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Tópico 12 - Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas

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Traços, ensaios de controle de qualidade 
e patologias de argamassas
Apresentação
Entende-se como argamassa a mistura homogênea e em proporções adequadas de um ou mais 
aglomerantes, em geral cimento Portland e cal, e agregado miúdo, areia, com água. O tipo de 
aglomerante irá depender da finalidade, isto é, das propriedades requeridas em cada uma das 
formas de utilização. De maneira geral, são conhecidas por apresentar características como 
aderência e endurecimento. E independentemente do tipo selecionado, é imprescindível a 
realização de um controle tecnológico adequado a fim de evitar futuras manifestações patológicas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os principais tipos de argamassas e seus 
respectivos traços e ver alguns dos principais ensaios aplicados para garantir a qualidade e as 
possíveis patologias que podem surgir em decorrência de inadequações.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os principais traços utilizados para argamassas.•
Reconhecer os ensaios tecnológicos utilizados no controle de qualidade de argamassas.•
Identificar as patologias decorrentes de argamassas com qualidade inadequada.•
Desafio
No que diz respeito ao emprego de argamassas como material de revestimento, uma das mais 
importantes características a ser avaliada é a resistência de aderência à tração, relativa à norma 
ABNT NBR 13.528, de 2010. A resistência de aderência nada mais é do que a capacidade das 
argamassas de suportar as tensões presentes na região de ligação entre estas e o substrato. 
Aspectos como porosidade, absorção de água, resistência mecânica e condições executivas da base 
têm grande influência no desempenho do material diante dessa solicitação.
Veja a seguinte situação:
Visando a fixar os procedimentos a serem seguidos para a realização de tal tarefa, responda:
a) Qual é o passo a passo a ser seguido para a realização do ensaio? Quais materiais são 
necessários? E em qual(is) idade(s) de cura da argamassa deve ocorrer?
b) Quais são os prováveis resultados a serem obtidos? Alguma informação deve ser coletada 
durante o teste?
Infográfico
Argamassas colantes são produtos industrializados compostos por cimento Portland, agregados 
minerais e aditivos químicos. Elas são comercializadas no estado seco para posterior mistura com a 
água, com o objetivo de formar uma massa com propriedades como viscosidade, plasticidade e 
aderência. Sua principal aplicação é o assentamento de peças cerâmicas no revestimento de pisos e 
paredes e conforme sua área de aplicação recebem uma denominação distinta.
No Infográfico, conheça um pouco mais sobre os tipos de argamassas e suas principais 
características.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c2e3d638-26ac-49f0-9df5-d22056dac34c/300fc731-47fd-45e2-97f6-9ff91bd00dbc.jpg
 
 
Conteúdo do livro
No atual cenário da construção civil, tem-se dado grande ênfase aos fatores relacionados à 
durabilidade das edificações, ao conforto dos usuários e ao custo proveniente de reparos que 
poderiam ser evitados. A discussão desses aspectos e outros, como habitabilidade e vida útil, se 
intensificou principalmente após a norma ABNT NBR 15575:2013 – Desempenho das 
edificações entrar em vigor, mudando completamente o padrão de pensamento acerca das 
construções no Brasil.
Na obra Materiais de Construção I, leia o capítulo Traços, ensaios de controle de qualidade e 
patologias de argamassas, base teórica para essa Unidade de Aprendizagem, e conheça um pouco 
mais sobre os possíveis danos que tais patologias podem trazer para as edificações.
Boa leitura.
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO I 
Débora Bretas Silva
Traços, ensaios de 
controle de qualidade e 
patologias de argamassas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir os principais traços utilizados para argamassas.
 � Reconhecer os ensaios tecnológicos utilizados no controle de qua-
lidade de argamassas.
 � Identificar as patologias decorrentes de argamassas com qualidade 
inadequada.
Introdução
Utilizadas no assentamento de blocos cerâmicos, de concreto e de peças 
cerâmicas de acabamento, para revestimentos internos e externos, em 
contrapisos e como material decorativo, as argamassas são usadas nas 
mais variadas etapas da construção de uma edificação. 
Mesmo que o ramo da construção civil ainda seja considerado arcaico, 
com um longo percurso de avanços tecnológicos ainda a percorrer, no 
setor das argamassas, é cada vez mais comum o emprego de materiais 
industrializados ou dosados em central, retirando a fabricação do canteiro 
de obras. Entretanto, independentemente da argamassa selecionada, é 
preciso atentar-se para a procedência dos materiais utilizados e as técnicas 
empregadas, a fim de evitar problemas futuros, como o surgimento de 
manifestações patológicas que possam comprometer a durabilidade do 
material e da edificação como um todo.
Neste capítulo, você conhecerá os diversos tipos de argamassas 
existentes, suas classificações, traços e ensaios de controle tecnológico. 
Além disso, você compreenderá as principais manifestações patológicas 
que podem surgir, principalmente nos revestimentos argamassados, em 
decorrência do uso de materiais de má qualidade ou de falhas durante 
as etapas de fabricação e execução. 
1 Traços-base para argamassas
Por definição, o termo argamassa é associado à mistura de um ou mais aglome-
rantes, agregado miúdo (areia) e água. A essa mistura podem ser adicionados, 
ainda, aditivos e adições, a fim de aprimorar determinadas propriedades do 
material.
As argamassas podem ser utilizadas de diversas maneiras e em várias 
etapas da obra, mas, comumente, suas principais finalidades são a solidari-
zação — isto é, a união dos elementos construtivos, como blocos cerâmicos 
— e o revestimento.
De acordo com Carasek (2007), as argamassas se classificam quanto à 
natureza, ao tipo, ao número e à consistência do aglomerante. Podem, ainda, 
ser divididas quanto a outras características, como plasticidade, densidade, 
modo de preparo/fornecimento e funções que desempenha. Assim, recebem 
denominações distintas, como ilustram as Figuras 1, 2 e 3.
Figura 1. Modelo de classificação das argamassas em relação a vários critérios.
Fonte: Adaptada de Carasek (2007).
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas2
Figura 2. Modelo de classificação das argamassas quanto às suas propriedades.
Fonte: Adaptada de Carasek (2007).
Figura 3. Modelo de classificação das argamassas quanto à sua finalidade.
Fonte: Adaptada de Carasek (2007).
3Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
Cada uma de suas destinações requer certas propriedades. Logo, as com-
posições dependerão das características que se deseja alcançar. Em geral, 
argamassas de cimento são empregadas em assentamento de alvenarias de 
alicerce, uma vez que são necessárias certas propriedades, como endurecimento 
e resistência, sendo ainda muito utilizadas para chapisco, por apresentarem 
resistência em prazos menores. Contudo, apesar de sua resistência ser superior, 
as argamassas de cimento apresentam menor trabalhabilidade.
Por outro lado, as argamassas de cal são mais plásticas e facilitam o aca-
bamento, sendo, portanto, usadas nas camadas de emboço e reboco ou no 
assentamento de alvenarias de vedação. Já as argamassas mistas, compostas 
por cal e cimento, são utilizadas no assentamento de alvenarias em geral e de 
peças cerâmicas, tanto em pisos como paredes, e no emboço de forros e paredes. 
Argamassas hidráulicas são produzidas exclusivamente com aglomerantes hidráulicos 
(cimento Portland) ou têm um aglomerante hidráulico como aglomerante principal. 
Após o endurecimento, apresentam estabilidade à ação da água e endurecem mesmo 
debaixo d’água.
Por sua vez, as argamassasaéreas utilizam exclusivamente aglomerantes que não 
são estáveis à umidade depois do endurecimento, como é o caso da cal hidratada 
(endurecimento pelos compostos existentes no ar, como o CO2) e do gesso (endure-
cimento por reidratação), ou têm um aglomerante aéreo como principal.
Existe atualmente, no mercado da construção civil, uma crescente busca 
por processos e materiais mais racionais e industrializados, isto é, que pro-
porcionem maior agilidade para as construções, tenham um maior grau de 
controle tecnológico, produzam menos resíduos e visem ao mínimo desper-
dício. Nesse sentido, tem sido cada vez mais comum o uso de argamassas 
industrializadas, como as colantes, e argamassas dosadas em central, como 
as úmidas estabilizadas.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas4
Em geral, as argamassas colantes comercializadas atualmente recebem a 
denominação de AC-I, AC-II e AC-III. As argamassas AC-I são recomendadas 
tanto para áreas secas quanto para úmidas, sendo que seu uso é indicado para 
revestimentos e aplicação de peças cerâmicas somente na parte interna da 
edificação. As argamassas AC-II, por sua vez, possibilitam a aplicação em 
áreas externas e internas, seja em paredes, fachas ou pisos. O único cuidado 
quanto à utilização desse tipo de argamassa refere-se ao contato dela com 
água quente e saunas, que deve ser evitado, apesar de apresentar resistência 
satisfatória à umidade. As argamassas AC-III apresentam custo elevado em 
comparação às demais, porém maior aderência e podem ser aplicadas tanto 
em áreas internas quanto externas, incluindo piscinas.
As argamassas úmidas estabilizadas, como o próprio nome sugere, são 
capazes de manter sua trabalhabilidade por um maior período de tempo 
(24, 36 e até 72 horas), sem que isso repercuta negativamente em seu desem-
penho no estado endurecido. 
Entretanto, um grande volume da produção de argamassas ainda ocorre 
in loco, isto é, no próprio canteiro da obra. Após a identificação do tipo mais 
adequado para a finalidade esperada, o passo seguinte é definir o traço a ser 
utilizado, ou seja, as proporções adequadas de cada um dos componentes, que 
são expressas em termos de volume. Em geral, as construtoras desenvolvem 
seus próprios traços ou utilizam as recomendações dos fabricantes, como de 
aditivos, mas algumas normativas como a versão anterior da ABNT NBR 7200 
e a ASTM C 270 apresentam algumas sugestões de traços, como mostra o 
Quadro 1, a seguir (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
1982 apud CARASEK, 2007; AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND 
MATERIALS, 1997 apud CARASEK, 2007).
Diversos autores também sugerem traços-base, que podem ser usados como 
norteadores. Fiorito (2009) sugere, que as argamassas utilizadas para fins de 
revestimento de paredes sejam compostas por uma camada de chapisco na 
proporção 1:3 (cimento/areia), uma camada de emboço na proporção 1:2:9 
(cimento/cal hidratada/areia) de cerca de 2 cm e, por fim, uma camada de 
reboco com também cerca de 2 cm e razão dos materiais de 1:1 ou 2:5 (cimento/
areia). Quando o objetivo é revestimento de pisos, essas camadas são uma 
pasta de cimento para elevar a aderência da argamassa de assentamento com 
o substrato, seguida da camada de assentamento na proporção de 1:1 ou 2:5 
de aproximadamente 2,5 cm e, para finalizar, uma nova camada de pasta de 
cimento para a fixação do revestimento, de 1 mm de espessura.
5Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
Tipo de argamassa
Traço em volume
Refe-
rências
Cimento Cal Areia
Revestimento de paredes 
internas e fachadas
1 2 9 a 11
Assenta-
mento de 
alvenaria 
estrutural
Alvenaria 
em contato 
com o solo
1 0 
– 1/4
2,25 a 3 x 
(volumes 
de 
cimento 
+ cal)
ABNT 
NBR 7200 
versão 
de 1982
Alvenaria sujeita 
a esforços 
de flexão
1 1/2
ASTM 
C 270
Uso geral, em 
contato com solo
1 1
Uso restrito, 
interno/baixa 
resistência
1 2
Quadro 1. Traços recomendados por normativas nacionais e internacionais
Recena (2012) destaca a importância de que os materiais selecionados 
para uso sejam de qualidade adequada — caso contrário, as propriedades 
alcançadas serão distintas daquelas esperadas. 
2 Controle tecnológico de argamassas
As argamassas utilizadas para assentamento de alvearias devem apresentar 
propriedades, como: boa trabalhabilidade (função da consistência e da plas-
ticidade), aderência adequada, resistência mecânica e capacidade de absorver 
deformações.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas6
As argamassas de revestimento devem apresentar, ainda, valores adequados 
de retração, que ocorre tanto por secagem quanto pelas reações de hidratação 
do cimento. Desse modo, a propensão das argamassas sofrerem retração 
está diretamente ligada à granulometria da areia, uma vez que ela definirá 
o volume de vazios que será preenchido pela pasta (aglomerante + água). 
Se esse volume for elevado, uma maior quantidade de pasta será requerida para 
preenchê-lo e, consequentemente, maior será a tendência de ocorrer retração. 
Areias de granulometria uniforme apresentam maior índice de vazios que as 
de granulometria descontínua, que, por sua vez, têm mais vazios que as areais 
de granulometria contínua.
Para garantir que tais propriedades estão sendo alcançadas, é imprescin-
dível a realização de um controle de qualidade. Somente por meio de ensaios 
normatizados que é possível determinar se determinada amostra de argamassa 
encontra-se nos padrões tecnológicos adequados para emprego. A seguir, você 
verá alguns dos principais ensaios que podem ser realizados.
Índice de consistência
Um dos principais ensaios realizados para o controle de qualidade das arga-
massas no estado fresco é o ensaio de determinação do índice de consistência. 
A consistência de uma argamassa é basicamente sua maior ou menor aptidão 
a sofrer deformações quando sob a ação de carregamentos. O teste é realizado 
por meio do método de mesa de consistência (flow table), conforme estabe-
lece a ABNT NBR 13276 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2016).
Basicamente, o ensaio consiste em produzir a argamassa e utilizá-la para 
preencher um molde troncônico posicionado na parte central da mesa para 
índice de consistência, ilustrada pela Figura 4a. O preenchimento do molde 
deve ser realizado em um total de três camadas de altura semelhante, sendo 
que se deve aplicar com um soquete metálico 15 golpes na primeira, 10 golpes 
na segunda e 5 golpes na terceira. Se, porventura, houver necessidade, o molde 
pode receber ainda mais argamassa para ser completamente preenchido. Após 
o preenchimento, o molde é rasado (movimentos de vai e vem para “alisar” a 
superfície), com o auxílio de uma régua metálica, e a região ao redor do molde 
deve ser completamente limpa com um pano seco.
7Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
Após a retirada do molde com movimentos verticais, começa o ensaio 
propriamente dito. A mesa deve subir e cair 30 vezes em 30 segundos, quando 
for manual, e, se elétrica, realizados 30 golpes. Esse procedimento é feito para 
simular o lançamento da argamassa em determinada superfície, utilizando-se 
certa energia. Logo após a mesa cair pela última vez, mede-se o espalhamento 
em três pontos distintos, utilizando um paquímetro, como mostra a Figura 
4b. O índice de consistência da argamassa será a média desses três valores 
de espalhamento (diâmetros). 
Figura 4. Ensaio de índice de consistência: a) mesa para ensaio; b) aferição do espalhamento.
Fonte: Pcziczek (2017, p. 78).
Retenção de água
A retenção de água consiste na habilidade da argamassa de preservar sua 
trabalhabilidade ao ser submetida a solicitações que geram a perda da água 
de amassamento, seja por evaporação ou por absorção pelo substrato. Sua 
determinação é feita pelas recomendações da ABNT NBR 13277 (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005a) e baseia-se 
em medir a massa de água armazenada na argamassa posteriormenteà 
realização de uma sucção com uma bomba a vácuo em um funil de filtragem, 
conforme a Figura 5.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas8
Figura 5. Equipamento para ensaio de retenção de água.
Fonte: Pereira (2013, p. 5).
A retenção possibilita que as reações químicas referentes à hidratação 
do cimento e à carbonatação da cal (aglomerantes utilizados na produção da 
argamassa) ocorram gradualmente, gerando ganho de resistência.
Conforme Carasek (2007), a retenção de água pode ter influências negativas 
em algumas propriedades no estado endurecido, tais como aderência, resistên-
cia mecânica e durabilidade. Por esse motivo, a normativa internacional ASTM 
C-270 recomenda que a retenção de água das argamassas não seja inferior a 
75%. No estado fresco, ainda podem ser determinados a massa específica e 
o teor de ar incorporado.
9Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
Resistência de aderência à tração
O ensaio de resistência de aderência à tração é um dos principais utilizados 
para o controle de qualidade das argamassas, visto que avalia uma das pro-
priedades primordiais, que é a aderência. 
A norma que apresenta as recomendações para o ensaio é a ABNT NBR 
13528. Segundo ela, o procedimento deve ser realizado aos 28 dias de cura 
em argamassas mistas (mais de um aglomerante) e de cimento e areia, e aos 
56 dias de cura em argamassas de cal e areia (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2010).
O ensaio consiste em utilizar uma broca do tipo serra-copo acoplada em 
uma furadeira para demarcar os 12 corpos de prova representativos, que 
serão retirados durante o ensaio, e distribuídos aleatoriamente no substrato. 
O próximo passo é deixar a superfície limpa de contaminantes (óleo, poeira, 
etc.) para que as pastilhas sejam coladas (corpos de prova) — utiliza-se resina 
epóxi, poliéster ou outras semelhantes, sempre centradas nas marcações feitas 
no substrato, a fim de evitar excentricidades durante o arrancamento. 
O arrancamento propriamente dito é realizado por meio de um equipamento 
de tração (ver item 3.1 da norma) e consiste na aplicação do esforço de tração 
perpendicular a cada uma das amostras para posterior obtenção da tensão de 
ruptura. A resistência de aderência será a razão entre a carga de ruptura (N) 
obtida e a área do corpo de prova (mm2). Detalhes adicionais, como o modo 
de ruptura, também devem ser observados.
Resistência à tração na flexão e compressão
Os ensaios de resistência à tração na flexão e compressão são alguns dos mais 
importantes a serem realizados no estado endurecido e devem ser realizados 
conforme as recomendações da ABNT NBR 13279 (ASSOCIAÇÃO BRASI-
LEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005b).
Para o ensaio de tração na flexão, é necessário utilizar, pelo menos, três 
corpos de prova prismáticos (4 × 4 × 16 cm) representativos. Os ensaios devem 
ocorrer aos 28 dias de cura e com o auxílio de um equipamento de ensaio 
universal. Deve-se aplicar uma carga vertical centrada de 50 ± 10 N/s até que 
o corpo de prova rompa, como ilustra a Figura 6a. A partir do valor dessa 
carga e da distância entre os suportes do equipamento, calcula-se a resistência 
à tração na flexão, expressa em MPa.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas10
Após a realização do ensaio de tração na flexão, reserva-se as metades dos 
corpos de prova rompidos para serem realizados os ensaios de compressão, 
conforme Figura 6b. É importante posicioná-los de modo que a superfície que 
foi rasada no momento da moldagem não fique voltada para os dispositivos 
de apoio (parte inferior) de aplicação da carga (parte superior). No caso da 
resistência à compressão, o cálculo é realizado com a máxima carga aplicada 
pela área da seção quadrada, que é 40 × 40 mm, expressa em MPa. No es-
tado endurecido, ainda podem ser determinados o módulo de elasticidade da 
argamassa, a resistência de aderência à tração, a absorção de água, o índice 
de vazios e a massa específica.
Figura 6. Ensaio de resistência em argamassas: a) tração na flexão; 
b) compressão.
Fonte: Fioresi et al. (2017).
11Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
Existem diversas alternativas para utilizar revestimentos argamassados em paredes, 
como as ilustradas na imagem a seguir (a) chapisco + emboço + reboco + pintura 
(sistema que está entrando em desuso); (b) chapisco + camada única + pintura; 
(c) revestimento decorativo monocamada.
3 Patologias recorrentes em argamassas 
inadequadas
Inúmeros são os motivos que podem desencadear manifestações patológicas 
nas edificações, tendo em vista os vários materiais que são utilizados, as dis-
tintas técnicas construtivas existentes e a diversidade climática e o ambiental 
existentes no país. Entretanto, a grande maioria das patologias têm sua origem 
durante as etapas de projeto e execução.
Em relação às argamassas, os problemas patológicos mais recorrentes são as 
eflorescências, o mofo (ou bolor), os descolamentos, as vesículas e as fissuras.
Eflorescência 
A eflorescência é uma das patologias mais recorrentes nas argamassas, sendo 
o principal indicativo de sua presença o aparecimento de manchas brancas na 
parte externa dos elementos. Além desse efeito estético negativo, ilustrado na 
Figura 7, pode ocorrer, ainda, a desagregação do revestimento.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas12
O surgimento das eflorescências deve-se ao transporte por capilaridade de 
água e sais solúveis presentes no interior dos materiais até as camadas mais 
superficiais. Desse modo, para evitar tal problema, deve-se eliminar a entrada 
de umidade e selecionar adequadamente os materiais utilizados, a fim de se 
evitar contaminações e, consequentemente, a presença de sais. 
Figura 7. Eflorescência.
Fonte: Eflorescência... (2018, documento on-line). 
Bolor ou mofo
A presença constante de umidade nos revestimentos argamassados, espe-
cialmente aqueles que não recebem incidência direta de raios solares, pode 
desencadear outra patologia, que é o mofo ou bolor. O mofo é uma manifestação 
visível a nível macroscópico decorrente do desenvolvimento de fungos, ou 
seja, microrganismos.
13Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
 Essas manifestações consistem em manchas escuras que vão desde colo-
rações pretas, marrons até verdes, podendo também aparecer em tonalidades 
mais claras ou amareladas, como mostrado na Figura 8, a seguir. Além do 
inconveniente estético, pode provocar problemas respiratórios nos ocupantes 
desses espaços.
Figura 8. Bolor em revestimento argamassado.
Fonte: Oliveira (2011, p. 12).
Descolamentos
Outra patologia bastante comum relativa às argamassas são os descolamentos, 
ou seja, o isolamento de uma ou várias das camadas que compõem os revesti-
mentos de argamassa por perda de aderência. Um forte indício de problemas 
dessa origem é o som oco produzido pelo revestimento ao ser golpeado. 
Segat (2005) aponta que alguns dos principais motivos para o descolamento 
são a utilização de traços inadequados de argamassas, materiais com excesso 
de finos, cal hidratada modificada ou qualidade questionável, instalação em 
base contaminada (impede que a nata do aglomerante adentre o substrato) ou 
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas14
excessivamente lisa sem chapisco (reduz a aderência), camadas de argamassa 
com espessura muito elevada, entre outros. Os descolamentos podem ser com 
empolamento, em placas e com pulverulência.
Descolamentos com empolamento são aqueles em que há o desprendimento 
entre as camadas de reboco e emboço, produzindo bolhas que aumentam de 
tamanho com o passar do tempo. A penetração de umidade em conjunto com 
a cal hidratada apenas parcialmente colabora para que, após a aplicação, a cal 
se expanda, tornando-se mais volumosa e maior em tamanho. Esse problema 
geralmente ocorre em argamassas mistas de cimento e cal, uma vez que as 
simples,que utilizam apenas cimento Portland, apresentam uma maior rigidez.
Os descolamentos em placas recebem este nome em decorrência da for-
mação de placas rígidas e difíceis de serem quebradas. Sua origem advém de 
uma aderência insuficiente entre as camadas que compõem o revestimento 
argamassado ou mesmo entre essas e o substrato ao qual foi aplicada.
Os descolamentos com pulverulência têm como principais causas a pre-
sença excessiva de materiais pulverulentos e/ou torrões de argila no agregado 
utilizado para fabricação da argamassa, traços inadequados com aglomerante 
insuficiente ou presença de cal em excesso, camadas muito grossas de reboco 
ou mesmo a realização de pinturas antes do período adequado. Argamassas com 
esse tipo de manifestação patológica têm aspecto friável, ou seja, esfarelam-se 
facilmente até mesmo ao serem comprimidas de forma manual.
Vesículas
Alguns materiais presentes na argamassa, como pedras de cal apenas par-
cialmente destorroada, matéria orgânica e torrões de argila no aglomerante, 
podem provocar o surgimento de vesículas. Atribui-se o nome de vesícu-
las a buracos ou furos que aparecem pontualmente na camada de reboco. 
Alguns aspectos relativos à coloração desses furos indicam a provável causa 
do problema. Por exemplo, para a cor branca, provavelmente o óxido de cálcio 
presente na cal sofreu uma hidratação retardada; se ela for preta, pode estar 
relacionada à presença de matéria orgânica ou pirita; e ainda, se for na cor 
vermelha-acastanhada, há concreções ferruginosas no aglomerante.
Fissuras
As fissuras que surgem nas argamassas de revestimento não estão relacionadas 
a movimentações ou fissurações da base da edificação — seja de concreto ou 
alvenaria —, mas, sim, a questões como: modo de execução do revestimento, 
15Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
solicitações de origem higrotérmica e retração hidráulica da argamassa. Ade-
mais, existe a possibilidade de que as fissuras estejam religadas a reações 
expansivas ou ataque por sulfatos.
A retração nada mais é do que um fenômeno que comumente ocorre em 
materiais cimentícios, em que há uma variação volumétrica do material con-
forme o que passa do estado plástico para o endurecido. É um fator negativo 
dos materiais cimentícios e tem forte ligação com a aparição das fissuras, as 
quais afetam diretamente a durabilidade do revestimento argamassado. Pode 
ter origem química (reações de hidratação do cimento), na secagem (quanti-
dade de água utilizada no amassamento), por carbonatação (reações ligadas à 
cal) e térmica (calor de hidratação e acréscimo de calor devido à exposição). 
A retração por secagem em argamassa pode ser originada entre outras 
formas, quando há a aplicação em substrato excessivamente seco ou a massa 
perde água devido à exposição excessiva aos raios solares (principalmente 
em fachadas externas). 
Dois modos de fissuração merecem destaque: a fissuração mapeada e a 
horizontal — como ilustra a Figura 9. 
Figura 9. Fissuras: a) mapeadas de origem térmica; b) horizontais de origem higroscópica.
Fonte: a) Zanzarini (2016, p. 63); b) Zanzarini (2016, p. 65).
(a) (b)
As fissuras mapeadas, como o próprio termo sugere, assumem as mais 
diversas formas e encontram-se espalhadas ao longo de toda a superfície do 
revestimento, tendo sua origem relacionada a fatores intrínsecos, isto é, do 
próprio do material, como: retração da argamassa, alto consumo de cimento, 
alto consumo de água de amassamento e elevado teor de finos. Porém, ou-
tros fatores diversos também podem influenciar, tais como: aderência do 
revestimento com a base, número de camadas e suas respectivas espessuras, 
problemas de baixa retenção de água ou cura deficiente/ausente, entre outros.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas16
Por sua vez, as fissuras que ocorrem horizontalmente em revestimentos 
argamassados são provenientes da hidratação retardada do óxido de magnésio 
existente na cal, ou por ataque de sulfatos, ou por haver argilominerais com 
propriedades expansivas no agregado miúdo, gerando a expansão da arga-
massa. É interessante observar que, justamente devido a essa expansão da 
argamassa de assentamento ocorrer essencialmente na vertical, no revestimento, 
as fissuras surgirão na horizontal, podendo acarretar ainda em outro tipo de 
manifestação patológica já comentada anteriormente, que é o descolamento 
do revestimento em placas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13276: argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos: determinação do índice de consis-
tência. Rio de Janeiro: ABNT, 2016. 2 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13277: argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da retenção de água. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2005a. 3 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13279: argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da resistência à tração 
na flexão e à compressão. Rio de Janeiro: ABNT, 2005b. 9 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13528: revestimento de 
paredes e tetos de argamassas inorgânicas: determinação da resistência de aderência 
à tração. Rio de Janeiro: ABNT, 2010. 11 p.
CARASEK, H. Argamassas: capítulo 26 do livro Materiais de Construção Civil. São Paulo: 
IBRACON, 2007. 79 p. (Apresentação de slides). Disponível em: http://aquarius.ime.
eb.br/~moniz/matconst2/argamassa_ibracon_cap26_apresentacao.pdf. Acesso em: 
8 jan. 2020.
EFLORESCÊNCIA na parede e no chão: descubra como evitar. Cimento Mauá, Contagem, 
10 jan. 2018. Disponível em: https://cimentomaua.com.br/blog/eflorescencia-descubra-
-como-evitar/. Acesso em: 8 jan. 2020.
FIORESI, L. A. et al. Efeito da espessura da junta de assentamento no comportamento 
da alvenaria estrutural de blocos cerâmicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CERÂMICA, 
61., 2017, Gramado. Anais [...]. Gramado: Centro de Eventos da Fundação de Apoio da 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2017. 
FIORITO, A. J. Manual de argamassas e revestimentos: estudos e procedimentos de 
execução. 2. ed. São Paulo: Pini, 2009. 232 p.
17Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
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Grande do Sul; FURG, 2011. 14 p. (Notas de aula). Disponível em: http://academico.
riogrande.ifrs.edu.br/~elena.oliveira/Materiais%20de%20Constru%E7%E3o%20Civil/
Aula7.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020.
PCZIECZEK, A. Análise das propriedades físicas e mecânicas de argamassa para revesti-
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de Ciências Tecnológicas, Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2017. 
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czek_15160433350059_706.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020.
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RECENA, F. A. P. Conhecendo argamassa. 2. ed. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. 192 p.
SEGAT, G. T. Manifestações patológicas observadas em revestimentos de argamassa: estudo 
de caso em conjunto habitacional popular na cidade de Caxias do Sul (RS). Orientadora: 
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ZANZARINI, J. C. Análise das causas e recuperação de fissuras em edificação residencial em 
alvenaria estrutural: estudo de caso. Orientador: Sérgio Roberto Oberhauser Quintanilha 
Braga. 2016. 83 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) 
– Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal 
do Paraná, Campo Mourão, 2016. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/
jspui/handle/1/6879. Acesso em: 8 jan. 2020.
Traços, ensaios de controle de qualidade e patologias de argamassas18
Dica do professor
Os revestimentos decorativos monocamada, ou monocapa, como também são conhecidos, são uma 
excelente opção para eliminar etapas e, consequentemente, agilizar a execução dos revestimentos.
Na Dica do Professor, veja com mais detalhes o funcionamento desse tipo de revestimento, suas 
formas de aplicação e comercialização, bem como as principais vantagens e desvantagens de seu 
uso.
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Exercícios
1) A manifestação patológica que é originada pela entrada da água nos poros da argamassa que 
carrega o hidróxido de cálcio para a superfície, prejudicando a estética da edificação pelo 
surgimento de manchas brancas, é denominada:
A) eflorescência.
B) bolor e mofo.
C) desagregação.
D) descolamento.
E) fissuração.
2) O fenômeno conhecido como retração é o processo de redução de volume ocasionado 
principalmente pela perda de água e/ou perda de ar – neste caso, quando há muito ar 
incorporado na argamassa. Em relação a esse fenômeno, analise as afirmações a seguir:
I – Quanto maior o fator água/aglomerante, maior será a retração por secagem. 
II – Quanto maior a retração, maior a probabilidade de haver fissuração no revestimento. 
III – Argamassas com agregado de granulometria uniforme apresentam retração menor que 
argamassas com agregado de granulometria contínua. 
IV – Argamassas com alto volume de vazios apresentam retração menor que argamassas 
com poucos vazios.
Estão corretas as seguintes afirmações:
A) I e II.
B) I, II e III.
C) II e III.
D) II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
3) 
A argamassa de assentamento é utilizada para formar as alvenarias, sua aplicação é bastante 
simples e pode ser feita com uma colher de pedreiro ou até mesmo com bisnagas, 
dependendo do tipo de superfície que será aplicada. As alvenarias geradas podem ter função 
de vedação ou função estrutural, a depender do modelo estrutural adotado. Assinale a 
alternativa que não corresponde a uma função ou característica das argamassas de 
assentamento.
A) A argamassa de assentamento deve unir os blocos da alvenaria, a fim de constituir um único 
elemento.
B) A argamassa de assentamento deve distribuir os carregamentos atuantes na parede por toda 
a área resistente dos blocos.
C) A argamassa de assentamento deve selar as juntas, a fim de garantir a estanqueidade da 
alvenaria.
D) A argamassa deve ter resistência superior aos blocos, principalmente ser for alvenaria 
estrutural.
E) A argamassa deve evitar umidade ascendente oriunda do solo e da fundação para prevenir 
manifestações patológicas.
4) As argamassas industrializadas são definidas como material proveniente da dosagem 
controlada em instalação industrial. Elas são compostas por aglomerantes de origem mineral, 
agregados miúdos e eventualmente aditivos e/ou adições (ABNT NBR 13259). Supondo que 
você seja responsável por executar a aplicação de um revestimento cerâmico em meio 
externo que tem contato com água – neste caso, é a calçada de uma piscina com 
aquecimento solar –, qual seria o tipo de argamassa industrializada que você deveria utilizar 
para a obra, visando ao melhor desempenho?
A) AC I.
B) AC II.
C) AC III.
D) AC IV.
E) AC V.
Em determinada obra que está sob sua responsabilidade, os operários verificaram que o 
revestimento argamassado produzido in loco não está endurecendo, ou seja, o processo de 
5) 
pega não está ocorrendo. Eles chamam você para ir até o local verificar o que pode estar 
ocasionando esse problema. Ao chegar na obra, você precisa verificar uma possível causa 
para essa complicação. Dentre as opções a seguir, qual seria a causa mais provável?
A) Uso de cal virgem na mistura. 
B) Presença de torrões de argila no agregado miúdo.
C) Uso de cimento Portland IV.
D) Matéria orgânica em decomposição nos agregados.
E) Presença de sais solúveis em alguma matéria-prima.
Na prática
Em muitos momentos o canteiro de obra é considerado um local a parte da própria obra, mas isso 
não é verdade. É preciso considerar o canteiro de obras de forma conjunta com a obra, uma vez 
que é nele que os materiais são armazenados, que as atividades são realizadas e, muitas vezes, 
onde os erros acontecem.
Para garantir que nenhum inconveniente futuro aconteça, é preciso que o engenheiro se atente 
para os mínimos detalhes, principalmente para aqueles que não são considerados como relevantes.
Conheça a história do engenheiro Joaquim e veja como diversos contratempos e até patologias 
podem ter causas simples, mas que passam despercebidas no dia a dia das obras.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Propriedades das argamassas no estado fresco e endurecido
Para saber mais, assista ao vídeo e veja a execução de diferentes ensaios utilizados para avaliar as 
propriedades das argamassas, tanto no estado fresco como no endurecido.
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Parâmetros de referência para perdas e consumo da tecnologia 
de revestimento com aplicação projetada de argamassa: estudos 
de casos
Para saber mais, leia este artigo e veja diferentes estudos de caso sobre argamassas projetadas.
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Estudo comparativo entre argamassa estabilizada e argamassa 
convencional para revestimento
Para saber mais sobre esse assunto, veja um estudo de caso comparando as vantagens e as 
desvantagens de utilização das argamassas convencionais e das argamassas estabilizadas.
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http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n54/Pag.46-53.pdf
http://brjd.com.br/index.php/BRJD/article/view/1688/1614

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