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COMUNIDADE EDÁFICA E SUAS CLASSIFICAÇÕES SOLO COMO AMBIENTE Solo é o corpo natural da superfície terrestre, constituído de materiais minerais e orgânicos resultantes das interações dos fatores de formação (clima, organismos vivos, material de origem e relevo) através do tempo, contendo matéria viva e em parte modificado pela ação humana, capaz de sustentar plantas, de reter água, de armazenar e transformar resíduos e suportar edificações. UFRS SOLO CONCEITO COMPONENTES BIÓTICOS ABIÓTICOS Componentes abióticos Componentes dos solos Componentes bióticos: Heterogêneos: organismos com metabolismo diversos convivendo lado a lado, interagindo em equilíbrio dinâmico muitas vezes com dependência associada e gerando alta biodiversidade Estão em Associação com componentes abióticos “ Estuda a estrutura e função do ecossistema solo” Estrutura: composição da comunidade biológica e componentes abióticos Função: fluxo de energia, ciclagem biogeoquímica e regulação mútua dos organismos e ambiente FISIOLOGIA VEGETAL METABOLISMO MICROBIANO CICLOS BIOGEOQUÍMICOS INTERAÇÕES MICROBIANAS BIOLOGIA DO SOLO BIOLOGIA DO SOLO Microhabitat ou microsítio: volume do solo onde células, comunidades ou populações microbianas existem e que são afetadas por este microambiente e por sua vez também o afeta Microambiente: situação físico - química no qual uma célula, população ou comunidade microbiana vivem num dado momento Considerações Raízes 1,5 a 3,8 m (em culturas anuais) 38 a 76 m (em pastagens perenes) Bactérias 300 milhões a 50 bilhões Fungos 500.000 a 100 milhões Actinomicetos 100 milhões a 2 bilhões Nematóides 1.000 a 10.000 Protozoários 100.000 a 50 milhões Artrópodos 100 a 1.000 Minhocas 0 a 2 A VIDA NO SOLO CAMADAS HORIZONTES PERFIS ESTRUTURAIS DO SOLO Região ao redor das raízes, geralmente com 1 a 3 mm, onde há crescimento bacteriano, podendo variar de acordo com fatores relacionados ao solo, idade e espécie vegetal, dentre outros. Região do solo que recebe influência direta das raízes, possibilitando proliferação microbiana”. RIZOSFERA CLASSIFICAÇÃO TAMANHO Alimentam-se preferencialmente de fungos e bactérias, embora formas predadoras e parasitas também sejam abundantes. Seus efeitos diretos nos ciclos biogeoquímicos ocorrem, principalmente, através do consumo e assimilação de tecidos microbianos e pela excreção de nutrientes minerais. Microfauna (< 0,2 mm) (protozoários, nematóides, rotíferos, etc): Organismos de difícil estabelecimento do comportamento alimentar, pois possuem a capacidade de mudar hábitos alimentares (microartrópodes-oníveros). Podem se apresentarem como fungívoros, bacterívoros, predadores. Afetam diretamente a ciclagem biogeoquímica através do processamento geofágico da matéria orgânica e das mudanças na distribuição dos poros, o que pode afetar o transporte de solutos e a disponibilidade de O2. Também promovem a mineralização de nutrientes durante sua alimentação disponibilizando para a microflora e a fauna. A fragmentação de detritos vegetais e a deposição das fezes destes organismos aumentam a superfície específica para o ataque microbiano. Mesofauna ( 0,2 a 4 mm) ( ácaros e colêmbolos, microartrópodes, etc): Grupo composto por organismos com capacidade para cavar e criar estruturas para sua movimentação (buracos, galerias, ninhos e câmaras). O principal papel biogeoquímico destes edáficos é afetar a estrutura do solo. Seus efeitos diretos acorrem através da fragmentação e incorporação aos solos de detritos vegetais, promovendo um aumento na disponibilidade de recursos para os microrganismos e mediando a transferência de solutos e particulados no perfil do solo. Também promovem mudanças na distribuição de tamanho de poros, influenciando nos padrões de infiltração e emissão de gases. Macrofauna (4 a 80 mm) (anelídeos, térmitas, formigas, cupins, moluscos, crustáceos e aracnídeos): Macrofauna (4 a 80 mm) (anelídeos, térmitas, formigas, cupins, moluscos, crustáceos e aracnídeos): MINHOCAS epigéicos (vivem e se alimentam na superfície do solo, fragmentam os materiais que ingerem e promovem decomposição da matéria orgânica), anécicos (alimentam- se na superfície, mas vivem em camadas subsuperficiais contruindo galerias) e endogéicos (vivem no interior do solo, consomem raízes vivas ou mortas, são geófagos e constroem pequenas galerias). CLASSIFICAÇÃO ASPECTO FUNCIONAL Micrófagos: alimentam-se de micróbios amebas, ácaros, nematoides; Fungívoros: alimentam-se de fungos acarose nemotoides; Fitófagos: alimentam-se de plantas insetos, nematoides, aranhas; Dentritívoros: alimentam-se de detritos vegetais em decomposição Vários tipos; Cadaverícolas: alimentam-se de carne podre larvas de inseto; Copógrafos: alimentam-se de excrementos Bacterias, fungos, artropodes; Complexidade Biológica: maior diversidade genética Garante relações diversas: positivas ou negativas Limita explosão populacional Gera equilíbrio: tampão biológico impede a ação de efeitos externos SOLOS ECOSSISTEMA - Equilíbrio biológico Plantas superiores GASES DE EFEITO ESTUFA-GEE Energia solar Resíduos vegetais Nematóides Ácaros Minhocas Matéria orgânica Protozoários Bactérias e Actinomicetos GEE Humus Nutrientes minerais Nutrientes minerais Fungos Produção primária Perda de energia calórica Colêmbolas Consumidores O Papel dos microrganismos no solo Interações com as partículas do solo – colóides; Microrganismos e a água do solo; Agregação do solo: micro + água + colóides; Utilização de substratos como fonte de energia/metabolismos microbiano; Disponibilidade de nutrientes assimiláveis pelas plantas; Gênese e intemperismo do solo Água Ar Areia Silte Hifas de fungos Complexo matéria orgânica e argila Argila Bactérias O solo como habitat para micro-organismos 2. COMPOSICÃO DO SOLO EXEMPLO DE UM AGREGADO DE SOLO ORGANISMOS MAIORES COLONIZAM MACROPÓROS CÉLULAS MENORES COLONIZAM AMBOS - MACRO E MICROPÓROS areia silte argila água fungos bactérias areia silte argila água areia silte argila água fungos bactérias O2, ÁGUA, PH, PREDAÇÃO O solo como habitat para micro-organismos 4. Características físico-químicas dos solos Algumas características do solo são fundamentais para a vida microbiana atmosfera temperatura água pH potencial redox fonte de energia O solo como habitat para micro-organismos CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DOS SOLOS ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO SÃO FUNDAMENTAIS PARA A VIDA MICROBIANA atmosfera temperatura água pH potencial redox fonte de energia ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS COMUNIDADES MICROBIANAS DO SOLO O solo como habitat para micro-organismos ÁGUA DIFUSÃO DE NUTRIENTES MOTILIDADE TEMPERATURA E AERAÇÃO PH E POTENCIAL REDOX ATIVIDADE BIOLÓGICA DO SOLO CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO - ÁGUA NO SOLO 1- Profundidade Concentração decrescente de microorganismos com a profundidade, acompanhando a matéria orgânica do solo. FATORES DA DISTRIBUIÇÃO DOS MICRORGANISMOS 2.845372 2.350849 3.274143 -75042 2.746340 2.436134 2.846026 2.145320 1.721318 1.426216 0.68312 0.6436 (%)(mg C kg solo-1)(%) Cmicr/CorgBiomassa microbianaTeor de argila 2-Teor de argila sobre a BMS BIOMASSA MICROBINA DO SOLO 3-Frações granulométricas do solo na BMS Textura solo: argilo-siltoso 4.1132.5< 0.002 2.6327.50.02-0.002 2.363.90.05-0.02 1.8283.00.2-0.05 1.5122.0> 0.2 2.0873.0Solo total (mg kg solo-1)(mm) Cmicr/CorgBiomassa microbiana CFração granulométrica A BMS tem potencial para aumentar N, P e K Soil Biol.Biochem.25:25-31 kg ha-1 100-600 50-300 kg ha-1 N 120 - 720 (100-700% >) P 90 – 560 (8-100% >) K 85 - 475 (1-69% >) Ca 12 - 66 Solos agrícolas 200-1000 Solos sob floresta 400-160030 cm (µgCmicr.g-1) 4- Utilização do subtrato e 5- Utilização da agua Enzimas: funções Catalizadoras das reações bioquímicas e parte integral da ciclagem de nutrientes • Ciclo do C – glicosidase (liberação de açúcares • Ciclo do N – ureases, amilases e proteases (liberação de N-inorg) • Ciclo do S – arilsulfatase (libera SO4-) • Ciclo do P – fosfatases ácidas e alcalinas (liberação de P-inorg) • Desidrogenase – indicar o estado • metabólico 6. Enzimas microbianas: ex.ureases e proteases 7. pH no solo Interação entre os microrganismos do solo O solo como habitat para micro-organismos Solos em distintos ambientes SOLOS EM ANAEROBIOSE manguezais cultivo de arroz Fonte: www.ocw.unu.edu Fonte: www.squidoo.com O solo como habitat para micro-organismos Solos em distintos ambientes SOLOS EM TEMPERATURAS EXTREMAS Fonte: www.jackspaces.blogspot.com Fonte: www.vegetacaodobrasil.hpg.com.br solos em regiões polares solos em áreas desérticas Pinusspp.(Pine) Endomicorrizas arbuscular Bioindicadores da qualidade do solo: sensíveis à poluição Pisumsativum(pea) Fixação do nitrogênio no solo Beneficia •Desinto- xicando o ambiente •Conver- tendo substratos ** Super- Comensalis -moMas não é prejudicado INTERAÇÃO ENTRE MICRORGANISMOS Parasitismo Associação simbiótica negativa Doenças Mesmo Microhabitat Maior habilidade genética Distribuição da microbiota Colonização e decomposição de substratos Microrganis mos do solo SIMBIOSES Patógenos Plantas Solos supressivos Antibióticos e outros metabólitos Antagonistas Controle biológico Clima úmido Clima árido Temp. intermediárias (17-27 oC) Temperaturas extremas pH do solo 5-8 pH alto ou baixo Floresta decídua Floresta tropical Floresta coníferas Pastagem permanente Cultivo contínuo Retôrno de resíduos compostagem Excesso fertilizantes e pesticidas Boa drenagem aeração Impedimento drenagem inundação Biomassa Diversidade Biomassa Diversidade Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45 Número do slide 46 Número do slide 47 Distribuição da microbiota Número do slide 49
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