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<p>INSTITUTO VISÃO EDUCACIONAL</p><p>CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA</p><p>OS DESAFIOS DA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA EM NOSSO PAÍS NA ATUALIDADE</p><p>ELIAS DE OLIVEIRA TAVARES</p><p>RELATÓRIO ACADÊMICO</p><p>Goiânia</p><p>17</p><p>2023</p><p>Se Deus encheu tua vida de obstáculos, é porque ele acredita na tua capacidade de passar por cada um!</p><p>BRENO CARVALHO DE SOUSA</p><p>OS DESAFIOS DA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA EM NOSSO PAÍS NA ATUALIDADE</p><p>ELIAS DE OLIVEIRA TAVARES</p><p>Relatório acadêmico supervisionado apresentado ao Curso de Gestão em Segurança Pública e Privada do Instituto Visão Educacional para obtenção de nota do TCC.</p><p>Orientadora: Paula Soares dos Santos</p><p>GOIANIA</p><p>2023</p><p>FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO</p><p>Instituição de Ensino</p><p>Nome da Instituição: Visão Educacional</p><p>Endereço: Avenida Goiás Nº 200 Centro, Caixa Postal 444, CEP: 74010-010 – Goiânia/GO</p><p>Telefone: (62)3212-0946 / 995268828</p><p>Discente: Elias de Oliveira Tavares</p><p>Endereço: Rua Comandante Meira Júnior, 417</p><p>Telefone: 34 9 3300 1973</p><p>E-mail: tavareselias@hotmail.com</p><p>Curso: Gestão em Segurança Pública e Privada</p><p>SUMARIO</p><p>1</p><p>INTRODUÇÃO ..........................................................................................</p><p>5</p><p>2</p><p>OBJETIVO ................................................................................................</p><p>6</p><p>2.1</p><p>Objetivo Geral ............................................................................................</p><p>6</p><p>2.2</p><p>Objetivo Especifico ..................................................................................</p><p>6</p><p>3</p><p>UMA LEITURA SOBRE A CRIMINALIDADE E POLITICAS PUBLICAS DE SEGURANÇA NO PAÍS...........................................................</p><p>7</p><p>3.1</p><p>Alguns aspectos importantes sobre Segurança Pública ...................</p><p>7</p><p>3.2</p><p>Aspectos da criminalidade atual no Brasil ......................................</p><p>9</p><p>3.3</p><p>A situação da segurança pública no Brasil ..........................................</p><p>12</p><p>3.4</p><p>Os desafios da gestão da Segurança Pública ....................................</p><p>13</p><p>3.5</p><p>Alternativas estratégicas de gestão de Segurança Pública .....................</p><p>17</p><p>4</p><p>CONCLUSÃO ...........................................................................................</p><p>17</p><p>REFERENCIA ...........................................................................................</p><p>19</p><p>TAVARES, Elias de Oliveira [footnoteRef:1] [1: Graduando em Gestão de Segurança Pública e Privada: ]</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A Segurança Pública e Privada é muito importante para combater a violência e criminalidade que afeta a todas as regiões do território brasileiro, sendo uma determinação da Constituição Federal de 1988, legitimada no Art. 144. Sendo elemento relevante de redução de danos à segurança da vida, liberdade e patrimônios. Logo, deve ser trabalhada com base nas políticas de segurança, participação da sociedade na criação de políticas de segurança pública e no contexto histórico-cultural.</p><p>Os profissionais da Segurança devem ter uma visão sistêmica da Segurança Pública Nacional, conhecer o papel político e as ações das suas instituições e de seus profissionais, ter uma leitura panorâmica das expectativas atuais e futuras. E ser capaz de gerir recursos disponíveis para detectar problemas de Segurança Pública visando resolutividade, respeitando os princípios constitucionais e os direitos humanos.</p><p>O esforço empreendido neste trabalho, é compreender que se é dever do Estado garantir a segurança ás pessoas, surge a questão que investiga este tema: como o poder público deve atuar para promover efetivamente a segurança pública? Em busca de respostas discute-se sobre os desafios enfrentados pela gestão da segurança pública no Brasil. Uma das mais relevantes é entender como se constrói a redução de danos à segurança da vida, liberdade e patrimônios e a relação humana entre todos dentro desse contexto intrínseco a toda coletividade.</p><p>Mediante isso se apresenta um Relatório Acadêmico, orientado pelas disciplinas do Curso Gestão em Segurança Pública e Privada oferecido pelo Instituto Visão Educacional. Trata de um estudo bibliográfico sobre os Desafios da gestão da Segurança Pública no Brasil. As bases teóricas do curso foram primordiais para a compreensão do estudo.</p><p>2. OBJETIVO</p><p>2.1 Geral</p><p>Identificar como promover efetivamente a segurança pública a partir de relações democráticas de toda a coletividade.</p><p>2.2 Especifico</p><p>· Compreender sobre os conceitos de Segurança Pública;</p><p>· Refletir sobre os desafios enfrentados pela gestão da segurança pública no Brasil;</p><p>· entender como se constrói o combate à criminalidade e a relação humana entre todos dentro do contexto de toda coletividade.</p><p>3 UMA LEITURA SOBRE A CRIMINALIDADE E POLITICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA NO PAÍS</p><p>.</p><p>3.1 Alguns aspectos importantes sobre Segurança Publica</p><p>Com base na Constituição Federal (CF) de 1988 a Segurança é dever do Estado e direito de todo cidadão. O significado do termo segurança para PEREIRA (2018, p.12) se apoiando em Martins (2007) atribui “segurança significa o estado ou qualidade do que é seguro, que está livre de risco, protegido, acautelado, garantido”. Enquanto que para Souza (2015) a segurança significa:</p><p>O direito fundamental que os cidadãos e a sociedade possuem de sentirem-se protegidos, em decorrência das políticas públicas de segurança pública praticada pelo Estado e da prestação adequada, eficiente e eficaz do serviço público de segurança pública. (PEREIRA (2018, p.12, citando Souza, 2015).</p><p>Os direitos sociais garantidos aos cidadãos brasileiros está preconizado no art. 6º da Constituição Federal (BRASIL, 1988) que atribui:</p><p>Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.</p><p>No Art. 144 da Constituição determina que:</p><p>Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio [...]</p><p>O texto constitucional esclarece que cabe ao Estado garantir segurança aos cidadãos, por meio da implantação de políticas públicas de prevenção de medidas contra a violência e criminalidade garantindo o exercício pleno da cidadania de acordo com a lei.</p><p>A crise de criminalidade e violência se mantem por todo o Estado brasileiro, atingindo principalmente grandes cidades levando a Segurança Pública a enfrentar desafios cada vez mais intensos e complicados e difíceis de dar respostas em curto prazo pelos seus serviços á sociedade.</p><p>As variadas formas de violência exigem do profissional da Segurança Pública capacitação aprimorada e que adote uma postura crítica sobre os conflitos sociais e sobre os padrões e sistemas de policiamento no contexto sociopolítico e cultural brasileiro.</p><p>Especificamente as instituições policiais devem levar a esses profissionais terem uma visão sistêmica da Segurança Pública Nacional, saber sobre o papel de suas instituições, seus profissionais, suas políticas e práticas. Conhecer seus antecedentes históricos, ter uma leitura panorâmica das suas expectativas atuais e futuras. E ser capaz de gerir recursos disponíveis para detectar problemas de Segurança Pública para indicar a melhor maneira de resolvê-los, respeitando os princípios constitucionais e os direitos humanos.</p><p>A concepção de Polícia na expectativa do Estado diz que:</p><p>O único órgão autorizado a fazer uso da força, seja presencial ou real, com o fim de manter a ordem pública e os interesses da coletividade. No âmbito interno as polícias são o braço forte do Estado e estas são sempre usadas quando o Estado necessita se impor pelo uso da força. (VISAO EDUCACIONAL, 2020, p.11).</p><p>Está diretamente associada ao ato de vigiar de acordo com as leis vigentes competência de instituições policiais visando o controle</p><p>social e a proteção das pessoas e da propriedade Pública ou privada e controle dos conflitos de toda ordem. Consideram-se também diversas instituições públicas e civis (não policiais) que atuam especificamente em ações de policiamento na função de agentes da Fazenda Estadual, como ficais da circulação de produtos dentro do Estado.</p><p>Em se tratando do uso da força como controle social no ponto de vista COSTA, (2004, p. 38) é “a capacidade de uma sociedade de se autorregular de</p><p>acordo com os princípios e valores desejados”. Na opinião de Weber, o Estado possui “Monopólio do uso legitimo da força dentro de um território”. Enquanto para Trotski “Todo Estado é fundado na força”.</p><p>Ficou evidenciado que as policias atuam diretamente com os bens mais importantes defendidos pelo Estado: a vida, liberdade e a propriedade. Com poderes para impedir infrações de condutas impostas pela sociedade, possui a obrigação funcional de proteger uma vida em riscos, ou desapropriar o morador que se recusa a cumprir determinação judicial, em casos especiais pode usar a força física.</p><p>3.2 Aspectos da criminalidade atual no Brasil</p><p>O estudo de LIMA; BUENO e MINGARDI (2014) contribui nas discussões para compreender o debate teórico no Fórum Brasileiro de Segurança Pública São Paulo em 2014 em que a violência urbana no Brasil foi considerada como um dos mais graves problemas sociais no Brasil. Conforme dados do estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, 2014) estimou-se 1 milhão de vítimas fatais num recorte temporal de 24 anos. Nesse universo a taxa de mortes por agressão teve uma evolução significativa conforme mostra a ilustração do Gráfico 1.</p><p>Gráfico 1 Evolução da Taxa de Mortalidade por Agressão no Brasil (1990 a 2013).</p><p>Fonte: LIMA; BUENO e MINGARDI, 2014. Adaptado pelo autor (2020).</p><p>Este salto de mortes por agressão foi 22,2 em 1990 para 28,3 para 100 mil habitantes em 2013, variou relativamente entre estados. De acordo com a síntese de um estudo da UNODC, (2014):</p><p>O Brasil possui 2,8% da população mundial, mas acumula 11% dos homicídios de todo o mundo (UNODC, 2014). Como agravante, pesquisa produzida por Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), calculou que, de 1996 a 2010, quase 130 mil homicídios no Brasil não entraram nas estatísticas de mortes violentas (CERQUEIRA, 2013). Isso significa que o número real de assassinatos no país é de cerca de 60 mil ocorrências anuais. (LIMA; BUENO e MINGARDI, 2014, p.03).</p><p>Ficou evidente que embora o Brasil tenha melhorado seus indicadores econômicos sociais, mas o quadro de violência com taxas de crimes letais do país foi muito superior as de outros países, colocando o Brasil no ranking das sociedades mais violentas do mundo, sem contar as elevadas taxas endêmicas de roubos, sequestros, lesões, dentre outros.</p><p>Constatou-se, que o Brasil convive há anos com taxas de violência criminal absurdas de quase 60 mil homicídios/ano, mais de 50 mil estupros ocorridos e padrões operacionais não aceitos de letalidade e vitimização policial configurando uma estimativa de ao menos quase 8 pessoas mortas/dia pela intervenção policial com risco de um policial ser morto em média 3 vezes superior ao da população total. Contudo, constantes ameaças do crime organizado, crescimento de roubos, incêndios de ônibus, sequestros relâmpagos, etc.</p><p>O estudo aponta que apesar de iniciativas do Estado, e das autoridades da Segurança Pública e da Justiça Criminal não conseguiram combater os “desafios contemporâneos impostos pelo crime, pela violência e pela dinâmica de uma sociedade plural”. Os referidos sistemas foram ineficientes para enfrentarem essa realidade, devido funcionar a partir de um modelo arcaico inspirado na oposição de ideias á cooperação e troca de experiências.</p><p>Na ausência de parâmetros mais modernos para lidar com crime, violência ou qualquer ameaça á ordem social, justifica-se com o discurso de que o Brasil tem leis brandas, sendo preciso “endurecer o tratamento penal”. Nessa resenha LIMA;</p><p>BUENO e MINGARDI, (2014, p.65), enfatizam que na ausência de uma política de segurança Pública fundamentada nos esforços para garantia de direitos, no respeito e sem violência percebe-se um sistema de justiça e segurança necessitado de profundas reformas estruturais, não apenas no foco do debate exclusivo da legislação penal e processual e/ou na gestão incremental da ordem conservadora, mas na forma como o Estado organiza e administra seus poderes e instituições.</p><p>As práticas na redução da violência e da criminalidade têm se concentrado no tripé aproximação com a população, no uso intensivo de informações e no aperfeiçoamento da inteligência e da investigação. Contudo essas práticas sozinhas não conseguem resolver a carência de coordenação, de integração e de articulação, destaques da segurança pública brasileira e da arquitetura jurídica que fundamenta as políticas públicas no país. Sem resolver essa fragilidade o país continuará na insegurança e pouco avança nas práticas institucionais eficazes.</p><p>O maior exemplo disto foi visto no esforço realizado para garantir a segurança da Copa do Mundo em 2013 que se baseou na proposta de compartilhamento de responsabilidades entre diferentes organizações e esferas de poder e governo.</p><p>Para LIMA, BUENO e MINGARDI, (2014, p.66):</p><p>Governos e instituições sentaram-se no mesmo espaço e articularam suas ações e integraram planejamento e operações, pensando mais nos resultados e menos nas suas lógicas autônomas de funcionamento. E, como fruto dessa iniciativa, os índices de criminalidade mostraram-se sensíveis a essa mudança de comportamento e caíram em vários lugares.</p><p>Atualmente os policiais tem acesso ás ferramentas tecnológicas mais modernas e compostas por homens e mulheres altamente qualificados bem preparados dispostos a inovar e construir modelos de policiamento efetivos no contexto democrático. Contudo é preciso assumir quais são os mandados outorgados às instituições de justiça e segurança, somente assim se avançará na construção de políticas públicas mais eficientes.</p><p>O Brasil ao longo de 20 anos obteve aprimoramento técnico operacional, mas ainda se cala frente ao problema da segurança pública que desafia pensar em um projeto de reforma que valorize as polícias como instituição central do Estado democrático de direito e da cidadania. Para tanto é preciso ter coragem política e institucional para liderar uma aliança pela promoção de uma vida digna e em paz para a sociedade.</p><p>3.3 A situação da segurança Pública no Brasil</p><p>Conforme o estudo da especialista em Gestão Pública PEREIRA (2018, p. 09) o crescimento alarmante da violência e em consequência o aumento da criminalidade com o apoio de Abramovay (2015) acrescenta que:</p><p>Em 2014, dos países do mundo sem guerra declarada, o Brasil foi onde mais se matou. Quase 60 mil pessoas foram assassinadas. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP,2017) revelam que em 2016, foram assassinadas 7 pessoas, a cada hora no Brasil. A cada duas horas, uma mulher morreu. No mesmo ano, foram registradas 61.283 mortes violentas intencionais, o maior número já registrado na história do país, dentre essas, 453 foram de policiais civis ou militares.</p><p>Além desses números alarmantes de crimes resultantes em óbitos, a criminalidade ocorre também através de roubos, assaltos, estupros, tráfico de drogas e de armas, agressões, dentre outros. Os motivos da especialista atribuídos no desdobramento da conduta criminosa nos indivíduos se dão devido a:</p><p>A participação precoce de crianças e adolescentes em atividades criminosas, a falta de investimento em educação, o desemprego, o tráfico de drogas, a superlotação dos presídios, o despreparo e a desvalorização das policias, a impunidade, o descaso do poder público e da própria sociedade para com a questão. (PEREIRA, 2018, p.09).</p><p>A especialista se fundamentando em Ywata et al (2008, p. 211) salienta que uma das principais dificuldades do poder público é formular e implementar políticas que previnem e reduzem a criminalidade e</p><p>a violência. Em Tavares (2016, p. 231):</p><p>Também é notória a falência do controle social informal no Brasil, representado, sobretudo, pelo papel da família, da escola, das igrejas, do trabalho, dos meios de comunicação em massa, da vizinhança, entre outros. É fato que o controle social informal contribui para que os indivíduos absorvam os valores e normas de um país, sendo muito mais importante e eficiente na prevenção da criminalidade e violência do que a ameaça do controle formal do Estado, representado pela Polícia e pelo Judiciário.</p><p>Portanto é importante a parceria entre sociedade e o Poder Público divulgando valores que regem o respeito mútuo em comunidade para uma sociedade mais segura. De outro modo, é obrigatória a parceria entre Estado e sociedade para construir ações e políticas públicas efetivas especificas de cada grupo. PEREIRA (2018, p.10) identifica como causadores do aumento da criminalidade, a gestão deficiente do Estado, tal como falta de recursos orçamentários, a ineficiência na formulação e implementação de políticas.</p><p>3.4 Os desafios da gestão da Segurança Pública</p><p>Foi verificado que os órgãos de segurança que o Estado deve viabilizar o Sistema de Policiamento através da:</p><p>I - Polícia federal;</p><p>II - Polícia rodoviária federal;</p><p>III - Polícia ferroviária federal;</p><p>IV - Policiais civis;</p><p>V - Policiais militares e corpos de bombeiros militares.</p><p>O Sistema brasileiro de Policiamento junto com o judiciário e instituições penitenciárias compõe o Sistema de Segurança Pública constituído os seguintes subsistemas:</p><p>a) Subsistema Preventivo, composto pelos órgãos encarregados de evitar a ocorrência delituosa (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares, Guardas Municipais e Órgãos de Controle de Trânsito Urbano);</p><p>b) Subsistema Investigativo, composto pelos órgãos encarregados de investigar e esclarecer os fatos criminosos, bem como, identificar o autor ou</p><p>autores (Polícia Federal e Polícias Civis);</p><p>c) Subsistema Judiciário é composto pelos órgãos encarregados da denúncia e da fiscalização da aplicação correta das leis (Ministério Público), e pelos órgãos encarregados do julgamento das pessoas que cometem o ilícito penal (Justiça-Juizes e Tribunais);</p><p>d) Subsistema Recuperatório (Sistema Penitenciário), composto pelos órgãos encarregados da recuperação dos condenados, reinserção à sociedade das pessoas condenadas e acompanhamento dos egressos. (ANJOS, 2011, p.21).</p><p>PEREIRA (2018, p.29) menciona que habitualmente relaciona-se a segurança pública com a atuação da Polícia que tem o papel de intervir nos casos verídicos de violência e vigiar para evitar, mas a especialista afirma que a Polícia é uma instituição especializada extremamente necessária para a generalização do sentimento de segurança, no entanto atuando sozinha torna-se insuficiente para estabelecer a paz e segurança que a sociedade precisa. A segurança pública é bem mais ampla do que o papel da Polícia e a sua efetivação para ser bem-sucedida depende tanto da sociedade quanto do governo.</p><p>A segurança está relacionada tanto a todos os indivíduos, porque influi a responsabilidade da sociedade em contribuir para a efetivação da segurança no dia a dia. Quanto ao desempenho dos órgãos públicos governamentais influencia a segurança, a partir do momento em que implementa políticas públicas bem-sucedidas ou fracassadas nas respectivas áreas de competência. PEREIRA (2018, p.29) afirma que a influência da democracia nas políticas de segurança no Brasil não pode ter atuação isolada e desarticulada entre instituições responsáveis, portanto:</p><p>Que além da preocupação com o policiamento, são necessárias ações que melhorem a educação, saúde, emprego, bem como o acesso a esses, que são considerados por muitos especialistas como fatores 30 causadores do aumento da criminalidade. Desse modo, constata-se ser primordial a inter-relação entre os órgãos, entidades privadas, sociedade e também o estabelecimento de relação entre diversos campos de políticas públicas, que promovam a dignidade ao cidadão.</p><p>A especialista com base em ALMG, (2018) cita ainda que:</p><p>A política governamental de segurança pública deve abordar problemas e questões de grande relevância social, com destaque para a criminalidade violenta e para a atuação do crime organizado e sua articulação em redes nacionais e internacionais, envolvendo drogas, armas, pirataria e contrabando. Também nesse campo aparece a necessidade de integração entre os vários componentes do sistema de defesa social e justiça criminal, com ênfase nas relações interfederativas, interpoderes e entre os vários órgãos incumbidos da segurança pública, federais e estaduais. Acresçam-se os problemas relacionados às divisas territoriais, ao combate ao terrorismo, aos crimes cibernéticos, à segurança pública nas áreas rurais, à segurança em grandes eventos e à gestão compartilhada de informações, bem como as demandas por controle externo, pela defesa dos direitos humanos e por financiamento da segurança pública, para fins de formação, capacitação e aparelhamento dos órgãos destinados ao combate e prevenção da criminalidade. Ademais, tem ganhado destaque a atuação dos órgãos de segurança pública no combate à corrupção e aos desvios de recursos públicos e na repressão à lavagem de dinheiro. (ALMG, 2018).</p><p>Neste contexto a segurança é considerada como um direito do cidadão e não com forma de controle social do Estado desvinculado de seu caráter democrático. Neste sentido, PEREIRA (2018) se apoiando em Reis Souza (2011); CARVALHO e SILVA, (2011); SAPORI, (2007) e PABLO LIRA, (2016) destaca que:</p><p>A democracia, instaurada no país desde 1988, com seus ideais de igualdade e de valorização do cidadão e do grupo, em detrimento do unitário, não conseguiu de imediato, causar grande revolução e reformas na segurança. Os velhos paradigmas seguem até hoje, sendo desconstruídos, mas estão de certa forma, impregnados na mente das pessoas, dirigindo suas concepções e ações. Essa desconstrução de velhos paradigmas, talvez seja, o maior impasse para a construção de estratégias eficientes no campo da segurança pública. É difícil deixar as origens, mas nesse caso, torna-se necessário repensar as nossas, tomando por base os reflexos que temos. Não são apenas os órgãos institucionais que precisam adotar uma nova postura, a população brasileira também precisa. (PEREIRA, 2018, p.45).</p><p>Isto leva a sociedade a ser atuante e participativa, assumir a responsabilidade que lhe cabe e buscar mecanismos efetivos para promover a segurança e a justiça. Logo, é necessário mudanças através da criação de políticas de segurança que envolva a participação da sociedade na elaboração dessas políticas. É necessário ouvir as comunidades afetadas por determinadas ações, e envolvê-las em mecanismos para conhecer a opinião Pública sobre assuntos afins.</p><p>3.5 Alternativas estratégicas de gestão de Segurança Pública:</p><p>PEREIRA (2018, p.46) propõe como estratégias de gestão de segurança pública, a partir da necessidade de prevenção da criminalidade a implantação de profissionalização para jovens com foco para o mercado regional, após inclusão desses jovens no mercado de trabalho, por meio de registro de dados, A contrapartida á empresa será através de garantias de incentivos ficais para incentivar a contratação dos referidos jovens. Orientado também inclusão de ex-presidiários objetivando a redução das reincidências.</p><p>Para a funcionalidade desses programas recomenda-se o acompanhamento pelas instituições públicas de todas as ações a serem desenvolvidas, ou das empresas contratantes ou das pessoas contratadas.</p><p>Levando-se em conta que todas as ações adotadas devem ser sistematizadas e serem planejadas com metas determinadas, controle para garantir que o objetivo traçado seja alcançado ou replanejar, caso seja necessário, avaliar para sondar para verificar se as metas foram atingidas ou por qual motivo não se alcançou os resultados previstos.</p><p>Enfim, sugere-se ainda que a sociedade se informe sobre</p><p>a legislação e exercer o controle social, por meio de registros de reclamações, denúncias sobre excessos ou omissões cometidos por instituições públicas. De outro modo, deve contribuir com instituições públicas com relação á denuncia de crimes, não proteção de delituosos para a proteção da segurança em espaços públicos ou ambientes virtuais (escolas, igreja, rede social, praças, dentre outros).</p><p>A ideia central dessas ações propagado pela Especialista em Gestão Pública PEREIRA (2018) seria despertar o senso de responsabilidade que cabe a cada cidadão, assim como contribuir para melhoramento na segurança pública, sabendo que se trata de direito prolixo intrínseco a toda coletividade.</p><p>4 CONCLUSÃO</p><p>O estudo dos desafios da gestão da Segurança Pública no Brasil. Possibilitou entender que a violência e consequente criminalidade afeta a todas as regiões brasileiras, com concentração maior nos grandes centros urbanos. Sendo considerado um problema social, que implica na visão de mundo e de valores sociais e que deve merecer atenção particular no âmbito penal, jurídico e sociocultural. Logo, deve ser trabalhado com base nas políticas de segurança, participação da sociedade na criação dessas políticas e no contexto histórico-cultural.</p><p>Os profissionais da Segurança devem ter uma visão sistêmica da Segurança Pública Nacional, conhecer o papel político e práticas das suas instituições e de seus profissionais, seus antecedentes históricos, ter uma leitura panorâmica das suas expectativas atuais e futuras. E ser capaz de gerir recursos disponíveis para detectar problemas de Segurança Pública visando resolutividade deles, respeitando os princípios constitucionais e os direitos humanos</p><p>Constata-se também que as representações construídas historicamente ainda interferem no insucesso do processo de combate ao crime no Brasil, na falta de preparo de profissionais e nas reincidências de violência e crimes. Além de reproduzir uma política arcaica, realiza ações desvinculadas de direitos de cidadania. Inviabiliza também o debate público que possa envolver entidades sociais, profissionais, instituições e a sociedade civil, que merece ter acesso às informações de qualidade para fazer escolhas conscientes e responsáveis, tomar medidas preventivas e de redução de danos à segurança da vida, liberdade e patrimônios.</p><p>As mudanças oriundas da criação de políticas de segurança, não pode ser compreendida fora da conjuntura sociocultural em que o cidadão está inserido, pois é nesse contexto que ele organiza os elementos simbólicos e os processos individuais que orientam sua vida, para construir e reforçar laços culturais, experimentar e interpretar suas próprias vivências, estabelecer regras e normas, cuidar de sobrevivência e participar ativamente na construção de um mundo melhor para o bem comum.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.</p><p>FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (FBSP). Anuário Brasileiro de Segurança pública. EdiçãoVIII. São Paulo, 2014.</p><p>LIMA, Renato Sérgio de Lima, BUENO, Samira Bueno e MINGARDI Guaracy. Estado,polícias e segurança pública no Brasil. REVISTA DIREITO GV | SÃO PAULO | V. 12 N. 1 | 49-85 | JAN-ABR 2016.</p><p>PEREIRA, Sonia Maria Pires. GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL: UM CAMPO DE DESAFIOS. Universidade Federal de São Joaol Del Rei, 2018. Disponivel em: https://ufsj.edu.br acesso em novembro/2023</p><p>image3.jpeg</p><p>image2.emf</p><p>Microsoft_Word_Document.docx</p><p>image1.emf</p><p>image1.emf</p>

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