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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Tecnologia e Recursos Naturais – CTRN Unidade Acadêmica de Engenharia Civil – UAEC Laboratório de Saneamento Campus Bodocongó – CEP: 58109-970 Disciplina: Laboratório de Química da Água Influência da Concentração do Ácido Sulfúrico na velocidade das Reações Químicas com o Tiossulfato de Sódio Relatório Apresentado à Disciplina de Química da Água da Unidade Acadêmica de Engenharia Civil do CTRN como requisito básico para aprovação na citada disciplina. Campina Grande, 27 de setembro de 2019 Experimento– Parte 2: Influência da Concentração do Ácido Sulfúrico na velocidade das Reações Químicas com o Tiossulfato de Sódio __________________________________________________________________________ Unidade Acadêmica de Engenharia Civil, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Bodocongó, 58109-970. Campina Grande-PB. __________________________________________________________________________ Resumo: Este relatório visa descrever a velocidade da reação química do ácido sulfúrico concentrado e diluído em água destilada com o tiossulfato de sódio. No experimento, realizado no laboratório de química da água, foram utilizados 4 concentrações diferentes de H2SO4 – 6 mL, 4 mL de H2SO4 mais 2 mL de H2O, 3 mL de H2SO4 mais 3 mL de H2O e 2 mL de H2SO4 mais 4 mL de H2O, totalizando 6 mL de solução em cada ampola. Em outros 4 tubos de ensaio foram colocados 6 mL de Na2S2O3. Uma de cada vez, foram misturadas as ampolas do reagente ácido sulfúrico com o tiossulfato e cronometrado o tempo para acompanhar a velocidade da reação química. Notou-se que, quanto mais concentrada a solução de ácido sulfúrico, menor era o tempo da reação e mais rápido a solução se tornava turva. Palavras Chaves: Concentração, Reações Químicas, Cinética Química, Ácido Sulfúrico, Tiossulfato de Sódio. 1. INTRODUÇÃO As reações químicas têm permitido à humanidade resolverem muitas das questões que a desafiam. No entanto, para que isso fosse possível, foi necessário aprender como alterar a velocidade das reações seja acelerando as excessivamente lentas ou retardando as muito rápidas. O conhecimento e o estudo da velocidade das reações químicas, além de ser muito importante para a indústria, também estão relacionados ao nosso cotidiano. Por exemplo, quando guardamos alimentos na geladeira para retardar as reações que levam às suas decomposições ou usamos uma panela de pressão para aumentar a velocidade de cozimento dos alimentos. Uma reação química é um rearranjo de átomos provocado pelas colisões (choques) entre as partículas dos reagentes. Para que ocorra uma reação química duas condições são necessárias: • Haver afinidade entre as substâncias; • Haver colisões entre as moléculas dos reagentes que levam a quebra de suas ligações para formação de novas ligações (rearranjo dos átomos dos reagentes para formação dos produtos). Alguns fatores alteram a frequência de colisão entre os reagentes de uma reação química, aumentando ou diminuindo a velocidade com que ela ocorre. Tais fatores podem ser: • Temperatura • Pressão • Concentração de reagentes • Superfície de contato • Catalisador ou inibidor Quando fazemos o estudo cinético de uma transformação química, preocupamo-nos não só com a rapidez com que os reagentes são transformados em produtos, mas também com as etapas através das quais esta conversão ocorre. Das experiências de laboratório ou do cotidiano, sabemos que existem reações rápidas (como aquelas que envolvem pequenas moléculas gasosas ou íons em solução) e reações lentas (como a oxidação de metais expostos ao ar e a combustão de compostos orgânicos em geral). Através da observação experimental, verificou-se que as velocidades das reações químicas são influenciadas por fatores como a natureza e a concentração dos reagentes, a temperatura e a presença de catalisadores. O estudo de tais fatores tem aplicações práticas importantes, como por exemplo a determinação das condições favoráveis à obtenção rápida de um produto desejado ou à diminuição da velocidade de reações paralelas, que conduzem a produtos secundários. A velocidade de uma reação química qualquer pode ser calculada a partir de uma lei criada em 1864 por dois químicos, Cato Maximilian Guldberg e Peter Waage, ambos noruegueses, que realizaram um importante estudo experimental sobre os fatores que seriam determinantes na velocidade de uma reação. v = ∆ [produtos] ∆t ou v = ∆ [reagentes] ∆t Eles descobriram que, em uma reação química, a concentração dos reagentes, seus expoentes estequiométricos (números utilizados para balancear a equação) e a temperatura são fundamentais na determinação da velocidade de uma reação. A partir dessa constatação, criaram uma expressão matemática que representa a chamada Lei da ação das massas de Guldberg e Waage ou, simplesmente, Lei da velocidade: As classificações dessas reações ocorrem de acordo com o critério utilizado, relaciona o número de substâncias que reagem e o número de substâncias produzidas: • Reações de Síntese ou Adição: Quando 2 ou mais substâncias originam 1 único produto. • Reações de Análise ou Decomposição: Quando 1 substância se decompõe originam 2 produtos diferentes. • Reações de Simples Troca ou Deslocamento: Quando 1 substância simples reage com 1 substância composta produzido 1 nova substância simples e outra substância composta. • Reações de Dupla Troca: Quando 2 substâncias compostas regem produzindo 2 novas substâncias compostas. Alguns fatores podem influir na velocidade de uma reação: • Área de contato: quanto maior a área de contato entre os reagentes maior a velocidade da reação. • Temperatura: o aumento da temperatura dos reagentes aumenta a velocidade da reação. • Regra de Van’ t: a elevação de 10°C faz a velocidade da reação dobrar. • Catalisadores: são substâncias capazes de acelerar uma reação sem integrá-la, não sendo portanto consumidas durante a reação. • Concentração dos reagentes: a velocidade da reação é diretamente proporcional à concentração dos reagentes. 1.1 OBJETIVO GERAL Observar a velocidade das reações entre o tiossulfato de sódio (Na2S2O3) e o ácido sulfúrico. (H2SO4). 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Determinar experimentalmente a velocidade média de uma reação; • Confirmar, experimentalmente, que um aumento na concentração dos reagentes aumenta a velocidade da reação entre eles; 2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2.1 REAGENTES E MATERIAIS • Tubos de ensaio • Béquer • Pipeta graduada (10 mL) • Ácido Sulfúrico (H2SO4) 0,5 N • Tiossulfato de Sódio (Na2S2O3) 0,5 N • Cronômetro • Água destilada 2.2 PROCEDIMENTOS Nesta etapa do estudo, a reação foi feita mantendo-se constante a concentração de tiossulfato e variando-se a de ácido sulfúrico. Foram rotulados quatro tubos de ensaio e colocados em cada um 6 mL da solução de (Na2S2O3). Em outros 4 tubos de ensaio foram adicionados, respectivamente, 6 mL de (H2SO4); 4 mL de (H2SO4) e 2 mL de (H2O); 3 mL (H2SO4) e 3 mL de (H2O); 2 mL (H2SO4) e 4 mL de (H2O) de maneira que a solução de ácido e água formem um volume total da mistura em 6 mL, como mostra a Tabela 1. Tabela 1– Volume dos conteúdos e tempos para os tubos de ensaio TUBO VOLUMES VOLUME TOTAL H2SO4 H2O destilada Na2S2O3 1 6 mL 0 mL 6 mL 12 mL 2 4 mL 2 mL 6 mL 12 mL 3 3 mL 3 mL 6 mL 12 mL 4 2 mL 4 mL 6 mL 12 mL Adicionou-se no tubo 1, que já continha 6 mL de (Na2S2O3), o ácido sulfúrico em 6 mL, e para os demais tubos de ensaio com (Na2S2O3) repetiu-se o mesmo procedimento com as outras soluções contidas nos outros tubos de ensaio com as concentrações citadas anteriormente, acionando imediatamente o cronômetro para marcar o tempo dadoem segundos da reação com os reagentes. Observou-se atentamente cada tubo, para que no momento em que aparecer uma turvação fosse parado o cronômetro. Notou-se que para cada concentração de (H2SO4) diferenciava-se o tempo de reação com o (Na2S2O3). 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Quando misturadas as soluções de (H2SO4), (H2O) e de (Na2S2O3) reagem formando; S2O3 2- (aq) + H +(aq) S(s) + SO2(g) + H2O(l) Verificou-se que a medida que aumentou a quantidade do reagente (H2SO4) a turvação ocorria mais rapidamente, tendo como exemplo o 1º tubo, que ao colocar 6 mL de tiossulfato de sódio (Na2S2O3) a 0,5 N em 6 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) sem a presença de água, o tempo da reação ocorreu em 15 segundos. No 4º tubo de ensaio foi adicionado ao tiossulfato de sódio (Na2S2O3) a concentração mais diluída de ácido sulfúrico (H2SO4) em que 2 mL foram diluídos em 4 mL de água destilada, e que marcou o tempo no cronômetro de 26 segundos, de acordo com a Tabela 2. Tabela 2 – Dados experimentais TUBO VOLUME TOTAL H2SO4 Concentração TEMPO (s) 1 12 mL 0,25 N 15 2 12 mL 0,16 N 18 3 12 mL 0,12 N 22 4 12 mL 0,08 N 26 tiossulfato proveniente do H2SO4 precipitado que gera turbidez 4. CONCLUSÃO Conforme os resultados e discussões obtidas na prática, conclui-se que a velocidade da reação deve ser entendida como a mudança de um reagente, dividido pelo intervalo de tempo no qual a mudança ocorre. Podemos concluir que a velocidade de uma reação depende também da concentração dos reagentes, pois ela está relacionada com o número de choques entre as moléculas. Em outras palavras, a velocidade de uma reação química é o aumento ou decréscimo concentração molar do produto por unidade de tempo. A partir dos resultados obtidos comprova-se que ao aumentar a concentração do reagente ocorre o aumento de colisão entr as moléculas. Nota-se também que, no momento que se colocou o 6 mL de tiossulfato de sódio em 6 mL de ácido sulfúrico ambos a 0,5 N, o tempo necessário para que a reacão acontecesse foi menor com relação aos demais tubos de ensaios. E que para cada tubo de ensaio aconteceu uma reação, da qual se diferencia das outras com relação ao tempo de cada uma e a quantidade de números de mols de (Na2S2O4) que reagiram. Geralmente quanto mais concentrado um reagente mais rápido é a sua velocidade. Conforme diz o enunciado da lei de Guldberg e Waage que se tornaram os pioneiros no desenvolvimento da cinética química pela formulação da lei de ação das massas, a qual estabelece que a velocidade de reação é proporcional a quantidade de substâncias reagentes. Em relação a erros experimentais, não foi verificado muitos fatores que pudessem alterar de forma significativa os resultados. O que foi verificado durante as análises foi alguma quantidade de líquido nas ampolas que foram utilizadas por turmas anteriores no mesmo experimento. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/lei-velocidade.htm Acesso em 27 de Setembro de 2019. https://www.monografias.com/pt/trabalhos3/velocidade-reao/velocidade-reao2.shtml Acesso em 27 de Setembro de 2019. https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/lei-velocidade.htm
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