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03_Direito_Administrativo

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura de Viçosa do Ceará-CE 
 
A Administração Pública: Princípios Básicos da Administração Pública. .............................................. 1 
Poderes Administrativos. ................................................................................................................... 11 
Atos Administrativos. ......................................................................................................................... 23 
Licitações e Contratos administrativos. .............................................................................................. 39 
Serviços públicos. ............................................................................................................................ 118 
Servidores Públicos: Regime Especial, Regime Trabalhista, Expediente Funcional e Organizacional. 
Cargo, Emprego e Função pública. ...................................................................................................... 133 
Órgãos Públicos. ............................................................................................................................. 141 
Improbidade Administrativa. ............................................................................................................. 149 
Processo Administrativo................................................................................................................... 160 
Constituição da República Federativa do Brasil: Dos Princípios Fundamentais – arts. 1º ao 4º ....... 180 
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – art. 5º Dos Direitos Sociais – arts. 6º ao 11 Da 
Nacionalidade – arts. 12 e 13 Dos Direitos Políticos – arts. 14 ao 16 ................................................... 186 
Da Organização Político-Administrativa – arts. 18 e 19 ................................................................... 223 
Dos Municípios – arts. 29 ao 31 ....................................................................................................... 226 
Da Administração Pública – arts. 37 ao 41. ..................................................................................... 232 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Para compreender os Princípios da Administração Pública1 é necessário entender a definição básica 
de princípios, que servem de base para nortear e embasar todo o ordenamento jurídico e é tão bem 
exposto por Miguel Reale, ao afirmar que: 
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de 
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da 
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem 
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema 
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.” 
 
Desta forma, princípios são proposições que servem de base para toda estrutura de uma ciência, no 
Direito Administrativo não é diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo do 
direito público. 
Os princípios podem ser expressos ou implícitos, os expressos são os consagrados no art. 37 da 
Constituição da República Federativa do Brasil, já os implícitos são aqueles que de alguma forma regem 
a atuação da Administração Pública. 
O caput do art. 37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, a famosa LIMPE. 
Antes de mais nada é necessário falar de dois princípios que regem a Administração Pública de forma 
geral, são eles o princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do 
interesse público. 
 
Princípio da Supremacia Do Interesse Público 
 
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo 
conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá. 
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o somatório dos interesses individuais desde que 
represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade. 
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um 
todo. Já o interesse público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurídica, titular de 
direitos e obrigações, em suma, é vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse público 
PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se confundem. 
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não contrariar nenhum interesse público 
PRIMÁRIO. E, ao menos indiretamente, possibilite a concretização da realização de interesse público 
PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção. 
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando a 
existência das prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à Administração Pública para que esta 
esteja apta a atingir os fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis. 
O ordenamento jurídico determina que o Estado-Administração atinja uma gama de objetivos e fins e 
lhe confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da Supremacia do 
Interesse Público, fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes especiais para obtenção 
dos fins estabelecidos na lei. 
 
1 http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=11022&n_link=revista_artigos_leitura 
A Administração Pública: Princípios Básicos da Administração Pública. 
 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 2 
O princípio comentado não está expresso em nosso ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, 
dele, porém tal princípio encontra-se em diversos institutos do Direito Administrativo. Vejamos alguns 
exemplos práticos: 
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º, XXII), mas com base no princípio da 
Supremacia do Interesse Público, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade, 
requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à propriedade. 
- a Administração e o particular podem celebrar contratos administrativos, mas esses contratos 
preveem uma série de cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, modificar 
ou rescindir unilateralmente tal contrato. 
- o poder de polícia administrativa que confere à Administração Pública a possibilidade, por exemplo,de determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da noite com o 
objetivo de diminuir a violência. 
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades cometidas em nome do aludido princípio, já 
existem vozes na doutrina proclamando a necessidade de se pôr fim a este, através da Teoria da 
Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá o 
problema da falta de probidade de nossos homens públicos. Como afirma a maioria da doutrina, o 
princípio da Supremacia do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da Administração, 
devendo ser aplicado de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve 
ser provocado para corrigi-lo. 
 
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
 
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-administrativo, funcionando como contrapeso ao 
princípio da Supremacia do Interesse Público. 
Ao mesmo tempo em que a Administração tem prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus 
fins determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não existem para o particular. Essas 
limitações decorrem do fato de que a Administração Pública não é proprietária da coisa pública, não é 
proprietária do interesse público, mas sim, mera gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao 
povo. 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. 
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempre que estiver em 
jogo o interesse público. Exemplos da utilização deste princípio na prática: 
- os bens públicos não são alienados como os particulares, havendo uma série de restrições a sua 
venda. 
- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia licitação, por estar em jogo o interesse 
público. 
- necessidade de realização de concurso público para admissão de cargo permanente. 
Sem prejuízo, voltamos a frisar que a Administração Pública deverá se pautar principalmente nos cinco 
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência. 
 
Dica de memorização: se unirmos as iniciais dos principais princípios constitucionais, chegaremos 
à palavra mnemônica “L.I.M.P.E.” 
 
Vejamos o que prevê a Carta Magna sobre o tema: 
 
CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 3 
Princípio da Legalidade 
 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o 
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 
5º, II, da Constituição Federal de 1988. 
 
Princípio da Impessoalidade 
 
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. 
Este princípio estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução 
das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não 
o interesse particular. 
De acordo com os ensinamentos de Di Pietro2, o princípio da impessoalidade estaria intimamente 
relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora: 
“A Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez 
que é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento” 
 
Em interessante constatação, se todos são iguais perante a lei (art. 5º, caput) necessariamente o serão 
perante a Administração, que deverá atuar sem favoritismo ou perseguição, tratando a todos de modo 
igual, ou quando necessário, fazendo a discriminação necessária para se chegar à igualdade real e 
material. 
Nesse sentido podemos destacar como um exemplo decorrente deste princípio a regra do concurso 
público, onde a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego. 
 
Princípio da Moralidade Administrativa 
 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com 
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador 
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas 
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem 
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras 
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a 
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo 
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. 
Por fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem 
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções 
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para 
favorecimento de outrem. 
 
Princípio da Publicidade 
 
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração 
Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. 
De acordo com as lições do eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles3: 
“O princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos 
externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em geral, através 
dos meios constitucionais...” 
 
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
 
2 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31ªEdição, 2018 
3 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 4 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº 
12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do 
art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; 
revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e 
dá outras providências). 
Os remédios constitucionaisdo habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel 
enquanto garantias de concretização da transparência. 
 
Princípio da Eficiência 
 
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37 CF/88 é o da eficiência. 
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade, na administração outro não poderia 
ser o caminho, enaltecido pela Emenda Constitucional n. 19/98, que fixou a eficiência também para a 
Administração Pública. 
 
De acordo com os ensinamentos de Meirelles4, o princípio da eficiência: 
“Impõe a todo agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. 
É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada 
apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento 
das necessidades da comunidade e de seus membros”. 
 
Outrossim, DI PIETRO5 explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: 
“O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao 
modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas 
atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar 
a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação 
do serviço público.”. 
 
Por sua atualidade merece especial referência a questão do nepotismo, ou seja, a designação de 
cônjuge, companheiro e parentes para cargos públicos no órgão. A lei proíbe o nepotismo direto, aquele 
em que o beneficiado deve estar subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo grau civil, 
por consanguinidade (pai, mãe, avós, irmãos, filhos e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, 
cunhados, enteados e filhos dos enteados). 
O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por meio da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe 
o nepotismo em todas as entidades da Administração direta e indireta de todos os entes federativos, 
enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas para a Administração direta, às autarquias e fundações da 
União; estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que alcançava apenas os 
parentes de segundo grau; e proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em que o agente público 
utiliza sua influência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em cargo em 
comissão ou de confiança ou função gratificada não subordinada diretamente a ele. 
A vedação do nepotismo representa os princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e 
isonomia, de acordo com o decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 12). A partir de 
agora, temos a palavra da Suprema Corte, dizendo que o nepotismo ofende os princípios republicanos, 
previstos nos arts. 5º e 37 da Constituição Federal. 
 
Princípio da autotutela 
 
Como o Poder Público está submetido a lei, sua atuação é voltada ao controle de legalidade e quando 
esse poder é exercido pela própria Administração, esses atos são denominados de autotutela. 
A autotutela permite que o Poder Público anule ou revogue seus atos administrativos, quando forem 
inconvenientes com a lei. Para tanto, não será necessária a intervenção do Poder Judiciário. 
Impõe-se a Administração Pública o zelo pela regularidade de sua atuação (dever de vigilância), ainda 
que para tanto não tenha sido provocada. 
Essa forma de controle interno se dá em dois momentos: com a anulação de atos ilegais e contrários 
ao ordenamento jurídico, e a revogação de atos em confronto com os interesses da Administração, cuja 
manutenção se afigura inoportuna e inconveniente. 
 
4 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2002. 
5 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31ªEdição, 2018. 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 5 
No entanto, essa autotutela apresenta algumas limitações objetivas e subjetivas, decorrentes do 
princípio da segurança jurídica. 
 
Segundo MADAUAR6 o princípio da autotutela administrativa se apresenta: 
“Em virtude desse princípio, a Administração deve zelar pela legalidade de seus atos e condutas e 
pela adequação deles ao interesse público. Se a Administração verificar que atos e medidas contêm 
ilegalidades, poderá anulá-los por si própria; se concluir no sentido da inoportunidade e inconveniência, 
poderá revogá-los. 
 
Importante destacar a Súmula no 473 do STF, que consolida nosso estudo: “A administração pode 
anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. 
 
Princípio da Igualdade 
 
Também conhecido como Princípio da Isonomia, considera que a Administração Pública deve se 
preocupar em tratar igualmente as partes no processo administrativo, sem que haja discriminações não 
permitidas. 
O objetivo é tratar o administrado com urbanidade, com equidade, com congruência. 
No processo administrativo, busca-se uma decisão legal e justa, pois se deve tratar igualmente os 
iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades. 
 
Princípio da Finalidade 
 
A Administração Pública deve satisfazer a pretensão do interesse público, caso não seja satisfeita a 
vontade, leva-se à invalidade do ato praticado pelo administrador. 
A finalidade7 da atuação da Administração situa-se no atendimento do interesse público e o 
desvirtuamento dessa finalidade suscita o vício do desvio de poder ou desvio de finalidade. 
Por exemplo, uma passeata de interesse coletivo, autorizadas pela Administração Pública, poderá ser 
dissolvida, se tornar-se violenta, a ponto de causarem problemas à coletividade (desvio da finalidade). 
 
Princípio da Motivação 
 
A motivação é um dos critérios entre a discricionariedade e a arbitrariedade, levando-se a conclusão 
de que o que não é motivado é arbitrário. 
Segundo Bandeira de Mello8 nos seguintes termos: 
“Dito princípio implica para a Administração o dever de justificar seus atos, apontando-lhes os 
fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações que deu 
por existentes e a providência tomada, nos casos em que este último aclaramento seja necessário para 
aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei que lhe serviu de arrimo”. 
Por ele, a autoridade administrativa deve demonstrar as razões que permitiram tomar determinada 
decisão. A motivação é a exigência do Estado de Direito. Sem a explicitação dos motivos fica difícil aferir 
a correção do que foi decidido. A falta de motivação no ato discricionário é o que permite a ocorrência de 
desvio de poder e até mesmo de abuso, devido a impossibilidade de controle judicial, pois como dito 
anteriormente, a motivação é o que permite aferir a intenção do agente. 
 
Princípio da Segurança Jurídica 
 
O Estado como garantidor deve conceder segurança jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de 
demonstrar que embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o controle da utilização deste 
poder. 
A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos naturais, como por exemplo, direito à 
liberdade, à vida, à propriedade, entre outro. 
Em sentido amplo ela refere-se ao sentido geral de garantia, proteção, estabilidade de situação ou 
pessoa em vários campos. Devemos pensar que em sentido amplo está ligada à garantia real de direitos 
 
6 MEDAUAR, Odete, Direito Administrativo Moderno, 21ª edição,2018 
7 Idem 
8 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio, Curso de Direito Administrativo, 29ºEdição, 2012. 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 6 
que possuem amparo naConstituição Federal, como por exemplo os que são reconhecidos pelo artigo 
5º, do citado diploma legal. 
Em sentido estrito, a segurança jurídica assume o sentido de garantia de estabilidade e de certeza dos 
negócios jurídicos, admite que as pessoas saibam previamente que, uma vez envolvidas em certa 
relação jurídica, está se mantém estável, mesmo se alterar a base legal sob a qual se institui. 
Não permite que os envolvidos sofram alterações em razão de constante mudança legislativa. É mais 
voltada ao aspecto formal, típico do Estado de Direito Liberal e característico dos sistemas jurídicos 
positivados, reconhecendo o momento exato em que uma lei entra em vigor e quando pode ser revogado. 
 
Princípio da Continuidade do Serviço Público 
 
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez que os serviços essenciais não podem ser 
interrompidos. 
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é 
um dos doutrinadores que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O serviço público 
deve ser prestado de maneira continua, o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre 
pela própria importância de que o serviço público se reveste, o que implica ser colocado à disposição do 
usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade"... "Essa continuidade 
afigura-se em alguns casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer abrandamento, como ocorre 
com serviços que atendem necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de água, gás, 
eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da 
cessação indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais cabíveis, até as de rito mais célere, 
como o mandado de segurança e a própria ação cominatória". 
 
Princípio da Probidade 
 
Consiste na honradez, caráter íntegro, honestidade. Configura a retidão no agir, permitindo uma 
atuação na administração de boa qualidade. . 
 
Questões 
 
01. (USP - Agente Técnico de Assistência à Saúde (Psicólogo) – USP/2017). Um servidor público 
utiliza sua verba de representação ou cartão corporativo em negócios não previstos à sua condição de 
pessoa pública ou do exercício profissional. Com base nestas informações, os princípios de 
Administração Pública atingidos são: 
(A) Legalidade e publicidade. 
(B) Moralidade e impessoalidade 
(C) Impessoalidade e publicidade. 
(D) Moralidade e legalidade 
 
02. (SEDF - Conhecimentos Básicos - CESPE/2017). Em relação aos princípios da administração 
pública e à organização administrativa, julgue o item que se segue. 
O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver determinado, ciente de que 
desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o princípio da indisponibilidade do 
interesse público. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
03. (MPE/RN - Técnico do Ministério Público Estadual - COMPERVE/2017). A Administração 
Pública, nos termos do art. 37 da Constituição Federal (CF), deve obedecer a certos princípios. Tendo 
em vista os princípios constitucionais expressos no art. 37, da CF, 
(A) a moralidade administrativa, embora seja observada por grande parte dos administradores, não se 
configura um princípio positivado no ordenamento jurídico brasileiro. 
(B) a publicação do nome dos servidores públicos com seus respectivos vencimentos em sítios 
eletrônicos, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é legítima, haja vista o princípio 
da publicidade dos atos administrativos. 
 
 
1516660 E-book gerado especialmente para ANA MARIA MAGALHAES DE ALMEIDA
 
. 7 
(C) o princípio da legalidade determina que a Administração Pública não pode ser obrigada a fazer ou 
a deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. 
(D) o princípio da impessoalidade, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, 
possibilita a contratação de parentes de terceiro grau da autoridade nomeante para o exercício de cargo 
em comissão. 
 
04. (Prefeitura de Belo Horizonte /MG - Procurador Municipal – CESPE/2017). A respeito dos 
princípios aplicáveis à administração pública, assinale a opção correta. 
(A) Dado o princípio da autotutela, poderá a administração anular a qualquer tempo seus próprios atos, 
ainda que eles tenham produzido efeitos benéficos a terceiros. 
(B) Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da eficiência não é aplicado, por faltar-lhe 
regulamentação legislativa. 
(C) Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito 
de petição aos órgãos da administração pública. 
(D) O princípio da autoexecutoriedade impõe ao administrador o ônus de adequar o ato sancionatório 
à infração cometida. 
 
05. (IF Sul/MG - Assistente em Administração - IFSUL-MG/2016). A divulgação oficial do ato da 
Administração para ciência do público em geral, com efeito de início da atuação externa, ou seja, de gerar 
efeitos jurídicos, corresponde à qual Princípio da Administração Pública, conforme Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988? 
(A) Princípio da Moralidade. 
(B) Princípio da Legalidade. 
(C) Princípio da Publicidade. 
(D) Princípio da Impessoalidade. 
 
06. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - CESPE/2016). A respeito dos princípios da 
administração pública, assinale a opção correta. 
(A) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, aplicando-se 
esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial. 
(B) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, mediante 
institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas. 
(C) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo 
anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder 
Judiciário. 
(D) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela 
instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. 
(E) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os fundamentos 
de fato e de direito de suas decisões. 
 
07. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - CESPE/2016). A respeito dos princípios da 
administração pública, assinale a opção correta. 
(A) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos 
administrativos. 
(B) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do interesse 
público equivalem-se. 
(C) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência. 
(D) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público. 
(E) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência. 
 
08. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - CESPE/2016). Assinale a opção correta a 
respeito dos princípios da administração pública. 
(A) O princípio da eficiência deve ser aplicado prioritariamente, em detrimento do princípio da 
legalidade, em caso de incompatibilidade na aplicação de ambos. 
(B) Os institutos do impedimento e da suspeição no âmbito do direito administrativo são importantes 
corolários do princípio da impessoalidade. 
(C) A administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à aplicação do princípio da 
supremacia do interesse público em detrimento do princípio da legalidade. 
 
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. 8 
(D) A publicidade, princípio basilar da administração pública, não pode sofrer restrições. 
(E) A ofensa ao princípio da moralidade pressupõe afronta também ao princípio da legalidade. 
 
09. (TCE/PR - Analista de Controle - CESPE/2016). O princípio da proteção à confiança da 
administração pública 
(A) determinaque a administração pública atenda apenas ao que a lei impõe. 
(B) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões administrativas, 
possibilitando a criação de obrigações para o particular. 
(C) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica. 
(D) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da administração pública. 
(E) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
 
10. (IF/AP - Contador - FUNIVERSA/2016). Os princípios que regem a Administração Pública podem 
ser divididos em dois grupos: os expressos e os implícitos ou reconhecidos. A propósito desse assunto, 
assinale a alternativa correta. 
(A) A CF, no caput do art. 37, estabelece, de forma expressa, alguns princípios básicos. São eles: 
legalidade, impessoalidade, moralidade, supremacia do interesse público, publicidade e eficiência. 
(B) Os princípios da proporcionalidade, da indisponibilidade, da autotutela e da eficiência são princípios 
implícitos ou reconhecidos. 
(C) Prevê-se, expressamente, que a Administração Pública seja regida pelos princípios da legalidade, 
moralidade, economicidade, publicidade e impessoalidade. 
(D) De acordo com o princípio da legalidade, os agentes públicos têm autonomia de vontade, ou seja, 
possuem liberdade para fazer o que for necessário, desde que não haja proibição legal. 
(E) O princípio da moralidade administrativa impõe ao agente administrativo a observância dos 
princípios éticos, da boa-fé e da lealdade, e não apenas a conformidade com a norma jurídica. 
 
11. (UFCG - Administrador – UFCG/2016). Ao exercício da Administração Pública cabe obedecer aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Assim, pode-se dizer que: 
(A) O princípio da legalidade classifica atos configuradores de improbidade na administração pública, 
aos que importam em enriquecimento ilícito, aos que violam os princípios constitucionais, e aos que 
causam prejuízo ao erário. 
(B) O princípio da impessoalidade determina a observância do critério da divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição. 
(C) O princípio da moralidade estabelece o concurso público como requisito obrigatório para 
investidura em cargo ou emprego público, ressalvadas as nomeações para cargos comissionados. 
(D) O princípio da publicidade exige observâncias as normas legais e regulamentares, bem como aos 
atos praticados visando a fim proibido em lei ou regulamento. 
(E) O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza e 
rendimento funcional, agregando as atividades desempenhadas pela legalidade, como também 
resultados positivos para o serviço público. 
 
12. (Prefeitura de Juiz de Fora/MG - Auditor Fiscal – AOCP/2016). Sobre o Princípio da Motivação, 
é lícito afirmar que ele 
(A) obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam sempre 
motivados a atender o interesse público. 
(B) garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular os ilegais e 
revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário 
(C) obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios 
administrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente 
(D) determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que 
embasaram sua decisão ou ato praticado. 
(E) decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obrigada a dar 
publicidade de seus atos. 
 
 
 
 
 
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. 9 
13. (Prefeitura de Fronteira/MG - Advogado – MÁXIMA/2016). Sobre os princípios informativos da 
atuação administrativa assinale a alternativa CORRETA: 
(A) O princípio da legalidade não pode sofrer restrições, nem mesmo no caso de estado de sítio e 
estado de defesa. 
(B) Segundo a súmula vinculante nº 13 a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e 
indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Essa súmula é a 
materialização do princípio da impessoalidade. 
(C) O princípio da indisponibilidade do interesse público estabelece as sujeições a que se submete o 
administrador público e representa a proibição da renúncia ao interesse público. 
(D) Apenas deverão observar os princípios administrativos expressos na Constituição Federal a 
administração pública direta da União, Estados e Municípios. 
 
14. (UFCG - Assistente em Administração – UFCG/2016). O Princípio da Publicidade exige uma 
atividade administrativa transparente ou visível para garantir que o administrado tome conhecimento dos 
comportamentos administrativos do Estado. Sobre esse princípio é correto afirmar: 
(A) Jamais se admite qualquer espécie de sigilo no exercício de funções administrativas. 
(B) Todos os atos administrativos devem ser escritos e sua eficácia é sempre condicionada à 
publicação no Diário Oficial da União. 
(C) Pode o administrador público, em situações específicas, excetuar a aplicação do princípio da 
publicidade. 
(D) O princípio da publicidade não pode admitir exceções. 
(E) Não pode haver sigilo de informações administrativas, mesmo quando tal for imprescindível à 
segurança do Estado e da sociedade. 
 
15. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Assistente Técnico Legislativo - Inspetor de 
Segurança - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ). O princípio segundo o qual o administrador público 
não deve dispensar os preceitos éticos, que devem estar presentes em sua conduta, é o da: 
(A) publicidade 
(B) legalidade 
(C) impessoalidade 
(D) moralidade 
 
16. (Câmara Municipal de Jaboticabal/SP - Assistente Administrativo Jurídico – VUNESP). Entre 
os princípios constitucionais consagrados à Administração Pública, aquele que é específico do Estado de 
Direito, que o qualifica e que lhe dá a identidade própria, é o da 
(A) impessoalidade. 
(B) legalidade. 
(C) moralidade. 
(D) publicidade. 
 
Gabarito 
 
01.D/ 02.Certo/ 03.B/ 04.C/ 05. C/06.B/ 07.C/ 08. B/ 09.C/ 10.E/ 11.E/ 12.D/ 13.C/ 14.C/ 15.D/ 16.B. 
 
Comentários 
01. Resposta: D 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o 
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 
5º, II, da Constituição Federal de 1988. 
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. 10 
De acordo com o princípio da moralidade administrativa, a Administração deve agir com boa-fé, 
sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público de 
observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos 
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
 
02. Resposta: certo 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei.A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. 
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempre que estiver em 
jogo o interesse público. 
 
03. Resposta: B 
Informativo 782 STF 
É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes 
de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. 
 
04. Resposta: C 
Através do Princípio da Publicidade, os particulares tem o direito de receber dos órgãos públicos 
informações, pedir certidões, o que não é conseguido com facilidade na Administração. O habeas data é 
um dos remédios constitucionais para esse caso. 
 
05. Resposta: C 
Constituição Federal 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
06. Resposta: B 
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo, 2014. pp. 71-72: 
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha 
funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. Dele decorrem consequências 
importantes: 
Necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para preencher as funções 
públicas temporariamente vagas;” 
 
07. Resposta: C 
Constituição Federal 
Art.37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. (LIMPE) 
 
08. Resposta: B 
Devemos ter em mente que não há relação de hierarquia ou subordinação entre os princípios. 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da impessoalidade “traduz a ideia de que a 
Administração tem de tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 
Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou 
ideológicas não podem interferir na atuação administrativa”. E completa: “o princípio em causa não é 
senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia”. 
 
09. Resposta: C 
O princípio da segurança jurídica deve ser visto com base em dois sentidos: 
1. natureza objetiva: diz respeito à estabilização do ordenamento jurídico, a partir do respeito ao direito 
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada; 
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. 11 
2. natureza subjetiva: diz respeito à proteção da confiança do cidadão frente às expectativas geradas 
pela Administração Pública. 
 
10. Resposta: E 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com boa-
fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público 
de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos 
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
 
11. Resposta: E 
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo 
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno 
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, 
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da 
comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros, 2005). 
 
12. Resposta: D 
A motivação consiste na declaração escrita, com relação ao motivo que determinou a prática do ato. 
É a demonstração, por escrito, de que os pressupostos autorizadores da prática do ato realmente estão 
presentes, isto é, de que determinado fato aconteceu e de que esse fato se enquadra em uma norma 
jurídica que impõe ou autoriza a edição do ato administrativo que foi praticado. 
 
13. Resposta: C 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. 
 
14. Resposta: C 
Art. 5º, CF: 
( ) 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
 
15. Resposta: D 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, o princípio da moralidade 
impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua 
conduta. Deve não só averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, mas 
também distinguir o que é honesto do que é desonesto.” (, 16ª Ed. pág. 20). 
 
16. Resposta: B 
Segundo Alexandre Mazza, Inerente ao Estado de Direito, o princípio da legalidade representa a 
subordinação da Administração Pública à vontade popular. O exercício da função administrativa não pode 
ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar 
a vontade da lei. 
 
 
 
PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Poderes da Administração Pública 
 
O poder administrativo representa uma prerrogativa especial de direito público (conjunto de normas 
que disciplina a atividade estatal) outorgada aos agentes do Estado, no qual o administrador público para 
exercer suas funções necessita ser dotado de alguns poderes. 
Poderes Administrativos. 
 
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. 12 
Esses poderes podem ser definidos como instrumentos que possibilitam à Administração cumprir com 
sua finalidade, contudo, devem ser utilizados dentro das normas e princípios legais que o regem. 
Vale ressaltar que o administrador tem obrigação de zelar pelo dever de agir, de probidade, de prestar 
contas e o dever de pautar seus serviços com eficiência. Mas o que seria cada um desses deveres? 
 
- Dever de Agir: O administrador público tem o dever de agir, ele tem por obrigação exercitar esse 
poder em benefício da comunidade. Esse poder é irrenunciável. Ex.: O prefeito da cidade “X” não pode 
deixar de praticar atos de seu dever funcional (zelar pelo meio ambiente, promover limpeza da cidade, 
saneamento básico etc.). 
- Dever de Probidade: A probidade é um elemento essencial na conduta do agente público necessária 
à legitimidade (validade) do ato administrativo. O administrador ao desempenhar suas atividades deve 
atuar em consonância (harmonia) com os princípios da moralidade e da honestidade. É um dever pautado 
na ética e moral. 
Em contrapartida, a improbidade relaciona-se ao ato praticado pelo administrador que importa 
enriquecimento ilícito; lesão ao erário; ato decorrente de concessão ou aplicação indevida de benefício 
financeiro ou tributário e aos atos que atenta contra os princípios da administração pública. 
Importante ressaltar que a Administração poderá invalidar o ato administrativo praticado com lesão aos 
bens e interesses da coletividade. 
- Dever de Prestar Contas: É dever de todo administrador públicoprestar contas em decorrência da 
gestão de bens e interesses alheios, nesse caso, de bens e interesses coletivos. Ex. a cidade “X” recebe 
verba destinado à saúde, sendo assim terá que ter uma prestação de contas por parte do responsável 
para falar o seguinte, olha eu gastei “Y” com cirurgias, “Z” com insumos e assim por diante. 
- Dever de Eficiência: Cabe ao agente público realizar suas atribuições com presteza, perfeição e 
rendimento funcional. 
 
Características e Subcaracterísticas dos Poderes Administrativos 
 
Características 
a) Obrigatoriedade: o administrador deve exercer os poderes obrigatoriamente, ou seja, o poder não 
tem o exercício facultativo, não cabe ao administrador exercer juízo de valor sobre o exercício ou não do 
poder. 
b) Irrenunciabilidade: se o administrador público tem o dever de exercer o poder, ele não pode 
renunciá-lo, já que essa atividade gerará benefícios para o bem comum. Fica mais claro quando 
comparamos determinada situação, por ex. o particular tem o “poder de agir” facultativo, realiza a 
atividade se quiser ou não, diferente quando o assunto é a atividade realizada pelo administrador público, 
onde esse tem a obrigação de exercê-la. 
Destacando que, se a Administração Pública deixar de exercê-lo haverá responsabilização por parte 
do agente público; 
c) Limitação legal: embora seja um poder irrenunciável e seu exercício seja obrigatório, o 
administrador deve agir dentro dos limites legais, cumprir exatamente com o que a lei determina, sob 
pena de ser responsabilizado. 
 
Subcaracterísticas 
a) Necessidade: o administrador deve, antes de agir, verificar se o ato é realmente necessário. 
Ex.: 1º Determinada escola não cumpre com as regras de acessibilidade. É necessário fechá-la por 
isso? Cidade X fará aniversário e a prefeitura realizará festa comemorativa. É necessário contratar cantor 
famoso? 
Tais decisões são de caráter subjetivo, tendo em vista a análise do gestor público da real necessidade 
em agir, no entanto, cumpre ressaltar que em toda decisão administrativa deve ser demonstrada a sua 
necessidade. 
b) Proporcionalidade: o ato deve ser proporcional à situação. Ato proporcional é a determinação de 
adequação. 
c) Adequação: proporcionalidade e adequação caminham juntas, por isso muitas vezes se 
confundem. O agente público somente age nos limites da lei quando suas ações são pautadas por essas 
três subcaracterísticas (necessidade, proporcionalidade e adequação). A ausência de uma ou mais 
implica em excesso de poder, que resulta em responsabilização. 
 
 
 
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. 13 
Espécies de Poderes 
 
Poder Vinculado: quando o poder é vinculado, o administrador não tem possibilidade de exercer juízo 
de valor, ou seja, não tem campo de discricionariedade. Ocorre quando a lei determinada que se atue de 
determinada forma, não dando escolha para o agente. 
Ex.: licença para construir. Se um cidadão cumpre com todos os requisitos legais, a licença deve ser 
concedida, assim a concessão da licença é ato vinculado, não cabendo ao agente público deixar de 
concede-la. Também é exemplo de poder vinculado, o poder que tem o agente público de instaurar 
processo administrativo para averiguação de irregularidades cometidas por um servidor. 
 
Poder Discricionário: contrariamente ao poder vinculado, o poder discricionário é aquele em que o 
agente público pode exercer juízo de valor, ou seja pode analisar a conveniência e a oportunidade do ato 
a ser praticado. Embora haja esse grau de liberdade, o poder discricionário também é delimitado pela lei, 
porque é a própria lei que confere esse poder ao administrador público. 
São exemplos de poder discricionário: a nomeação para cargo em comissão, uma vez que o 
administrador irá nomear aquele que é de sua confiança. Também é exemplo de poder discricionário a 
aplicação de penalidades. Acima vimos que a instauração do processo administrativo é poder vinculado. 
Uma vez sendo verificado o ilícito, o agente que assim atuou deve ser punido. No mais a lei confere 
algumas espécies de sanções, então, cabe ao administrador, de acordo com o juízo de conveniência e 
oportunidade, escolher qual punição será aplicada. 
 
Questões 
 
01. (DPE/RS - Defensor Público - FCC) Sobre os poderes administrativos, é correto afirmar: 
(A) Os atos administrativos decorrentes do exercício do poder discricionário não são passíveis de 
apreciação judicial. 
(B) A possibilidade de o administrador interpretar a lei equivale ao exercício do poder administrativo 
discricionário. 
(C) O poder administrativo discricionário pressupõe que a norma legal apresente conceitos jurídicos 
indeterminados, mas determináveis. 
(D) A doutrina dos motivos determinantes estabelece que o administrador deve enunciar os motivos 
de fato que ensejaram o ato administrativo discricionário. 
(E) O motivo, como pressuposto do ato administrativo decorrente do poder discricionário, poderá vir 
expresso em lei ou deixado à escolha do administrador. 
 
02. (TJ/RJ- Analista Judiciário - FGV) Prefeito municipal praticou ato administrativo escolhendo, por 
meio de critérios de oportunidade e conveniência, quais ruas da cidade serão asfaltadas nos próximos 
meses. Foi-lhe permitido estabelecer tais prioridades a partir do poder administrativo: 
(A) vinculado; 
(B) hierárquico; 
(C) normativo; 
(D) discricionário; 
(E) regulamentar. 
Gabarito 
 
01.E / 02.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: E 
O poder discricionário é aquele que, editado debaixo da lei, confere ao administrador a liberdade para 
fazer um juízo de conveniência e oportunidade. Assim, tem-se que o motivo é o porquê daquele ato 
administrativo ser praticado, podendo estar tanto expresso na lei ou ser deixado á escolha do 
administrador. 
 
02. Resposta: D 
A questão trata do poder discricionário onde estão presentes os critérios de conveniência e 
oportunidade, isto é, há certa margem de liberdade quando da atuação do prefeito em escolher quais ruas 
seriam asfaltadas nos próximos meses. 
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. 14 
Poder Hierárquico: a Administração Pública é hierarquizada, ou seja, existe um escalonamento de 
poderes entre as pessoas e órgãos. É pelo poder hierárquico que, por exemplo, um servidor está obrigado 
a cumprir ordem emanada de seu superior desde que não sejam manifestamente ilegais. É também esse 
poder que autoriza a delegação, a avocação, etc. 
A lei é quem define as atribuições dos órgãos administrativos, bem como cargos e funções, de forma 
que haja harmonia e unidade de direção. Percebam que o poder hierárquico vincula o superior e o 
subordinado dentro do quadro da Administração Pública. 
 
Compete ainda a Administração Pública: 
a) editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções), que tenham como objetivo ordenar a 
atuação dos órgãos subordinados, pois refere-se a atos normativos que geram efeitos internos e não 
devem ser confundidas com os regulamentos, por serem decorrentes de relação hierarquizada, não se 
estendendo a pessoas estranhas; 
b) dar ordens aos subordinados, com o dever de obediência, salvo para os manifestamente ilegais; 
c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, com o objetivo de verificar a legalidade de seus atos e o 
cumprimento de suas obrigações, permitindo anular os atos ilegais ou revogar os inconvenientes, seja 
ex. officio (realiza algo em razão do cargo sem nenhuma provocação) ou por provocação dos 
interessados, através dos recursos hierárquicos; 
d) aplicar sanções em caso de cometimento de infrações disciplinares; 
e) avocar atribuições, caso não sejam de competência exclusiva do órgão subordinado; 
f) delegação de atribuições que não lhe sejam privativas. 
 
Podemos perceber que a relação hierárquica é acessória da organização administrativa, permitindo a 
distribuição de competências dentro da organização administrativa. 
Exemplo: quando a própria lei atribui uma competência,com exclusividade, a alguns órgãos 
administrativos, principalmente os colegiados, excluindo a influência de órgãos superiores. 
 
A relação hierárquica encontra-se da seguinte forma: 
- gradua a competência de cada um; 
- coordena relações; 
- subordina uns aos outros; e 
- é uma relação estabelecida entre órgãos. 
 
Com base nestas peculiaridades, poder hierárquico pode ser definido como o vínculo que subordina 
uns aos outros órgãos do Poder Executivo, ponderando a autoridade de cada um. 
 
Di Pietro9: “Nos Poderes Judiciário e Legislativo não existe hierarquia no sentido de relação de 
coordenação e subordinação, no que diz respeito às suas funções institucionais. No primeiro, há uma 
distribuição de competências entre instâncias, mas uma funcionando com independência em relação à 
outra; o juiz da instância superior não pode substituir-se ao da instância inferior, nem dar ordens ou 
revogar e anular os atos por este praticados. Com a aprovação da Reforma do Judiciário pela Emenda 
Constitucional nº 45/2004, cria-se uma hierarquia parcial entre o STF e todos os demais órgãos do Poder 
Judiciário, uma vez que suas decisões sobre matéria constitucional, quando aprovadas como súmulas, 
nos termos do artigo 103-A, introduzido na Constituição, terão efeito vinculante para todos. O mesmo 
ocorrerá com as decisões definitivas proferidas em ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações 
declaratórias de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual (art. 102, § 2º). No 
Legislativo, a distribuição de competências entre Câmara e Senado também se faz de forma que haja 
absoluta independência funcional entre uma e outra Casa do Congresso.” 
 
Ressaltando por fim que, mediante decreto, será de competência do Presidente da República (art. 84 
CF/88) versar sobre a organização e funcionamento da Administração Pública Federal, mas caso implicar 
o aumento das despesas ou até mesmo na criação e extinção de órgãos públicos, será mediante lei. 
 
 
 
 
 
 
9 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ªed. São Paulo: Atlas, 2014. 
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Questões 
 
01. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde Suplementar - FUNCAB/2016) No tocante aos poderes 
administrativos pode-se afirmar que a delegação e avocação decorrem do poder: 
(A) hierárquico. 
(B) discricionário. 
(C) disciplinar. 
(D) regulamentar. 
(E) de polícia. 
 
02. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB). Delegação e avocação são institutos relacionados ao 
poder interno e permanente da Administração Pública denominada: 
(A) disciplinar. 
(B) restritivo. 
(C) policial. 
(D) consultivo. 
(E) hierárquico. 
 
03. (Câmara Municipal de Caruaru/PE - Analista Legislativo - FGC) A Administração Pública 
escalona, em plano vertical, seus órgãos e agentes com o objetivo de organizar a função administrativa, 
por meio do poder 
(A) disciplinar. 
(B) de polícia. 
(C) regulamentar. 
(D) hierárquico. 
(E) vinculado. 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.E / 03.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
O poder hierárquico é aquele conferido à autoridade administrativa para distribuir e escalonar funções 
de seus órgãos, estabelecendo uma relação de coordenação e subordinação entre os servidores sob sua 
chefia. Essa relação de subordinação (hierarquia) acarreta algumas consequências, como o dever de 
obediência dos subordinados, a possibilidade de o superior delegar ou avocar atribuições e, também, a 
de rever os atos dos seus subordinados. 
 
02. Resposta: E 
A avocação e a delegação são institutos que nascem do Poder Hierárquico: 
a. Avocação: trata-se de forma de concentração de competência, na medida que o agente público 
chama para si a competência de um subordinado. No Brasil, existe apenas a avocação vertical (de cima 
para baixo). Tal espécie de avocação depende do vínculo de subordinação. 
b. Delegação: trata-se de forma de distribuição de competência. O agente delega parte de sua 
competência a um subordinado ou não subordinado, portanto, diferentemente da avocação, a delegação 
não depende do vínculo de subordinação. É o caso, por exemplo, do oficial de justiça que cumpre os 
mandados do colega que está de férias. 
 
03. Resposta: D 
É o de que dispõe o Executivo para distribuição e escalonamento das funções de seus órgãos, ordenar 
e rever a atuação de seus agentes estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu 
quadro de pessoal. 
 
Poder Disciplinar: para que a Administração possa se organizar é necessário que haja a possibilidade 
de aplicar sanções aos agentes que agem de forma ilegal. A aplicação de sanções para o agente que 
infringiu norma de caráter funcional é exercício do poder disciplinar. Não se trata aqui de sanções penais 
e sim de penalidades administrativas como advertência, suspensão, demissão, entre outras. 
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. 16 
Estão sujeitos às penalidades os agente públicos quando praticarem infração funcional, que é aquela 
que se relaciona com a atividade desenvolvida pelo agente. 
Acima vimos que a aplicação de sanção é ato discricionário, ou seja, cabe ao administrador público 
verificar qual a sanção mais oportuna e conveniente para ser aplicada ao caso concreto. Para tanto ele 
deve considerar as atenuantes e as agravantes, a natureza e a gravidade da infração, bem como os 
prejuízos causados e os antecedentes do agente público. 
É necessário que a decisão de aplicar ou não a sanção seja motivada para que se possa controlar sua 
regularidade. 
 
Questões 
 
01. (MPE/RN -Técnico do Ministério Público Estadual - COMPERVE/2017) Os poderes inerentes à 
Administração Pública são necessários para que ela sobreponha a vontade da lei à vontade individual, o 
interesse público ao privado. Nessa perspectiva, 
(A) no exercício do poder disciplinar, são apuradas infrações e aplicadas penalidades aos servidores 
públicos sempre por meio de procedimento em que sejam asseguradas a ampla defesa e o contraditório. 
(B) no exercício do poder normativo, são editados decretos regulamentares estabelecendo normas 
ultra legem, inovando na ordem jurídica para criar direitos e obrigações. 
(C) o poder de polícia, apesar de possuir o atributo da coercibilidade, carece do atributo da 
autoexecutoriedade, de modo que a Administração Pública deve sempre recorrer ao judiciário para 
executar suas decisões. 
(D) o poder conferido à Administração Pública é uma faculdade que a Constituição e a lei colocam à 
disposição do administrador, que o exercerá de acordo com sua livre convicção. 
 
02. (PC/PE - Delegado de Polícia - CESPE/2016) Acerca dos poderes e deveres da administração 
pública, assinale a opção correta. 
(A) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso de poder: o agente público poderá impor 
medidas coativas a terceiros somente se autorizado pelo Poder Judiciário. 
(B) À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar penalidades a 
pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores públicos. 
(C) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para escolher aspectos do ato administrativo 
com base em critérios de conveniência e oportunidade; não é um poder autônomo, devendo estar 
associado ao exercício de outro poder. 
(D) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma relação de coordenação e subordinação entre 
os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar atribuições. 
(E) O dever de prestar contas aos tribunais de contas é específico dos servidores públicos; não é 
aplicável a dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por convênio. 
 
03. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB) A aplicação da penalidade de demissão a um servidor 
público exemplifica o exercício de um dos poderes da Administração Pública. O referido poder denomina-
se 
(A) de polícia. 
(B) disciplinar. 
(C) hierárquico.(D) regulamentar. 
(E) delegatório. 
 
04. (MJ - Gerente de Projetos em Tecnologia da Informação - FUNCAB) São poderes cujo exercício 
tem efeitos apenas no âmbito interno da Administração Pública: 
(A) hierárquico e regulamentar. 
(B) hierárquico e disciplinar. 
(C) disciplinar e regulamentar. 
(D) regulamentar e de polícia. 
(E) disciplinar e de polícia. 
 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.B / 03.B / 04.B 
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. 17 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
O poder disciplinar é aquele conferido ao agente público para a aplicação de sanções aos agentes, 
em decorrência de alguma infração disciplinar funcional. O poder disciplinar visa punir às pessoas sujeitas 
à disciplina da Administração em razão da prática de infração administrativa, que deverão ser apuradas 
através de processo administrativo, assegurando a ampla defesa e o contraditório. 
 
02. Resposta: B 
Poder disciplinar é o que cabe à administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos 
servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa; é o caso dos estudantes de 
uma escola pública.10 
 
03. Resposta: B 
Poder disciplinar é o poder atribuído a Administração Pública para aplicar sanções administrativas aos 
seus agentes pela prática de infrações de caráter funcional. O poder disciplinar abrange somente as 
sanções administrativas, como por exemplo, a advertência, a multa, a suspensão e a demissão. 
Entretanto, não podemos esquecer que existem sanções penais e civis que podem ser aplicadas ao caso 
concreto, embora não façam parte do poder disciplinar. 
 
04. Resposta: B 
Poder Hierárquico - É a relação de subordinação existente entre os vários órgãos e agentes 
administrativos, com distribuição de funções e a gradação de autoridade de cada um. Lembrando que 
não há hierarquia entre a administração direta e indireta. 
Poder Disciplinar - O poder disciplinar é o poder-dever de punir internamente as infrações funcionais 
dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Não se 
aplica penalidade administrativa sem o devido processo administrativo. 
 
Poder Regulamentar ou Poder Normativo: é o poder que tem os chefes do Poder Executivo de criar 
regulamentos, de dar ordens e de editar decretos, com a finalidade de oferecer fiel execução à lei, sendo 
portanto privativa dos Chefes do Executivo e, em princípio, indelegável. 
Podemos dizer então que esse poder, são normas internas da Administração. Como exemplo temos a 
seguinte disposição constitucional (art. 84, IV, CF/88): 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] 
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para 
sua fiel execução. 
 
De acordo com Mazza11 “O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla 
denominada poder normativo, que inclui todas as diversas categorias de atos gerais, tais como: 
regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias”. 
 
A função do poder regulamentar é estabelecer detalhes quanto ao modo de aplicação de dispositivos 
legais, dando maior clareza aos comandos gerais de caráter abstratos presentes na lei. 
- Os atos gerais são os atos como o próprio nome diz, geram efeitos para todos (erga omnes); e 
- O caráter abstrato é aquele onde há uma relação entre a circunstância ou atividade que poderá 
ocorrer e a norma regulamentadora que disciplina eventual atividade. 
 
Para Mazza12 “existem casos raros em que os atos regulamentares são gerais e concretos, como 
ocorre com os regulamentos revogadores expedidos com a finalidade específica de extinguir ato 
normativo anterior. Trata-se, nessa hipótese, de ato geral e concreto porque se esgota imediatamente 
após cumprir a tarefa de revogar o regulamento pretérito”. 
 
Tal privatividade, enunciada no art. 84, caput, da Constituição Federal, é coerente com a regra prevista 
no art. 13, I, da Lei nº 9.784/99, segundo a qual não pode ser objeto de delegação a edição de atos de 
caráter normativo. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 da Constituição Federal prevê a possibilidade 
 
10 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ªed. São Paulo: Atlas, 2014. 
11 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Ed. Saraiva. 4ª edição. 2014. 
12 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Ed. Saraiva. 4ª edição. 2014. 
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. 18 
de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União a competência para dispor, mediante decreto, sobre: 
 
A) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa 
nem criação ou extinção de órgãos públicos; e 
B) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 
 
Deve-se considerar as hipóteses do art. 84, parágrafo único, da CF, como os únicos casos admitidos 
de delegação de competência regulamentar. 
Cabe destacar que as agências reguladoras são legalmente dotadas de competência para estabelecer 
regras disciplinando os respectivos setores de atuação. É o denominado poder normativo das agências. 
Tal poder normativo tem sua legitimidade condicionada ao cumprimento do princípio da legalidade na 
medida em que os atos normativos expedidos pelas agências ocupam posição de inferioridade em relação 
à lei dentro da estrutura do ordenamento jurídico. 
Além disso, convém frisar que não se trata tecnicamente de competência regulamentar porque a 
edição de regulamentos é privativa do Chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF). Por isso, os atos 
normativos expedidos pelas agências reguladoras nunca podem conter determinações, simultaneamente, 
gerais e abstratas, sob pena de violação da privatividade da competência regulamentar. 
Portanto, é fundamental não perder de vista dois limites ao exercício do poder normativo decorrentes 
do caráter infralegal dessa atribuição, que são: 
A) Os atos normativos não podem contrariar regras fixadas na legislação ou tratar de temas que não 
foram objeto de lei anterior; 
B) É vedada a edição, pelas agências, de atos administrativos gerais e abstratos. 
 
Questões 
 
01. (PC/AC - Escrivão de Polícia Civil - IBADE/2017) Considerando os Poderes e Deveres da 
Administração Pública e dos administradores públicos, é correta a seguinte afirmação: 
(A) O dever-poder normativo viabiliza que o Chefe do Poder Executivo expeça regulamentos para a 
fiel execução de leis. 
(B) O dever-poder de polícia, também denominado de dever-poder disciplinar ou dever-poder da 
supremacia da administração perante os súditos, é a atividade da administração pública que, limitando 
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção 
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
(C) Verificado que um agente público integrante da estrutura organizacional da Administração Pública 
praticou uma infração funcional, o dever-poder de polícia autoriza que seu superior hierárquico aplique 
as sanções previstas para aquele agente. 
(D) O dever-poder de polícia pressupõe uma prévia relação entre a Administração Pública e o 
administrado. Esta é a razão pela qual este dever-poder possui por fundamento a supremacia especial. 
(E) A possibilidade do chefe de um órgão público emitir ordens e punir servidores que desrespeitem o 
ordenamento jurídico não possui arrimo no dever-poder de polícia, mas sim no dever-poder normativo. 
 
02. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Administrador - RJ/2016) Ao editar leis, o Poder Legislativo 
nem semprepossibilita que elas sejam executadas. Cumpre, então, à Administração criar os mecanismos 
de complementação das leis indispensáveis a sua efetiva aplicabilidade. Essa atividade é definida pela 
doutrina como base do exercício do poder: 
(A) regulamentar 
(B) hierárquico 
(C) disciplinar 
(D) vinculado 
 
 
 
 
 
 
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. 19 
03. (PC/PA - Escrivão de Polícia Civil - FUNCAB/2016) No que se refere aos poderes da 
Administração Pública, é correto afirmar que: 
(A) praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra a autoridade 
delegante caberá mandado de segurança, ou outra medida judicial, por ser detentora da competência 
originária. 
(B) o Poder regulamentar deverá ser exercido nos limites legais, sem inovar no ordenamento jurídico, 
expedindo normas gerais e abstratas, permitindo a fiel execução das leis, minudenciando seus termos. 
(C) o Poder Hierárquico é o escalonamento vertical típico da administração direta. Desta forma, a 
aplicação de uma penalidade pelo poder executivo da União a uma concessionária de serviço público é 
uma forma de manifestação deste Poder. 
(D) tanto a posição da doutrina, quanto da jurisprudência são pacíficas sobre a possibilidade de edição 
dos regulamentos autônomos, mesmo quando importarem em aumento de despesas. 
(E) decorre do Poder Hierárquico a punição de um aluno de uma universidade pública pelo seu reitor, 
uma vez que este é o chefe da autarquia educacional, sendo competência dele a punição dos alunos 
faltosos. 
 
04. (TRT 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - CESPE/2016) Assinale a opção correta, a 
respeito dos poderes da administração. 
(A) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da administração 
(B) A existência de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos é expressão do poder 
discricionário 
(C) Poder disciplinar da administração pública e poder punitivo do Estado referem-se à repressão de 
crimes e contravenções tipificados nas leis penais. 
(D) O poder regulamentar refere-se às competências do chefe do Poder Executivo para editar atos 
administrativos normativos. 
(E) O poder de polícia não se inclui entre as atividades estatais administrativas. 
 
05. (TRE/RR - Técnico Judiciário - FCC) A edição de atos normativos de efeitos internos, com o 
objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados decorre do poder 
(A) disciplinar. 
(B) regulamentar. 
(C) hierárquico. 
(D) de polícia. 
(E) normativo. 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.A / 03.B / 04.D / 05.C 
 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
O Poder Normativo ou Poder Regulamentar relaciona-se ao poder que a Administração possui em 
editar atos para complementação da lei. Se regulamenta por Decreto, em obediência ao artigo 84, IV, CF. 
 
02. Resposta: A 
O exercício do poder regulamentar encontra fundamento no art. 84, IV, da Constituição Federal, 
consistindo na competência atribuída aos Chefes de Poder Executivo para que editem normas gerais e 
abstratas destinadas a detalhar as leis, possibilitando a sua fiel execução (regulamentos). 
 
03. Resposta: B 
De acordo com Alexandre Mazza, o poder regulamentar decorre do poder hierárquico e consiste na 
possibilidade de os Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais 
e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. 
 
04. Resposta: D 
O poder regulamentar é o poder conferido aos Chefes do Executivo para editar decretos e 
regulamentos com a finalidade de oferecer fiel execução à lei. Temos como exemplo o art. 84, IV, CF/88. 
 
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. 20 
05. Resposta: C 
O Poder Normativo e o Regulamentar guardam algumas semelhanças com a função legislativa (apesar 
de não se confundirem), pois de ambos emanam normas gerais e atos com efeitos erga omnes e 
abstratos. Nisto diferem do Poder Hierárquico, que apesar de também editar normas gerais e atos 
normativos, o faz direcionado aos subordinados, apenas, ou seja, carente do efeito erga omnes. 
 
Poder de Polícia: é o poder conferido à Administração para condicionar, restringir e frenar o exercício 
de direitos e atividades dos particulares em nome dos interesses da coletividade. Ex.: fiscalização. 
Será considerado originário, o Poder de Polícia exercido pelas pessoas políticas do Estado, como é o 
caso da União, Estados e Municípios. Por sua vez o poder delegado é aquele exercido pelas pessoas 
pertencentes à Administração Indireta. Estes recebem o poder e o executam. 
 
O art. 78 do Código Tributário Nacional assim conceitua poder de polícia: 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção 
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo 
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de 
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
 
O que autoriza o Poder Público a condicionar ou restringir o exercício de direitos e a atividade dos 
particulares é a supremacia do interesse público sobre o interesse particular. 
O poder de polícia se materializa por atos gerais ou atos individuais: 
 
- Ato geral é aquele que não tem um destinatário específico. Exemplo: Ato que proíbe a venda de 
bebidas alcoólicas a menores – atinge todos os estabelecimentos comerciais. 
- Ato individual é aquele que tem um destinatário específico. Exemplo: Autuação de um 
estabelecimento comercial específico por qualquer motivo de irregularidade, por exemplo, segurança. 
 
O poder de polícia poderá atuar inclusive sobre o direito da livre manifestação do pensamento. Poderá 
retirar publicações de livros do mercado ou alguma programação das emissoras de rádio e televisão 
sempre que estes ferirem valores éticos e sociais da pessoa e da família. Exemplo: Livros que façam 
apologia à discriminação racial, programas de televisão que explorem crianças, etc. 
Os meios de atuação da Administração no exercício do poder de polícia compreendem os atos 
normativos que estabelecem limitações ao exercício de direitos e atividades individuais e os atos 
administrativos consubstanciados em medidas preventivas e repressivas, dotados de coercibilidade. 
A competência surge como limite para o exercício do poder de polícia. Quando o órgão não for 
competente, o ato não será considerado válido. 
O limite do poder de atuação do poder de polícia não poderá divorciar-se das leis e fins em que são 
previstos, ou seja, deve-se condicionar o exercício de direitos individuais em nome da coletividade. Neste 
pensamento podemos indagar o seguinte, poder de polícia pode ser exercido por meio de atos vinculados 
ou de atos discricionários, neste caso quando houver certa margem de apreciação deixada pela lei. 
 
Limites13 
Mesmo que o ato de polícia seja discricionário, a lei impõe alguns limites quanto à competência, à 
forma, aos fins ou ao objeto. 
Quanto à competência e procedimento (forma), observa-se as normas legais pertinentes, a lei. 
Já em relação aos fins, o poder de polícia só deve ser exercido para atender ao interesse público. A 
autoridade que fugir a esta regra incidirá em desvio de poder e acarretará a nulidade do ato com todas 
as consequências nas esferas civil, penal e administrativa. O fundamento do poder de polícia é a 
predominância do interesse público sobre o particular, logo, torna-se escuso qualquer benefício em 
detrimento do interesse público. 
Enquanto que o objeto (meio de ação), deve-se

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