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Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Apresentação Entende-se como argamassa a mistura homogênea e em proporções adequadas de um ou mais aglomerantes, em geral cimento Portland e cal, e agregado miúdo, areia, com água. O tipo de aglomerante irá depender da finalidade, isto é, das propriedades requeridas em cada uma das formas de utilização. De maneira geral, são conhecidas por apresentar características como aderência e endurecimento. E independentemente do tipo selecionado, é imprescindível a realização de um controle tecnológico adequado a fim de evitar futuras manifestações patológicas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os principais tipos de argamassas e seus respectivos traços e ver alguns dos principais ensaios aplicados para garantir a qualidade e as possíveis patologias que podem surgir em decorrência de inadequações. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir os principais traços utilizados para argamassas.• Reconhecer os ensaios tecnológicos utilizados no controle de qualidade de argamassas.• Identificar as patologias decorrentes de argamassas com qualidade inadequada.• Desafio No que diz respeito ao emprego de argamassas como material de revestimento, uma das mais importantes características a ser avaliada é a resistência de aderência à tração, relativa à norma ABNT NBR 13.528, de 2010. A resistência de aderência nada mais é do que a capacidade das argamassas de suportar as tensões presentes na região de ligação entre estas e o substrato. Aspectos como porosidade, absorção de água, resistência mecânica e condições executivas da base têm grande influência no desempenho do material diante dessa solicitação. Veja a seguinte situação: Visando a fixar os procedimentos a serem seguidos para a realização de tal tarefa, responda: a) Qual é o passo a passo a ser seguido para a realização do ensaio? Quais materiais são necessários? E em qual(is) idade(s) de cura da argamassa deve ocorrer? b) Quais são os prováveis resultados a serem obtidos? Alguma informação deve ser coletada durante o teste? Infográfico Argamassas colantes são produtos industrializados compostos por cimento Portland, agregados minerais e aditivos químicos. Elas são comercializadas no estado seco para posterior mistura com a água, com o objetivo de formar uma massa com propriedades como viscosidade, plasticidade e aderência. Sua principal aplicação é o assentamento de peças cerâmicas no revestimento de pisos e paredes e conforme sua área de aplicação recebem uma denominação distinta. No Infográfico, conheça um pouco mais sobre os tipos de argamassas e suas principais características. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c2e3d638-26ac-49f0-9df5-d22056dac34c/300fc731-47fd-45e2-97f6-9ff91bd00dbc.jpg Conteúdo do livro No atual cenário da construção civil, tem-se dado grande ênfase aos fatores relacionados à durabilidade das edificações, ao conforto dos usuários e ao custo proveniente de reparos que poderiam ser evitados. A discussão desses aspectos e outros, como habitabilidade e vida útil, se intensificou principalmente após a norma ABNT NBR 15575:2013 – Desempenho das edificações entrar em vigor, mudando completamente o padrão de pensamento acerca das construções no Brasil. Na obra Materiais de Construção I, leia o capítulo Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas, base teórica para essa Unidade de Aprendizagem, e conheça um pouco mais sobre os possíveis danos que tais patologias podem trazer para as edificações. Boa leitura. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I Débora Bretas Silva Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir os principais traços utilizados para argamassas. � Reconhecer os ensaios tecnológicos utilizados no controle de qua- lidade de argamassas. � Identificar as patologias decorrentes de argamassas com qualidade inadequada. Introdução Utilizadas no assentamento de blocos cerâmicos, de concreto e de peças cerâmicas de acabamento, para revestimentos internos e externos, em contrapisos e como material decorativo, as argamassas são usadas nas mais variadas etapas da construção de uma edificação. Mesmo que o ramo da construção civil ainda seja considerado arcaico, com um longo percurso de avanços tecnológicos ainda a percorrer, no setor das argamassas, é cada vez mais comum o emprego de materiais industrializados ou dosados em central, retirando a fabricação do canteiro de obras. Entretanto, independentemente da argamassa selecionada, é preciso atentar-se para a procedência dos materiais utilizados e as técnicas empregadas, a fim de evitar problemas futuros, como o surgimento de manifestações patológicas que possam comprometer a durabilidade do material e da edificação como um todo. Neste capítulo, você conhecerá os diversos tipos de argamassas existentes, suas classificações, traços e ensaios de controle tecnológico. Além disso, você compreenderá as principais manifestações patológicas que podem surgir, principalmente nos revestimentos argamassados, em decorrência do uso de materiais de má qualidade ou de falhas durante as etapas de fabricação e execução. 1 Traços-base para argamassas Por definição, o termo argamassa é associado à mistura de um ou mais aglome- rantes, agregado miúdo (areia) e água. A essa mistura podem ser adicionados, ainda, aditivos e adições, a fim de aprimorar determinadas propriedades do material. As argamassas podem ser utilizadas de diversas maneiras e em várias etapas da obra, mas, comumente, suas principais finalidades são a solidari- zação — isto é, a união dos elementos construtivos, como blocos cerâmicos — e o revestimento. De acordo com Carasek (2007), as argamassas se classificam quanto à natureza, ao tipo, ao número e à consistência do aglomerante. Podem, ainda, ser divididas quanto a outras características, como plasticidade, densidade, modo de preparo/fornecimento e funções que desempenha. Assim, recebem denominações distintas, como ilustram as Figuras 1, 2 e 3. Figura 1. Modelo de classificação das argamassas em relação a vários critérios. Fonte: Adaptada de Carasek (2007). Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas2 Figura 2. Modelo de classificação das argamassas quanto às suas propriedades. Fonte: Adaptada de Carasek (2007). Figura 3. Modelo de classificação das argamassas quanto à sua finalidade. Fonte: Adaptada de Carasek (2007). 3Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Cada uma de suas destinações requer certas propriedades. Logo, as com- posições dependerão das características que se deseja alcançar. Em geral, argamassas de cimento são empregadas em assentamento de alvenarias de alicerce, uma vez que são necessárias certas propriedades, como endurecimento e resistência, sendo ainda muito utilizadas para chapisco, por apresentarem resistência em prazos menores. Contudo, apesar de sua resistência ser superior, as argamassas de cimento apresentam menor trabalhabilidade. Por outro lado, as argamassas de cal são mais plásticas e facilitam o aca- bamento, sendo, portanto, usadas nas camadas de emboço e reboco ou no assentamento de alvenarias de vedação. Já as argamassas mistas, compostas por cal e cimento, são utilizadas no assentamento de alvenarias em geral e de peças cerâmicas, tanto em pisos como paredes, e no emboço de forros e paredes. Argamassas hidráulicas são produzidas exclusivamente com aglomerantes hidráulicos (cimento Portland) ou têm um aglomerante hidráulico como aglomerante principal. Após o endurecimento, apresentam estabilidade à ação da água e endurecem mesmo debaixo d’água. Por sua vez, as argamassasaéreas utilizam exclusivamente aglomerantes que não são estáveis à umidade depois do endurecimento, como é o caso da cal hidratada (endurecimento pelos compostos existentes no ar, como o CO2) e do gesso (endure- cimento por reidratação), ou têm um aglomerante aéreo como principal. Existe atualmente, no mercado da construção civil, uma crescente busca por processos e materiais mais racionais e industrializados, isto é, que pro- porcionem maior agilidade para as construções, tenham um maior grau de controle tecnológico, produzam menos resíduos e visem ao mínimo desper- dício. Nesse sentido, tem sido cada vez mais comum o uso de argamassas industrializadas, como as colantes, e argamassas dosadas em central, como as úmidas estabilizadas. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas4 Em geral, as argamassas colantes comercializadas atualmente recebem a denominação de AC-I, AC-II e AC-III. As argamassas AC-I são recomendadas tanto para áreas secas quanto para úmidas, sendo que seu uso é indicado para revestimentos e aplicação de peças cerâmicas somente na parte interna da edificação. As argamassas AC-II, por sua vez, possibilitam a aplicação em áreas externas e internas, seja em paredes, fachas ou pisos. O único cuidado quanto à utilização desse tipo de argamassa refere-se ao contato dela com água quente e saunas, que deve ser evitado, apesar de apresentar resistência satisfatória à umidade. As argamassas AC-III apresentam custo elevado em comparação às demais, porém maior aderência e podem ser aplicadas tanto em áreas internas quanto externas, incluindo piscinas. As argamassas úmidas estabilizadas, como o próprio nome sugere, são capazes de manter sua trabalhabilidade por um maior período de tempo (24, 36 e até 72 horas), sem que isso repercuta negativamente em seu desem- penho no estado endurecido. Entretanto, um grande volume da produção de argamassas ainda ocorre in loco, isto é, no próprio canteiro da obra. Após a identificação do tipo mais adequado para a finalidade esperada, o passo seguinte é definir o traço a ser utilizado, ou seja, as proporções adequadas de cada um dos componentes, que são expressas em termos de volume. Em geral, as construtoras desenvolvem seus próprios traços ou utilizam as recomendações dos fabricantes, como de aditivos, mas algumas normativas como a versão anterior da ABNT NBR 7200 e a ASTM C 270 apresentam algumas sugestões de traços, como mostra o Quadro 1, a seguir (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1982 apud CARASEK, 2007; AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS, 1997 apud CARASEK, 2007). Diversos autores também sugerem traços-base, que podem ser usados como norteadores. Fiorito (2009) sugere, que as argamassas utilizadas para fins de revestimento de paredes sejam compostas por uma camada de chapisco na proporção 1:3 (cimento/areia), uma camada de emboço na proporção 1:2:9 (cimento/cal hidratada/areia) de cerca de 2 cm e, por fim, uma camada de reboco com também cerca de 2 cm e razão dos materiais de 1:1 ou 2:5 (cimento/ areia). Quando o objetivo é revestimento de pisos, essas camadas são uma pasta de cimento para elevar a aderência da argamassa de assentamento com o substrato, seguida da camada de assentamento na proporção de 1:1 ou 2:5 de aproximadamente 2,5 cm e, para finalizar, uma nova camada de pasta de cimento para a fixação do revestimento, de 1 mm de espessura. 5Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Tipo de argamassa Traço em volume Refe- rências Cimento Cal Areia Revestimento de paredes internas e fachadas 1 2 9 a 11 Assenta- mento de alvenaria estrutural Alvenaria em contato com o solo 1 0 – 1/4 2,25 a 3 x (volumes de cimento + cal) ABNT NBR 7200 versão de 1982 Alvenaria sujeita a esforços de flexão 1 1/2 ASTM C 270 Uso geral, em contato com solo 1 1 Uso restrito, interno/baixa resistência 1 2 Quadro 1. Traços recomendados por normativas nacionais e internacionais Recena (2012) destaca a importância de que os materiais selecionados para uso sejam de qualidade adequada — caso contrário, as propriedades alcançadas serão distintas daquelas esperadas. 2 Controle tecnológico de argamassas As argamassas utilizadas para assentamento de alvearias devem apresentar propriedades, como: boa trabalhabilidade (função da consistência e da plas- ticidade), aderência adequada, resistência mecânica e capacidade de absorver deformações. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas6 As argamassas de revestimento devem apresentar, ainda, valores adequados de retração, que ocorre tanto por secagem quanto pelas reações de hidratação do cimento. Desse modo, a propensão das argamassas sofrerem retração está diretamente ligada à granulometria da areia, uma vez que ela definirá o volume de vazios que será preenchido pela pasta (aglomerante + água). Se esse volume for elevado, uma maior quantidade de pasta será requerida para preenchê-lo e, consequentemente, maior será a tendência de ocorrer retração. Areias de granulometria uniforme apresentam maior índice de vazios que as de granulometria descontínua, que, por sua vez, têm mais vazios que as areais de granulometria contínua. Para garantir que tais propriedades estão sendo alcançadas, é imprescin- dível a realização de um controle de qualidade. Somente por meio de ensaios normatizados que é possível determinar se determinada amostra de argamassa encontra-se nos padrões tecnológicos adequados para emprego. A seguir, você verá alguns dos principais ensaios que podem ser realizados. Índice de consistência Um dos principais ensaios realizados para o controle de qualidade das arga- massas no estado fresco é o ensaio de determinação do índice de consistência. A consistência de uma argamassa é basicamente sua maior ou menor aptidão a sofrer deformações quando sob a ação de carregamentos. O teste é realizado por meio do método de mesa de consistência (flow table), conforme estabe- lece a ABNT NBR 13276 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2016). Basicamente, o ensaio consiste em produzir a argamassa e utilizá-la para preencher um molde troncônico posicionado na parte central da mesa para índice de consistência, ilustrada pela Figura 4a. O preenchimento do molde deve ser realizado em um total de três camadas de altura semelhante, sendo que se deve aplicar com um soquete metálico 15 golpes na primeira, 10 golpes na segunda e 5 golpes na terceira. Se, porventura, houver necessidade, o molde pode receber ainda mais argamassa para ser completamente preenchido. Após o preenchimento, o molde é rasado (movimentos de vai e vem para “alisar” a superfície), com o auxílio de uma régua metálica, e a região ao redor do molde deve ser completamente limpa com um pano seco. 7Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Após a retirada do molde com movimentos verticais, começa o ensaio propriamente dito. A mesa deve subir e cair 30 vezes em 30 segundos, quando for manual, e, se elétrica, realizados 30 golpes. Esse procedimento é feito para simular o lançamento da argamassa em determinada superfície, utilizando-se certa energia. Logo após a mesa cair pela última vez, mede-se o espalhamento em três pontos distintos, utilizando um paquímetro, como mostra a Figura 4b. O índice de consistência da argamassa será a média desses três valores de espalhamento (diâmetros). Figura 4. Ensaio de índice de consistência: a) mesa para ensaio; b) aferição do espalhamento. Fonte: Pcziczek (2017, p. 78). Retenção de água A retenção de água consiste na habilidade da argamassa de preservar sua trabalhabilidade ao ser submetida a solicitações que geram a perda da água de amassamento, seja por evaporação ou por absorção pelo substrato. Sua determinação é feita pelas recomendações da ABNT NBR 13277 (ASSO- CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005a) e baseia-se em medir a massa de água armazenada na argamassa posteriormenteà realização de uma sucção com uma bomba a vácuo em um funil de filtragem, conforme a Figura 5. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas8 Figura 5. Equipamento para ensaio de retenção de água. Fonte: Pereira (2013, p. 5). A retenção possibilita que as reações químicas referentes à hidratação do cimento e à carbonatação da cal (aglomerantes utilizados na produção da argamassa) ocorram gradualmente, gerando ganho de resistência. Conforme Carasek (2007), a retenção de água pode ter influências negativas em algumas propriedades no estado endurecido, tais como aderência, resistên- cia mecânica e durabilidade. Por esse motivo, a normativa internacional ASTM C-270 recomenda que a retenção de água das argamassas não seja inferior a 75%. No estado fresco, ainda podem ser determinados a massa específica e o teor de ar incorporado. 9Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Resistência de aderência à tração O ensaio de resistência de aderência à tração é um dos principais utilizados para o controle de qualidade das argamassas, visto que avalia uma das pro- priedades primordiais, que é a aderência. A norma que apresenta as recomendações para o ensaio é a ABNT NBR 13528. Segundo ela, o procedimento deve ser realizado aos 28 dias de cura em argamassas mistas (mais de um aglomerante) e de cimento e areia, e aos 56 dias de cura em argamassas de cal e areia (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010). O ensaio consiste em utilizar uma broca do tipo serra-copo acoplada em uma furadeira para demarcar os 12 corpos de prova representativos, que serão retirados durante o ensaio, e distribuídos aleatoriamente no substrato. O próximo passo é deixar a superfície limpa de contaminantes (óleo, poeira, etc.) para que as pastilhas sejam coladas (corpos de prova) — utiliza-se resina epóxi, poliéster ou outras semelhantes, sempre centradas nas marcações feitas no substrato, a fim de evitar excentricidades durante o arrancamento. O arrancamento propriamente dito é realizado por meio de um equipamento de tração (ver item 3.1 da norma) e consiste na aplicação do esforço de tração perpendicular a cada uma das amostras para posterior obtenção da tensão de ruptura. A resistência de aderência será a razão entre a carga de ruptura (N) obtida e a área do corpo de prova (mm2). Detalhes adicionais, como o modo de ruptura, também devem ser observados. Resistência à tração na flexão e compressão Os ensaios de resistência à tração na flexão e compressão são alguns dos mais importantes a serem realizados no estado endurecido e devem ser realizados conforme as recomendações da ABNT NBR 13279 (ASSOCIAÇÃO BRASI- LEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005b). Para o ensaio de tração na flexão, é necessário utilizar, pelo menos, três corpos de prova prismáticos (4 × 4 × 16 cm) representativos. Os ensaios devem ocorrer aos 28 dias de cura e com o auxílio de um equipamento de ensaio universal. Deve-se aplicar uma carga vertical centrada de 50 ± 10 N/s até que o corpo de prova rompa, como ilustra a Figura 6a. A partir do valor dessa carga e da distância entre os suportes do equipamento, calcula-se a resistência à tração na flexão, expressa em MPa. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas10 Após a realização do ensaio de tração na flexão, reserva-se as metades dos corpos de prova rompidos para serem realizados os ensaios de compressão, conforme Figura 6b. É importante posicioná-los de modo que a superfície que foi rasada no momento da moldagem não fique voltada para os dispositivos de apoio (parte inferior) de aplicação da carga (parte superior). No caso da resistência à compressão, o cálculo é realizado com a máxima carga aplicada pela área da seção quadrada, que é 40 × 40 mm, expressa em MPa. No es- tado endurecido, ainda podem ser determinados o módulo de elasticidade da argamassa, a resistência de aderência à tração, a absorção de água, o índice de vazios e a massa específica. Figura 6. Ensaio de resistência em argamassas: a) tração na flexão; b) compressão. Fonte: Fioresi et al. (2017). 11Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Existem diversas alternativas para utilizar revestimentos argamassados em paredes, como as ilustradas na imagem a seguir (a) chapisco + emboço + reboco + pintura (sistema que está entrando em desuso); (b) chapisco + camada única + pintura; (c) revestimento decorativo monocamada. 3 Patologias recorrentes em argamassas inadequadas Inúmeros são os motivos que podem desencadear manifestações patológicas nas edificações, tendo em vista os vários materiais que são utilizados, as dis- tintas técnicas construtivas existentes e a diversidade climática e o ambiental existentes no país. Entretanto, a grande maioria das patologias têm sua origem durante as etapas de projeto e execução. Em relação às argamassas, os problemas patológicos mais recorrentes são as eflorescências, o mofo (ou bolor), os descolamentos, as vesículas e as fissuras. Eflorescência A eflorescência é uma das patologias mais recorrentes nas argamassas, sendo o principal indicativo de sua presença o aparecimento de manchas brancas na parte externa dos elementos. Além desse efeito estético negativo, ilustrado na Figura 7, pode ocorrer, ainda, a desagregação do revestimento. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas12 O surgimento das eflorescências deve-se ao transporte por capilaridade de água e sais solúveis presentes no interior dos materiais até as camadas mais superficiais. Desse modo, para evitar tal problema, deve-se eliminar a entrada de umidade e selecionar adequadamente os materiais utilizados, a fim de se evitar contaminações e, consequentemente, a presença de sais. Figura 7. Eflorescência. Fonte: Eflorescência... (2018, documento on-line). Bolor ou mofo A presença constante de umidade nos revestimentos argamassados, espe- cialmente aqueles que não recebem incidência direta de raios solares, pode desencadear outra patologia, que é o mofo ou bolor. O mofo é uma manifestação visível a nível macroscópico decorrente do desenvolvimento de fungos, ou seja, microrganismos. 13Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Essas manifestações consistem em manchas escuras que vão desde colo- rações pretas, marrons até verdes, podendo também aparecer em tonalidades mais claras ou amareladas, como mostrado na Figura 8, a seguir. Além do inconveniente estético, pode provocar problemas respiratórios nos ocupantes desses espaços. Figura 8. Bolor em revestimento argamassado. Fonte: Oliveira (2011, p. 12). Descolamentos Outra patologia bastante comum relativa às argamassas são os descolamentos, ou seja, o isolamento de uma ou várias das camadas que compõem os revesti- mentos de argamassa por perda de aderência. Um forte indício de problemas dessa origem é o som oco produzido pelo revestimento ao ser golpeado. Segat (2005) aponta que alguns dos principais motivos para o descolamento são a utilização de traços inadequados de argamassas, materiais com excesso de finos, cal hidratada modificada ou qualidade questionável, instalação em base contaminada (impede que a nata do aglomerante adentre o substrato) ou Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas14 excessivamente lisa sem chapisco (reduz a aderência), camadas de argamassa com espessura muito elevada, entre outros. Os descolamentos podem ser com empolamento, em placas e com pulverulência. Descolamentos com empolamento são aqueles em que há o desprendimento entre as camadas de reboco e emboço, produzindo bolhas que aumentam de tamanho com o passar do tempo. A penetração de umidade em conjunto com a cal hidratada apenas parcialmente colabora para que, após a aplicação, a cal se expanda, tornando-se mais volumosa e maior em tamanho. Esse problema geralmente ocorre em argamassas mistas de cimento e cal, uma vez que as simples,que utilizam apenas cimento Portland, apresentam uma maior rigidez. Os descolamentos em placas recebem este nome em decorrência da for- mação de placas rígidas e difíceis de serem quebradas. Sua origem advém de uma aderência insuficiente entre as camadas que compõem o revestimento argamassado ou mesmo entre essas e o substrato ao qual foi aplicada. Os descolamentos com pulverulência têm como principais causas a pre- sença excessiva de materiais pulverulentos e/ou torrões de argila no agregado utilizado para fabricação da argamassa, traços inadequados com aglomerante insuficiente ou presença de cal em excesso, camadas muito grossas de reboco ou mesmo a realização de pinturas antes do período adequado. Argamassas com esse tipo de manifestação patológica têm aspecto friável, ou seja, esfarelam-se facilmente até mesmo ao serem comprimidas de forma manual. Vesículas Alguns materiais presentes na argamassa, como pedras de cal apenas par- cialmente destorroada, matéria orgânica e torrões de argila no aglomerante, podem provocar o surgimento de vesículas. Atribui-se o nome de vesícu- las a buracos ou furos que aparecem pontualmente na camada de reboco. Alguns aspectos relativos à coloração desses furos indicam a provável causa do problema. Por exemplo, para a cor branca, provavelmente o óxido de cálcio presente na cal sofreu uma hidratação retardada; se ela for preta, pode estar relacionada à presença de matéria orgânica ou pirita; e ainda, se for na cor vermelha-acastanhada, há concreções ferruginosas no aglomerante. Fissuras As fissuras que surgem nas argamassas de revestimento não estão relacionadas a movimentações ou fissurações da base da edificação — seja de concreto ou alvenaria —, mas, sim, a questões como: modo de execução do revestimento, 15Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas solicitações de origem higrotérmica e retração hidráulica da argamassa. Ade- mais, existe a possibilidade de que as fissuras estejam religadas a reações expansivas ou ataque por sulfatos. A retração nada mais é do que um fenômeno que comumente ocorre em materiais cimentícios, em que há uma variação volumétrica do material con- forme o que passa do estado plástico para o endurecido. É um fator negativo dos materiais cimentícios e tem forte ligação com a aparição das fissuras, as quais afetam diretamente a durabilidade do revestimento argamassado. Pode ter origem química (reações de hidratação do cimento), na secagem (quanti- dade de água utilizada no amassamento), por carbonatação (reações ligadas à cal) e térmica (calor de hidratação e acréscimo de calor devido à exposição). A retração por secagem em argamassa pode ser originada entre outras formas, quando há a aplicação em substrato excessivamente seco ou a massa perde água devido à exposição excessiva aos raios solares (principalmente em fachadas externas). Dois modos de fissuração merecem destaque: a fissuração mapeada e a horizontal — como ilustra a Figura 9. Figura 9. Fissuras: a) mapeadas de origem térmica; b) horizontais de origem higroscópica. Fonte: a) Zanzarini (2016, p. 63); b) Zanzarini (2016, p. 65). (a) (b) As fissuras mapeadas, como o próprio termo sugere, assumem as mais diversas formas e encontram-se espalhadas ao longo de toda a superfície do revestimento, tendo sua origem relacionada a fatores intrínsecos, isto é, do próprio do material, como: retração da argamassa, alto consumo de cimento, alto consumo de água de amassamento e elevado teor de finos. Porém, ou- tros fatores diversos também podem influenciar, tais como: aderência do revestimento com a base, número de camadas e suas respectivas espessuras, problemas de baixa retenção de água ou cura deficiente/ausente, entre outros. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas16 Por sua vez, as fissuras que ocorrem horizontalmente em revestimentos argamassados são provenientes da hidratação retardada do óxido de magnésio existente na cal, ou por ataque de sulfatos, ou por haver argilominerais com propriedades expansivas no agregado miúdo, gerando a expansão da arga- massa. É interessante observar que, justamente devido a essa expansão da argamassa de assentamento ocorrer essencialmente na vertical, no revestimento, as fissuras surgirão na horizontal, podendo acarretar ainda em outro tipo de manifestação patológica já comentada anteriormente, que é o descolamento do revestimento em placas. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13276: argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos: determinação do índice de consis- tência. Rio de Janeiro: ABNT, 2016. 2 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13277: argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da retenção de água. Rio de Janeiro: ABNT, 2005a. 3 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13279: argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro: ABNT, 2005b. 9 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13528: revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas: determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro: ABNT, 2010. 11 p. CARASEK, H. Argamassas: capítulo 26 do livro Materiais de Construção Civil. São Paulo: IBRACON, 2007. 79 p. (Apresentação de slides). Disponível em: http://aquarius.ime. eb.br/~moniz/matconst2/argamassa_ibracon_cap26_apresentacao.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020. EFLORESCÊNCIA na parede e no chão: descubra como evitar. Cimento Mauá, Contagem, 10 jan. 2018. Disponível em: https://cimentomaua.com.br/blog/eflorescencia-descubra- -como-evitar/. Acesso em: 8 jan. 2020. FIORESI, L. A. et al. Efeito da espessura da junta de assentamento no comportamento da alvenaria estrutural de blocos cerâmicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CERÂMICA, 61., 2017, Gramado. Anais [...]. Gramado: Centro de Eventos da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2017. FIORITO, A. J. Manual de argamassas e revestimentos: estudos e procedimentos de execução. 2. ed. São Paulo: Pini, 2009. 232 p. 17Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. OLIVEIRA, E. M. D. Materiais de construção civil. Porto Alegre: Instituto Federal do Rio Grande do Sul; FURG, 2011. 14 p. (Notas de aula). Disponível em: http://academico. riogrande.ifrs.edu.br/~elena.oliveira/Materiais%20de%20Constru%E7%E3o%20Civil/ Aula7.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020. PCZIECZEK, A. Análise das propriedades físicas e mecânicas de argamassa para revesti- mento utilizando cinza volante e resíduos de borracha de pneus inservíveis. Orientadora: Carmeane Effting. 2017. 141 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Centro de Ciências Tecnológicas, Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2017. Disponível em: http://www.udesc.br/arquivos/cct/id_cpmenu/706/adriane_pczie- czek_15160433350059_706.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020. PEREIRA, H. R. S. Análise da retenção de água em argamassas com resíduo de fundição. Joinville: Centro Universitário – Católica de Santa Catarina, 2013. 10 p. (Formulário para inscrição de projeto de Iniciação Científica). Disponível em: http://www.catolicasc.org. br/arquivosUpload/5388715351369419050.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020. RECENA, F. A. P. Conhecendo argamassa. 2. ed. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. 192 p. SEGAT, G. T. Manifestações patológicas observadas em revestimentos de argamassa: estudo de caso em conjunto habitacional popular na cidade de Caxias do Sul (RS). Orientadora: Angela BorgesMasuero. 2005. 166 f. Trabalho de Conclusão (Mestrado Profissionalizante em Engenharia) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/10139. Acesso em: 8 jan. 2020. ZANZARINI, J. C. Análise das causas e recuperação de fissuras em edificação residencial em alvenaria estrutural: estudo de caso. Orientador: Sérgio Roberto Oberhauser Quintanilha Braga. 2016. 83 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) – Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2016. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/ jspui/handle/1/6879. Acesso em: 8 jan. 2020. Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas18 Dica do professor Os revestimentos decorativos monocamada, ou monocapa, como também são conhecidos, são uma excelente opção para eliminar etapas e, consequentemente, agilizar a execução dos revestimentos. Na Dica do Professor, veja com mais detalhes o funcionamento desse tipo de revestimento, suas formas de aplicação e comercialização, bem como as principais vantagens e desvantagens de seu uso. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/0cc2e2e089578068d90c3a84a98a985d Exercícios 1) A manifestação patológica que é originada pela entrada da água nos poros da argamassa que carrega o hidróxido de cálcio para a superfície, prejudicando a estética da edificação pelo surgimento de manchas brancas, é denominada: A) eflorescência. B) bolor e mofo. C) desagregação. D) descolamento. E) fissuração. 2) O fenômeno conhecido como retração é o processo de redução de volume ocasionado principalmente pela perda de água e/ou perda de ar – neste caso, quando há muito ar incorporado na argamassa. Em relação a esse fenômeno, analise as afirmações a seguir: I – Quanto maior o fator água/aglomerante, maior será a retração por secagem. II – Quanto maior a retração, maior a probabilidade de haver fissuração no revestimento. III – Argamassas com agregado de granulometria uniforme apresentam retração menor que argamassas com agregado de granulometria contínua. IV – Argamassas com alto volume de vazios apresentam retração menor que argamassas com poucos vazios. Estão corretas as seguintes afirmações: A) I e II. B) I, II e III. C) II e III. D) II, III e IV. E) I, II, III e IV. 3) A argamassa de assentamento é utilizada para formar as alvenarias, sua aplicação é bastante simples e pode ser feita com uma colher de pedreiro ou até mesmo com bisnagas, dependendo do tipo de superfície que será aplicada. As alvenarias geradas podem ter função de vedação ou função estrutural, a depender do modelo estrutural adotado. Assinale a alternativa que não corresponde a uma função ou característica das argamassas de assentamento. A) A argamassa de assentamento deve unir os blocos da alvenaria, a fim de constituir um único elemento. B) A argamassa de assentamento deve distribuir os carregamentos atuantes na parede por toda a área resistente dos blocos. C) A argamassa de assentamento deve selar as juntas, a fim de garantir a estanqueidade da alvenaria. D) A argamassa deve ter resistência superior aos blocos, principalmente ser for alvenaria estrutural. E) A argamassa deve evitar umidade ascendente oriunda do solo e da fundação para prevenir manifestações patológicas. 4) As argamassas industrializadas são definidas como material proveniente da dosagem controlada em instalação industrial. Elas são compostas por aglomerantes de origem mineral, agregados miúdos e eventualmente aditivos e/ou adições (ABNT NBR 13259). Supondo que você seja responsável por executar a aplicação de um revestimento cerâmico em meio externo que tem contato com água – neste caso, é a calçada de uma piscina com aquecimento solar –, qual seria o tipo de argamassa industrializada que você deveria utilizar para a obra, visando ao melhor desempenho? A) AC I. B) AC II. C) AC III. D) AC IV. E) AC V. Em determinada obra que está sob sua responsabilidade, os operários verificaram que o revestimento argamassado produzido in loco não está endurecendo, ou seja, o processo de 5) pega não está ocorrendo. Eles chamam você para ir até o local verificar o que pode estar ocasionando esse problema. Ao chegar na obra, você precisa verificar uma possível causa para essa complicação. Dentre as opções a seguir, qual seria a causa mais provável? A) Uso de cal virgem na mistura. B) Presença de torrões de argila no agregado miúdo. C) Uso de cimento Portland IV. D) Matéria orgânica em decomposição nos agregados. E) Presença de sais solúveis em alguma matéria-prima. Na prática Em muitos momentos o canteiro de obra é considerado um local a parte da própria obra, mas isso não é verdade. É preciso considerar o canteiro de obras de forma conjunta com a obra, uma vez que é nele que os materiais são armazenados, que as atividades são realizadas e, muitas vezes, onde os erros acontecem. Para garantir que nenhum inconveniente futuro aconteça, é preciso que o engenheiro se atente para os mínimos detalhes, principalmente para aqueles que não são considerados como relevantes. Conheça a história do engenheiro Joaquim e veja como diversos contratempos e até patologias podem ter causas simples, mas que passam despercebidas no dia a dia das obras. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Propriedades das argamassas no estado fresco e endurecido Para saber mais, assista ao vídeo e veja a execução de diferentes ensaios utilizados para avaliar as propriedades das argamassas, tanto no estado fresco como no endurecido. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Parâmetros de referência para perdas e consumo da tecnologia de revestimento com aplicação projetada de argamassa: estudos de casos Para saber mais, leia este artigo e veja diferentes estudos de caso sobre argamassas projetadas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Estudo comparativo entre argamassa estabilizada e argamassa convencional para revestimento Para saber mais sobre esse assunto, veja um estudo de caso comparando as vantagens e as desvantagens de utilização das argamassas convencionais e das argamassas estabilizadas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/FX-A0WYfcUo http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n54/Pag.46-53.pdf http://brjd.com.br/index.php/BRJD/article/view/1688/1614
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