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Estrutura e propriedade dos materiais Apresentação Todas as obras da construção civil são realizadas com recurso de materiais de construção, sendo assim, exige-se o conhecimento adequado de sua estrutura e das suas propriedades, além dos processos de fabricação ou de transformação, de modo a garantir um nível preestabelecido de qualidade para determinado produto. Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá que toda e qualquer atividade humana, a partir de certas matérias-primas e por meio de processos de fabricação para obter um produto final, pode ser controlada. Dessa forma, torna-se necessário conhecer o processamento das matérias-primas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar como o processamento das matérias-primas pode influenciar a estrutura macroscópica e microestrutural dos materiais. • Relacionar estrutura interna com propriedades dos materiais (composição química, resistência mecânica, peso, propriedade de absorção de energia, maleabilidade, conformabilidade, etc.). • Reconhecer as macropropriedades dos materiais: propriedade mecânica, elétrica, térmica, magnética, óptica e deteriorativa. • Desafio A pedra artificial obtida pela moldagem, secagem e cozedura de argilas ou de misturas contendo argilas se chama cerâmica. Em certos casos, pode ser suprimida alguma das etapas citadas, mas a matéria-prima é a argila. Nos materiais cerâmicos a argila fica aglutinada por uma pequena quantidade de vidro, o qual segue pela ação do calor de cocção sobre os componentes da argila. A argila é utilizada há muitos anos para os mais variados usos, sendo assim, você, como gestor de materiais, deve explicar por que tijolos, azulejos e porcelanatos têm desempenho diferentes entre si, mesmo sendo originários da argila queimada, relacionando a porosidade, o grau de vitrificação e o tipo de argila utilizada. Infográfico As propriedades macroscópicas de um material variam de acordo com o tipo e a intensidade da resposta para um determinado estímulo imposto. Entre as principais propriedades dos materiais estão as mecânicas, elétricas, térmicas e deteriorativas. No Infográfico a seguir você vai conhecer essas propriedades. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/915837cf-97d7-4f36-b9b2-411660f7d5bd/b9f1ac0e-988c-4c12-826c-301323edc9a6.jpg Conteúdo do livro Os materiais estão presentes no cotidiano do homem: vestimentas, transporte, abrigo, comunicação, alimentação, entre outros. O desenvolvimento do homem se associa à habilidade em identificar e aperfeiçoar os materiais disponíveis para melhor atender suas necessidades. O mesmo ocorre com os materiais encontrados na natureza que são utilizados nos processos de construção civil. Leia o capítulo Estrutura e propriedade dos materiais, que faz parte da obra Materiais da construção, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, no qual você vai aprender que toda e qualquer atividade humana, a partir de certas matérias-primas e por meio de processos de fabricação para obter um produto final, pode ser controlada. Boa leitura. MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO Roberta Centofante Estrutura e propriedade dos materiais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar como o processamento das matérias-primas pode influen- ciar a estrutura macroscópica e microestrutural dos materiais. � Relacionar estrutura interna com propriedades dos materiais (compo- sição química, resistência mecânica, peso, propriedade de absorção de energia, maleabilidade, conformabilidade, etc.). � Reconhecer as macropropriedades dos materiais: propriedade mecâ- nica, elétrica, térmica, magnética, óptica e deteriorativa. Introdução Neste capítulo, você aprenderá que toda e qualquer atividade humana, a partir de certas matérias-primas e por meio de processos de fabricação para obter um produto final, pode ser controlada. Dessa forma, torna-se necessário conhecer o processamento das matérias-primas, bem como sua influência na estrutura dos materiais que comporão. Assim, levando em conta que todas as obras da construção civil são realizadas com recurso de materiais de construção, exige-se o conheci- mento adequado de sua estrutura e das suas propriedades, além dos processos de fabricação ou de transformação, para garantir um nível preestabelecido de qualidade para determinado produto. Influência do processamento das matérias-primas na estrutura dos materiais A área da Engenharia associada à geração e à aplicação de conhecimentos relacionando composição, estrutura e processamento de materiais com as suas propriedades e usos é conhecida como Ciência e Engenharia dos Materiais. Tem como objetivos desenvolver materiais já conhecidos – visando a novas aplicações ou melhorias no desempenho –, novos materiais para aplicações conhecidas e novos materiais para novas aplicações. Os materiais classificam-se da seguinte forma. � Metais: são substâncias inorgânicas compostas por um ou mais ele- mentos metálicos, podendo conter elementos não metálicos. São resis- tentes e bons condutores de eletricidade. Muitas de suas propriedades atribuem-se ao grande número de elétrons não localizados. � Polímeros: materiais sintéticos, compreendem os plásticos e as borra- chas. São compostos orgânicos com cadeia molecular de longa extensão sem cristalinidade. � Cerâmicos: compostos inorgânicos com elementos metálicos e não metálicos. Incluem também os minerais argilosos, cimento e vidro. São duros, porém muito quebradiços e podem ser cristalinos, não cristalinos ou a mistura de ambos. � Compósitos: materiais reforçados com fibras ou partículas. São com- binações de dois ou mais materiais, em que um elemento de reforço é envolvido por uma matriz. A matriz pode ser polimérica, metálica ou cerâmica. � Biomateriais: substâncias naturais ou sintéticas toleradas de forma transitória ou permanente pelos diversos tecidos que constituem o organismo humano. São empregados para implantes no corpo humano. Assim, considerando a variação da composição dos materiais de acordo com a sua natureza química e a estrutura associada ao seu arranjo, pode-se e deve-se analisá-la em diferentes escalas. Entre as escalas analisadas, estão a microestrutura e a macroestrutura. Dessa forma, tendo em vista que os materiais passam por sistemas de processamento para que sejam produzidos, deve-se conhecer a sua estrutura interna e suas propriedades objetivando es- colher os mais adequados para cada aplicação e desenvolvimento dos melhores métodos de processamento. Estrutura e propriedade dos materiais2 O material cerâmico, por exemplo, consiste em materiais que resistem a elevadas temperaturas, geralmente funcionando como isolantes elétricos; além disso, são quimicamente estáveis sob condições ambientais severas e, normalmente, duros e frágeis. No entanto, esses materiais têm diferentes composições, podendo ser classificados em silicatos, óxidos, carbetos e nitre- tos. Ainda, com base na sua aplicação, podem ser classificados como vidros, cerâmicas avançadas, cerâmicas tradicionais, abrasivos e cimento. A cerâmica vermelha, que compreende produtos cerâmicos que, após a queima, apresentam colocação vermelha, de acordo com Maia (2012) tem como matéria-prima as argilas comuns e apresenta várias etapas de processamento, como extração, pré-preparo da matéria-prima, preparação da mistura (moagem e dosagem), conformação, corte, secagem, queima e, por fim, inspeção e estocagem dos produtos acabados. Sendo a argila uma mistura de diferentes minerais com tamanhos variados de partículas e, ainda, obtidos de diferentes fontes e com teores distintos de argilominerais, representa um material a ser analisado adequadamente por suas propriedades de granulometria, plasticidade e com- posição mineralógica,pois estas determinarão a qualidade das peças a serem fabricadas. Existem diversos tipos de argila, como caulim, bentonita, argila de grês, argila vermelha, refratária e argila bola. No caso de cerâmicas tradicionais, empregadas em tijolos, louças, refratários e abrasivos, em geral, pela porosidade, não são boas condutoras de calor e devem ser aquecidas em altíssimas temperaturas antes de fundir. Além disso, são resistentes e rígidas, mas também bastante frágeis, devendo, por isso, ser utilizadas técnicas especiais de processamento do material para que fiquem suficientemente resistentes à fratura, ao ponto de poderem ser usadas em aplicações estruturais por meio de uma modificação da estrutura interna. Entre os processos de fabricação da cerâmica utilizada em obras de engenharia, como exploração de jazida, extração de matéria-prima, tratamento, molda- gem, cozimento e secagem, o cozimento se caracteriza como o processo mais importante, de acordo com Ambrozewicz (2015), pois toda a água é eliminada nessa fase, ocorrendo mudanças químicas e estruturais na argila. A queima/ cozimento divide-se em três fases: desidratação, complementando a secagem; oxidação, queima a matéria orgânica e elimina o carvão e o enxofre para evitar possíveis patologias e melhorar a qualidade do produto; e vitrificação, quando a sílica se funde formando pequenas quantidades de vidro que aglutinam os demais elementos e fecham os poros dando resistência ao material, fase em que ocorrem as mudanças químicas. Segundo Callister Junior (2006), a composição dos materiais consiste em um conceito de química com significados similares, mas ligeiramente dife- 3Estrutura e propriedade dos materiais rentes, caso se refira a uma substância pura ou a uma mistura. A composição química de uma substância pura corresponde às quantidades relativas dos elementos que constituem essa substância, podendo ser expressa por meio da fórmula química da substância. Já o termo “estrutura”, quando relacionado a um material, refere-se normalmente ao arranjo interno dos seus constituintes, que dependem da escala na qual será analisado o material. Essa escala pode variar desde dimensões atômicas até dimensões de milímetros ou metros; assim, a forma de processamento das matérias-primas influencia diretamente na estrutura dos materiais, tanto em escala micro quanto macro. Com o tempo, descobriram-se técnicas para a produção de materiais para conferir propriedades superiores às dos produtos naturais e que as propriedades de um material podem ser alteradas, por exemplo, por tratamentos térmicos ou adição de outras substâncias. Dessa forma, pode-se definir o processamento de matérias-primas como um conjunto de técnicas empregadas para obtenção de materiais com formas e propriedades específicas, de acordo com Callister Junior (2006). Por exemplo, o óxido de alumínio (Al2O3) pode ser processado por diferentes métodos, resultando em materiais com distintas propriedades — as diferenças ópticas são uma consequência de diferenças nas estruturas desse material, resultadas da maneira como foi processado. Assim, é possível obter, a partir de um único material, dispositivos ópticos com o uso em tecnologia de laser e smartphones, sendo transparente e resistente, ou, ainda, translúcido e resistente ao vapor de sódio (lâmpada de vapor de sódio) ou, também, isolante elétrico resistente (vela de ignição). Os processos de micromanufatura são utilizados para elementos plásticos, metálicos e compósitos para a produção de peças pequenas, em particular em larga escala. Todos os produtos manufaturados ou fabricados são constituídos de átomos. Guazzelli e Perez (2009) afirmam que nanotecnologias, por exemplo, conseguem criar novos materiais sintéticos ou modificar os existentes a partir dos átomos ou moléculas. De acordo com Pereira (2009), os plásticos fazem parte da família dos polímeros, os quais se constituem de moléculas caracterizadas pela repetição múltipla de uma ou mais espécies de átomos, formando macromoléculas que se ligam através de reações químicas. A matéria-prima dos plásticos é o pe- tróleo, rico em carbono, podendo ser feitas várias combinações nas moléculas resultando em uma variedade quase infinita de plásticos com propriedades químicas diferentes. A maioria dos plásticos é quimicamente inerte e incapaz de sofrer reações químicas com outras substâncias, tornando-se de difícil desintegração; por isso, pode-se armazenar álcool, sabão, água, ácido ou gasolina em um recipiente de plástico sem dissolvê-lo. Estrutura e propriedade dos materiais4 Segundo Mortimer e Machado (2013), de acordo com características como a plasticidade, é possível separar os polímeros em termoplásticos, que podem ser moldados pelo aquecimento e ser reciclados, e termofixos (ou termorrígidos), que não permitem um reprocessamento, não podendo ser reciclados. Durante o processamento de alguns tipos de plástico, a matéria-prima é aquecida para um rearranjo de átomos, dando origem aos plásticos termofixos, cujo formato, após o resfriamento e o endurecimento, mantém-se, sem que consigam voltar à sua forma original. Segundo Smith e Hashemi (2012), em estado sólido, alguns processos envolvidos na produção e utilização de materiais de engenharia estão rela- cionados à velocidade a qual os átomos se movem. Portanto, em muitos deles ocorrem reações que envolvem um rearranjo espontâneo dos átomos em outros arranjos atômicos novos ou mais estáveis. No processamento da maior parte dos materiais metálicos, por exemplo, são, em um primeiro momento, fundidos em um forno que funciona como reservatório de material líquido, ao qual é possível adicionar elementos de liga para obter ligas com diferentes composições. De acordo com Ferraz (2003), a partir do aquecimento do minério de ferro (matéria-prima para produção do aço), cuja origem básica é o óxido de ferro, em fornos especiais em presença de carbono e de fundentes, adicionados para auxiliar a produção da escória, dá-se origem ao denominado ferro-gusa, que contém de 3,5 a 4,0% de carbono em sua estrutura. Após esse processo, e como resultado de uma segunda fusão, tem-se o ferro fundido, com teores de carbono entre 2 e 6,7%. Por fim, o aço consiste no resultado da descarbo- natação do ferro-gusa, ou seja, é produzido a partir deste, controlando-se o teor de carbono para o máximo 2% e obtendo-se, assim, uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono, em que os aços diferenciam-se entre si pela forma, o tamanho e a uniformidade dos grãos que os compõem e, ainda, por sua composição química, que pode ser alterada em razão do interesse de sua aplicação final. Estrutura interna e as propriedades dos materiais A determinação e o conhecimento das propriedades dos materiais são muito importantes para a escolha do material para determinada aplicação, bem como para o projeto e a fabricação de algum componente, visto que o comportamento 5Estrutura e propriedade dos materiais de um material depende do agrupamento e da organização dos átomos e da estrutura interna. Cada um dos materiais tem características próprias: o ferro fundido é duro e frágil; o aço é bastante resistente; o vidro transparente e frágil; o plástico impermeável; a borracha elástica; o tecido bom isolante térmico, etc. Então, dureza, fragilidade, resistência, impermeabilidade, elasticidade e condução de calor consiste em alguns exemplos de propriedades específicas de cada material, intimamente relacionadas à natureza das ligações que existem entre os átomos, ou seja, as propriedades dos materiais dependem da composição química e da microestrutura (arranjo cristalino, tamanho dos grãos, defeitos) do material. De acordo com Callister Junior (2006), a compreensão de muitas proprie- dades físicas dos materiais baseia-se no conhecimento das forças interatômicas que unem os átomos, prendendo-os. Desse modo, pode-se ilustrar melhor os princípios das ligações atômicas considerando-se ainteração entre dois átomos isolados à medida que são colocados em proximidade desde uma separação infinita — em grandes distâncias, as interações entre eles são desprezíveis. Contudo, à medida que os átomos se aproximam, cada um deles exerce uma força sobre o outro, e a magnitude dessa força, denominada atrativa ou repul- siva, é função da separação ou distância interatômica. Há três tipos diferentes de ligações primárias ou químicas encontradas nos sólidos — iônica, covalente e metálica —, em geral, originando-se da tendência dos átomos de adquirir estruturas eletrônicas estáveis. Callister Junior (2006) afirma que a natureza da ligação depende das estruturas eletrônicas dos áto- mos constituintes e que, para cada tipo, a ligação envolve, necessariamente, os elétrons de valência. Além destas, forças e energias secundárias ou forças de van der Waals também são encontradas em muitos materiais. E, embora mais fracas, influenciam as propriedades físicas de alguns materiais, sendo representadas pelas ligações entre moléculas polares e dipolos induzidos, ligações dipolo permanentes e pontes de hidrogênio. A ligação iônica, encontrada em compostos cuja composição envolve tanto elementos metálicos quanto não metálicos, dá-se pela atração entre íons de carga elétrica contrária (íons positivos – cátions e íons negativos – ânions), motivada por forças coulombianas. De acordo com Callister Junior (2006), na ligação iônica, a magnitude é igual em todas as direções ao redor do íon; portanto, para que os materiais iônicos sejam estáveis em um arranjo tridimen- sional, todos os íons positivos devem ter íons carregados negativamente. Nos materiais cerâmicos, por exemplo, a ligação predominante é iônica, situação em que as energias de ligação são relativamente altas. Dessa forma, os materiais Estrutura e propriedade dos materiais6 iônicos são materiais duros e quebradiços e, ainda, isolantes elétricos e térmi- cos. Ainda assim, vale lembrar que a ligação atômica nesses materiais varia desde puramente iônica até totalmente covalente: muitas cerâmicas exibem uma combinação dos dois tipos de ligação, e o nível do caráter iônico depende das eletronegatividades dos átomos. Além disso, duas características dos íons componentes em materiais cerâmicos cristalinos influenciam a estrutura do cristal — a magnitude da carga elétrica em cada um dos íons componentes (o cristal deve ser eletricamente neutro) e os tamanhos relativos dos cátions e ânions (raios iônicos). Os materiais cerâmicos são formados por espécies químicas metálicas e não metálicas, com ligações iônicas e covalentes com elétrons ligados em posições definidas e fixas. Suas principais propriedades são resistência mecânica, baixa deformação na ruptura, estabilidade a altas temperaturas, resistência ao ataque químico e isolamento elétrico. A ligação covalente se dá por meio de uma aproximação muito intensa entre dois elementos químicos que se ligarão, de maneira que alguns elétrons da camada de valência de um dos átomos circundam o núcleo do outro átomo, e vice-versa. Desse modo, os elementos não perdem nem ganham elétrons, mas sim os compartilham. Para Callister Junior (2006), as ligações covalentes podem ser muito fortes, como no diamante, muito duro e com temperatura de fusão muito alta, ou muito fracas, como no bismuto, que funde em temperatura muito baixa em comparação ao diamante. Os materiais poliméricos tipificam essa ligação, sendo a estrutura molecular básica uma longa cadeia de átomos de carbono que se encontram ligados entre si de maneira covalente. O carbono, por exemplo, é um elemento que existe em várias formas polimórficas e também no estado amorfo, ou seja, aqueles em que os átomos não representam qualquer tipo de regularidade ou organização em termos de sua disposição espacial, ou, caso exista algum ordenamento, ocorre a curto alcance. Esse grupo de materiais, segundo Callister Junior (2006), não se enquadra, na realidade, dentro de qualquer um dos esquemas de classificação tradicionais para metais, cerâmicas e polímeros. O diamante, à temperatura e à pressão atmosférica ambientes, é um polimorfo do carbono, em que cada átomo de sua estrutura se liga a quatro outros átomos de carbono por ligações covalentes. A superfície de perfuratrizes e de outras ferramentas, como discos de corte, tem sido revestida com películas de diamante com o objetivo, por exemplo, de aumentar a dureza superficial dos materiais. Outro polimorfo do carbono é a grafita, com uma estrutura cristalina muito diferente da do diamante, sendo mais estável à temperatura e à pres- são atmosférica ambientes, em que alguns elétrons participam de uma fraca 7Estrutura e propriedade dos materiais ligação do tipo van der Waals, e, como consequência, dá origem a excelentes propriedades lubrificantes. A grafita é utilizada com frequência como ele- mento de aquecimento em fornos elétricos, soldas, moldes de fundição para ligas metálicas e cerâmicas, para materiais refratários e isolamentos de alta temperatura por suas propriedades de elevada resistência e boa estabilidade química a temperaturas elevadas. Já os metais são compostos da combinação de elementos metálicos com grande quantidade de elétrons livres, não ligados a qualquer átomo em parti- cular, constituindo-se na denominada ligação metálica, que se configura em uma nuvem eletrônica com o compartilhamento dos elétrons entre átomos vizinhos. Então, as propriedades dos metais derivam dessa sua constituição, em que, microscopicamente, apresentam uma estrutura cristalina na qual os átomos se dispõem de forma ordenada. Tanto metais quanto ligas têm resistência mecânica relativamente elevada, bem como alta rigidez, ductilidade ou conformabilidade, além de resistência a choques mecânicos, e são particularmente úteis em aplicações estruturais, embora metais puros raramente sejam usados. Por isso, a combinação de metais, chamadas de ligas, permitem melhorar uma propriedade específica desejada ou obter uma melhor combinação de propriedades pela modificação da estrutura interna do material. De acordo com Callister Junior (2006), para aços com elevada resistência, por exemplo, a melhor combinação de caracte- rísticas mecânicas pode ser obtida se uma microestrutura predominantemente martensítica for desenvolvida ao longo de toda a sua seção reta. Essa microes- trutura é convertida em martensita revenida durante um tratamento térmico de revenimento. A martensita é um microconstituinte formado quando ligas de ferro-carbono austenitizadas são resfriadas rapidamente (ou temperadas) até uma temperatura relativamente baixa, e a transformação martensítica ocorre quando a taxa de tempera é rápida o suficiente para prevenir a difusão do carbono. O endurecimento consiste em um parâmetro usado para avaliar a influência da composição sobre a suscetibilidade à formação de uma estrutura predominantemente martensítica durante um tratamento térmico específico. Sabe-se, ainda, que os cientistas de materiais examinam o aço com o auxílio de microscópios para determinar se suas propriedades podem ser alteradas, a fim de atender os requisitos desejados. Ao considerar o aço em chapas, quando empregado na fabricação de chassis de automóveis, é preciso empregar um material com resistência bastante elevada, mas que possibilite a Estrutura e propriedade dos materiais8 conformação de superfícies com propriedades aerodinâmicas. Outro aspecto considerado é a economia de combustível; portanto, o aço em chapas deve ser também leve e fino. Além disso, tais tipos de aço precisam, em caso de colisão, absorver quantidades significativas de energia, significando, em suma, requisitos contraditórios. Dessa forma, características como composição química, resistência mecânica, peso, propriedades de absorção de energia e maleabilidade devem ser levadas em consideração. Como ocorre com os metais e os materiais cerâmicos, as propriedades dos polímeros estão relacionadas demaneira complexa aos elementos estruturais do material. Os polímeros se constituem em moléculas de cadeia longa com grupos repetitivos que apresentam ligações covalentes geralmente muito for- tes. Os principais elementos dessa cadeia são carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, flúor e outros elementos não metálicos. As cadeias se unem entre si por ligações secundárias (forças de van der Waals) relativamente fracas. Suas propriedades principais são baixa resistência, baixa densidade, facilidade de conformação em formas complexas, difícil reparação e, em geral, baixa resistência aos raios ultravioleta. De acordo com Callister Junior (2006), algumas das características mecânicas e térmicas dos polímeros representam uma função da habilidade dos segmentos da cadeia em experimentar uma rotação em resposta a aplicações de tensões ou a vibrações térmicas. As características físicas de um polímero dependem do seu peso molecular, da sua forma e, também, das diferenças na estrutura das cadeias moleculares. As técnicas modernas de síntese de polímeros permitem um controle considerável sobre várias possibilidades estruturais. Entre as estruturas moleculares, estão as lineares, ramificadas, com ligações cruzadas, em rede, além de várias configurações isoméricas. Portanto, os materiais são escolhidos a partir de um banco de dados obtidos por meio de ensaios laboratoriais, os quais, muitas vezes, podem não se ajustar exatamente às aplicações reais de Engenharia, embora funcionem como um norte para a escolha do melhor material. Por exemplo, materiais com a mesma composição química podem ter propriedades mecânicas muito diferentes, determinadas por sua microestrutura. Além disso, mudanças de tempera- tura, natureza cíclica das tensões aplicadas, alterações químicas causadas pela oxidação, corrosão ou erosão, mudanças microestruturais causadas pela temperatura, ação de eventuais defeitos introduzidos durante a fabricação e outros fatores são capazes de alterar o comportamento mecânico dos materiais. 9Estrutura e propriedade dos materiais Para saber mais sobre como a estrutura interna dos materiais influencia nas suas propriedades, sugerimos o livro Fundamentos da Engenharia e Ciência dos Materiais, de William F. Smith e Javad Hashemi, publicado pela McGraw-Hill/Bookman em 2012. Macropropriedades dos materiais Pode-se conceituar a propriedade de um material de acordo com o tipo e a intensidade da resposta a um estímulo imposto a este. Entre as propriedades dos materiais, estão as mecânicas, físicas, elétricas, térmicas, magnéticas, ópticas, químicas e de degradação (corrosão, oxidação, desgaste). As propriedades mecânicas correspondem a um conjunto de propriedades de grande importância na indústria mecânica, as quais surgem quando o material está sujeito a esforços de natureza mecânica. Isso quer dizer que se avalia a capacidade do material de transmitir ou resistir aos esforços que lhe são aplicados, ou seja, determina-se a maior ou menor capacidade que o ma- terial apresenta não só durante o processo de fabricação, mas também durante sua utilização. O comportamento de um material quando sujeito a esforços mecânicos define as propriedades mecânicas; dessa forma, solicitações como cargas, peso próprio, ação do vento, etc. podem ser chamadas de esforços mecânicos, a que constantemente se submetem os materiais de construção. Existem alguns comportamentos dos materiais quanto à deformação, quando solicitados a um esforço, que podem ser elásticos ou plásticos. O comportamento elástico refere-se ao momento em que, quando se aplica uma tensão no material e ele deforma, seguida da remoção desse carregamento, sua estrutura inicial é recuperado. O comportamento plástico se dá quando não ocorre essa recuperação inicial após a retirada de tensão, mas uma re- cuperação parcial. A plasticidade pode se apresentar no material como maleabilidade — pro- priedade que um material (p. ex., um aço) apresenta de poder ser laminado, estampado, forjado, entortado e repuxado — e como ductilidade, que corres- ponde ao oposto da fragilidade — os materiais, ao sofrerem a ação de uma força, deformam-se plasticamente sem se romperem. Uma característica do Estrutura e propriedade dos materiais10 material dúctil é suportar uma elevada deformação (geralmente compreendem os materiais com baixo teor de carbono). Quando o material tem a capacidade de absorver pouca energia até a fratura é denominado frágil, ou seja, rompe-se com baixa deformação. Entre as propriedades mecânicas, a mais importante é a resistência mecâ- nica, a qual corresponde à resistência à ação de determinados tipos de esforços, como a tração e a compressão, isto é, permite que o material consiga resistir à ação dos esforços. A resistência mecânica está relacionada às forças internas de atração existentes entre as partículas que compõem o material e, também, relaciona a deformação com a aplicação de uma carga. A dureza consiste na resistência do material à penetração, ao desgaste mecânico e à deformação plástica permanente. Em geral, materiais duros são também frágeis e, quanto maior a dureza, maior a resistência ao desgaste. E, ainda, a fragilidade corresponde à propriedade na qual o material apresenta baixa resistência a choques, podendo-se dizer que se trata de materiais duros que tendem a quebrar quando sofrem choques ou batidas (p. ex., o vidro). Os materiais também podem ter comportamentos distintos quanto à tena- cidade e à resiliência. A primeira é a capacidade de absorver energia antes da ruptura, diferindo-se da resistência à tração, que significa a medida necessária de tensão para o material romper. E a resiliência equivale à capacidade de absorver energia quando a ruptura ocorre no estado elástico, ou seja, trata-se da capacidade do material de absorver energia quando deformado elasticamente. Segundo Callister Junior (2006), a aplicabilidade dos materiais cerâmicos é limitada em certos aspectos em virtude de suas propriedades mecânicas, em muitos aspectos inferiores, por exemplo, às dos metais. A principal des- vantagem consiste em uma disposição à fratura metrófica de maneira frágil, com muito pouca absorção de energia, em que o processo de fratura frágil refere-se à formação e à propagação de trincas pela seção reta do material em uma direção perpendicular à carga aplicada. Para os polímeros, suas propriedades mecânicas são especificadas por meio de muitos dos mesmos parâmetros usados para os metais, como módulo de elasticidade, limite de resistência à tração e resistências ao impacto e à fadiga — aqui, o aumento da temperatura, por exemplo, ou a diminuição da taxa de deformação levam a uma diminuição do modulo de tração, a uma redução do limite de resistência à tração e a uma melhoria da ductilidade. Já as propriedades elétricas determinam o comportamento dos materiais quando submetidos à passagem de uma corrente elétrica. Elas podem ser 11Estrutura e propriedade dos materiais classificadas como condutividade elétrica, que corresponde à capacidade de determinados materiais de conduzir a corrente elétrica, e, ainda, resistividade, a resistência que o material oferece à passagem da corrente elétrica, como a capa plástica que recobre o fio elétrico. Vale ressaltar que a capacidade isolante de um material nem sempre é proporcional à espessura, existindo outros fatores, como área específica e porosidade, que influenciam nessa característica. A madeira, por exemplo, é um material que apresenta comportamento isolante quando seca; no entanto, quando úmida, tem característica condutora. Ainda, as propriedades térmicas são as que determinam o comportamento dos materiais quando submetidos a variações de temperatura, tanto no proces- samento do material quanto na sua utilização. Tal propriedade é verificada no comportamento que o material pode oferecer quando em trabalho (materiais resistentes a altas ou baixas temperaturas), ou seja, um material pode contrair ou dilatarcom a temperatura e sua estrutura se alterar. O conhecimento dessa propriedade também está relacionado à fabricação do material onde o ponto de fusão corresponde à temperatura que o material passa do estado sólido para o líquido e o ponto de ebulição, a temperatura em que o material passa do estado líquido para o gasoso. E, ainda, dentro das propriedades térmicas, está a dilatação térmica, a propriedade que faz com que os materiais, em geral, aumentem de tamanho em temperaturas elevadas, e a condutividade térmica, a capacidade que determinados materiais têm de conduzir o calor. Os materiais metálicos apresentam plasticidade, isto é, podem ser deformados ao se quebrarem e são bons condutores de calor e de eletricidade. Essas propriedades térmica e elétrica estão ligadas à mobilidade dos elétrons e dos átomos da estrutura desses materiais. Em comparação a materiais não metálicos, é possível verificar que, em sua maioria, são maus condutores de calor e eletricidade. A Figura 1 mostra uma fotografia de um cubo quente fabricado a partir de um material isolante à base de fibra de sílica. Apenas alguns segundos após ter sido retirado de um forno quente, o cubo pode ser segurado pelas arestas Estrutura e propriedade dos materiais12 com as mãos nuas. A condutividade térmica desse material é tão pequena que a condução de calor do seu interior para a superfície é muito reduzida. Figura 1. Cubo quente feito a partir de material isolante. Fonte: Callister Junior (2006). Para as construções, por exemplo, a condutividade térmica consiste em um parâmetro muito importante, pois permite estimar o fluxo de calor através de uma parede, ou seja, ao se considerarem dois ambientes separados por um elemento com diferentes temperaturas, o calor do ambiente mais quente será transmitido por condução externa e radiação para a superfície da parede, atravessando por condutividade interna e transmitindo-se para o ambiente frio por condutividade externa e radiação. A propriedade magnética é aquela que demonstra a resposta de um material à aplicação de um campo magnético, como o equipamento envolvido na técnica de ressonância magnética. Já a propriedade óptica é aquela em que o estímulo é a radiação eletro- magnética ou a radiação luminosa, verificada pela transmitância de luz de três amostras de óxido de alumínio, uma em monocristral, outra em vários 13Estrutura e propriedade dos materiais monocristais muito pequenos e conectados entre si e outra com vários cristais muito pequenos e grande número de poros, conforme mostra a Figura 2. Figura 2. Transmitância de luz nas amostras de óxido de alumínio. Fonte: Adaptada de Callister Junior (2006) Monocristal Vários monocristais muito pequenos conectados entre si Vários cristais muito pequenos e grande números de poros A propriedade química de um material é aquela relacionada à reatividade química dele — uma barra de aço pode ser dobrada até a forma de uma ferradura utilizando-se um conjunto de porca e parafuso e, enquanto a peça fica imersa em água do mar, trincas de corrosão sob tensão se formam ao longo da parte dobrada, ou seja, nas regiões em que as forças de tração são maiores. Tais propriedades dizem respeito à diminuição da eficiência do material quando em contato com outros materiais ou com o ambiente. Em obras, é comum a ocorrência de corrosão (a ácidos e soluções salinas) e fadiga. De acordo com Callister Junior (2006), os mecanismos de deterioração são diferentes para os três diferentes tipos de materiais. Nos metais, existe uma perda efetiva de material, seja ela por dissolução (corrosão), seja pela formação de uma incrustação ou película de material não metálico (oxidação). Os materiais cerâmicos são relativamente resistentes à deterioração, geral- mente em elevadas temperaturas ou em meio externo. No caso dos polímeros, os mecanismos e as consequências são diferentes, sendo utilizado o termo “degradação”. Estes podem dissolver quando expostos a um solvente líquido ou absorver o solvente e sofrer inchamento. Estrutura e propriedade dos materiais14 AMBROZEWICZ, P. H. L. Materiais de construção: normas, especificações, aplicação e ensaios de laboratório. São Paulo: Pini, 2015. 460 p. CALLISTER JUNIOR, W. D. Fundamentos da ciência e engenharia de materiais. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 702 p. FERRAZ, H. O Aço na Construção Civil. Revista Eletrônica de Ciências, São Carlos, n. 22, out.-dez. 2003. Disponível em: <https://www.ft.unicamp.br/~mariaacm/ST114/O%20 A%C7O%20NA%20CONSTRU%C7%C3O%20CIVIL.pdf>. Acesso em: 8 out. 2018. GUAZZELLI, M. J.; PEREZ, J. Nanotecnologia: a manipulação do invisível. CV Artes Grá- ficas Ltda. Ipê; Dom Pedro de Alcântara: Centro Ecológico, 2009. 44 p. Disponível em: <http://www.centroecologico.org.br/novastecnologias/novastecnologias_1.pdf>. Acesso em: 8 out. 2018. MAIA, F. S. Avaliação de massas cerâmicas, processamento e propriedades dos produtos de cerâmica vermelha do polo cerâmico de Campos dos Goytacazes. 2012. 115 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciência dos Materiais)– Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, 2012. Disponível em: <http://uenf. br/posgraduacao/engenharia-de-materiais/wp-content/uploads/sites/2/2013/07/ Diserta%C3%A7%C3%A3o-Fernanda-dos-Santos-Maia.pdf>. Acesso em: 8 out. 2018. MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química: ensino médio. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2013. 3 v. PEREIRA, F. S. G. Polímeros: fundamentos científicos e tecnológicos. Recife: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, 2009. 94 p. (Apostila de curso). SMITH, W. F.; HASHEMI, J. Fundamentos de engenharia e ciência dos materiais. 5. ed. Porto Alegre: AMGH; Bookman, 2012. 734 p. Leitura recomendada SHACKELFORD, J. F. Ciência dos materiais. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2008. 576 p. 15Estrutura e propriedade dos materiais Conteúdo: Dica do professor Materiais naturais são transformados, permitindo que um novo material seja utilizado em diversas situações, nas quais estes não seriam apropriados. Sendo assim, é importante conhecer as classificações dos materiais naturais para que se faça o melhor uso de suas propriedades. Na Dica do Professor a seguir, você vai ver as três classificações básicas de materiais, as quais você precisa saber para definir qual é o melhor material a ser utilizado na construção de uma edificação. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e3bf75ec0dac53da6cf3f361b4fd9f55 Exercícios 1) Os materiais podem ser de várias classes de acordo com as suas propriedades. O objetivo de estudar suas tecnologias consiste em: A) controlar precisamente e individualmente os átomos para fabricar materiais com propriedades e desempenho específicos. B) fabricar materiais com novas propriedades. C) controlar as propriedades dos materiais. D) estudar e produzir materiais a nível macro para fabricar materiais com propriedades específicas. E) controlar os átomos, em geral, para fabricar materiais com desempenho específico. 2) A determinação e o conhecimento dos materiais são muito importantes para a escolha do material para determinada aplicação. Essa escolha é a partir: A) de um banco de dados obtidos por meio de ensaios laboratoriais. B) da análise do agrupamento e da organização dos átomos. C) da estrutura interna do material. D) da análise das características físicas do material. E) da avaliação da composição química dos materiais. O carbono é um elemento que existe em várias formas polimórficas e também no estado amorfo. A figura a seguir representa, respectivamente, quais estruturas desse elemento? 3) A) Uma célula unitária para a estrutura cristalina da grafita e a estrutura do diamante. B) Uma estrutura de um sólido cristalino de carbono simples e a estrutura do diamante. C) Uma célula unitária para a estrutura cúbica do diamante e aestrutura da grafita. D) A estrutura de uma célula de carbono da grafita e a estrutura cristalina do diamante. E) A estrutura da grafita e uma célula unitária para a estrutura cristalina cúbica do diamante. 4) O estudo das propriedades elétricas aborda os conceitos de resistividade e condutividade elétrica, pois são as mais relevantes quanto aos materiais de construção. Assinale a alternativa que define essas propriedades corretamente. A) Condutividade elétrica é a resistência à passagem da corrente elétrica através de um material, e a resistividade é a facilidade com que um material é capaz de transmitir uma corrente elétrica. B) Condutividade elétrica é a facilidade com que um material é capaz de transmitir uma corrente elétrica, e a resistividade é a resistência à passagem da corrente elétrica através de um material. C) Condutividade elétrica é a capacidade que um material apresenta de absorver energia, e a resistividade é a facilidade com que um material é capaz de transmitir uma corrente elétrica. D) Condutividade elétrica é a facilidade com que um material é capaz de transmitir uma corrente elétrica, e a resistividade é a capacidade que um material apresenta em absorver a energia. E) Condutividade elétrica é a resistência à passagem da corrente elétrica através de um material, e a resistividade é a capacidade que um material apresenta em absorver a energia. 5) A compreensão de muitas propriedades físicas dos materiais baseia-se no entendimento das forças existentes entre as moléculas. Em relação às ligações atômicas, assinale a alternativa correta. A) Cada ligação tem por objetivo fazer com que os átomos adquiram ligações metálicas. B) As ligações não costumam ocorrer concomitantemente em um mesmo material. C) Há três tipos de ligações diferentes: iônica, covalente e a força de Van der Waals. D) As ligações atômicas em alguns materiais podem ser puramente iônicas ou covalentes. E) A ligação metálica se dá por meio de uma aproximação muito intensa dos elementos. Na prática A estrutura amorfa é aquela observada em materiais que poderiam apresentar uma estrutura cristalina quando solidificados em condições especiais, ou seja, quando é resfriado a partir do líquido e exibe um aumento contínuo de sua viscosidade. Essas estruturas também podem ser chamadas de estruturas vítreas, as quais são formadas por arranjos atômicos aleatórios e sem simetria. Sendo assim, o vidro na construção civil deve ser fabricado com os devidos cuidados para que sejam garantidas as suas propriedades e a sua estrutura. Confira a seguir essa estrutura. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/0723413b-f944-41ca-b316-858656b9830e/0a0078cc-f40e-4155-a957-97d4bf3593c0.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Micro e nano manufatura: uma revisão de literatura No link a seguir, você terá acesso a um artigo que aborda o sistema de manufatura industrial, por meio de processos micro e nano com base em uma revisão de literatura. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/41818470.pdf
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