Buscar

MANUAL DE CONDUTAS OBSTETRICAS_HMIB_DIGITAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 396 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 396 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 396 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Manual de
C o n d u t a s O b s t é t r i ca s
d o H o s p i t a l M a t e r n o
I n fa n t i l d e B ra s í l i a
Larissa Maciel Ribeiro
Leonardo Ayres Coelho
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa 
1ª Edição
ISBN: 978-65-995783-0-4
Ano 2021
Apoio:
Manual de Condutas Obstétricas do Hospital
Materno Infantil de Brasília
1ª Edição
Ano 2021
Larissa Maciel Ribeiro
Leonardo Ayres Coelho
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa 
Editores colaboradores
Adriano Bueno Tavares
Alexandre Pavan Garieri
Lucila Nagata
Zilma Eliane Ferreira Alves
Manual de
Condutas Obstétricas
do Hospital Materno
Infantil de Brasília
Manual de Condutas Obstétricas do Hospital Materno Infantil de Brasília 
é uma publicação do Corpo Clínico e do Programa de Residência Médica 
em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Materno Infantil de Brasília.
Os conceitos emitidos nos artigos são de inteira responsabilidade de seus 
autores. Não é permitida a reprodução parcial ou total de textos sem 
permissão expressa dos autores.
Tiragem: 120 exemplares
Editores / Editores Revisores
Larissa Maciel Ribeiro
Leonardo Ayres Coelho
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa
Fotos: Juliano Azevedo
Endereço Editoria
Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia
Hospital Materno Infantil de Brasília
Av. L2 Sul SGAS Quadra 608 Módulo A - Asa Sul, 
Brasília - DF, CEP: 70203-900
E-mail: acoelholeonardo@gmail.com
Produção Editorial
Luan Comunicação
www.luancomunicacao.com.br
Nossa vida é tão curta que não podemos deixar as oportunidades serem 
descartadas ou esquecidas. Assim, ao perceber a oportunidade de 
concretização deste ideal, pensei: “Agora é a hora... não deixarei passar”, 
e assim foi feito. Confesso que a energia e a empolgação dos residentes, 
especialmente do Leonardo Coelho e da Ellen Tieko, não me deixaram 
desanimar.
Agradeço a Deus e a Nossa Senhora, sempre meu refúgio e fortaleza. 
Ao meu amado filho João Victor, que sempre me inspira e faz meus dias 
mais alegres e animados. À minha família, que sempre me auxilia e apoia.
O desenvolvimento deste manual foi fruto de um trabalho em equipe. O 
nosso sucesso é o reflexo da determinação de cada um de nós!!! Agradeço 
a cada um do fundo do coração!
Larissa Maciel Ribeiro
Verba volant, scripta manent. 
Agradecemos aos autores colaboradores que sonharam junto conosco 
na produção desta obra, seria inviável se todos não tivéssemos a mesma 
dedicação e conexão. Agradecemos aos nossos pais, razão e eternos 
fomentadores do nosso projeto de ser e viver a medicina. Agradeço por fim à 
minha avó, Ivone, a melhor enfermeira do mundo e minha inspiração de vida.
Leonardo Ayres Coelho
Agradecemos aos nossos pais por terem nos presenteado com a vida e 
com a capacidade de sonhar. Incentivadores do estudo e da perseverança, 
estiveram ao nosso lado nesta bela jornada sinuosa. Alguns partiram 
precocemente, porém vivem em cada sorriso e em cada pensamento, 
eternamente iluminando nossos caminhos. 
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa
AGRADECIMENTOS
O Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), fundado em 1966, é conhecido pela 
excelência na formação de profissionais especialistas nas áreas de Ginecologia e 
Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia e Cirurgia Pediátrica.
O Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia do HMIB foi iniciado 
em 1967 com a formação de dois residentes por período e, ao longo desses 54 anos, 
foi se aprimorando e evoluindo nas questões de ensino e pesquisa, até que, em 2007, 
o HMIB foi oficialmente credenciado como Hospital de Ensino onde, atualmente, tem 
capacidade de formação de 24 residentes na área da Ginecologia e Obstetrícia e mais 
oito residentes de suas subespecialidades.
O processo de ensino e aprendizagem perpassa a relação residente, preceptor e 
paciente, tornando-se cada vez mais humanizado, sem deixar de lado as questões 
técnicas baseadas nas evidências científicas atuais.
Este manual representa o quão é perceptível o desejo de evolução pessoal e 
profissional por todos que fazem parte do corpo clínico que compõe este grande time.
Marina da Silveira Araujo
Diretora Geral do Hospital Materno Infantil de Brasília
O Hospital Materno Infantil de Brasília é o hospital terciário da rede SES/DF em 
assistência obstétrica e caracteristicamente é especializado em atender os casos 
clínicos mais complexos da área, por isso surgiu uma necessidade natural de elaborar 
um compilado das principais condutas obstétricas.
O Manual de Condutas Obstétricas do Hospital Materno Infantil de Brasília apresenta 
procedimentos operacionais padrão (POPs) dos principais temas de emergência 
obstétrica, que foram elaborados em um trabalho conjunto da equipe de médicos 
ginecologistas e obstetras e residentes do Programa de Residência Médica em 
Ginecologia e Obstetrícia do HMIB. O objetivo do Manual é padronizar as condutas 
médicas no atendimento do serviço de emergência obstétrica, expondo o conteúdo de 
forma objetiva e prática, baseado nas mais recentes evidências científicas.
Esperamos que o Manual a seguir, que representa o trabalho sério, dedicado e 
entusiasmado da equipe do HMIB, possa proporcionar aos profissionais que o 
utilizarem a tomada de decisões clínicas de forma segura e embasada no que há 
de melhor em termos científicos, determinando assim o melhor atendimento para as 
mulheres usuárias do SUS.
Andréia Regina da Silva Araujo
Referência Técnica Assistencial da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital 
Materno Infantil de Brasília
PREFÁCIO
9 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
AUTORES
Adriano Bueno Tavares
Graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Mestrado e 
Doutorado em Ginecologia e Obstetrícia pela USP. Pós-Doutorado em Ciências 
Reprodutivas - University of Utah (EUA). Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia 
- SES/GDF (2011-2015). Consultor Nacional em Saúde da Mulher - Organização 
Pan-Americana de Saúde OPAS/ Organização Mundial da Saúde OMS (2015-
2016). Consultor em Saúde Sexual e Reprodutiva para Brasil, Honduras e Panamá 
pelo Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da Organização Mundial 
da Saúde - OMS (2017-2018). Médico Ginecologista e Obstetra - HMIB - SES/
GDF. Preceptor PRM em Ginecologia e Obstetrícia - HMIB - SES/GDF. Professor 
e Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências para Saúde - ESCS-
FEPECS - SES/GDF.
Alexandre Pavan Garieri
Médico Ginecologista e Obstetra no Centro Obstétrico do Hospital Materno Infantil 
de Brasília (HMIB). Graduado em Medicina e mestre em Ciências Médicas pela 
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com 
especialização em Mastologia e Oncologia Ginecológica e Título de Especialista 
em GO - TEGO. Perito Médico Legista da Polícia Federal e bacharel em Direito pelo 
UNICEUB.
Ana Luiza de Macêdo Sampaio
Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília. 
Graduada em medicina pelo Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e 
Tecnológicas do Piauí (UNINOVAFAPI).
Ana Luíza Martins Meyer Barros
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia. Médica 
Residente em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Materno Infantil de Brasília 
(2018/2020). 1º Tenente Médica da Força Aérea Brasileira. Médica adjunta do 
Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Força Aérea de Brasília.
10 
Ana Medeiros Farias da Mata
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências para 
Saúde, da Escola Superior de Ciências da Saúde (FEPECS), da Secretaria de 
Saúde do Distrito Federal. Pós- graduação Latu Sensu em Especialização em 
Gestão da Clínica do SUS pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa 
(HSL/IEP). Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 
(SBEM) e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Médica endocrinologista 
do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Secretaria de Saúde do Distrito 
Federal (SES/DF).
Andréia Regina da Silva Araújo
Médica Ginecologista eObstetra, RTA da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia 
e da Unidade do Centro Obstétrico do Hospital Materno Infantil de Brasília 
(HMIB). Graduada em Medicina pela Universidade de Brasília. Especialização em 
Mastologia e Oncologia Ginecológica na Universidade de Brasília.
Andressa Luiza Costa Rodrigues de Paiva
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil 
de Brasília (2018-2021); Graduada em Medicina pelo Instituto Tocantinense 
Presidente Antônio Carlos em Araguaína-TO em 2015.
Bruna Morena Messias de Lima Dias
Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília 
(2020-2023). Graduada em Medicina em 2019 pela Universidade Católica de 
Brasília (UCB).
Caio de Oliveira Reges
Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília 
(2020-2023). Graduado em Medicina em 2019 pela Universidade Católica de 
Brasília (UCB).
11 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Carlos Alberto Castro Rubiano
Graduado em Medicina pela Universidade de Brasília. Residência Médica em 
Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília. Residência 
Médica em Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal no Hospital Materno Infantil 
de Brasília. Título de especialista em ultrassonografia gineco-obstétrica pelo 
Colégio Brasileiro de Radiologia. Médico Gineco-Obstetra do Setor de Gestação 
de Alto Risco e Medicina Fetal do Hospital Materno Infantil de Brasília, DF. 
Médico ultrassonografista em Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Fetal da 
Clínica de Imagens MEDCEU, Brasília - DF.
Carolina Genaro Pultrin
Médica Ginecologista e Obstetra no Centro Obstétrico do Hospital Materno 
Infantil de Brasília. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina do 
Triângulo Mineiro (UFTM) com especialização em ginecologia e obstetrícia 
pelo HMIB-DF, Título de Especialista em GO - TEGO. Desde 2010 fazendo parte 
do Setor de Alto Risco do HMIB.
Daniela Vinhaes dos Reis
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Materno Infantil de 
Brasília (HMIB). Médica formada pela Universidade Católica de Brasília (UCB).
Denise Gomes da Silva
Graduação pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul. Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital de Clínicas 
de Porto Alegre e na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Título de 
especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e em Mastologia 
pela SBM. Mestre em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela UNESP. Atuou 
como médica e plantonista do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital 
Materno Infantil de Brasília (HMIB) e como docente da Escola Superior de 
Ciências da Saúde, área de Saúde da Mulher. Ex-coordenadora da Comissão 
de Residência Médica e Supervisora do Programa de Residência Médica em 
Ginecologia e Obstetrícia do HMIB.
12 
Edelaide Raquel Pilau Frazão
Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Passo Fundo - Rio Grande do 
Sul. Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Santa Casa de Curitiba 
- PUC/ Paraná. Mestranda em Avaliação em Saúde na ENSP/FIOCRUZ. Médica 
ginecologista e obstetra do Hospital Materno Infantil de Brasília - Secretaria de Saúde-
DF. Membro da Sociedade Brasileira de Menopausa e Climatério.
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília 
(HMIB). Graduação em Medicina pelo Centro Universitário de Brasília, Brasília-DF. 
Bacharel em Enfermagem, Magna Cum Laude, pela Universidade de Connecticut, 
Storrs - CT, Estados Unidos.
Felipe Teixeira de Mello Freitas
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999 – 2005). 
Residência Médica em Infectologia pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas (2006 – 
2009). Egresso do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços 
do SUS da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (2009 – 2011). 
Doutor em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília (2013 – 2017). Médico 
Infectologista dos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Materno 
Infantil de Brasília (2011 – atualmente) e da Maternidade Brasília (2015 – atualmente). 
Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde, Fundação de Ensino e Pesquisa em 
Ciências da Saúde (2018 – atualmente).
Fernanda Helena Pereira dos Anjos
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Materno Infantil de Brasília 
(HMIB). Médica na Unidade de Terapia Intensiva Hospital Regional da Asa Norte, DF.
Isabella Moreira Dias
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de 
Brasília (2020-2022). Graduação em Medicina pela Universidade de Ribeirão 
Preto (UNAERP).
13 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Jaqueline Santos Ribeiro
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno-Infantil 
de Brasília (HMIB) (2020 - 2022). Graduação em Medicina pela Universidade 
de Brasília.
Jessica Lucena Wolff
Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília 
(2019-2021). Graduada em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB) com 
Graduação-Sanduíche em Medical Physiology na University of East London 
em Londres, Reino Unido. Pós-Graduanda em Ultrassonografia em Ginecologia 
e Obstetrícia no Nexus - Núcleo de Excelência em Ultrassonografia e Ensino 
Médico, Brasília.
João Rocha Vilela
Mestre em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Faculdade de Medicina de 
Botucatu da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Residência 
Médica em Ginecologia e Obstetrícia. Título de Especialista em Ginecologia e 
Obstetrícia (TEGO) Febrasgo. Título de Especialista em Ultrassonografia Geral e 
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Título de Especialista 
em Ultrassonografia Geral pela Sociedade Brasileira de Ultrassonografia (SBUS). 
Título de Especialista em Cirurgia Endoscópica - Febrasgo. Médico do Serviço de 
Reprodução Humana Assistida (SRH) Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução 
Assistida (CEPRA) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB).
Jordana Joab Alencar Barros
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno-Infantil de 
Brasília (2020 - 2022). Graduação em Medicina pela Escola Superior de Ciências 
da Saúde (ESCS).
14 
Kelma Luana Abreu de Siqueira
Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília 
(2019-2022). Graduada em Medicina pela Universidade Católica de Brasília (UCB).
Lara Wanderley Paes Barbosa
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de 
Brasília (2018-2020). Graduação em Medicina pelo Instituto Master de Ensino 
Presidente Antônio Carlos (IMEPAC), Araguari, MG.
Larissa Maciel Ribeiro
Mestre em Ciências da Saúde pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) 
da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). Pós-Graduada 
em Ultrassonografia na área de Ginecologia e Obstetrícia pela Escola de 
Ultrassonografia Médica de Ribeirão Preto, SP. Título de Especialista em Ginecologia 
e Obstetrícia, Endoscopia Ginecológica e Reprodução Assistida pela FEBRASGO. 
Fellow em Reprodução Assistida pela Genesis (Centro de Reprodução Assistida) 
em Brasília. Capacitação em Reprodução Assistida pela Sociedade Brasileira de 
Reprodução Assistida (SBRA). Supervisora do Programa de Residência Médica de 
Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Médica 
do serviço de Reprodução Humana do HMIB.
Leonardo Ayres Coelho
Médico Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil 
de Brasília (2019-2021). Graduação em Medicina pela Universidade Federal de 
Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) com Graduação-Sanduíche em 
Biomedical Sciences na Cardiff Metropolitan University no País de Gales, Reino 
Unido. Médico da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) 
na área de Medicina de Emergência e Médico Plantonista do Pronto-Socorroe da 
Sala Vermelha do Grupo Santa em Brasília, DF.
15 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Lígia Helena Ferreira Melo e Silva
Mestre em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pós-Graduação 
em Biotecnologia pelo Instituto HZI, Alemanha. Título de Especialista em 
Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia pelo Colégio Brasileiro de 
Radiologia (CBR). Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia e Endoscopia 
Ginecológica pela FEBRASGO. Residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo 
Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Graduada em Medicina pela Faculdade 
de Catanduva, SP.
Lorena da Silva Rosa
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de 
Brasília (2020-2022). Graduação em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB).
Luciana Pinto Moraes
Graduação em Medicina pela Universidade de Goiás. Especialização em Ginecologia 
e Obstetrícia pelo Hospital Regional da Asa Norte. Título de especialista em gineco 
obstetrícia (TEGO) e título de especialista em ultrassonografia gineco obstétrica e 
geral pela Sociedade Brasileira de Ultrassom e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia.
Lucila Nagata
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Regional da Asa 
Norte, Brasília/DF. Graduação em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB). 
Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO. Membro da 
Comissão de Mortalidade Materna da FEBRASGO. Médica aposentada do Serviço 
de Gestação de Alto Risco do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB).
Paula Faria de Campos
Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de Brasília 
(2020-2023). Graduada em Medicina em 1/2020 pela Universidade Católica de 
Brasília (UCB).
16 
Maria Jocilda De Albuquerque Guimarães D’Oliveira
Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) pela FEBRASGO. 
Preceptora do Programa de Residência Médica em Medicina Fetal e Alto Risco do 
Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Preceptora do Curso de Graduação em 
Medicina da ESCS/FEPECS. Médica do Setor de Alto Risco do Hospital Materno 
Infantil de Brasília (HMIB). Médica da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia (UCOB) 
do HMIB.
Maria Marta Neves de Oliveira Freire
Mestre (Mestrado Acadêmico) pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em 
Ciências da Saúde pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS/FEPECS), 
da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). Residência Médica em 
Psiquiatria no Hospital São Vicente de Paulo pela FEPECS, SES/DF (2004-2006). 
Título de Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria e 
Associação Médica Brasileira. Pós-graduação Lato Sensu em MBA Executivo 
em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Graduação em Medicina pela 
Universidade de Brasília (2003). Preceptora do Internato em Saúde Mental do 
Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). Preceptora 
Colaboradora do Programa de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia 
do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Preceptora Colaboradora do 
Programa de Residência Médica de Psiquiatria do Instituto Hospital de Base 
(IHB). Vice-coordenadora do Grupo de Cuidados Paliativos Pediátricos do 
HMIB. Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Membro da 
Associação Brasileira de Estudos e Prevenção ao Suicídio (ABEPS). Membro 
da Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Médica Psiquiatra do 
Serviço de Saúde Mental da Mulher do HMIB.
Márcia Nóbrega de Queiroz
Médica Gineco-Obstetra graduada pela Universidade de Brasília (UnB). Residência 
Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela UnB. Médica da SES/DF. Título em 
Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO. MBA FGV em Gestão de Clínica e Hospitais.
17 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Paola Zilah Fleury Teixeira Zamora
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Regional de 
Taguatinga, DF. Médica Residente em Medicina Fetal e Gestação de Alto Risco 
pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (2020). Graduada em Medicina pelo 
Centro Universitário de Anápolis, Goiás.
Rachel Costa Vinhaes dos Reis
Graduação em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB). Residência 
Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Regional da Asa Norte, DF. 
Estágio na Reprodução Humana do HMIB em 1998. Médica Gineco-obstetra da 
SES/DF desde 1991.
Ricardo Barbosa Alves
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil de 
Brasília (HMIB). Especialista em Uroginecologia pelo Hospital Pérola Byington, 
SP. Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO. Médico 
Ginecologista/Obstetra e responsável pelo Setor de Uroginecologia e Cirurgia 
Vaginal do HMIB.
Roberta Gava Tedesco Horta
Residência Médica em Clínica Médica no Hospital Regional do Gama, SES/DF. 
Residência Médica em Hematologia no Hospital de Base do Distrito Federal, 
SES/DF. Graduação em Medicina pela Escola de Medicina da Santa Casa de 
Misericórdia de Vitoria (EMESCAM). Hematologista/Hemoterapeuta do Hospital 
Materno Infantil de Brasília (HMIB). Médica de hospitais DASA, Brasília/DF.
Sâmia Luiza Sousa Paiva
Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Materno Infantil 
de Brasília (HMIB), DF. Graduada em Medicina pela Universidade Atenas em 
Paracatu, MG.
18 
Tatiane de Lima Takami
Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Escola Superior de Ciências 
da Saúde do Distrito Federal (ESCS). Aperfeiçoamento em Uroginecologia pelo 
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 
Aperfeiçoamento em Ginecologia Endócrina e Climatério pelo Hospital das Clínicas 
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Aperfeiçoamento em 
Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia pelo Departamento de Ginecologia 
e Obstetrícia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Título de 
Especialista em Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO. Médica Ginecologista e 
Obstetra do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB).
Zilma Eliane Ferreira Alves
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia na Fundação Hospitalar do Estado 
de Minas Gerais (FHEMIG), Belo Horizonte. Título em Ginecologia e Obstetrícia - 
FEBRASGO. Certificado de atuação na área de Ultrassonografia em Ginecologia 
e Obstetrícia: Colégio Brasileiro de Radiologia, FEBRASGO e Associação Médica 
Brasileira (AMIB). Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas 
Gerais, Belo Horizonte. Certificado de atuação na área de Medicina Fetal pela 
FEBRASGO e AMIB (2009). Médica Gineco-Obstetra do Setor de Gestação de 
Alto Risco e Medicina Fetal do Hospital Materno Infantil de Brasília, DF. Médica 
ultrassonografista em Ginecologia e Obstetrícia, Ecocardiografista Fetal e Medicina 
Fetal da Clínica de Imagens MEDCEU, Brasília - DF.
19 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Os editores e autores deste livro acreditam fortemente que a complexa 
prática da medicina, o desenvolvimento constante da ciência e a 
imprevisibilidade das condições patológicas bem como as respostas do 
corpo humano não podem ser rigidamente categorizados por qualquer 
documento escrito. Portanto, não é objetivo nem intenção de nosso livro 
servir como uma fonte impositiva, ou definir rigorosamente um padrão 
de cuidado sobre qualquer condição médica, plano de tratamento ou 
intervenção clínica. A medicina é uma área do conhecimento em constante 
evolução. Esta obra deve servir de apoio complementar à prática médica, 
não sendo ferramenta substitutiva da avaliação do julgamento clínico. 
Toda consulta e conduta médica deve ser individualizada.
Construímos um livro baseado no que há de mais recente e considerado 
confiável na literatura científica mundial, bem como no conhecimento 
e na experiência adquirida e compartilhada por todos os editores e 
autores na criação da obra. O objetivo é fornecer de maneira didática 
e referenciada um guia clínico razoável, combinado comsugestões 
práticas de profissionais experientes e dedicados, em acordo com os 
padrões aceitos à época da publicação.
Reiteramos que muitas das complicações e resultados adversos 
descritos associados à implementação ou à retenção de intervenções 
clínicas e cirúrgicas complexas podem ocorrer, mesmo quando todos 
os aspectos da prática estavam de acordo com o padrão esperado ou 
tenham sido realizados corretamente. Os protocolos de segurança 
devem ser seguidos, porém novas pesquisas e testes clínicos podem 
merecer análises e revisões, inclusive de regulação, normas técnicas 
e regras dos respectivos órgãos de classe, como código de ética. Os 
leitores, profissionais da saúde que se sirvam desta obra como apoio ao 
conhecimento, são aconselhados a conferir as informações fornecidas 
pelo fabricante de cada medicamento a ser administrado, verificando 
as condições de saúde do paciente, dose recomendada, o modo e a 
duração da administração, bem como as contraindicações e os efeitos 
adversos. Essa recomendação é particularmente importante em relação 
PALAVRA DO EDITOR
20 
a medicamentos introduzidos recentemente no mercado farmacêutico 
ou raramente utilizados.
As linhas de pesquisa ou de argumentação do autor, assim como suas 
opiniões, não são as da Editora. Do mesmo modo, foram empregados 
todos os esforços para garantir a proteção dos direitos dos autores 
envolvidos na obra, inclusive quanto às obras de terceiros e imagens e 
ilustrações aqui reproduzidas. Caso algum autor se sinta prejudicado, 
favor entrar em contato com a Editora.
Finalmente, cabe orientar o leitor que a citação de passagens deste 
Manual com o objetivo de debate ou exemplificação para uso privado, 
sem intuito comercial e desde que não prejudique a normal exploração 
desta obra são, por um lado, permitidos pela Lei de Direitos Autorais, 
art. 46, inciso II e III. Por outro, a mesma Lei de Direitos Autorais, no art. 
29, incisos I, VI e VII, proíbe a reprodução parcial ou integral desta obra, 
sem prévia autorização, para uso coletivo, bem como o compartilhamento 
indiscriminado de cópias não autorizadas, inclusive em grupos de grande 
audiência em redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. 
Essa prática prejudica a normal exploração da obra pelo seu autor, 
ameaçando e desvalorizando a edição técnica e acadêmica de livros 
científicos e didáticos e a produção de novas obras.
Leonardo A. Coelho
Ana Luiza Martins Meyer Barros
Jordana Joab Alencar Barros
Lucila Nagata
TRABALHO DE PARTO PREMATURO
ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO
AUTORES
PALAVRA DO EDITOR
27
09
19
49
59
77
87
Denise Gomes da Silva
Jéssica Lucena Wolff 
Rachel Costa Vinhaes dos Reis
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL
Carlos Alberto Castro Rubiano
Luciana Pinto Moraes
Jaqueline Santos Ribeiro
PARTOGRAMA E DISTOCIAS
Lígia Helena Ferreira Melo e Silva
Lorena da Silva Rosa
João Rocha Vilela
ANALGESIA NO TRABALHO DE PARTO
Adriano Bueno Tavares
Caio de Oliveira Reges
Ana Luiza de Macedo
97MANEJO DA GESTAÇÃO PROLONGADA 
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa
Paula Faria Campos
Zilma Eliane Ferreira Alves
SUMÁRIO
120
130
141
CRESCIMENTO INTRAUTERINO RESTRITO
Daniela Vinhaes dos Reis
Zilma Eliane Ferreira Alves
Carolina Genaro Pultrin
DIABETES NA GESTAÇÃO
Ana Medeiros Farias da Mata
Caio de Oliveira Reges
Zilma Eliane Ferreira Alves
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ
Leonardo Ayres Coelho
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa 
Lucila Nagata
Maria Jocilda de Albuquerque Guimarães D’Oliveira
DISTÚRBIOS TROMBOEMBÓLICOS
DURANTE A GESTAÇÃO
Carolina Genaro Pultrin
Andressa Luiza Costa Rodrigues de Paiva
Alexandre Pavan Garieri 
Isabella Moreira Dias
Carolina Genaro Pultrin
Lucila Nagata
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
Paula Faria Campos
Isabella Moreira Dias 
Adriano Bueno Tavares
Leonardo Ayres Coelho
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa 
Larissa Maciel Ribeiro
162HEMORRAGIAS DA SEGUNDA METADE DA 
GRAVIDEZ
173
193
108ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS 
OVULARES
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa
Ana Luíza Martins Meyer Barros
Maria Jocilda de Albuquerque Guimarães D’Oliveira
USO DE HEMOCOMPONENTES NA
EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA
Bruna Morena Messias de Lima Dias
Adriano Bueno Tavares
Roberta Gava Tedesco Horta
202
212HIPERÊMESE GRAVÍDICA
Edelaide Raquel Pilau Frazão
Kelma Luana Abreu de Siqueira
Tatiane de Lima Takami
223
246
232
262
254
ÓBITO FETAL 
Jaqueline Santos Ribeiro 
Alexandre Pavan Garieri
Andréia Regina da Silva Araújo
COLESTASE INTRA-HEPÁTICA DA GESTAÇÃO
Zilma Eliane Ferreira Alves
Maria Jocilda de Albuquerque Guimarães D’Oliveira
Ana Luiza de Macêdo Sampaio
CORIOAMNIONITE
Larissa Maciel Ribeiro
Lucila Nagata
Lara Barbosa
Márcia Nóbrega de Queiroz
ENDOMETRITE PÓS-PARTO
Larissa Maciel Ribeiro
Lucila Nagata 
Lara Barbosa
Márcia Nóbrega de Queiroz
GESTAÇÃO INVIÁVEL 
Alexandre Pavan Garieri
Luciana Pinto Moraes
Paula Faria Campos
DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS INFECÇÕES DO 
TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO E SUAS
COMPLICAÇÕES
Ricardo Barbosa Alves
Alexandre Pavan Garieri
Fernanda Helena Pereira dos Anjos
Fernanda Helena Pereira dos Anjos
Lígia Helena Ferreira Melo e Silva
Paola Zilah Fleury Teixeira Zamora
Leonardo Ayres Coelho
Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa 
INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO
Ricardo Barbosa Alves
Felipe Teixeira de Mello Freitas
Sâmia Luiza Sousa Paiva
319
297
308
SEPSE MATERNA
GESTAÇÃO ECTÓPICA E GESTAÇÃO DE
LOCALIZAÇÃO DESCONHECIDA
João Rocha Vilela
Marcelo de Oliveira Lima Filippo
Bruna Morena Messias de Lima Dias
Jordana Joab Alencar Barros
Jean Pierre Barguil Brasileiro
284
MANEJO DA PARTURIENTE
INFECTADA COM HIV
Andréia Regina da Silva Araújo
Jéssica Lucena Wolff
Sâmia Luiza Sousa Paiva
335
Larissa Maciel Ribeiro
Leonardo Ayres Coelho
Lígia Helena Ferreira Melo e Silva
Tatiane de Lima Takami
270ABDOME AGUDO NA MULHER
SÍNDROME GRIPAL NA GESTAÇÃO
Leonardo Ayres Coelho
Adriano Bueno Tavares
Larissa Maciel Ribeiro
342
360
373
386
VIOLÊNCIA SEXUAL
Larissa Maciel Ribeiro
Alexandre Pavan Garieri
Natália Jardim de Carvalho Schettini
Lorena da Silva Rosa
EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS NO CENTRO
OBSTÉTRICO
AGITAÇÃO PSICOMOTORA EM GESTANTES
Maria Marta Neves de Oliveira Freire
Leonardo Ayres Coelho 
Maria Marta Neves de Oliveira Freire
Leonardo Ayres Coelho 
EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS NO CENTRO 
OBSTÉTRICO
MANEJO DO RISCO DE SUICÍDIO NO PERÍODO
GESTACIONAL E PERINATAL
27 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
INTRODUÇÃO 
O trabalho de parto (TP) é um processo fisiológico que, juntamente com a 
gestação, compõe um dos períodos críticos do ciclo de vida da mulher.1 Mais do 
que apenas um fenômeno orgânico, constitui-se em um evento biopsicossocial, 
com implicações na saúde e bem-estar da mulher e do concepto, e com influência 
na sociedade como um todo.2
A assistência ao trabalho de parto, além de proteger a mãe e o concepto de 
complicações, mortalidade e morbidade por meio de cuidados e intervenções 
oportunas, tem como objetivo uma experiência positiva para as mulheres e suas 
famílias, preservando os direitos e a autonomia da parturiente, assistindo-a em 
ambiente acolhedor e respeitoso, em modelo assistencial centrado na parturiente 
e no concepto, e baseado em evidências científicas.2-4
A rotina de assistência aqui descrita se organiza em função da evolução temporal 
do processo fisiológico, ou seja, tendo como base as quatro fases clínicas do TP: 
primeiro período ou dilatação, dividido em fase latente e fase ativa; segundo período 
ou expulsão; terceiro período ou dequitação; e quarto período, correspondendo à 
primeira hora pós-parto.
Essa rotina se destina à assistência da mulher em trabalho de parto de início 
espontâneo, com gestação de risco habitual (Anexo 1), a termo, com feto em 
situação longitudinal e apresentação cefálica fletida. Poderá ser utilizada com 
adaptações em outras circunstâncias em que a assistência ao TP ocorra. 
ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO
Denise Gomes da Silva
Jéssica Lucena Wolff 
Rachel Costa Vinhaes dos Reis
28 
Tabela 1- Princípios da Assistência ao Trabalho de Parto
PRINCÍPIOS DA ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO
Entendimento do TP como processo fisiológico e período crítico do ciclo de vida da 
mulher, com componentes biopsicossociais.
Modelo assistencial centrado na parturiente e no concepto.
Respeito à autonomia e aos direitos da mulher e assistência em ambiente acolhedor e 
respeitoso.
Proteção da parturiente e do concepto de complicações, morbidade e mortalidade e suas 
consequências.
Assistência baseada em evidências científicas.
Fonte: elaborado pelas autoras.
1. ASSISTÊNCIA AO PRIMEIRO PERÍODO DO TRABALHO DE PARTO 
Para utilização nesta rotina usaremos as seguintes definições: 5 
• Fase latente do TP: Presença de contrações dolorosas, não necessariamente 
contínuas, acompanhadas de modificações cervicais, incluindo apagamento 
e dilatação < 4 cm.
• Fase ativa do TP: Presença de contrações dolorosas e regulares, durante 
pelo menos 40 segundos, pelo menos 3 em 10 minutos, acompanhadas de 
dilatação cervical ≥ 4 cm. 
1.1 INTERNAÇÃO
As gestantes de risco habitual em fase ativa do TP deverão ser internadas, assim 
como todas as gestantes com bolsa rota, independentemente de estarem ou não 
em TP. 6
As parturientes que não preencherem critérios de fase ativa deverão receber apoio 
e ser aconselhadas a aguardar o início da fase ativa.6 Em geral, reavaliamos essas 
pacientes a cada 2 horas, não sendo obrigatória a realização de exame de toque 
em cada reavaliação.41 Essa conduta associou-se à menor utilização de ocitocina 
e analgesia e melhor avaliação pelas parturientes da experiência e do controle 
durante o TP, menor duração do período entre a internação e o nascimento, e 
29 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
menor número de diagnósticos de retardo na evolução do TP,7 sem evidência de 
piora de apgar e/ou necessidade de ressuscitação neonatal.8 
Situações de pacientes que apresentem retardo no início da fase ativa, ou seja, 
fase latente prolongada, não serão tratadas aqui. 
Desde as avaliações iniciais e durante toda a assistência, a parturiente e o 
acompanhante de sua escolha devem receber informações baseadas em evidências 
e devem ser incluídos na tomada de decisões de cada procedimento indicado pela 
equipe médica. A equipe de assistência deve verificar se a parturiente entende 
as orientações e repeti-las quantas vezes for preciso, usando os recursos que se 
fizerem necessários para a correta compreensão.6 
Se a parturiente tiver um plano de parto, ele deverá ser lido e discutido o mais 
cedo possível após a internação, levando-se em consideração as condições para 
a implementação e possíveis limitações, buscando-se preservar a amplitude da 
autonomia da mulher.6
Na consulta inicial e na internação devem ser realizados anamnese e exame físico, 
com atenção à verificação da idade gestacional, avaliação do pré-natal, paridade 
e história dos partos anteriores, existência de fatores de risco, presença de 
movimentação fetal, perdas vaginais, contratilidade uterina e suas características.
Se, por qualquer motivo, houver necessidade de transferência da parturiente, esta 
deve ser realizada de forma segura, orientando a mulher e seu acompanhante, e 
seguindo as recomendações e portarias vigentes.6 
30 
Fluxograma 1: Avaliação inicial no Pronto Atendimento
Fonte: Elaborado pelos autores.
1.2 LOCAL DA ASSISTÊNCIA 
No HMIB, adotamos o uso da sala de PPP, em que a parturiente é assistida no Pré-
parto, Parto e Pós-parto no mesmo ambiente e no mesmo leito. Essa medida, além 
de evitar deslocamento inapropriado e incômodo, contribui para a humanização do 
parto e simplificação da assistência.9,10 Separamos as gestantes de risco habitual 
e de alto risco nos setores de PPP de baixo e alto risco, respectivamente. Uma vez 
que a parturiente esteja em um PPP, este deve ser respeitado como seu espaço 
pessoal.6
31 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
1.3 EXAMES COMPLEMENTARES DE ROTINA
Todos os exames do cartão de PN devem ser verificados. As parturientes de risco 
habitual que fizeram os exames rotineiros no terceiro trimestre com resultados 
normais não necessitam de outros exames de rotina, com exceção dos explicitados 
abaixo. As parturientes com complicações ou doenças intercorrentes devem ter 
solicitações de exames individualizados.
Os testes rápidos de sífilis e HIV deverão ser solicitados para todas as parturientes, 
independentemente de testagem prévia no terceiro trimestre.11,12,13 Também serão 
solicitados tipagem sanguínea e fator RH, caso não constem no cartão de PN. 
O resultado da cultura de Streptococcus do grupo B deverá ser verificado para 
decisão quanto à profilaxia antibiótica durante o trabalho de parto.14
1.4 AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR MATERNO E DA EVOLUÇÃO DO TP
É importante a observação do estado emocional da parturiente e a oferta de 
orientação, apoio e encorajamento, bem como avaliação quanto à necessidade 
de intervenção específica neste sentido. A frequência cardíaca materna deverá 
ser verificada a cada hora, e a pressão arterial e temperatura, a cada 4 horas.6 A 
periodicidade de avaliação da dinâmica uterina varia entre recomendações, tendo 
sido proposta sua realização a intervalos de 30 minutos a 1 hora.5,6 
Observamos que não há evidência de efetividade do exame vaginal e que ele está 
associado ao desconforto das parturientes e a potenciais efeitos adversos, como 
a infecção puerperal.15 Metanálise realizada em 2013 concluiu que não havia 
evidências para apoiar ou rejeitar o uso de exame vaginal de rotina no TP e os 
autores expressaram surpresa que uma intervenção sem evidência de efetividade 
fosse tão amplamente utilizada.16
Assim, embora a frequência ideal de exames pélvicos não tenha sido adequadamente 
investigada em estudos randomizados de qualidade, o Ministério da Saúde (MS) do 
Brasil e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em seus guias práticos, sugerem 
que a realização do exame a cada 4 horas é suficiente.4,6 Esse intervalo poderá 
ser menor caso haja efetiva preocupação quanto à evolução do TP, baseada em 
achados objetivos ou solicitação da parturiente.6 
A avaliação da bacia obstétrica e do canal de parto através da pelvimetria clínica 
não deve ser realizada rotineiramente nos trabalhos de parto com evolução 
fisiológica, uma vez que se trata de exame doloroso e não há evidências de que sua 
realização contribua para a redução da morbidade materna e neonatal.4
32 
Antes de realizar o exame de toque, é necessário explicar para a parturiente a 
necessidade de sua realização e estar seguro de sua autorização explícita. Deverá 
ser realizado com atenção ao conforto e à privacidade da parturiente. Também é 
necessário explicar os achados e o seu significado na evolução do TP.6
1.5 AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR FETAL 
A avaliação do bem-estar fetal poderá ser realizada através da ausculta 
intermitente nas pacientes classificadas como de risco habitual5,17 e nas quais 
os BCFs (Batimentos Cardíacos Fetais) se mantiverem dentro da normalidade. 
Em conformidade com a Febrasgo, a frequência cardíaca fetal (FCF) deve ser 
avaliada, pelo menos, a cada 30 minutos – antes, durante e 30 segundos após 
uma contração.41
A FCF será considerada normal de 110 bpm a 160 bpm.6 Se houver um aumento 
da frequência cardíaca fetal basal ou suspeita de desaceleração na ausculta 
intermitente, devemos estender o período de ausculta e realizá-la, por exemplo, 
após três contrações consecutivas, inicialmente.5 Também é importante considerar 
o quadro clínico, incluindo a posição e hidratação da mulher, a força e a frequência 
das contrações, e os fatores de risco maternos.5 
Se uma linha de base crescente ou desacelerações forem confirmadas, 
recomenda-se realização de cardiotocografia (CTG).5 Se a cardiotocografia for 
tranquilizadora por um período contínuo de 20 minutos, poderemos retomar a 
ausculta intermitente.5 Se a CTG não tiver padrão tranquilizador, observações 
adicionais serão necessárias5(vide capítulo sobre Avaliação do Bem-Estar Fetal).
1.6 EVOLUÇÃO DO TP NO PRIMEIRO PERÍODO E PARTOGRAMA
O partograma é realizado na fase ativa do TP, considerando uma linha de ação de 
4 horas.6 
Para considerações a respeito da normalidade da evolução da fase ativa, 
utilizaremos os seguintes parâmetros de duração:5, 6
• Primíparas: dura em média 8 horas e é pouco provável que dure mais que 
18 horas;
• Multíparas: dura em média 5 horas e é pouco provável que dure mais que 
12 horas
33 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Na avaliação individual de cada gestante durante o TP, consideramos:5, 6 
• Suspeita de atraso na evolução da fase ativa, quando a dilatação for 
inferior a 2 cm em 4 horas;
• Confirmação de atraso na evolução da fase ativa, quando a dilatação for 
inferior a 1 cm em exame subsequente, após 2 horas, tendo sido ou não 
realizada a amniotomia. 
Em caso de suspeita ou confirmação de atraso na evolução da fase ativa, 
considerar:5
• Paridade.
• Dilatação e mudanças cervicais.
• Mudanças na intensidade, duração e frequência das contrações uterinas.
• Altura e variedade de posição da apresentação. 
• Descida e rotação do polo cefálico.6
Observar, buscando otimizar a assistência:6
• A atitude da parturiente, se postura mais ativa ou não.
• Estado emocional, o tipo de apoio e suporte físico e emocional.
Conduta na suspeita de atraso na evolução:6
• Considerar a realização de amniotomia se as membranas estiverem 
íntegras. Explicar o procedimento e informar que o mesmo irá diminuir o 
trabalho de parto por cerca de 1 hora e pode aumentar a intensidade e dor 
das contrações.
• Realizar um exame vaginal após 2 horas, tendo ou não sido realizada 
amniotomia. Se a dilatação for > 1 cm, retomar a rotina das avaliações a 
cada 4 horas. Se a dilatação for < 1 cm em 2h, considera-se que há atraso 
na evolução. 
Conduta na confirmação de atraso na evolução:6
• Se as membranas estiverem íntegras, aconselhar a mulher a ser submetida 
a uma amniotomia e repetir o exame vaginal 2 horas após.
• Para todas as mulheres com confirmação do atraso, deve ser ofertado o 
uso de ocitocina. Demais indicações, dosagem e peculiaridades a respeito 
do uso de ocitocina devem ser confirmadas no capítulo específico deste 
manual (Gestação Prolongada). A parturiente deve ser informada que, após o 
uso de ocitocina e a ruptura das membranas, haverá aumento da frequência 
34 
e intensidade das contrações e diminuição do tempo para o parto, mas 
não influenciará no tipo de parto ou outros desfechos, sendo necessária a 
monitorização fetal contínua ou realizada com mais frequência.5 
• Um novo exame vaginal deverá ser realizado 4 horas após o início da 
ocitocina.6 Se a dilatação cervical tiver progredido menos que 2 cm após 
4 horas, deve-se proceder a uma nova avaliação cuidadosa e considerar 
o diagnóstico de falha de indução do parto.6 (Vide capítulo de Gestação 
Prolongada).
Fluxograma 2: Evolução do primeiro período do TP
Fonte: Elaborado pelos autores.
35 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
1.7 POSIÇÃO DA PARTURIENTE
A deambulação e as posições verticalizadas no primeiro período reduzem a 
duração do TP, o risco de cesariana e a necessidade de anestesia peridural.18 
Maior perda de sangue estimada (acima de 500 ml) foi também observada em 
posições verticalizadas, porém sem repercussões clínicas.28 Sugere-se orientação 
a respeito dos benefícios anteriormente descritos e decisão livre à parturiente 
sobre adotar a postura de sua preferência.5,6
1.8 DIETA E HIDRATAÇÃO 
Revisão sistemática concluiu que não há justificativa para restrição de líquidos ou 
alimentos sólidos em mulheres em trabalho de parto sem complicações.19 Com 
base nessas conclusões,5,6 prescrevemos para as parturientes de risco habitual 
uma dieta para trabalho de parto mínima em resíduos. Essa dieta é composta 
por refeições leves, sólidas, líquidas e pastosas, doces e salgadas, oferecidas em 
intervalos de 2h e 3h, enquanto a água é oferecida em livre demanda. Parturientes 
que por motivo definido inspirem preocupações quanto ao sucesso do parto vaginal 
poderão receber dieta líquida. 
1.9 PRESENÇA DE ACOMPANHANTE E APOIO FÍSICO E EMOCIONAL 
CONTÍNUOS INTRAPARTO 
Todas as parturientes têm direito à presença de acompanhante de sua escolha 
durante o trabalho de parto, sem que isso exclua a presença de acompanhante de 
fora de sua rede social (doula), se for de seu desejo, estiver disponível e atender 
às normas institucionais. Uma mulher em TP não deve ser deixada sozinha, exceto 
por curtos períodos ou por sua solicitação.6
1.10 MEDIDAS DE CONTROLE DA DOR
De extrema importância na assistência ao TP, as medidas para controle da dor, 
farmacológicas e não farmacológicas serão tratadas em capítulo separado neste 
manual (Métodos Analgésicos no Trabalho de Parto).
36 
2. ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO DO TRABALHO DE PARTO 
O segundo período do trabalho de parto ou período expulsivo tem início com a 
dilatação completa e pode ser dividido em duas fases:6, 20 
• Fase inicial ou passiva: desde a dilatação completa do colo até o início dos 
esforços expulsivos maternos.
• Fase ativa: dilatação completa do colo uterino com presença de esforços 
expulsivos maternos e até o nascimento do concepto. 
O diagnóstico da fase passiva do 2º período depende, portanto, da constatação 
da dilatação completa. O diagnóstico da fase ativa do 2º período pode ser feito ao 
se observar em uma parturiente com a dilatação completa, o início dos esforços 
expulsivos, desejo de defecar, aumento da secreção na vulva, surgimento de 
náuseas e vômitos,21, 22 aumento da frequência e da intensidade da contratilidade 
uterina e agitação da parturiente.
O aparecimento desses sinais é um indicativo para a realização de toque 
vaginal. Além do diagnóstico da dilatação cervical, no exame de toque deverão 
ser observadas a apresentação, variedade de posição, altura da apresentação e 
presença de bossa e moldagem da cabeça fetal. O horário do início do 2º período 
deve ser anotado para o correto controle de sua duração. 
2.1 AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR MATERNO E FETAL E DA EVOLUÇÃO DO 
SEGUNDO PERÍODO DO TP
O bem-estar materno será assistido como no primeiro período, com exceção da 
PA, que deverá ser verificada a cada hora.1
Na avaliação da progressão do TP, a verificação da dinâmica uterina deverá ser 
realizada a cada 30 minutos e o toque vaginal oferecido a cada hora.5,6
A ausculta do BCF continuará sendo intermitente naquelas pacientes em que os 
BCFs estiverem dentro da normalidade,5 conforme já explicitado anteriormente, 
a cada 10 a 15min na fase passiva e a cada 5 a 10min na fase ativa do segundo 
período.23,24
Desacelerações temporárias da FCF até 100 bpm não estão necessariamente 
associadas a risco fetal, desde que ocorram durante os puxos e não persistam nos 
intervalos das contrações.25
37 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
2.2 EVOLUÇÃO DO TP NO SEGUNDO PERÍODO
Duração do segundo período:
A duração e o tempo máximo permitidos para o segundo período do trabalho de 
parto não estão claramente entendidos e são controversos.20
Não há uma definição de limite de duração a partir da qual ocorra piora dos 
desfechos maternos e fetais. Contudo, acredita-se que períodos expulsivos com 
duração superior a 3 horas em nulíparas (4 horas com anestesia neuroaxial) e 2 
horas em multíparas (3 horas com anestesia neuroaxial) possam estar associados 
a um aumento na frequência de complicações maternas e neonatais.6,31,41,42 
Na suspeição de prolongamento do segundo período, propor amniotomia se as 
membranas estiverem intactas.5,6
Tabela 2 - Duração Média do Segundo Período
Duração
Paridade
Sem analgesia Com analgesia
Mediana Percentil 95 Mediana Percentil 95
Nulíparas 36min 2h48min 1h6min 3h48min
Multíparas 12min 1h18min 24min 2h
Fonte: Zhang J, Landy HJ, Branch DW, et al. Contemporary patterns of spontaneous labor 
with normal neonatal outcomes. Obstet Gynecol., 2010.
Descida da apresentação:
No início do segundo período a apresentação encontra-se geralmente em plano 
zero ou acima. Comumente está mais alta nas multíparas, sendo a descida mais 
rápida neste grupo do que nas nulíparas.20
Se houver prolongamento do segundo período do trabalho de parto, ou se a 
parturiente estiver excessivamente estressada, promover medidas de apoio e 
encorajamento e avaliar a necessidade de analgesia/anestesia,6 além de outras 
medidas que se fizerem necessárias (Vide capítulo específico).
2.3 PUXOS MATERNOS
Puxos espontâneos ou tardios são os preferidos.6 Os puxos precoces reduzem a 
38 
duração do período expulsivo, porém aumentam os riscos de parto instrumental e 
podem acarretar lesão do assoalho pélvico, esgotamento materno e queda na FCF.29 
A parturiente deve ser orientada a se deixar guiar pelo próprio desejo e necessidade 
de fazer força e empurrar. O comando aos puxos e o estímulo à manobra de Valsalva 
são de resultado incerto, não devendo ser feitos rotineiramente, especialmente nas 
situações dentro dos limites fisiológicos. Sua utilização deve ser individualizada e 
decidida em acordo com a parturiente. 
No caso de puxos ineficazes ou por solicitação da mãe, deve-se oferecer estratégias 
na assistência ao parto como suporte, mudança de posição, esvaziamento da 
bexiga e encorajamento.5,29
2.4 EPISIOTOMIA 
O uso da episiotomia deve ser restrito, não havendo no momento evidências que 
justifiquem sua indicação nem definição de uma frequência aceitável para sua 
realização.4 As possíveis indicações são a necessidade de abreviar o segundo 
período do parto por suspeita de comprometimento fetal, distocia de ombro e parto 
operatório.30 Caso seja realizada, deverá ser precedida por explícita autorização 
materna e a indicação deve ser registrada. A preferência é pela incisão médio-
lateral, direita ou esquerda, sempre sob anestesia perineal adequada.5,6 
2.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO PERÍNEO
A principal medida de proteção do períneo é a não realização de episiotomia de 
rotina. Tanto a técnica de “mãos sobre” (proteger o períneo e flexionar a cabeça 
fetal) quanto a técnica de “mãos prontas” (com as mãos sem tocar o períneo e a 
cabeça fetal, mas preparadas para tal) podem ser utilizadas para facilitar o parto 
espontâneo. Se a técnica de “mãos sobre” for utilizada, controlar a deflexão da 
cabeça e orientar a mulher para não empurrar nesse momento.6
Considerar a oferta de uso de compressas mornas no períneo,6 que podem 
melhorar o conforto e reduzir a frequência de lacerações.31 Massagem perineal 
não deve ser utilizada.6 
2.6 MANOBRA DE KRISTELLER 
A manobra de Kristeller não deve ser realizada no segundo período do trabalho 
de parto.6,9 
39 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
Fluxograma 3: Assistência ao segundo período do TP.
Fonte: Elaborado pelos autores.
3. ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO E QUARTO PERÍODOS DO TRABALHO DE 
PARTO 
Neste período ocorre, além da dequitação da placenta, o primeiro contato 
entre a parturiente, agora mãe, com seu filho fora do ambiente uterino. É nesse 
momento que mãe e filho se conhecem, ou se reconhecem, e tem início uma das 
mais importantes relações humanas. Nesse momento também ocorre o início do 
aleitamento materno. É importante que a assistência e quaisquer procedimentos, 
portanto, sejam realizados com o cuidado de minimizar a separação entre mãe e 
filho,6 e a interferência nessa relação.
A dequitação placentária ocorre em aproximadamente 90% dos partos nos 
primeiros 5 a 15 minutos,31 considerando-se normal uma duração de até 30 
minutos.6 
Uma das principais complicações deste período, e importante causa de 
mortalidade materna,32 é a hemorragia pós-parto (HPP). A HPP constitui tópico 
40 
de alta relevância e, portanto, possui capítulo próprio neste manual. 
Os principais objetivos da assistência obstétrica neste período são a redução 
do risco de HPP, a obtenção da dequitação completa da placenta,10 a reparação 
adequada de lesões de trajeto ou episiotomia, o favorecimento e proteção ao 
contato mãe-bebê e o estabelecimento do aleitamento materno imediato. 
3.1 RECEPÇÃO DO RN, CONTATO PELE A PELE E ALEITAMENTO IMEDIATO
O RN que estiver ativo e não necessitar de intervenção médica imediata deverá 
ser colocado sobre o abdômen ou tórax maternos, preferencialmente desnudos, 
com a face voltada para a mãe. Será secado e protegido da perda de calor no colo 
materno, sendo coberto por campo seco e, idealmente, aquecido. Esse contato 
deve ser mantido pelo menos durante a primeira hora de vida, se não houver 
necessidade de intervenções.33 O contato pele a pele precoce parece favorecer o 
início do aleitamento materno e seu prolongamento e a interação da mãe e do RN, 
além de reduzir o choro do RN, sem nenhum efeito negativo.34,35
Contraindicações ao aleitamento materno são pouco frequentes – as 
contraindicações absolutas no pós-parto imediato são mulheres que vivem com 
HIV12,36 ou com HTLV 1 e HTLV 2.36 
3.2 LIGADURA DO CORDÃO UMBILICAL
O clampeamento do cordão deve ser realizado entre 1min e 5min após o nascimento 
ou quando cessar a pulsação, a menos que haja necessidade de realização de 
manobras para reanimação do RN ou assistência à mãe que não possam ser 
conduzidas sem a ligadura do cordão.6 Esse período de preservação da circulação 
feto-placentária permite o aumento da passagem de sangue da placenta para o 
concepto, reduzindo o risco de anemia no RN.38 A ligadura do cordão deve ser 
realizada 2 a 4 cm além da parede abdominal do RN.33 
3.3 ASSISTÊNCIA AO DESPRENDIMENTO DA PLACENTA: MANEJO ATIVO X 
MANEJO FISIOLÓGICO
O manejo ativo é recomendado na assistência ao terceiro período do parto por 
estar associado ao menor risco de hemorragias acima de 500 ml e 1000 ml, menor 
risco de transfusão sanguínea e maior nível de hemoglobina pós-parto.39 
41 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
O manejo ativo compõe-se de:6
• Administração de 10 UI de ocitocina, intramuscular, após o desprendimento 
da criança.
• Ligadura do cordão.
• Tração controlada do cordão após clampeamento.
Na assistência à saída da placenta, sugerimos a realização de manobra de Jacob-
Dublin, que consiste em leve tração da placenta e rotação das membranas.40 A 
placenta deve ser examinada clinicamente,33 procurando-se sinais de retenção 
placentária e anormalidades que devam ser investigadas, com solicitação de 
exame anatomopatológico, se necessário. 
3.4 SUTURA DE LACERAÇÕES E EPISIOTOMIA
O períneo deve ser avaliado cuidadosamente quanto à ocorrência de lacerações e 
sangramento das mesmas e da episiotomia, caso tenha sido realizada. Na avaliação 
das lacerações deve ser verificada sua extensão, classificação e existência de 
sangramento.6
Havendo necessidade de suturas, deve ser realizada a anestesia local (lidocaína 
1% ou equivalente).6 Aconselhamos realizar as suturas necessárias após a saída da 
placenta. Com isso se evitaria uma eventual necessidade de remoção de pontos em 
caso de indicação de curagem. Entretanto, se for necessário abreviar a assistência, 
a sutura poderá ser realizada antes da dequitação, com critério. 
A sutura deve ser realizada preferencialmente em pontos contínuos (tanto para a 
camada de parede vaginal quanto para o músculo),6 por planos, por estar associada 
com menos dor no pós-parto imediato do que a sutura em pontos separados.46 
Se as bordas da pele estiverem justapostas adequadamente, não é necessária a 
sutura deste plano.6 Entretanto, se houver necessidade de sutura da pele, utilizar 
uma técnica subcutânea contínua.6 O uso de material de sutura sintético absorvível 
(Vicryl ®) é preferível por provocar menos dor.6
Ao final da rafia de lesões, nos traumas de difícil abordagem ou lacerações 
de 3º e 4º graus deve-se realizar exame digital retal para identificar suturas 
inadvertidamente postas atravessando a mucosa retal que, nesse caso, deverão 
ser retiradas.6 
42 
3.5 AVALIAÇÃO FINAL DA GESTANTE:A hora seguinte à saída da placenta e das membranas é designada por alguns 
autores como “quarto período do trabalho de parto”. Neste período é mais comum 
a ocorrência de sangramento pós-parto, geralmente associado à atonia uterina. 
Em função desse risco, a paciente deve ser avaliada frequentemente.6 No HMIB 
esse período de observação mais intenso no pós-parto é de duas horas, durante as 
quais a paciente é mantida no centro obstétrico. 
Puérperas podem apresentar tremores de início 1 a 30min após o parto e podem 
durar de 2 a 60min.47 Realizar apenas aquecimento com cobertores como medida 
de conforto.47 
A prescrição pós-parto no risco habitual compõe-se de dieta oral livre, analgésicos, 
sulfato ferroso e cuidados gerais.
ANEXO 1 
A assistência obstétrica é realizada por equipe multiprofissional, composta por 
profissionais da área médica (médicos obstetras, residentes de obstetrícia43 e 
internos sob supervisão) e da enfermagem (enfermeiros obstetras e residentes de 
enfermagem obstétrica).43
A definição do risco da paciente deve ser realizada na admissão para o trabalho 
de parto e sua reclassificação a cada quatro horas de trabalho de parto ativo ou na 
presença de intercorrências.43 No caso de pacientes classificadas como de risco 
não habitual, a assistência direta ao parto será realizada pela equipe médica.43
Variações serão aceitas em casos de exceção, de acordo com as condições do 
plantão e em concordância entre a equipe médica e de enfermagem. 
Tabela 1: Fatores relacionados à gestação de risco habitual
PACIENTES COM RISCO HABITUAL
FATORES DE 
AVALIAÇÃO
MARCADORES
Gestação 
atual43
Gestação Única
Idade gestacional: entre 37 semanas completas e 41 semanas e 6 
dias
Número de partos: até 4 partos normais
43 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
FATORES DE 
AVALIAÇÃO
MARCADORES
Gestação 
atual43
Exames laboratoriais: realização dos exames nos 1º, 2º e 3º 
trimestres, com sorologias sem alterações
Altura de fundo de útero entre os percentis 10 e 90 do gráfico de 
crescimento uterino de acordo com a idade gestacional
Ausência de intercorrências obstétricas 
Trabalho de 
parto43
Início espontâneo do trabalho de parto
Movimentação fetal ativa ou padrão tranquilizador da vitalidade 
fetal
Apresentação cefálica
BCF: entre 110 e 160 batimentos por minuto, com boa variabilidade 
(5 bpm-25 bpm), sem desacelerações à ausculta intermitente
Contrações uterinas dentro dos padrões de normalidade e tônus 
uterino preservado
Trabalho de parto espontâneo após rotura prematura de 
membranas ≤18h, com líquido amniótico claro e boa vitalidade 
fetal, em gestação a termo
Trabalho de parto espontâneo de parturiente com uma cesárea 
anterior há dois anos ou mais
Líquido amniótico claro e com grumos, quando presente
Pressão arterial sistólica menor que 140 mmHg, pressão arterial 
diastólica menor que 90 mmHg
Sangramento vaginal de leve intensidade correspondente à fase de 
dilatação cervical
Período expulsivo com falha da dinâmica uterina e uso de ocitócito, 
desde que vigência de condições de normalidade para mãe e feto
44 
Adaptado de: Secretaria de Saúde do Distrito Federal, 2019; EBSERH, 2019; Secretaria de 
Saúde do Piauí, 2019.
REFERÊNCIAS 
1. Maldonado, Maria Tereza. Psicologia da gravidez. A maternidade e a paternidade 
como fases do desenvolvimento psicológico. Editora Jaguatirica Digital, 2013.
ISBN 8566605098, 9788566605099.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento / Ministério 
da Saúde. Universidade Estadual do Ceará. – Brasília : Ministério da Saúde, 
2014. 465 p. : il. – (Cadernos HumanizaSUS ; v. 4) ISBN 978-85-334-2136-3. 
http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_
humanizacao_parto.pdf.
3. Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Rev. Bras. Saude Mater. 
Infant.,Recife,v.2,n.1,p.69-71,Apr.2002.Available from <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292002000100011&lng=en&nrm=iso>. 
access on 02 Nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292002000100011. 
4. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. 
Geneva: World Health Organization; 2018. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.
5. Nunes, Vanessa & Gholitabar, Maryam & Sims, Jessica & Bewley, Susan. (2014). 
Intrapartum care of healthy women and their babies: Summary of updated NICE 
guidance. BMJ (Clinical research ed.). 349. g6886. 10.1136/bmj.g6886. 
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. 
Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso 
Condições 
maternas44, 45
Ausência de: 
- Obesidade;
- Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento 
especializado;
- Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, 
principalmente se for de causa desconhecida;
- História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau 
resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da 
gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, 
internação da mãe em UTI).
45 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. 
– Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
7. Mcniven, Patricia & Williams, Jack & Hodnett, Ellen & Kaufman, Karyn & Hannah, 
Mary. (1998). An Early Labor Assessment Program: A Randomized, Controlled 
Trial. Birth (Berkeley, Calif.). 25. 5-10. 10.1046/j.1523-536x.1998.00005.x. 
8. Nelson, David & Mcintire, Donald & Leveno, Kenneth. (2017). False Labor at Term in 
Singleton Pregnancies: Discharge After a Standardized Assessment and Perinatal 
Outcomes. Obstetrics and gynecology. 130. 10.1097/AOG.0000000000002069. 
9. Technical Working Group. WHO. Care in Normal Birth: A Practical Guide. Birth. 
24:2, june, 1997,pag 121-123. Https://doi.org/10.1111/j.1523-536x.1997.00121.pp.x. 
10. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de 
Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/ 
Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 199 p.: il. ISBN: 85-334-0355-0.
11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa 
Nacional de DST e Aids. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de 
HIV e sífilis: manual de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em 
Saúde, Programa Nacional de DST e Aids.. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 
180 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) ISBN 1. Transmissão vertical (Aids). 
2. Transmissão Perinaltal. 3. Sífilis em Gestante. I. Título. II. Série. NLM WC 503.3.
12. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo 
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, 
Sífilis e Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente 
Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019. 248 p. : il. ISBN 978-85-
334-2630-6.
13. Menezes, M.L.B.- Capítulo 59: Intercorrências clínico e cirúrgicas na gravidez- 
HIV E GRAVIDEZ. In: Fernandes,C.E.; de Sá, M.F.S.; Neto, C.M.; Filho, E.C.O.B.M. 
Zugaib Obstetrícia. Barueri (SP) : Manole, 2020. Páginas 1141-1149. 
14. Prevention of group B streptococcal early-onset disease in newborns. ACOG 
Committee Opinion No. 797. American College of Obstetricians and Gynecologists. 
Obstet Gynecol 2020;135:e51–72.
15. Gluck O, Mizrachi Y, Ganer Herman H, Bar J, Kovo M, Weiner E. The correlation 
between the number of vaginal examinations during active labor andfebrile morbidity, a retrospective cohort study.  BMC Pregnancy Childbirth. 
2020;20(1):246. Published 2020 Apr 25. doi:10.1186/s12884-020-02925-9.
16. Downe, Soo & Gyte, Gillian & Dahlen, Hannah & Singata, Mandisa. (2013). Routine 
Vaginal Examinations for Assessing Progress of Labour to Improve Outcomes for 
46 
Women and Babies at Term. The Cochrane database of systematic reviews. 7. 
CD010088. 10.1002/14651858.CD010088.pub2. 
17. Dore, Sharon & Ehman, William. (2020). No. 396-Fetal Health Surveillance: 
Intrapartum Consensus Guideline. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada. 
42. 316-348.e9. 10.1016/j.jogc.2019.05.007. 
18. Lawrence   A, Lewis   L, Hofmeyr   GJ, Styles   C. Maternal positions and mobility 
during first stage labour. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, Issue 8. 
Art. No.: CD003934. DOI: 10.1002/14651858.CD003934.pub3.
19. Singata M, Tranmer J, Gyte GML. Restricting oral fluid and food intake during 
labour. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, Issue 8. Art. No.: 
CD003930. DOI: 10.1002/14651858.CD003930.pub3.
20. Normal and abnormal labor progression.Uptodate. Robert M Ehsanipoor, 
MD; Andrew J Satin, MD, FACOG; Vincenzo Berghella, MD; Vanessa A Barss, 
MD, FACOG.Acesso em 08 nov 2020. https://www.uptodate.com/contents/
normal-and-abnormal-labor-progression?search=20.%09Normal%20
a n d % 2 0 a b n o r m a l % 2 0 l a b o r % 2 0 pr o g r e s s i o n & s o u r c e = s e a r c h _
result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1.
21. Roberts J, The “push” for evidence: Management of the second stage. Journal of 
Midwifery & Women’s Health • Vol. 47, No. 1, January/February 2002.
22. Liao JB, Buhimschi CS, Norwitz ER. Normal labor: mechanism and duration.Obstet 
Gynecol Clin North Am. 2005 Jun;32(2):145-64.
23. Evans Arthur T. Manual de obstetrícia. 7.ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2010. 
24. American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG Practice Bulletin No. 
106: Intrapartum fetal heart rate monitoring: nomenclature, interpretation, and 
general management principles. Obstet Gynecol. 2009;114(1):192-202.
25. ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO, Celebrando a vida 
e o amor. Hospital Sofia Feldman Guia de Práticas Assistenciais 
2a. Edição: agosto/2007.
26. Zhang J, Landy HJ, Branch DW, et al. Contemporary patterns of spontaneous 
labor with normal neonatal outcomes.  Obstet Gynecol. 2010;116(6):1281-1287. 
doi:10.1097/AOG.0b013e3181fdef6e. 
27. Zhang J, Troendle JF, Yancey MK. Reassessing the labor curve in nulliparous 
women.  Am J Obstet Gynecol. 2002;187(4):824-828. doi:10.1067/
mob.2002.127142.
28. Gupta JK, Sood A, Hofmeyr GJ, Vogel JP. Position in the second stage of 
labour for women without epidural anaesthesia.  Cochrane Database Syst 
Rev. 2017;5(5):CD002006. Published 2017 May 25. doi:10.1002/14651858.
CD002006.pub4.
47 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
29. MMR Amorim, AMF Porto, ASR Souza. Assistência ao segundo e terceiro períodos 
do trabalho de parto baseada em evidências  - Femina, 2010.
30. Lori R Berkowitz, MD; Caroline E Foust-Wright, MD, MBA; Charles J Lockwood, MD, 
MHCM; Kristen Eckler, MD, FACOG Approach to episiotomy. All topics are updated 
as new evidence becomes available and our peer review process is complete. Up 
To Date, 2020.
31. Edmund F Funai, MD; Errol R Norwitz, MD, PhD, MBA; Charles J Lockwood, MD, 
MHCM; Vanessa A Barss, MD, FACOG. Management of normal labor and delivery. 
Uo To Date, 2020. 
32. Organização Pan-Americana da Saúde. Folha informativa - Mortalidade materna. 
Atualizada em agosto de 2018. Acesso em 08 Nov 2020. https://www.paho.org/
bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5741:folha-informativa-
mortalidade-materna&Itemid=820.
33. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas e Estratégicas. Além da sobrevivência:Práticas integradas 
de atenção ao parto, benéficas para a nutrição e a saúde de mães e crianças. / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da 
Criança e Aleitamento Materno. – 1. ed., 1. reimp. – Brasília : Ministério da Saúde, 
2013. 50p. : il. ISBN 978-85-334-1774-8.
34. Moore ER, Anderson GC, Bergman N, Dowswell T. Early skin-to-skin contact for 
mothers and their healthy newborn infants. Cochrane Database of Systematic 
Reviews 2012, Issue 5. Art. No.: CD003519. DOI: 10.1002/14651858.CD003519.
pub3. 
35. Lamounier JA, et al. Iniciativa hospital amigo da criança no Brasil: 25 anos de 
experiência no Brasil. Rev. Paul. Pediatr. 2019. 
36. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Atenção Básica. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação 
complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 
184 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica ; n. 23) ISBN 978-85-334-2290-2.
37. McDonald Susan J, Middleton Philippa. Effect of timing of umbilical cord clamping 
of term infants on maternal and neonatal outcomes. Cochrane Database of 
Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 01, Art. No. CD004074. DOI: 
10.1002/14651858.CD004074.pub2). 
38. Hutton EK, Hassan ES. Late vs early clamping of the umbilical cord in full-
term neonates: systematic review and meta-analysis of controlled trials. JAMA. 
2007;297(11):1241-52.
39. Active versus expectant management for women in the third stage of labour.Begley 
CM, Gyte GM, Devane D, McGuire W, Weeks A Cochrane DatabaseSyst Rev. 2011.
48 
40. Yoshizaki,C.T.; Junior, G. S.O.J.; Pereira, P. P.; Francisco, R.P.V.; Miyadadhira, S.; 
Martinelli, S.; Bunduki, V.Seção 4: Parto e Puerpério - Capítulo 19: Assistência ao 
trabalho de parto. In: Marcelo Zugaib, Rossana Pulcineli Vieira Francisco. Zugaib 
Obstetrícia. Barueri (SP) : Manole, 2020. Página 389. 
41. Steibel JA, Trapani A Jr. Assistência aos quatro períodos do parto de risco habitual. 
São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia 
(FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 101/ Comissão 
Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério).
42. Gimovsky AC, Berghella V. Randomized controlled trial of prolonged second 
stage: extending the time limit vs usual guidelines. Am J Obstet Gynecol. 2016 
Mar;214(3):361.e1-6. doi: 10.1016/j.ajog.2015.12.042. PMID: 26928148.
43. Secretariade Saúde do Distrito Federal. Assistência de Enfermagem Obstétrica: 
Atuaçãonos Centros Obstétricos dos Hospitais da Secretaria de Estado de Saúde 
doDistrito Federal. Protocolo de Atenção à Saúde, 2019.  
EBSERH. Caracterização da Gestante de Risco Habitual na Admissão para o Tra-
balho de Parto. Procedimento Operacional Padrão. HU UFSC, 2019. Disponível 
em http://www2.ebserh.gov.br/documents/10197/5484785/Procedimento+Ope-
racional+Padrão+de+Classificação+de+Gestante+de+Risco+habitual+na+Ad-
missão.pdf/ea2103d8-0526-4e5a-89f9-a8d8c85a8390.
44. Secretaria de Saúde do Piauí. Linhas gerais para qualificação do cuidado pré-
natal. Maternidade Dona Evangelina Rosa, 2019. Disponível em http://www.saude.
pi.gov.br/ckeditor_assets/attachments/1761/FICHA-DE-CLASSIFICACAO-DE-
RISCO-DA-GESTANTE-n01.pdf.
45. Kettle C, Dowswell T, Ismail KM. Continuous and interrupted suturing techniques 
for repair of episiotomy or second‐degree tears. Cochrane Database Syst Rev. 
2012;(11):CD000947.
46. Berens, P. Overview of the postpartum period: Normal physiology and routine 
maternal care. Up To Date, 2020. 
44.
45. 
46.
47.
49 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1961), parto pré-termo 
é aquele que acontece antes de 37 semanas de gestação e acima de 22 a 28 
semanas (dependendo da definição de viabilidade fetal e do contexto local), 
contadas a partir do primeiro dia do último período menstrual.1 
A prematuridade pode ser classificada, segundo sua evolução clínica, emeletiva 
ou espontânea.2 Na prematuridade eletiva, a gestação é interrompida em virtude 
de complicações maternas (por exemplo, doença hipertensiva, descolamento 
prematuro de placenta, placenta prévia etc.) e/ou fetais (por exemplo, restrição 
do crescimento fetal ou sofrimento fetal), em que o fator de risco é, geralmente, 
conhecido e corresponde a 25% dos nascimentos prematuros.2 
Considerando a idade gestacional ao nascer, classifica-se como:3 
• Prematuridade Precoce: antes de 33 semanas e 6 dias, sendo classificados 
como prematuros extremos entre 22 semanas e 27 semanas e 6 dias.
• Prematuridade tardia: de 34 semanas a 36 semanas e 6 dias.
A prematuridade, apesar de todos os esforços na sua prevenção, persiste como a 
principal causa de mortalidade neonatal e a segunda causa em menores de 5 anos 
de idade, perdendo apenas para pneumonia, no mundo inteiro.33 A prevalência 
de partos prematuros é de 11,7% em relação a todos os partos realizados no país, 
percentual que coloca o Brasil no mesmo patamar de países de baixa renda, onde 
a prevalência é de 11,8%.4 Nos países de renda média, o percentual é de 9,4%.5 
ETIOLOGIA
A etiologia do parto prematuro espontâneo é desconhecida em cerca de 50% dos 
casos, mas pode estar associada a diversos fatores maternos e fetais que muitas 
vezes se sobrepõem:7 
TRABALHO DE PARTO PREMATURO
Ana Luiza Martins Meyer Barros
 Jordana Joab Alencar Barros
Lucila Nagata
50 
• Epidemiológicos: baixo nível socioeconômico, falta de higiene, gravidez 
nos extremos etários, desnutrição, dieta desequilibrada, tabagismo, baixo 
peso pré-gestacional, consumo de drogas ilícitas e estresse psicossocial.
• Obstétricos: prematuridade em gestação anterior, rotura prematura de 
membranas, infecção amniótica, alterações hormonais, incompetência 
cervical, sangramentos genitais de segundo e terceiro trimestres, 
malformações fetais e placentárias, gemelaridade e polidrâmnio.
• Ginecológicos: amputação do colo uterino, malformações uterinas e 
miomas, infecções geniturinárias e procedimentos cirúrgicos na gravidez. 
Pode-se dividir a prematuridade espontânea em duas categorias: o trabalho de 
parto prematuro com membranas intactas e o que se dá em consequência de 
rotura prematura das membranas, este representando cerca de 25% a 40% dos 
casos de prematuridade.8
As infecções que estão associadas com mais frequência à prematuridade são 
infecções periodontais; do trato urinário; cervicovaginais silenciosas, como a 
vaginose bacteriana e a presença de infecção por Trichomonas, Chlamydia, 
Candida.8
DIAGNÓSTICO
Fala-se que existe Trabalho de Parto Pré-Termo (TPP) ao se identificarem contrações 
uterinas regulares (intervalo de 5 minutos ou menos) após 22 semanas e antes de 
37 semanas, e pelo menos um dos seguintes critérios: dilatação cervical ≥ 2 cm; 
esvaecimento cervical ≥ 80%; ou progressão das alterações cervicais.9,10,11,19 Em 
serviços com disponibilidade de ultrassonografia (USG), outros critérios podem 
ser adotados, como contrações uterinas regulares associadas à medida de colo 
uterino < 20 mm na USG transvaginal.18
Observamos que os pródromos de trabalho de parto podem aparecer algumas 
horas antes do trabalho de parto prematuro e frequentemente são relatados os 
seguintes sinais e sintomas: dor semelhante às cólicas menstruais; contrações 
irregulares; dor lombar; pressão pélvica ou na vagina; mucorreia; e sangramento 
leve.18 
Portanto, é importante realizar a anamnese e o exame físico cuidadosos (avaliar 
atividade uterina por meio da palpação abdominal; frequência, intensidade e 
duração das contrações; fazer ausculta e contagem de batimentos cardíacos 
fetais; exame especular e toque vaginal) para confirmar a presença das alterações 
51 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
definidas acima.1
O diagnóstico é clínico, porém a propedêutica auxiliar pode ajudar na definição da 
causa ou mostrar informações capazes de prever complicações, deixando a equipe 
mais preparada para eventuais intercorrências.1 
Os exames a serem solicitados são: hemograma, urina tipo I (EAS) e urocultura 
(para descartar a infecção do trato urinário assintomática como causa do TPP); 
pesquisa para estreptococo do grupo B (EGB), caso não tenha sido realizada nas 
últimas 5 semanas; ultrassonografia obstétrica, se disponível.1 
Em situações de dúvida diagnóstica, pode-se utilizar o teste da fibronectina fetal 
que, por apresentar valor preditivo negativo elevado (acima de 90%), exclui os 
falsos trabalhos de parto, evitando as internações desnecessárias.10,11
Na presença de contrações uterinas regulares, porém sem ao menos um dos 
critérios diagnósticos anteriormente descritos, podemos estar diante de uma 
Ameaça de Parto Pré-Termo, ou o que alguns autores chamam de Útero Irritável.32 
FATORES PREDITIVOS DE TRABALHO DE PARTO PREMATURO
A medida do colo uterino pode ser realizada com 24 semanas de gestação, ou na 
ultrassonografia morfológica de segundo trimestre, para rastrear o risco de parto 
prematuro.12 
Gestantes assintomáticas e com o colo uterino ≤ 25 mm possuem maior risco de 
parto prematuro.21,22 Essas pacientes se beneficiam da progesterona micronizada 
na dose de 200 mg via vaginal, à noite.12, 23
Pacientes sintomáticas, com dilatação cervical < 3 cm e a medida do colo uterino 
de 20 mm a < 30 mm podem ser submetidas ao teste de fibronectina, quando 
disponível, para estimar o risco de parto prematuro.18,20 Quando a fibronectina é 
negativa, há baixo risco de parto nos próximos 7 dias (apenas 5% evoluem para o 
parto).18, 20
Já as pacientes sintomáticas com a medida do colo uterino < 20 mm possuem 
alto risco para parto prematuro (> 25% dos casos em 7 dias) e não necessitam de 
testes adicionais.18,20 Similarmente, gestantes sintomáticas com o colo uterino ≥ 
30 mm possuem baixo risco para parto (< 5 % dos casos em 7 dias) e também não 
necessitam de testes adicionais para estimar o risco.18,20 
52 
CONDUTA
Indicamos a internação das pacientes diagnosticadas com trabalho de parto 
prematuro em fase ativa. 
A viabilidade fetal da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) 
é de 24 semanas de idade gestacional.31 Assim, pacientes com idade gestacional 
entre 24 e 34 semanas deverão ser submetidas a tocólise, corticoterapia antenatal 
e profilaxia para estreptococo do grupo B.13
Se entre 34 e 37 semanas em fase ativa de trabalho de parto, as gestantes 
receberão assistência ao parto e, se indicado, profilaxia para estreptococo do 
grupo B.16 Gestantes de até 32 semanas deverão receber sulfato de magnésio para 
neuroproteção.13 
As pacientes diagnosticadas em Ameaça de Parto Pré-Termo deverão ser 
mantidas, por 2h a 3h, em repouso e em observação no Centro Obstétrico – 
quando necessário, pode-se lançar mão de sedação com benzodiazepínico (ex.: 
Diazepam 5 mg/dia) por via oral.32
TOCOLÍTICOS 
O uso de tocolíticos está indicado para pacientes diagnosticadas com TPP entre 
24 e 33 semanas e 6 dias. As medicações existentes são: inibidores da síntese 
de prostaglandinas, como a indometacina, e os antagonistas de receptores de 
ocitocina, como atosiban, porém, as únicas medicações disponíveis no nosso 
serviço são nifedipino, salbutamol e sulfato de magnésio.15
Observamos que a tocólise está contraindicada nos casos de morte fetal; sofrimento 
fetal agudo; pré-eclâmpsia com sinais de gravidade; eclâmpsia; hemorragia 
materna; corioamnionite; e ruptura prematura de membranas ovulares.26
Duração da tocólise: suspendemos os tocolíticos 48 horas após a administração 
da primeira dose de corticosteroide.27
A) Bloqueadores de canais de cálcio – nifedipino 
O nifedipino é a medicação de primeira escolha para tocólise e a duração do seu 
efeito é de até 6 horas.27
• Dose de ataque: 10 mg VO a cada 20 minutos, até 4 doses. Se após 2 
doses mantiver contrações, considerar utilizar outro agente.1
53 Manual de Condutas Obstétricas do HMIB
• Dose de manutenção: 20 mg VO de 6 em 6 horas

Continue navegando