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Planejamento e Sustentabilidade Urbana: Desenvolvimento e Organização

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AULA 1 
PLANEJAMENTO E 
SUSTENTABILIDADE URBANA 
Profª Tharsila Maynardes Dallabona Fariniuk 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Falar sobre esse tema exige a abrangência dos diversos fatores que 
incidem sobre a vivência nas cidades. À medida que cresce a concentração de 
pessoas em centros urbanos, transformam-se as relações de trabalho, sociais, 
econômicas e até mesmo comportamentais. E a gestão urbana não pode estar 
desatrelada disso, afinal, gerir uma cidade exige lidar não apenas com os fatores 
político-governamentais, mas também com as expectativas e demandas dos 
cidadãos. Assim, é importante que, para iniciarmos nossa disciplina, tracemos um 
breve panorama sobre os conceitos fundamentais para entender o processo de 
gestão urbana brasileira. 
Vamos começar discutindo o desenvolvimento urbano brasileiro a fim de 
compreender alguns fatores históricos que contribuíram para a consolidação do 
nosso espaço urbano tal como é hoje. 
Já no segundo tema, começaremos a falar sobre a organização espacial 
brasileira. Para isso, estudaremos o instrumento legal mais determinante nesse 
processo: o estatuto da cidade. É essa legislação que determina a existência de 
planos diretores, fundamentais para a gestão das nossas cidades. 
O Tema 3 trata do conceito de sustentabilidade especificamente. Vamos 
voltar brevemente à origem do termo e entender de que maneira ele se associa 
ao planejamento urbano. 
No quarto tema, abordaremos um conceito que engloba todos os fatores 
estudados até então: a inteligência urbana. O que faz uma cidade ser inteligente? 
O que é possível aprender com casos de sucesso na gestão de cidades 
inteligentes mundo afora? 
Por fim, o quinto tema sintetizará toda a discussão ao levantar o debate 
sobre o desenvolvimento sustentável de comunidades. Vamos entender o que 
quer dizer esse conceito, quais estratégias estão relacionadas a ele e quais são 
as boas práticas identificadas nesse processo. 
Ao final desta aula, esperamos que você saia motivado com o 
embasamento teórico para prosseguir para os próximos temas! 
Boa aula, bons estudos! 
 
 
 
 
3 
TEMA 1 – DESENVOLVIMENTO URBANO BRASILEIRO 
O processo de urbanização no Brasil se acentuou a partir da década de 
1940, com a chegada de indústrias e o fomento a novos processos produtivos. E 
não é possível desatrelar as práticas de gestão do processo de indução ao 
desenvolvimento local. Sendo assim, nesse primeiro tema, abordaremos a 
questão do desenvolvimento brasileiro a partir da etimologia do conceito e do 
histórico de abordagens em escala regional e local. 
1.1 Uma breve retomada do conceito de desenvolvimento 
Quando tratamos de temáticas abrangentes, como é o caso do 
desenvolvimento urbano brasileiro, é importante voltarmos um passo atrás para 
entendermos a etimologia dos termos e os fatos históricos que contribuíram para 
o atual entendimento do conceito. 
É bastante comum a confusão entre os termos “desenvolvimento” e 
“crescimento”, os quais, muitas vezes, são utilizados como sinônimos. No 
Dicionário Cambridge (2021a), crescimento significa um aumento literal, que 
indica uma relação quantitativa, matemática, visível ou estatística. 
Desenvolvimento, por sua vez, é definido (2021b) como algo em expansão e em 
progresso, que consiste em um significado mais subjetivo. Assim, podemos 
entender desenvolvimento como aquilo que transforma, modifica e estabiliza as 
pessoas, os processos, as diretrizes e os comportamentos ao longo do tempo 
(Papalia; Feldman, 2013). 
Quando aplicamos esse entendimento nas práticas regionais e urbanas, 
três elementos podem ser destacados: a) o eixo econômico, pelo qual se tornam 
visíveis as práticas de alocação de recursos naquele dado local, o que depende 
fundamentalmente das demandas, dos interesses políticos e governamentais; b) 
o eixo político em si, que determina de que maneira as ferramentas legais e 
institucionais serão utilizadas no local; e c) o eixo social, no qual fica evidente a 
capacidade local de ativação cidadã, de mobilização interna e de propulsão ao 
crescimento, o que é algo inerente (interno) às características daquele contexto 
(Oliveira; Lima, 2003). 
A configuração das cidades também é elemento fundamental no processo 
de desenvolvimento urbano no Brasil, especialmente nas cidades de menor porte, 
nas quais a herança colonial deixou legados significativos. Batista (2018) comenta 
 
 
4 
que essa morfologia urbana específica fez com que o desenvolvimento urbano se 
desse em função da presença das pessoas no centro da cidade, da presença da 
igreja católica como edificação central e simbólica, e da organização da vida em 
torno do comércio e do lazer com funções centrais; nesse processo, a presença 
de áreas rurais foi sendo ressignificada com o passar do tempo. 
De acordo com dados do IBGE (2010), até os anos 1940, a taxa de 
urbanização no Brasil era de cerca de 31%. A partir do processo de 
industrialização que se inicia nesse período, nos anos 1970, esse valor já se 
aproximava de 56%, e é quando as políticas de desenvolvimento urbano se 
tornam mais necessárias e presentes. 
Assim, na década de 1950 surgem novas políticas de desenvolvimento 
voltadas para o local e o regional, a exemplo do que ocorreu também em outros 
países da América Latina. Um dos exemplos dessas iniciativas foi a criação da 
Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) na década de 1960, 
que tinha por objetivo uma maior intervenção estatal em locais menos 
desenvolvidos da região Nordeste. 
A crise econômica dos anos 1980, no entanto, prejudicou a plena 
instrumentalização de estratégias como essa, e somente na década seguinte, com 
a chegada do Plano Real, é que o Estado retomou parte de sua capacidade de 
intervenção e ação para induzir o crescimento (Uderman, 2008). 
O IBGE (2010) estima que atualmente nos aproximamos de 90% de taxa 
de urbanização, ou seja, especialmente nos últimos 20 anos, diversos fatores 
influenciaram intensamente o desenvolvimento urbano brasileiro, e alguns deles 
estão explicitados na Figura 1. 
 
 
 
 
5 
Figura 1 – Algumas influências no desenvolvimento brasileiro recente 
 
Fonte: Elaborada com base em Resende et al., 2015. 
1.2 A gestão das cidades no processo de desenvolvimento brasileiro 
Alguns autores consideram que o desenvolvimento urbano brasileiro foi 
“tardio”, o que significa dizer que houve uma certa discrepância entre os arranjos 
que ocorriam aqui em comparação a outros locais do mundo, no mesmo período. 
Pesquisadores como Martins e colaboradores (2010) afirmam que alguns dos 
fatores que contribuíram para impulsionar o desenvolvimento brasileiro nas 
últimas décadas foram os arranjos de cooperação intermunicipal, a implantação 
de centros e parques tecnológicos, a cooperação e o associativismo, e a economia 
solidária. 
 Os professores Ultramari e Firkowski (2012) sintetizam a gestão urbana 
brasileira em quatro diferentes momentos, que, por uma razão didática, podem 
ser sobrepostos, respectivamente, nas décadas de 1970, 1980, 1990 e a partir 
dos anos 2000 (ver figura 2). Os autores comentam que os anos 1970 marcam o 
início desse processo de maneira mais evidente por concentrar uma configuração 
bastante tecnicista, sem limitações de recursos financeiros e com repasses mais 
diretos acontecendo entre união e cidades. 
Nesse período, a gestão urbana era muito mais operacional, pois tinha o 
papel de direcionar e administrar os recursos e os investimentos. São frutos dessa 
 
 
6 
década diversas obras de grande porte e de infraestrutura básica, tais como 
estradas, pontes, viadutos, redes etc. Atualmente, é difícil mensurar de maneira 
homogênea qual foi a perenidade desse legado Brasil afora, pois cada município 
aproveitou os recursos de modos diferentes, sendo que em alguns deles as obras 
do período ainda permanecem, e em outros já houve a substituição ou 
atualização. 
A décadade 1980, por sua vez, agregou à gestão urbana a problemática 
econômico-financeira em que o país estava inserido. Nesse sentido, a gestão 
passou a ter um caráter emergencial e desenvolvimentista que teve sua origem 
na necessidade de driblar a crise e de lidar com o esgotamento da capacidade de 
governança. Os autores afirmam que é nesse período que a gestão urbana deixa 
de ter um caráter puramente operacional e passa a ser, de fato, uma gestão. 
Nos anos 1990, após a acomodação das problemáticas surgidas na década 
anterior, abriu-se espaço para novas temáticas de gestão e desenvolvimento. 
Seguindo uma tendência mundial, surge no Brasil o que os autores chamam de 
Gestão Ambiental Urbana, muito influenciada pelas correntes ecológicas que 
alimentavam eventos como a ECO-92, sediada no Rio de Janeiro. 
Nesse modelo, o discurso da sustentabilidade ganhou mais espaço, e os 
interesses ambientais passaram a estar mais presentes nas agendas 
desenvolvimentistas. A preocupação ambiental deixou de ser exclusiva de 
espaços com grandes áreas verdes e passou a existir também nos centros 
urbanos já bastante adensados. 
Por fim, a década de 2000 representa um importante divisor de águas no 
desenvolvimento brasileiro em termos de gestão, especialmente no que diz 
respeito à participação mais ativa da população. O Estatuto da cidade, aprovado 
em 2001 – sobre o qual falaremos mais no tópico seguinte –, permitiu modelos 
mais descentralizados de administração, que mudou a forma como o 
planejamento e os gestores encaravam os espaços. 
Figura 2 – A gestão e o desenvolvimento urbano brasileiro das últimas décadas 
 
 
7 
 
Fonte: Elaborada com base em Ultramari e Firkowski, 2012. 
TEMA 2 – ESTATUTO DA CIDADE 
O Estatuto da Cidade está diretamente atrelado ao processo de 
planejamento urbano e às características que contribuem para ambientes mais 
sustentáveis. Essa lei atualizou a forma como a cidade deve ser pensada, 
planejada e idealizada. 
2.1 As definições do Estatuto da Cidade 
O Estatuto da Cidade é um instrumento criado por meio da Lei n. 10.257 
de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição 
Federal. Esses artigos tratavam da política urbana e da regularização fundiária. A 
função do Estatuto é garantir a função social da propriedade e dispor com detalhes 
sobre a gestão urbana, especialmente no que se refere ao uso, ocupação e 
planejamento do território das cidades (Brasil, 2001). 
Uma das mais importantes urbanistas do Brasil, Raquel Rolnik ([S.d.]), 
afirma que o Estatuto trouxe inovações para a política urbana brasileira, em 
especial em três eixos: 
a) O eixo da indução à ocupação do solo urbano, assim como à normatização 
dessa ocupação, a partir da criação de novos instrumentos urbanísticos. 
Esse eixo diz respeito principalmente às forças do mercado imobiliário e à 
forma como se planeja a sustentabilidade urbana na relação entre espaços 
naturais e espaços construídos. 
b) O eixo da participação cidadã diretamente sobre o processo decisório 
relativo à cidade. O Estatuto postula a obrigatoriedade de se realizar 
audiências públicas, consultas, plebiscitos, orçamentos participativos e 
 
 
8 
outros processos participativos em que os cidadãos ajudam a identificar as 
demandas e a determinar a destinação dos recursos. 
c) O eixo da regularização da propriedade urbana, que ampliou as 
possibilidades de legalização de lotes, terrenos e imóveis. O Estatuto prevê 
maiores condições para tratar de assentamentos irregulares, subnormais e 
ocupações clandestinas, tão comuns nas cidades brasileiras. A partir disso, 
a cidade – enquanto território físico – se torna um ente importante também 
no combate das assimetrias e desigualdades sociais. 
Sobre a participação cidadã, o Estatuto da cidade visa garantir maior 
transparência governamental, associado ao posicionamento dos cidadãos frente 
às demandas urbanas. Veja o que diz a lei, em seu art. 39, inciso 4º: 
[...]§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de 
sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais 
garantirão: 
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da 
população e de associações representativas dos vários segmentos da 
comunidade; 
II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; 
III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações 
produzidos (Brasil, 2001). 
O Estatuto da Cidade prevê diversos instrumentos, alguns totalmente 
novos e outros que atualizam seções já existentes. Os principais instrumentos 
determinados na lei dizem respeito especialmente à forma de organização do solo 
urbano mediante uso, ocupação e oneração fiscal, dentre os quais, destacam-se: 
i. parcelamento, edificação ou utilização de compulsórios – para combater 
ociosidade e subutilização de espaços urbanos; 
ii. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo no tempo – para 
onerar imóveis e terrenos que descumpram as regulamentações e a função 
social no território urbano; 
iii. desapropriação – aplicada quando o IPTU progressivo não é efetivo; 
iv. usucapião especial urbano – incide sobre a transferência de posse de um 
imóvel ou terreno; 
v. direito de preempção – garante ao poder público a preferência de compra 
de um espaço; 
vi. direito de superfície – determina a concessão do direito de utilização do 
solo, subsolo ou espaço aéreo de um terreno a um terceiro; 
 
 
9 
vii. outorga onerosa do direito de construir – determina uma contrapartida 
financeira ao município quando se deseja construir acima do limite 
estabelecido pelo planejamento; 
viii. transferência do direito de construir – autorização para a construção em 
outro local, mediante contrapartidas acordadas com o município; 
ix. operações urbanas consorciadas – conjunto de medidas estabelecidas 
entre múltiplos atores para regulamentar e/ou melhorar a qualidade de um 
espaço urbano; 
x. EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança – estudo realizado para mensurar 
e diagnosticar o impacto de empreendimentos, a fim de autorizar ou não 
existência destes (Mukai, 2019). 
2.2 Planos Diretores 
O Plano Diretor é um instrumento-base do Estatuto da Cidade, que visa 
ordenar o desenvolvimento e a expansão urbana, considerando toda a 
abrangência do território municipal. Esse planejamento deve ser composto de 
avaliações, diagnósticos, diretrizes e mapeamentos revistos a cada dez anos, no 
mínimo. Tudo o que for previsto no Plano Diretor deve ser considerado também 
em outras legislações municipais, a exemplo da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) e do Planejamento Plurianual (PPA) (Brasil, 2001). 
O Brasil possui atualmente mais de 5.000 municípios, por essa razão, nem 
todos eles possuem a obrigatoriedade de ter um Plano Diretor. O Estatuto 
determina alguns critérios para a existência dos planos, que podem ser verificados 
na figura 3. 
Figura 3 – Critérios de obrigatoriedade do Plano Diretor 
 
 
10 
 
Fonte: Elaborada com base em Brasil, 2001. 
TEMA 3 – SUSTENTABILIDADE NAS CIDADES 
O termo sustentabilidade, muitas vezes, é automaticamente associado a 
aspectos ambientais. Com o passar do tempo, entende-se a sustentabilidade 
como um processo holístico e multifacetado que incide sobre todas as áreas do 
conhecimento. 
3.1 O conceito de sustentabilidade aplicado nas cidades 
Para o pesquisador Sachs (2002), podemos considerar a sustentabilidade 
a partir de seis dimensões principais (Figura 4). A primeira delas é a 
sustentabilidade ecológico-ambiental, que consiste em estratégias de 
preservação do meio ambiente a fim de promover o equilíbrio dos ecossistemas e 
a garantia da perenidade de recursos naturais para as gerações futuras. A 
segunda dimensão é a sustentabilidade econômica, relacionada com a equilibrada 
relação entre renda e consumo, e a uma correta distribuição de recursos. A 
terceira dimensão é a sustentabilidadesocial, que diz respeito ao equilíbrio de 
forças na sociedade, de forma que exista uma distribuição de renda mais 
equitativa, redução das desigualdades e pleno desenvolvimento dos indivíduos. A 
 
 
11 
quarta dimensão é a sustentabilidade política, que significa a garantia da 
participação dos cidadãos na vida pública, tendo assegurados seus direitos 
democráticos e um equilíbrio entre as forças de poder. Na quinta dimensão, temos 
a sustentabilidade cultural, que engloba o incentivo à autonomia e respeito às 
identidades e à história de um povo, valorizando costumes e tradições locais de 
maneira equilibrada com as inovações. Por fim, a sexta dimensão é a territorial, 
que envolve o equilíbrio entre os sistemas urbano e rural, atividades econômicas, 
produção e demografia, de forma que todos tenham garantido o seu acesso ao 
espaço desenvolvido. 
Figura 4 – As dimensões da sustentabilidade 
 
Fonte: Elaborada com base em Sachs, 2002. 
Essas dimensões não devem ser consideradas de forma isolada ou linear, 
pois são complementares e retroalimentáveis. Para uma cidade ser considerada 
sustentável, é preciso que exista equilíbrio entre esses seis eixos. Esse processo 
é desafiador para a gestão urbana. No caso do Brasil, autores como Rocha e 
colaboradores (2017) comentam que a busca pela sustentabilidade em suas 
múltiplas formas é o meio de melhorar a distribuição de renda e a qualidade de 
vida das pessoas, transformando significativamente os padrões de consumo, a 
inserção social e as políticas públicas. Os autores comentam, ainda: 
No que se refere ao desenvolvimento local sustentável, as discussões 
apontam para a necessidade de se olhar para as pequenas 
comunidades, em um mundo globalizado, levando em consideração 
suas necessidades e suas contribuições para o desenvolvimento 
global (Rocha et al., 2017, p. 472, grifo nosso). 
 
 
 
12 
3.2 Smart sustainable cities 
A sustentabilidade é um eixo importante para a qualidade de vida e para o 
desenvolvimento urbano. Alguns autores utilizam o termo smart sustainable cities 
para enfatizar a importância do fator sustentável para o incremento do bem-estar 
urbano. No próximo tema abordaremos um pouco mais a questão da chamada 
inteligência urbana, mas por ora vamos entender o papel do conceito de 
sustentabilidade no processo de gestão das cidades. 
Na concepção da atual cidade sustentável, o meio urbano é um “tecido 
social” que pode se apoiar nas ferramentas digitais e tecnológicas no aumento da 
qualidade de vida e da sustentabilidade urbana (Bibri; Krogstie, 2017). Sob essa 
óptica, as funções das cidades são otimizadas ao se fazer uma gestão racional 
dos recursos, o que demanda, necessariamente, ter mais domínio sobre 
ferramentas – digitais, inclusive – que possam fornecer mais informações sobre o 
estado das estruturas e dos meios, e isso consequentemente se revela em uma 
melhor capacidade de gestão dos sistemas e demandas urbanas (Steenbruggen 
et al., 2015). 
Quando falamos sobre sustentabilidade das cidades, também devemos 
considerar o aumento da resiliência urbana. O termo resiliência pode ser aplicado 
nas mais diversas áreas do conhecimento, mas em suma, significa ter capacidade 
de recuperação e de estabilidade após impactos e alterações. Alves (2015) 
comenta que situações críticas colocam em xeque o nível de interação e coesão 
dos diversos elementos e grupos que compõem as cidades. 
Diversos são os fatores que podem tornar uma cidade mais resiliente, 
nesse sentido. Segundo a Rockfeller Foundation (2014), instituição que, entre 
outras coisas trabalha com estratégias para gestão urbana, pode-se sintetizar um 
incremento na resiliência urbana a partir de sete características: 
i. capacidade de reinvenção constante; 
ii. robustez, que diz respeito aos ativos e infraestruturas que compõem os 
sistemas; 
iii. plenitude de recursos; 
iv. flexibilidade, que tem a ver com a capacidade de adaptação a diferentes 
circunstâncias; 
v. redundância, que significa reposição constante e proposital de recursos e 
que possui vários meios de atender uma mesma demanda; 
 
 
13 
vi. inclusão, que faz com que diferentes grupos e segmentos sociais estejam 
engajados no processo de melhoria urbana e de responsabilidade coletiva; 
vii. integração entre sistemas e componentes do meio. 
TEMA 4 – CIDADES INTELIGENTES 
Acabamos de falar sobre a importância da sustentabilidade para 
incremento do bem-estar urbano, que é um dos fatores importantes para a 
chamada inteligência urbana. Mas, afinal, o que significa um ambiente urbano 
inteligente? O termo smart city passou a ser cada vez mais utilizado nos últimos 
anos, tanto na gestão pública quanto na academia e iniciativa privada, na maioria 
das vezes, atrelado também à noção de ambientes mais sustentáveis. Existem 
diversos vieses de interpretação desse conceito, e nesse tema vamos explorar 
alguns deles. 
4.1 Origem e interpretações do conceito de cidade inteligente 
O advento da internet e das tecnologias digitais, especialmente a partir dos 
anos 1990, alteraram comportamentos, por consequência, esse processo 
transformou o modo como vivemos em sociedade. Os ambientes urbanos 
passaram a ser cada vez mais permeados por tecnologias cabeadas ou não, tais 
como sensores, câmeras de monitoramento, vigilância, rede wireless etc. 
Ao longo do tempo, o universo do entretenimento e cultura pop (filmes, 
séries, livros, jogos) contribuíram para criar a imagem de que a cidade tecnológica 
é algo futurista, quase utópico. Alguns pesquisadores, como Anwaar AlDairi e 
Lo’Ai A.Tawalbeh (2017) e também Maria-Lluisa Marsal-Llacuna e colaboradores 
(2015) indicam que o conceito de cidade inteligente realmente se originou na 
tentativa de designar ambientes urbanos que adotavam tecnologias digitais para 
aprimoramento, atualização e otimização da gestão urbana e dos serviços. 
No entanto, esses e outros pesquisadores, como Margarita Angelidou 
(2014) e Christos Cassandras (2016) concordam que atualmente há múltiplas 
perspectivas no conceito de cidade inteligente, e que não há uma definição única 
nas aplicações ou na literatura. O consenso entre os autores é de que o conceito 
de fato começa a ser disseminado nos anos 1990, com base nas novas 
possibilidades tecnológicas, de mudanças no entendimento da flexibilidade 
produtiva e do surgimento de novos polos tecnológicos em todo o mundo. 
 
 
14 
O que chamamos de inteligência urbana não quer dizer uma cidade que 
define automaticamente as estratégias e o planejamento. Os conceitos cada vez 
mais holísticos e abrangentes são os que determinam que uma cidade inteligente 
é aquela que aproveita o seu capital intelectual para otimizar o planejamento e 
garantir melhores condições urbanas e bem-estar. Assim, a cidade inteligente 
mistura inteligência artificial (as tecnologias digitais), inteligência humana e 
inteligência coletiva, construída por todos em comunidade (Komninos, 2011). 
Um dos conceitos mais difundidos é o de um grupo da Universidade 
Tecnológica de Viena (Tuwien, 2016; Giffinger et al., 2007), que estabelece um 
modelo sistêmico para as smart cities, a partir de seis dimensões obrigatórias para 
o desenvolvimento urbano inteligente (ver Figura 5). 
• Smart Governance, que preza por uma gestão pública eficiente que 
converge transparência, eficácia e oferta de serviços públicos de qualidade; 
• Eixo Smart Living, que consiste em um processo constante de melhoria e 
bem-estar urbano, oferecendo segurança, saúde, lazer, cultura e coesão 
social para os cidadãos; 
• Dimensão Smart Economy, baseada na criação de uma inteligência 
coletiva movida por um espírito de inovação, empreendedorismo e 
produtividade; 
• Smart Environment, que consiste na construção de uma consciência 
coletiva de preservação do meio e de uma boa gestão dos recursos 
naturais; 
• Smart Mobility, que visa a adoção de estratégias no eixo transporte,a fim 
de torná-lo multimodal, menos poluente, acessível, integrado e sustentável; 
• Por fim, dimensão Smart People, que descreve o processo pelo qual os 
cidadãos são capacitados, empoderados e se tornam cada vez mais 
receptivos e ativos frente aos desafios, estratégias e demandas. Aliás, essa 
noção de cidade inteligente como um conjunto de atores inteligentes, 
coletivamente, é defendida também por Vanolo (2014), e chamada pelo 
autor de smartmentality. O pesquisador reforça, no entanto, a importância 
de se considerar variações de contexto que interferem nesse processo, 
como a exclusão digital e o analfabetismo tecnológico, a fim de não assumir 
apenas a objetividade da tecnologia, excluindo-se, assim, as questões 
sociais do processo. 
 
 
15 
Figura 5 – Dimensões das cidades inteligentes 
 
Fonte: Elaborada com base em European Smart Cities, 2016; Giffinger, 2007. 
4.2 Aplicações em cidades inteligentes 
São diversos os exemplos de aplicação do conceito de cidade inteligente 
mundo afora. Alguns dos projetos pioneiros surgiram em países do oriente, no 
final da década de 1990, como é o caso de Singapura. Pesquisadores como Arun 
Mahiznan (1999) estudaram esse exemplo, em especial, lá, a gestão pública 
iniciou a estratégia implantando rede pública de banda larga nacionalmente (e 
isso, na época, era considerada uma grande novidade!). Processos de 
digitalização e de otimização das infraestruturas de TI são comuns no local desde 
a década de 1980. 
No entanto, também lá as assimetrias sociais vieram à tona em projetos 
dessa natureza, mostrando que a tecnologia não era capaz de atingir todas as 
camadas da população, por motivos de exclusão, marginalização e dificuldade de 
adaptação às novas ferramentas. 
 No Brasil, pesquisas indicam que as aplicações para cidades inteligentes 
estão bastante relacionadas a projetos que são patrocinados por empresas 
estrangeiras, e por meio de parcerias público-privadas. Além disso, segue-se aqui 
 
 
16 
uma tendência internacional de exposição e divulgação de ideias em feiras e 
exposições, nas quais o conceito também normalmente vem acompanhado de 
protótipos de máquinas, ideias desenvolvidas em startups e produtos da indústria 
automobilística e da construção civil. 
Saiba mais 
Para conhecer um pouco mais sobre a disseminação desse conceito no 
Brasil, consulte o seguinte material: FARINIUK, T. M. D. A construção 
multifacetada do conceito de smart city: o panorama brasileiro e o caso de 
Curitiba-PR (Tese de Doutorado) – Programa de pós-graduação em Gestão 
Urbana. PUCPR. Curitiba, 2018. 
Pode-se observar alguns pontos em comum entre as estratégias de 
sucesso mundo afora. A figura 6 apresenta alguns desses itens, que foram obtidos 
com base em um levantamento bibliográfico-documental realizado entre os anos 
de 2015 e 2018 (Fariniuk, 2018). 
Figura 6 – Estratégias comuns em casos de sucessos das cidades inteligentes 
 
Fonte: Fariniuk, 2021. 
 
 
17 
TEMA 5 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE COMUNIDADES 
O que significa desenvolver uma comunidade? Neste tema, vamos 
entender quais estratégias estão relacionadas com esse conceito e quais são as 
boas práticas identificadas nesse processo. 
5.1 O que é desenvolver de modo sustentável? 
Desenvolver localmente significa impulsionar uma localidade para a 
movimentação de capital e para a competitividade, com equilíbrio. Paula (2008) 
comenta que podemos utilizar a sigla DLIS (Desenvolvimento Local Integrado e 
Sustentável) para designar o processo de aprimoramento humano e social de 
modo sustentável, não somente focando no crescimento econômico. 
Por muito tempo se considerou, de certa forma, que o desenvolvimento 
estava atrelado à existência de tecnologias e de uma inovação muitas vezes 
utópica, até mesmo futurista. Cada vez mais se cria a consciência de que o pleno 
desenvolvimento de comunidades, para ser sustentável, deve ser pautado sobre 
o humano, sobre o capital social e as particularidades individuais. A pesquisadora 
brasileira Macke (2005) faz uma reflexão a esse respeito: 
O desenvolvimento local exige pois, uma nova forma de gestão no 
campo social [...]qualquer iniciativa no campo da gestão social [...] deve 
contemplar aspectos que vão além do incentivo aos valores da 
sociedade industrial, incorporando uma visão de mundo mais ampliada. 
[...] Estaremos verdadeiramente fazendo “gestão social” quando a 
sociedade entrar em um processo de negociação dos rumos do 
desenvolvimento com o Estado e o Mercado e quando conseguirmos 
construir mecanismo de controle social sobre estes dois atores. A gestão 
social pressupõe que os atores são sujeitos protagonistas do 
desenvolvimento (Macke, 2005, p. 255-256, 268, 273). 
5.2 Lições aprendidas sobre desenvolvimento sustentável de comunidades 
O conhecimento e a inovação são fatores que desencadeiam o 
desenvolvimento. Esse é um entendimento de muitos especialistas. A capacidade 
de criar e utilizar estrategicamente o conhecimento, de modo coletivo, é o que o 
pesquisador canadense Julien (2010) denomina de Sociedade do Conhecimento. 
Uma “competividade intelectual”, ou “de ideias”, é saudável à medida que pessoas 
estão pensando conjuntamente em soluções para determinado problema. 
O conhecimento possui um caráter imaterial e sua boa utilização ajuda a 
transformar os processos internos da gestão e contribui para valorizar os 
 
 
18 
indivíduos. Essa é uma lição importante do universo do empreendedorismo que 
podemos trazer para dentro da gestão urbana. 
Figura 7 – Sociedade do conhecimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos: tadamichi/Shutterstock. 
Os pesquisadores Sthor e Taylor, em publicação de 1981, afirmam que 
existem algumas estratégias fundamentais para o desenvolvimento que podem 
ser observadas em casos de sucesso: 
i. a busca pela equidade territorial, que pressupõe evitar as disparidades 
regionais; 
ii. o planejamento de longo prazo, que demanda prioridade e controle das 
demandas, mesmo sob pressão dos diferentes interesses, poderes e 
mercados; 
iii. a prioridade à escala local, que faz com que pequenas comunidades sejam 
mais autônomas e, somadas, propulsionem o desenvolvimento; 
iv. a autodeterminação, fator de motivação que precisa existir nas 
comunidades e no processo de gestão para lidar com os desequilíbrios que 
surgirem. 
Esses aspectos merecem ser aprofundados mais um pouco. Voltaremos ao 
tema da gestão voltada para o desenvolvimento em oportunidades futuras nas 
nossas aulas. 
Até lá! 
 
 
19 
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