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VÍRUS E BACTÉRIAS SOB A LUZ DA MATERIAL DIDÁTICO PRODUZIDO COM INTUITO DE SE TORNAR APOIO PARA PROFESORES E ACESSÍVEL AOS EDUCANDOS. Cartilha produzida por: Heloisa Lima, Isadora Parra, Karoliny Nunes, Mariana Garozzo S E L E Ç Ã O N A T U R A L Por um lado, temos os vírus, que são parasitas obrigatórios e precisam infectar um outro organismo para poderem se reproduzir. De outro, temos as bactérias, que podem tanto estar presentes naturalmente no organismo humano, como também assumem forma infecciosa indesejada aos homens. Os vírus e as bactérias são pequenos organismos causadores de infecções no corpo humano. A relação de sobrevivência que eles criaram com o ser humano é extraordinária e perigosa! Para evitar muitas dessas infecções, temos como meio de prevenção a vacinação e medidas de higiene pessoal. Viroses como sarampo, poliomielite e raiva, e bacterioses como tuberculose, tétano e coqueluche estão sob o controle das vacinas, mas também podem ser tranquilamente evitadas por simples atos de higiene, como lavar bem as mãos e alimentos que serão consumidos. Apesar disso, grande parte da população brasileira ainda enfrenta problemas de acesso aos sistemas públicos de saúde e educação, o que acaba por facilitar a contaminação. Os medicamentos utilizados para tratar infecções bacterianas no corpo humano são chamados de antibióticos. Os antibióticos ajudam, direta ou indiretamente, no controle da disseminação das bactérias pelo organismo. É um tipo de medicamento que tem particularidades funcionais que devem ser bem administradas no momento do tratamento, pois a ingestão de doses em quantidades ou horários errados podem contribuir ainda mais com a permanência da infecção no organismo. É extremamente necessário que haja participação de um profissional de saúde nesta deliberação e contamos com a possibilidade de tratamento, principalmente por meio de medicamentos. Se considerarmos que a infecção foi realizada por algum microrganismo, como podemos prosseguir? Os antibióticos administrados em doses equivocadas podem gerar bactérias resistentes ao medicamento usado, de modo que o mecanismo de seleção natural atua selecionando especificamente as bactérias que podem resistir à medicação e causar problemas ainda maiores no organismo. A resistência ocorre principalmente em virtude do surgimento de mutações que conferem às bactérias proteção contra os antibióticos. Essas mutações ocorrem ao acaso, entretanto, com o uso incorreto de medicamentos, elas acontecem com maior frequência. Por fim, essas bactérias utilizam estratégias que permitem que o processo de multiplicação ocorra mesmo quando submetidas a dosagens altas dos antibióticos, sendo um exemplo disso as superbactérias. Como e por quê isso pode ocorrer? Com esse processo se repetindo, são geradas cada vez bactérias “mais fortes”, que resistem a muitas variedades de antibióticos, formando assim as superbactérias. Elas são resultado da nossa interferência na seleção natural, por meio dos medicamentos, pois quando usados de forma incorreta, matam apenas uma parte das bactérias, deixando para trás aquelas “mais resistentes”, que então se reproduzem, e geram novas bactérias “mais fortes” que as anteriores. As "superbactérias" são bactérias extremamente “fortes”, que podem resistir a diferentes tipos de antibióticos. O que são superbactérias O termo SELECIONAR é utilizado pois estamos falando sobre o processo de SELEÇÃO NATURAL proposta por Darwin. Ela é definida como o mecanismo evolutivo em que o meio ambiente atua como um selecionador de características, perpetuando os organismos mais aptos a sobreviver em determinado local. As vacinas podem ser produzidas por dois principais caminhos, dependendo do mecanismo de ação no corpo humano. Elas podem ser feitas a partir de pequenas partes dos microrganismos, ou feitas pelos próprios microrganismos de forma atenuada, ou seja, enfraquecidos ou mortos. Em ambos os caminhos, a resposta imune do corpo humano deve ser acionada, a fim de criar memória imunológica, que atua criando “soldados de defesa” em nosso corpo, os anticorpos. Apesar disso, existem vírus que são capazes de driblar o sistema imunológico, tornando o trabalho de produção de vacina muito mais difícil, um exemplo são os vírus com alta taxa de mutação. As viroses são normalmente enfrentadas pelo próprio sistema imune do corpo humano, e os medicamentos são específicos apenas para alívio de sintomas. Para as viroses, os antibióticos não são funcionais, e existem algumas que nem o corpo humano também é capaz de vencer, como a AIDS. Por que nem todas as doenças virais podem ser prevenidas com a vacinação? As mutações ocorrem naturalmente em todos seres vivos, conforme se reproduzem cada ser nasce com diferentes mutações. O que são vírus com alta taxa de mutação? Com os vírus acontece a mesma coisa, conforme se reproduzem surgem novos tipos de vírus, porém esses novos vírus muitas vezes não são reconhecidos pelos “soldados do nosso corpo”. Assim os vírus que se modificam mais, possuem vantagens, pois conseguem usar nosso corpo para reprodução sem que sejam combatidos, e assim geram descendentes cada vez mais mutáveis. Ultilizamos como referências os contéudos abordados nas aulas sobre, Bactérias e Vírus, ocorridas na disciplina de PCC - Saúde, ministrada na UNESP - Botucatu, e os seguintes artigos e materiais abaixo: REFERÊNCIAS AMEAÇA Silenciosa: Como a falta de cuidados com o uso de antibióticos pode criar uma resistencia capaz de colocar vidas em risco. Revista Ciência SUS, v. 2, p 12 - 21, 2018. Disponivel em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/dezembro/26/Revista -cienciaSUS-Edicao2.pdf VAIANO, Bruno, Vírus: vida e obra do mais intrigante dos seres. Superinteressante, [s.d]. Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/virus-vida-e-obra-do-mais-intrigante- dos-seres/ Acesso em: 29/03/2021 CECCATTO, Vânia; PONTE, Edson. Ciências Biológicas: Biologia evolutiva, 2° ed, Fortaleza: Ed UECE, 2015. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431723/2/Livro_Biologia%2 0Evolutiva.PDF Carvalho, Irineide Teixeira de. Microbiologia básica / Irineide Teixeira de Carvalho. – Recife: EDUFRPE, 2010. Disponível em: http://pronatec.ifpr.edu.br/wp- content/uploads/2013/06/Microbiologia_Basica.pdf
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