento embrionário do pulmão começa 
em torno do 24º dia de concepção. A dilatação dos 
alvéolos na hora do parto é atribuída ao desenvolvimento 
de uma pressão negativa intratorácica que permite a 
inspiração do ar. 
 
No 3º mês de gestação, o feto já possui estômago 
e intestinos formados, embora rudimentares. Os 
movimentos intestinais aparecem no 5º mês. Existe bile 
na vesícula ao 4º mês e enzimas pancreáticas como 
lipase e tripsina, entre o 4º e 5º mês. O mecônio é 
encontrado no intestino do feto entre o 4º e 5º mês e são 
formados de células epiteliais, pelos deglutidos com o 
líquido amniótico, células descamadas dos aparelhos 
digestório e geniturinário, vernix caseoso, bile e enzimas. 
APARELHO GENITAL LANUGEM, CABELOS E VERNIX CASEOSO 
 
Sua forma diferenciada estabelece-se na 12º semana. 
 
Surgem a partir da 20º semana. 
TECIDO GORDUROSO 
 
Desenvolve-se rapidamente durante 6º a 8º últimas semanas 
 
 
1. 8. ANEXOS DO EMBRIÃO E FETO 
 
Anexos embrionários são estruturas formadas pelos folhetos germinativos e presentes durante o 
desenvolvimento embrionário, auxiliando no desenvolvimento do em
L
b
íq
ri
u
ão
id
. 
12 
1. 8. 1. Placenta 
 
É o órgão responsável pelas trocas entre o 
concepto, composta por duas faces, a materna e a fetal. Aque fica em contato com o útero é chamada face materna. 
A face fatal é a que entra em contato com o líquido 
amniótico e o feto. 
 
1. 8. 2. Cordão Umbilical 
Está inserido na placenta, unindo-a ao feto. Ele é 
formado por duas artérias e uma veia que são revestidas 
por uma substância denominada geléia de Warton. Mede 
em torno de 60 cm. 
 
1. 8. 3. Líquido Amniótico 
 
O feto está envolvido por um líquido chamado amniótico o qual está contido por duas membranas chamadas 
âmnio (a interna) e córion (a externa). Rompem-se espontaneamente ou artificialmente durante o trabalho de parto. 
Encontramos nele células de descamação do feto, lanugem e verniz caseoso. Sua função é permitir a movimentação 
do feto, protegê-lo de traumas externos, lubrificar o canal do parto e nutrir o feto. A partir da deglutição deste líquido 
forma-se mecônio. 
O líquido amniótico é claro, com grumos e odor particular. Seu volume vai até 1000 ml. Caso esteja 
sanguinolento, esverdeado ou castanho é sinal de alarme. Através de exame próprio é possível diagnosticar a idade 
do feto. Para isso se efetua, quando necessário, a amniocentese. 
 
 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
01ª) Qual das seguintes estruturas é responsável pela 
produção dos óvulos (ovócitos) na mulher? 
a) Útero 
b) Vagina 
c) Ovário 
d) Trompa de Falópio 
 
02ª) Qual é a principal função das trompas de Falópio? 
a) Produção de hormônios 
b) Transporte de óvulos dos ovários para o útero 
c) Recepção do esperma durante a relação sexual 
d) Armazenamento de óvulos não fertilizados 
 
03ª) Qual das seguintes afirmações sobre o ciclo 
menstrual é verdadeira? 
a) A fase lútea ocorre antes da ovulação. 
 
 
b) A ovulação ocorre no início do ciclo menstrual. 
 
c) A menstruação ocorre durante a fase folicular. 
d) A fase proliferativa é caracterizada pelo 
espessamento da camada endometrial. 
 
04ª) O que é o endométrio? 
a) Um hormônio produzido pelos ovários. 
b) Uma estrutura que protege o ovário. 
c) O revestimento interno do útero. 
d) Uma glândula que secreta lubrificação vaginal. 
 
05ª) Qual das seguintes estruturas é responsável pela 
produção dos hormônios sexuais femininos, como o 
estrogênio e a progesterona? 
a) Ovários 
b) Útero 
c) Vagina 
d) Glândulas mamárias 
 
06ª) O que é a menopausa? 
a) O período em que a mulher está mais fértil. 
b) A primeira menstruação na vida de uma mulher. 
c) O fim da capacidade reprodutiva da mulher, 
caracterizada pela parada das menstruações. 
d) Um distúrbio hormonal que afeta o ciclo menstrual. 
 
07ª) Qual das seguintes estruturas é responsável pela 
produção dos óvulos nas mulheres? 
a) Útero 
b) Vagina 
c) Ovário 
d) Trompa de Falópio 
 
08ª) Qual é a principal função do útero no sistema 
reprodutivo feminino? 
Cordão 
Umbilical 
Placenta 
13 
a) Produção de óvulos 
b) Armazenamento de esperma 
c) Proteção dos órgãos internos 
d) Acomodar e nutrir o feto durante a gravidez 
11ª) Cite e descreva resumidamente quais são as fases 
do desenvolvimento embrionário. 
 
 
 
 
09ª) Qual é o nome das glândulas localizadas nos 
arredores da abertura vaginal que produziram 
secreções lubrificantes? 
a) Glândulas de Skene 
 
b) Glândulas de Bartholin 
c) Glândulas de Montgomery 
d) Glândulas de Graafian 
12ª Descreva os anexos embrionários do embrião e do 
feto. 
 
 
10ª) Onde ocorre a fertilização natural de um óvulo 
pelo espermatozoide? 
a) Ovário 
 
b) Útero 
 
c) Vagina 
 
d) Trompa de Falópio 
 
 
 
 
2. 1. AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL 
 
Entende-se por avaliação pré-concepcional a consulta que o casal faz antes de uma gravidez, objetivando 
identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a evolução normal de uma futura gestação. 
Sabe-se que do total de gestações, pelo menos a metade não é inicialmente planejada, embora ela possa ser 
desejada. Entretanto, em muitas ocasiões, o não planejamento se deve à falta de orientação ou de oportunidades para 
aquisição de um método anticoncepcional. 
Faz-se necessária, portanto, a implementação da atenção em planejamento familiar num contexto de escolha 
livre e informada, com incentivo à dupla proteção (prevenção de gravidez e DST´s) nas consultas médicas e de 
enfermagem, nas visitas domiciliares, durante as consultas de puericultura, puerpério e nas atividades de vacinação. 
 
2. 1. 1. Atividades desenvolvidas na avaliação pré-natal 
 
✔ Anamnese e exame físico, com exame ginecológico, além de alguns exames laboratoriais. No 
exame geral deve-se verificar a pressão arterial, o peso e a altura da mulher. É recomendado a realização 
do exame clínico das mamas e o exame de citologia oncótica. 
✔ A investigação dos problemas de saúde atuais e prévios e a história obstétrica são 
importantes para a avaliação do risco gestacional. A história clínica objetiva identificar situações de saúde 
que podem complicar a gravidez, como diabetes pré gestacional, a hipertensão, as cardiopatias, os 
distúrbios da tireoide e os processos infecciosos, incluindo as doenças sexualmente transmissíveis. 
✔ O uso de medicamentos, o hábito de fumar e o uso de álcool e drogas ilícitas precisam ser 
verificados, e a futura gestante deve ser orientada quanto aos efeitos adversos associados. 
✔ Na história obstétrica, é importante registrar o número de gestações anteriores e de partos pré- 
termo, o intervalo entre os partos, o tipo de parto, o peso ao nascer e as complicações das gestações 
anteriores. 
✔ Orientação nutricional visando à promoção do estado nutricional adequado. 
✔ Administração preventiva de ácido fólico no período pré-gestacional, para a prevenção de 
anormalidades congênitas do tubo neural (5mg VO por 60 a 90 dias antes da concepção). 
 
UNIDADE II – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL 
14 
2. 2. ASSISTÊNCIAL PRÉ-NATAL 
 
O pré-natal é o acompanhamento médico e de enfermagem, que toda gestante deve ter, a fim de manter a 
integridade das condições de saúde da mãe e do bebê. A assistência pré-natal consiste em consultas periódicas 
(preconizado pelo MS no mínimo seis consultas) onde são realizados exames físicos e laboratoriais, orientações e 
imunização da gestante. 
Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais que visam identificar e tratar doenças que podem 
trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança. É importante que as futuras mamães comecem a fazer seu pré-natal 
assim que tiverem a gravidez confirmada ou antes de completarem três meses de gestação. 
O objetivo da assistência pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um 
recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as 
atividades educativas e preventivas. 
 
 
2. 3. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS, PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO 
 
A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. 
É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, inclusive proporcionando um 
acompanhamento longitudinal e continuado. 
 
 
 
10 PASSOS PARA O PRÉ-NATAL DE QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA 
 
1º PASSO: Iniciar o pré-natal na atenção primária à saúde até a 12ª semana 
de gestação. 
2º PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos 
necessários à atenção pré-natal. 
3º PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e 
avaliação em tempo oportuno do resultado dos exames preconizados no 
atendimento pré-natal. 
4º PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e seus acompanhantes. 
5º PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o 
atendimento. 
6º PASSO: É direito do parceiro (a) ser cuidado, antes, durante e após a 
gestação. 
7º PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso 
seja necessário. 
8º PASSO: Estimular e informar sobre os benefíciosdo parto fisiológico. 
9º PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o 
serviço de saúde no qual irá dar à luz. 
10º PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal. 
 
 
 
 
2. 4. ACOLHIMENTO AO PRÉ-NATAL 
 
O acolhimento da gestante na atenção básica implica a responsabilização pela integralidade do cuidado a partir 
da recepção da usuária com escuta qualificada e a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidade 
de acordo com o seu contexto social, entre outros cuidados. 
O profissional deve permitir que a gestante expresse suas preocupações e suas angústias, garantindo a 
atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência. 
É importante acolher o acompanhante de escolha da mulher, não oferecendo obstáculos à sua participação no 
pré-natal, no trabalho de parto, no parto e pós-parto, conforme preconiza a Lei nº 11.108, de 07 de abril de 2005. 
O acolhimento, portanto, é uma ação que pressupõe a mudança da relação profissional/ usuário. O acolhimento 
não é um espaço ou um local, mas uma postura ética. 
15 
2. 5. O PAPEL DA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA NO PRÉ-NATAL 
 
É importante ressaltar que as atribuições dos profissionais são de grande valia em todo o processo. Os 
profissionais devem realizar ações de atenção integral e de promoção da saúde, prevenção de agravos e escuta 
qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando atendimento humanizado e viabilizando 
o estabelecimento do vínculo. 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM 
 
 Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da 
amamentação e da vacinação; 
 Verificar/realizar o cadastramento das gestantes no SISPRENATAL; 
 Conferir as informações preenchidas no Cartão da Gestante; 
 Verificar o peso e a pressão arterial e anotar os dados no Cartão da Gestante; 
 Aplicar vacinas antitetânica, influenza e contra hepatite B; 
 Realizar atividades educativas; orientar a gestante sobre a periodicidade das 
consultas e realizar a busca ativa das gestantes faltosas; 
 Informar ao enfermeiro/médico de sua equipe, caso a gestante apresente sinal de 
alarme; 
 Identificar situações de risco e vulnerabilidade e encaminhar a gestante para a 
consulta de enfermagem ou médica, quando necessário; 
 Realizar visita domiciliar durante o período gestacional e puerperal, acompanhando 
o processo de aleitamento e planejamento familiar. 
 
 
 
2. 6. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ 
 
Para ampliar a captação precoce das gestantes, o 
Ministério da Saúde, por intermédio da Rede Cegonha, 
incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina 
do pré-natal, que pode ser realizado na própria UBS, o que 
acelera o processo necessário para a confirmação da 
gravidez e início do pré-natal. 
Toda mulher da área de abrangência da unidade de 
saúde e com história de atraso menstrual de mais de 15 dias 
deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o 
Teste Imunológico de Gravidez (TIG). Este teste é 
considerado o método mais confiável. 
A dosagem de gonadotrofina coriônica humana 
(BHCG) para o diagnóstico precoce da gravidez tornou este 
teste mundialmente reconhecido para confirmar a 
ocorrência de gravidez. O BHCG pode ser detectado no 
sangue periférico da mulher grávida entre 8ª 11 dias após a 
concepção. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente 
até atingir um pico entre 60 e 90 dias de gravidez. 
As queixas principais para a suspeita de gravidez são devidas ao atraso menstrual, à fadiga, à mastalgia, ao 
aumento da frequência urinária e aos enjoos/vômitos matinais. 
16 
2. 6.1. Sinais de Presunção de Gravidez 
 
 Ausência de menstruação (amenorréia); 
 Náuseas, vômitos matutinos, tontura, salivação excessiva, aumento ou diminuição de apetite, aumento da 
frequência urinaria, sonolência e odontalgias; 
 Modifcações anatômicas: aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de 
Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea da vulva, cianose vaginal e cervical e aumento 
do volume abdominal. 
 
2. 6. 2. Sinais de Probabilidade de Gravidez 
 
 Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento de seu volume; 
 Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização; 
 Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. 
 
2 6. 3. Sinais de Certeza de Gravidez 
 
 Presença de batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo 
Pinard a partir de 20 semanas; 
 Percepção dos movimentos fetais (18 a 20 semanas); 
 Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas 
gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. 
 
2. 7. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL 
 
A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser vista pelas gestantes equipes de saúde como parte de uma 
experiência de vida saudável que envolve mudanças dinâmicas do olhar físico, social e emocional. No entanto, devido 
a alguns fatores de risco, algumas gestantes podem apresentar maior probabilidade de evolução desfavorável. São as 
chamadas “gestantes de alto risco”. 
 
 
 
 
 
3. FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL 
PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA 
 
Fatores relacionados às características individuais e às 
condições sociodemográficas desfavoráveis 
 Idade menor do que 15 anos e maior do que 35 anos; 
 Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, exposição a agentes;
 
 
1. PRÉ-NATAL 
PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA; 
 
2. FATORES DE RISCO QUE PODEM INDICAR 
ENCAMINHAMENTO AO PRÉ NATAL DE ALTO RISCO; 
 
2. FATORES DE RISCO QUE INDICAM O ENCAMINHAMENTO 
À URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA 
17 
 Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez;
 Situação conjugal insegura;
 Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular); 
 Condições ambientais desfavoráveis;
 Altura menor do que 1,45m; 
 IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade;
 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior 
 Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado;
 Macrossomia fetal;
 Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; 
 Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos;
 Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); 
 Cirurgia uterina anterior;
 Três ou mais cesarianas. 
 
Fatores relacionados à gravidez atual 
 Ganho ponderal inadequado; 
 Infecção urinária;
 Anemia. 
 
 
 
 
 
3. FATORES DE RISCO QUE PODEM INDICAR ENCAMINHAMENTO 
AO PRÉ NATAL DE ALTO RISCO 
 
Fatores Relacionados às Condições Prévias 
 Cardiopatias;
 Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); 
 Nefropatias graves;
 Endocrinopatias; 
 Doenças hematológicas;
 Doenças neurológicas; 
 Doenças psiquiátricas;
18 
 Doenças autoimunes;
 Alterações genéticas maternas;
 Qualquer patologia clínica que necessita de acompanhamento especializado; 
 Hipertensão arterial crônica (PA > 140/90 mmHg);
 Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; 
 Ginecopatias;
 Portadoras de doenças infecciosas (hepatite, sífilis, toxoplasmose, HIV e outras DSTs), 
hanseníase, tuberculose;
 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior 
 Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior; 
 História prévia de doença hipertensiva em gestação, com mau resultado obstétrico/perinatal; 
 Abortamento habitual; 
 Esterilidade/infertilidade; 
 
Fatores relacionados à gravidez atual 
 Restrição do crescimento intrauterino; 
 Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; 
 Gemelaridade; 
 Malformações fetais ou arritmia fetal; 
 Distúrbios hipertensivos da gestação; 
 Infecção urináriade repetição; 
 Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; 
 Portadoras de doenças infecciosas; 
 Evidência laboratorial de proteinúria; 
 Diabetes Mellitus gestacional; 
 Desnutrição materna severa; 
 Obesidade mórbida ou baixo peso; 
 NIC II; 
 Alta suspeita clínica de câncer de mama; 
 Adolescentes com fatores de risco psicossocial. 
 
 
 
 
4. FATORES DE RISCO QUE INDICAM O ENCAMINHAMENTO 
À URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA 
 Síndromes hemorrágicas; 
 Suspeita de pré-eclâmpsia (pressão arterial > 140/90 + proteinúria);
19 
 Sinais premonitórios de eclampsia em gestante hipertensa (escotomas cintilantes, cefaleia 
típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito); 
 Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia); 
 Crise hipertensiva; 
 Amniorrexe prematura (perda de líquido vaginal); 
 Isoimunização Rh; 
 Anemia grave (hemoglobina <8 mg/dl); 
 Trabalho de parto prematuro (contrações com menos de 36 semanas); ✔ IG a partir de 41 
semanas confirmadas; 
 Hipertermia; 
 Pieolonefrite, infecção ovular ou outras infecções que necessitem de internação 
hospitalar; 
 Suspeita de trombose venosa profunda; 
 Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento; 
 Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre; 
 Restrição de crescimento intrauterino; 
 Oligoidrâmnio. 
 
 
 
2. 8. CALENDÁRIO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL 
 
As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O 
calendário de atendimento deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco 
materno e perinatal. 
O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular. O total de consultas 
deve ser de no mínimo seis, com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível as 
consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: 
 
Até 28ª semana Da 28ª até a 36ª semana Da 36ª até a 41ª semana 
 
 
2. 9. ROTEIRO DA CONSULTA DE PRÉ-NATAL 
 
Durante o pré-natal, a gestante deve ser examinada e orientada 
quanto seus direitos, hábitos saudáveis de vida (alimentação, exercícios etc.), 
medicamentos que precisa tomar e os que deve evitar e as mudanças que 
ocorrem durante a gravidez, como a maior incidência de sono e alterações no 
ritmo intestinal. 
Mensalmente Quinzenalmente Semanalmente 
20 
É importante também que a gestante receba informações sobre sinais de risco em cada etapa da gravidez, 
como lidar com dificuldades de humor, temores em relação à sua saúde e a saúde do bebê, enjoos, inchaço, manchas 
na pele, sinais de parto etc. 
Um pré-natal bem realizado deve, sobretudo, valorizar a participação da gestante, fortalecendo a sua 
autoconfiança para que possa chegar ao momento do parto tendo maior clareza sobre o que está sentindo, sobre o 
parto e os limites para enfrentar todo o processo, além de ser orientada sobre como, quando e para quem ela pode 
pedir ajuda. 
 
2. 10. ANAMNESE 
 
Na primeira consulta deve-se pesquisar os aspectos socioepidemiológicos, os 
antecedentes familiares, os antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos, 
além da situação da gravidez atual. 
 
2. 11. CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO 
 
Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 
dias ou 40 semanas, a partir da DUM). Regra de Naegele: Soma-se sete dias ao primeiro dia da última menstruação e 
subtraia três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos 
meses de janeiro, fevereiro e março). 
Uso do gestograma: coloque a seta sobre o dia e o mês correspondente ao primeiro dia e mês da última 
menstruação e observe a seta na data indicada como data provável do parto. 
 
2. 12. CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL 
 
Para se calcular a idade gestacional é necessário que se 
conhece a data da última menstruação (DUM), que corresponde ao 
primeiro dia de sangramento do último ciclo menstrual. 
 
✔ Usando um calendário some o número de dias do intervalo entre a 
DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em 
semanas); 
✔ Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês 
correspondente ao primeiro dia e mês do último ciclo menstrual e 
observe o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. 
 
 
 
2. 13. EXAME FÍSICO 
 
Exame físico geral: inspeção da pele e das mucosas; sinais vitais; palpação da tireoide, região cervical e axilar; 
ausculta cardiopulmonar; exame do abdome; exame dos membros inferiores; determinação do peso e altura para 
cálculo do IMC; avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional; medida da pressão arterial; pesquisa 
de edema. 
Exame físico específico (gineco-obstétrico): palpação obstétrica; medida e avaliação da altura uterina; ausculta 
dos batimentos cardiofetais; registro dos movimentos fetais; exame clínico das mamas; exame ginecológico. 
1. Quando a data da última menstruação é conhecida: 
2. Quando a data da última menstruação é desconhecida, considere os dias 5, 15 e 25. 
 
 
 
 
 
2. 13. 1. Palpação Obstétrica e Medida 
Uterina (AU) 
 
- Objetivos: identificar o crescimento fetal; 
identificar a situação e a apresentação do feto. 
 
- Palpação obstétrica: deve ser realizada antes da 
altura uterina, feita através da manobra de Leopold. 
 
 
 
 
 
- Medida de altura uterina: é feita com o uso de uma fita métrica posicionada da sínfise púbica até o fundo do útero 
 
 
2. 13. 2. Ausculta dos Batimentos Cardiofetais 
 
Objetivo: constatar a presença, o ritmo, frequência e a normalidade dos 
batimentos do feto 
 
 
 
 
 
 
2. 13. 3. Controle do Peso 
 
É importante verificar sempre o peso inicial da gestante para 
comparação posterior. É ideal até o final da gestação um aumento de 6 kg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
22 
para o útero, placenta, feto, líquido amniótico mais 5% do peso inicial. Uma paciente com 60kg iniciais de gestação 
deve até o final aumentar 9 quilos. No primeiro trimestre pode aumentar 2kg (150g/semana); no segundo trimestre até 
4kg (350g/semana), no terceiro trimestre, até 3kg (250g/semana). O controle ponderal deve ser feito em todas as 
consultas. O aumento excessivo pode ser ocasionado por erros alimentares da gestante ou presença de edema. 
 
2. 13. 4. Controle da Pressão Arterial 
 
 
Deve ser realizado em todas as consultas e assim como o peso, é de grande 
importância verificar a pressão arterial desde o início da gravidez para comparação. 
Admite-se como limite de normalidade até 140/90mmHg ou que a elevação da pressão 
arterial anterior não ultrapasse 30mmHg de sistólica (máxima) e 15mmHg de diastólica 
(mínima). 
 
 
 
 
2. 13. 5. Avaliar Sinais Clínicos 
 
✔ Edema; 
✔ Presença de varizes nos membros inferiores; 
✔ Presença de varizes vulvares; 
✔ Presença de hemorroidas. 
 
2. 13. 6. Exames Complementares de Rotina no Pré-Natal 
 
✔ Alguns exames feitos durante o pré-natal são importantes para detectar problemas, como doenças que possam 
afetar a criança ou o seu desenvolvimento no útero. Os exames complementares devem ser solicitados na primeira 
consulta e na 30ª semana. 
✔ Hemograma: avalia dosagem de hemoglobina e hematócrito, a fim de detectar possível estado de anemia. 
✔ Glicemia em jejum: avalia presença de diabetes. 
✔ VDRL: avalia sífilis, doença infectocontagiosa que pode ser 
transmitida ao feto, ocasionando má formação. 
✔ Tipagem Sanguínea e fator Rh: avalia o tipo sanguíneo da mãe. 
✔ E.A.S: exame de urina, para avaliar possível infecção urinária. 
✔ Sorologia para Toxoplasmose IgM e IgG: doença infectocontagiosa, 
que pode ser transmitida ao feto ocasionando má formação. 
✔ Sorologia para Rubéola IgM e IgG: doença que pode levar ao aborto, 
além de causar má formação no feto. 
✔ HbsAg (Hepatite B) 
✔ Anti HIV 
✔ Ultrassonografia Obstétrica: Éa emissão de ondas sonoras de 
frequência elevada que vão aos tecidos, são refletidas e recebidas no 
aparelho sob a forma de pontos luminosos ou sonoros. É registrado 
em um gráfico próprio. 
✔ Citopatológico de colo de útero (se necessário) 
✔ Exame de secreção vaginal (se houver indicação clínica) 
✔ Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) 
 
2. 13. 7. Imunização na Gestação 
23 
 Antitetânica (dT): Para se considerar indivíduo imune o 
mesmo deve receber 3 doses da vacina, se ainda não for 
imune. Caso a gestante já tenha tomado a vacina em outras 
situações, deve-se fazer apenas o reforço caso a gestante 
tenha sido imunizado há mais de cinco anos, ou completar o 
esquema vacinal caso esteja incompleto. Essa vacina deve 
ser iniciada imediatamente logo após a descoberta da 
gestação. Não há restrições de idade gestacional. E previne 
o tétano neonatal. 
 Influenza: Vacina que protege contra a gripe. É anual. Deve 
ser feita em qualquer período gestacional. 
 Hepatite B: Vacina que protege contra hepatite B. para 
gestante ser considerada imune deve tomar 3 doses se ainda 
não for imune. Caso a gestante já tenha iniciado o esquema, 
o vacinador deve apenas concluir o esquema vacinal da 
mesma. Deve ser feita somente após o primeiro trimestres. 
 
2. 13. 8. Assistência Odontológica 
 
O ministério da saúde preconiza que a gestante seja avaliada por um 
odontologista, logo no início da gestação a fim de identificar possíveis focos infecciosas 
nessa gestante, proporcionando-lhe conforto em sua gravidez. 
 
2. 13. 9. Suplementação de Vitaminas 
 
É importante que a gestante faça a reposição de vitaminas, sendo o ácido fólico recomendado nas primeiras 
semanas de gravidez, pois ele ajuda a prevenir as malformações: 
 Ácido fólico 5mg 1x dia; 
 Sulfato ferroso 40mg 1x dia. 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
01ª) Caracterize avaliação pré-concepcional e quais as 
atividades desenvolvidas na avaliação no pré-natal. 
 
 
 
02ª) Em relação ao papel da equipe de atenção básica 
no pré-natal, descreva quais as atribuições do técnico 
de enfermagem na equipe de atenção básica no pré- 
natal. 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES 
 
✔ Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês; 
✔ Alimentação saudável e ganho de peso na 
gestação; 
✔ Reconhecer sinais de risco e necessidade de 
assistência médica. 
24 
 
 
 
 
03ª) Descreva quais os sinais de presunção, 
probabilidade e certeza de gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04ª) Indique quais são as classificações de risco 
gestacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05ª) Com base no calendário de consultas de pré-natal, 
como são organizadas as consultas de pré-natal da 
gestante de acordo com a semana getsacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06ª) Com base nas datas a seguir, calcule a data 
provável do parto de acordo com cada data 
mencionada. 
a) 02/01/2022 
b) 10/03/2022 
c) 28/08/2023 
d) 16/12/2023 
 
 
07ª) O cálculo da data provável do parto e a idade 
gestacional da gravidez são itens fundamentais na 
assistência obstétrica, que, quando feito de forma 
equivocada, poderá determinar agravos perinatais. 
Frente a essa informação, sendo hoje, 15.11.2016, 
uma gestante com DUM, em 25.04.2016, tem hoje qual 
IG e qual é a DPP? 
a) 33 semanas e 2 dias; DPP: 02.02.2017. 
b) 36 semanas e 2 dias; DPP: 02.12.2016. 
c) 33 semanas e 2 dias; DPP: 02.12.2016. 
d) 36 semanas e 2 dias; DPP: 02.01.2017. 
e) 29 semanas e 2 dias; DPP: 02.02.2017. 
 
08ª) Calcula-se a data provável do parto levandose em 
consideração a duração média da gestação normal 
(280 dias ou 40 semanas, a partir da data da última 
menstruação), mediante a utilização de calendário. 
Considerando a data da última menstruação dia 
27/01/2016, calcule a data provável do parto de acordo 
com a Regra de Näegele. 
 
a) Data provável do parto dia 20/11/2016. 
b) Data provável do parto dia 27/10/2016. 
d) Data provável do parto dia 27/11/2016. 
e) Data provável do parto dia 03/10/2016. 
f) Data provável do parto dia 03/11/2016. 
 
09ª) No dia 24/08/14, compareceu na Unidade Básica 
de Saúde, para realizar sua primeira consulta de 
prénatal a adolescente Juliana Santos de 16 anos, 
considerando a DUM em 15/06/14. Calcule a Idade 
Gestacional e data provável do parto de acordo com a 
Regra de Naegele, e assinale a alternativa que 
apresenta a resposta correta, respectivamente. 
 
a) 10 semanas e 22/03/15. 
b) 11 semanas e 20/02/15. 
c) 12 semanas e 22/03/15. 
d) 10 semanas e 20/03/15. 
e) 12 semanas e 23/03/15. 
 
10ª) Para cálculo da data provável do parto (DPP), a 
regra de Nagele é um dos métodos geralmente 
utilizados. Calcule a DPP de uma paciente nulípara, 
cuja data da última menstruação (DUM) é 13/05/2007. 
 
a) Somar 10 (dez) ao primeiro dia da DUM, subtrair 2 
(dois) meses e somar 1 (um) ano. A DPP nesse caso é 
23/03/2008. 
 
b) Somar 7 (sete) ao primeiro dia da DUM, somar 9 
(nove) meses e manter o mesmo ano. A DPP nesse 
caso é 20/02/2007. 
 
c) Somar 7 (sete) ao primeiro dia da DUM, somar 10 
(dez) meses e somar 1 (um) ano. A DPP nesse caso é 
20/03/2008. 
 
d) Somar 10 (dez) ao primeiro dia da DUM e subtrair 3 
(três) meses e acrescentar 1 (um) ano. A DPP nesse 
caso é 23/02/2008. 
25 
e) Somar 10 (dez) ao primeiro dia da DUM, subtrair 2 
(dois ) meses e manter o mesmo ano. A DPP nesse 
caso é 23/03/2007. 
 
3. 1. CACTERÍSTICAS AVALIADAS 
 
✔ Apagamento do colo; 
✔ Dilatação do colo uterino; 
✔ Rompimento das membranas (córion e âmnio), nem sempre às vezes rompe por causa de 
infecção (rutura alta) traumatismo e sem motivo aparente; 
✔ Emissão do tampão mucoso; 
✔ Contrações uterinas (duas a cada dez minutos). 
 
 
3. 2. ADMISSÃO DA PARTURIENTE E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
 
 
✔ Preenchimento da ficha de admissão, anotando cuidadosamente a hora do início das contrações, frequência 
das mesmas. Hora da rutura das membranas, aspecto do líquido e cor. Posição, situação e apresentação do feto. 
Número, ritmo e localização dos batimentos cardíacos fetais. 
✔ Preparação da paciente para o toque (posição e anti-sepsia vulvar). Anotar dilatação cervical, altura e variedade 
de apresentação, apagamento do colo, dados sobre a bolsa d`água, de acordo com as informações do examinador 
(médico ou enfermeira). Verificar pressão arterial, pulso, temperatura, altura uterina e circunferência máxima do 
abdome. 
✔ TRICOTOMIA – Restringe-se à área perineal para partos normais e perineal pubiana para parto operatório. 
✔ ENTEROCLISMA (lavagem intestinal) – Faz-se em pacientes multíparas até 6 cm de dilatação, primigestas 
até 8 cm de dilatação. Contra-indicado em período expulsivo, em eclâmpsia, em apresentações anômalas, em 
partos prematuros e nas perdas sanguíneas e em parturientes com bolsa rota. 
✔ HIGIENIZAÇÃO DA PACIENTE – Quando o seu estado permitir, encaminhá-la para o chuveiro. 
✔ ALIMENTAÇÃO – Dependerá da evolução do trabalho de parto, sendo o jejum a melhor maneira da paciente 
ficar preparada para qualquer emergência (cesárea). 
✔ Encaminhar para a unidade de internação. 
✔ Orientar familiares. 
 
A assistência de enfermagem no trabalho de parto e parto refere-se ao período em que a gestante apresenta 
contrações uterinas em intervalos regulares, que aumentam progressivamente em termos de frequência e 
intensidade, com o passar do tempo são concomitantes ao apagamento (esvaecimento) e dilatação progressiva do 
colo uterino. 
 
- Admissão da paciente no centro obstétrico 
 A paciente é acolhida pela equipe de enfermagem, orientado-a sobre o setor e a presença dos acompanhantes, 
conforme Protocolo de Acompanhantes da instituição. 
 
UNIDADE III – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO 
26 
 O banho de aspersão é oferecido a paciente que recebe orientações sobre como proceder com a vestimenta 
(camisola e touca) e logo depois é direcionada ao leito. 
 O enfermeiro realiza a anamnese da paciente.- Objetivos de enfermagem 
 Acolher e apoiar a paciente em todo o trabalho de parto. 
 Monitorar os sinais e sintomas da evolução do parto. 
 Orientar e oferecer os métodos não farmacológicos de alívio da dor. 
 Prestar um atendimento humanizado a paciente e seu acompanhante. 
 
- Avaliação de enfermagem 
 Pré-natal (realizada na ME / UBS/ não realizou). 
 Queixa principal. 
 Antecedência obstétrica (número de gestações, paridades e abortos). 
 Avaliação obstétrica (contrações / perdas transvaginais/ movimentos fetais). 
 Alergias /uso de drogas/ vítima de violência. 
 História patológica atual. 
 Nível de consciência. 
 Avaliação das mamas / mamilos. 
 Avaliação das perdas transvaginais (quantidade e características). 
 Sinais vitais. 
 
3. 3. CONTROLE DA EVOLUÇÃO DO PARTO 
 
 DINÂMICA UTERINA – Em uma técnica que consiste em colocar a mão 
espalmada sobre o abdome, durante 10 minutos. 
Coloca-se o número e a duração das contrações, considerando que no início da 
dilatação as contrações são em número de 2 a 3 cm com duração de 30 segundos. 
 
 AUSCULTA DOS BATIMENTOS CÁRDIO-FETAIS – No início do trabalho de 
parto, as auscultas são fetais mais espaçadas, diminuindo o intervalo de tempo 
entre uma ausculta e outra, a medida que as contrações se tornam mais 
freqüentes e intensas, para detectar sofrimento fetal. 
 
 DEAMBULAÇÃO – Poderá locomover-se à vontade durante o período de 
dilatação até a rotura das membranas. Repouso em decúbito lateral esquerdo a 
fim de diminuir a compressão da veia cava inferior, aorta abdominal e vasos 
ilíacos. 
 
 TOQUES – realiza-se o toque, afastando-se os pequenos lábios e introduzindo 
se dedos indicadores e médios untados em solução anti-séptica. Seu número 
deve ser reduzido ao mínimo, sendo impossível ditar um limite. 
 
 BOLSA DÁGUA – Quando não houver rotura espontânea, faz-se a amniotomia 
com 8 para 9 cm de dilatação e apresentação fixa. A rotura é feita com amniótomo 
ou na ausência deste, um ramo da pinça dente de rato. De preferência com a 
dilatação completa e cabeça fixa, para evitar contaminação da cavidade e 
prolapso do cordão umbilical. 
 
 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
01ª) Os profissionais de saúde devem considerar os 
possíveis danos que qualquer intervenção pode causar 
no processo fisiológico de adaptação do recém-nascido 
no momento do nascimento. Devem ser realizadas, em 
sequência, três práticas simples que, além de 
27 
proporcionar benefício instantâneo ao recém-nascido, 
podem ter impacto na nutrição e na saúde da mãe e do 
bebê e, possivelmente, afetar o desenvolvimento da 
criança muito além do período neonatal e do puerpério. 
Essas práticas, na sequência correta, são as seguintes: 
 
a) clampeamento tardio do cordão umbilical, 
contato imediato pele a pele e início da 
amamentação exclusiva. 
b) aspiração nasogástrica, ausculta cardíaca e 
contato imediato pele a pele. 
c) clampeamento tardio do cordão umbilical, 
aspiração nasogástrica e contato imediato pele a 
pele. 
d) clampeamento tardio do cordão umbilical, 
contato imediato pele a pele e aspiração 
nasogástrica. 
 
02ª) Em relação à profilaxia da pré-eclâmpsia no pré- 
natal, as gestantes com maior risco e alvo dessa 
intervenção são aquelas que apresentam: 
 
a) baixo peso; 
b) adolescente ou idade materna maior que 40 anos; 
c) história familiar de pressão alta 
d) primíparas; 
e) nulígestas 
 
03ª) Na admissão da parturiente, durante o exame 
obstétrico, a enfermagem deve estar atenta às 
seguintes intercorrências: 
a) sangramento vaginal, contração uterina rítmica e 
agitação psicomotora; 
b) alteração da frequência cardíaca fetal, fome e 
sede; 
c) hipertensão arterial, sangramento vaginal 
abundante e alteração da frequência cardíaca 
fetal; 
d) sangramento vaginal abundante, presença de 
linha nigra e cloasma gravídico; 
e) hipertensão arterial, contração uterina rítmica e 
respiração eupneica. 
 
04ª) São práticas prejudiciais ou ineficazes, que não 
são recomendadas como rotina de assistência ao 
parto: 
a) apoio contínuo durante o parto, incluindo o 
acompanhante; 
b) indução do trabalho de parto sem indicação, 
utilizando ocitocina de rotina; 
c) realização de cesarianas com indicação clínica; 
d) oferecer métodos não farmacológicos de alívio da 
dor; 
e) liberdade de movimentos. 
 
05ª) São modificações locais que ocorrem no 
organismo feminino na gestação: 
a) cloasma gravídico, hipertrofia uterina, 
hipervolemia; 
b) andar anserino, tubérculos de Montgomery, 
polaciúria; 
c) formação do tampão mucoso, sinal de 
Jaquemier, sinal de Hunter; 
d) amolecimento do colo uterino, aumento da taxa 
de filtração glomerular; 
e) êmese, polaciúria, linha nigra. 
 
06ª) O aborto legal, ou seja, interrupção da gravidez 
nos casos previstos em lei ainda é um tema que causa 
muita dificuldade de acesso e dúvida nas mulheres, 
particularmente nas mulheres mais pobres, mais 
excluídas da sociedade e que tem menos informações. 
A legislação brasileira estabelece os permissivos legais 
para a interrupção da gestação nos seguintes casos: 
 
a) para salvar a vida da mulher, caso de uma 
gestação decorrente de estupro, por solicitação 
e consentimento da mulher e casos de 
anencefalia; 
b) para salvar a vida da mulher por solicitação e 
consentimento dela, caso de uma gestação 
indesejada e casos de anencefalia; 
c) caso de uma gestação planejada, por 
solicitação e consentimento da mulher, para 
salvar a vida da mulher e casos de 
anencefalia; 
d) casos de anencefalia, para salvar a vida da 
mulher cumprindo ordem judicial expressa, 
caso de uma gestação decorrente de estupro, 
por solicitação e consentimento da mulher; 
e) para salvar a vida da mulher, casos de 
anencefalia e pela expressão de gênero. 
 
07ª) O aborto espontâneo é definido como gestação 
intrauterina não viável até 20-22 semanas ou peso fetal 
de 500 g. É considerado precoce ou de primeiro 
trimestre até 12 semanas e 6 dias (Brasil, 2022). O 
aborto espontâneo é tradicionalmente classificado 
como ameaça de aborto ou aborto evitável, inevitável, 
incompleto, completo e retido, com base na história e 
nos achados clínicos, laboratoriais e de imagem. Com 
base no assunto relacione as colunas e a seguir 
assinale a alternativa que apresenta a sequência 
correta: 
 
Coluna 1 
 
1. Ameaça de Aborto ou Aborto Evitável. 
2. Aborto Inevitável. 
3. Aborto Completo. 
4. Aborto Incompleto. 
5. Aborto Retido. 
 
Coluna 2 
28 
 
( ) Além de sangramento vaginal abundante e cólicas 
uterinas, a mulher apresenta colo pérvio e não há 
possibilidade de salvar a gravidez. 
 
( ) Situação na qual a paciente apresenta 
sangramento vaginal, mas o orifício interno do colo 
uterino permanece impérvio e a vitalidade embrionária 
está preservada. 
 
( ) Aquele no qual há ausência de batimentos 
10ª) Quais os objetivos da enfermagem na assistência 
ao parto? 
cardíacos fetais ou do embrião, mas não ocorre a 
expulsão espontânea do conteúdo intrauterino. 
 
( ) Ocorre quando há eliminação completa do 
produto conceptual. 
 
 
( ) É definido pela presença intrauterina dos 
produtos da concepção, após a expulsão parcial do 
tecido gestacional. 
 
 
a) 1,2,3,4,5. 
b) 2,1,5,3,4. 
c) 2,1,4,3,5. 
d) 3,2,1,4,5. 
e) 1,2,4,3,5. 
 
 
08ª) Quais as características avaliadas no processo do 
parto? 
11ª) Quais os itens verificados na avaliação de 
enfermagem ao parto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
09ª) Explique o quais os itens do processo de admissão 
da paciente no momento do parto. 
 
 
 
12ª) Quais os parâmetros de controle da evolução do 
parto? 
 
 
 
 
 
 
 _ 
 
 
 
 
29 
_ 
 
 
 
 
4. 1. FASE1: DILATAÇÃO 
 
1. A dilatação do colo uterino ou canal cervical tem por 
finalidade aumentar-lhe o diâmetro de modo que forme 
juntamente, com a vagina, o canal do parto. Abrange dois 
fenômenos, o apagamento do canal cervical e a dilatação. 
2. Na primigesta dá-se primeiro o apagamento do colo e depois 
a dilatação, enquanto que nas multíparas, é simultâneo. 
3. Este período se inicia com as contrações que começam a 
modificar a cervix e termina com a dilatação completa, 10 
cm. 
4. Terminada a dilatação, útero e vagina formam uma só 
cavidade. 
5. A rotura das membranas com o escoamento do líquido dá- 
se geralmente, em plena fase de dilatação e como foi dito, 
pode ser espontâneo ou artificial, podendo ocorrer antes ou 
ao se completar o segundo período. 
6. Quanto à localização, embora ocorra comumente central, no ponto abaulado, pode incidir em zonas altas. 
7. A rotura atinge as duas membranas ao mesmo tempo, podendo atingir primeiro a externa e depois, a interna 
ou vice-versa, raramente. 
 
UNIDADE IV – EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE DILATAÇÃO 
 Manter higiene e conforto físico da paciente; 
 Administrar água em pequena quantidade; 
 Posicionar a paciente para exames; 
 Manter a porta fechada durante a realização dos exames; 
 Providenciar material necessário para amniotomia: comadres, luvas, amniótomo ou pinça dente 
de rato. 
 Dar apoio psicológico para a parturiente, orientando-a quanto à respiração; 
 Controlar dinâmica e foco fetal; 
 Administrar soro e medicação sempre que prescritos; 
 Levar a paciente para a sala de parto; 
 Controlar Pressão Arterial e Temperatura; 
 Observar perdas líquidas dos genitais (líquido amniótico, sangue). 
AS FASES CLÍNICAS DO PARTO 
 
1ª fase: Dilatação 
2ª fase: Expulsão 
3ª fase: Dequitação 
4ª fase: Greenberg 
30 
O Período de dilatação é dividido em duas fases: latente e ativa. A latência como um período em que as 
contrações estão se tornando mais coordenadas, fortes e mais eficientes e o colo mais amolecido, flexível e elástico, 
dois terços do tempo total que dura o período de dilatação são utilizados durante esta fase. 
 
A fase ativa começa quando a dilatação cervical atinge 3 a 4cm, sendo definida como a de dilatação cervical 
rápida. Para que ocorra a dilatação, é necessário o apagamento, a descida do feto e contrações uterinas eficientes. 
Estas contrações encurtam o corpo uterino, tracionando 2 longitudinalmente o segmento inferior, que se expande. A 
frequência da contratilidade uterina aumenta à medida que evolui o trabalho de parto, sendo maior em sua fase ativa. 
 
No primeiro estágio do parto são necessárias algumas intervenções de enfermagem específica desta fase do 
parto: 
 
 Estabelecer uma relação com a parturiente seus familiares. 
 Informar a parturiente e seus familiares a progressão do trabalho de parto. 
 Fornecer líquidos leves conforme prescrição médica. 
 Explicar todos os procedimentos durante o trabalho de parto. 
 Monitorar os sinais vitais maternos: o Temperatura a cada 6 horas, exceto no caso de hipertermia ou com 
rompimento das membranas, que exigem a verificação a cada 2 horas e sempre que necessário. o Verificação de 
pulso e respiração de acordo com a rotina do setor. o Pressão Arterial a cada 6 horas, exceto no caso de hipertensão 
ou hipotensão, ou quando a parturiente receber medicamento que interfira na estabilidade hemodinâmica. Nestes 
casos o intervalo de verificação será definido pela equipe do setor. 
 Monitorar os batimentos cardiofetais. 
 Oferecer os métodos não farmacológicos de alívio da dor de acordo com a aceitação da parturiente: deambulação, 
massagens, movimentos facilitadores do trabalho de parto, banho de aspersão, bola suíça, respiração consciente, 
aromoterapia, escalda pés - Ver Protocolo de Métodos não Farmacológicos do Alívio da Dor no Trabalho de Parto. 
 Estimular a parturiente uma atitude ativa com movimentação e exercícios livres durante o trabalho de parto, parto e 
nascimento, favorecendo as posições verticais e uso de métodos não invasivos para alívio da dor. 
 Estimular as técnicas de conforto. 
 Ajudar a parturiente a mudar de posição. 
 Orientar a paciente a caminhar, agachar, ficar semi-sentada, manter-se em decúbito lateral, auxiliar no banho de 
aspersão. 
 Rever e ensinar técnicas de respiração adequadas. 
 Administrar medicações prescritas, caso necessário. 
 Observar sinais e sintomas após a administração das medicações. 
 Auxiliar na analgesia, quando indicado. 
 Incentivar o esvaziamento da bexiga. 
 
4. 2. FASE 2: EXPULSÃO 
Inicia-se com a dilatação completa e termina com a 
expulsão do feto. Caracteriza-se pelo aumento das contrações, 
associadas à contratilidade do diafragma, com um exercício 
expiratório violento. Graças a este esforço desce o bebê pelo canal 
do parto, a vulva se entreabre e dá passagem ao feto. 
Flui a porção restante de líquido amniótico mesclado de 
sangue. O feto fica unido a mãe pelo cordão umbilical até que se 
faça o pinçamento e realize o corte do cordão. O útero retrai-se 
ficando ao nível da cicatriz umbilical. 
A paciente passa por um período de euforia compensadora 
seguido de relaxamento, embora persistam as contrações 
indolores. O pulso da paciente fica mais lento, a respiração calma, 
e às vezes, ocorrem calafrios que perduram no pós-parto imediato. 
31 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE EXPULSÃO 
 
✔ Controlar os batimentos cardiofetais e a dinâmica uterina; 
✔ Colocar a parturiente na mesa e posicioná-la para o parto (posição de litotomia); 
✔ Abrir a bandeja de parto e completá-la com o material necessário, e ajudar a médica ou a enfermeira a vestir o 
avental; 
✔ Permanecer ao lado da parturiente orientando-a nos momentos de fazer força; 
✔ Pegar o bebê logo que nascer e levá-lo para o local mais adequado para realizar os primeiros cuidados (berço 
aquecido ou incubadora); 
✔ Identificar o recém-nascido no Serviço Pediátrico; 
✔ Controlar os SSVV; 
✔ Observar estado psicológico da paciente – agitação, queixa de dor. 
✔ A anestesia locorregional – após o bloqueio locorregional é conveniente empregar analgesia durante o primeiro 
período, para fazer elevar o limiar da dor. 
✔ A seguir procede-se o bloqueio troncolar do nervo, pudendo interno na extremidade da espinha ciática; antes da 
introdução da agulha, é o local meticulosamente reparado pelo indicador, 
colocado na vagina, só então faz-se a deposição de 10 ml do anestésico, procede-se identicamente ao lado oposto. 
 
A EPISIOTOMIA 
✔ A proteção do períneo, a passagem do feto pelo anel vulvoperineal será 
raramente possível sem lesar a integridade dos tecidos maternos, com 
lacerações e roturas das mais variadas, a condicionarem frouxidão 
irreversível do assoalho pélvico. 
✔ O momento adequado para a execução da episiotomia se dará início 
antes que apresentação esteja a distender, acentuadamente, o períneo 
efetuado de dentro para fora. Após o nascimento do pólo cefálico, busca- 
se a circulares do cordão que, presentes, serão desfeitas ou seccionadas. 
✔ Ultimada a rotação externa da cabeça, o parteiro apreende com ambas 
as mãos a apresentação, traciona para baixo com objetivo de liberar ombro 
anterior depois para cima, auxiliando a saída do posterior. 
✔ Durante a expulsão do ombro anterior, ou logo que for possível, eis o 
momento adequado para a injeção intravenosa de metilergonovina ou 10 
u.i. de ocitocina, com o que consegue reduzir as perdas sanguíneas no 
quarto período e no puerpério apressando a dequitação. 
 
 
4. 3. FASE 3: DEQUITAÇÃO 
Delivramento, dequitação ou secundamento é o terceiro 
período do parto que começa imediatamente após o nascimento da 
criança e termina com a expulsão da placenta e das membranas. 
Inicia-se 5 a 10 minutos após a expulsão fetal. 
O hematoma, alimentado pelos vasos rompidos, se difunde e 
acaba descolando a placentaenquanto o útero se retrai. Quando a 
placenta está totalmente descolada, ela desliza para a vagina pelo 
orifício do colo, ainda aberto. 
Greemberg ou Miotamponagem 2 horas após a saída da 
placenta: é o período mais perigoso, por causa de hemorragias e falta 
de assistência médica. 
 
SÃO TRÊS TEMPOS FUNDAMENTAIS: 
32 
 
 
✔ DESCOLAMENTO: decorre da retração do músculo uterino. 
✔ DESCIDA: as contrações uterinas que não cessam, e a possível ação da gravidade condicionam a migração da 
placenta, percorre a cérvice e cai na vagina. 
✔ EXPULSÃO OU DESPRENDIMENTO: no canal vaginal a placenta provoca nova sensação de puxo, determinando 
esforço abdominais, responsável pela expulsão do órgão para o exterior. 
O segundo estágio (período expulsivo) inicia-se com a dilatação máxima e termina com a expulsão do feto. 
Nessa fase ocorrem os puxos maternos. Nesta fase são necessárias as seguintes intervenções de enfermagem:  
Informar a parturiente e seus familiares sobre a progressão do trabalho de parto. 
 Preparar a mesa de parto usando técnica asséptica. 
 Preparar a Unidade de Calor Radiante (UCR) e os materiais para receber o RN. 
 Auxiliar o profissional a se paramentar. 
 Auxiliar a parturiente o posicionamento adequado. 
 Higienizar a área perineal. Monitorar os sinais vitais maternos. 
 Auxiliar a puxar suas pernas para trás, de modo que seus joelhos fiquem fletidos. 
 Fornecer incentivo positivo e frequente. 
 Incentivar a respiração eficaz. 
 Levantar grades laterais. 
 Registrar o procedimento no livro de parto transpélvico do setor. 
 Incentivar o aleitamento materno na primeira hora de vida. A Organização Mundial da Saúde recomenda o 
aleitamento precoce, pois está associado à menor mortalidade neonatal, ao maior período de amamentação, à 
melhor interação mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia materna. 
 Identificar o recém-nascido com pulseira e/ou tornozeleira, registrando o nome da mãe, prontuário data, hora do 
nascimento e sexo. 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE DEQUITAÇÃO 
 
✔ Aplicar 1 ml de Methergin IM logo após a saída da placenta; 
✔ Proceder a assepsia da região genital da paciente; 
✔ Examinar a placenta para constatação que não sobraram restos de membranas e placentários e de cotilédones; 
✔ Controle rigoroso de sangramento via vaginal; 
✔ Tirar a paciente da posição e passa - lá para a maca e aquecê-la; 
✔ Deixar a puérpera limpa e seca; 
✔ Controlar SSVV e encaminhar a paciente para o quarto ou enfermaria; 
✔ Controle de retração uterina – consistência e sangramento; 
✔ Controle de gotejamento do soro se estiver com este. 
 
 
4. 4. FASE 4: GREENBERG 
Após a dequitação, sucede esse estágio, conhecido pela retração 
uterina e pela formação de coágulos fisiológicos. Esses coágulos 
impedem as grandes hemorragias e são dependentes da contração 
uterina, do miotamponamento e do trombotamponamento. 
Assim, espera-se que, dentro de 1 hora após o parto, o útero 
adquira maior tônus, entrando na fase de contração uterina fixa que 
atua na manutenção da hemostasia uterina. 
Entretanto, quando o trabalho de parto é prolongado ou abrupto, a 
hemostasia uterina pode ser comprometida, levando a perdas 
sanguíneas significativas. Isso porque, nessa situação de 
1. Descolamento 2. Descida 3. Expulsão 
33 
desequilíbrio, os períodos de contração e relaxamento miometrial (fase de indiferença miouterina) são prolongados, 
de maneira que alimentam a perda sanguínea. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
01ª) Quanto aos estágios do trabalho de parto, assinale 
a alternativa correta. 
a) O primeiro estágio do trabalho de parto 
compreende todo o período de dilatação, que 
vai do início da dilatação cervical até 10 cm e 
consiste em 3 fases: fase latente, fase ativa e 
fase de transição. 
b) O primeiro estágio do trabalho de parto 
compreende todo o período de dilatação, que 
vai de 0 cm até 10 cm e consiste em 2 fases: 
fase latente e fase ativa. 
c) O segundo estágio do trabalho de parto 
compreende a fase de transição, iniciando com 
a dilatação total e terminando com a expulsão 
do feto/bebê. 
d) O terceiro estágio do trabalho de parto 
compreende a fase de transição, iniciando com 
a expulsão do feto/bebê e terminando com a 
separação e saída da placenta. 
e) O terceiro estágio do trabalho de parto 
compreende a fase de transição, iniciando com 
a expulsão do feto/bebê e terminando com a 
separação da placenta, sendo também 
conhecido como puerpério. 
 
02ª) O primeiro estágio do trabalho de parto é o mais 
longo, por isso é dividido em fases. No entanto, a fase 
mais difícil dura em torno de uma hora em primíparas e 
de 15 a 30 minutos em multíparas. Nessa fase, as 
contrações são mais fortes, dolorosas e frequentes. 
Algumas parturientes apresentam náuseas, vômitos, 
tremores dos membros, lombalgia, irritabilidade e 
inquietação. A fase descrita é classificada como: 
 
a) Ativa 
b) Latente 
c) Diligente 
d) transição 
Praticando... 
03ª) A avaliação do início efetivo do trabalho de parto é 
muito importante para definir o momento adequado 
para a admissão das parturientes nas unidades 
obstétricas. Alguns critérios devem ser levados em 
consideração nessa determinação, tais como a 
atividade uterina com metrossístoles regulares com, 
pelo menos: 
 
a) 2 contrações em 10 minutos e dilatação cervical 
progressiva a partir dos 5cm 
b) 2 contrações em 10 minutos e dilatação cervical 
progressiva a partir dos 4cm 
c) 3 contrações em 10 minutos e dilatação cervical 
progressiva a partir dos 5cm 
d) 3 contrações em 10 minutos e dilatação cervical 
progressiva a partir dos 4cm 
 
04ª) O secundamento, também chamado de decedura 
e delivramento, é o estágio da parturição que ocorre 
após o nascimento do concepto, geralmente de 
maneira fisiológica, e sua evolução é bem típica. 
Assinale a alternativa que apresenta as fases deste 
desprendimento. 
 
a) descolamento, descida e expulsão 
(despreendimento). 
b) dilatação, rotação, descida e expulsão. 
c) descolamento, rotação e descida. 
d) dilatação, descida, rotação e desprendimento. 
e) descolamento, rotação e expulsão. 
 
05ª) Em relação às fases do estágio clínico do parto, 
marque V para verdadeiro e F para falso. Em seguida, 
assinale a alternativa com a sequência correta. 
 
( ) A fase latente é caracterizada por um início rápido 
do trabalho de parto, e a dilatação do colo uterino 
encontra-se em até 4 cm. 
 
( ) A fase aguda caracteriza-se pela contração lenta, 
com duração variável, e a dilatação do colo uterino 
encontra-se em até 6 cm. 
A EPISIORRAFIA 
✔ A sutura principia pelo ângulo superior da ferida, na vagina. 
✔ Usa-se pontos separados de categute número 00 cromados, na 
mucosa vaginal no plano muscular, e no tecido conjuntivo difuso. 
✔ E a pele é aproximada por pontos simples, do mesmo fio, que se 
soltam espontaneamente em alguns dias. 
34 
 
( ) Na fase ativa, as contrações são mais vigorosas 
e mais longas e a dilatação do colo uterino encontra-se 
em 8 cm. 
 
( ) Na fase de transição, a dilatação continua em 
ritmo mais lento, seguindo de 8 cm para 10 cm, porém 
as contrações ficam mais frequentes, mais intensas e 
mais longas. 
 
a) F - F - V – V 
b) V - F - V – F 
c) F - V - F – V 
d) V - V -F – F 
 
06ª) Em relação ao primeiro período do trabalho de 
parto, a dilatação, para possibilitar a passagem do 
crânio do feto faz-se necessária uma dilatação total de: 
 
a) 20 cm. 
b) 25 cm. 
c) 05 cm. 
d) 10 cm. 
 
07ª) O segundo estágio do trabalho de parto: 
 
a) Dura desde a expulsão da placenta, até que a 
condição pós-parto da mulher tenha sido 
estabilizada. 
b) Começa com o nascimento do bebê e termina 
com a expulsão da placenta. 
c) Começa com a dilatação completa e termina 
com o nascimento do bebê. 
d) Começa com as primeiras contrações 
verdadeiras do trabalho de parto e termina com 
o apagamento da dilatação completos do colo 
uterino. 
 
08ª) O parto é caracterizadopor contrações das fibras 
miometriais, cujas principais funções são a dilatação 
cervical e a expulsão do feto através do canal de parto. 
São características específicas e cada fase do parto: 
 
a) Expulsão: também denominado terceiro 
período do parto, o canal de parto é 
completamente formado, ou seja, o segmento 
inferior do útero, o canal cervical totalmente 
dilatado e a vagina formam uma única 
cavidade. 
b) Dequitação: chamado de secundamento ou 
dequitadura, o útero expele a placenta e as 
membranas. 
c) A fase de dilatação, ou segundo período do 
parto, tem início com as primeiras modificações 
cervicais e termina com a dilatação completa 
do colo uterino (10 cm). 
d) A fase ativa do trabalho do parto geralmente 
tem início aos 2 cm de dilatação cervical e dura 
em média, 10 horas nas primíparas. 
e) Para o diagnóstico de trabalho de parto deve 
estar presente uma contração uterina a cada 
10 minutos e uma dilatação de pelo menos, 2 
cm. 
 
09ª) O trabalho de parto é considerado ativo quando há 
 
a) contrações uterinas dolorosas em qualquer 
frequência. 
b) dilatação progressiva na velocidade ≥ 2 cm por 
hora. 
c) dilatação cervical progressiva a partir dos 4 cm. 
d) frequência cardíaca fetal (FCF) < 110 ou > 160 
bpm. 
e) ruptura de membrana, seguida da perda de 
tampão. 
 
10ª) São cuidados de enfermagem, à gestante no 
primeiro período (estágio) do parto: 
 
a) Incentivar a respiração eficaz. Manter no leito e 
elevar grades laterais. 
b) Estabelecer uma relação com a parturiente e 
seus familiares. Fornecer líquidos leves 
conforme prescrição médica. 
c) Higienizar a área perineal. Preparar a mesa de 
parto usando técnica asséptica. 
d) Avaliar os sinais vitais em busca de sinais de 
hemorragia. Puncionar veia calibrosa. Realizar 
a coleta do sangue do cordão para obter 
amostra de sangue. 
 
 
 
 
A cesariana é um procedimento cirúrgico (operação) para a extração do feto (nascimento do bebé) por via 
abdominal através da realização de um pequeno corte realizado acima da púbis da mãe. Há que ter em conta que uma 
cesariana deve ser realizada para evitar um mal maior, ou seja, para evitar um problema grave para o feto ou para a 
mãe. Apesar de ser um procedimento muito seguro na atualidade, deve apenas ser realizado em determinadas 
condições. Veja adiante mais informação em “indicações da cesariana”. 
 
Em muitos países europeus e americanos tem havido um aumento do número de partos por cesariana. A 
questão coloca-se se este aumento do número de cesarianas é justificado por razões médicas ou não. As explicações 
são muitas e as conclusões não são fáceis. Entender algumas considerações permite analisar melhor o tema. 
 
UNIDADE V – PARTO CESÁREA/OPERATÓRIO 
35 
A organização mundial de saúde (OMS) recomenda manter a taxa de cesarianas abaixo dos 15%. Mas 
convém recordar que este número não leva em consideração a heterogeneidade étnica, o aumento da idade materna, 
as técnicas de reprodução medicamente assistidas e o aumento das gravidezes múltiplas (gémeos) em muitas 
sociedades modernas. Portanto, seria mais lógico considerar um valor maior, que segundo o nosso tipo de população 
rondaria os 20 a 25%. 
 
A cesariana é uma intervenção cirúrgica com riscos maternos muito baixos, mas superior ao parto vaginal (veja 
quais em riscos da cesariana e comparação com o parto normal). Por isto, a cesariana deve ser realizada apenas em 
determinadas condições, conforme descrevemos de seguida. 
 
 
 
5. 1. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA O PARTO CESÁREA 
 
1. Se o canal de parto não permite a passagem do feto, ou porque este é muito grande ou porque a bacia da mãe 
é muito estreita. É denominada de incompatibilidade feto-pélvica; 
2. Se há placenta prévia (placenta baixa) ou o cordão é velamentoso (passa em frente do colo uterino) e a 
passagem do feto é impossível, pois pode provocar uma hemorragia muito grande; 
3. Se o feto não tolera o parto normal. Se antes ou durante o parto se considera que existe um risco de sofrimento, 
então a cesariana é alternativa para protegê-lo; 
4. Se o parto põe em risco a mãe visto esta padecer de alguma patologia (doença). Esta é uma indicação menos 
frequente. 
 
 
5. 2. COMO É REALIZADO O PARTO CESÁREA 
- A cesariana é feita através de uma pequena abertura na parede abdominal da mãe, normalmente através de uma 
pequena incisão na pele 2 a 3 cm acima da sínfise púbica (da púbis) com cerca de 10 cm de comprimento. 
- Depois fazem-se outras aberturas nos tecidos colocados por baixo da pele (tecido celular subcutâneo, aponevrose 
e peritoneu) até chegar ao útero. 
- Por fim faz-se uma abertura neste (também transversal) para extração do feto. Posteriormente, retira-se a placenta 
e de seguida são encerradas (suturadas) as aberturas que foram realizadas para chegar ao feto. 
 
 
5. 2. 1. Com quantas semanas o bebé pode nascer? 
Por norma, o recém-nascido nasce de forma espontânea (parto normal) entre as 37 e as 42 semanas de 
gestação. A cesariana pode ser programada a partir das 39 semanas pois é a idade gestacional em que se considera 
36 
Tempo de demora da cesariana 
 
É variável. Depende se se trata da primeira 
cesariana ou se há cesarianas anteriores. Se é 
uma cesariana em ausência ou em trabalho de 
parto. Mas, normalmente, varia entre 30 a 60 
minutos. 
que toda a maturação do feto (nomeadamente cerebral) está completa. A baixo das 39 semanas de gestação 
considera-se que o bebé é um termo-prematuro. 
A decisão de efetuar a cesariana num dado momento da gravidez deve ser tomada pelo médico obstetra 
(especialista em obstetrícia), levando em consideração diversos fatores relacionados com a saúde da mãe e do feto. 
 
 
5. 2. 2. Anestesia na cesariana 
A anestesia durante a cesariana pode ser igual à do parto normal (epidural ou raqui-anestesia). Em raras 
situações pode ser realizada anestesia geral. 
A forma de anestesia mais comum para a cesárea é a espinhal, raquidiana ou raquianestesia, no qual a mulher fica 
sem a sensibilidade dos membros inferiores, do umbigo para baixo. 
 
As vantagens desse método são: 
 tem ação rápida, 
 pode ser usada uma quantidade baixa de anestésico, 
 preserva a consciência, 
 é bastante segura, 
 tem analgesia prolongada pós-operatória. 
 
A desvantagem apresentada pelas parturientes é a possibilidade de eventualmente ter uma forte dor de 
cabeça, mas esse sintoma vem sendo reduzido com o avanço das técnicas. 
 
5. 3. RISCOS E COMPLICAÇÕES DO PARTO CESÁREA 
 
Embora sejam raras as complicações, quando comparadas com o parto normal o parto por cesariana possui 
associada uma maior perda de sangue, maior risco de lesão da bexiga e maior risco tromboembólico. 
Em gravidezes subsequentes aumenta o risco de novo parto por cesariana, placenta prévia (placenta baixa), placenta 
acreta (placenta aderente ao útero) e risco de rotura uterina se entrar novamente em trabalho de parto. 
 
Apesar dos riscos atrás enumerados a cesarina é um procedimento cirúrgico muito seguro na 
atualidade com uma baixa taxa de complicações quer durante quer após a cirurgia, desde que executada por 
especialistas em obstetrícia devidamente capacitados para o 
efeito. 
 
5. 3. 1. Cicatriz após cesariana 
A cicatriz após a cesarina resulta da pequena incisão 
na pele (2 a 3 cm). O local da cicatriz é acima da sínfise púbica 
(a púbis). A extensão (tamanho) é de aproximadamente 10 cm 
de comprimento. 
As técnicas atuais permitem minimizar bastante a cicatriz, 
apesar de ser sempre visível quando a mulher está completamente despida. 
 
5. 4. RECUPERAÇÃO E CUIDADOS APÓS ALTA 
 
A recuperação após uma cesariana pode ser mais demorada quando comparada com um parto normal, pois 
é realizada uma cirurgia. Pode haver algumas dores no pós-parto imediato e a deambulação (andar, caminhar) faz-se 
mais tarde do que no parto normal. 
 
Devem ser seguidas as seguintes recomendações no pós-operatório da cesariana: 
 Se foi usadona pele um fio não absorvível os pontos são retirados normalmente ao 7º dia. Se foi usado um fio 
absorvível não é necessário retirar pontos; 
 O uso de uma cinta no pós-operatório pode dar algum conforto; 
 A mulher deve manter uma dieta rica em cálcio (particularmente aquelas que amamentam); 
 A administração de suplementos de ferro pode ser importante para compensar as perdas hemáticas (perdas 
de sangue) após o parto; 
https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/359034/raquianestesia%2Bo%2Bque%2Be%2Bquais%2Bos%2Bpreparos%2Bnecessarios%2Bcomo%2Be%2Bfeita%2Bquais%2Bsao%2Bas%2Bvantagens%2Be%2Bas%2Bdesvantagens.htm
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/parto-normal/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/parto-normal/
37 
 A mulher pode reiniciar a sua atividade sexual após a cessação do lóquios, desde que as relações sexuais não 
provoquem does e desconforto e tenham decorrido, pelo menos 2 a 3 semanas após a cesariana; 
 É normal no primeiro mês após o parto surgirem alterações no humor, irritabilidade, labilidade emocional, 
ansiedade, insónia (dormir mal), crises de choro (pospartum blues). Habitualmente, estas alterações são 
transitórias, melhorando ao final de 2 semanas. Se estas alterações se prolongarem por muito mais tempo a 
mulher deve procurar ajuda, pois pode surgir uma depressão pós-parto; 
 É costume surgir queda de cabelo mais intensa até aos 6 meses após o parto; 
 Esforços e atividade física deve ser evitada nas primeiras semanas, devendo ser retomada de forma gradual; 
 A consulta do puerpério deve ser feita entre a 4ª a 6ª semana após o parto; 
 O teste do pezinho (recém nascido) deve ser realizado no 3º dia de vida. A primeira consulta deve ser feita aos 
15 dias de vida. 
 
5. 5. VANTAGENS DO PARTO NORMAL X CEARIANA 
 
O parto normal ou natural (com ou sem intervenção instrumental) possui diversas vantagens quando 
comparado com o parto por cesariana, a saber: 
 
 Existe um risco de infecção inferior; 
 Tempo de internamento mais baixo (geralmente 48 horas); 
 O tempo de recuperação mais baixo; 
 O útero volta ao tamanho natural mais rápido; 
 Aumenta as hormónas responsáveis pelo bem estar; 
 Menores riscos com complicações anestésicas; 
 
Para o bebé também existem algumas vantagens, a saber: 
 Uma maior tranquilidade e recetividade ao toque e para o bebé; 
 Existe uma facilidade acrescida para respirar (no parto normal, o bebé ao passar pelo canal de parto faz com 
que o tórax seja comprimido, provocando com que os líquidos do interior do pulmão sejam naturalmente 
expelidos). 
 
 
EXERCÍCIOS 
01ª) Conceitue o parto cesárea é recomendado. 
Praticando... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03ª) A partir de quantas semanas o bebé pode ser 
retirado da barriga da mãe? 
 
 
02ª) Quais as principais indicações para o parto 
cesárea? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04ª) Qual a anestesia utilizada durante o procedimento 
cirúrgico do parto cesárea? 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
07ª) Elenque as vantagens do parto normal em relação 
ao parto cesárea para a parturiente. 
05ª) Quais os riscos e complicações do parto cesárea? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06ª) Quais os cuidados necessários no cuidado pós alta 
do parto cesárea? 
08ª) Elenque as vantagens do parto normal em relação 
ao parto cesárea para o recém-nascido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 _ 
 
 
 
 
Puerpério é o período que transcorre desde a dequitação até o retorno ao normal de todas as modificações 
orgânicas. Podemos dividi-los em: 
 
✔ Puerpério Imediato: Primeiras 24 horas pós-parto. 
✔ Puerpério Mediato: do 1º dia ao 10º dia 
✔ Puerpério Tardio: do 10º dia ao 42º dia. 
✔ Puerpério Remoto: a partir do 43º dia. 
 
 
6. 1. AÇÕES DE ENFERMAGEM RELACIONADAS AO PUERPÉRIO 
 
6. 1. 1. Uso de Medicamentos 
 
UNIDADE VI – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PUERPÉRIO (PÓS-PARTO) 
39 
Orientar a gestante a manter o uso de sulfato ferroso 
por até 40 dias após o parto, bem como outras vitaminas 
se for necessário. 
 
6. 1. 2. Lóquios 
Com o nome de lóquios designa-se o fluxo 
sanguíneo que se escoa pelo trato genital nos primeiros 
dias do puerpério. São quase completamente sanguíneos 
até o 3° dia, contendo mesmo pequenos coágulos; tornam- 
se a seguir, mais claros. Gradualmente, a proporção de 
sangue vai diminuindo, a cor mudando do vermelho para 
marrom-amarelado e finalmente, para o amarelo. 
Em torno do 20º dia, tornam-se serosos e 
esbranquiçados, desaparecendo por fim. O cheiro dos lóquios é semelhante ao cheiro do sangue menstrual. A 
modificação de cheiro para fétido, é quase sempre sinal de infecção. 
 
 
6. 1. 3. Útero 
A involução uterina é rápida nos primeiros dias e mais lenta nos dias seguintes. No puerpério imediato há 
formação do globo de segurança que tampona os vasos sangrantes, com duração de poucas horas. O volume uterino 
regride diariamente. 
No primeiro dia, pós-parto, atinge a altura do umbigo. No final da primeira semana, o fundo uterino encontra- 
se cerca de cinco dedos horizontais acima da sínfise púbica. Por volta do 12º ou 14º dia, torna-se novamente pélvico. 
OBS: No mínimo 30 min. por dia a puérpera deverá ficar em decúbito ventral, para evitar retroversão uterina. 
 
6. 1. 4. Vagina 
São marcantes as alterações involutivas da vagina. Logo após o parto a mucosa vaginal apresenta-se com a 
coloração arroxeada, característica da gravidez, podendo apresentar algumas soluções de continuidade de origem 
traumática, com perda de pequena quantidade de sangue. Volta à sua estrutura normal em 3 semanas. 
 
6. 1. 5. Mamas 
Depois do parto, durante dois ou três dias, a mama produz um líquido amarelo viscoso denominado colostro. 
Este, em quantidade pequena, é pobre em calorias, lípidios e glicídios e muito rico em proteínas e anticorpos. Por esta 
razão o recém-nascido normal pede 10% do seu peso até 5 dias – recuperando-o até o 10 dia. 
Durante a amamentação, as glândulas mamárias aumentam de volume não só pela proliferação dos ácinos e 
ductos, também pelo acúmulo de leite. As mamas necessitam de particular asseio. 
Os mamilos e a auréola devem ser lavados, durante o banho, com sabonete neutro. No 3° dia do parto, dá-se a 
apojadura com desconforto considerável à paciente. Ficam as mamas ingurgitadas e dolorosas. Consegue-se alívio, 
aplicando-lhes compressas quentes e úmidas e administrando ocitocina, pela via nasal, que provoca a saída do leite e 
ameniza a congestão. Durante todo o período de aleitamento, devem as mamas ser mantidas bem elevadas pelo sutiã 
para evitar acotovelamentos vasculares e empedramento. 
 
 
6. 1. 6. Intestino 
Nos primeiros dias do puerpério, habitualmente há uma constipação intestinal. Recomenda-se dieta rica em 
fibras, bastante líquido e deambulação precoce. Intestino foi esvaziado pela lavagem intestinal e não contém bolo 
fecal, paciente com pouca movimentação e alimenta-se pouco no primeiro dia. 
 
6. 1. 7. Volta da Menstruação 
Por volta dos 45 dias (pós-parto) há tendência a restabelecer os ciclos menstruais normais. Se a mulher 
continua a amamentar, a infertilidade poderá se prolongar. 
OBS: O FATO DE ESTAR AMAMENTANDO NÃO SIGNIFICA QUE NÃO HÁ RISCOS DE UMA NOVA GRAVIDEZ. 
 
6. 1. 8. Dieta 
40 
Durante a amamentação devem ser evitadas as bebidas alcoólicas e alimentos muito condimentados os quais 
são prejudiciais ao lactente. Nas primeiras horas pós-parto ingerir bastante líquido. Os alimentos devem conter muitos 
resíduos a fim de melhorar a função intestinal. Orientar a puérpera que poderá se alimentar normalmente. 
 
6. 1. 9. Períneo 
Rapidamente a musculatura perineal se retrai, o que lhe confere certos tônus, estreitando-se novamente a luz 
vaginal e do vestíbulo. De grande importância para o futuro psicológicoda mulher, é a involução da musculatura 
pelviana, perineal e dos órgãos genitais internos. Nos primeiros dias, os cuidados resumem-se na rigorosa higiene 
local. 
Para tanto, duas a três vezes por dia e tantas quantas a puérpera urinar ou defecar, é feita a limpeza externa 
aplicando antisséptico, quando houver episiorrafia e laceração. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
01ª) O puerpério inicia-se imediatamente após o parto 
e dura, em média, seis semanas após a sua realização, 
havendo variabilidade na duração entre as mulheres. 
Para facilitar a organização das ações de saúde, o 
puerpério pode ser dividido em imediato, tardio e 
remoto. Assinale a alternativa correta quanto ao 
período do puerpério tardio. 
 
a) 01º ao 20º dia após o parto. 
b) 05º ao 25º dia após o parto. 
c) 05º ao 30º dia após o parto. 
d) 11º ao 45º dia após o parto. 
e) 46º ao 60º dia após o parto. 
 
02ª) Imediatamente após o parto, a assistência ao 
recém-nascido deve ser feita considerando um 
conjunto de cuidados. Sobre esses cuidados, analise 
as afirmativas a seguir. 
I. Como cuidado de rotina, o índice de Apgar deve ser 
realizado no primeiro e no quinto minutos de vida. 
II. O sangue de cordão para análise de pH deve ser 
coletado em todos os recém-nascidos rotineiramente. 
III. Em recém-nascido saudável não se recomenda a 
aspiração orofaringeana nem nasofaringeana 
sistemática. 
 
Está correto o que se afirma em 
I e II. 
I e III. 
II e III. 
I, apenas. 
III, apenas. 
 
03ª) As complicações do pós-parto ou complicações 
puerperais podem surgir imediatamente ou até 30-45 
dias após o parto, sendo que a gravidade das 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO NORMAL 
 
✔ Controle dos SSVV; 
✔ Observar os lóquios: cor, cheiro e quantidade; 
✔ Observar as mamas e incentivar o aleitamento; 
✔ Incentivar a deambulação 6 horas após o parto normal e cesárea, tão logo se restabeleça da 
anestesia; 
✔ Estimular a micção; 
✔ Observar e fazer curativos do períneo e ou incisão cirúrgica; 
✔ Observar a involução uterina; 
✔ Muito importante no puerpério observar se a paciente urinou, a bexiga cheia desloca o útero à 
direita, aumentando sua altura acima da cicatriz umbilical, ocasionando sangramento; 
✔ Banho 6 horas após o parto; 
✔ Administração dos medicamentos prescritos; 
✔ Orientar sobre medidas de saúde a serem adotadas ao longo do puerpério; 
✔ Orientar para a alta. 
41 
complicações podem variar de acordo com o tipo de 07ª) Caracterize a involução uterina. 
parto realizado. São complicações pós-parto: 
a) Hemorragia vaginal e mastite. 
b) Trombose venosa e infecção puerperal. 
c) Cistite e mastite. 
d) Todas as alternativas estão corretas 
 
04ª) Mulher de 19 anos, em pós-operatório de 
cesariana realizada há vinte dias, lactante em 
aleitamento materno exclusivo, comparece à UBS 
relatando queimação nos mamilos ao amamentar e 
durante os intervalos das mamadas. Ao ser examinada 
pela enfermeira, verificou-se o uso de conchas de 
silicone. Suas mamas estavam cheias e os mamilos, 
descamativos e hiperemiados, com aspecto de 08ª) Descreva o termo colostro. 
assadura. Nesse caso, para garantir o bem-estar da 
mulher e do seu recém-nascido, deve-se orientar 
quanto ao(à): 
 
a) pega adequada, visto se tratar de fissura 
mamilar 
b) ordenha das mamas quando necessário, visto 
se tratar de ingurgitamento mamário 
c) correto uso dos antimicóticos pela mulher e 
pelo recém-nascido, visto se tratar de infecção 
por Candida albicans. 
09ª) Qual o período para o restabelecimento do ciclo 
menstrual normal. 
 
d) aumento da frequência de oferta das mamas e 
à compressão das mamas pelas conchas de 
silicone, visto se tratar de ductos mamários 
bloqueados. 
 
05ª) Descreva o puerpério imediato, puerpério mediato, 
puerpério tardio e puerpério remoto. 
10ª) Quais os procedimentos realizados pela 
enfermagem na assistência ao puerpério normal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06ª) Descreva o que consiste lóquio e classifique os 
tipos existentes . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
São caracterizadas complicações mais comuns na gravidez: 
 
 Hipertensão 
 Diabetes 
 Infecções sexualmente transmissíveis 
 Pielonefrite 
 Anormalidades do trato genital 
 Idade materna 
 Peso materno 
 Altura materna 
 Exposição a teratógenos 
 Natimorto prévio 
 Parto prematuro anterior 
 Neonato anterior com doença genética ou congênita 
 Polidrâmnio (hidrâmnio) e oligoidrâmnio 
 Gestação multifetal (múltipla) 
 Lesão antes do nascimento 
 
 
7. 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 
7. 1. 1. Classificação das doenças hipertensivas 
 
- Hipertensão crônica: presente antes da gestação ou que se desenvolve antes de 20 semanas de gestação 
 
- Hipertensão gestacional: início recente de pressão arterial (PA) sistólica e/ou diastólica ≥ 140/≥ 90 mmHg em 
2 ocasiões com intervalo de pelo menos 4 horas após 20 semanas de gestação 
 
- Pré-eclâmpsia: início recente após 20 semanas de gestação de PA sistólica e/ou diastólica ≥ 140/≥ 90 mmHg 
persistentemente (2 episódios em 4 horas) ou pelo menos 1 medição da PA sistólica e/ou diastólica ≥ 160/≥ 110 
mmHg MAIS proteinúria inexplicada recente (> 300 mg/24 horas ou razão proteína/creatinina urinária ≥ 0,3 ou 
leitura da tira reagente de 2+; na ausência de proteinúria, hipertensão de início recente com início recente de 
outros sinais de lesão de órgãos-alvo [p. ex., trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mcL)], função hepática 
comprometida, insuficiência renal, edema pulmonar, cefaleia de início recente (não responde à medicação e não 
é explicada por diagnósticos alternativos), sintomas visuais]. 
 
- Pré-eclâmpsia com características graves: pré-eclâmpsia com PA sistólica e/ou diastólica ≥ 160/≥ 110 mmHg 
persistente (2 episódios em 4 horas) e/ou outros sinais de lesões em órgão-alvo 
Síndrome HELLP: uma forma de pré-eclâmpsia grave com hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa 
contagem plaquetária 
 
- Hipertensão arterial crônica mais pré-eclâmpsia sobreposta: proteinúria nova ou piorando ou outros sinais 
de lesão em órgão-alvo após 20 semanas de gestação em uma mulher com hipertensão arterial preexistente 
 
- Eclâmpsia: convulsões tônico-clônicas, focais ou multifocais de início recente não explicadas por outras causas 
 
7. 1. 2. Riscos relacionados a hipertensão crônica 
 
UNIDADE VII – NOÇÕES DAS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NA GRAVIDEZ 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Hipertens%C3%A3o_v21452619_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Diabetes_v21452639_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Infec%C3%A7%C3%B5es-sexualmente-transmiss%C3%ADveis_v21452800_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Pielonefrite_v21452823_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Anormalidades-do-trato-genital_v21452850_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Idade-materna_v21452872_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Peso-materno_v21452880_pthttps://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Altura-materna_v21452892_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Natimorto-pr%C3%A9vio_v21452920_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Parto-prematuro-anterior_v21452928_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Neonato-anterior-com-doen%C3%A7a-gen%C3%A9tica-ou-cong%C3%AAnita_v21452946_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Polidr%C3%A2mnio-(hidr%C3%A2mnio)-e-oligoidr%C3%A2mnio_v21452955_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Gesta%C3%A7%C3%A3o-multifetal-(m%C3%BAltipla)_v21452977_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#Les%C3%A3o-antes-do-nascimento_v21452997_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
43 
o Restrição do crescimento fetal (diminuindo o fluxo sanguíneo entre o útero e a placenta) 
o Pré-eclâmpsia e eclampsia 
o Resultados maternos e fetais adversos 
 
Antes da concepção, mulheres hipertensas devem ser aconselhadas do risco da gestação. Se engravidarem, o 
cuidado pré-natal deve começar o mais cedo possível. O tratamento da hipertensão crônica durante a gestação inclui 
mensurações da função renal inicial (p. ex., creatinina e ureia séricas), exame de fundo de olho e avaliação 
cardiovascular direcionada (ausculta e, às vezes, ECG, ecocardiograma ou ambos). A cada trimestre mensuram-se 
proteinúria de 24 horas, ácido úrico sérico, creatinina sérica e hematócrito. A ultrassonografia para monitorar o 
crescimento fetal é realizada com 28 semanas e a cada 4 semanas a partir de então. O retardo de crescimento é 
avaliado com fluxometria Doppler de múltiplos vasos, realizada por especialista em medicina materno-fetal. 
 
Se as mulheres têm alto risco de pré-eclâmpsia, os médicos devem prescrever ácido acetilsalicílico em baixa dose 
(81 mg por via oral uma vez ao dia), que deve ser utilizado diariamente iniciando com 12 a 28 semanas da gestação e 
mantido até o parto. Mulheres com história de pré-eclâmpsia ou hipertensão gestacional têm maior risco de eventos 
cardiovasculares ao longo da vida e, após o parto, devem ser encaminhadas para avaliação e acompanhamento 
apropriados do risco cardiovascular. 
 
7. 2. DIABETES GESTACIONAL 
 
Diabetes mellitus preexistente ocorre em ≥ 6% das gestações e diabetes gestacional ocorre em cerca de 8,5% das 
gestações. A incidência está aumentando à medida que a obesidade aumenta. 
 
Diabetes preexistente dependente de insulina aumenta o risco dos seguintes: 
 
 Pielonefrite
 Cetoacidose
 Pré-eclâmpsia
 Morte fetal
 Malformações fetais importantes
 Macrossomia fetal (peso fetal > 4,5 kg)
 Se houver vasculopatia, restrição do crescimento fetal
 Necessidade de parto prematuro, parto cesárea ou parto cirúrgico
 
A incidência de macrossomia fetal é cerca de 50% maior em gestantes com diabetes preexistente do que em 
gestantes da população em geral. A incidência da mortalidade perinatal também é mais alta. Mulheres com diabetes 
preexistente são mais propensas a exigir parto prematuro para indicações obstétricas ou clínicas. Exercícios durante 
a gestação (com alterações criteriosas na dieta) reduzem a necessidade de partos cesárea e partos cirúrgicos nessas 
mulheres. 
 
Um controle rigoroso da glicose antes da concepção e durante a gestação precoce é essencial para prevenir 
malformações fetais. As necessidades de insulina geralmente aumentam na gestação. 
 
Diabetes gestacional aumenta o risco dos seguintes: 
 
 Distúrbios hipertensivos
 Macrossomia fetal
 Necessidade de cesariana
 
O diabetes gestacional é geralmente rastreado com 24 a 28 semanas e, se a paciente apresentar fatores de risco, 
durante o 1º trimestre. Os fatores de risco incluem: 
 
 Diabetes gestacional prévio
 Lactente macrossômico em uma gestação anterior
 Perdas fetais inexplicáveis
 Índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional > 30 kg/m2
 Idade materna > 40 anos
 História familiar de diabetes
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/hipertens%C3%A3o-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1072437_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%A3o-do-trato-urin%C3%A1rio-na-gesta%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/regula%C3%A7%C3%A3o-e-dist%C3%BArbios-%C3%A1cido-base/acidose-metab%C3%B3lica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-grande-para-a-idade-gestacional-gig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-grande-para-a-idade-gestacional-gig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana
44 
 Algumas raças ou etnias associadas a taxas mais altas de diabetes (p. ex., pessoas com ascendência 
hispânico-americana, afro-americana, índio-americana, asiática ou das Ilhas do Pacífico).
 
Pode-se realizar a triagem e a confirmação do diagnóstico de diabetes gestacional em 1 ou 2 etapas: 
 
 Teste em 1 etapa: teste de tolerância à glicose (TTG) oral de 2 horas, em jejum, utilizando 75 g de glicose
 Teste em 2 etapas: TTG de 1 hora sem jejum, utilizando 50 g de glicose; se anormal (≥ 135 mg/dL/7,5 mmol/L),
então um TTG de 3 horas em jejum, utilizando 100 g de glicose. 
 
O diagnóstico baseia-se melhor nos resultados de um teste de tolerância à glicose oral (TTGO — ver 
tabela Limiares de glicose para diabetes mellitus gestacional utilizando teste de tolerância à glicose de 3 horas). Pode- 
se realizar o TTGO em 1 ou 2 etapas. Com base em uma recomendação da conferência para o desenvolvimento do 
consenso de 2013 do National Institutes of Health (NIH), a triagem começa com um teste de carga de glicose (TCG) 
de 1-horas, 50 g; se os resultados são positivos (glicemia > 130 a 140 mg/dL [7,2 a 7,8 mmol/L]), realiza-se um TTGO 
de 3 horas, 100 g. 
O tratamento do diabetes gestacionalideal (com modificação da dieta, exercícios e monitoramento atento dos 
níveis de glicose no sangue e insulina, quando necessário) reduz o risco de resultados adversos maternos, fetais e 
neonatais. Mulheres com diabetes gestacional têm maior risco ao longo da vida de eventos cardiovasculares e, após 
o parto, devem ser encaminhadas para avaliação e acompanhamento apropriados do risco cardiovascular. Mulheres 
com diabetes mellitus gestacional podem ter tido diabetes mellitus não diagnosticado antes da gestação. Assim, elas 
devem ser examinadas para diabetes mellitus 6 a 12 semanas pós-parto, utilizando os mesmos testes e critérios 
utilizados para pacientes que não estão grávidas 
 
 
7. 3. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
 
Deve-se fazer a triagem à procura de infecções sexualmente transmissíveis durante a gestação para 
possibilitar o tratamento e prevenir os efeitos adversos das infecções intrauterinas ou perinatais transmitidas ao feto 
ou neonato. O atendimento pré-natal de rotina inclui teste de rastreamento à procura de infecção pelo HIV, hepatite B 
e sífilis e, se < 25 anos, infecção por clamídia e gonorreia na primeira consulta pré-natal. Repete-se o teste para sífilis 
durante a gestação e no parto se o risco continuar (1). As gestantes com qualquer uma dessas infecções devem ser 
tratadas com antimicrobianos. 
 
 A sífilis fetal intrauterina pode causar morte fetal, malformações congênitas e deficiências graves. 
 Sem tratamento, o risco de transmissão do HIV de mulher para seus descendentes é cerca de 30% pré-parto 
e cerca de 25% intraparto. Tratamento antirretroviral da gestante antes e durante a gestação e do neonato nas 
6 a 12 horas após o nascimento reduz o risco de transmissão do HIV para o feto em dois terços; o risco é 
provavelmente mais baixo (< 2%) com uma combinação de 2 ou 3 antivirais. Esses fármacos são 
recomendadas apesar dos efeitos tóxicos potenciais sobre a mulher e o feto. 
 Durante a gestação, hepatite, vaginose bacteriana, gonorreia e infecção genital por clamídia aumentam 
o risco de parto prematuro e ruptura prematura das membranas. O tratamento de vaginose bacteriana, 
gonorreia ou infecção por clamídia poderia prolongar o intervalo entre a ruptura das membranas e o parto e 
melhorar os resultados fetais, por diminuir o risco de inflamação fetal. 
 
 
7. 4. PIELONEFRITE 
 
Durante a gestação, a bacteriúria recorrente ocorre com mais frequência e a incidência de pielonefrite é maior. 
Se ocorrer bacteriúria, 20 a 35% das gestantes desenvolvem infecção do trato urinário (ITU) e pielonefrite é possível. 
 
Pielonefrite aumenta o risco de: 
 
 Ruptura prematura das membranas 
 Trabalho de parto prematuro 
 Síndrome da angústia respiratória infantil 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v21452688_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071973_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v71485093_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/s%C3%ADfilis-cong%C3%AAnita
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv#v1021294_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv-em-lactentes-e-crian%C3%A7as#v1108219_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-prematura-das-membranas-rpm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio/pielonefrite-cr%C3%B4nica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-prematura-das-membranas-rpm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-em-neonatos
45 
A pielonefrite é a causa não obstétrica mais frequente de internação de gestantes. A gestante com pielonefrite 
deve ser internada para avaliação e tratamento, principalmente com urocultura mais antibiograma, antibióticos IV 
(p. ex., cefalosporinas de 3ª geração com ou sem aminoglicosídios), antipiréticos e hidratação. Antibióticos por via oral, 
específicos para o agente etiológico, são iniciados 24 a 48 horas após o desaparecimento da febre e continuados até 
7 a 10 dias. Antibióticos profiláticos (p. ex., nitrofurantoína, sulfametoxazol/trimetoprima) com uroculturas periódicas 
são continuados até o final da gestação. 
 
7. 5. ANORMALIDADES DO TRATO GENITAL 
 
Anormalidades estruturais do útero e da colo do útero (p. ex., septo uterino, útero bicorno) tornam as seguintes 
complicações mais prováveis: 
 Aborto espontâneo durante o 2º trimestre de gestação 
 Má apresentação fetal 
 Trabalho de parto ou parto prematuros 
 Trabalho de parto disfuncional 
 Necessidade de cesariana 
 
- Miomas uterinos raramente causam anormalidades placentárias (p. 
ex., placenta prévia), trabalho de parto prematuro e abortos espontâneos 
recorrentes. Os miomas podem crescer rapidamente ou degenerar durante 
a gestação; a degeneração frequentemente causa dor grave e sinais peritoneais. 
 
 
- Insuficiência cervical: (incompetência) torna o 
trabalho de parto prematuro mais provável. O risco de 
insuficiência do colo do útero é maior em mulheres que 
tiveram lacerações ou lesão do colo do útero durante 
um procedimento anterior (p. ex., aborto terapêutico, 
partos vaginais com instrumentos). Pode-se tratar a 
insuficiência cervical com intervenção cirúrgica 
(cerclagem), progesterona vaginal ou, às vezes, um 
pessário vaginal. 
 
Se, antes da gestação, a mulher passou por miomectomia, na qual foi acessada a cavidade uterina, a cesariana 
é necessária porque a ruptura uterina é um risco durante os partos vaginais subsequentes. Anormalidades uterinas 
que provocam resultados obstétricos desfavoráveis geralmente necessitam de correção cirúrgica, a qual é realizada 
após o parto. 
 
7. 6. IDADE MATERNA 
 
Adolescentes, que correspondem a 13% de todas as gestações, tem maior incidência de pré- 
eclâmpsia, trabalho de parto prematuro e anemia, que muitas vezes leva à restrição do crescimento fetal. A causa, ao 
menos em parte, é que as adolescentes tendem a negligenciar o cuidado pré-natal, frequentemente fumam e têm taxas 
mais altas de infecções sexualmente transmissíveis. 
Em mulheres com ≥ 35 anos de idade, a incidência de pré-eclâmpsia é maior, como ocorre também com 
o diabetes gestacional, trabalho de parto distócico, descolamento prematuro da placenta, óbito intrauterino e placenta 
prévia. Essas mulheres também têm maior probabilidade de apresentarem doenças preexistentes (p. ex., hipertensão 
crônica, diabetes). Como o riscode anormalidades fetais cromossômicas aumenta de acordo com o aumento da idade 
materna, deve-se considerar exames genéticos e triagem ultrassonográfica detalhada para malformações fetais. 
A anormalidade cromossômica mais comum é a trissomia autossômica. O US National Birth Defects Prevention 
Study (NBDPS) descobriu que descendentes de mulheres > 40 anos têm risco aumentado de anormalidades cardíacas, 
atresia esofágica, hipospadias e craniossinostose. 
 
7. 7. PESO MATERNO 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/distocia-fetal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prolongado#v1075491_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/miomas-uterinos/miomas-uterinos
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/placenta-pr%C3%A9via
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-recorrente
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-recorrente
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/insufici%C3%AAncia-cervical
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-uterina
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/abordagem-ao-paciente-com-anemia/etiologia-da-anemia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v1071968_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prolongado#v1075491_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/descolamento-prematuro-da-placenta-abruptio-placentae
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/natimorto
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/placenta-pr%C3%A9via
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/placenta-pr%C3%A9via
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/hipertens%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/hipertens%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/diabetes-mellitus-dm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/anomalias-gen%C3%A9ticas-e-cromoss%C3%B4micas/overview-of-chromosomal-abnormalities
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/teste-gen%C3%A9tico-pr%C3%A9-natal-dos-pais
46 
Gestantes cujo índice de massa corporal (IMC) 
era < 18,5 kg/m2 antes da gestação são consideradas 
abaixo do peso, o que predispõe a baixo peso fetal (< 2,5 
kg) dos recém-nascidos. Tais mulheres são estimuladas 
a ganhar pelo menos 12,5 kg durante a gestação. 
Gestantes com IMC acima de 25 a 29,9 kg/m2 
(sobrepeso) ou ≥ 30 kg/m2 (obeso) antes da gestação 
têm risco de hipertensão e diabetes materno, gestação 
pós-termo, aborto, macrossomia fetal, malformações 
congênitas, restrição de crescimento intrauterino, pré- 
eclâmpsia e necessidade de cesariana. 
Idealmente, a perda ponderal deve começar antes 
da gestação, primeiro tentando modificar o estilo de vida 
(p. ex., mais atividade física, mudanças na dieta). 
Mulheres com sobrepeso ou obesidade são encorajadas a limitar o ganho ponderal durante a gestação, idealmente 
modificando o estilo de vida. 
 
 
 
 
 
Entretanto, nem todos os especialistas concordam com as recomendações do IOM. Muitos especialistas 
recomendam uma abordagem individualizada que pode incluir ganho de peso mais limitado, além de modificações no 
estilo de vida (p. ex., mais atividade física, mudanças na dieta), particularmente para mulheres com obesidade. 
 
Durante a gestação, deve-se encorajar a maioria das mulheres a exercitar-se pelo menos 3 vezes por semana em 
um total de 150 minutos por semana. Para gestantes com sobrepeso ou obesidade, modificações no estilo de vida 
durante a gestação reduzem o risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. 
 
7. 8. ALTURA MATERNA 
 
As mulheres baixas (cerca de < 152 cm) são mais suscetíveis de apresentarem uma pelve pequena, que pode 
levar à distocia com desproporção cefalopélvica ou distocia de ombro. Para as mulheres pequenas, o trabalho de parto 
prematuro e a restrição de crescimento intrauterino também são mais prováveis. 
 
 
7. 9. EXPOSIÇÃO A TERATÓGENOS 
 
Teratógenos comuns (agentes que causam malformação fetal) incluem infecções, drogas e agentes físicos. As 
malformações são mais prováveis se a exposição ocorrer entre a 2ª e a 8ª semana após a concepção (de 4ª à 10ª 
semana após a última menstruação), período no qual os órgãos estão se formando. Outros resultados adversos na 
gestação também podem ocorrer. Gestantes expostas a teratógenos são orientadas em relação ao aumento dos riscos 
que podem ocorrer e são encaminhadas para avaliação por ultrassonografia detalhada para detectar malformações. 
 
Infecções comuns que podem ser teratogênicas são: 
 
 Herpes simples
 Hepatite viral
 Rubéola
 Varicela
 Sífilis
 Toxoplasmose
 Infecção pelo citomegalovírus
 
 Sobrepeso: ganho de peso limitado a 6,8 a 11,3 kg 
 Obeso: ganho de peso limitado a < 5 a 9 kg 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/hipertens%C3%A3o-na-gesta%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-complicada-por-doen%C3%A7as/diabetes-mellitus-na-gesta%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/p%C3%B3s-datismo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/p%C3%B3s-datismo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/dist%C3%BArbios-do-in%C3%ADcio-da-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-espont%C3%A2neo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-grande-para-a-idade-gestacional-gig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsiahttps://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/pr%C3%A9-ecl%C3%A2mpsia-e-eclampsia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/cesariana
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/distocia-fetal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-v%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpes-v%C3%ADrus-simples-hsv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/vis%C3%A3o-geral-da-hepatite-viral-aguda
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-comuns-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/rub%C3%A9ola
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-v%C3%ADrus/catapora
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/infec%C3%A7%C3%B5es-sexualmente-transmiss%C3%ADveis/s%C3%ADfilis
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-v%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%A3o-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
47 
 Infecções pelo vírus coxsackie
 Infecção pelo zika-vírus
 
As drogas comumente utilizadas que podem ser teratogênicas incluem 
 
 Álcool
 Tabaco
 Cocaína
 Alguns fármacos prescritos
 
7. 10. NATIMORTO PRÉVIO 
 
Natimorto é o feto que morre com ≥ 20 semanas de gestação antes ou durante o parto, conforme definição do 
Centers for Disease Control and Prevention [CDC (1)] ou com > 28 semanas, conforme definição da Organização 
Mundial da Saúde. A morte fetal em gestações tardias pode ter causas maternas, placentárias ou anatômicas fetais ou 
genéticas (ver tabela Causas comuns do natimorto). A ocorrência de óbito fetal anterior ou aborto tardio (isto é, em 16 
a 20 semanas) aumenta o risco em gestação subsequente. O grau de risco varia de acordo com a causa de um 
natimorto anterior. A avaliação fetal com testes anteparto (p. ex., cardiotocografia e perfil biofísico) é recomendada. 
 
O tratamento das doenças maternas (p. ex., hipertensão crônica, diabetes, infecções) pode diminuir o risco de 
morte fetal na gestação atual. 
 
7. 11. PARTO PREMATURO PRÉVIO 
 
O parto prematuro acontece antes da 37ª semana. O parto prematuro anterior, devido a parto prematuro, 
aumenta o risco de futuros partos prematuros; caso o neonato pese < 1,5 kg, o risco de parto prematuro em uma 
próxima gestação é de 50%. Mulheres com parto prematuro anterior por causa de parto prematuro devem ser 
cuidadosamente monitoradas em intervalos de 2 semanas após 20 semanas. O monitoramento é feito: 
 
 Avaliação por ultrassonografia, incluindo medida do comprimento do colo do útero, com 14 a 16 
semanas 
 Testes para vaginose bacteriana 
 Medida da fibronectina fetal 
 
Mulheres com história de parto prematuro decorrente de trabalho de parto prematuro ou com encurtamento (≤ 25 
mm) do colo do útero, devem receber 17 alfa-hidroxiprogesterona intramuscular. 
 
 
7. 12. NEONATO ANTERIOR COM DOENÇA GENÉTICA OU CONGÊNITA 
 
O risco de nascimento de feto com distúrbio cromossômica é maior para a maioria dos casais que 
anteriormente tiveram feto ou neonato com doença cromossômica (reconhecida ou perdida). A taxa de recorrência 
para a maioria das desordens genéticas é desconhecida. A maioria das malformações congênitas é multifatorial; o 
risco de novo feto com malformação é ≤ 1%. 
 
Se os casais tiveram um filho com uma doença genética ou cromossômica, recomenda-se a triagem genética. 
Se o casal tiver um neonato com malformações congênitas, recomenda-se triagem genética, ultrassonografia de alta 
resolução e avaliação de especialista em medicina materno-fetal. 
 
7. 13. POLIDRÂMNIO E OLIGOIDRÂMNIO 
 
Polidrâmnio (excesso de líquido amniótico) pode ocasionar desconforto respiratório materno e trabalho de 
parto prematuro. 
 
- Os fatores de risco incluem 
 Diabetes materno não controlado
 Gestação multifetal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/enterov%C3%ADrus/vis%C3%A3o-geral-das-infec%C3%A7%C3%B5es-por-enterov%C3%ADrus
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/arbov%C3%ADrus%2C-arenav%C3%ADrus-e-filov%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%B5es-pelo-v%C3%ADrus-da-zica-zikv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/seguran%C3%A7a-de-medicamentos-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/f%C3%A1rmacos-sociais-e-il%C3%ADcitas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o#v85336204_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/seguran%C3%A7a-de-medicamentos-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/f%C3%A1rmacos-sociais-e-il%C3%ADcitas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o#v85336172_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/seguran%C3%A7a-de-medicamentos-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/f%C3%A1rmacos-sociais-e-il%C3%ADcitas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o#v85336247_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/natimorto
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/gesta%C3%A7%C3%A3o-de-alto-risco/fatores-de-risco-de-complica%C3%A7%C3%B5es-na-gesta%C3%A7%C3%A3o#v71485121_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/natimorto#v8520737_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/aconselhamento-gen%C3%A9tico-pr%C3%A9-natal#v30031277_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/teste-gen%C3%A9tico-pr%C3%A9-natal-dos-pais
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/polidr%C3%A2mnio
48 
 Isoimmunização
 Malformações fetais (p. ex., atresia esofágica, anencefalia, espinha bífida)
 
O oligoidrâmnio (deficiência de líquido amniótico) geralmente acompanha malformações congênitas do trato 
urinário fetal e restrição de crescimento fetal grave (< percentil 3). Também a síndrome de Potter, com hipoplasia 
pulmonar ou anormalidades compressivas superficiais fetais, pode resultar geralmente no 2º trimestre e causar morte 
fetal. 
Suspeita-se de polidrâmnio ou oligoidrâmnio se o tamanho do útero não corresponder à data gestacional, ou 
podem ser descobertos incidentalmente pela ultrassonografia, que é diagnóstica. 
 
Em pacientes sintomáticos (falta de ar e/ou desconforto abdominal), deve-se considerar a realização de 
amniocentese para remover o excesso de líquido amniótico (amniorredução). Raramente, quando os sintomas 
maternos são graves, deve-se considerar corticoides e parto prematuro. A amniorredução alivia os sintomas maternos, 
mas o líquido amniótico pode reacumular rapidamente e exigir procedimentos repetidos. Em pacientes com polidrâmnio 
leve a moderado, o parto eletivo em 39 semanas (ou mais cedo, conforme indicado pelos sintomas) pode ser 
aconselhável;ao tomar essa decisão, os médicos também devem considerar o grau de dilatação cervical e o risco de 
ruptura prematura das membranas e prolapso do cordão umbilical. 
 
 
7. 14. GESTAÇÃO MULTIFETAL 
 
Gestação multifetal aumenta o risco dos seguintes: 
 
 Restrição do crescimento fetal 
 Trabalho de parto prematuro 
 Descolamento prematuro da placenta 
 Malformações congênitas 
 Morbidade e mortalidade perinatal 
 Após o parto, atonia e hemorragia uterina 
 
Gestação multifetal é detectada pela ultrassonografia de rotina com 16 a 20 semanas. A incidência de gestações 
multifetais aumentou; o uso de técnicas de reprodução assistida contribuíram substancialmente para esse aumento. 
 
 
7. 15. LESÃO ANTES DO NASCIMENTO 
 
A maioria das doenças de paralisia cerebral e desenvolvimento neurológico é causada por fatores 
relacionados a uma lesão no nascimento. Lesões como o trauma no plexo braquial podem resultar de procedimentos 
no parto que utilizam o fórceps ou extrator a vácuo, mas geralmente resultam de forças intrauterinas no trabalho de 
parto ou posicionamento inadequado durante as últimas semanas de gestação. 
 
A distocia de ombro é um fator de risco de futuras distocias, e os registros de parto devem ser revisados para 
que sejam localizados fatores de risco modificáveis (p. ex., macrossomia fetal, parto vaginal operatório) que podem ter 
predisposto à lesão. 
 
 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
01ª) Quais as complicações mais comums na 
gestação? 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/oligodr%C3%A2mnio
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/gesta%C3%A7%C3%A3o-multifetal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/rec%C3%A9m-nascido-pequeno-para-a-idade-gestacional-pig
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/trabalho-de-parto-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/descolamento-prematuro-da-placenta-abruptio-placentae
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/hemorragia-p%C3%B3s-parto
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/infertilidade/t%C3%A9cnicas-de-reprodu%C3%A7%C3%A3o-assistida
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/distocia-fetal#v1075214_pt
49 
 
 
 
 
 
02ª) Sabe-se que a hipertensão arterial é uma das 
complicações mais comuns na gravidez. Nesse 
sentido, classifique as doenças hipertensivas. 
 
 
 
 
 
 
 
06ª Em que consiste a exposição a teratógenos e quais 
as infecções teratogênicas mais comuns? 
 
 
 
 
 
 
 
 
03ª) O que é pielonefrite e quais os riscos que essa 
complicação pode ocasionar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07ª) Caracterize os termos natimorto prévio e parto 
prematuro prévio. 
 
04ª) As anormalidades estruturais do útero e da colo do 
útero podem ocasionar algumas complicações. São 
elas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05ª) Quando a idade, o peso e a altura materna podem 
torna-se uma complicação para a gravidez? 
 
 
 
 
50 
08ª) Diferencie o termo polidrâmnio e o termo 
oligoidrâmnio. 
 
 
 
 
10ª) Sabe-se que a maioria das doenças de paralisia 
cerebral e desenvolvimento neurológico são causadas 
por fatores não relacionados a uma lesão no 
nascimento, quais as lesões que ocasionam essas 
complicações? 
 
 
 
 
 
 
09ª) Quais os riscos decorrentes de uma gestação 
multifetal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 1. AS COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER COM MAIOR FREQUÊNCIA NO PUERPÉRIO 
 
✔ Hemorragias puerperais; 
✔ Infecções puerperais; 
✔ Rachaduras e fissuras no mamilo; 
✔ Mastites; 
✔ Flebites; 
✔ Hematomas vulvares; 
✔ Deiscência de sutura; 
✔ Psicose puerperal. 
 
8. 1. 1. Hemorragias Puerperais 
 
✔ Podem ocorrer após o parto ou no decorrer de alguns dias; 
✔ São perdas sangüíneas que por vezes tornam-se graves. 
 
As causas mais comuns são: 
. 
✔ Retenção de restos placentários: os restos da placenta e das membranas que podem permanecer após 
a dequitação, representam a causa mais comum das hemorragias puerperais; deve ser avaliada pelo obstetra e 
provavelmente fará curetagem. 
UNIDADE VIII – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES DO 
PUERPÉRIO 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
51 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
✔ Incentivar a continuidade da amamentação; 
✔ Expor a mama ao sol; 
✔ Massagear o seio no sentido horário, lubrificando o 
mamilo e a aréola com o próprio leite; 
✔ Esgotar manualmente a mama; 
✔ Lavar bem as mamas no banho de chuveiro. 
✔ Hipotonia uterina: principalmente em multíparas, o útero contrai, porém relaxa, não comprimindo os 
vasos sangüíneos que formam o globo de pinard do útero, continuam sangrando nas áreas onde descolou a 
placenta. Isso no puerpério imediato e 4º fase de parto. 
 
Tipos de Hemorragias Puerperais 
 
✔ Atonia: útero não contrai; 
✔ Cuidados de Enfermagem; 
✔ Controle do sangramento; 
✔ Controle de SSVV; 
✔ Massagem do útero; 
✔ Administração de medicamentos prescritos; 
✔ Manter veia com soro fisiológico. 
 
8. 1. 2. Infecção Puerperal 
 
✔ É considerada aquela que se origina no aparelho genital, decorrendo de parto recente. 
✔ Em geral ocorre nas lacerações ou feridas do canal de parto ou zona de implantação da placenta, podendo 
comprometer todo o aparelho genital e organismo materno. 
 
Sintomas 
✔ Temperatura superior a 38C, principalmente; 
✔ Lóquios fétidos; 
✔ Dor. 
 
Causas 
 
✔ Pode ser causada pela falta de assepsia das pessoas que lidam com a paciente e do material (luvas, 
instrumental); de infecções existentes nas vias genitais externas ou provêm de qualquer foco de infecção: 
dentes, garganta, furúnculos. 
 
 
 
8. 1. 3. Rachaduras e Fissuras do Mamilo 
 
As feridas superficiais denominam-se rachaduras e as profundas fissuras são observadas frequentemente nos 
primeiros dias de lactação. São 
ocasionadas pela sucção do lactente e 
ocorrem com maior frequência nas 
primiparturientes, nos casos de mamilo 
umbilicado, plano, grande e quando 
existem más condições higiênicas e a falta 
de preparo do mamilo (massagens e raios 
de sol), a partir do 7° mês de gravidez. A 
paciente sente dor espontânea, ao roçar 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
✔ Administração de medicamentos prescritos; 
✔ Orientar, quanto à higiene perineal; 
✔ Utilizar técnicas assépticas ao prestar cuidados; 
✔ Prestar assistência à paciente no transcorrer da curetagem. 
52 
das vestes e principalmente na hora da mamada. 
 
8. 2. 4. Mastites 
 
São processos inflamatórios das mamas. Tem maior facilidade para adquiri-la, a puérpera que possui lesões 
mamilares, e /ou prática erros de amamentação, e de higiene. 
Desde que a mama se encontra ingurgitada até a comprovação de mastite, deve ficar elevada com sutiã 
adequado, pode fazer uso de analgésicos, antibióticos e compressas quentes. 
A amamentação deve ser suspensa, se necessário. Quando houver abscessomamário, este será tratado 
convenientemente. 
 
 
 
 
8. 2. 5. Hematomas Vulvares 
 
Quando são realizadas as episiotomias, após sua reparação, pode ocorrer que um vaso fique sangrando 
dentro da ferida suturada, causando um hematoma. A paciente recebe analgésicos e antibióticos e a sutura deve ser 
reaberta para que se faça a hemostasia do vaso 
 
 
8. 2. 6. Deiscência de Sutura de Episiotomia 
 
É a consequência de instalação de microorganismos na episiorrafia. É tratada com curativo locais, 
antibióticos e analgésicos. 
 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
✔ Não suspender a amamentação; 
✔ Aumentar o número de mamadas; 
✔ Limpeza com algodão e água morna; 
✔ Compressas quentes e úmidas das mamas; 
✔ fazer ordenha manual; 
✔ Lâmpada infra-vermelha. 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
✔ Administrar os medicamentos prescritos; 
✔ Observar e fazer o curativo de episiorrafia. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
✔ Orientar quanto à higiene; 
✔ Evitar o excesso de esforço físico; 
✔ Fazer curativo; 
✔ Administrar medicamentos prescritos; 
✔ Pode-se fazer irradiação com lâmpada 
infra-vermelha 
53 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
 
01ª) Quais as complicações mais comuns que podem 
ocorrer no período do puerpério? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05ª) Quais as causas da infecção puerperal e os 
 
cuidados de enfermagem relacionados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02ª) Quais as causas mais comuns da hemorragias 
puerperais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06ª) Quando e como são ocasionadas as rachaduras, 
fissuras no mamilo e quais o cuidados prestados pela a 
enfermagem em relção a isso? 
 
 
 
 
 
 
 
03ª) Quais os tipos de hemorragias puerperais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07ª) Caracterize o termo mastite e defina quais os 
cuidados de enfermagem relacionados a essa afecção. 
 
 
 
 
 
04ª) Em que consiste a infecção puerperal e quais seus 
principais sintomas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
08ª) O que são hematomas vulvares e quais os 
cuidados de enfermagem relacionados? 
 
 
 
 
 
 
10ª) O que são deiscência de sutura de episiotomia e 
quais os cuidados de enfermagem relacionados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
09ª) Diferencie os termos episotomia e episorrafia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entende-se por assistência imediata aquela prestada ao RNlogo após ao nascimento, ou seja, nas duas 
primeiras horasapós o parto. Procedimentos universais e obrigatórios. Segundo a OMS, os cuidados prestados ao RN 
devem serdesenvolvidos conforme a ética profissional, a filosofia dainstituição e os princípios de humanização do 
nascimento 
 
9. 1. OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NATO NORMAL 
 
 
 Observar e avaliar suas condições vitais, físicas e comportamentais; 
 Atender todas as necessidades básicas e específicas do recém-nascido; 
 Proteger a criança dos riscos do meio ambiente; 
 Identificar, precocemente, quaisquer anormalidades; 
 Intervir profissionalmente nos problemas que ocorrerem; 
 Conhecer o recém-nascido e interagir com ele, buscando a participação da família. 
 
 
UNIDADE IX – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NATO NORMAL 
 
A recepção do RN deve ter normas estabelecidas 
com as diferentes atribuições constituídas para a 
equipe profissional, com o objetivo de prestar 
uma assistência de qualidade. 
55 
9. 2. ASSISTÊNCIA IMEDIATA AO RECÉM-NATO NORMAL 
 
Receber o RN utilizando luvas 
 
Proteção do profissional 
 
 
 
 
 
 
 
9. 2. 1. Desobstrução das vias aéreas 
 
 Envolver o RN com lençol ou campo esterilizado para iniciar 
a secagem das secreções e aquecimento; 
 Manter a criança em Trendelemburg – facilita desobstrução 
das vias aéreas; 
 Remover mucosidades e sangue com gaze esterilizada da 
boca, nariz e olhos; 
 Realizar aspiração de mucosidades da oro e nasofaringe e 
verificar se não há atresia de coanas. 
 
 
9. 2. 2. Secar e aquecer o recém-nascido (RN) 
 
 Completar a secagem; 
 Manter o RN em berço aquecido e retirar o excesso delíquido 
amniótico com compressa macia, minimizando o choque térmico 
e restringindo as perdas de calor. 
 A transição do ambiente aquoso aquecido do útero para a sala 
de parto representa um estresse térmico para o bebê. 
 Ele responde ao frio com vasoconstrição, tentando reduzir o 
calor perdido com a metabolização de gorduras e consumindo 
assim, três vezes mais oxigênio e glicose. 
 
Estabelecer um ambiente adequado minimiza as perdas! 
 
 
9. 2. 3. Avaliação da vitalidade do RN - APGAR 
 
O índice de Apgar é realizado para avaliar o RN no 1º e 5ºminuto 
. 
 
 
RN envolto de secreçõescorporais (líquido amniótico, vérnix caseoso, sangue) 
• 1º min – fornece informações indicativas da adaptaçãoinicial 
do RN à vida extra-uterina. 
• 5º min – avaliação mais clara do estado geral do 
sistemanervoso central (SNC) do RN. 
56 
 
 
PONTUAÇÃO: 
Escore de 0 a 3 intensamente deprimidos. 
Escore de 4 a 6 moderadamente deprimido. 
Escore de 7 a 10 não exibem estresse imediato/ estável. 
 
 
9. 2. 4. Verificar Sinais Vitais 
 
 Monitorar a coloração do RN e temperatura;
 Monitorar a qualidade da respiração e a frequênciarespiratória do RN – durante 1 minuto completo;
 Verificar frequência cardíaca durante 1 minuto completo,observando irregularidades do ritmo e quaisquer 
sopros(Pulso apical);
 Avaliar os sinais vitais a cada hora nas primeiras 4 horas.
 
 
9. 2. 5. Identificação do recém-nascido 
 
 Impressão plantar do RN e digital da mãe permite estabelecer a identidade absoluta do bebê (ver 
cadernetada criança).
 Identificar o RN com uma braçadeira, com o nome da mãe,o sexo da criança, a data e hora do parto, o 
número doquarto ou número do registro no antebraço e tornozelo;
 Em partos múltiplos, a ordem de nascimento deverá serespecificada nas pulseiras através de números (1, 2, 
3, 4,etc.), após o nome da mãe.
 
9. 2. 6. Clampeamento do cordão umbilical 
 
 A criança deverá permanecer em nível inferior ao da mãe, até 
o cordão umbilical ser pinçado (clampeado e cortado logo após 
parar de pulsar); 
 Clampear o cordão a uma distância de 2cm do anel umbilical, 
usando álcool etílico a 70%. 
 Verificar sinais de hemorragia; 
 Inspecionar os vasos umbilicais - presença de duas artérias e 
uma veia; 
 
9. 2. 7. Administrar nitrato de prata nos olhos do RN 
 
 Confere as ações bactericida e bacteriostática para prevenir conjuntivite por Neisseria gonorrhoeae e Clamydia 
trachomatis (conjuntivite gonocócica); 
57 
 Após administração do medicamento (Nitrato de prata 1% ou Agirol – 1 gota em cada olho) realizar boa limpeza 
ocular e observar sinais de infecção. 
 
Profilaxia: oftalmia Neonatal Gonocócica, Método de Credé - aplicação do Nitrato de Prata a 1% na primeira hora 
de vida da criança. 
 
 
Que cuidados deve-se tomar com o frasco de nitrato de prata 1% ? 
 
 Observar o prazo de validade; 
 O frasco, depois de violado, deve ser trocado diariamente, pois a evaporação do diluente aumenta sua 
concentração acentuando sua ação cáustica. 
 Manter em local que os resguarde do calor e da luz, pois podem afetar sua concentração. 
 A solução de nitrato de prata é límpida e transparente sendo que o aparecimento de turvação ou precipitados 
indicam que a solução deve ser descartada. 
 Se o dispositivo conta-gotas tocar no olho do recém-nascido, este frasco deverá ser descartado. 
 
 
 
 
 
9. 2. 8. Administrar vitamina K 
 
A vitamina K é administrada em dose única por via intramuscular (1mg = 0,1ml), até 2 horas após o nascimento. 
 
Vitamina anti homorrágica!!! 
Administrar por via intramuscular (IM) 1 mg nas primeiras horas de vida da criança. 
 
 
 Profilaxia: Doença Hemorrágica do Recém Nascido 
Eventualmente, o nitrato de prata pode ocasionar conjuntivite química, que é decorrente do 
excesso desse medicamento instilado no saco lacrimal. Tal incidente ocorre quando o 
profissionalda saúde, sem o conhecimento da técnica correta, pinga mais de uma gota, 
ocasionando a irritação no olho. Por conta disso, seu uso tem sido questionado em alguns 
hospitais, inclusive sendo substituído por outros medicamentos. 
58 
 
 
 
9. 2. 9. Contato mãe-bebê 
 
É fundamental iniciar o contato do bebê com a mãe omais 
precocemente possível – incentiva o aleitamentomaterno, aumenta o 
vínculo afetivo, fornece proteção 
 
 Desde o momento do nascimento, o RN normal não deve ser 
afastado da mãe e o aleitamento precisa ser iniciado o mais 
precocemente possível. 
 Após as duas primeiras horas de vida, aproximadamente, o RN 
deverá receber a primeira higiene corporal e deverá ser 
submetido ao primeiro exame físico completo, além de ter seus 
reflexos avaliados. 
 
 
9. 2. 10. Exame/Avaliação do RN 
 
O exame do RN deve ser minucioso, feitoem local e condições satisfatórias, incluindotodos os órgãos e 
sistemas passíveis deserem avaliados clinicamente. Deve ser observado tônus muscular, atividade espontânea, 
postura,fácies, tiragens, estridores, gemidos,características de choro, vômitos, regurgitações,sangramentos, 
convulsões, eliminação demecônio e urina, distensão abdominal, salivaçãoe sopros cardíacos. 
 As manifestações clínicas predominantes da carênciada vitamina K são as hemorragias; 
 Decorrentes da não ativação das proteínasdependentes da vitamina. 
 
São cuidados mediatos 
 
1. Higiene corporal; 
2. Exame físico completo; 
3. Avaliação das capacidades de 
alimentação; 
4. Vínculo mãe-bebê 
5.Avaliação da perda ponderal. 
 
CAUSAS DA PERDA DO PESO DO RN: 
 
✔ Eliminação do mecônio; 
✔ Urina; 
✔ Alimenta-se pouco (dorme muito); 
✔ Perdas metabólicas. 
59 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
 
 
01ª) Quais os procedimentos utilizados na prática da 
assistência imediata ao recém-nato normal? 
05ª) Como realizar a assistência de enfermagem 
relacionado a identificação do recém nascido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02ª) Como realizar a assistência de enfermagem 
relacionado a desobstrução nasal? 
 
 
 
 
06ª) Como realizar a assistência de enfermagem 
relacionado ao clampeamento do cordão umbilical? 
 
 
 
 
 
 
 
 
03ª) Quais os parâmetros avaliados no índice de 
Apgar? 
 
 
 
 
07ª) Qual o objetivo da administração de nitrato de 
 
prata nos olhos do recém-nascido? 
 
 
 
 
 
04ª) Em relação aos sinais vitais, quais desses são 
verificados na assistência imediata ao recém-nascido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
08ª) Caracterize a oftalmia neonatal gonocócica. 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
09ª) Qual o objetivo da administração da vitamina K no 
11ª) Qual a importância do contato mãe-bebê nas 
primeiras horas de vida do recém-nascido? 
recém-nascido, e qual a dose e a via de administração? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10ª) Caracterize doença hemorrágica do recém- 
nascido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a 
amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno 
(aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais 
tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser 
complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve ser interrompida. 
 
 
 
UNIDADE X – ALEITAMENTO MATERNO 
Importante! 
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo 
que envolve interação profunda entre mãe e filho, com 
repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade 
de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu 
desenvolvimento cognitivo e emocional. 
61 
10. 1. BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO 
 
 
 
 
Benefícios para a sociedade 
e o planeta 
O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera 
poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua 
produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos 
substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos 
do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na 
infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para 
a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade. 
 
 
Benefícios para o Bebê 
O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e 
alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, 
além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças 
amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de 
que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento 
cognitivo. 
 
 
Benefícios para a Mulher 
A amamentação oferece diversos benefícios à mulher. 
Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui 
as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do 
útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho. 
 
 
10. 2. COMO AMAMENTAR 
 
Amamentar não deve doer. No início pode haver algum desconforto até que mãe e bebê se adaptem à 
amamentação, que deve ser prazerosa tanto para a mãe, como para o bebê. O bebê deve estar virado para a mãe, 
bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres. A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o 
nariz bem na frente do mamilo. O bebê deve ser colocado para sugar quando ele abrir bem a boca. Quando o bebê 
pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola 
(parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo. Cada bebê tem seu próprio ritmo de 
mamar, o que deve ser respeitado. A seguir veja como é realizado a pega correta do bebê no mamilo. 
Importante! 
Nos primeiros seis meses de vida o bebê seja amamentado exclusivamente, e a oferta de água, 
chás e outros leites é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes. O colostro nos primeiros 
dois a três dias de vida, é suficiente para nutrir e hidratar recém-nascidos saudáveis e eles não 
necessitam de qualquer outro líquido além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação 
tecidual relativamente altos. 
62 
 
 
 
Dicas sobre amamentação 
 
Os bebês não têm horário certo para mamar. Eles costumam mamar muitas vezes, durante o dia e à noite, 
principalmente nos primeiros meses. Nem todo choro do bebê é fome. Ele pode chorar porque está com frio ou calor, 
sentindo algum desconforto, fraldas sujas ou precisando de aconchego. Com o tempo, a família aprende a reconhecer 
melhor esses sinais. 
 
Se o bebê estiver fazendo barulhos ao mamar, como por exemplo som de estalos, ele pode estar engolindo 
ar. Nesse caso, é importante segurá-lo junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto e também 
avaliar se a pega na mama está adequada. 
 
O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe come. Por isto, a criança que mama no peito 
tem mais facilidade para aceitar os alimentos que serão introduzidos após os 6 meses de idade. É muito importante 
63 
que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do bebê 
e faz com que ele ganhe mais peso. 
 
 
 
10. 3. BANCO DE LEITE HUMANO 
 
O leite humano é essencial para todos os bebês, em especial para a saúde e sobrevivência de bebês 
prematuros e de baixo peso (com menos de 2.500gr), que estão internados nas unidades neonatais do Brasil e não 
podem ser amamentados pelas próprias mães 
 
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano está presente em todos os estados brasileiros, com mais de 
200 bancos de leite materno e postos de coleta. No entanto, a Rede consegue suprir um mais da metade da demanda 
para os recém-nascidos internados nas unidades neonatais do Brasil,por isso, toda ajuda é bem-vinda. Um pote de 
leite humano de 200 ml doado, por exemplo, é capaz de alimentar até dez recém-nascidos internados, por dia. 
Dependendo do peso do bebê, cerca de um ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que ele for alimentado. 
 
Bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os 
benefícios do leite humano com a doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de 
recuperação e sobrevivência. 
 
 
10. 3. RESTRIÇÕES QUANTO AO ALEITAMENTO MATERNO 
 
São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite 
materno. Alguns exemplos são os filhos de mães HIV positivo, para os quais a amamentação é contraindicada, e de 
mulheres usuárias regulares de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras), as 
quais devem interromper a amamentação enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias. 
 
 
EXERCÍCIOS Praticando... 
 
01ª) Os primeiros dias após o parto são fundamentais 
para o sucesso da amamentação. É um período de 
intenso aprendizado para a mãe e o bebê. Em relação 
a amamentação, assinale a alternativa CORRETA. 
 
 
a) Em geral, um bebê em aleitamento materno 
exclusivo mama de duas a seis vezes ao dia. 
b) O melhor momento de não interagir com a criança é 
quando ela se encontra no estado quietoalerta. 
c) O tempo de permanência na mama em cada 
mamada deve ser fixado. 
d) Além de interferir no aleitamento materno, o uso 
de chupeta está associado à maior ocorrência de 
candidíase oral (sapinho), de otite média e de 
alterações do palato. 
02ª) O aleitamento materno é recomendado por órgãos 
nacionais e internacionais devido à série de benefícios 
que proporciona tanto para o lactente quanto para a 
lactante. Sendo assim, o uso de mamadeiras está 
contraindicado, pois prejudica o aleitamento materno. 
São razões para não oferecer mamadeiras a crianças, 
EXCETO: 
 
a) Sugar a mamadeira é mais fácil, a criança faz 
menos esforço e, se ela tentar sugar o peito da 
mesma maneira que suga a mamadeira, o leite pode 
não sair tão facilmente e isso pode frustrá-la e levá- 
la, inclusive, a recusar o peito. 
b) O uso de mamadeiras prejudica a habilidade da 
criança de regular o apetite, podendo ocasionar 
ganho de peso excessivo. 
c) O uso de mamadeiras faz com que o movimento e 
a posição da língua prejudiquem o desenvolvimento 
da deglutição, mastigação e fala. 
 
Uso de Mamadeira e Chupetas: O Ministério da Saúde não recomenda o uso de mamadeiras e 
chupetas. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar 
negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a 
mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito. 
64 
d) A mamadeira pode ser uma fonte de contaminação 
de vírus e bactérias, aumentando a chance de a 
criança contrair uma infecção. 
e) O uso de mamadeiras auxilia o lactente a receber 
todos os nutrientes que necessita. 
 
03ª) O leite humano e o colostro contém anticorpos e 
fatores anti- infecciosos que não estão presentes nas 
fórmulas infantis. Qual é a principal substância 
presente no leite humano, responsável por proteger o 
intestino imaturo do bebê/criança contra infecções? 
 
a) Imunoglobulina G secretória (IgG); 
b) Anticorpos IgM; 
c) Antígenos microbianos; 
d) Imunoglobulina E (IgE); 
e) Imunoglobulina A secretória (sIgA) 
 
 
04ª) É importante aguardar que o bebê sugue uma 
mama inteira antes de passar para a outra, pois o leite 
do final da mamada tende a ser mais rico em: 
 
a) carboidrato. 
b) proteína. 
c) gordura. 
d) ferro. 
e) tiamina. 
 
 
05ª) O aleitamento materno é uma das prioridades do 
Governo Federal. Sobre esse tema, assinale a 
alternativa INCORRETA: 
 
a) Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da 
mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 
meses, a amamentação deve ser complementada 
com outros alimentos saudáveis e de hábitos da 
família, mas não deve ser interrompida. 
b) O Ministério da Saúde recomenda a 
amamentação até os dois anos de idade ou mais, e 
que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente 
leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou 
seja, sem necessidade de sucos, chás, água e 
outros alimentos. 
c) Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. 
É um processo que envolve interação profunda 
entre mãe e filho, com repercussões no estado 
nutricional da criança, em sua habilidade de se 
defender de infecções, em sua fisiologia e no seu 
desenvolvimento cognitivo e emocional. 
d) São poucas as situações em que pode haver 
indicação médica para a substituição parcial ou total 
do leite materno. Alguns exemplos são os filhos de 
mães HIV negativo, para os quais a amamentação 
é contraindicada, e de mulheres usuárias regulares 
de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, 
crack, anfetamina, ecstasy e outras), as quais 
devem interromper a amamentação enquanto 
estiverem fazendo uso dessas substâncias. 
e) O leite materno protege contra diarreias, 
infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de 
hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de 
reduzir a chance de desenvolver obesidade. 
Crianças amamentadas no peito são mais 
inteligentes, há evidências de que o aleitamento 
materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. 
 
06ª) Em relação à prática do aleitamento materno, 
assinale a alternativa correta. 
 
a) Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser 
interrompida e dar lugar a outros alimentos 
saudáveis e de hábitos da família. 
b) O Ministério da Saúde recomenda a 
amamentação até os dois anos de idade ou mais, e 
que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente 
leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou 
seja, sem necessidade de sucos, chás, água e 
outros alimentos. 
c) O Ministério da Saúde recomenda o uso de 
chupetas e de mamadeira caso a criança tenha 
dificuldade de pega no peito. 
d) A mastite e o bico retrovertido são complicações 
que podem surgir em decorrência da amamentação, 
e, nesses casos, o aleitamento deverá ser 
interrompido. 
e) O colostro é eliminado após 10 dias do 
nascimento, sendo o alimento ideal para o recém- 
nascido. Além de nutritivo, ajuda a proteger a 
criança contra infecções, pois contém grande 
quantidade de substâncias fundamentais no 
fortalecimento da imunidade. 
 
07ª) A pega correta é o primeiro passo para a mamada 
eficiente. Marque a alternativa correspondente ao 
músculo facial que auxilia no vedamento labial, 
manutenção da pressão intraoral e sucção por pressão 
negativa. 
 
a) Zigomático menor. 
b) Risório. 
c) Zigomático maior. 
d) Bucinador. 
e) Masseter. 
 
08ª) Considerando os benefícios do aleitamento 
materno exclusivo para o lactente e a lactante, 
identifique o enunciado INCORRETO: 
 
a) Reduz o risco de asma e de sibilos recorrentes e 
protege contra o desenvolvimento de dermatite 
atópica nos bebês. 
b) Diminuição do risco de hipertensão, colesterol alto 
e diabetes no lactente. 
65 
c) Involução uterina mais rápida e redução na 
hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de 
progesterona. 
d) Diminuição do risco de câncer de mama e ovário 
na lactante. 
e) Efeito positivo no desenvolvimento intelectual da 
criança. 
 
09ª) Segundo a Organização Mundial de Saúde- OMS 
existem 4 pontos- chave, que caracterizam a pega e o 
posicionamento adequados para amamentação, 
exceto: 
 
a) Mais aréola visível acima da boca do bebê. 
b) Lábio inferior virado para fora. 
c) Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz 
na altura do mamilo. 
d) Boca bem aberta. 
e) Bochechas do bebê encovadas a cada sucção. 
10ª) Assinale a alternativa correta sobre o aleitamento 
materno e a alimentação complementar saudável. 
 
a) O aleitamento materno exclusivo é preconizado 
para todas as crianças até os 4 meses deidade, 
devendo ser complementado a partir dessa idade. 
b) A prática do aleitamento materno depende 
basicamente das orientações corretas fornecidas às 
mães pela equipe de saúde da maternidade. 
c) A promoção do aleitamento materno exclusivo 
para os bebês de baixo peso e/ou pré-termos deve 
ser feita somente quando há aceitação familiar 
dessa prática. 
d) Entre os 4 e 6 meses de idade, a criança deve 
receber complementarmente ao aleitamento 
materno, alimentos levemente adocicados, mais 
suaves ao paladar. 
e) O aleitamento materno exclusivo deve ser 
praticado até os 6 meses e complementado com 
alimentos apropriados até os 2 anos ou mais. 
 
 
 
 
 
 
11. 1. BERÇÁRIO 
 
A internação no Berçário se dá via Centro Obstétrico, Centro Cirúrgico, UTI Neonatal ou diretamente em casos 
de parto domiciliar, em ambulância, etc. O atendimento é destinado à assistência ao recém-nascido. Após o nascimento 
do bebê, a equipe pediátrica e de enfermagem dará os primeiros atendimentos necessários (secagem, aquecimento, 
observação do estado geral e padrão respiratório, administração dos medicamentos obrigatórios, contato precoce com 
a mãe e aleitamento materno) e, em seguida, o recém-nascido será encaminhado ao quarto com a mãe, onde 
permanecerá em alojamento conjunto até a alta hospitalar. A enfermagem auxilia no banho e nos cuidados com o bebê, 
além de orientar e incentivar o aleitamento materno. 
 
Durante a permanência, são realizados obrigatoriamente os testes da orelhinha, da linguinha, do olhinho e do 
coraçãozinho, e exames laboratoriais necessários. 
O atendimento no Berçário é realizado pelas enfermeiras hospitalares, técnicas de enfermagem, equipe médica 
pediátrica e equipe multidisciplinar. 
 
A equipe de enfermagem é responsável por agendar a primeira consulta do recém-nascido no posto de saúde 
de origem no prazo máximo de 10 dias, orientar sobre o exame do pezinho (realizado no posto de saúde após a alta), 
dar as orientações necessárias e encaminhar o recém-nascido à recepção. A alta hospitalar é dada pelo pediatra de 
plantão. O tempo de permanência mínimo para parto normal é de 24 h e para parto cesárea, 48 horas. 
 
A internação do recém-nascido dá o direito à mãe de permanecer como acompanhante por 24 horas. Para 
outros membros da família, o horário é especial. 
 
 
11. 2. ALOJAMENTO CONJUNTO 
 
A transferência do recém-nascido com sua mãe para o Alojamento conjunto ocorre quando o bebê encontra- 
se em condições clínicas favoráveis e com os sistemas estáveis. 
 
UNIDADE XI – BERÇÁRIO E ALOJAMENTO CONJUNTO 
66 
É importante que você tenha em mente os objetivos do cuidado de enfermagem ao recém-nascido no Alojamento 
conjunto. Eles abordam: 
 
 A diminuição da morbimortalidade infantil, com ênfase na neonatal. 
 O incentivo ao aleitamento materno. 
 A promoção e o fortalecimento dos vínculos familiares. 
 Suporte para que os pais se sintam confiantes e seguros para o cuidado com o recém-nascido. 
 Estímulo ao desenvolvimento de programas educativos individuais e coletivos. 
 
 
11. 2. 1. Assistência de enfermagem ao recém-nascido no alojamento conjunto 
 
Os cuidados que devem ser prestados diariamente pela Enfermagem ao recém-nascido no Alojamento conjunto 
são os seguintes: 
 
 Exame físico e de reflexos completo. 
 Incentivo e apoio à amamentação. 
 Proteção contra infecções. 
 Avaliação e controle dos sinais vitais. 
 Avaliação da perda ponderal. 
 Controle das eliminações. 
 Medidas de higiene e conforto. 
 Cuidados com o coto umbilical. 
 Avaliação de anormalidades e educação em saúde. 
 
67 
11. 2. 2. Riscos de infecção ao recém-nascido 
 
Os recém-nascidos, devido a sua vulnerabilidade, estão mais suscetíveis às infecções, podendo ser infectados 
por várias vias, incluindo os profissionais de saúde e os materiais e equipamentos utilizados para o seu cuidado. 
 
Desta forma, a prevenção e o controle das infecções neonatais se mostram como um desafio para a equipe de 
saúde envolvida nos cuidados aos neonatos. Quando está no útero materno, o feto encontra-se protegido da flora 
microbiana do trato genital materno. Após a ruptura das membranas, a colonização normal do neonato e da placenta 
começa a se estabelecer, sendo que os mesmos continuam sendo colonizados quando em contato com a mãe e com 
os ambientes inanimado e animado, até que se estabeleça a flora normal endógena neonatal. Os fatores que podem 
contribuir para a aquisição desta flora são: a flora genital materna, a alimentação do neonato, o pessoal em contato com 
o neonato e o ambiente (PINHATA; NASCIMENTO, 2001). 
 
Segundo os autores Pinhata e Nascimento (2001), Monticelli e Oliveira (2011), o risco para infecção em recém-nascidos 
envolve fatores intrínsecos e extrínsecos, observe os detalhes de cada um a seguir: 
 
Intrínsecos 
A idade gestacional, o gênero, o peso ao nascer, a presença e a gravidade de doença, o grau de desenvolvimento 
imunológico, a infecção materna, entre outros. 
 
Extrínsecos 
Procedimentos invasivos, tais como: sondagens, uso de cateteres, cânulas, drenos, etc.; o ambiente; a duração da 
permanência no hospital; os profissionais de saúde que podem infectar o neonato por meio das mãos ou por meio das 
vias aéreas; as soluções desinfetantes; os materiais utilizados que não são de uso individualizado, como termômetros, 
estetoscópios, fitas métricas; os outros recém-nascidos. 
 
Os sinais de infecção, embora inespecíficos, devem ser avaliados diariamente pela equipe de enfermagem, 
buscando garantir um cuidado individualizado e de qualidade. A enfermagem deve estar atenta para sinais como: 
retrações intercostais; gemidos expiratórios; alterações na frequência e no ritmo respiratório e circulatório; coloração 
cutânea pálida, cianosada ou marmórea; edema; perfusão periférica diminuída; hipo ou hipertermia; presença de 
vesículas ou pústulas; distensão abdominal; problemas com alimentação; vômitos; resíduos gástricos biliosos; 
hiperemia; alterações nas fezes como diarreia, diminuição do número de evacuações ou presença de sangue oculto; 
irritabilidade; letargia; hipo ou hipertonia; tremores; convulsões; depressão ou abaulamento das fontanelas, entre 
outros. 
 
11. 2. 3. Cuidados relacionados ao recém-nascido 
 
 
2. Em relação às eliminações, é importante observar a presença de regurgitações e vômitos, bem como se o 
bebê está urinando e evacuando normalmente. Os bebês amamentados ao peito evacuam em torno de duas 
a dez vezes por dia, enquanto os bebês que são alimentados por fórmula apresentam em média uma 
evacuação por dia. As primeiras fezes, eliminadas dentro das 48 horas após o nascimento, denominadas de 
mecônio, são pegajosas, intensamente coradas pela bile e consideradas estéreis. Entre o término da 
eliminação meconial e da eliminação permanente, encontramos as fezes de transição, que são amarronzadas 
e geralmente aparecem em torno do 2o dia de vida. As fezes permanentes ou lácteas são produto específico 
da degradação do leite ingerido pelo recém-nascido e apresentam-se amareladas e fétidas, sendo eliminadas 
 
1. Um cuidado de grande importância que deve ser realizado diariamente no Alojamento conjunto é a pesagem 
do neonato, que deve ser aferida com o recém-nascido sem roupa, em balança digital protegida, previamente 
desinfetada e tarada. Os bebês a termo perdem cerca de 10% do seu peso de nascimento nos primeiros dias 
após o nascimento (mais ou menos até o quarto dia) recuperando-o em torno do décimo ou décimo quinto dia 
de vida. Esta perda ocorre devido à diminuição de fluidos corporais, à eliminação de mecônio e urina e à 
pequena ingesta de alimentos logo após o nascimento, obrigando o neonato a utilizar suas próprias reservas 
energéticas. 
68 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
01ª) Caracterize berçário e alojamento conjunto. 
Praticando... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03ª) Quais os riscosintrínsecos de infecção 
 
relacionada ao recém-nascido? 
02ª) Descreva a assistência de enfermagem prestada 
ao recém-nascido em alojamento conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. A eliminação urinária, logo após o nascimento, é escassa, porém, dentro de poucos dias, torna-se abundante, 
sendo que o neonato urina várias vezes por dia. A urina do recém-nascido é clara e de baixa densidade, no 
entanto, devido à imaturidade renal (filtração glomerular deficiente) pode apresentar cristais de urato, que dão 
uma cor avermelhada à urina (KENNER, 2001). Este fato, do ponto de vista clínico, não merece atenção 
específica. No entanto, os familiares devem ser orientados sobre a imaturidade renal, pois muitas vezes 
mostram-se ansiosos e preocupados. 
de duas a cinco vezes por dia (MONTICELLI, 2011). A ausência de eliminação meconial nas primeiras 48 horas 
de vida sugere malformação anal ou intestinal (KENNER, 2001). 
69 
 
American College of Obstetrics and Gynecology 
(ACOG): ACOG Practice Bulletin, Number 222: 
Gestational hypertension and preeclampsia. Obstet 
Gynecol 133 (1):1, 2019. doi: 
10.1097/AOG.0000000000003018 
 
04ª) Quais os riscos Extrínsecos de infecção 
relacionada ao recém-nascido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05ª) O que significa perda ponderal fisiológica para o 
recém nascido, e qual a importância de orientar a 
família em relação a isso? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
American Academy of Pediatrics, American College of 
Obstetricians and Gynecologists, eds. Guidelines for 
perinatal care. 2020. Brasil. 
 
Ministerio da Saude. Secretaria de Atencao a Saude. 
Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. 
Atencao humanizada ao recem-nascido de baixo peso: 
Metodo Canguru/ Ministerio da Saude, Secretaria de 
Atencao a Saude, Departamento de Acoes 
Programaticas Estrategicas. – 2. ed. – Brasilia : Editora 
do Ministerio da Saude, 2019. 204 p. : il. – (Serie A. 
Normas e Manuais Tecnicos). 
ACOG Committee Opinion No. 743: Low-dose aspirin 
use during pregnancy. Obstet Gynecol 132 (1):e44– 
e52, 2018. doi: 10.1097/AOG.0000000000002708. 
 
Artal R: Exercise: The alternative therapeutic 
intervention for gestational diabetes. Clinical Obstetrics 
and Gynecology 46 (2):479–487, 2003. 
 
Artal R: The role of exercise in reducing the risks of 
gestational diabetes mellitus in obese women. Best 
Pract Res Clin Obstet Gynaecol 29 (1):123–4132, 
2015. 
 
Workowski KA. , Laura H. Bachmann LH, Chan PA: 
Sexually transmitted infections treatment guidelines, 
2021. MMWR Recomm Rep 70 (4):1–187, 2021. doi: 
http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.rr7004a1external 
icon. 
 
APGAR V. A proposal for a new method of evaluation 
of the newborn infant. Curr Res Anesth Analg 1953; 
32:260-7. - BORNIA, R. G.; COSTA JUNIOR, I. B. da; 
AMIM JUNIOR, J.Parto Pretermo. In: BORNIA, R. G.; 
COSTA JUNIOR, I. B. da; AMIM JUNIOR, J. (Org.). 
Protocolos assistenciais: Maternidade Escola: 
Universidade Federal do Rio de Janeiro : 
anestesiologia, neonatologia, obstetrícia. Rio de 
Janeiro: POD, 2013. cap.64. p.275-280 - BRASIL. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde do recém- 
nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério 
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. 
– Brasília : Ministério da Saúde, 2011. 4 v. : il. – (Série 
A. Normas e Manuais. Disponível em: 
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v4.pdf. 
Acesso em: 06 mai 2015. - BRASIL. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes para a 
organização da atenção integral e humanizada ao 
recém nascido no Sistema Único de Saúde. Portaria n° 
371 de 7 maio de 2014. Disponível em: 
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.js 
p?jornal=1&pagina=50&data=08/05/2014. Acesso em 
06 mai 2015. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. 
Reanimação Neonatal em Sala de Parto: Documento 
Científico do Programa de Reanimação Neonatal da 
Sociedade Brasileira de Pediatria . 2013 Disponível em: 
http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN-SBP- 
https://journals.lww.com/greenjournal/Abstract/2020/06000/Gestational_Hypertension_and_Preeclampsia__ACOG.46.aspx
https://journals.lww.com/greenjournal/Abstract/2020/06000/Gestational_Hypertension_and_Preeclampsia__ACOG.46.aspx
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29939940
https://www.researchgate.net/publication/10707480_Exercise_The_Alternative_Therapeutic_Intervention_for_Gestational_Diabetes
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521693414001746?via%3Dihub
https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/rr/rr7004a1.htm
http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.rr7004a1external
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v4.pdf
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.js
http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN-SBP-
70 
Reanima%C3%A7%C3%A3oNeonatalatualiza%C3%A 
7%C3%A3o-1abr2013.pdf. Acesso em 22 mai 2015 
	1. 2 PRINCIPAIS AFECÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO E A CONSULTA CLÍNICO- GINECOLÓGICA
	1. 2. 1. Leucorréias
	1. 2. 2. Vulvovagites
	1. 2. 3. Vaginoses bacterianas
	1. 2. 4. Candidíase vulvovaginal
	1. 2. 5. Tricomoniase genital
	1. 2. 6. Herpes genital
	1. 2. 7. Cancro mole
	1. 2. 8. Bartholinite
	1. 2. 9. Câncer de colo de útero
	1. 2. 10. Câncer de mama
	1. 3. FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL
	1. 3. 1. O ciclo menstrual
	- Fase Proliferativa
	- Fase Secretória
	1. 4. CLIMATÉRIO
	1. 5. MENOPAUSA
	1. 5. 1. Sintomas
	1. 6. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
	1. 6. 1. Fecundação
	1. 6. 2. Desenvolvimento do blastocisto
	1. 6. 3. Desenvolvimento do embrião, feto e da placenta
	1. 7. FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
	1. 7. 1. Fase ovular – 1 semana
	1. 7. 2. Fase embrionária
	1. 7. 3. Fase fetal
	1. 8. ANEXOS DO EMBRIÃO E FETO
	1. 8. 1. Placenta
	1. 8. 2. Cordão Umbilical
	1. 8. 3. Líquido Amniótico
	EXERCÍCIOS
	Praticando...
	2. 1. AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL
	2. 1. 1. Atividades desenvolvidas na avaliação pré-natal
	2. 2. ASSISTÊNCIAL PRÉ-NATAL
	2. 3. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS, PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
	10 PASSOS PARA O PRÉ-NATAL DE QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA
	2. 4. ACOLHIMENTO AO PRÉ-NATAL
	2. 5. O PAPEL DA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA NO PRÉ-NATAL
	ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
	2. 6. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
	2. 6.1. Sinais de Presunção de Gravidez
	2. 6. 2. Sinais de Probabilidade de Gravidez
	2 6. 3. Sinais de Certeza de Gravidez
	2. 7. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL
	2. 8. CALENDÁRIO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL
	2. 9. ROTEIRO DA CONSULTA DE PRÉ-NATAL
	2. 10. ANAMNESE
	2. 11. CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO
	2. 12. CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
	2. 13. EXAME FÍSICO
	2. 13. 1. Palpação Obstétrica e Medida Uterina (AU)
	2. 13. 2. Ausculta dos Batimentos Cardiofetais
	2. 13. 3. Controle do Peso
	2. 13. 4. Controle da Pressão Arterial
	2. 13. 5. Avaliar Sinais Clínicos
	2. 13. 6. Exames Complementares de Rotina no Pré-Natal
	2. 13. 7. Imunização na Gestação
	2. 13. 8. Assistência Odontológica
	2. 13. 9. Suplementação de Vitaminas
	EXERCÍCIOS (1)
	Praticando...
	3. 1. CACTERÍSTICAS AVALIADAS
	3. 2. ADMISSÃO DA PARTURIENTE E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
	- Admissão da paciente no centro obstétrico
	- Objetivos de enfermagem
	- Avaliação de enfermagem
	3. 3. CONTROLE DA EVOLUÇÃO DO PARTO
	EXERCÍCIOS (2)
	Praticando...
	Coluna 1
	Coluna 2
	4. 1. FASE 1: DILATAÇÃO
	4. 2. FASE 2: EXPULSÃO
	4. 3. FASE 3: DEQUITAÇÃO
	SÃO TRÊS TEMPOS FUNDAMENTAIS:
	4. 4. FASE 4: GREENBERG
	Praticando... (1)
	5. 1. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA O PARTO CESÁREA
	5. 2. COMO É REALIZADO O PARTO CESÁREA
	5. 2. 1. Com quantas semanas o bebé pode nascer?
	5. 2. 2. Anestesia na cesariana
	5. 3. RISCOS E COMPLICAÇÕES DO PARTO CESÁREA
	5. 3. 1. Cicatriz após cesariana
	5. 4. RECUPERAÇÃO E CUIDADOS APÓS ALTA
	5. 5. VANTAGENS DO PARTO NORMAL X CEARIANA
	EXERCÍCIOS (3)
	Praticando...
	6. 1. AÇÕES DE ENFERMAGEM RELACIONADAS AO PUERPÉRIO
	6. 1. 1. Uso de Medicamentos
	6. 1. 2. Lóquios
	6. 1. 3. Útero
	6. 1. 4. Vagina
	6. 1. 5. Mamas
	6. 1. 6. Intestino
	6. 1. 7.Volta da Menstruação
	6. 1. 8. Dieta
	6. 1. 9. Períneo
	EXERCÍCIOS (4)
	Praticando...
	7. 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL
	7. 1. 1. Classificação das doenças hipertensivas
	7. 1. 2. Riscos relacionados a hipertensão crônica
	o Pré-eclâmpsia e eclampsia
	7. 2. DIABETES GESTACIONAL
	7. 3. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
	7. 4. PIELONEFRITE
	7. 5. ANORMALIDADES DO TRATO GENITAL
	7. 6. IDADE MATERNA
	7. 7. PESO MATERNO
	7. 8. ALTURA MATERNA
	7. 9. EXPOSIÇÃO A TERATÓGENOS
	7. 10. NATIMORTO PRÉVIO
	7. 11. PARTO PREMATURO PRÉVIO
	 Avaliação por ultrassonografia, incluindo medida do comprimento do colo do útero, com 14 a 16 semanas
	 Medida da fibronectina fetal
	7. 12. NEONATO ANTERIOR COM DOENÇA GENÉTICA OU CONGÊNITA
	7. 13. POLIDRÂMNIO E OLIGOIDRÂMNIO
	7. 14. GESTAÇÃO MULTIFETAL
	7. 15. LESÃO ANTES DO NASCIMENTO
	EXERCÍCIOS (5)
	Praticando...
	8. 1. AS COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER COM MAIOR FREQUÊNCIA NO PUERPÉRIO
	8. 1. 1. Hemorragias Puerperais
	8. 1. 2. Infecção Puerperal
	8. 1. 3. Rachaduras e Fissuras do Mamilo
	8. 2. 4. Mastites
	8. 2. 5. Hematomas Vulvares
	8. 2. 6. Deiscência de Sutura de Episiotomia
	EXERCÍCIOS (6)
	Praticando...
	9. 1. OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NATO NORMAL
	9. 2. ASSISTÊNCIA IMEDIATA AO RECÉM-NATO NORMAL
	Receber o RN utilizando luvas
	9. 2. 1. Desobstrução das vias aéreas
	9. 2. 2. Secar e aquecer o recém-nascido (RN)
	9. 2. 3. Avaliação da vitalidade do RN - APGAR
	PONTUAÇÃO:
	9. 2. 4. Verificar Sinais Vitais
	9. 2. 5. Identificação do recém-nascido
	9. 2. 6. Clampeamento do cordão umbilical
	9. 2. 7. Administrar nitrato de prata nos olhos do RN
	9. 2. 8. Administrar vitamina K
	Vitamina anti homorrágica!!!
	9. 2. 9. Contato mãe-bebê
	9. 2. 10. Exame/Avaliação do RN
	EXERCÍCIOS (7)
	Praticando...
	10. 1. BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
	10. 2. COMO AMAMENTAR
	10. 3. BANCO DE LEITE HUMANO
	EXERCÍCIOS (8)
	Praticando...
	11. 1. BERÇÁRIO
	11. 2. ALOJAMENTO CONJUNTO
	11. 2. 1. Assistência de enfermagem ao recém-nascido no alojamento conjunto
	11. 2. 2. Riscos de infecção ao recém-nascido
	Intrínsecos
	Extrínsecos
	EXERCÍCIOS (9)
	Praticando...

Mais conteúdos dessa disciplina