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Ecologia Microbiana. Microbiologia Ambiental e Aplicada Ecologia Microbiana É o estudo dos micro-organismos no seu ambiente natural. Ambiente x micro-organismos. Os micro-organismos fazem parte do ecossistema. Desempenham papéis importantes na natureza. Diversidade Microbiana Proveito de qualquer nicho no ambiente. Os micro-organismos vivem em condições extremas de salinidade, acidez, temperatura e alcalinidade são denominados Extremófilos. Muitos micro-organismos trazem benefício para homem. Poucos causam doenças. Ecossistema – Todos organismos + fatores abióticos – Muitos habitats • Habitat – Partes do ecossistema ocupado por um ou um grupos de micro-organismos. Alguns conceitos.... Alguns conceitos.... Comunidade ecológica Consiste em todos os tipos de organismos que estão presentes em um dado ambiente. Organismos Indígenas ou nativos São sempre encontrados em um dado ambiente. Organismos não-indígenas São capazes de às mudanças climáticas São temporários em um determinando ambiente. Os micro-organismos ocupam um microambiente. Oxigênio e luz são estáveis. Partícula de solo Microambiente. Micro-organismos Produtores Consumidores Decompositores Simbiose Simbiose é uma associação fechada de dois organismos diferentes vivendo juntos e que beneficia um ou ambos. Animal-micro-organismo Plantas ricas em celulose Bactérias (fermentação) Protozoários do rúmen mantem a população bacteriana sob controle alimentando-se dela. Simbiose Micorrizas micorrizas simbioticas (mico = fungo; rizo = raiz). Existem dois tipos desses fungos: as endomicorrizas, também conhecidas como micorrizas vesicular-arbusculares, e as ectomicorrizas. Plantas podem absorver mais nutrientes. As ectomicorrizas infectam principalmente arvores como o pinho e o carvalho. Micro-organismos do solo degradam os materiais assim que estes entram no solo. Xenobióticos Plástico Substâncias tóxicas Biorremediação Degradação de produtos químicos sintéticos no solo e na água Biorremediação Conceito: Uso de sistemas biológicos (geralmente plantas ou microrganismos) na redução da poluição do ar, água ou sistemas terrestres. BIODEGRADAÇÃO 10 Biorremediação O uso de micro-organismos para detoxificar ou degradar poluentes. Óleo de navios-tanque naufragados representam um dos mais dramáticos exemplos de poluição química. Uso de micro-organismos selecionados para se desenvolver em certos poluentes ou de certas bactérias modificadas que são especialmente adaptadas para metabolizar os produtos de petróleo. Biodegradabilidade Suscetibilidade do composto sofrer a ação dos microrganismos Características físicas do composto; Características químicas; Disponibilidade dos microrganismos. BIORREMEDIAÇÃO Processo de tratamento que utiliza a ocorrência natural de microrganismos para degradar substâncias toxicamente perigosas transformando-as em substâncias menos ou não tóxicas. BIORREMEDIAÇÃO Biorremediação natural: processo passivo no qual os microrganismos transformam os contaminantes alvos em produtos finais inócuos – atenuação natural. Biorremediação acelerada: métodos de biorremediação que empregam técnicas para estimular a degradação dos contaminantes alvos, como adição de oxidantes, substrato, nutrientes inorgânicos, microrganismos específicos, etc. BIORREMEDIAÇÃO Biorremediação “in situ”: resíduo é tratado no local. Biorremediação “ex situ”: remoção física do material contaminado e seu encaminhamento para o local de tratamento. Biorremediação Biorremediação INTRÍNSECA = natural ou passiva. Biorremediação SUPLEMENTADORA = estímulos pelo ação humana (nutrientes, bactérias, oxigênio, CO2, dentre outros). Biomagnificação = + microrganismos Bioestimulação = + nutrientes Bioventilação = + CO2, + O2 Landfarming = + O2 + microrganismos . TIPOS DE PROCESSOS BIORREMEDIADORES Biomagnificação Consiste na misturas específicas de microrganismos em ambientes contaminados para iniciar o processo da biorremediação. É a inoculação do local contaminado com micro-organismos selecionados para degradação do contaminante. TIPOS DE PROCESSOS BIORREMEDIADORES Bioventilação: É uma forma de bioestimulação por meio da adição de gases estimulantes (Ex.: O2) para aumentar a atividade microbiana decompositora. TIPOS DE PROCESSOS BIORREMEDIADORES Landfarming: O processo de landfarming, também conhecido como tratamento em terra, consiste na aplicação controlada de resíduos sobre o solo, conseguindo a degradação biológica e química dos mesmos. TIPOS DE PROCESSOS BIORREMEDIADORES Compostagem: É o uso de microrganismos termofílicos aeróbios em pilhas construídas para degradar o contaminante BIORREMEDIAÇÃO Importante estratégia para a remediação de solos e águas subterrâneas porque: Beneficia-se dos processos biogeoquímicos que ocorrem naturalmente; Destrói ou imobiliza contaminantes, ao invés de transferi-los de um meio para outro; e Preserva os recursos financeiros se comparado a outras tecnologias de remediação. Aspectos importantes Três aspectos devem ser considerados: A existência de microrganismos com capacidade catabólica para degradar o contaminante; 2. O contaminante tem que estar disponível ou acessível ao ataque microbiano ou enzimático; 3. Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade do agente biorremediador. LIMITAÇÕES DA BIORREMEDIAÇÃO Não é uma solução imediata. - Os locais a serem tratados devem estar preparados para suportar a ação dos microrganismos. - Para cada tipo de contaminante, indicam-se espécies diferentes de microrganismos para o processo de biorremediação. Contaminante Espécie utilizada Anéis aromáticos Pseudomonas, Achromobacter, Bacillus, Arthrobacter, Penicillum, Aspergillus, Fusarium, Phanerocheate Cádmio Staphlococcus, Bacillus, Pseudomonas, Citrobacter, Klebsiella, Rhodococcus Cobre Escherichia, Pseudomonas Cromo Alcaligenes, Pseudomonas Enxofre Thiobacillus Petróleo Pseudomonas, Proteus, Bacillus, Penicillum, Cunninghamella Contaminantes-Espécies INVESTIGAÇÃO PARA BIORREMEDIAÇÃO Identificação dos poluentes em relação ao grau de biodegradação (níveis de biodegradabilidade) Levantamento do local contaminado Tempo requerido para a biorremediação Fatores econômicos PASSOS APLICÁVEIS Isolamento do local até segunda ordem Definição do método básico de biorremediação Determinar os tipos de monitoramento FATORES QUE AFETAM A BIORREMEDIAÇÃO Biodisponibilidade inadequada de contaminantes para os microrganismos–incorporação ao húmus. Nível de toxicidade dos contaminantes. Preferência microbiana, população presente no local. Vantagens da biorremediação: Mais barato que os tratamentos convencionais; Aplicável a uma grande variedade de contaminantes; De grande aceitação pública; Não interfere nas operações que já estão sendo realizadas, podendo ser utilizado em locais de difícil acesso. Os micro-organismos agem na redução dos contaminantes de petróleo transformando-os em subprodutos menos nocivos ao meio ambiente. MICROBIOLOGIA AQUÁTICA Microbiologia aquática Refere-se ao estudo dos micro-organismos e de suas atividades em aguas naturais, como lagos, lagoas, córregos, rios, estuários e oceanos. Resíduos líquidos domésticos e industriais entram nos lagos e córregos, e sua degradação e efeitos na vida microbiana são fatores importantes na microbiologia aquática. Os microrganismos podem: mudar a composição química da água fornecer nutrientes para outros organismos aquáticos ► CICLOS DA MATÉRIA representar um grande risco para a saúde humana e animal ► PATÓGENOS Água atmosférica: nuvens, chuva, neve, geadas Água de superfície: lagos, riachos, rios, oceanos Água subterrânea: lençol freático, poros do solo As águas estão classificadas em: No meio aquático os nutrientes estão diluídos - baixa diversidade de microrganismos Com apresença de matéria orgânica ocorre: - aumento da atividade microbiana Uma gota d’água parece simples mas é bastante complexa: diferentes substâncias químicas diferentes tipos de microrganismos Meio Aquático Nutrientes diluídos; Baixa diversidade de micro-organismos; Presença de matéria orgânica: aumento da atividade microbiana exemplos de aumento das populações microbianas devido ao aumento da carga orgânica Condições Ambientais Os tipos de micro-organismos presentes em ambientes aquáticos são determinados pelas condições físicas e químicas que prevalecem naquele ambiente: Temperatura – de 0 a 40°C 90% do ambiente marinho está a 5 °C – psicrófilos Alguns locais: próximo a 100°C Temperatura superfície: varia de 0 ºC nos pólos a 40 ºC nos trópicos sob a superfície: 90 % do ambiente marinho estão a 5 ºC PSICRÓFILOS mas, nas fendas oceânicas: TERMÓFILOS Pyrodictium occultum (ótimo 105ºC, Itália) Microbiologia da Água Micro-organismos podem: mudar a composição química da água fornecer nutrientes para outros organismos aquáticos CICLOS DA MATÉRIA representar um grande risco para a saúde humana e animal PATÓGENOS Microbiologia da Água Ambiente de água doce Lagos e Pântanos: Zona litorânea – ao longo da costa, onde a luz penetra até o fundo. Vegetação enraizada. Zona limnética – região superior, em áreas abertas, longe da costa. Zona profunda – regiões profundas de águas abertas. Zona bêntica – lama ou lodo mole do fundo. Zonas limnética e litorânea - Maior variedade de micro-organismos; Zonas profunda e bêntica - micro-organismos heterotróficos. Microbiologia da Água Ambiente de água doce Rios e córregos Muitos dos nutrientes vêm do sistema terrestre. A população de micro-organismos refletes as práticas terrestres. Impossível descrever uma população microbiana específica. Microbiologia da Água Ambiente de água doce Estuários Sofrem variações constantes porque recebem águas e materiais de diversas fontes. Estão sujeitos às marés bem como a mudanças sazonais. É direta ou indiretamente afetada pela atividade humana. População microbiana sujeita a grandes variações. Microbiologia da Água Oceanos micro-organismos habitam todas as profundidades e todas as latitudes. Plâncton – numerosas espécies de cianobactérias e algas (fitoplâncton). Responsável pela conversão de energia radiante em química. População bêntica – bactérias e protozoários. Sedimentos microbianos – algas e protozoários que possuem cálcio ou sílica nas paredes celulares (mortos). Microbiologia da Água Papel dos micro-organismos aquáticos - Cadeia alimentar e rede alimentar Produtores primários Fitoplâncton e bactérias quimiossintéticas Consumidores primários Zooplâncton alimenta-se de fitoplâncton Decompositores (degradação e mineralização) Plantas mortas e tecido animal degradados por micro-organismos a compostos inorgânicos, que servem como nutrientes para produtos primários Zooplâncton Serve como suprimento de alimentos nos estágios iniciais da cadeia Microbiologia da Água Água Potável Potável – livre de micro-organismos patogênicos e substâncias químicas prejudiciais à saúde. Normalmente proveniente das águas superficiais. Poluição Purificação da água Veiculação de inúmeras doenças - (ingestão): Doenças causadas por bactérias (gastroenterites) Doenças causadas por vírus (enteroviroses, hepatite A e E) Doenças causadas por protozoários (amebíase, giardíase e criptosporidiose) Doenças causadas por Helmintos (esquistossomose e ascaridíase) IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA ÁGUA 80% das doenças que ocorrem nos países em desenvolvimento são ocasionados pela contaminação da água Tomada de amostras: entrada do sistema - Hidrômetro - avaliação da qualidade da água pós tratamento reservatórios rede de distribuição - pontos distantes da entrada pontos de consumo COMO COLETAR AS AMOSTRAS: A torneira não deve ter aeradores, filtros ou vazamento de água. Não se deve flambar a torneira, pois além de provocar danos, comprovou-se não ter efeito letal sobre as bactérias A torneira deve ser limpa com gaze estéril e álcool 70% Abre-se a torneira, deixa-se escorrer um fio de água de 2 a 3 minutos, ou o tempo suficiente para eliminar impurezas e água acumulada na canalização. A amostra deve ser encaminhada ao Laboratório de forma refrigerada e de preferência num intervalo de 6 horas. - Parâmetros de qualidade da água para enxágue de acordo com a RDC Nº 15, segundo a Portaria 2914 Dureza total - 500 mg/L Ph - 6,0 a 9,5 Turbidez – 5 UT Íons cloreto – 250 mg/L Cloro residual livre - 0,2 mg/L Cobre – 2 mg/L Ferro – 0,3 mg/L Manganês- 0,1 mg/L Carga microbiana < 500 ufc/mL CT e E.coli < 1 ufc/mL Vmp – valores máximos permitidos vmp Indicadores de qualidade de água Bactérias: Escherichia coli Protozoários: Cistos (Giardia) e oocistos (Cryptosporidium) Algas: cianobactérias Vírus Ovos de helmintos Grupo coliforme: coliformes totais e fecais indicadores de escolha para monitorar qualidade da água; Presença→ riscos à saúde → Salmonella, Shigella, Vibrio, Mycobacterium, Pasteurella, Leptospira e vírus entéricos Fermentam lactose→ gás, ácido, aldeído à 35°C em 24-48h Coliformes termotolerantes: E.coli Klebisiella Grupo coliforme: totais E.coli gêneros: Citrobacter, Escherichia, Enterobacter e Klebsiella Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella: vegetação e solo Coliformes Termotolerante Sub-grupo: coliformes totais → Escherichia coli Contaminação fecal oriundas de animais de sangue quente Metodologia: temperatura de 44,5 +0.2°C, fator seletivo (termotolerantes) Enzimas específicas Escherichia coli Coliformes termotolerantes Fermentam lactose com produção de gás em 48h a 44 e 45°C Enzima ß-galactosidase Escherichia coli, Citrobacter freundii e Enterobacter spp. E. coli habitat primário é o trato gastrointestinal de homeotermos. ß-glicuronidase Grupo coliforme Bastonetes Gram-negativos e não esporulados Metabolismo aeróbio ou facultativamente anaeróbio Família Enterobacteriaceae Indicador de poluição fecal Mais de 20 spp. Coliformes totais Coliformes termotolerantes (fecais) Coliformes totais Fermentam a lactose com produção de gás em 48h a 35°C Enzima ß-galactosidase Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella e Escherichia Trato intestinal de animais homeotermos (mamíferos e aves) e outros ambientes (solo e vegetais) Outros indicadores microbiológicos Bactérias que utilizam nutrientes orgânicos A contagem de bactérias heterotróficas→ medida empírica; presença em maior ou menor quantidade → grau de poluição da água → enriquecimento MO. 1-Bactérias Heterotróficas Outros indicadores microbiológicos Bioindicador referenciado na legislação CONAMA 274/2000 Melhores indicadores para águas marinhas → Tolerância a altas concentrações de sal Grupo Streptococcus fecais→ Streptococcus faecalis, S. faecium, S. galinarum e S. avium; contaminação fecal humana X fezes outros animais 2-Estreptococcus fecais 3-Pseudomonas aeruginosa Solo, água, matéria orgânica em decomposição; Microbiota do intestino e pele de seres humanos; Patógeno oportunista - infecções auditivas em usuários de águas recreativas contaminadas - surtos de gatroenterites veiculadas por água - imunodeprimidos capacidade de crescer em ambientes oligotróficos 4 - Staphylococcus aureus Pele e mucosa (nariz, garganta) do homem: Diversas infecções Não estão relacionados com contaminação fecal; Sobrevivem mais tempo na água; Ambientes aquáticos – intensa utilização para fins recreacionais - contagens de S. aureus Indicadoras de poluição: ambientes de água doce, quanto marinhos; número e espécie → tipo e pureza da água; Ocorrênciae distribuição→ presença de poluição orgânica; complemento a contagem de coliformes; Gêneros comuns: Aureobasidium, Candida, Cryptococcus, Rhodotorula, Saccharomyces e Trichosporon Maioria associada a plantas, solos ou fontes de poluição orgânica 5- Leveduras Análise microbiológica da água Visa investigar a presença de micro-organismos potencialmente patogênicos em concentrações que comprometam o uso da água para os fins a que se destina: Consumo humano e animal Recreação Navegação Irrigação Paisagismo Micro-organismos patogênicos presentes na água Número Mais Provável (NMP) Pelo menos 2 técnicas Fermentação em tubos múltiplos (NMP de CT, CTT e E.coli) Substrato fluorogênico 4-metilumbeliferil-beta-D-glucoronídeo – MUG (NMP de E. coli) NMP – Fermentação em Tubos múltiplos Diluição Prova Presuntiva – Caldo Lauril Sulfato (48h/35°C) Prova Confirmatória – Caldo BVB (48h/35°C) – NMP de CT Prova para CTT - Caldo EC (48h/45°C) – NMP de CTT Prova Completa – EMB + IMViC – NMP de E. coli Indol VM VP Citrato Resultados do IMVIC típicos para o grupo dos coliformes. Provas + Indol VM VP Citrato + - - - - - - + + + - - + + + Identificação Escherichia coli Enterobacter aerogenes Klebsiella Citrobacter sp. Metodologia da Membrana Filtrante (MF) Filtragem da amostra Substrato Cromogênico/fluorogênico Teste P/A Adição do meio com substrato à amostra Incubação por 24h.Resultados: Incolor:Negativo; Amarelo:Coliforme total +; Azul:Coliforme E. coli + Teste Quantitativo 1 2 3 4 Mesmas placas amarelas submetidas a luz ultra-violeta (UV) Resultado Azul Ecoli Se (-) e amarelo C. Total 5 6 Tabelas de NMP Resultados em numeros/100 ml Microbiologia do Ar Composição da atmosfera: 79% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 0,032% de dióxido de carbono e outros gases (neônio, argônio e hélio). partículas de pó e água (sob forma de vapor líquido ou cristais de gelo) Micro-organismos do ar flora microbiana do ar: transitória e variável; o número e os tipos de agentes contaminantes do ar são determinados pelas várias fontes de contaminação existentes no ambiente; podem ser encontrados em suspensão, em material particulado e gotas de água; transporte: através de ventos, massas de ar e turbulências da atmosfera. Bioaerossóis Partículas biológicas finas de diâmetro de 0,05 a 100mm. Microbiota dispersa no ar: Fungos, bactérias, vírus, pólens, algas, etc. Principais doenças de transmissão aérea Principais doenças de transmissão aérea Micro-organismos Externos do Ar (Atmosfera) Superfície da Terra representa a principal fonte dos micro-organismos; Gotículas d’água produzidas pela ruptura de bolhas de ar na microcamada (contém maior número de micro-organismos do que as camadas mais profundas) Micro-organismos Externo do Ar (Atmosfera) Instalações industriais, agrícolas e municipais que produzem aerossóis microbianos: Irrigação de lavouras com efluentes de esgoto, mediante o borrifadores; uso de Filtros gotejadores de estação de tratamento de esgotos; Matadouros e instalações de distribuição; Incineradores mal operados e estações de tratamento de composto esgoto orgânico e lodo de esgoto. Micro-organismos Externo do Ar (Atmosfera) Algas, protozoários, leveduras, bolores e bactérias; Fungos predominantes: Cladosporium, Alternaria, Penicillium, Aspergillus, Pullularia e Agaricus; Esporos de bolores constituem a maior parte da microflora aérea; Bactérias: bacilos Gram-positivos esporulados (Bacillus) e não-esporulados (Kurthia), bacilos Gram negativos Alcaligenes) Gram positivos negativos (e cocos Gram-(Micrococus e Sarcina); Leveduras e actinomicetos têm sido detectados em alguns locais, mas em baixa porcentagem. Micro-organismos Externo do Ar (Atmosfera) intensidade da contaminação microbiana é influenciada por: mecanismos de dispersão Terra a partir da superfície da Terra, a hora do dia, a estação do ano, situações de ordem climática, Micro-organismos Externo do Ar (Atmosfera) A habilidade do micro-organismo causar doenças depende da sobrevivência e infectividade ao hospedeiro suscetível. Mas dependem ainda de parâmetros ambientais: umidade relativa, temperatura temperatura, intensidade da radiação, comprimento de onda, tensão de oxigênio, níveis de poluente. Micro-organismos do Ar Interno Fatores determinantes do grau de contaminação do ar: taxas de ventilação, número de pessoas que ocupam o ambiente, natureza e grau de atividade exercida por esses indivíduos. Micro-organismos do Ar Interno micro-organismos: expelidos em gotículas do nariz e da boca durante o espirro, tosse, ou até mesmo pelo ato de falar. Dimensões das gotículas: faixa micrométrica: podem permanecer em suspensão durante um tempo, faixa milimétrica: depositam rapidamente, como poeiras, em diversas superfícies Micro-organismos do Ar Interno Essa poeira pode ser veiculada pelo ar, nos períodos de atividade no interior do recinto ou através de correntes de ar. A sobrevivência dos micro-organismos por tempo relativamente longo na poeira cria importantes riscos, particularmente em áreas hospitalares. São frequentemente encontrados: bacilos da tuberculose, bacilos da difteria e estreptococos , hemolíticos; Micro-organismos do Ar Interno muitas técnicas laboratoriais produzem aerossóis (finos borrifos que produzem gotículas capazes de permanecer em suspensão durante um certo tempo) contendo micro-organismos. Micro-organismos do Ar Interno Legislação atual: Resolução RE no 09 da ANVISA Valor máximo recomendado, para fungos: 750 UFC/m3 Relação I/E=1,5 (I = UFC/m3 ar interno e E = UFC/m3 ar externo) Técnicas de análise microbiológica do ar Uma variedade de técnicas tem sido desenvolvida com objetivo de se determinar o conteúdo microbiano em: hospitais, escolas, locais públicos e no ar livre (ETE e estações de compostagem) Técnicas de análise microbiológica do ar Técnica da sedimentação em placa: técnica muito utilizada, porém não se pode avaliar o volume de ar que foi efetivamente analisado; somente os micro-organismos presentes no ar que possuem certas dimensões poderão ser retidos com o uso de várias placas; obtém-se uma estimativa aproximada da contaminação aérea e dos tipos de micro-organismos presentes numa determinada área. Técnicas de análise microbiológica do ar Técnica da sedimentação em placa: Técnicas de análise microbiológica do ar Técnica da membrana filtrante: os aparelhos são semelhantes aos usados para analise bacteriológica de água e apresentam a vantagem de reter todo tipo de partículas; essa técnica permite medir o volume de ar amostrado e não é indicada para amostras de ar muito contaminadas. Técnicas de análise microbiológica do ar Técnica da membrana filtrante: Técnicas de análise microbiológica do ar Aparelhos de impacto sólido Placas após incubação MICROBIOLOGIA DO SOLO “ Estuda a estrutura e função do ecossistema solo” Estrutura: composição da comunidade biológica e componentes abióticos Função: fluxo de energia, ciclagem biogeoquímica e regulação mútua dos organismos e ambiente Ecologia dos solo (ODUM, 1971): Componentes bióticos e abióticos do solo Água Ar Areia Silte Hifas de fungos Complexo matéria orgânica e argila Argila Bactérias Funções gerais dos microrganismos nos solos Raízes de plantas e partes aéreas Número aproximado (porção de solo) Biomassa (libras/acre) Últimas fontes de quase todo carbono no solo para os microrganismos 100 x mais microrganismos perto das raízes das plantas que numa distância maior 60 – 150 polegadas (culturas anuais) 1.500 – 3,000 polegadas (pastagens perenes) 3.000 (culturas anuais) 15.000 (pastagens perenes) Componentes bióticos dos solos Bactérias Número aproximado por porção de solo Biomassa aproximada (libras/acre)Junto com os fungos são o grupo mais importante na decomposição da matéria orgânica. Compostos extracelulares ajudam a se ligarem às partículas dos solos nos agregados. Grupos especializados estão envolvidos em cada etapa do ciclo do Nitrogêneo 300 milhões – 50 bilhões 400 – 4.000 Fungos Número aproximado (porção de solo) Biomassa (libras/acre) Grupo mais envolvido na decomposição de compostos resistentes (lignina) Crescimento da hifa através do solo ajuda sua ligação aos agregados Fungos em simbiose com raizes de plantas aumentam a absorção de nutrientes e água diminuindo a incidência de doenças 500.000 – 100 milhões 500 – 5.000 Actinomicetos Número aproximado (porção de solo) Biomassa (libras/acre) Tipos de bactéria com crescimento semelhante aos fungos e funções semelhante a ambos Produzem compostos que proporcionam ao solo um aroma típico 100 milhões– 2 bilhões 400 – 4.000 Biomassa Microbiana nos solos Principal fonte de enzimas no solo Responsável por toda a atividade biológica Catalisa transformações bioquímicas Representam fonte e dreno de carbono Troca de nutrientes entre a atmosfera e o ecossistema solo-planta Decomposição (aeróbica, anaeróbica) Degradação de moléculas orgânicas complexas (Pseudomonas) Transformações de nutrientes (Solubilização de fosfato, mineralização) Interações mutualísticas (FBN – simbiótica e assimbiótica) Bactérias Decomposição (aeróbica e fermentação por leveduras) Degradação de moléculas orgânicas complexas Basidiomicetos – lignina) Produção de antibióticos (Penicillium - penicilina) Solubilizadores de fosfato (Aspergillus) Micorrizas Agregação do solo FUNGOS Processos em que participam Plantas superiores GEE Energia solar Resíduos vegetais Nematóides Ácaros Minhocas Matéria orgânica Protozoários Bactérias e Actinomicetos GEE Humus Nutrientes minerais Nutrientes minerais Fungos Produção primária Perda de energia calórica Colêmbolas Consumidores Microrganismos e a agregação dos solos Formação dos agregados: etapas Floculação: quando partículas primárias permanecem íntimamente unidas devido a forças interativas (eletrostática, Van der Waals, e/ou pontes de hidrogênio) Cimentação: estabilização dos flóculos pela ação de agentes cimentantes (compostos orgânicos, carbonatos, Fe e óxidos de Al) Exemplos de Polissacarídeos extracelulares derivados de microrganismos com ação cimentante Polissaca-rídeo Micro-organismo Xantanas Xanthomonas campestris Dextrana Aerobacter spp, Streptococcus bovis Curdlan Alcaligenes faecalis Pullullan Aureobasidium pulullans Balanço entre microrganismos x agregação do solo Matéria Matéria orgânica viva (Principalmente Fungos Filamentosos) Comprimento e espessura de hifas e raízes Estabilidade Dos Agregados ≈ + Adição de matéria orgânica estéril (sem microrganismos, não afeta a agregação.... O cultivo do solo e a agregação Estrutura do solo (agregação) Matéria orgânica Microrganismos Manejo Protege Favorece Estimula Decompõe Reduz Protege Estudo independente Realizar a leitura do artigo: “Pesquisa e caracterização da diversidade microbiológica do solo, na região de São João do Buriti – MG, em decorrência da substituição de cobertura florestal nativa (cerrado) por plantações de eucalipto.” E observe a diversidade de micro-organismos encontrada.
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