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Aula 7-Pastorais e Ministérios

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Aconselhamento
Aula 7: Pastorais e Ministérios
Apresentação
Nesta aula, estudaremos a origem e a evolução da terminologia teologia pastoral. O termo pastoral não se
encontra na Sagrada Escritura, mas indiretamente a teologia pastoral pode inferir esta terminologia.
Veremos também que o ministério pastoral ou sacerdotal no Primeiro Testamento (A.T.) é institucional, em
alguns casos não é carismático.
É hereditário como nas famílias de Aarão e é transmitido através do rito de consagração para o serviço do
culto no santuário, a oferta do sacrifício (Jz 6,24; 13,19) o ensinamento da Torá (Dt 33,10; Sof 3,4; Miq 3,11;
Jer 18,18; Ez 7,26), o anúncio das decisões de Deus (Dt 33, 8; 1Sm 8,1-22; 14,36; 28,6; Esdr 2,63; Ne 7,65),
para solucionar questões de direito sagrado, sobre puro e impuro, sobretudo a administração do templo (Dt
17,8; Ag 2,11).
Objetivos
Explicar a origem e evolução da teologia e da práxis pastoral;
Analisar a ação pastoral das igrejas cristãs como serviço de sustentabilidade planetária e especialmente
à salvação do povo de Deus;
Apontar os diversos ministérios como dons, carismas para o serviço pastoral, evangelizador.
Palavras iniciais
Quando estudamos a Sagrada Escritura do início ao �m ou do Gênesis ao Apocalipse, percebemos que o povo de
Deus bem cedo se organizou para o serviço sagrado, desde os antigos sacrifícios (Gn 14,17-24), passando pelos
condutores da Arca da Aliança (Js 3,14-17), até os responsáveis pelo santuário-Templo (Ex 28,1-5).
Jesus de Nazaré, seguindo esta tradição, logo no início da sua vida pública
escolheu, preparou e enviou pessoas para o pastoreio ou, como dizemos
hoje, para a ação pastoral.
É interessante que em Lc 6,12-16 o evangelista fala que Jesus foi à montanha para orar e passou a noite inteira
em oração a Deus e depois escolheu Os Doze Apóstolos. O mesmo Lc 9,1-6 a�rma que Jesus os enviou com
poder e autoridade sobre os demônios, bem como para curar todas as enfermidades, sobretudo proclamar o
Reino de Deus.
 
Também os quatro Evangelhos revelam que após a ressurreição Jesus Cristo enviou Os Onze para proclamar a
Boa Nova no mundo inteiro (Mc 16,15-20; Mt 28,16-20; Lc 24,44-53; Jo 21,15-23). Igualmente os Apóstolos darão
continuidade nesta tradição do pastoreio, seja do serviço aos pobres e excluídos seja do anúncio, da
proclamação da Boa Nova do Reino de Deus (At 6,1-7).
Conceito pastoral
Como a�rmamos acima, o conceito pastoral não é explicito na Sagrada Escritura, mas é dela que a teologia
pastoral nasceu e extrai a sua fundamentação. É dela que a teologia pastoral ou prática se alimenta para
alimentar, iluminar a organização das igrejas e a ação evangelizadora junto ao povo de Deus para a salvação da
criação.
 
Como conceito estruturante das teologias cristãs, a teologia pastoral surgiu como componente curricular
independente na grade curricular da teologia somente no século XVIII. Mas a prática pastoral pós-apostólica
inicia com Pastor de Hermes, o pregador apocalíptico que chamava à penitência e ao engajamento da própria
vida a serviço do Reino de Deus.
Atenção
A Didaqué também é outro fundamento da teologia pastoral, bem como as Constituições Apostólicas − maior
coleção jurídico-litúrgica da antiguidade cristã − e São João Crisóstomo e São Gregório Magno, grandes pastores e
pregadores. Estes são os fundamentos da teologia pastoral como sistematização e racionalidade da ação cristã na
sociedade.
Leitura
O que é pastoral?
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Exigências éticas
Veja o que a�rma Marcelo Ramiro, da Igreja metodista, sobre as exigências éticas para a ação pastoral:
“Para John Wesley, fundador do movimento metodista, sem
chamado não há ministério pastoral e�caz. É preciso ter
qualidades intelectuais e espirituais consistentes para ser
aprovado. Sem estes requisitos a pessoa pode ter sucesso
em várias pro�ssões, menos em estar à frente de uma igreja
pastoreando o povo de Deus. Antes de aceitar o serviço de
novos pregadores, Wesley questionava se possuíam graça,
dons e frutos. Uma vez aprovados, eram testados pela
prática da pregação e iniciavam uma educação teológica
criteriosa e profunda. “Se nós devemos vigiar a Igreja de
Deus, que foi comprada com seu próprio sangue, que tipo de
homens e mulheres devemos ser?”. A indagação de John
Wesley, em 1756, permanece atual. A necessidade do
comissionamento divino e preparo é indiscutível. No Discurso
ao Clero, Wesley alerta que por falta de vocação, “existem
ministros Para John Wesley, fundador do movimento
metodista, sem chamado não há ministério pastoral e�caz. É
preciso ter qualidades intelectuais e espirituais consistentes
para ser aprovado. Sem estes requisitos a pessoa pode ter
sucesso em várias pro�ssões, menos em estar à frente de
uma igreja pastoreando o povo de Deus. Antes de aceitar o
serviço de novos pregadores, Wesley questionava se
possuíam graça, dons e frutos. Uma vez aprovados, eram
testados pela prática da pregação e iniciavam uma educação
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teológica criteriosa e profunda. “Se nós devemos vigiar a
Igreja de Deus, que foi comprada com seu próprio sangue,
que tipo de homens e mulheres devemos ser?”
RAMIRO, 2015, p. 2
Segundo Ramiro, já em 1756 John Wesley demonstrava uma grande preocupação na escolha daqueles e
daquelas que foram chamados por Deus para exercer o ministério pastoral, a ação pastoral. Ou seja, não são
necessariamente pessoas bem-sucedidas pro�ssionalmente, intelectualmente, embora estas habilidades ajudem
no pastoreio de excelência, ou melhor, para a vida nova em Jesus Cristo.
Saiba mais
A preocupação de Wesley está ligada com o ethos, com o caráter, pois, segundo Paulo, Deus escolhe o fraco para
confundir o forte (1Cor 1,17-31). O que dizer da escolha de Davi como Rei de Israel, aparentemente o menos
indicado (1Sm 16,1-13)? Para ser um agente de pastoral, segundo Wesley, é necessário possuir a graça de Deus, ter
recebido o Dom e dar frutos no Espírito.
Nesta perspectiva, continua Ramiro:
"A indagação de John Wesley, em 1756, permanece atual. A
necessidade do comissionamento divino e preparo é
indiscutível. No Discurso ao Clero, Wesley alerta que por
falta de vocação, “existem ministros grosseiros, abatidos,
estúpidos, sem vida, sem espírito, sem prontidão de
pensamento, que são consequentemente, a zombaria de
todo tolo atrevido”. O que diria o líder do movimento
metodista nos dias de hoje? O ofício pastoral tem tido a
excelência confrontada. Escândalos, denúncias e crises
ministeriais constrangem comunidades e maculam o
testemunho da igreja na sociedade. A clareza do chamado
pastoral e a preparação devida são necessidades urgentes
da Igreja evangélica brasileira. Como metodistas, somos
historicamente criteriosos/as e modelo de preparo ao
ministério pastoral. No entanto, diversos questionamentos
precisam ser feitos. O Expositor Cristão deste mês sugere
alguns temas para re�exão: Como se dá o chamado ao
ministério pastoral? Como nossa Igreja tem preparado
novos/as obreiros/as? Qual o papel do/a leigo/a que assume
funções pastorais? Desejamos que você e sua comunidade
local possam ser edi�cados/as ao meditar sobre o assunto.
Não podemos esquecer que, na Igreja Metodista, o exercício
do ministério pastoral é fruto de um dom dado por Deus com
o aval da Igreja, que tem o papel de capacitar, avaliar,
ordenar, consagrar e dar o mandato. É a Igreja que vê e
testi�ca os sinais da vocação. Deus nos abençoe e boa
leitura.”
RAMIRO, 2015, p. 2
Como percebemos pela re�exão do pastor Ramiro sobre quem pode exercer a ação pastoral, entendemos que
ela é algo divino, acessível a todos, mas não para qualquer um. É uma ação que pressupõe o chamado divino, a
preparação na Igreja e o serviço na comunidade no seguimento de Jesus ressuscitado, criando as condições de
possibilidades da chegada do reino de Deus no nosso meio.
 
Não é um mero engajamento, militância social, cultural, política, ecológica ou religiosa, mas uma ação
evangelizadora em Jesus Cristo.São Paulo já alerta sobre uma militância, um engajamento, um ativismo sem
espiritualidade:
“Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois
que não nos houvemos desordenadamente entre vós, Nem
de graça comemos o pão de homem algum, mas com
trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos
pesados a nenhum de vós.
Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em
nós mesmos exemplo, para nos imitardes.
Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos
isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.
Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam
desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas
vãs.
A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso
Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam
o seu próprio pão.
E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.”
São Paulo
Atenção
É importante destacar ainda que há um pluralismo pastoral: Pastoral do dizimo, carcerária, da terra, dos sem-teto,
dos enfermos, das famílias, da terceira idade, da criança, do menor, da sobriedade, do canto, das comunicações,
vocacional etc.
É fundamental que o líder religioso cristão saiba respeitar a diversidade pastoral nas igrejas e trabalhar para a
comunhão pastoral em prol do Reino de Deus.
O que são os ministérios?
Sobre os ministérios, seguiremos a mesma linha de re�exão teológica sobre as pastorais, ou seja, os
fundamentos bíblicos são os mesmos citados sobre a pastoral no item um. No entanto, vamos buscar uma
compreensão teológica dos ministérios à luz da teologia paulina aos Coríntios, aos Efésios, a Timóteo e a Tito.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Iniciamos com 1 Cor 12, 1-6:
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes.
Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos,
conforme éreis guiados.
Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala
pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode
dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.”
1 Cor 12, 1-6
Como a�rma o mestre Paulo, o ministério é um dom espiritual que tem sentido e signi�cado no Espírito para o
Senhor Jesus ressuscitado. Como dom, não pode ser enterrado, mas precisa ser multiplicado (Mt 25,14-30; Lc
19,11-27) no serviço do homem novo, da pessoa convertida, da nova sociedade fundamentada na justiça, no
amor, na paz, na igualdade, na fraternidade e na liberdade.
 
É um dom que não pode ser semeado senão em terra boa (13,4-9.18-23). Quem o recebe não pode deixar o joio
crescer junto com ele (Mt 13, 24-30.36-43).
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Dom e formação
Este cuidado signi�ca preparação, ou seja, formação inicial e continuada. Formação humana, intelectual, ética e
tecnológica, isto é, integral e permanente. O ministro de Deus é uma pessoa preparada, quali�cada para servir o
povo da Nova Aliança de forma útil, como a�rma Paulo no versículo sete:
“E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que
opera tudo em todos.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que
for útil.”
Paulo
Esse dom divino pode ser inato (Jr 1,4-5), Deus pode escolher você como escolheu Jeremias no útero materno. A
pessoa já nasce com o dom e precisará apenas ser despertado para desenvolver esta dádiva divina. Este
despertar é a formação.
O Senhor pode escolher um vaqueiro e plantador de cicômoros, como o profeta Amós (Am 7,10-17), ou, como fez
Jesus de Nazaré, preferir pescadores (Lc 5,1-11) e cobradores de impostos (Mt 9,9). Mas todos estes passaram
por uma longa formação.
Saiba mais
A formação inicial e continuada, portanto, é conditio sine qua non, ou seja, condição sem a qual não haverá efetivo
exercício ministerial proativo ou ação pastoral libertadora e redentora.
Não é um utilitarismo, mas, segundo Paulo, o dom precisa fazer a diferença na vida da pessoa que recebe e no
serviço que ele presta à comunidade e à sociedade. Não é status quo, privilégio, ou algo para se vangloriar, mas
para servir.
“Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a
outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo
Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a
outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade
de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer.”
1 Cor 12: 8-11
Dos versículos oito a treze, Paulo mostra que Deus não faz distinção das pessoas chamadas aos ministérios (Mt
9,10-13; At 10,34; Rm 2,11). Alguns exegetas chegam a dizer que a melhor tradução para Mt 22,14 seria “tantos
são chamados quantos são escolhidos” e não ”muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.
“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e
todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é
Cristo também.
Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando
um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres,
e todos temos bebido de um Espírito.
Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não
será por isso do corpo?
E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo;
não será por isso do corpo?
Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se tudo
fosse ouvido, onde estaria o olfato?
Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um
deles como quis.
E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo.
E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti;
nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.
Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos
são necessários;
E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a
esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos
decorosos damos muito mais honra.
Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade
disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais
honra ao que tinha falta dela;
Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os
membros igual cuidado uns dos outros.
De maneira que, se um membro padece, todos os membros
padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os
membros se regozijam com ele.
Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em
particular.”
1 Cor 12: 12-27
Diversidade ministerial
Nos versículos de doze a vinte e sete, Paulo usa a metáfora do corpo humano para revelar a comunhão que
precisa haver no pluralismo ministerial que é um dom divino.
 
Na comunidade, cada um foi chamado a exercer uma ação pastoral ou um ministério especí�co como dom,
dádiva, carisma para a edi�cação da comunidade e da Igreja para a transformação da sociedade para a chegada
do Reino de Deus entre nós.
 
Numa sociedade que consagrou o con�ito como modus operandis da humanidade, o cuidado com a diversidade
ministerial precisa ser teológico, ou seja, o(a) líder religioso(a), o(a) pastor(a), o padre, o reverendo, etc. precisa
cuidar bem do seu dom e de todos os outros dons que Deus distribuiu na comunidade para que ela seja um
exemplo de comunhão, de harmonia, de paz e de perdão.
Comentário
Este cuidado ministerial é um cuidado teológico. Não é vigiar, �scalizar ou policiar, mas cuidar teologicamente para
a comunhão sem uniformização. Comunhão na diversidade.
Leitura
Hierarquia
Atividade
1. Coloque V se a asserção for verdadeira e F se a asserção for falsa:
I. (   ) No Segundo Testamento (N.T.), o conceito de ministério não corresponde aos atuais ministérios eclesiásticos
com funções determinadas, estáveis, direitos e deveres bem precisos. Fala-se de Apóstolos, profetas, doutores,
evangelistas (1 Cor 12; Ef 2,20; 4, 11; At 13,1; 21, 8; 2Tm 4,5), presidentes (1Ts 5,12; Rm 12, 8), presbíteros (At 11,13;
14,23; 1Tm 5,17; Tt 1,5; Tg 5,14; 1Pd 5,1; 2Jo 1; 3Jo1), epíscopos (Fp 1,1; At 20,28; 1Tm 3,2 Tt 1,7), diáconos (Fp 1,1;
1Tm 3,8-12), guias (Hb 13, 7.17 .24; 1Cor 12,4-11.28).
II. (   ) O ministério pastoral ou sacerdotal no Primeiro Testamento (A.T.) é institucional, em alguns casos não é
carismático. É hereditário como nas famílias de Aarão e é transmitido através do rito de consagração para o serviço
do culto no santuário, a oferta do sacrifício (Jz 6,24; 13,19) o ensinamento da Torá (Dt 33,10; Sof 3,4; Miq 3,11; Jer
18,18; Ez 7,26), o anúncio das decisões de Deus (Dt 33, 8; 1Sm 8,1-22; 14,36; 28,6; Esdr 2,63; Ne 7,65), para
solucionar questões de direito sagrado, sobre puro e impuro, sobretudo a administração do templo (Dt 17,8; Ag
2,11). ‘À sua cabeça está o Sumo Sacerdote’ (Lev 21,10), com prerrogativas e deveres especiais. Depois do exílio na
Babilônia como presidente do sinédrio ele assumiu também uma função política.
III. (   ) A teologia pastoral como componente curricular independente surgirá no �nal do século XVIII. As primeiras
experiências de pastoral pós-apostólica se fundam no Pastor de Hermas, na Didaqué − Guia de Catequese
Elementar −, nas Constituições Apostólicas – maior coleção jurídico-litúrgica da antiguidade cristã −, em São João
Crisóstomo − grande pastor e pregador− e no Liber regulae pastoralis de São Gregório Magno.
IV. (   ) Uma das traduções possíveis para o termo pastoral é ‘Cura Animarum’ ou ‘pastor de almas’. Este último
termo também não é escriturístico, mas a intuição da teologia pastoral o liga a Jesus Cristo, portanto, é uma
terminologia legítima.
V. (   ) Diretamente, o termo pastoral não se encontra na Sagrada Escritura, mas indiretamente a teologia pastoral
pode inferir esta terminologia, porque Jesus de Nazaré, preocupado com a glória de Deus e com a nossa salvação,
se apresentou como Bom Pastor (Jo 10,10), que remete para Ez 34. Por isso, uma das traduções possíveis para o
termo pastoral é ‘Cura Animarum’ ou ‘pastor de almas’. Este último termo também não é escriturístico, mas a
intuição da teologia pastoral o liga a Jesus Cristo, portanto, é uma terminologia legítima.
Assinale a alternativa verdadeira:
a) As asserções I, II, III, IV e V são falsas.
b) Apenas as asserções I e III são falsas.
c) Somente as asserções II, IV e V são verdadeiras.
d) As asserções I, II, III, IV e V são verdadeiras.
2. Sobre a teologia pastoral, ação pastoral e ministérios, assinale a alternativa falsa:
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a) Ao estudar a Sagrada Escritura do início ao fim ou do Gênesis ao Apocalipse, você perceberá que o povo de Deus bem
cedo se organizou para o serviço sagrado. Desde os antigos sacrifícios ( Gn 14,17-24), passando pelos condutores da Arca
da Aliança (Js 3,14-17) até os responsáveis pelo santuário-Templo (Ex 28,1-5). Jesus de Nazaré, seguindo esta tradição logo
no início da sua vida pública, escolheu, preparou e enviou pessoas para o pastoreio ou, como dizemos hoje, para a ação
pastoral.
b) É interessante que em Lc 6,12-16 o evangelista fala que Jesus foi à montanha para orar e passou a noite inteira em
oração a Deus e depois escolheu Os Doze Apóstolos. O mesmo Lc 9,1-6 afirma que Jesus os enviou com poder e
autoridade sobre os demônios, bem como para curar todas as enfermidades, sobretudo proclamar o Reino de Deus.
c) A teologia pastoral não é uma ciência (sapiência ou ciência sagrada) jovem, cuja missão não é refletir a luz da fé, da
esperança e do amor sobre a ação cristã no mundo, portanto não podemos afirmar que a pastoral é a mediação da
salvação nas igrejas cristãs e através delas. A pastoral não é um serviço de evangelização em prol da construção de uma
nova sociedade para a chegada do Reino de Deus.
d) Como conceito estruturante das teologias cristãs, a teologia pastoral surgiu como componente curricular independente
na grade curricular da teologia somente no século XVIII. Mas a prática pastoral pós-apostólica inicia com Pastor de
Hermes, o pregador apocalíptico que chamava à penitência e ao engajamento da própria vida a serviço do Reino de Deus.
e) Segundo Ramiro, em 1756, John Wesley já demonstrava uma grande preocupação na escolha daqueles e daquelas que
foram chamados por Deus para exercer o ministério pastoral, a ação pastoral. Ou seja, não são necessariamente pessoas
bem-sucedidas profissionalmente, intelectualmente, embora estas habilidades ajudem no pastoreio de excelência, ou
melhor, para a vida nova em Jesus Cristo.
3. Leia a a�rmação a seguir e depois assinale a alternativa verdadeira:
“Para John Wesley, fundador do movimento metodista, sem chamado não há ministério pastoral e�caz. É preciso
ter qualidades intelectuais e espirituais consistentes para ser aprovado. Sem estes requisitos a pessoa pode ter
sucesso em várias pro�ssões, menos em estar à frente de uma igreja pastoreando o povo de Deus. Antes de
aceitar o serviço de novos pregadores, Wesley questionava se possuíam graça, dons e frutos.”
a) As igrejas não precisam fazer pastoral vocacional, discernir com os candidatos o chamado de Deus para o serviço
eclesial e prepará-los através da formação humana, formação intelectual, formação moral-ética, espiritual e pastoral.
b) As igrejas precisam fazer pastoral vocacional, discernir com os candidatos o chamado de Deus para o serviço eclesial e
prepará-los através da formação humana, formação intelectual, formação moral-ética, espiritual e pastoral.
c) As igrejas precisam fazer pastoral vocacional, discernir com os candidatos o chamado de Deus para o serviço eclesial e
prepará-los através da formação humana, formação intelectual, formação moral-ética, espiritual e pastoral. Não precisam,
porém, incentivá-los e dar condições para a formação continuada.
d) Nenhuma das alternativas é verdadeira.
Notas
Referências
BÍBLIA ONLINE. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf. Acesso em: 06 jan. 2020.
BOCK, A. M. B., et al. Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
CARPIGIANI, B. Psicologia: Das raízes aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Pioneira, 2001.
CLEBSCH, William R.; JAEKLE, Charles R. Pastoral Care in Historical Perspective. New Jersey: Prebtice-Hall,
1964.
javascript:void(0);
CLINEBELL, Howard J. Aconselhamento pastoral: Modelo centrado em libertação e crescimento. São Paulo:
Sinodal, 1987; Paulinas e Sinodal, 2000.
COLLINS, G.R. Aconselhamento cristão. São Paulo: Vida Nova, 2011.
DAVIDOFF, L.L. Introdução à psicologia. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
FRISEN, Albert. Cuidando do ser: Treinamento em aconselhamento pastoral. Curitiba: Esperança, 2002.
HURDING, Roger F. A árvore da cura. São Paulo: Vida Nova, 1994.
INTERSABERES (Org.). Práticas pastorais. Curitiba: InterSaberes, 2015.
MARCONDES, D. Iniciação à história da �loso�a. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
PEZZINI, Lucineyde Amaral Picelli. Contribuições da psicologia para o trabalho pastoral. Curitiba: InterSaberes,
2017.
POPPER, P. O balde e o holofote (apêndice). In.; POPPER, P. Conhecimento objetivo. São Paulo: Statiaia-Edusp,
1974.
RAMIRO, Pr. Marcelo. Ministério pastoral: Vocação e cuidado. Disponível
em://www.metodista.org.br/content/interfaces/cms/user�les/�les/expositor-cristao/expositor-cristao-2015-
03.pdf.. Acesso em: 09 jan. 2020.
SHENEIDER, H. C.; ZWETSCH, R. E. (org) Teologia prática no contexto da América Latina. São Leopoldo: Sinodal,
1998.
Próxima aula
Teologia do aconselhamento pastoral de con�ssão católica;
Teologia do aconselhamento pastoral de con�ssão reformada;
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Assista ao vídeo Fé na vida Pastoral, ação da igreja no mundo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gSVVSkVlIlA;
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