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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL DOCENTE: CÍCERO JOELSON VIEIRA SILVA. FRANCISCO CARLOS LOPES DE LIMA JÚNIOR LIVIA STEFANNY LAURENTINO DE MOURA SILVANA FERREIRA DE FRANÇA TINTAS SOLARES CAJAZEIRAS - PB 2023 2 FRANCISCO CARLOS LOPES DE LIMA JÚNIOR LIVIA STEFANNY LAURENTINO DE MOURA SILVANA FERREIRA DE FRANÇA TINTAS SOLARES Trabalho feito com intuito de finalização da disciplina de TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES II do oitavo período do curso de ENGENHARIA CIVIL IFPB- CAMPUS CAJAZEIRAS ministrada pelo professor e mestre CÍCERO JOELSON VIEIRA SILVA. CAJAZEIRAS - PB 2023 3 SUMÁRIO RESUMO 4 ABSTRACT 4 INTRODUÇÃO 5 DESENVOLVIMENTO 6 MATERIAIS E MÉTODOS 8 CONCLUSÕES FINAIS 9 REFERÊNCIAS 10 4 RESUMO Diante de todas as adversidades e desastres ambientais, é notória a crescente preocupação com o meio ambiente, a energia solar vem ganhando notoriedade, considerando que faz parte das energias limpas e renováveis. O aumento do consumo de eletricidade decorrente do aumento exponencial do número de habitantes obrigou à significativa expansão e desenvolvimento das capacidades de produção e à criação de novas tendências em novas tecnologias energéticas de forma a satisfazer as necessidades. A indústria solar é reconhecida como uma das melhores opções para superar a futura crise energética, uma vez que é vantajosa em termos de disponibilidade, lucratividade, acessibilidade, capacidade e eficiência em comparação com outras fontes de energia renováveis. As tintas solares ou tintas fotovoltaicas são tintas capazes de absorver a radiação solar e transformá-la em energia elétrica. A partir da identificação da crescente demanda por energia, que deverá aumentar em 28 % até 2040. analisando bibliometricamente as principais publicações sobre o assunto é possível verificar o atual estágio de desenvolvimento dessa tecnologia e identificar os mais avançados trabalham na produção de energia. eletricidade de forma mais limpa e eficiente. Palavras chaves: Tintas solares, Tintas fotovoltaicas, Energia renováveis. ABSTRACT In the face of all the adversities and environmental disasters, the growing concern for the environment is notorious, solar energy has been gaining notoriety, considering that it is part of clean and renewable energies. The increase in electricity consumption resulting from the exponential increase in the number of inhabitants forced the significant expansion and development of production capacities and the creation of new trends in new energy technologies in order to satisfy needs. The solar industry is recognized as one of the best options to overcome the future energy crisis, as it is advantageous in terms of availability, profitability, affordability, capacity and efficiency compared to other renewable energy sources. Solar paints or photovoltaic paints are paints capable of absorbing solar radiation and transforming it into electrical energy. From the identification of the growing demand 5 for energy, which should increase by 28% by 2040. By bibliometrically analyzing the main publications on the subject, it is possible to verify the current stage of development of this technology and identify the most advanced ones working in energy production. electricity more cleanly and efficiently. INTRODUÇÃO De acordo com INTERNATIONAL ENERGY OUTLOOK (2017), o consumo total de energia mundial deve ter uma subida de 575 quadrilhões de unidades térmicas britânicas (BTU) em 2015 para 736 quadrilhões de BTU (215,6 quadrilhões de W) em 2040, ou seja, um aumento de 28%, número bastante significativo e preocupante. O aumento no consumo de energia elétrica devido a crescente exponencial da população, tem demandado uma considerável ampliação na capacidade de geração, melhoria e criação de novas tendências para novas tecnologias energéticas, com a finalidade de atender a demanda. É fato que uma das aplicabilidades da eficiência energética é contribuir para que a redução de perdas atue como um fator compensador no desenvolvimento da matriz energética (NASCIMENTO, 2016). Por esse e tantos outros motivos, como aqui no Brasil essa procura é embalada por consequência de preços na conta de luz, busca por fontes de energias mais limpas e baratas está cada vez mais comum no planeta, afinal, é de suma importância para o futuro da humanidade que cada um pratique ações sustentáveis. (AGUIAR, 2021) Natário (2017) traz em sua fala que as fontes energéticas é um dos principais vetores influentes na interferência ambiental, suas instalações comprometem de forma direta com a dinâmica da biótica como as hidráticas, plataformas petroquímicas, energia geotérmica e o gás natural. As alterações climáticas são acompanhadas do aumento de emissões de gases do efeito estufa, como o CO2, a aplicação de sistemas renováveis são a solução conhecida como um processo revolucionário do enorme problema ambiental em que nos encontramos. Geller (2003) afirma que o modo com que o mundo produz e consome energia está proporcionando muitos impactos ambientais e sociais. Uma revolução na forma de produzir e consumir energia geraria muitos benefícios econômicos, ambientais e sociais. Essa revolução implica na melhoria da eficiência energética e na substituição das fontes atuais. Um futuro mantendo os padrões atuais não é nem sustentável e nem desejável, como já exemplificado anteriormente. 6 A indústria solar é reconhecida como das melhores opções para ultrapassar uma crise energética futura, uma vez que é vantajosa em termos de disponibilidade, custo eficácia, acessibilidade, capacidade e eficiência em comparação com outras fontes de energia renováveis (KANNAN & VAKEESAN, 2016). A tinta solar surge como um produto inovador para vários âmbitos como o da. O objetivo é que essa “tinta fotovoltaica” transforme qualquer superfície em um painel fotovoltaico em potencial. construção civil, e também para sustentabilidade, questões econômicas e o meio ambiente (HERMES et al. 2022). Este trabalho tem como objetivo entender a funcionalidade da tinta solar, criação e modelos, além de expor um material inovador na construção civil ligado à sustentabilidade e ao meio ambiente. A engenharia civil é fonte de muitos impactos ambientais e tais impactos podem ser amenizados na utilização de mais materiais com este, nisso se faz necessário a discussão acerca dessas inovações e sua exposição para que se tenha cada vez mais investimento nessas pesquisas. DESENVOLVIMENTO Partindo do princípio que as energias renováveis são oriundas de fontes inesgotáveis como vento e a luz natural que são captadas por painéis e que esses painéis são instalados nos telhados dos imóveis ou agrupados nas chamadas fazendas solares. Mas outra alternativa dentro dessa modalidade se apresenta para um futuro próximo: a tinta solar. A tinta solar está sendo estudada e desenvolvida por pesquisadores de vários centros de pesquisas do planeta. A aplicação seria simples, no telhado ou nas paredes, assim como uma tinta de parede convencional. A princípio, a tinta solar para geração de energia só tem a função de ser complementar, pois ainda não tem o mesmo desempenho que os painéis solares. Sua capacidade atual é de apenas 3% a 8% de energia solar que incide na superfície pintada (AGUIAR, 2021). Este tipo de tecnologia de tinta solar é projetado para capturar a luz solar e convertê-la em eletricidade. Esta camada de tinta pode então ser pintada em qualquer material, como paredes ou plástico. A composição química da tinta absorve a luz do sol e até repele a umidade, o que aumenta a durabilidade e a resistência ao meio ambiente, pois o oxigênioe o hidrogênio são separados um do outro. Dessa forma, é possível transformar o oxigênio em combustível quando usado em uma célula de energia (NASSA, 2017). 7 No decorrer da pesquisa constatou-se que a 3 tipos de tintas solares das quais será dissertada a seguir: A tinta solar com hidrogênio foi criada no Royal Melbourne Institute of Technology na Austrália, sua função não utiliza apenas a luz do sol, mas também a umidade que o sol cria quando a água evapora. A tinta coleta vapor de água do ar e gera eletricidade. Possui uma mistura de compostos que permitem que a tinta atue como um semicondutor para catalisar átomos de água em hidrogênio e oxigênio usando a energia da luz solar e da água do ar, além disso, esta tinta solar consiste em óxido de titânio, que também é encontrado em tintas de parede tradicionais que você usa para finalizar ou reformar sua casa ou empresa (AGUIAR, 2021). A tecnologia, chamada de tinta solar em nanoescala ou ponto quântico, foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá. Essas células possuem semicondutores em nanoescala que são conectados a uma armadilha de fótons, ou seja, luz solar, o que permite que ela seja convertida em eletricidade. A grande vantagem dessa tinta é ser mais eficiente que os painéis solares convencionais, aumentando a produtividade em até 11%. Além disso, é mais barato de fabricar do que os elementos do mercado. Desta forma, o preço por watt de produção de eletricidade cai, o que pode promover ainda mais a popularidade da energia solar (QUADRAIMOB, 2022). Com o nome do mineralogista russo Lev Perovski, os materiais de perovskita são derivados do titânio mineral de óxido de cálcio, a estrutura dessa substância foi descoberta em 1839, mas apenas 10 anos atrás uma equipe de pesquisa japonesa introduziu pela primeira vez o uso de perovskita na fabricação de células solares. As células solares de perovskita têm muitas propriedades, mas a mais revolucionária é que podem estar na forma líquida, tornando-as excelentes candidatas para tinta solar. De fato, os pesquisadores desenvolveram um método para pulverizar células de perovskita líquidas em superfícies chamadas células solares de pulverização. A primeira célula solar pulverizável foi desenvolvida na Universidade de Sheffield em 2014. Uma mistura à base de perovskita foi pulverizada na superfície para formar uma camada de retenção solar. (RAONI, 2019). No Brasil 8 Quanto ao Brasil é inevitável que estivesse na corrida no desenvolvimento de tintas fotovoltaicas visto que o posicionamento geográfico favorável do país o coloca em uma posição de grande potencial na geração de energia solar o que se reflete nos números de investidores e adeptos a essa modalidade de pesquisa. A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) no estado de Santa Catarina desde agosto de 2012 já investiu cerca de R$1 milhão em estudos sobre tintas solares. Contudo a maior parte dos gastos são para a aquisição de materiais e equipamentos, como microscópio de força atômica, potenciostato e glovebox, que em sua maioria são importados e necessários para a atuação dos pesquisadores (AGUIAR, 2021). No processo de desenvolvimento da tinta fotovoltaica a Unesc não é a única, temos também as pesquisas encabeçadas pelos Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a pesquisa do CSEM- Brasil (Centre Suisse d’Electronique et Microtechnique) de Minas Gerais. Todas essas pesquisas trazem uma forma diferente de se implementar ou produzir as tintas fotovoltaicas, mas esse processo além de custoso aos materiais utilizados também exigir um grande esforço intelectual com um rigoroso processo de discussões de estratégias entre doutores, mestres e engenheiros; diversos estudos de viabilidade, pesquisas, testes em laboratórios e reuniões de resultados com as empresas financiadoras. (CARVALHO, 2015) Contudo um dos obstáculos para os pesquisadores são os fatores externos, os pesquisadores do CSEM Brasil e da Unesp, já possuem formas de encapsular a célula solar de modo a mantê-la protegida das intempéries. “Já a mobilidade iônica é um processo que precisamos resolver fisicamente e quimicamente. Precisamos encontrar uma forma de aprisionar esses íons para que eles não se movam e iniciem processos de degradação no material”, afirma Fernandes. “É uma dificuldade ainda maior que o encapsulamento” (JORNAL da UNESP, 2022). MATERIAIS E MÉTODOS Visando atingir o objetivo estabelecido, foi utilizado como processo metodológico a revisão sistemática, que visa identificar os estudos sobre o tema em questão, aplicando métodos rigorosos e sistematizados de busca, observando a qualidade e validade desses 9 estudos, avaliando se estão coerentes com o tema e sua aplicabilidade no contexto. (BERTOLOZZI et al, 2009). Assim, foram agrupadas informações a respeito da tinta solar e seus tipos, reunindo uma grande diversidade de conteúdo e disponibilizando conhecimentos produzidos na área. Os periódicos utilizados como base de dados na busca bibliográfica foram o Scielo, Capes, Google Acadêmico e repositórios das universidades por disporem uma variedade considerável de dados. Foram combinados descritores para reunir uma maior quantidade de artigos que contemplassem o conteúdo. Dessa forma, foram usados os seguintes filtros: "Tinta solar”, “Tintas fotovoltaicas", "Energia solar", "Energia renováveis". CONCLUSÕES FINAIS Através da revisão sistemática podemos observar que a telha solar em suas variedades tem um grande potencial de aproveitamento na construção civil. Sendo um material de grande inovação e que possui uma premissa de sustentabilidade, já que se encaixa perfeitamente nas energias renováveis, com o aproveitamento da luz solar para geração de energia elétrica, fato que o torna um material de grande custo benéfico a longo prazo. 10 REFERÊNCIAS AGUIAR, Junior. Tinta solar é mais uma fonte de energia limpa e barata para o futuro. CPG Click Petróleo e Gás. Disponível em: <https://clickpetroleoegas.com.br/tinta-solar-e-fonte-de-energia-limpa-e-barata-para- um-futuro-sustentavel-do-planeta/>. Acesso em: 16 jan. 2023. BERTOLOZZI, Maria R; DE-LA-TORRE-UGARTE-GUANILO, Mônica C; TAKAHASHI, Renata F. Revisão sistemática: noções gerais. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, 2011. Disponível em: <https://www.scielo.org/>. Acesso em 27 jan. 2020. CARVALHO, Pedro. Centro de pesquisas mineiro produz tinta capaz de gerar energia solar. Época Negócios. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Ideias/noticia/2015/06/centro-de-pesquisas-mineiro- produz-tinta-capaz-de-gerar-energia-solar.html>. Acesso em: 17 jan. 2023. DARLAN, Marcelo; DÜRKS; FERREIRA, Julio; et al. 7°Congresso Nacional do Meio Ambiente UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE UMA TINTA CAPAZ DE TRANSFORMAR A LUZ SOLAR EM ENERGIA ELÉTRICA. Energias Renováveis e possibilidades de aplicação Resumo. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: <http://www.meioambientepocos.com.br/ANAIS%202020/744%20UMA%20AN%C3 %81LISE%20BIBLIOM%C3%89TRICA%20SOBRE%20O%20DESENVOLVIMENT O%20DE%20UMA%20TINTA%20CAPAZ%20DE%20TRANSFORMAR%20A%20 LUZ%20SOLAR%20EM%20ENERGIA%20EL%C3%89TRICA.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2023. ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION. INTERNATIONAL ENERGY OUTLOOK , 2017. Acesso em: 16 jan. 2023. GELLER, H. S. 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Disponível em: <https://viking-tech.com.br/os-3-tipos-de-tinta-solar-no- horizonte-da-energia-fotovoltaica/>. Acesso em: 17 jan. 2023. https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/thiago-nassa https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/siqueiraneto https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/rodolfomeyer https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/ricardo-casarin https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/rafaela-giovanna https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/fred-meyer https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/andrea-vialli https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/author/adriana-dorante
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