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Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 1 Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 1. Hérnias diafragmáticas congênitas Epidemiologia causa relativamente comum de desconforto respiratório 90% é posterolateral esquerda (HERNIA DE BOCHDALECK) raramente bilateral minoria é anteromedial ou retroesternal (HERNIA DE MORGAGNI) Etiopatogênese: falha intrauterina no desenvolvimento do diafragma Fisiopatologia visceras abdominais deslocadas para o tórax → aumento da pressão → hipoplasia pulmonar + hipertensão pulmonar e desconforto respiratório → estimula persistência da circulação fetal com shunt direita esquerda = hipoxia na inspiração (pressão negativa) ocorro aumento do volume herniado hipoxemia + hipercapnia + acidose progressivos Manifestações clinicas Síndrome da HDC Hérnia diafragmática congênita Hipoplasia pulmonar Persistência do ducto arterioso Persistência do forame oval Má rotação intestinal Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 2 💡 crianças que nascem com malformações maiores têm um risco mais elevado de anomalias associadas!!! manifestações clinicas aparecem nas primeiras 24h quanto mais cedo surge o sintoma, mais grave o acometimento pulmonar dispneia, hipoperfusão (hipertensão pulmonar compromete VD) abdome escavado MV reduzido RHA no tórax aumento do diâmetro AP desvio do ictus e bulhas contralateral polidramnia materna na gestação 💡 Dx diferencial: eventração diafragmática - elevação anormal do diafragma, pode ser congênito - por falha de muscularização do diafragma - ou adquirido - lesão do nervo frênico. Assintomático no nascimento, porém com infecções de repetição em lactentes Diagnóstico: Pré natal - USG Pós natal - Radiografia de tórax alças intestinais no tórax redução de conteudo gasoso no abdome desvio do mediastino contralateral Tratamento Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 3 💡 Hérnias diafragmáticas congênitas não são emergência cirurgica, são emergência clínica = estabilize a hipertensão pulmonar primeiro pra depois resolver o defeito cirurgicamente Diagnóstico no pré-natal - cirurgia intraútero de oclusão da traqueia (atenua a hipoplasia pulmonar) Diagnóstico pós natal - estabilização clínica da HP + cirurgia incisão abdominal subcostal após 2 a 4 dias 2. Malformações broncopulmonares Malformação adenomatosa cistica Substituição do parênquima pulmonar por cistos em um lobo Fisiopatologia Superestímulo ao desenvolvimento de bronquíolos Subdesenvolvimento dos alvéolos Substituição do parênquima por massa cistica em um lobo Manifestações clínicas lesões volumosas → desconforto respiratório grave neonatal lesões pequenas → assintomáticos ou infecções de repetição em pré- escolar Diagnóstico Pré natal: USG (maioria) Pós natal: desconforto respiratório grave Radiografia de tórax imagens cisticas, ovalares, radioluscentes unilaterais Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 4 desvio do mediastino depressão do diafragma nas formas graves se fizer o Rx nas primeiras horas de vida pode ser que os cistos estejam repletos de liquido ainda. Mas quando o ar entra e ocupa, os cistos se tornam parecidos com as alças intestinais na cavidade torácica, parecendo uma HDC Tratamento: cirurgia de lobectomia (curativa) SE NÃO TRATADA PODE MALIGNIZAR 💡 Diferenciando HDC e MAC NA HDC não da pra visualizar o diafragma ipsilateral ao torax acometido NA HDC há abdome escavado e RHA no torax Na HDC esquerda o estômago pode estar em posição anormal na cavidade abdominal ou em posição toracica Se a sonda gástrica estiver na topografa normal do estomago → pensar em MAC Enfisema lobar congenito Maioria das vezes acometimento é Lobo Superior Esquerdo ou lobo médio direito Maioria tende a regredir espontâneamente Fisiopatologia Ocorre hiperinsuflação do parênquima por obstrução de bronquiolo devido a proliferação mucosa por compressão extrinseca vascular Ocorre hipoventilação do parênquima normal, comprimido pelo hiperinsuflado Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 5 Manifestação clinica: graus variados de desconforto respiratório hipertimpanismo unilateral Diagnóstico Radiografia de tórax hipertransparência compressão do pulmão saudável → atelectasia e desvio do mediastino contrário ao lado do enfisema (ATELECTASIA PUXA) Tratamento assintomático: observar sintomático: cirurgia de lobectomia 3.Atresia de esôfago e fístula traqueoesofágica Pode acontecer separado atresia de esôfago de fístula TE, mas frequentemente acontecem juntos 60% dos neonatos com atresia de esôfago/ FTE tem anomalias associadas 20% dos casos - trissomia do 8,13,21 10% dos casos - anomalia VACTERL (vertebral, anorretal, cardíaca, traqueia, esôfago, rim e rádio) cardíacas > anorretais > ósseas taxa de mortalidade decorre das anomalias associadas principalmente cardíacas Patogênese: reabsorção do terço médio do esôfago Classificação e frequência 1º - Atresia com fistula distal ( tipo III) 2º - Atresia sem fistula (tipo I) Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 6 3º - Atresia com fístula proximal (tipo II) Atresia com dupla fistula proximal e distal (tipo IV) Fistula em H sem atresia (tipo V) Manifestações clinicas da ATRESIA DE ESOFAGO COM FTE salivação excessiva regurgitação impossibildade de progredir sonda tosse engasgo taquipneia, cianose, apneia - refluxo do conteudo gastrico para traqueia pela fistula parada da progressão da sonda gástrica 8-12cm da narina do RN distensão gastrica aguda (ar entrando no esofao distal atravaes da comunicação traqueal) pneumonias aspirativas Manifestações clínicas da ATRESIA DE ESOFAGO SEM FTE Predomina sialorreia ‼ parada da progressão da sonda gástrica 8-12cm da narina do RN Quadro respiratório brando história de polidramnio ‼ Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 7 Diagnóstico Pré natal: USG polidramnio coto esofágico proximal dilatado câmara gástrica reduzida Pós natal Radiografia de tórax parada da progressão da sonda gástrica + gás no TGI abaixo do diafragma → Atresia de esôfago + FTE parada da progressão da sonda gástrica sem gás no TGI → Atresia de esôfago isolada Lembrar de solicitar Eco USG renal Avaliar malformações vertebrais pela radiografia 💡 o uso de contraste oral para visualizar a atresia de esôfago ou o nível dela, é fortemente desaconselhada pelo risco de broncoaspiração Tratamento Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 8 Enquanto aguarda cirurgia manter tronco elevado descomprimir a bolsa esofágica proximal com sonda de aspiração em sucção continua Nutrição parenteral ATB amplo espectro Cirurgia : toracotomia posterior + anastomose primária esofago- esofágica 25% não é possivel fazer a anastomose porque o coto proximal e distal estão muito longe → esofagostomia cervical + resseca coto distal + gastrostomia com posterior esofagogastroplastia 💡 Atresia de esôfago não é um urgência cirurgica Complicações pós op refluxo estenose da anastomose → dilatação endoscopica seriada deiscencia da anastomose - é a + precoce e grave cursa com mediastinite pneumotorax sepse traqueomalacia fistulas pequenas → jejum oral, atb e NPT (fecham espontaneamente) Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 9 grandes→ toracotomia com limpeza mediastino + ressecação do coto distal 4. Obstruções duodenais congênitas 💡 as malformações duodenais se relacionam bastante com Síndrome de Down e Prematuridade Classificação Intrinsecas Atresia duodenal Estenose duodenal Extrinsecas Pâncreas anular Bridas de Ladd Veia porta em posição anterior Atresia e estenose duodenal Estenose é menos frequente que atresia Até 50% dos pacientes com atresia duodenal podem apresentar vicios de rotação intestinal com risco de torção (volvo) Fisiopatologia: Durante a quinta e sexta semanas, a luz do duodeno torna-se progressivamente menor e é temporariamente obliterada, devido à proliferação de suas células epiteliais, recanalizando normalmente no finaldo período embrionário, havendo falha na recanalização → atresia e estenose duodenal Tipos Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 10 Manifestações clinicas OBSTRUÇÃO DUODENAL : Vômitos biliosos + distensão em andar superior do abdome ( gástrica) 💡 Atenção!!!! vômitos biliosos, algumas horas após nascimento, são o + precoce e + comum sinal de obstrução duodenal, ocorre em 100% dos casos com obstrução total. Diagnóstico Pré natal Polidramnio materno USG pré natal: dilatação gástrica e dilatação duodeno proximal Pós natal Radiografia abdome simples: Sinal da dupla bolha = atresia duodenal É ALTAMENTE SUGESTIVO E DISPENSA OUTROS EXAMES corresponde à dilatação do estômago e do duodeno proximal SEM GÁS NO RESTO DO INTESTINO Nos casos em que há presença da dupla bolha, mas o intestino com gás, devemos pensar em causas de obstrução Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 11 duodenal incompleta, por exemplo, membrana duodenal com perfuração, estenose ou causas de obstrução extrinsecas. Tratamento Conduta inicial diante da obstrução duodenal descompressão gástrica (sonda nasogástrica) controlar distúrbios hidroeletroliticos prevenção hipotermia Conduta definitiva: cirurgia de diamond shaped - anastomose em forma de diamante (sutura duodeno proximal transversalmente + duodeno distal longitudinal) 💡 Suspeita de volvo atrelada a atresia duodenal (queda do estado geral toxemia) - cirurgia de emergência Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 12 5. Atresia jejunoileal A atresia jejunoileal é a atresia gastrointestinal mais comum Associado com fibrose cistica gastrosquise Etiopatogenia: resultado de isquemia intrauterina, seguida de necrose do segmento isquêmico, que evolui para atresia Classificação tipo IV é a de pior prognóstico Manifestações clinicas Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 13 o bebê nasce sem distensão abdominal distensão abdominal após 18 a 24 horas de vida, mais intensa quanto mais baixa a obstrução pela atresia vômitos biliosos peristaltismo visivel obstruções mais baixas: ausência de eliminação de mecônio. Diagnóstico Radiografia de abdome distribuição heterogênea de gases pelo abdome Atresia jejunal alta: poucas alças intestinais dilatadas, na parte mais alta do abdome Atresia ileal baixa: grande distensão gasosa abdominal Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 14 Tratamento: ressecção do segmento (s) atrésico (s), preservando a maior quantidade possível de intestino em extensão. 6. Má rotação intestinal e volvo Embriologia 4 sem - diferenciação do intestino em anterior, médio e posterior intestino médio origina duodeno distal e 1/2 do transverso todos originados do intestino médio supridos por AMS 10 sem - intestino migra pra cavidade abdominal e rotaciona 270graus em torno da AMS 12 sem -rotação intestinal completa e fixação do intestino à parede posterior do abdome pelo mesentério a fixação adequada do intestino pelo mesentério, a fixação do duodeno ao angulo de Treitz garantem estabilidade ao intestino e impedem a torção (volvo) maioria dos defeitos de rotação ocorre encurtamento do mesentério estreitamento da base de inserção do mesentério no retroperitôneo - quanto + estreita a base do mesentério que fixa no retroperitôneo, > Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 15 chance de torção Patogênese rotação incompleta do intestino médio é o mais comum duodeno à direita da AMS colon do lado esquerdo da AMS mesentério único de base estreita pra o delgado e colon grande chance de volvo (torção) ( AMS passa nesse local, pode isquemiar) má rotação - bridas de ladd duodeno à direita da AMS ceco fica sobre o duodeno e forma aderências até o peritônio parietal do hipocôndrio direito essas aderências podem obstruir o duodeno extrinsecamente Manifestações clinicas : ocorrem no caso das complicações volvo e obstrução pelas bandas de Ladd VOLVO DE INESTINO MÉDIO - EMERGÊNCIA CIRÚRGICA 🚨 1. vômitos biliosos + distensão abdominal são os sinais mais frequentes de volvo do IM a. vômitos decorrem da obstrução duodenal pela torção Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 16 2. Eliminação de sangue pelo ânus ao toque a. estase venosa ao nivel da mucosa gera o sangramento 3. Sonolência, letargia, queda do estado geral 4. Parada de eliminação de gases e fezes 5. Massa palpável a. intestino torcido edemacia e se torna palpavel Diagnóstico Radiografia de abdome - contribui pouco nos casos de má rotação e volvo posição inadequada da sonda nasogástrica sinal da dupla bolha em caso de obstrução de duodeno associada (50%) Exame contrastado com fluoroscopia ⭐ melhor exame para diagnóstico dos vicios de rotação intestinal ligamento de Treitz à direita duodeno com aparência de saca-rolhas USG doppler : relação anormal dos vasos mesentéricos ( a veia não estará a direita da artéria) Tratamento cirurgia sempre indicada diante de má rotação - não sabemos quem vai evoluir com volvo: Procedimento de Ladd se houver torção é desfeita em sentido antihorario seccção das aderências entre ceco e duodeno na base do mesentério Apendicectomia associada no final: duodeno é posicionado à direita e o colon à esquerda ! Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 17 volvo de intestino médio é emergência cirúrgica 🚨 7. Intestino curto Decorre de Atresia intesinal Volvo intestino médio Enterocolite necrotizante Gastrosquise Manifestações clinicas: diarreia!!!! o intestino delgado, onde maior parte da agua e nutrientes é reabsorvida, fica reduzida, então as fezes vão para colon com maior quantidade de agua (diarreia) Tratamento dieta elementar ou oligométrica (pequenas particulas já prontas) nutrição parenteral cirurgico: aumentar a area de superficie cirurgia de bianchi - grampeamento cirurgia de STEP - enteroplastia transversal em serie 8. Ileo Meconial Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 18 Quase exclusivamente em RN com fibrose cistica 80-90% dos pacientes com ileo meconial tem FC até 20% dos portadores de FC tem ileo meconial na manifestação precoce Fisiopatologia: obstrução intestinal por mecônio espesso que impacta na porção terminal do delgado Manifestações clinicas ileo meconial não complicado - obstrução mecânica RN termo, peso normal sintomas surge 24-48h de vida vômitos biliosos distensão abdominal generalizada ausência eliminação de meconio ileo meconial complicado - perfuração intestinal intrautero ou neonatal + peritonite Diagnóstico Radiografia simples de abdome alças de delgado dilatadas - Quadrante inferior direito Aspecto de vidro triturado ou bolha de sabão (meconio + gás) Dosar eletrólitos para pesquisar Fibrose Cística Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 19 💡 Dx diferencial - síndrome da rolha meconial = quadro obstrutivo distal e benigno; também cursa com distensão abdominal importante + ausência de eliminação de mecônio nas primeiras 24h, mas ocorre eliminação de meconio em grande qntd após estímulo retal ou enema pode estar associado a Hischprung , DM materno, hipotireoidismo tratamento: lavagem intestinal com SF aquecido Tratamento Conservador - sucesso em até 75% dos casos!!! 💥 administração retal de substância hipertônica (gastrografina) 💥 Cirurgico para os casos complicados com perfuração, peritonite → ressecção do segmento acometido para os casos não complicados que não resolveram com tto conservador → enterotomia com irrigação, manipulação do meconio pro colon distal 9. Hischprung ou aganglianose intestinal congênita alteração da inervação parassimpática acometimento maioria das vezes em retossigmoide - 80% dos casos colon esquerdo ou transverso 17% todo o colon 8% uma das principais causas de suboclusão intestinal baixa neonatal Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 20 sexo masculino Fisiopatologia falha na migração das celulas da crista neural em direção ao intestino distal (pode ser em qq pte do intestino) ausência de células ganglionaresnos plexos mioentérico e submucoso zona aganglionar do cólon é sem peristalse, espástica os segmentos normais proximais, se dilatam pois fazem hipertrofia muscular Manifestação clinica mais precoce: ausência de eliminação de mecônio nas 48h após nascer 💡 ausência de eliminação de mecônio nas primeiras 48h é um sinal clássico de Hischprung, mas não deve ser considerado fundamental para o diagnóstico caso não diagnosticada no periodo neonatal constipação intestinal crônica distensão abdominal desnutrição deficit de crescimento peristalse visivel Exame fisico massa palpavel (bolo fecal) toque retal: ampola vazia + eliminação de fezes explosivas pode ocorrer 💥 Diagnóstico Radiografia de abdome - inespecifico Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 21 distensão importante do cólon redução do conteúdo gasoso no reto Enema contrastado ⭐ reto calibre menor comparado ao sigmoide proximal vê a zona de transição -mudança de calbre do colon saudavel pro reto aganglionar ausência de eliminação do contraste após 24 manometria anorretal fisiologia: evacuação acontece com contração do reto e relaxamento do esfincter anal interno , sendo necessária integridade do reflexo nervoso na DH pela ausência de celulas ganglionares, nao ocorre relaxamento do esfincter interno quando distendido por balão ou por fezes e o mecnismo da evacuação não se processa biópsia retal: padrão ouro para DH 🥇 ausência de celulas ganglionares hipertrofia dos troncos nervosos submucoso e mioenterico imunohistoquimica + pra acetilcolinesterase (porque há um aumento de fibras colinergicas pra tentar resolver o problema) Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 22 Tratamento : DH = cirurgia de DuHamel ressecção do segmento aganglionar e reconstrução do trânsito intestinal. Classicamente, era realizada uma colostomia no período neonatal e, após alguns meses, cirurgia reparadora de abaixamento de cólon, tipo Duhamel Nos últimos anos a cirurgia de Duhamel passou a ser realizada em um só tempo e em menor idade constipação é a complicação mais frequente Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 23 💡 Complicação DH: ( a zona acima da aganglionar sofre necrose) Enterocolite necrotizante - é a principal complicação e causa de obito nos pacientes com DH não corrigida geralmente acomete PREMATUROS (90% dos casos) Manifestação é nas duas primeiras semanas de vida Crianças saudáveis, prematuras que evoluem com Recusa alimentar distensão abdominal vomitos diarreia putrida hematoquezia Letargia Hipotensão Febre Diagnóstico pode ser aux pela Rx de abdome: a) distensão abdominal b) pneumatose intestinal (ar na subserosa) c) pneumoportia (ar na veia porta, é raro, sinal de gravidade) 10. Malformação anorretal a associação de malformação anorretal com outras malformações congenitas = forma sindrômica (60% dos casos) meninos ânus imperfurado + fístula retouretral ânus imperfurado + fistula retoperineal Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 24 meninas ânus imperfurado + fístula retovestibular ânus imperfurado + fistula retoperineal Fisiopatologia 6 sem gestação, o septo urogenital move-se caudalmente para dividir a cloaca em um sinus urogenital anterior e um canal anorretal posterior. A falha na formação desse septo resulta em uma fístula entre o intestino e o trato urinário A falha total ou parcial na reabsorção da membrana anal → estenose anal Manifestações ausência de eliminação de meconio ou eliminação de meconio por fistula no perineo, no vestibulo ou urinaria em meninas, um unico orificio = cloaca, significa que há malformação do aparelho urinário, genital e sua fusão com o reto 💡 associação de anomalias anorretais com VACTERL!! quanto mais alta a malformação anorretal mais frequente anomalias urológicas; realizar eco, usg de rins e vias urinarias Classificação e conduta fistula baixa fistula retoperineal - é indicação de anorretoplasttia fistula alta fistula urinária presença de cloaca nas meninas (unico orificio) está indicada colostomia descompressiva e correção definitiva em 3 tempos a partir de 4-8 semanas de vida Sem fistula : fazer invertograma Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 25 distancia coto retal -pele > 1cm anomalia alta colostomia com correção cirurgica definitiva posterior distancia coto retal -pele <1cm anomalia baixa anorretoplastia 💡 a simples inspeção do perineo e da urina permitem estabelecer a terapêutica em 80% dos casos 💡 a eliminação do meconio pode demorar 16-24h, por isso, nasceu com ânus imperfurado mas sem eliminar mecônio por fistula alguma (perineal, urinária ou vaginal) -> observar por 24h pra ver se a fistula aparece. Fistula não apareceu -> fazer o invertograma incidencia de Wangesteen Rice 11. Malformação de parede abdominal Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 26 Onfalocele Gastrosquise Cirurgia infantil parte I (Resp e abdome) 27