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Plano
de Aula: Teoria e
Prática da Argumentação Jurídica
TEORIA E
PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA   SEMANA 6   Tipos de argumento: seleção e
combinação
 
Objetivos
-
Distinguir os vários tipos de argumento disponíveis ao profissional da área
jurídica.
-
Compreender que a coesão seqüencial depende não apenas das informações
registradas, mas também dos tipos de argumento por meio dos quais esses dados
são veiculados.
-
Estabelecer relação significativa entre as fontes do Direito e os tipos de
argumento.
- Redigir
parágrafos argumentativos persuasivos.
Estrutura do Conteúdo
1. Relação entre fontes do Direito e tipos de
argumento
2. Argumento pró-tese.
2.1. Estrutura, características e informações
lingüísticas relevantes
3. Argumento de autoridade
3.1. Estrutura, características e informações
lingüísticas relevantes
4. Argumento de senso comum
4.1. Estrutura, características e informações
lingüísticas relevantes
Aplicação Prática Teórica
Os argumentos são recursos linguísticos que visam ao convencimento. O argumento não é
uma prova inequívoca da verdade. Argumentar não significa impor uma forma de
demonstração, como nas ciências exatas. O argumento implica um juízo do quanto
é provável ou razoável.
 
A)
ARGUMENTO PRÓ-TESE
Caracteriza-se por ser extraído
dos fatos reais contidos no relatório. Deve ser o primeiro argumento a compor a
fundamentação. A estrutura adequada para desenvolvê-lo seria: Tese  +  porque 
+  e também  +  além
disso. Cada um desses elos coesivos introduzem fatos
distintos favoráveis à tese escolhida.
 
B) DE AUTORIDADE
Argumento constituído com base nas
fontes do Direito, em pesquisas científicas comprovadas.
 
C)
ARGUMENTO DE SENSO COMUM
Consiste no aproveitamento de uma
afirmação que goza de consenso geral; está amplamente difundido na sociedade.
 
CASO CONCRETO
Dois homens são presos por agressão no Galeão
Passageiro espancado ao recusar serviço
pirata de táxi
tem suspeita de fraturas no rosto e
está internado
Emanuel Alencar
RIO - Dois homens foram presos em flagrante
depois de um tumulto no setor de desembarque do Terminal 2
do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Marcos Andrade da Silva, de 40 anos, e
Rodrigo Alvinho Silveira, de 31 anos, que trabalham pra taxistas, foram
autuados por lesão corporal e tentativa de homicídio. Eles são acusados de
terem agredido o vendedor Cristian Valério, de 40
anos, e o jornalista Dario Amorim, de 48 anos, após discussão. Internado no
Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador, Cristian
tem suspeita de fraturas na face e está sob observação.
 
Delegacia investiga grupo que atua ilegalmente
A confusão começou às 14h10min, quando Cristian e Dario haviam desembarcado, vindos de Natal.
Segundo depoimentos das vítimas, que moram no Rio, eles foram abordados por
homens que trabalham oferecendo serviço de táxis no terminal. Diante da recusa,
Rodrigo Silva teria provocado e xingado a dupla. Foi o
estopim para uma grande confusão. Dario sofreu leves escoriações no rosto.
De acordo com o delegado Ricardo Codeceira, titular da Delegacia do Aeroporto Internacional
do Rio (Dairj), os acusados de agressão atuam como
"jóquei", apelido dado às pessoas que oferecem aos passageiros os
serviços de táxis piratas. O delegado informou que a delegacia investiga, há dois
meses, esta prática ilegal no aeroporto.
— Essas pessoas que ficam chamando
passageiros, conhecidas como "jóqueis", atuam há bastante tempo e já
são alvo de uma investigação — afirmou o delegado, que acredita que as
agressões tenham conotação homofóbica.
As vítimas disseram que foram xingadas por causa da opção sexual. A partir daí começou
toda a confusão. Os agressores (Marcos e Rodrigo) alegam legítima defesa, mas
Cristiano chegou a desmaiar depois de receber um pontapé no queixo.
Bastante nervosa, a mãe de Rodrigo, Marli
Alves da Silva, criticou a prisão de seu filho. Ela chegou a passar mal na
delegacia, com pressão alta.
— Por que os outros que se envolveram na
briga não foram presos? Meu filho também foi agredido. Apenas se defendeu, como todo homem faria. Os dois levantaram o tom de
voz e foram grosseiros.
A versão de Dario, um dos agredidos, é
diferente. Ele diz que Rodrigo começou a confusão.
— Ele ofereceu o serviço e dissemos que não
estávamos interessados. Mas insistiu e começou a fazer gracinha. Até que ele
disse: "vai tomar no c..., seu v...". Aí o Cristian
perdeu a cabeça e começou toda a confusão. Marcos foi quem agrediu Cristian quando ele já estava caído, sem qualquer chance de
defesa.
Dario criticou a Infraero. Segundo ele, a
princípio, a estatal não quis levá-lo ao hospital onde seu companheiro está
internado.
— Só depois de muita insistência eles
ofereceram condução — disse.
O delegado disse que o episódio reforça a
importância de os passageiros optarem sempre por táxis legalizados e padronizados.
— As vítimas agiram de forma correta ao
recusarem um serviço ilegal.
(Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/rio/dois-homens-sao-presos-por-agressao-no-galeao-3965359#ixzz1nRhXx1Pd>.
Acesso em: 14 fev 2012. O Globo, p. 13.)
 
 
SE JULGAR NECESSÁRIO, RECORRA ÀS POLIFONIAS SEGUINTES:
Lesão corporal
Art. 129 do CP: Ofender a integridade corporal ou a
saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações
habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de
membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o
trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização
do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as
circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o
risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
 
Art. 14 do CP: Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
 
Homicídio simples
Art. 121 do CP: Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por
outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do
ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
 
Observação:
pesquisar as informações mais atuais sobre homofobia e sua criminalização.
 
QUESTÃO DISCURSIVA
Leia o caso concreto indicado para
esta aula e recorra às fontes sugeridas. Redija três parágrafos argumentativos:
um argumento pró-tese, um argumento de autoridade e um argumento de oposição.
Vale observar que, normalmente, após o argumento de autoridade é sugerida a
produção do argumento de oposição; entretanto, devido à sua complexidade, esse
argumento será reservado para a próxima aula.

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