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Unidade 4

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Educação 
Não-Formal
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Carla Rizzo
Revisão Textual:
Aline Gonçalves
O Papel das ONGs na Capacitação Profissional 
de Pessoas com Deficiência 
O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência 
 
 
• Conhecer o trabalho desenvolvido pelas ONGs para inserção da pessoa com deficiência no 
universo acadêmico e profissional;
• Apresentar os avanços da educação não formal desenvolvidos pelos meios midiáticos em 
relação à pessoa com deficiência.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• A Capacitação para o Trabalho por meio da Aprendizagem 
de Habilidades e/ou Desenvolvimento de Potencialidades;
• Apresentação das ONGs que Desenvolvem Trabalhos Educacionais 
Inovadores Relativos ao Desenvolvimento Acadêmico e Profissional 
das Pessoas com Deficiência;
• A Educação Não Formal Desenvolvida na e pela Mídia, 
em Especial a Eletrônica, para Pessoas com Deficiência.
UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
Contextualização
Para começarmos o estudo desta unidade, convido você, a realizar a leitura da 
matéria abaixo:
Notícia publicada pela Cinesp, em 21 de janeiro de 2020, sobre o processo de inclusão 
profissional das pessoas com deficiência no Brasil, “Do estudante ao profissional com 
deficiência – como barreiras e ações afirmativas impactam na formação e empre-
gabilidade de milhões”, disponível em: https://bit.ly/2Vw8dio
Como se pode notar, a notícia deixa evidente o quão atrasado encontra-se o Brasil 
no quesito “atendimento aos direitos e necessidades fundamentais das pessoas com 
deficiência”. É um absurdo, na minha visão, ainda utilizarmos o Censo Demográfico 
de 2010 para realizarmos pesquisas acadêmicas sobre a realidade das pessoas com 
deficiência no Brasil. Infelizmente, esses dados não refletem a atual situação de 
milhares de brasileiros com deficiência.
Confira as informações presentes no slide de 8 de maio de 2019, do Ministério da Saúde, 
“Censo Demográfico de 2020 e Mapeamento das pessoas com deficiência no Brasil”, 
da Coordenação Geral de Saúde da pessoa com deficiência. 
Disponível em: https://bit.ly/2XBKWhD
Observe os políticos brasileiros, de modo geral, parecem não estar muito preo-
cupados com a população brasileira e as pessoas com deficiência. Em fevereiro de 
2020 o Governo Federal ainda não havia conseguido lançar nenhuma proposta 
efetiva para a população com deficiência, apenas promessas nas áreas da Educação 
(MEC) e da Saúde (Ministério da Saúde).
Pergunto: como os slides apresentados pelo Ministério da Saúde, “Censo Demográfico 
de 2020 e Mapeamento das pessoas com deficiência no Brasil”, contribuem para a 
resolução dos problemas das pessoas com deficiência? Apenas informar que ainda tomarão 
alguma providência? Governos passados e o atual Governo Federal sequer conseguiram 
avançar, de fato, na implementação de Políticas Públicas concretas relacionadas aos setores 
da Educação, Saúde e Meio Ambiente.
A notícia publicada pela Cinesp (2020) indica:
Quanto ao Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, nos últimos 10 anos 
o percentual de alunos com deficiência matriculados no ensino regular 
subiu de 47% para 86%. O problema é que, como a contabilização de estu- 
dantes é restrita ao Censo Escolar, os dados sobre crianças e jovens com 
deficiência que não têm acesso à Educação continuam na invisibilidade. 
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Confira a matéria do portal Nova Escola: “Inclusão na educação: quais os desafios para 
realmente atender pessoas com deficiências”, uma vez que a Educação Inclusiva no 
Brasil ainda enfrenta desafios, como a falta de professores capacitados, de acessibilidade 
física nas escolas e de salas de recursos multifuncionais para atendimento educacional 
especializado. Disponível em: https://bit.ly/2ygpS5A
Tudo isso só para mencionar como as políticas públicas brasileiras relacionadas às 
pessoas com deficiência ainda estão muito incipientes ou apenas na Lei e no papel. 
E, para finalizar, lembrá-lo(a) de que boa parte das empresas brasileiras só empregam 
as pessoas com deficiência porque necessitam respeitar a legislação que exige esse 
compromisso por parte delas.
A Lei 8213/91 determina que empresas com 100 funcionários ou mais incluam de 
2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de 
deficiências habilitadas na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 
500 empregados, 3%; de 501 a 1000 empregados, 4%; e de 1001 em diante, 5%.
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
A Capacitação para o Trabalho por meio 
da Aprendizagem de Habilidades e/ou 
Desenvolvimento de Potencialidades
Segundo Loni Elisete Manica (2017), faz-se necessário refletir sobre como a edu-
cação não formal pode desenvolver práticas pedagógicas capazes de estimular os 
potenciais e as habilidades das pessoas com deficiência, bem como capacitá-las para 
o mercado de trabalho. Não se trata apenas de estimulá-las ou propor metodologias 
tecnológicas para aprenderem, mas, principalmente, fortalecê-las nas dimensões 
relacionadas às interações sociais e ao desenvolvimento do pensamento crítico. 
Figura 1
Fonte: Getty Images
O que se observa, explica Manica (2017, p. 70), em pleno século XXI, é que a pessoa 
com deficiência ainda é enxergada como alguém que possui limitações, portanto, 
não se investe em seu capital humano, ou seja, na sua capacidade de aprender, de 
pensar de maneira crítica ou na troca e busca pela construção do conhecimento. 
Para o senso comum, educar um aluno com deficiência em um curso 
profissional é desafiador e instigador, especialmente pelo fato de que a 
sociedade, muitas vezes, já o rotula como ineficaz ou doente, considerando-o 
inapto para o ensino. Vencer essa barreira é algo que um docente com-
prometido com a mudança poderá propor em sua metodologia.
Como valorizar os aspectos pessoais centrados no potencial e não na deficiência? Afinal, 
o atual mercado de trabalho valoriza as competências individuais e não possui setores 
identificados pela deficiência. Vamos conferir a experiência? Assista ao vídeo: “Com AD – 
Tecnologias e adaptações para inclusão”. Disponível em: https://youtu.be/aSjPzo1VDj8
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Gostou do vídeo? Ele contém alguns depoimentos muito interessantes que corro-
boram com as ideias que estamos começando a estudar: como valorizar e trabalhar 
o potencial dos indivíduos com deficiência? 
Marcos Rossi, analista de sistemas do Banco Itaú, em seu depoimento, deixou claro 
que sempre apostou em sua força interior: “Eu já me via lá (no futuro: estudando, 
trabalhando...)”, e na sua mesa de trabalho, seu livro de inspiração: “Uma vida sem 
limite”. A autoestima e a autoconfiança desse rapaz fizeram com que ele alcançasse 
seus objetivos desde cedo.
Edi Carlos é outro exemplo de inclusão profissional bem-sucedida. É funcionário 
público e atua com foco na eficiência. Ele ressalta a importância de as pessoas 
e o empresariado valorizarem as potencialidades e não a deficiência da pessoa. 
Conforme o seu relato, o deficiente necessita de oportunidades, e o empregador 
deve olhar a capacidade do indivíduo e não a deficiência. 
Segundo a Avape (Associação de Valorização da Pessoa com Deficiência, ONG 
fundada em 1982), Karolline Sales – analista técnica assistiva e de acessibilidade – 
relata que a maioria dos empresários tem uma visão distorcida sobre a realidade do 
deficiente visual. Em geral, acreditam que a pessoa com deficiência visual não tem 
condições de trabalhar devido a sua limitação para locomover-se até o trabalho; não 
consegue usar um computador tradicional, e assim o custo da empresa aumenta, 
porque os investimentos em tecnologia assistiva e equipamentos são muito caros e, 
por último, alegam baixa qualificação profissional.
No vídeo fica evidente que a ONG Avape luta com veemência pela garantia dos 
direitos da pessoa com deficiência. O acesso ao mercado de trabalho, bem como a 
qualificação dessas pessoas, é a causa quedefendem desde 1982. Mas a questão de 
acreditar na potencialidade da pessoa com deficiência é exaltada na fala de todos os 
entrevistados, concorda?
Sim, é importante acreditarmos nas potencialidades de cada pessoa com ou sem 
deficiência, o que ela tem a nos oferecer, sem preconceitos! Basta que esses potenciais 
sejam transformados em habilidades!
Figura 2 – Igualdade de oportunidades, uma vez que a pessoa
com defi ciência deva ser valorizada por suas capacidades
Fonte: Getty Images
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
Segundo Manica (2017, p. 4): 
Mesmo sem escolaridade, algumas pessoas conseguem participar de 
cursos básicos que lhes conferem a devida habilidade e competência 
para o desempenho de suas funções. Esta modalidade de Educação é 
oferecida, especialmente, pelas seguintes instituições:
• Escolas profissionais que são subsidiadas pelas Confederações da 
Indústria, Comércio, Transporte, Agricultura e, ainda, pelo Serviço de 
apoio das micro e pequenas empresas (SEBRAE);
• Institutos Federais da Rede Pública (inclusivos e não inclusivos – INES e 
IBC2) que são subsidiados pelo Governo Federal;
• Organizações Não Governamentais e laboratórios de aprendizagem, 
financiados pela comunidade (APAEs, Pestalozzi e outras);
• Organizações privadas.
Explica Manica (2017) que o Censo brasileiro de 2010 demonstrou que 61,1% 
das pessoas com deficiência não têm instrução ou possuem apenas o ensino fun-
damental incompleto. As pessoas com deficiência, diz Manica (2017), com ensino 
fundamental completo ou ensino médio incompleto são 14,2%. Já 17,7% têm o 
ensino médio completo ou superior incompleto, e apenas 6,7% possuem o ensino 
superior completo.
Os dados estatísticos tratados anteriormente são assustadores e me pergunto quais 
características devem ter os profissionais que pretendem atuar junto às pessoas com 
deficiência, para que possam ajudá-las em seu desenvolvimento de forma integral. 
Sobre essas questões, estudaremos na próxima unidade. 
Figura 3 – A importância do apoio dos colegas de 
trabalho nas funções de trabalhaores com deficiência
Fonte: Getty Images
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Você Sabia?
A Legislação Brasileira defende a inclusão das pessoas com deficiência nas escolas 
públicas e privadas, de qualquer tipo ou grau de deficiência, explica Manica (2017), 
mas a maioria dessas pessoas não consegue chegar a essas escolas por falta de acessi-
bilidade, de tecnologias assistivas ou por estarem fora do perfil exigido pela Educação 
Formal (sem a idade exigida ao nível escolar). Assim, ficam impedidas de frequentar 
as classes regulares e raramente conseguem algum tipo de certificação nas escolas. 
Para obterem a sonhada certificação, a maioria das pessoas com deficiência recorre à 
educação não formal realizada em Associações ou ONGs.
Segundo Manica, as pessoas com deficiência acabam recorrendo às escolas 
profissionais, que não exigem o grau de escolaridade formal, uma vez que se sentem 
mais reconhecidas e acolhidas:
Assim, normalmente, as pessoas com deficiência e analfabetas não são 
incluídas em classes regulares de Ensino Formal, destinada aos primeiros 
anos escolares, e passam a procurar alternativas para ingressar no 
mercado de trabalho. A escola profissional passa a ser uma dessas alter-
nativas [...]. (MANICA, 2016)
Retomando a pergunta inicial: Como valorizar e trabalhar o potencial dos indivíduos 
com deficiência? 
Na minha visão, primeiramente, permitindo que as pessoas com deficiência tenham 
acesso, desde tenra idade, à escolaridade e aos serviços de atendimento complementares 
quando necessário: psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, 
fisioterapeuta, nutricionista, médicos, neuropediatras, entre outros, do mesmo modo, que 
sejam oportunizadas a elas vagas no mercado de trabalho.
Figura 4 – A educação não formal como meio de inserção
das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho
Fonte: Getty Images
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
Infelizmente, além do problema da falta de escolarização e do preconceito do 
empresariado em contratar pessoas com deficiência, Angela Paula Simonelli e 
Camarotto (2011) indicam outros fatores que impossibilitam a inserção dessas pes-
soas no mercado de trabalho:
• A falta de acesso aos serviços de reabilitação integral das pessoas com deficiên-
cia gera, inevitavelmente, sequelas para a convivência em sociedade;
• Além das dificuldades motoras, os problemas relacionados às barreiras arquitetô-
nicas, barreiras atitudinais e grande falta de mecanismos compensatórios, deno-
minados de ‘equiparação de oportunidades’ entre pessoas com e sem deficiência, 
como transporte coletivo adaptado e outros dispositivos para diminuição ou elimi-
nação dos fatores ambientais que dificultam a vida das pessoas com deficiência;
• O preconceito em relação à utilização de equipamentos facilitadores para execução 
dos trabalhos, tais como: lente de aumento, cadeira de rodas, muletas, bengalas etc.;
• Em geral, para contratação, são escolhidas as pessoas que apresentam pequenas 
lesões em relação àquelas que têm lesões mais complexas ou aparentes no 
corpo, mesmo que possuam as habilidades funcionais para a função de trabalho;
• Falta de ações informativas para os funcionários das empresas, quanto às carac-
terísticas das pessoas com deficiência, para se evitar preconceitos ou estigmas;
• Por último, a falta de acessibilidade para que as pessoas com deficiência possam 
ter mais autonomia.
Figura 5 – Pessoas com lesões complexas ou aparentes no corpo 
encontram dificuldades para ingressar no campo profissional
Fonte: Getty Images
Todas as dificuldades tratadas até aqui revelam que muitas pessoas com deficiência 
acabam tendo uma vida social muito restritiva e solitária. Dependendo do grau de 
deficiência, algumas são esquecidas ou abandonadas em abrigos, outras são confinadas 
em instituições específicas ou no seio familiar. 
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Para Simonelli e Camarotto (2011, p. 14), embora existam avanços na contra-
tação formal de trabalhadores com deficiência, “o sistema de cotas no Brasil ainda 
mostra resultados tímidos, pois a grande maioria das empresas não modificou sua 
política de emprego após a regulamentação das cotas”. 
Leia a pesquisa de SIMONELLI, A. P.; CAMAROTTO, J. A. Análise de atividades para a inclusão 
de pessoas com deficiência no trabalho: uma proposta de modelo, 2011.
Disponível em: https://bit.ly/2WNqx7h
Apresentação das ONGs que Desenvolvem 
Trabalhos Educacionais Inovadores Relativos
ao Desenvolvimento Acadêmico e Profissional
das Pessoas com Deficiência
Embora o Brasil disponha de uma das Legislações mais avançadas do mundo 
sobre assistência, proteção e inserção ao mercado do trabalho às pessoas com 
deficiência, as estatísticas sobre as taxas de emprego para essa população indicam 
dificuldades, explica Costa, Carvalho-Freitas e Freitas (2019, p. 3):
Em 2016, os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) reve-
laram um total de 391 mil vínculos empregatícios ativos de trabalhadores 
com deficiência, o que representa 0,85% do total de pessoas com defici-
ência no país. Do total de trabalhadores brasileiros com deficiência que 
possuem carteira assinada, somente 8,2% são representados por pessoas 
com deficiência intelectual. (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2017)
Figura 6 – No cenário brasileiro, pessoas com defi ciência intelectual
representam uma parte bem pequena dos profi ssionais ativos no mercado
Fonte: Getty Images
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
Atualmente, sabe-se que o mundo globalizado do capital e o avanço tecnológico 
exigem muita mão de obra qualificada. A rapidez do mundo moderno não perdoa 
ninguém, pessoas com ou sem deficiência, uma vez que a prioridade no mercado de 
trabalho é a competitividade e o alto desempenho em formação profissional. 
Segundo Pereira (2014, p. 14):
Verifica-se que o mundo do trabalhopassa por uma profunda transfor-
mação, e esse processo tem início a partir da globalização do capital que 
se desenvolve num complexo de reestruturação produtiva, com impactos 
profundos nas relações de trabalho.
Acontece que a maioria das pessoas com deficiência não teve acesso a muitos 
serviços da sociedade, como educação (escolarização formal) e saúde (tratamento 
e reabilitação contínua por equipes multidisciplinares), e são vítimas de estigmas 
sociais advindos da falta de informações sobre a deficiência. Vivenciam também 
barreiras atitudinais e arquitetônicas, conforme estudamos há pouco, e tais fatores 
dificultam enormemente o acesso delas ao mundo do trabalho. 
Assista ao vídeo do Programa Balanço Geral Florianópolis: “Pessoas com deficiência têm 
dificuldade para entrar no mercado de trabalho”. 
Disponível em: https://youtu.be/lgM07NQxKFk
Gostou do vídeo? Na minha visão, enquanto tivermos valores sociais que prio-
rizem o capital e a lucratividade das empresas, fica inviável a entrada das pessoas 
com grau moderado ou grave de deficiência nelas. Como já explicado, o capitalismo 
global e os processos tecnológicos não perdoam pessoas com ou sem deficiência, 
que não acompanham a velocidade do mundo moderno. Vivemos em uma sociedade 
muito predadora e em um processo de capitalismo selvagem.
Sabemos que o trabalho é uma das formas de entrada do sujeito na sociedade, 
De afirmação das relações interpessoais, exigindo, para tanto, ambientes 
e meios apropriados que possibilitem a convivência com as adversidades, 
deficiências e diferenças. (LEAL; MATTOS; FONTANA, 2013, p. 60)
Dessa forma, entende-se que o mercado de trabalho seja um lugar de inclusões, 
independentemente das diferenças, e a inclusão das pessoas com deficiência nas 
atividades produtivas do trabalho funciona como forma de interação e integração 
social, explicam Philereno et al. (2015).
Como já estudado, as empresas contratam pessoas com deficiência, desde que 
não necessite realizar adaptações no ambiente corporativo nem signifique queda na 
produção de trabalho. Assim sendo, Philereno et al. (2015, p. 163) explicam, por 
meio das ideias de Sassaki (2006): 
Ele assevera que a pessoa com deficiência, devidamente qualificada, 
apresenta qualidades, muitas vezes, superiores às demais pessoas, e que 
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existem empresas inclusivas, que têm proporcionado condições necessá-
rias para que os deficientes realizem o seu trabalho. Entretanto, reconhece 
que a falta de qualificação profissional tem desencadeado um impasse nos 
processos inclusivos.
Figura 7 – Embora algumas pessoas com defi ciência apresentem-se aptas ao trabalho,
a baixa escolarização, na maioria das vezes, torna-se empecilho para contratação
Fonte: Getty Images
Assista a reportagem realizada pelo canal Emprego & Renda TV: “Contratação de pessoas
com deficiência”. A repórter Sandra Gomes entrevista Fernando Guedes, especialista na 
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, em 27 de novembro de 2012.
 Disponível em: https://youtu.be/j34vXqLJTjM
Romeu Sassaki (2006) sugere que as entidades filantrópicas e as ONGs devem 
assumir a qualificação profissional e o processo de colocação no mercado de trabalho 
das pessoas com deficiência, uma vez que esses indivíduos tendem a recorrer às 
entidades que frequentam, bem como devem ter condições reais de prepará-los para 
a inserção no trabalho.
É o que faz as FENAPAEs, explicam Costa, Carvalho-Freitas e Freitas (2019):
Do ponto de vista da qualificação profissional para pessoas com deficiência 
intelectual, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), é 
a instituição com maior trajetória de desenvolvimento de programas de 
educação profissional, com o objetivo de oferecer qualificação para seus 
alunos, por meio de oficinas profissionalizantes, preparando-os para a 
inclusão no mercado de trabalho. (FENAPAEs, 2011)
Importante!
Vamos conhecer um pouco dos trabalhos concretos das APAES. Primeiramente, quero 
deixar claro que as oficinas profissionalizantes das APAES variam de estado para estado 
ou de cidade para cidade, porque dependem muito do financiamento e das parcerias 
que realizarão no decorrer de cada ano ou semestre. Vou lhe dar o exemplo de oficinas 
profissionalizantes da APAE em Santo André. Vamos conhecer?
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
A matéria do dia 10 de abril de 2018, Grupo Sintonize – ABC do ABC – Focado 
em você, explica que o Projeto + Inclusão da APAE tem como objetivo ofertar 
possibilidades de empreendedorismo e empregabilidade. Teve o seu início em março 
de 2018, com 65 inscritos.
O “+APAE Inclusão” procura reparar a ausência de cursos preparatórios, conta a 
diretora da APAE de Santo André, Valéria Parral (2018):
“+ APAE INCLUSÃO”:
O objetivo principal do projeto é capacitar jovens com deficiência e opor-
tunizar uma melhora na qualidade de vida. Além disso, busca incentivar 
a contratação dos beneficiários das oficinas por meio da Lei de Cotas 
(nº. 8.213/91), que exige a reserva de 2 a 5% das vagas de empresas para 
pessoas com deficiência, dependendo do número total de funcionários. 
O “+ APAE Inclusão” também prevê a implantação de um departamento 
que fará o direcionamento dos profissionais capacitados nas oficinas em 
áreas de sua formação através de parcerias com órgãos públicos e privados.
As oficinas profissionalizantes são oferecidas para pessoas com deficiência entre 12 e 17 anos 
que moram em Santo André. A capacitação acontece nas áreas de: Panificação, Audiovisual, 
Informática, Rotinas Administrativas, Artesanato e Corte e Costura. Confira a interessante 
reportagem na íntegra, no link disponível em: https://bit.ly/2K6rykS
Essa iniciativa é de grande valia, uma vez que algumas pesquisas realizadas nas 
APAES de Belo Horizonte indicaram resultados opostos ao apresentado na matéria 
anterior. As oficinas profissionalizantes de 21 cidades de Belo Horizonte não aten-
dem às reais necessidades do aluno e do mercado de trabalho, como explicam Costa, 
Carvalho-Freitas e Freitas (2019, p. 7), ao estudarem o relato de 47 profissionais res-
ponsáveis diretamente pelas oficinas. Veja na íntegra os resultados finais da pesquisa:
• As oficinas estavam circunscritas a funções operacionais, ou melhor, ativi-
dades baseadas em trabalhos manuais e repetitivos, embora as professoras 
expliquem que estes são importantes, uma vez que possibilitam ao aluno o senti-
mento de pertencimento social e a diminuição do preconceito da sociedade;
• 85% das professoras participantes afirmaram que o trabalho a ser ensinado 
foi escolhido de acordo com o interesse dos alunos naquela atividade; 81% 
afirmam que os alunos foram questionados sobre seus interesses na oficina;
• 66% respondentes concordaram que a oficina foi criada de acordo com as 
possibilidades de trabalho disponíveis na cidade;
• Observa-se que as professoras reconhecem que somente em um terço dos casos 
as oficinas são realmente efetivas e que a maior parte dos alunos não se 
desvincula das oficinas e não ingressa no mercado de trabalho;
• Das professoras participantes, 89% afirmaram que os produtos confeccionados 
nas oficinas profissionalizantes são vendidos. Entretanto, quanto ao destino 
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do dinheiro arrecadado, 74% disseram que é a direção da APAE local que define 
o que será realizado com ele, não havendo discussão com os alunos sobre 
a melhor destinação dos recursos arrecadados, o que contribuiria com a 
promoção de autonomia defendida pela instituição;
• As professoras também deixaram explícita a tendência das oficinas em 
exercer uma função mais ocupacional do que profissionalizante. E, ainda, 
ressaltou-se a insegurança das famílias dos alunos com deficiência intelec-
tual, que, em função das garantias do BPC, resistem à profissionalização 
de seus membros com receio de perder o benefício, explicitando a preca-
riedade econômica que grande parte dessa população ainda vive no país.
Leia o texto das pesquisadorasCOSTA; CARVALHO-FREITAS; FREITAS “Qualificação profis-
sional para pessoas com deficiência intelectual: perspectiva dos professores”.
Disponível em: https://bit.ly/2WNtAML
Você Sabia?
Você sabe o que é o sistema BPC?
Decreto n. 1.330, criado em 1994, o BPC, ou melhor, Benefício de Prestação Continuada, 
é o pagamento de um salário mínimo por mês à pessoa com deficiência ou ao idoso com 
65 anos ou mais, que comprove não possuir meios de sobrevivência própria nem advin-
do de sua família, explicam Costa, Carvalho-Freitas e Freitas (2019). 
Figura 8
Fonte: Getty Images
Para terminar, segundo Tanaka e Manzini (2005), os cursos profissionalizantes 
oferecidos podem ter caráter terapêutico e não prepararem a pessoa com deficiência 
para o mercado de trabalho, de acordo com Philereno et al. (2015, p. 164): 
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
Hansel (2009) salienta a importância de as instituições desenvolverem os 
cursos para a qualificação profissional dos deficientes em consonância 
com as necessidades do mercado, pois assim, haverá a possibilidade 
de direcionar as atividades de acordo com o perfil do indivíduo e as 
demandas das empresas. Por último, Marque e Toldrá (2008) enfatizam 
a necessidade da qualificação da PcD como um todo, envolvendo os 
aspectos comportamentais e as habilidades, porém é preciso observar 
o mundo real de trabalho e as expectativas que este apresenta, e a 
Educação Não Formal desenvolvida na/pela mídia, em especial a eletrô-
nica, para pessoas com deficiência.
É importante lembrar que as ONGs e as Entidades Assistenciais ainda 
têm um longo caminho a percorrer no que diz respeito aos cursos de 
profissionalização das pessoas com deficiência. É um grande desafio!
Figura 9
Fonte: Getty Images
A Educação Não Formal Desenvolvida 
na e pela Mídia, em Especial a Eletrônica, 
para Pessoas com Deficiência
Você Sabia?
Você sabia que o acesso às TICs (Tecnologia de Informação Computadorizada) é funda-
mental para o processo de inclusão da pessoa com deficiência?
Segundo o Relatório Mundial sobre a Deficiência, elaborado pela OMS (Organização 
Mundial da Saúde) e pelo Banco Mundial (2012, p. 192), há inúmeros benefícios prove-
nientes dessas tecnologias para as pessoas com deficiência:
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Uma vez que são capazes de acessar a web, pessoas com deficiência 
valorizam as informações sobre saúde e outros serviços prestados.
Por exemplo, uma pesquisa com usuários de Internet com problemas de 
saúde mental mostrou que 95% usou a rede para informações específicas 
de diagnóstico, contra 21% da população em geral.
Comunidades on-line podem ser particularmente úteis para pessoas com 
deficiência visual, auditiva ou autismo, porque elas superam as barreiras ex-
perimentadas no contato pessoal. Pessoas com deficiência que estão isola-
das valorizam a Internet por lhes permitir interagir com outrem e a possibi-
lidade de encobrir suas diferenças. Por exemplo, no Reino Unido a emissora 
estatal criou um site para pessoas com deficiência, chamado “Ai!” (Ouch!) e 
materiais especiais da web para pessoas com deficiência intelectual.
Localize no Relatório Mundial sobre a Deficiência o capítulo 6 “Ambientes facilitadores”, 
na p. 177. Recomendo a leitura inteira do capítulo ou procure concentrar seus estudos das 
páginas 193 a 203. Disponível em:: https://bit.ly/3bfellx
Figura 10 – As tecnologias devem estar a serviço do
processo de autonomia das pessoas com defi ciência
Fonte: Getty Images
No Brasil, o conceito de Tecnologia Assistiva, segundo Rita Bersch (2017, p. 4), significa:
[...] uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que 
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços 
que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e partici-
pação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, 
visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. 
(BRASIL; SDHPR. Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII)
Em seu livro Tecnologia Assistida, a estudiosa Rita Bersch (2017, p. 5 a 8) apre-
senta uma variedade de categorias para as tecnologias assistivas, mas escolhi citar, 
literalmente, apenas cinco delas:
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
• Auxílios para a vida diária e vida prática:
Talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas 
desenhadas para facilitar o vestir e o despir, abotoadores, velcro, recursos 
para transferência, barras de apoio etc. Equipamentos que promovam a 
independência das pessoas com deficiência visual na realização de tarefas 
como: consultar o relógio, usar calculadora, verificar a temperatura do 
corpo, identificar se as luzes estão acesas ou apagadas, identificar cores 
e peças do vestuário, verificar pressão arterial, cozinhar, identificar 
chamadas telefônicas, escrever etc.
• Comunicação aumentativa e alternativa:
Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em 
defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar, 
escrever e/ou compreender. Recursos como as pranchas de comunicação, 
construídas com simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou 
palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar 
suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia 
dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o computador 
com softwares específicos e pranchas dinâmicas em computadores tipo 
tablets, garantem grande eficiência à função comunicativa.
• Recursos de acessibilidade ao computador:
São exemplos de dispositivos de entrada os teclados modificados, os 
teclados virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, 
softwares de reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valo-
rizam o movimento de cabeça e o movimento de olhos, ondas cerebrais 
(pensamento), órteses e ponteiras para digitação, entre outros.
Como dispositivos de saída podemos citar softwares leitores de tela, 
softwares para ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), 
softwares leitores de texto impresso (OCR), impressoras braile e linha 
braile, impressão em relevo, entre outros.
• Sistemas de controle de ambiente:
Controle remoto para as pessoas com limitações motoras, para poderem 
ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos como a luz, o som, tele-
visores, ventiladores; executar a abertura e fechamento de portas e janelas, 
receber e fazer chamadas telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre 
outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
• Órteses e próteses:
Confeccionadas sob medida e ajustadas ao corpo de cada pessoa com defi-
ciência, as órteses e próteses servem no auxílio de mobilidade, de funções 
manuais (escrita, digitação, utilização de talheres, manejo de objetos para 
higiene pessoal), correção postural, entre outros.
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Figura 11 – As tecnologias assistivas visma à melhor adaptação
da pessoa com defi ciência nos diversos ambientes sociais
Fonte: Getty Images
Enfim, Rita Bersch (2017) esclarece que as tecnologias assistivas são comumente 
confundidas com as tecnologias educacionais. Um aluno com deficiência utilizará o 
computador como qualquer outro estudante para acessar a internet, realizar pesquisas, 
trabalhar com o mesmo software para ampliação das aprendizagens, assim haverá 
múltiplas formas de organizar, estudar e apresentar os conhecimentos construídos.
Nas tecnologias assistivas, explica Bersh (2017), o objetivo é superar barreiras de 
várias ordens, tais como sensoriais, motoras ou cognitivas, que dificultam o acesso 
às informações e aprendizagens ou à vida cotidiana, profissional e social, conforme 
citados anteriormente.
Qual é o papel das organizações não governamentais junto às pessoas com deficiência em 
relação às TICs e tecnologias assistivas?
Segundo o Relatório Mundial sobre a Deficiência, elaborado pela OMS (Organi-
zação Mundial da Saúde) e pelo Banco Mundial(2012), as ONGs têm papel prepon-
derante na vida das pessoas com deficiência:
• Influenciar os fabricantes e prestadores de serviços a repensarem os custos finan-
ceiros das TICs, para que essa população tenha a possibilidade de fazer parte do 
que chamamos de inclusão digital;
• Realizar cursos de capacitação para inserir as pessoas com deficiência às TICs;
• Propor oficinas de treinamento para desenvolvimento das habilidades digitais ou 
alfabetização digital;
• Conseguir preços mais acessíveis para os equipamentos que envolvam as tecno-
logias assistivas;
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
• Apoiar o desenvolvimento de serviços de transmissão telefônica, língua de sinais, 
em Braille, ou melhor, a facilitação dos processos de informação, comunicação e 
construção do conhecimento.
Figura 12 – As ONGs devem garantir o acesso das pessoas com deficiência 
às tics e às tecnologias assitivas nos diferentes ambientes profissionais
Fonte: Getty Images
Enfim, são tantas possibilidades! O importante é o acesso que as ONGs devem 
promover para a melhoria das práticas educativas não formais por meio das TICs e 
das tecnologias assistivas.
Segundo Bruno e Nascimento (2019, p. 4):
A Tecnologia Assistiva se desponta como importante área de conheci-
mento e pesquisa na atualidade, configurando-se como ação estratégica 
da política pública de educação especial na última década. A Lei Brasileira 
de Inclusão (BRASIL, 2015) ratifica a Convenção sobre o Direito das 
Pessoas com Deficiência (BRASIL, 2008b), que compreende a defi- 
ciência como o impedimento de longo prazo de natureza física, mental, 
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, 
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade 
de condições com as demais pessoas.
Para finalizar os estudos desta unidade, faça a leitura do livro “Introdução à Tecnologia 
Assistiva”, da Prof.ª Me. Rita Bersch, 2017. Disponível em: https://bit.ly/2RIUun2
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Filmes
Do Luto à Luta
Documentário que traz relatos de pessoas com síndrome de Down e de seus 
familiares, mostrando como se desenvolvem, com exemplos de como podem atuar 
em profissiões e em outros campos da sociedade. Produzido pelo Circuito Espaço 
de Cinema & Casa Azul Produções Artísticas (Petrobrás: Brasília, DF, 2018).
https://youtu.be/VxSB3r4Xm0w
 Leitura
Cartilha dos Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência
Nessa cartilha, elaborada pelo Conselho Estadual para Política de Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência do Rio de Janeiro, publicada em 2013, você encontrará 
definições acerca das deficiências e descrição dos direitos das pessoas deficientes.
https://bit.ly/3dHeGyu
Dança para Pessoas com Deficiência: Um Possível Elemento de Transformação Pessoal e Social
No artigo, os autores desenvolvem estudo a respeito de como a dança pode mudar 
a vida de pessoas com deficiência.
https://bit.ly/3csgeeL
A Discussão sobre Inclusão para Pessoas com Deficiências na Perspectiva da Educação Social,
Pedagogia Social e Educação Não Formal: Uma Revisão de Literatura
No artigo, você encontrará uma análise das “produções acadêmicas sobre as 
práticas educativas de inclusão para pessoas com deficiências em projetos sociais 
que atendem crianças, adolescentes, jovens e adultos em condição de vulnerabilidade 
social” (PAULA et al., 2016).
https://bit.ly/2RHlX8Q
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UNIDADE O Papel das ONGs na Capacitação 
Profissional de Pessoas com Deficiência
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