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eBook Completo Projeto de Arquitetura e Urbanismo II _SER (Versão Digital)

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PROJETO DE 
ARQUITETURA E 
URBANISMO II 
PROJETO DE 
ARQUITETURA E 
URBANISMO II 
Projeto de Arquitetura e Urbanism
o II 
Tatiane Sousa de Lima Tatiane Sousa de Lima 
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
Neste material, aprenderemos quais os principais elementos para se efetuar um 
dimensionamento adequado dos projetos de arquitetura, considerando todas as 
principais interfaces e como a forma, o espaço e as legislações interferem no edifício 
projetado e se relacionam com ele e todo o seu entorno.
Exploraremos a realização de um projeto com uma representação gráfica que seja 
funcional, conhecendo todas as etapas de um projeto de arquitetura – desde sua 
concepção ao projeto que vai para a obra – e quais documentos são gerados em 
cada uma dessas etapas.
Além disso, nos debruçaremos sobre composições arquitetônicas consideradas como de 
pequena complexidade que encorajem e enalteçam perspectivas formais e inovadoras, 
dedicando-nos ainda às fases pré-projetuais e à volumetria do partido arquitetônico.
Alguns dos assuntos abordados aqui dizem respeito também à análise espacial, 
plasticidade, unidades habitacionais de pequeno porte, térreas e com pavimento 
superior, assim como unidades comerciais de mesmo tipo. Assim, espera-se que 
o aluno torne-se quali� cado no que diz respeito à arquitetura e urbanismo ao 
lançar mão de elementos como condicionantes, normas e o emprego adequado dos 
instrumentos de desenho.
SER_ARQURB_PAUII_CAPA.indd 1,3 17/08/20 10:17
© Ser Educacional 2020
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do 
Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Tatiane Sousa de Lima 
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 2 14/08/20 16:49
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 3 14/08/20 16:49
Unidade 1 - Pré-dimensionamento, dimensionamento e representação gráfica
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 12
Dimensionamento e pré-dimensionamento ................................................................... 13
Pré-dimensionamento de ambientes ................................................................................ 15
Plano diretor ..................................................................................................................... 15
Lei de Uso e Ocupação do Solo .................................................................................... 16
Código de Obras e Edificações ..................................................................................... 18
Demais órgãos públicos ................................................................................................. 19
Setorização ....................................................................................................................... 20
Dimensionamento de ambientes ....................................................................................... 21
Dimensionamento mínimo .............................................................................................. 22
Funcionalidade ................................................................................................................. 24
Fluxo de circulação ......................................................................................................... 24
Representação gráfica ........................................................................................................ 25
Desenho técnico .............................................................................................................. 25
O croqui ............................................................................................................................. 26
Principais elementos gráficos ........................................................................................... 27
Ferramentas para a representação gráfica ..................................................................... 35
Etapas de projeto .................................................................................................................. 40
Sintetizando ........................................................................................................................... 44
Referências bibliográficas ................................................................................................. 45
Sumário
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 4 14/08/20 16:49
Sumário
Unidade 2 - Análise espacial, análise da forma e paisagem urbana
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 48
Introdução .............................................................................................................................. 49
Análise espacial: elementos primários das formas ...................................................... 49
Forma: elementos básicos ............................................................................................. 50
Volume .................................................................................................................................... 51
A análise da forma: o que é forma? .................................................................................. 52
Elementos arquitetônicos para a forma ...................................................................... 53
Elementos formais e não formais ................................................................................. 54
Proporção e escala ......................................................................................................... 55
Percepção visual ............................................................................................................. 58
Espaço arquitetônico ........................................................................................................... 63
Paisagem urbana ............................................................................................................. 64
Impacto da forma na paisagem urbana ....................................................................... 65
Projetos na paisagem urbana ............................................................................................ 67
Oscar Niemeyer ............................................................................................................... 67Frank Lloyd Wright .......................................................................................................... 68
Frank Gehry ...................................................................................................................... 68
Zaha Hadid ........................................................................................................................ 69
Plasticidade........................................................................................................................... 70
Plasticidade na arquitetura ........................................................................................... 71
A plasticidade das obras de Oscar Niemeyer ............................................................ 71
Sintetizando ........................................................................................................................... 72
Referências bibliográficas ................................................................................................. 73
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 5 14/08/20 16:49
Sumário
Unidade 3 - Projeto de arquitetura residencial
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 76
Projeto de arquitetura residencial .................................................................................... 77
O terreno ........................................................................................................................... 78
Análises iniciais ................................................................................................................... 81
Zoneamento do terreno .................................................................................................. 82
Visita ao terreno............................................................................................................... 85
Levantamento planialtimétrico ...................................................................................... 86
Programa de necessidades ........................................................................................... 87
O planejamento do projeto ................................................................................................. 87
O croqui e estudos preliminares ................................................................................... 89
Projeto legal ..................................................................................................................... 93
Projeto executivo de arquitetura .................................................................................. 96
Projeto executivo de projetos complementares ........................................................ 97
Projeto final enviado para a obra ................................................................................. 99
Compatibilização de projetos .......................................................................................... 100
Sintetizando ......................................................................................................................... 102
Referências bibliográficas ............................................................................................... 103
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 6 14/08/20 16:49
Sumário
Unidade 4 - Projeto de arquitetura comercial
Objetivos da unidade ......................................................................................................... 106
A importância do projeto de arquitetura ....................................................................... 107
O terreno ......................................................................................................................... 108
Análises iniciais ................................................................................................................. 111
Localização e zoneamento .......................................................................................... 111
Visita ao terreno............................................................................................................. 115
Levantamento planialtimétrico .................................................................................... 117
Programa de necessidades ......................................................................................... 118
Pré-projeto ........................................................................................................................... 119
Etapas do pré-projeto ................................................................................................... 120
O desenvolvimento do projeto ......................................................................................... 124
Estudos preliminares .................................................................................................... 125
Projetos executivos ....................................................................................................... 129
Projeto final .................................................................................................................... 131
Compatibilização de projetos ...................................................................................... 132
Sintetizando ......................................................................................................................... 135
Referências bibliográficas ............................................................................................... 136
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Neste material, aprenderemos quais os principais elementos para se efe-
tuar um dimensionamento adequado dos projetos de arquitetura, consideran-
do todas as principais interfaces e como a forma, o espaço e as legislações 
interferem no edifício projetado e se relacionam com ele e todo o seu entorno.
Exploraremos a realização de um projeto com uma representação gráfi ca 
que seja funcional, conhecendo todas as etapas de um projeto de arquitetura – 
desde sua concepção ao projeto que vai para a obra – e quais documentos são 
gerados em cada uma dessas etapas.
Além disso, nos debruçaremos sobre composições arquitetônicas conside-
radas como de pequena complexidade que encorajem e enalteçam perspec-
tivas formais e inovadoras, dedicando-nos ainda às fases pré-projetuais e à 
volumetria do partido arquitetônico.
Alguns dos assuntos abordados aqui dizem respeito também à análise es-
pacial, plasticidade, unidades habitacionais de pequeno porte, térreas e com 
pavimento superior, assim como unidades comerciais de mesmo tipo. Assim, 
espera-se que o aluno torne-se qualifi cado no que diz respeito à arquitetura 
e urbanismo ao lançar mão de elementos como condicionantes, normas e o 
emprego adequado dos instrumentos de desenho.
Bons estudos!
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 9
Apresentação
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 9 14/08/20 16:49
Este trabalho é dedicado ao meu marido, Diego Paes. Obrigada por sempre 
me incentivar, me fazer ir além e acreditar no meu potencial. Desde 
que você passou a fazer parte da minha vida, vivencio um crescimento 
contínuo. Esta é uma das muitas conquistas ao seu lado.
A Professora Tatiane Sousa de Lima 
fez MBA em Gestão de Negócios Imobi-
liários pela FGV (Fundação Getulio Var-
gas) e é graduada em Arquitetura e Ur-
banismo pela Universade Bandeirante 
de São Paulo, desde 2008. É especialista 
em incorporação imobiliária e desen-
volvimento de projetos, e construiu sua 
carreira com foco em desenvolvimento 
de produtos residenciais, corporativos 
e institucionais, coordenação e compa-
tibilização de projetos e acompanha-
mento de cronogramas. Possui grande 
experiência em aprovações de projetos.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9082264411397273
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 10
A autora
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PRÉ-DIMENSIONAMENTO, 
DIMENSIONAMENTO 
E REPRESENTAÇÃO 
GRÁFICA
1
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Realizar uma boa concepção projetual a partir do conhecimento do terreno e 
do programa de necessidades;
 Conhecer as principais legislações urbanísticas que definem parâmetros no 
terreno;
 Fazer uma boa setorização para projetos;
 Efetuar um dimensionamento funcional, aliando estética ao espaço;
 Conhecer as técnicas de representação gráfica, explorando também seus 
principais elementos;
 Fazer uma representação gráfica eficiente e clara;
 Empregar corretamente os instrumentos de desenho;
 Conhecer as etapas do processo de projeto com a expressão gráfica 
adequada aplicada ao processo.
 Dimensionamento e 
pré-dimensionamento 
 Pré-dimensionamento
de ambientes
 Plano diretor
 Lei de Uso e Ocupação do Solo
 Código de Obras e Edificações
 Demais órgãos públicos
 Setorização
 Dimensionamento de ambientes 
 Dimensionamento mínimo
 Funcionalidade
 Fluxo de circulação
 Representação gráfica 
 Desenho técnico
 O croqui
 Principais elementos gráficos
 Ferramentas para a representa-
ção gráfica
 Etapas de projeto
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Dimensionamento e pré-dimensionamento 
Introdução
Ao pensar em um projeto de arquitetura, é comum imaginar apenas um 
simples projeto que será utilizado para a construção de algo. No entanto, um 
projeto de arquitetura não se trata de uma simples planta, uma vez que quan-
do o cliente contrata um arquiteto, espera um projeto diferenciado, exclusivo e 
com qualidade, que refl ita seus sonhos e suas expectativas.
Para que tenhamos um projeto de qualidade e pensado individualmente 
para aquele usuário e terreno, há uma série de fatores que devem ser estuda-
dos e analisados antes de iniciar o desenho. Nesta unidade, falaremos de cada 
um deles e de sua importância para o projeto como um todo.
Assim, estudaremos fatores importantes como conceito, levantamento de 
dados, programa de necessidades, estudo de viabilidade, pré-dimensionamen-
to e dimensionamento de ambientes.
Conceito arquitetônico
O conceito é a ideia para o projeto, e pode ser defi nido como a intenção e 
a sensação que o arquiteto quer passar por meio daquele projeto. O conceito 
pode nascer de diversas formas: a partir de algum estudo de caso e referência 
para o local, de alguma forma geométrica ou de algum ambiente essencial para 
o projeto. Pode ser defi nido também a partir de algum material de acabamento 
que se deseja utilizar.
Levantamento de dados 
O levantamento de dados é a fase inicial, quando deve-se buscar informa-
ções sobre o terreno, o entorno, estudos de casos e referências para o projeto. 
Nesta fase, a visita ao terreno é fundamental, tanto para conhecer o local como 
a vizinhança, as ruas e edifi cações de mesma tipologia. Além disso, 
é necessário realizar um levantamento de toda a documentação 
existente a respeito do terreno, da legislação local e de 
parâmetros incidentes no terreno.
A busca de referências é muito importante, 
particularmente para nos inspirar e ilustrar as 
ideias e intenções para o cliente. Todavia, é neces-
sário entender que buscar referências não é copiar 
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 13
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outros projetos, mas sim explorar inspirações e soluções utilizadas que po-
dem se aplicar ao projeto proposto. As referências são, portanto, essenciais 
para seu desenvolvimento.
Programa de necessidades
O programa de necessidades é o momento de dialogar com o cliente e questio-
nar qual seu desejo em relação ao projeto e ao terreno. Apesar de, muitas vezes, 
os clientes pedirem realizações que a princípio parecem impossíveis de realizar, 
nossa função é, nesse momento, ouvir e anotar todos os desejos para o projeto.
Para a definição do programa de necessidades, é importante entender o 
perfil daquela família e um pouco de seu dia a dia. Para isso, algumas perguntas 
básicas indicadas são: quão grande é o fluxo de pessoas na casa? Há animais de 
estimação? Possui inclinação para a culinária? Quantas pessoas constituem a 
família? Há crianças? Trabalha de casa? Quais os hobbies? 
Todos esses itens são fundamentais para entender o contexto do usuário 
e efetuar um projeto que atenda não apenas aos desejos dos moradores, mas 
também à funcionalidade da residência, pensando em ambientes e soluções 
que os clientes nem sabiam que precisariam. 
Estudo de viabilidade
A análise técnica da viabilidade é um relatório técnico feito por meio do 
estudo da legislação local, o qual deverá informar todos os parâmetros urba-
nísticos incidentes no terreno. Devem ser consideradas todas as legislações 
incidentes – municipais, estaduais e/ou federais. Esse estudo é essencial para 
o desenvolvimento do projeto, pois indicará os índices urbanísticos permitidos 
para o local, tais como:
• Recuos: distanciamento obrigatórios que são necessários na edificação 
ao terreno;
• Gabarito: altura máxima permitida da edificação;
• CA (coeficiente de aproveitamento): o índice máximo que pode ser cons-
truído no terreno, ou seja, qual a área máxima permitida para o terreno;
• TO (taxa de ocupação): índice de projeção máxima permitida no terreno;
• Restrições de uso do solo: quais os tipos de uso permitidos para o local, 
como, por exemplo, residencial, comercial, institucional;
• Exigências específicas relativas à tipologia da edificação pretendida;
• Outros aspectos específicos do órgão municipal principal de aprovação;
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 14
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 14 14/08/20 16:51
• Ademais, deve-se verifi car a infl uência de outras legislações detectadas pela 
fi cha técnica e/ou utilização de legislações que permitem o aumento ou limitem o 
potencial construtivo (operação urbana, outorga onerosa, gabaritos, entre outros).
Esses são os principais índices que devem ser considerados para o estudo 
inicial e desenvolvimento de todo projeto. Após esse levantamento, deve-se 
gerar um relatório técnico que será utilizado como premissa do projeto. 
Plano Diretor
O plano diretor é “o instrumento básico de um processo de planejamento 
municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, nortean-
do a ação dos agentes públicos e privados” (ABNT, 1991). Na prática, isso signi-
fi ca que cada município aplicará conceitos e características muito específi cas. 
Assim, segundo Villaça: 
“a partir de um diagnóstico científi co da realidade física, 
social, econômica, política e administrativa da cidade, do 
município e de sua região, o plano apresentaria um con-
Pré-dimensionamento de ambientes 
Para começar o pré-dimensionamento de ambientes, é necessário ter em 
mente que algumas regras que devem ser seguidas servirão de base para o 
projeto. No estudo de viabilidade, vimos os principais índices a serem consi-
derados para o desenvolvimento de um projeto. Assim, somente após saber o 
que é permitido pela legislação é que estudos de projeto podem ser iniciados, 
sempre dentro da área máxima permitida pela própria legislação.
A área máxima construída de uma edifi cação depende de vários fatores, 
como: área do terreno, zona em que se encontra o terreno na cidade, área má-
xima que pode ser construída perante a municipalidade, recuos obrigatórios 
que deverão ser colocados, taxa de permeabilidade solicitada, entre outros – 
mas como chegar a esses parâmetros? Quais instrumentos e leis devem ser 
consultados? Quais são as regras? 
A legislação urbanística que deve nortear os projetos é composta basica-
mente por três instrumentos municipais principais, vistos a seguir.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 15
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 15 14/08/20 16:51
junto de propostas para o futuro desenvolvimento socioe-
conômico e organização espacial dos usos do solo urbano, 
dasredes de infraestrutura e de elementos fundamentais 
da estrutura urbana, para a cidade e para o município, pro-
postas estas defi nidas para curto, médio e longo prazos e 
aprovadas por lei municipal” (VILLAÇA, 1999, p. 238).
O plano diretor é denominado de plano porque defi ne os objetivos a serem 
atingidos e o prazo em que devem ser alcançados; e é diretor porque fi xa as di-
retrizes a serem seguidas para o alcance das metas. Dessa maneira, segundo a 
defi nição adotada pelo Estatuto da Cidade, o plano diretor deve ser um instru-
mento que orienta todas as ações concretas de intervenção sobre o território.
Na cidade de São Paulo, há um plano diretor vigente desde 2014, o PDE (Lei 
nº 16.050/2014). De acordo com a Prefeitura Municipal, esse plano está em sin-
tonia com a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano da Cidade (PNDU) e, 
por isso, tem como principal objetivo humanizar e reequilibrar a cidade, com 
instrumentos que aproximem moradia e emprego, diminuam o trânsito da ci-
dade e melhorem a qualidade de vida da população.
Para atingir esse objetivo, foram criados instrumentos para: combater a ter-
ra ociosa, principalmente em regiões centrais; valorizar e incentivar a criação 
de áreas verdes; promover o crescimento ordenado em regiões onde há gran-
de oferta de transporte público; valorizar e qualifi car a vida urbana na escala 
de bairro; investir e incentivar a preservação do patrimônio histórico; e, princi-
palmente, fortalecer a participação popular nas decisões dos rumos da cidade.
Lei de Uso e Ocupação do Solo
A Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 16.402/2016) é o instrumento 
que defi ne os parâmentos de uso e ocupação do lote. Os principais índices 
que constam da Lei são:
I. Zoneamento territorial: segundo a defi nição da Prefeitura Municipal de 
São Paulo, zoneamento é o conjunto de regras – de parcelamento, uso e ocupa-
ção do solo – que defi ne as atividades que podem ser instaladas nos diferentes 
locais da cidade (por exemplo, se são permitidos comércio, indústria, residên-
cias etc.) e como as edifi cações devem estar implantadas nos lotes de forma a 
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 16
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proporcionar a melhor relação com a vizinhança. Tendo em vista a ampla di-
versidade de atividades, a extensão territorial do município e a diversidade dos 
bairros, é necessário estabelecer regras distintas para as diferentes regiões do 
município. Para tanto, a lei de zoneamento divide o território em porções – de-
nominadas zonas –, e cada zona reúne um conjunto de regras para um deter-
minado local. É com base nessas regras que a Prefeitura autoriza a construção 
de novos edifícios e a instalação de novas atividades nos bairros por meio de 
alvarás e licenças de funcionamento (Prefeitura de São Paulo, [s.d.]);
II. Parcelamento: define o dimensionamento do lote e as regras para divi-
são dos lotes e glebas;
III. Uso: define as atividades permitidas no lote, em cada zona específica, 
bem como suas condições para instalação, e estabelece referências e condi-
cionantes conforme usos e atividades não residenciais para a adequação das 
edificações, inclusive a largura da via;
IV. Coeficiente de Aproveitamento (CA): é um número que, multiplicado 
pela área de um terreno, indica a área total a ser construída considerando to-
dos os pavimentos construídos naquela edificação. No município de São Paulo, 
o coeficiente de aproveitamento básico é 1,00, ou seja, pode-se construir 1x a 
área do terreno sem pagamento de outorga onerosa, ou seja: se o terreno tiver 
100 m², é possível construir essa mesma área dividida em dois pavimentos de 
50 m² cada um;
V. Taxa de ocupação (TO): é a área de projeção da edificação no terreno. 
O objetivo da taxa de ocupação é limitar um crescimento urbano exagerado. 
Para chegar à área de TO, é necessário pegar todas projeções que aparecem 
no terreno, como a edificação, coberturas e beirais, somadas e dividi-las pela 
sua área. Se um terreno tiver uma área de 100 m², por exemplo, e as proje-
ções da edificação e beirais somarem 60 m², a TO do terreno será de 60% de 
ocupação. O índice de TO é sempre representado através de porcentagem;
VI. Gabarito de altura máxima: define a altura máxima que pode ser cons-
truída naquela zona, e serve para controlar a volumetria das edificações no lote 
e na quadra e para evitar interferências negativas na paisagem urbana;
VII. Recuos: são os afastamentos obrigatórios que devem ser obedecidos no 
terreno. Os recuos servem para controlar a paisagem urbana e questões de in-
solação e ventilação naturais para o projeto;
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 17
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VIII. Parâmetros de incomodidade: estabelece limites quanto à interferên-
cia de atividades não residenciais em relação ao uso residencial;
IX. Taxa de permeabilidade mínima: promove a qualifi cação ambiental; 
em especial, a melhoria da retenção e infi ltração da água nos lotes, a melhoria 
do microclima e a ampliação da vegetação;
X. Outorga onerosa: a outorga onerosa do direito de construir constitui a 
prerrogativa que o proprietário de imóvel tem de “edifi car acima do limite per-
mitido em virtude de contraprestação fi nanceira”. Nesse sentido, caso o coefi -
ciente básico seja 1, isso signifi ca que o proprietário do imóvel pode construir 
em toda a área disponível 1x a área do lote. Caso ele deseje construir mais, e 
a zona onde o terreno se encontra permita isso, é realizado um cálculo para 
o pagamento da outorga onerosa, a fi m de que ele possa construir acima do 
básico. Por exemplo: caso o coefi ciente de aproveitamento básico seja 1x, e 
seja permitido construir até 4x a área do terreno, deverá ser feito um cálculo 
da área adicional que será 3x acima do permitido, ou seja, o valor a ser cobrado 
pela outorga onerosa será referente às 3x acima do básico, chegando ao máxi-
mo de 4x do permitido para a zona.
Código de Obras e Edificações
O Código de Obras e Edifi cações (COE) é a legislação que defi ne regras para 
lotes e construções de edifi cações, priorizando aspectos urbanísticos, am-
bientais e de vizinhança. Essas exigências valem tanto para construções novas 
quanto para reformas. 
É com base no Código de Obras que a administração municipal controla e 
fi scaliza o espaço construído e seu entorno. Em suma, no Código, estão defi ni-
dos os conceitos básicos que garantem conforto ambiental, segurança, conser-
vação de energia, salubridade e acessibilidade das edifi cações.
O Código de Obras e Edifi cações (Lei nº 16.642/2017), em vigor na cidade de 
São Paulo desde 2017, apresenta um novo modelo de licenciamento de edifi ca-
ções. É um código muito mais simplifi cado que os demais que já existiram na 
cidade. Com ele, os detalhes internos das edifi cações fi cam a critério do proprie-
tário e do autor do projeto, e a Prefeitura focará nos aspectos urbanísticos, am-
bientais, de sustentabilidade, acessibilidade e segurança dos empreendimentos.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 18
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Demais órgãos públicos
Além das principais aprovações nas prefeituras locais, existem outras apro-
vações que podem ser necessárias para o projeto. A seguir, observe as princi-
pais aprovações complementares no município de São Paulo:
• Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes) – Secretaria do 
Meio Ambiente – árvores: relativo a caso haja árvores no terreno e seja ne-
cessário fazer qualquer manejo arbóreo, como cortes ou transplante de local;
• SMT (Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes): regulamen-
ta as vagas de veículos que devem ser colocadas nas edifi cações de grande 
porte, consideradas polos geradores de tráfego. Normalmente, essas apro-
vações são necessárias para edifícios 
residenciais de grande porte, edifícios 
corporativos, comerciais, industriais 
e institucionais. Por serem áreas compotencial para geração de tráfego, 
essa aprovação é necessária, uma vez 
que o órgão regulamentador estuda-
rá medidas mitigadoras que auxilia-
rão na diminuição do impacto viário 
nas vias e regiões onde os edifícios 
estão implantados;
• Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e Decont (De-
partamento de Controle de Qualidade da Secretaria Municipal e do Meio 
Ambiente): são órgãos em âmbito municipal e estadual responsáveis pelo 
controle, fi scalização, monitoramento e licenciamento de atividades gerado-
ras de poluição e de áreas contaminadas. Caso um terreno esteja em uma 
área contaminada, é necessário fazer um estudo do tipo de contaminação 
existente no local e um plano de descontaminação antes de a edifi cação ser 
construída;
• Comaer (Comando da Aeronáutica): é o órgão federal que regula-
menta todo o espaço aéreo brasileiro e edifi cações de grande porte que 
ultrapassem o gabarito de altura máximo permitido pela Prefeitura, ou que 
se encontrem em alguma zona da cidade em que não exista previsão de 
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gabarito máximo de altura. Como há um grande volume de tráfego aéreo 
no País, é necessário solicitar anuência desse órgão para a construção de 
edifi cações de grande porte;
• Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Históri-
co, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) e CONDEPHAAT (Conse-
lho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico 
do Estado de São Paulo): são órgãos de proteção do patrimônio histórico de 
âmbito municipal e estadual que têm como fi nalidade a preservação desse pa-
trimônio. Quando há um terreno que esteja inserido em alguma área que tenha 
incidência de preservação, é necessário buscar as aprovações nesses órgãos, 
que poderão impor algumas medidas restritivas quanto à construção.
Além dos órgãos listados, existem outros tipos de aprovações em âmbito 
municipal, estadual ou federal que podem ser necessárias para o terreno. 
Para saber quais serão necessárias, é necessário fazer um estudo detalhado 
do local e seus documentos, especialmente matrículas, levantamento planial-
timétrico e IPTUs.
As aprovações complementares vão depender da complexidade e localização 
de cada projeto. É, portanto, impossível estimar todas as aprovações necessárias 
sem fazer um estudo detalhado de cada terreno e projeto individualmente.
Setorização
Depois de analisar as necessidades do usuário, o espaço físico local e 
a legislação incidente, os ambientes devem começar a ser definidos. Para 
uma melhor definição de ambientes, eles devem ser subdivididos em se-
tores, a fim de facilitar a organização espacial e o pré-dimensionamento 
do projeto. 
Em projetos residenciais, os setores podem ser defi nidos da seguinte forma:
• Setores de estar: cozinha e salas;
• Setores de descanso ou íntimo: quartos e escritórios;
• Setores de serviço: banheiros e áreas de serviço.
Esse pré-dimensionamento deve contar com os tamanhos mínimos a serem 
adotados em cada ambiente, considerando o programa de necessidades e es-
tudos já feitos anteriormente, conforme exemplifi ca a Figura 1:
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Setor social
Setor de descanso ou íntimo
Setor de serviço 
Figura 1. Exemplo de setorização.
O pré-dimensionamento deve ser pensado considerando a ocupação de 
cada espaço e sua integração com os demais ambientes. Nesse mo-
mento, deve-se determinar qual ambiente dará vista para outro 
e como será o uso desses ambientes simultaneamen-
te. Essa análise deve ser feita para que os ambien-
tes projetados não causem interferências entre 
si, como barulhos, circulação inadequada devido 
a determinados objetos ou mesmo a abertura de 
portas ou mobiliários.
Dimensionamento de ambientes
Após a defi nição do pré-dimensionamento do espaço, chega-se ao momen-
to de realizar o dimensionamento propriamente dito, seguindo a setorização já 
apresentada e aprovada pelo cliente. 
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No dimensionamento, é feito o ajuste de medidas de acordo com as neces-
sidades do projeto e solicitações do cliente, considerando todas as interferên-
cias que possam ocorrer.
Deve-se levar em consideração a distribuição e localização do mobiliá-
rio e aberturas, tais como janelas e portas, de forma que possam permitir 
liberdade de espaço e movimentos, além de proteção contra ruídos e boa 
insolação e aeração.
Dimensionamento mínimo
Sabe-se que há diversas regras arquitetônicas que estabelecem medidas 
mínimas para cada elemento, particularmente no que diz respeito à utilização, 
proteção e ergonomia. Muito já se estudou e foi dito sobre este assunto; há 
inclusive o famoso livro A arte de projetar em arquitetura, do arquiteto alemão 
Ernst Neufert, que traz extensos textos sobre medidas do corpo humano e 
como elas devem ser adotadas em diversos tipos de edifi cações – residenciais, 
comerciais, corporativas ou institucionais. No entanto, esses estudos foram 
feitos na Europa no início do século XX, ou seja, utilizaram como base o corpo 
do homem europeu daquele período. 
CURIOSIDADE
Antes de ser arquiteto, Neufert foi pedreiro por cinco anos e, com 17 
anos de idade, entrou na escola de construção. Um de seus profes-
sores o recomendou a Walter Gropius, fundador da recém-fundada 
Bauhaus, e Neufert foi um de seus primeiros alunos. Com isso, teve a 
oportunidade de viajar e conhecer importantes figuras da época, como 
o arquiteto catalão Gaudí, o pintor Wassily Kandinsky e, mais tarde, o 
arquiteto Frank Lloyd Wright.
Na cidade de São Paulo, o Código de Obras (Lei nº 16.642/2017) determina 
algumas áreas mínimas de ambientes habitacionais e de outros usos, como 
comerciais ou institucionais, que devem ser obedecidas para permitir conforto 
e funcionalidade. Na verdade, em muitas cidades do País existem normas para 
dimensionamento mínimo de ambientes, que devem ser consultadas antes do 
início do projeto.
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Caso a cidade onde o projeto esteja sendo desenvolvido não tenha um Có-
digo de Obras específi co que determine as medidas mínimas dos ambientes, 
deve-se procurar a legislação estadual. Já para cidades localizadas no estado 
de São Paulo que não possuam Código de Obras, devem ser seguidas as di-
mensões mínimas dos cômodos e das áreas destinadas à iluminação e venti-
lação vigentes na Legislação Sanitária Específi ca, Decreto nº 12.342, de 27 de 
setembro de 1978.
Uso da
edifi cação Compartimentos Pé direito (m) Área (m)
Conter círculo 
(diâmetro/m)
Habitação; 
Repouso
2,50 5,00 2,00Estar
Estudo
Saúde Repouso 2,50 5,00 2,00
Educação
Repouso
2,50 5,00 2,00
Estudo
Hospedagem Repouso 2,50 - 2,00
Qualquer uso
Trabalho
2,50 - 1,50
Reunião
Espera
Esportes
Cozinha
Copa
Sanitários
2,30 -
0,90
Vestiários
Circulação
Lavanderia
Terraços -
Habitação; Habitação; 
Saúde
Repouso
Saúde
Educação
Repouso
Estar
Educação
Hospedagem
Estudo
Hospedagem
Repouso
Repouso
Hospedagem
2,50
Repouso
EstudoEstudo
Repouso
2,50
Repouso
TrabalhoTrabalho
Qualquer uso
Reunião
5,00
2,50
Qualquer uso
Reunião
Espera
2,50
Espera
Esportes
5,00
Esportes
Cozinha
2,00
5,00
Copa
Sanitários
2,50
Sanitários
Vestiários
2,00
Vestiários
Circulação
2,00
Circulação
LavanderiaLavanderia
Terraços
2,00
Terraços
2,30
1,50
0,90
TABELA 1. DIMENSIONAMENTO MÍNIMO DE AMBIENTES
Fonte: Código de Obras de São Paulo, Lei nº 16.642/2017.
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É importante ressaltar que a NBR 15.575/2013 também estabelece di-
mensões mínimas para ambientes habitacionais de forma mais clara que o 
Código de Obras. Por fi m, para um melhor resultado no projeto,é necessário 
sempre buscar um espaço que atenda às necessidades do cliente e traga 
conforto e bem-estar, e não somente atender o que determinam a lei e as 
normas quanto a isso.
Funcionalidade
O tamanho dos ambientes deve ser defi nido de acordo com o programa de 
necessidades e o terreno em que serão implantados. Devem ser consideradas 
medidas adequadas para o melhor uso do espaço, levando em consideração 
todas as atividades que serão desenvolvidas naquele ambiente.
Por exemplo: um dormitório pode ser utilizado somente como ambiente 
de dormir e, para isso, o espaço a ser pensado é somente o espaço para a 
cama e um armário. 
O dormitório, porém, pode ser utilizado como ambiente para dormir e para 
trabalhar, e, nesse caso, o ideal é destinar espaços que, de alguma forma, pos-
sam funcionar de forma independente dentro do mesmo ambiente.
Fluxo de circulação 
Para um melhor dimensionamento, o fl uxo de circulação também deve ser 
considerado como item essencial, uma vez que um fl uxo bem organizado de-
termina o arranjo de layout e a utilidade de cada ambiente, além de precisar 
espaços de circulação sem criar obstáculos no caminho ou barreiras visuais 
que dão a sensação de um ambiente menor.
Uma área com espaços bem defi nidos faz toda a diferença no 
projeto, visto que é isso que garante uma residência 
mais confortável, com cada coisa em seu lugar. Mui-
tas vezes, áreas do mesmo tamanho e mesma fun-
ção podem ter sensações muito diferentes umas 
das outras, dependendo de como realizou-se a 
distribuição espacial e os fl uxos.
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Representação gráfica
Oscar Niemeyer uma vez disse que “de um traço nasce a arquitetura. E 
quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, 
o nível superior de uma obra de arte.”. Assim, não é exagero afi rmar que a 
representação gráfi ca é a primeira impressão do projeto, e, assim sendo, é ex-
tremamente importante. 
ASSISTA
A vida é um sopro é um fi lme documentário que conta a vida de um dos maio-
res arquitetos que o Brasil e o mundo já tiveram a honra de conhecer: Oscar 
Niemeyer. A carreira e história de vida desse ilustre brasileiro são reconstru-
ídas por meio de depoimentos e entrevistas de grandes nomes, como Chico 
Buarque e José Saramago, entre outros. A obra também explora duas das 
maiores contribuições de Niemeyer à arquitetura: a introdução das linhas 
curvas e as novas possibilidades de utilização do concreto armado.
Você pode ter um projeto incrível, com uma ótima ideia, mas, se não tiver 
uma boa representação gráfi ca, não conseguirá apresentá-lo para todos. As-
sim, a representação gráfi ca é o meio que o arquiteto tem de se comunicar com 
o mundo, mostrar suas ideias e expressar suas intenções.
Atualmente, está disponível toda a tecnologia para que a representação seja 
cada vez mais realista e de fácil entendimento, porém nem sempre foi assim. As-
sim sendo, nesta unidade aprenderemos como fazer uma representação gráfi ca 
que consiga se comunicar com todos e expressar a intenção do projeto.
Desenho técnico
O desenho manual sempre foi e ainda é um meio muito efi ciente para a re-
presentação gráfi ca e, por isso, é fundamental aprender essa técnica a fi m de 
que seja concebido um projeto de qualidade. 
Ao mencionar a representação gráfi ca, não estamos falando apenas de re-
presentação de forma bidimensional, mas também tridimensional e de muitas 
alternativas de experimentação espacial quase realistas, nas quais é possível, 
inclusive, passear pelos ambientes. No entanto, de nada adianta possuir toda 
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a tecnologia disponível se não houver o conhecimento de como fazer a repre-
sentação de forma correta.
Há diversos casos de estudantes que entram em uma faculdade de arqui-
tetura por possuir predileção por desenhar, mas o que ocorre na maioria das 
vezes é que estes alunos não sabem que, para os desenhos de arquitetura, 
existem muitas normas técnicas a serem seguidas. Por meio dessas normas, é 
possível transformar uma ideia ou um croqui em um projeto com uma lingua-
gem universal de desenho.
O projeto de arquitetura é representado através de desenhos técnicos, sen-
do os principais plantas, cortes e vistas ou elevações. Para todos esses dese-
nhos, existem normas de representação que devem ser seguidas. Essas nor-
mas determinam itens como escalas adequadas para a apresentação, os tipos 
de linhas que devem ser empregados e as espessuras corretas para cada linha. 
Utilizamos todos esses recursos para obter a hierarquia de elementos no pro-
jeto e uma representação correta. No Brasil, o desenho técnico é normatizado 
pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O croqui
O croqui é o primeiro esboço do projeto de arquitetura. É feito à mão livre 
e utilizado principalmente como estudo inicial, quando as ideias começam a 
ser colocadas no papel. Essa é uma parte fundamental do projeto, posto que, 
através dela, começam a aparecer as primeiras formas.
O estudo inicial é feito com base nas etapas anteriores do projeto, tais como 
visita ao terreno, defi nição de programa, setorização, pré-dimensionamento, 
dimensionamento dos ambientes e viabilidade técnica. Nessa etapa, é impor-
tante colocar no papel tudo que já foi feito anteriormente, e o produto desse 
estudo inicial são os croquis. 
O croqui é uma forma de representação gráfi ca que não precisa ser de-
talhado como um trabalho fi nal; porém, deve expressar suas ideias. O croqui 
pode ser feito por meio de plantas, vistas e até mesmo estudos volumétricos 
para entender como o projeto se comporta no espaço. É importante explorar 
todas as alternativas para que, quando o processo começar a ser desenvolvido, 
todas as possibilidades para o terreno tenham sido exploradas.
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CURIOSIDADE
Santiago Calatrava, importante arquiteto catalão, fez belíssimos croquis 
de seus projetos e depois os transformou em livro. Já a ítalo-brasileira 
Lina Bo Bardi, grande arquiteta modernista que tem, entre suas principais 
obras, o MASP – Museu de Arte de São Paulo, também impressionava 
pela precisão e beleza de seus croquis, especialmente os do Sesc Pom-
peia, em São Paulo, do próprio MASP e a Casa de Vidro, também em São 
Paulo. Esses são apenas alguns exemplos de trabalhos de arquitetos que 
valem a pena conhecer. 
Esses estudos iniciais também são muito importantes como histórico de de-
senvolvimento do projeto, uma vez que fornecem informações desde sua con-
cepção, qual o partido arquitetônico adotado inicialmente e como foi sua evo-
lução. Muitas vezes, o trabalho fi nal não tem muita relação com o croqui inicial.
Figura 2. Croqui de Arquitetura. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 03/07/2020.
Principais elementos gráficos
Os principais elementos gráfi cos para a representação de projetos de arqui-
tetura são: plantas de situação, implantação, planta baixa, cortes, elevações/
fachadas e perspectivas.
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Planta de situação
A planta de situação é a planta que mostra a localização do lote em relação 
ao terreno e seus arredores. A representação da planta de situação é feita com 
formas simples e com destaque por meio de hachura do terreno que está sen-
do trabalhado. Nos projetos utilizados para aprovação nos órgãos públicos, a 
planta de situação é um elemento obrigatório. De acordo com a NBR 6.492/94, 
as plantas de situação devem conter:
a) curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de 
coordenadas referenciais;
b) indicação do norte;
c) vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os 
respectivos equipamentos urbanos;
d) indicação das áreas a serem edificadas, como contorno esquemático da 
cobertura das edificações;
e) denominação dos diversos edifícios ou blocos;
f) construções existentes, demolições ou remoções futuras, áreas non aedi-
ficandi e restrições governamentais.
Figura 3. Planta de situação. 
Planta de situação sem escala – não serve para fins de locação
Rua Paquistão
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Rua Nigéria
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Implantação
A implantação é a planta que compreende todo o terreno. Assim, nesta 
deve estar presente o desenho, os fechamentos e os limites do terreno, assim 
como seu acesso principal; a vegetação e o projeto de paisagismo; os recuos; as 
escadas e seus sentidos, além das rampas de acesso, caso haja; e a cobertura.
A implantação é o projeto em que confere-se se a TO está dentro do permi-
tido pela legislação local. A taxa de ocupação é definida como a porcentagem 
máxima de construção em projeção horizontal das edificações no lote, e a ocu-
pação máxima do lote deverá estar dentro do permitido conforme o relatório 
de viabilidade técnica.
Figura 4. Exemplo de Implantação. Fonte: Archdaily, 2017. 
Planta baixa
A planta baixa é um desenho técnico da construção visto de cima. Geral-
mente, ela é representada por um corte horizontal a 1,50 m de altura na edifi-
cação, liberando, assim, sua vista interna.
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Figura 5. Planta baixa. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 03 jul. 2020.
Como é possível observar na Figura 5, a planta baixa mostra a divisão in-
terna dos ambientes e contém todos os cômodos do projeto e suas medidas. 
A planta baixa é o principal elemento para entender um projeto, pois nela 
constam todos os ambientes com suas divisões internas, medidas de largura e 
profundidade de cada ambiente desenhado, abertura de portas, janelas e, se 
possível, sugestão de layout.
A planta baixa sempre deve ser concebida na medida real dos ambientes 
para o qual está sendo projetada, a fi m de que, quando impressa em escala, 
possa ser um projeto de fácil leitura para todos, mesmo que não constem todas 
as cotas. As escalas normalmente utilizadas em plantas são 1:100 e 1:50, mas 
a escolha da escala correta depende muito do tipo de projeto e tamanho da 
edifi cação. Falaremos mais sobre as escalas posteriormente. 
Assim, prover uma planta que funcione bem e que atenda ao projeto é um 
desafi o, posto que é na planta que estão presentes as áreas fi nais da edifi ca-
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ção, item fundamental para o projeto. Por fim, é importante ressaltar que a 
área final da edificação deve estar dentro do CA permitido pela legislação.
Cortes
Segundo a definição da NBR 6.492/94, um corte é um “plano secante verti-
cal que divide a edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no 
transversal.” Ao contrário das plantas, que têm altura definida para sua repre-
sentação, os cortes não possuem indicação de localização padronizada; pelo 
contrário, devem passar pelo projeto em posições estratégicas nas quais mos-
trem o máximo possível de seus aspectos importantes – e essa escolha deve 
ser feita pelo arquiteto em pontos que ele julgar necessário.
Os cortes devem ser feitos em tamanho real, para que possam ser impres-
sos em escalas adequadas, a fim de que todos tenham acesso às suas medidas. 
Além disso, devem indicar as medidas verticais e/ou alturas, mostrar todos os 
compartimentos internos por onde passam, as alturas de pé-direito, os níveis 
internos e externos, peitoris de janelas e guarda-corpos, alturas de portas e 
janelas, espessuras de laje, vigas, forro, piso e acabamentos. Também devem 
evidenciar detalhes de coberturas e fundação, além de outros elementos verti-
cais que possam ser importantes no projeto.
Figura 6. Exemplo de corte. 
Locais
Cotas
Cota nível
Perfil 
terreno
Estar / Jantar wc Garagem
26
0
26
0
280
10 00
15wc
Dormitório Dormitório
Reservatório
24
0
20
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Um projeto deve ter, no mínimo, 
dois cortes, sendo um corte trans-
versal e um corte longitudinal – mas 
também pode incluir cortes parciais, 
que servem para entender melhor 
outros elementos que possam exis-
tir no projeto, tais como detalhes de 
acabamento ou detalhes construti-
vos. Esses cortes parciais podem ser 
feitos em escalas maiores, para uma 
melhor visualização.
Como citado anteriormente, os cortes não têm localização obrigatória 
no projeto. Dessa forma, devem ser indicados em planta, com os símbolos 
indicados a seguir. O sentido de visualização também deve ser indicado 
em planta.
Figura 7. Símbolo de indicação e sentido do corte. 
A
01Número da prancha
Letra do corte
Diâmetro = 12mm
5mm
3mm
Os cortes são sempre nomeados com as letras do alfabeto. Assim, é comum 
termos corte AA e corte BB, além dos cortes parciais, que, se existirem, devem 
ser indicados na sequência do alfabeto. 
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Figura 8. Exemplo de indicação e sentido do corte em planta.
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Os cortes são elementos obrigatórios para conhecer as alturas do projeto, 
posto que são eles que mostram as alturas internas e a altura final da edifica-
ção. A altura final da edificação, por sinal, é um item muito importante, uma vez 
que precisamos nos atentar ao gabarito máximo permitido para o local, o qual 
consta no relatório de viabilidade visto anteriormente.
Fachadas ou elevações
As fachadas ou elevações representam as faces de um edifício, e as mais co-
mumente conhecidas são as fachadas externas da edificação. A principal facha-
da é a frontal, e as secundárias são as laterais e de fundos. São consideradas 
fachadas internas as paredes internas de corredores de edifícios.
No projeto de arquitetura, é importante que todas as fachadas externas 
sejam representadas, a fim de gerar um maior entendimento do projeto. Ade-
mais, nas fachadas são simbolizados todos os caixilhos (portas e janelas) e de-
talhes de acabamento propostos para o projeto.
Figura 9. Exemplo de fachada frontal e lateral. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 03/07/2020.
Perspectivas
As perspectivas são as representações tridimensionais do projeto. Existem 
diferentes técnicas para as perspectivas. As mais comumente utilizadas na ar-
quitetura são a perspectiva isométrica, perspectiva cavaleira, perspectiva axo-
nométrica e perspectiva cônica, também chamada de perspectiva com ponto 
de fuga. Hoje, no entanto, há diversos softwares que permitem conceber dife-
rentes perspectivas de todos os ângulos possíveis. 
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As perspectivas podem ser usadas em todas as fases do projeto: desde a 
fase inicial, para estudo de volumes do projeto, até as fases intermediárias, 
para entendimento do projeto e verifi cação de interferências de outros proje-
tos, tais como estrutura ou instalações. 
Um tipo de perspectiva muito utilizada é a perspectiva ilustrativa, uma óti-
ma ferramenta de apresentação de projeto para o cliente, pois, como é um 
desenho tridimensional, é de melhor entendimento por pessoas leigas, que 
não estão acostumadas com desenhos técnicos.
É preciso entender que a perspectiva não é somente um item fi nal para 
apresentação, mas também uma importante ferramenta de de-
senvolvimento do projeto, pois, por meio dela, é possível com-
preender por exemplo como funcionam os volumes 
no terreno e na fachada da edifi cação. Pela pers-
pectiva, muitas vezes, vemos o projeto de forma 
tridimensional e conseguimos perceber elemen-
tos que poderiam passar despercebidos em re-presentações bidimensionais.
Figura 10. Exemplo de perspectiva. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 03/07/2020.
Ferramentas para a representação gráfica
Linhas no projeto de arquitetura
Segundo a NBR 8.403/84, as linhas em desenho técnico têm característi-
cas específi cas e devem ser utilizadas para se ter uma representação gráfi ca 
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perfeita no projeto. A ABNT também determina quais espessuras devem ser 
utilizadas para a representação de cada item. Por exemplo: as paredes devem 
ser representadas com o traço mais forte que as representações de janelas, 
portas e pisos.
DICA
Busque sempre traçar uma linha contínua, de uma só vez, visto que isto 
proporcionará um melhor acabamento. Lembre-se sempre que a excelên-
cia de seu traço definirá sua identidade como desenhista. 
As espessuras das linhas determinam a hierarquia dos elementos que são 
desenhados; por isso, a importância de representá-las corretamente. As linhas 
mais próximas do observador e as de elementos mais importantes são mais 
grossas e escuras. Assim, seguem alguns exemplos de como empregar as linhas:
• Espessura grossa – linha contínua: é utilizada para representação em 
plantas baixas e cortes de paredes, elementos estruturais e elementos inter-
ceptados pelo corte. Também é utilizada em elevações, como a linha de con-
torno da fachada e a linha de piso principal, onde a elevação se desenvolve, 
a base do desenho;
• Espessura média - linha contínua: é utilizada para a representação de li-
nhas de janelas e portas em plantas baixas, vistas de degraus de escadas em 
cortes e elementos em vista;
• Espessura fina – linha contínua: é utilizada para a representação de demais 
elementos secundários, tais como: sentido de abertura de portas, soleiras, pei-
toris, mobiliário, linha de piso, acabamentos e elementos em vista nos cortes; 
• Espessura bem fina – linha contínua: essa linha é utilizada para represen-
tar linhas de relacionamento e construção de desenho, linhas de indicação e 
de cota. Usa-se, ainda, na representação de hachuras de pisos e paredes e ele-
mentos decorativos;
• Espessura fina – linha tracejada: são empregadas para representar algum 
elemento que está além do plano do desenho e projeções, como pavimento 
superior, marquises, degraus de escadas;
• Espessura fina – linha traço e ponto: são empregadas para representar as 
linhas de indicação de corte.
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Fonte: NBR 8.403/84.
Linha Denominação Aplicação geral
A Contínua larga
A1 contornos visíveis
A2 arestas visíveis
B Contínua estreita
B1 linhas de interseção imaginárias
B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
B6 contornos de seções rebatidas na própria vista
B7 linhas de centros curtas
C Contínua estreita a mão livre(A)
C1 limites de vistas ou cortes parciais ou inter-
rompidas se o limite não coincidir com linhas 
traço e ponto
D Contínua estreita em ziguezague(A)
D1 esta linha destina-se a desenhos confecciona-
dos por máquinas
E Tracejada larga(A)
E1 contornos não visíveis
E2 arestas não visíveis
F Tracejada estreita(A)
F1 contornos não visíveis
F2 arestas não visíveis
G Traço e ponto estreita
G1 linhas de centro
G2 linhas de simetrias
G3 trajetórias
H
Traço e ponto estreita, 
larga nas extremidades e 
na mudança de direção
H1 planos de cortes
J Traço e ponto largo J1 indicação das linhas ou superfícies com indi-cação especial
K Traço dois pontos estreita
K1 contornos de peças adjacentes
K2 posição limite de peças móveis
K3 linhas de centro de gravidade
K4 cantos antes da conformação
K5 detalhes situados antes do plano de corte
QUADRO 1. APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 37
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Escala numérica em desenho técnico
Todo desenho técnico deve ser feito em escala, uma vez que é impossível 
representar o tamanho real em uma prancha de desenho. As escalas são utili-
zadas para que a representação do projeto possa expressar o tamanho correto 
do objeto em um desenho, mantendo as proporções definidas. Devemos usar 
as escalas para ampliar ou reduzir o tamanho da representação gráfica.
Para a representação de um projeto de arquitetura, normalmente usamos 
escalas de redução. As escalas mais utilizadas para a representação gráfica são:
• Escala 1:200 – lê-se escala 1 para 200; significa que o tamanho real do de-
senho foi reduzido em 200x. É uma escala normalmente utilizada para implan-
tação do projeto em grandes terrenos e para mostrar o entorno do terreno;
• Escala 1:100 – lê-se escala 1 para 100; significa que o tamanho real do de-
senho foi reduzido em 100x. É a escala utilizada para representação de projeto 
de arquitetura para órgãos públicos e para representações de plantas baixas, 
cortes e elevações sem detalhes internos;
• Escala 1:75 – lê-se escala 1 para 75, significa que o tamanho real do dese-
nho foi reduzido em 75x. É uma escala utilizada para representação de proje-
tos normalmente nas fases de anteprojeto, quando os projetos começam a ter 
mais informações de acabamentos e detalhes técnicos;
• Escala 1:50 – lê-se escala 1 para 50; significa que o tamanho real do dese-
nho foi reduzido em 50x. É uma escala usada para ampliação de algum detalhe 
de corte ou na planta baixa;
• Escala 1:25 – lê-se escala 1 para 25; significa que o tamanho real do dese-
nho foi reduzido em 25x. É uma escala muito utilizada para ampliação de deta-
lhes no projeto. Apesar de ser uma escala de redução, é comumente chamada 
de ampliação, isso é em relação à escala mais comumente utilizada no projeto, 
a de 1:100;
• Escala 1:10 – lê-se escala 1 para 10; significa que o tamanho real do de-
senho foi reduzido em 10x. É uma escala muito utilizada para ampliação de 
detalhes construtivos.
Escala gráfica
Outra escala bastante utilizada, principalmente em projetos ilustrativos, é a 
escala gráfica. Na escala gráfica, a representação acontece por um gráfico que 
é proporcional à escala utilizada. Ela é representada por um segmento de reta 
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 38
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graduada que estabelece a relação do projeto com a medida real. Nesse caso, 
vamos utilizar um segmento de reta graduada para estabelecer a relação entre 
o mapa e a vida real.
Figura 11. Escala gráfica. Fonte: NBR 6.492/94.
5 0
Escala gráfica
5 10
Cotas em projetos 
Outro item fundamental para a representação gráfica são as cotas de proje-
to. As cotas são as formas como são identificadas as medidas de cada ambiente 
desenhado. As cotas devem ser iguais às medidas reais do ambiente, para que, 
quando qualquer pessoa pegue o desenho, saiba seu tamanho real.
Existem dois tipos principais de cotas: as cotas somente com o valor numé-
rico da medida; e as cotas com linha de cota e linha auxiliar. As cotas numéricas 
são normalmente utilizadas para identificação das medidas internas de cada 
ambiente, e as cotas com linhas auxiliares são utilizadas para identificação de 
medidas externas da edificação e do terreno.
Cotas de nível
As cotas de nível são as cotas utilizadas para indicar os níveis internos e ex-
ternos do terreno e do projeto. Elas devem ser indicadas na planta e nos cortes 
e podem ser utilizada de duas formas no projeto: 
• Considerando o nível 0,00 como sendo o nível da rua onde está o terreno – 
e, a partir daí, considerar todas as alturas internas com base nesse nível;
• Considerando todas as cotas de nível existentes no terreno e nos arredo-
res – e, a partir daí, fazer um referenciamento das cotas do projeto. Conside-
rando a cota de nível média 750,00 metros (nível médio da cidade de São Paulo, 
considerado a partir do nível do mar), as cotas de projeto serão somadas a isso; 
por exemplo, o nível do térreo residencial seria 750,50metros, ou seja, 0,50 aci-
ma da rua; e o andar superior seria de 753,50 metros, ou seja, do piso do térreo 
ao piso do andar superior, seriam somados mais 3,00 metros.
Segue exemplo de como devem ser as indicações de cota de nível em plan-
tas e em cortes.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 39
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 39 14/08/20 16:55
Figura 12. Escala gráfi ca. Fonte: NBR 6.492/94.
Normas técnicas para projetos de arquitetura
Como visto anteriormente, para a correta representação gráfi ca de um pro-
jeto é necessário seguir algumas normas de padronização. Essas normas ser-
vem para que haja a correta compreensão do projeto apresentado e, com isso, 
a certeza de uma execução adequada da obra do projeto proposto. Observe a 
seguir as principais normas de projeto regulamentadas pela ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas):
• NBR 8.403/1984 - Aplicação de linhas em desenho, tipos de linhas e largura;
• NBR 10.126/1987 - Cotagem em desenho técnico;
• NBR 10.582/1988 - Apresentação de folha para desenho técnico;
• NBR 8.402/1994 - Execução de caractere para escrita;
• NBR 6.492/1994 - Representação de projeto de arquitetura;
• NBR 13.532/1995 - Elaboração de projeto de edifi cação - Arquitetura;
• NBR 8.196/1999 - Emprego de escalas;
• NBR 13.142/1999 - Dobramento de cópia;
• NBR 15.575/2013 - Edifi cações habitacionais;
• NBR 16.752/2020 - Desenho técnico - Requisitos para apresentação em 
folhas de desenho.
Etapas de projeto
Conhecidos os principais elementos projetuais e as normas para sua cor-
reta representação, é necessário aprender quais são as etapas de um projeto 
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 40
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desde sua concepção até sua construção. O desenvolvimento dessas etapas 
é muito importante para que os projetos sigam um fluxo que atenda todas as 
demandas necessárias. As principais etapas de projetos são classificadas como 
evidenciado a seguir. No entanto, é importante ressaltar que, dependendo do 
tipo e complexidade do projeto, essas etapas podem ser suprimidas ou podem 
ser incluídas mais etapas, com detalhamentos específicos.
Estudo de viabilidade
Etapa já vista, na qual é necessário fazer o levantamento preliminar de toda 
a documentação do terreno, o programa de necessidades e referências. Para 
essa etapa, espera-se:
• Implantação esquemática, em forma de croquis ou desenhos esquemáticos;
• Estudos volumétricos (estudos de massas);
• Estudo de viabilidade técnica.
Estudo preliminar 
Após a aprovação do estudo de viabilidade pelo cliente, inicia-se o estudo 
preliminar. Essa é a fase do projeto que contempla o partido arquitetônico ado-
tado e conceitos de projeto. 
O estudo preliminar serve para que todos os outros projetistas indicados (es-
trutura, instalações, fundações), chamados de disciplinas complementares, o uti-
lizem como base para o seu primeiro estudo, indicando onde devem ficar itens 
dessas disciplinas, como tomadas, entradas de energia, tubulações de água e 
esgoto e elementos estruturais, como vigas e pilares. São produtos dessa etapa:
• Implantação;
• Plantas (somente com identificações dos ambientes: “bases”);
• Cortes principais;
• Fachadas;
• Tabela de áreas dos ambientes, considerando o estudo de viabilidade téc-
nica apresentado anteriormente.
Projeto de prefeitura e demais aprovações
Para que o projeto possa ser construído, é necessário que se faça a aprova-
ção na prefeitura local. Para essa aprovação, existe um projeto específico que 
deve ser desenvolvido de acordo com as regras locais. Essa etapa compreende 
o projeto em condições de ser apresentado nos órgãos públicos competentes, 
atendendo a todos os critérios técnicos. Os produtos dessa fase são:
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• Plantas, cortes e elevações;
• Tabelas de áreas;
• Memória de cálculo;
• Quadros solicitados pela municipalidade.
Anteprojeto
Após a aprovação do estudo preliminar, deverá ocorrer a etapa de ante-
projeto. Esta é uma etapa de consolidação dos projetos complementares (se 
houver), como projeto estrutural e de instalações. Nela, devem ser detalhadas 
e absorvidas todas as interferências no projeto, de forma que se mantenha o 
partido adotado e se atenda a todas as interferências técnicas.
O ideal é que essa seja a última etapa em que ocorram alterações no pro-
jeto. Por isso, é importante que, na apresentação para o cliente, o projeto já 
esteja completamente resolvido. São produtos dessa etapa:
• Implantação;
• Plantas de todos os pavimentos (somente com identificações dos ambien-
tes: “bases”);
• Cortes gerais;
• Elevações;
• Cortes parciais de detalhes relevantes;
• Indicação de forro e alturas.
Projeto executivo
O projeto executivo é a última fase do desenvolvimento de projetos e de-
verá ser a mais detalhada, pois o produto dessa fase será o material que será 
utilizado para a construção do projeto.
No projeto executivo, devem aparecer todos os detalhes de construção e ele-
mentos gráficos que indiquem claramente as dimensões e a geometria dos com-
partimentos e das fachadas. Devem ser detalhados os materiais a serem utiliza-
dos e os acabamentos propostos. Os produtos dessa etapa serão os seguintes:
• Implantação geral;
• Plantas de todos os pavimentos;
• Plantas de forros;
• Cortes gerais;
• Cortes parciais pelas fachadas;
• Cortes parciais necessários;
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• Elevações;
• Paginação (desenho) de pisos e detalhes;
• Especificação de acabamentos;
• Memorial descritivo de acabamentos;
• Planilhas de orçamentos.
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Sintetizando
Nesta unidade, aprendemos a fazer os estudos iniciais para um projeto com 
base em legislação urbanística e índices obrigatórios que devem ser seguidos. 
Conhecemos um pouco as principais legislações que incidem em um terreno e 
a quais pontos devemos nos atentar – e, a partir daí, a fazer a setorização inicial 
e o correto dimensionamento do ambiente, aliando funcionalidade, estética e 
atendimento ao programa de necessidades.
Aprendemos a importância da representação gráfica feita de forma correta 
e como ela é fundamental para a apresentação e entendimento do projeto. 
Aprendemos que o desenho é a forma de comunicar o projeto e que, para isso, 
existem muitas normas a serem seguidas. Conhecemos os principais elemen-
tos gráficos que compõem um projeto e como eles são desenvolvidos. Apren-
demos, por fim, quais são as etapas principais para o desenvolvimento de um 
projeto completo, desde sua concepção até a execução da obra.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 44
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PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 46
SER_ARQURB_PAUII_UNID1.indd 46 14/08/20 16:56
ANÁLISE ESPACIAL, 
ANÁLISE DA FORMA E 
PAISAGEM URBANA
2
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer o que é forma, seus principais elementos e analisar os tipos de 
formas existentes;
 Conhecer os elementos arquitetônicos e os elementos formais e não formais 
da forma;
 Entender a diferença entre proporção e escala e como são usadas em projetos;
 Entender como funciona a percepção visual dos objetos;
 Aprender o que é espaço e paisagem urbana e qual o impacto da forma no 
seu meio;
 Ver exemplos de obras que tiveram a forma como premissa;
 Ver exemplos de obras aplicadas ao espaço e qual o impacto que elas causam;
 Conhecer como funciona a plasticidade das obras na arquitetura.
 Introdução
 Análise espacial: elementos 
primários das formas
 Forma: elementos básicos
 Volume
 A análise da forma: o que é 
forma?
 Elementos arquitetônicos para 
a forma
 Elementos formais e não for-
mais
 Proporção e escala
 Percepção visual
 Espaço arquitetônico
 Paisagem urbana
 Impacto da forma na paisagem 
urbana
 Projetos na paisagem urbana
 Oscar Niemeyer
 Frank Lloyd Wright
 Frank Gehry
 Zaha Hadid
 Plasticidade
 Plasticidade na arquitetura
 A plasticidade das obras de 
Oscar Niemeyer
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 48
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Introdução
Quando iniciamos um projeto de arquitetura, logo após as fases de estudos 
iniciais e programa de necessidades, vem o desespero... e agora? O que eu faço 
com um papel em branco? De onde vem a inspiração para o projeto? Como vem 
a inspiração para o partido do projeto?
Podemos começar o projeto pela análise espacial, por meio de referências 
e estudos de caso, quando começamos a ter ideia de qual será a forma propos-
ta para aquele projeto.
A análise espacial nada mais é do que o estudo de como a massa construída 
e o seu entorno se relacionam. Buscamos entender como a forma, o volume e o 
espaço são entendidos do ponto de vista do observador e qual o impacto dele 
na paisagem em que se encontra.
Geralmente, começamos um projeto pela sua planta, resolvendo seu pro-
grama de necessidades mediante croquis de ambientes internos e evoluímos 
o projeto em todas as etapas. A forma desse projeto normalmente é resul-
tante da planta interna, onde não pensamos na plasticidade e no desenho 
daquela edifi cação.
Nessa unidade, vamos aprender o que é a forma, entender como pensar na 
forma de um edifício e como podemos aliar a funcionalidade com a estética, 
para que os edifícios possam atender à função para a qual foram projetados, 
sua forma desejada e sua relação com o entorno.
Análise espacial: elementos primários das formas
Para começarmos a entender o que é análise espacial, precisamos ter no-
ções primitivas de geometria e de seus elementos primários, que são a base de 
todas as formas. Esses elementos são ponto, linha, plano e espaço.
• Ponto: o ponto é um objeto fi xo, estático, que não possui defi nição, dimen-
são ou forma. O ponto é a base de toda a geometria e por isso é a base de todas 
as fi guras geométricas e formas;
• Linha: linhas são conjuntos de pontos estendidos. Uma linha possui com-
primento, mas não possui largura, possui direção, movimento e crescimento, 
podem ser linhas infi nitas. Uma linha pode ser reta ou curva;
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO II 49
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• Plano: um plano é um conjunto infi nito e ilimitado de linhas. É nos planos 
que são defi nidas as fi guras geométricas primárias, portanto, ele tem compri-
mento e largura;
• Espaço: um espaço é a justaposição de planos no sentido perpendicular, 
por isso um espaço tem comprimento, largura e profundidade. Um espaço é a 
transformação de um plano em uma fi gura tridimensional.
Forma: elementos básicos
Na geometria, dividimos as formas em básicas ou primárias, que são: qua-
drados, triângulos e círculos. A partir dessas formas primárias, temos algu-
mas derivações chamadas de sólidos platônicos.
Os sólidos platônicos são a evolução das formas simples: quando elas expan-
dem, giram e ganham volume. Os elementos conhecidos como sólidos platôni-
cos são esferas, cubos, cilindros, pirâmides, quadrados, trapézios, entre outros.
Quando vemos uma obra de arte ou uma edifi cação, é natural que nossos 
olhos sempre procurem ver as formas primárias, pois essas formas são simples 
e de conhecimento de todos. Segundo a Gestalt, quanto mais regular uma for-
ma, mais fácil de identifi carmos e entendermos.
Essa regra é muito utilizada na arquitetura, mesmo que de forma inconscien-
te. Quando analisamos um

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