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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão de Segurança Privada (FLC10427TGP) – Prática do Módulo I - 30/10/22 Carlos Eduardo Limas de Souza¹ Marcelo Maciel Ramos¹ Perboyre de Morais Costa¹ Reginaldo Lemes de Mello¹ Sarita Justino Fogaça¹ Sintia Alexsandra Ramos Alves² RESUMO Sentir-se seguro é uma necessidade e direito de todo cidadão. Porém, a segurança pública apresenta-se ineficiente para combater a criminalidade e garantir a segurança dos cidadãos. Nesse sentido, o presente trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória que foi desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica com o objetivo de apresentar a segurança privada como aliada ao combate da criminalidade. Com o desenvovimento do estudo, verificou-se que as empresas de segurança privada têm por objetivo zelar pela segurança dos cidadãos e de seus patrimônios, contribuindo com o trabalho da segurança pública e consequentemente, para a redução da criminalidade. Palavras-chave: Crimnalidade. Segurança Pública. Segurança Privada. 1. INTRODUÇÃO O país vem sofrendo com o aumento da violência e criminalidade nas últimas décadas. Cada vez mais, ouve-se falar em diferentes crimes que são cometidos nos quatro cantos do Brasil, deixando as pessoas cada vez mais inseguras e com medo. O termo segurança está relacionado com tranquilidade, sossego, liberdade de poder agir sem medo de sofrer algum infortúnio. A segurança pública é um direito garantido pela Constituição de 1988 no art. 144 - “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. E, para garanti-la, o país conta com um sistema composto por diferentes instituições, como polícias federal, polícias rodoviária e ferroviária federal, polícias civis e militares e corpos de bombeiro militares. No entanto, muitas vezes, garantir a segurança pública se torna uma tarefa difícil, pois os bandidos estão cada vez mais preparados, com armamento, as vezes, superior ao da própria polícia, as leis são brandas em muitos casos, o que não intimida o criminoso, etc. Esses problemas, dentre outros não citados, contribuem para o aumento da violência e criminalidade no país, fazendo com A SEGURANÇA PRIVADA COMO ALIADA AO COMBATE DA CRIMINALIDADE 2 que muitas pessoas ou empresas optem por contratar a segurança privada. Tendo em vista que apenas os órgãos de segurança pública não garantir a ordem pública e segurança da população em geral, surge a seguinte questão: De que forma a segurança privada pode contribuir para combater a criminalidade? Diante desse contexto, o presente estudo tem por objetivo apresentar a segurança privada como aliada ao combate da criminalidade. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Oliveira (2009, p. 9) “o crescimento da atividade de Segurança Privada no Brasil ocorre ante a ineficiência da Segurança Pública do País. O aumento da violência e da criminalidade, contribui para que a sociedade invista em Segurança especializada”. A segurança é identificada de várias formas, e pode ser relacionada à segurança pessoal, pública e patrimonial. A segurança pessoal é aquela que está relacionada à sensação do indivíduo de exercer seus direitos constitucionais, de poder transitar nas vias públicas, de ter o seu imóvel inviolável, de poder passear com seu veículo etc. A segurança pública é aquela em que o Estado exerce o controle sobre a ordem pública, por meio da polícia, com objetivo de prevenir os delitos. Já a segurança patrimonial diz respeito à segurança dos bens do indivíduo. (OSHITA, 2022, p. 3) “A segurança pública pode ser definida como um conjunto de dispositivos e de medidas de precaução que asseguram a população de estar livre do perigo, de danos e riscos eventuais à vida e ao patrimônio” (VEDOVA, 2018, p. 1). De acordo com Brandão (2006 apu OLIVEIRA, 2019), o Estado tem a função de proteger cidadãos, seja na instância Federal ou Estadual. Mas o governo vem falhando nesta função, contribuindo para o aumento da criminalidade e abrindo espaço para as empresas especializadas em segurança privada desenvolverem um trabalho complementar ao do Estado. Britto (2013) destaca que a Segurança Privada tem ganhado cada vez mais espaço no que se trata da proteção à vida e aos bens da sociedade brasileira, uma vez que age de forma preventiva contribuindo para a diminuição da criminalidade, já sendo reconhecida por boa parte dos governos como parceira da segurança pública, e não como concorrente. Em alguns países é responsável inclusive pela segurança de bases militares. Alguns fatores têm contribuído para o crescimento da segurança privada no Brasil. Podemos citar por exemplo: aumento da criminalidade; preocupação com o terrorismo frente aos grandes eventos que o país receberá, como Copa das Confederações, Olímpiadas e Copa do Mundo, aumento do poder aquisitivo da população, reconhecimento por parte dos governos da importância da segurança privada no combate à criminalidade, consciência do cidadão em melhor proteger a vida e o seu patrimônio. (BRITTO, 2013, p. 1). 3 No Brasil, a Segurança Privada tem permissão para realizar somente o patrulhamento de áreas privadas, a vigilância de áreas particulares e instalações públicas e a escolta, realizada no caso do transporte de cargas e valores e na prestação do serviço de proteção de pessoas. As áreas públicas são patrulhadas por agentes públicos, conforme a Constituição Federal (BRASIL, 2015). Segundo Vedova (2018, p. 1), as empresas de segurança privada são “responsáveis por essa atividade atuam no sentido de inibir, neutralizar ou reprimir a prática de atos socialmente reprováveis, assegurando a proteção coletiva e, por extensão, dos bens e serviços”. A segurança privada é dirigida para os interesses privados do contratante e tem caráter mais preventivo do que as forças públicas, que são dirigidas para o interesse público, sendo responsáveis pela apreensão de criminosos e pela resposta a atendimentos do público, orientando-se de acordo com o sistema de justiça criminal. Ambas as forças, entretanto, possuem uma interação cotidiana que se faz necessária pela prática de suas funções, o que as podem tornar, em relação a essas suas funções e atribuições, suplementares (quando atuam em uma mesma área), complementares (quando atuam em áreas distintas), parceiras, e mesmo antagônicas. (ZANETIC, 2012, p. 484). A Polícia Federal é responsável pela regulação das empresas de segurança privada no Brasil, sendo que houve um crescimento nesse área nos últimos anos. Realizando um comparativo do crescimento do número de empresas no setor de segurança privada em 2018 em relação a 2017, houve um crescimento de cerca de 2,6% no número de empresas. Em relação ao período de 2014 a 2018, a expansão do número de empresas foi ainda maior, cerca de 5,7%. (OLIVEIRA, 2019). Esse crescimento pode ser visualizado no gráfico a seguir: Figura 1: Número de empresas regularizadas na Polícia Federal Fonte: Oliveira (2019) É possível verificar que existe um crescimento no número de empresas de segurança privadas regularizadas. No entanto, existe uma preocupação também em relação ao aumento do número de vigilantes “informais”, pessoas muitas vezes despreparadas para a realização de uma 4 atividade de tão alta periculosidade que ao invés de proteger o cidadão, pode colocá-lo em risco. 3. METODOLOGIA “Por materiais e métodos compreende-se o instrumental empregado e a descrição das técnicas adotadas, incluindo também o processo da experimentação (quando for o caso) com certa riqueza de detalhes.” (TAFNER; SILVA, 2013, p. 149). Quanto aos objetivos da pesquisa, a mesma caracteriza-secomo exploratória. O principal objetivo deste tipo de pesquisa é proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo. Seu planejamento é bastante flexível e pode assumir caráter de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, estudos de caso, levantamentos etc. (MOTTA; LEONEL, 2011). Para realização dessa pesquisa, escolheu-se como método de procedimento, a pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica, segundo Tafner e Silva (2013, p.146), utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, de informações disponibilizadas na internet. A pesquisa possui abordagem qualitativa. De acordo com Minayo (1996), esse tipo de pesquisa envolve um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, correspondentes a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Assim, a análise dos dados foi feita por meio de análise crítica a respeito dos assuntos tratados na revisão de literatura. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A segurança pública é um direto de todo cidadão, mas nem sempre ela é alcançada, pois o aumento da violência e da criminalidade faz com que a insegurança tome conta da população. Assim surgem as empresas de segurança privada que têm por objetivo zelar pela segurança dos cidadãos e de seus patrimônios, contribuindo com o trabalho da segurança pública e consequentemente, para a redução da criminalidade. 5. CONCLUSÃO Nos últimos anos, a criminalidade cresceu assustadoramente nas mais diversas formas de violências, com predomínio nos crimes urbanos, destacando-se os homicídios, tráfico de drogas, 5 roubos, furtos, ataques e incêndios a veículos de transporte público, atentados a agentes e instalações do aparato estatal de segurança, nos crimes e acidentes de trânsito, entre outros, que podem ser observados nas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública. Diante disso, foi preciso encontrar meios para a diminuição da violência, em todas as suas formas, sendo um grande desafio. Uma das formas encontradas para contribuir com a redução da criminalidade foi o surgimento das empresas de segurança privada. Assim, as empresas de segurança pública contribuem para a segurança de seus contratantes, seja em relação a sua intregridade física ou na segurança de seu patrimônio, ajudando assim as instituições de segurança pública que podem se dedicar com mais efetividade no combate ao crime. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição Federal – CF - 1988. Disponível em: http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf144.htm. Acesso em: 22 Out. 2022. BRITTO, Carlos. A segurança provada como aliada do Estado no combate à criminalidade. Disponível em: https://www.carlosbritto.com/artigo-a-seguranca-privada-como-aliada-do-estado-no-combate-a- criminalidade/. Acesso em: 22 Out. 2022. MOTTA, Alexandre de Medeiros; LEONEL, Vilson. Ciência e pesquisa. 3. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. MINAYO, Maria Cecília de S. (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1996. OLIVEIRA, Adriano Alves de. 2019, 38 f. Produtos controlados e de uso permitido em empresas de segurança privada – aquisição, gestão e logística de produtos controlados (armas, coletes e munições). Monografia (Especialização em Segurança Privada). Universidade do Sul de Santa Catarina. Mogi das Cruzes, 2019. OSHITA, Marcela Gimenes Bera. Segurança patrimonial. Indaial: Uniasselvi, 2022. TAFNER, Elizabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da. Metodologia do trabalho acadêmico. 2. ed. Indaial: UNIASSELVI, 2013. VEDOVA, Daiane. O que é segurança pública. Disponível em: https://daianedv2010.jusbrasil.com.br/artigos/586735267/o-que-e-seguranca-publica. Acesso em: 27 Out. 2022. ZANETIC, André. Policiamento e segurança Privada: duas notas conceituais. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 17, n. 33, p. 471-490, 2012. https://daianedv2010.jusbrasil.com.br/artigos/586735267/o-que-e-seguranca-publica Carlos Eduardo Limas de Souza¹ Marcelo Maciel Ramos¹ Perboyre de Morais Costa¹ Reginaldo Lemes de Mello¹ Sarita Justino Fogaça¹ RESUMO 1. INTRODUÇÃO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3. METODOLOGIA 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5. CONCLUSÃO